2012 05 Resenha Globalizacao As Consequencias
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Resenha - Globalização: As
Consequências Humanas – Zygmunt
Bauman
Nov. 12th, 2017 Send to Kindle
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não tem internet, e não está integrado nas redes sociais, está excluído em
relação aos que possuem. As ferramentas se tornaram uma febre global.
Neste capítulo do livro Bauman fala sobre o espaço social e o espaço físico. As
medidas do espaço físico e do espaço social antes bastante utilizadas, hoje já
não têm mais o mesmo uso. Com a diversificação das medidas, um dos
problemas encontrados pelos detentores de poder foi o de uniformizar o
tratamento a todos pelos impostos. Bauman explica que para facilitar foram
criadas medidas padrão, obrigatórias, de distância, superfície e volume, por
exemplo, e a proibição de medidas locais. O sociólogo também cita os mapas
como uma espécie de batalha para reorganizar o espaço e de controle do ofício
do cartógrafo. Para Bauman, a guerra moderna pelo espaço fez com que o
Estado buscasse um mapa oficialmente aprovado e a desqualificação de outros
mapas e interpretações alternativas, bem como o desativamento de outras
instituições cartográficas que não fossem estabelecidos, licenciados ou
financiados pelo Estado. Bauman menciona e compara a criação dos mapas
pelos poderes modernos ao modelo Panóptico concebido por Michel Foucalt,
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Para Bauman, o espaço que antes era um obstáculo agora só existe para ser
anulado. As pessoas estão sempre em movimento, mesmo quando não se
movem fisicamente, pela internet, por exemplo, onde é possível percorrer a
rede de computadores mundial e trocar mensagens com pessoas do mundo
todo. Ainda de acordo com o autor, somos viajantes, nós nos tornamos
nômades que estão sempre em contato. O turista e o vagabundo, os dois são
consumistas, e suas relações com o mundo são puramente estética. um turista.
De ter a liberdade de estar onde desejar e de comprar o que quiser. Para os
habitantes do primeiro mundo viajar é algo sedutor, "são adulados e seduzidos
a viajar" como diz o autor. Já para os integrantes do segundo mