1) O documento descreve o período literário do Realismo em Portugal e Brasil, entre 1865 e início do século XX.
2) Apresenta os principais autores realistas como Eça de Queirós e Machado de Assis e suas obras mais representativas.
3) Discorre sobre as características do Realismo como a representação objetiva da realidade baseada na ciência e influência do meio sobre os personagens.
1) O documento descreve o período literário do Realismo em Portugal e Brasil, entre 1865 e início do século XX.
2) Apresenta os principais autores realistas como Eça de Queirós e Machado de Assis e suas obras mais representativas.
3) Discorre sobre as características do Realismo como a representação objetiva da realidade baseada na ciência e influência do meio sobre os personagens.
1) O documento descreve o período literário do Realismo em Portugal e Brasil, entre 1865 e início do século XX.
2) Apresenta os principais autores realistas como Eça de Queirós e Machado de Assis e suas obras mais representativas.
3) Discorre sobre as características do Realismo como a representação objetiva da realidade baseada na ciência e influência do meio sobre os personagens.
1) O documento descreve o período literário do Realismo em Portugal e Brasil, entre 1865 e início do século XX.
2) Apresenta os principais autores realistas como Eça de Queirós e Machado de Assis e suas obras mais representativas.
3) Discorre sobre as características do Realismo como a representação objetiva da realidade baseada na ciência e influência do meio sobre os personagens.
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QUADRO GERAL: REALISMO
INÍCIO: A questão Coimbrã (1865)
TÉRMINO: Publicação de Varistos, de Eugênio de Castro, com modelo simbolista.
PAINEL DE ÉPOCA:
2ª metade da Revolução Industrial.Desenvolvimento do pensamento científico e
das doutrinas filosóficas e sociais (Comte, Marx e Engels, Darwin).Sentimento anti-clerical e antimonárquico.Questão Coimbrã: conflito das transformações políticas, sociais e ecônomicasPositivismo, evolucionismo e socialismo.Objetivismo com negação ao Romantismo.Preocupação com o presente.Determinismo: mei, momento e raça.Tendência Naturalista da literatura: o artista nivela a sua posição com a do cientista; perso-nagens sem idealizações; interferência dos fato-res naturais no comportamento do homem. PRODUÇÃO LITERÁRIA: PORTUGAL
I-) Prosa - Eça de Queirós
o Importante ficcionista do Realismo Português.Adultério aparece como um
dos principais temas.Triângulos amorosos.Anticlericalismo: padres corruptos.Análise do clero português.Importante obra: O primo Basílio: amplia-se o quadro de crítica social.Constituição moral da sociedade e das famílias.II) Poesia - Antero de Quental Defesa dos ideais socialistas.Lirismo amoroso, erotismo e religiosidade.Acontecimentos da questão Coimbrã.Engajamento político-social.Reflexão metafísica e pessimismo.No final da vida, volta-se para a religiosidade e misticismo. PRODUÇÃO LITERÁRIA: BRASIL
I-) Aluísio Azevedo
Camada social marginalizada.Personagens - tipos.Retrata grupos
humanos.Influência de Eça de Queirós e Émile Zola.Homens comparados a animais.Tipos rudes, grosseiros.Cenários sujos, marginais.Visão racional, científica de mundo.Personagens naturalistas: o comportamento é determinado pelo meio em que vivem.Denúncia da estrutura social falha.Maior obra: O Cortiço.
II-) Machado de Assis
Personagens: estado da alma mais ação.Mostra a
sociedade urbana hipócrita.O falar do indivíduo regional mas alcançando o homem universal; isso é contemporâneo no autor.O personagem é a porta para o autor falar do mundo.Antes de Memórias Póstumas de Brás Cubas: concessões ao Romantismo; amor; orgulho; ambição; centralização na personagem (Helena; Iaiá Garcia).Após Memórias Póstumas de Brás Cubas: maior originalidade na construção da personagem; o interior, o eu é explorado; o personagem mais importante que a trama; o pensar sobre a vida mostrando a sociedade da época e seus temas.(Quincas Borba; D. Casmurro; Esaú e Jacó; Memorial de Aires -- Romances psicológicos).
EXERCÍCIOS:
A - TEXTOS / QUESTÕES:
O CORTIÇO
(Fragmento do Capítulo I, em que é narrada a relação
entre Miranda e sua esposa Estela)
"Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um
profundo desprezo, que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre criança , em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo isolador que se estabeleceu entre eles. Estela emava-a menos do que lhe pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava porque tinha convicção de não ser seu pai. Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em insuportável estado de lubricidade."
(Aluísio Azevedo)
1) Analise a relação vivida entre os personagens
apontados neste fragmento da obra O Cortiço. Por que podemos caracterizá-los como personagens realistas?
2) Compare a relação amorosa na estética realista -
naturalista com o romantismo. Aponte as diferenças das escolas lierárias com referência ao amor.
B - TESTES
1) (UE-BA) A respeito da ficção de Machado de Assis,
pode-se afirmar que: a) se desenvolveu do Romantismo para o Naturalismo, consagrando-se sobretudo nas crônicas políticas e nos contos satíricos; b) amadureceu sob a influência de José de Alencar, de quem tomou os temas e o estilo, tal como se vê em Quincas Borba; c) é exemplo típico da literatura naturalista, sendo apenas superada pela obra prima O Cortiço, de seu mestre Aluísío de Azevedo. d) representa a conquista da maturidade da literatura nacional a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas. e) atingiu com Ressurreição e A Mão e a Luva o plano mais alto de nossa literatura de expressão realista. 2) (FCC-BA) Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado romance divisor de águas da obra machadiana porque, a partir dele, o autor: a) assume de vez a visão romântica da realidade, apenas esboçada nos romances da chamada primeira fase. b) se insere na estética naturalista, ao denunciar as mazelas sociais, os casos patológicos e os aspectos mais repugnantes da sociedade. c) procede a uma retificação da própria obra, através da voz de personagens por meio das quais renega os valores da primeira fase. d) antecede as conquistas modernistas, com uma postura crítica diante da civilização industrial e uma atitude de denúncia das misérias do mundo real. e) desmitifica as idealizações românticas e assume uma visão crítica que, despindo as aparências que encobrem a realidade, busca as razões últimas das ações humanas.
3) (UF-MG) Todas as afirmações sobre Dom Casmurro,
de Machado de Assis, estão certas, exceto: a) O discurso em primeira pessoa favorece o clima de dúvida que paira sobre o adultério de Capitu, pois o que prevalece na narrativa são as impressões de Bentinho, o narrador. b) Além da semelhança de Ezequiel com Escobar, outro fator acentua a dúvida de Bentinho, sobre a paternidade do filho: a capacidade de dissimulação de Capitu. c) O adultério, núcleo da narrativa, é um pretexto para se discorrer sobre a existência humana, subordinada ao poder desinte-grador do tempo, que atua de forma irreversível sobre todas as coisas. d) A alegoria do temor italiano, que apresenta a vida como uma ópera composta por Deus e pelo Diabo, projeta-se em todo o romance, mostrando que, na luta entre as virtudes e os vícios, o Bem sempre triunfa. e) Ao tentar reproduzir no Engenho Novo a casa em que se havia criado na antiga rua de Mata-cavalos, ou ao escrever suas memórias, Dom Casmurro tenta reconstruir o passado, logrando invocar-lhe as imagens e não as sensações.
4) (UC-MG) Das afirmações abaixo, a respeito de Machado
de Assis, a única falsa é: a) a ironia e o humor são grandes suportes de sustentação de sua obra. b) como ficcionista, dá grande ênfase à psicologia de suas personagens. c) normalmente, suas personagens são tratadas com severo rigor crítico. d) sua narrativa sempre focaliza o ambiente urbano do Rio de Janeiro. e) seus romances estão marcados pela preocupação com a ação e o episódio.
C) TEXTOS DE APOIO PARA DISCUSSÃO:
MEMÓRIAS POSTUMAS DE BRÁS CUBAS
O romance é narrado em primeira pessoa por seu defunto-
autor, ou seja, um narrador já falecido, chamado Brás Cubas.
“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu
cadáver dedico como saudosa lembrança estas Memórías Póstu-mas”. Com essa mensagem ínicial, Brás Cubas mostra ao leitor que já não é mais coisa alguma, que não existe mais e que, assim, está livre para falar de sua vida, sem o ranço dos preconceitos. Fala do amor da juventude por uma prostituta de luxo chamada Marcela e da viagem que faz à Europa, com a finalidade de esquecê-la; do relacionamento mantido com a pobre Eugênia, defeituosa de uma perna e de classe social menos privilegiada; do noivado com Virgílía, que termina em fracasso, fazendo com que ele perca a ajuda política do pai da moça. Mostra que fora um perdedor em todos os sentidos, consumindo toda a fortuna de sua famílía. Mais tarde, torna-se amante da ex-noiva, Virgília, então esposa de Lobo Neves, separando-se novamente dela depois. A noiva que sua irmã lhe arruma morre em uma epidemia. Entediado, une- se a Quincas Borba e interessa-se pela “teoria do Humanitismo.”
Tenta, por fim, tornar-se célebre e cria um emplastro que
serve para curar a hipo-condria. Acaba tomando uma chuva, que o leva à pneumonia e à morte. Morto, começa a rever sua vida e a escrever sobre ela e isto marca o início do romance.
DOM CASMURRO
Bentinho é destinado, pela mãe, a ser padre, quando
crescer D. Glória quer o filho religioso. O projeto não se realiza, pois o garoto se apaixona por Capitu ou Capitolina, sua vizinha. José Dias, um agregado da família de Bentinho, consegue conduzir as coisas, de forma que o menino não tenha que cumprir uma promessa que fora feita pela mãe. Acontece um longo namoro entre Bento e Capitu, até que ele conclui o curso de Direito. Escobar, um antigo colega na breve permanência no seminário, torna- se um amigo cada vez mais íntimo de Bentinho. Enquanto Bento e Capitu se casam, o mesmo ocorre, entre Escobar e uma boa amiga de Capitu, Sancha. Tudo corre bem, até que Escobar morre afogado. No velório, Bentinho estranha a forma como Capitu encara o cadáver, e passa a sentir um ciúme doentio dela. Lembra-se de que José Dias lhe falara, certa vez, dos olhos dela, dizendo-lhe que eram "olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Pensa em como são, também, olhos de ressaca, que tragam para dentro de si os que amam. O filho de ambos, para Bento, cada vez se parece mais com Escobar. O pai pensa até em matá-lo. Finalmente, o casal separa-se e Capitu vai com Ezequiel para a Europa. Ela morre e o mesmo ocorre com o filho, depois de ter estado com o pai e partido novamente. Ben-tinho fecha-se em seu mundo e ganha a alcunha de “Casmurro”. O início do romance mostra, exatamente, o narrador em primeira pessoa, Bentinho/Dom Casmurro, tentando “atar as duas pontas da vida”, o passado e o presente, para “restaurar na velhice a adolescência” e rever o que efetivamente lhe acontecera.
QUINCAS BORBA
É um romance narrado em terceira pessoa e conta a
história de Rubião, um professor humilde, do interior de Minas, que se torna o beneficiário da herança legada pelo filósofo Quincas Borba, o criador de uma doutrina chamada Humanitismo. O envolvimento com o casal Cristiano e Sofia Palha leva Rubião à desagregação psicológica e financeira, devido a sua paixão por Sofia, que, em conluio com o marido, explora-o ao máximo. Rubião, um homem bom, honesto e decente, não suporta as coisas que é obrigado a enfrentar e morre pobre e enlouquecido. Torna-se um modelo nítido da teoria do Humanitismo. En-quanto vivo, acreditando ser Napoleão, no ápice de sua sandice, diz uma última frase: “Ao vencedor as batatas...”. Assim ele manda a mensagem que é o retrato da visão do Humanitismo.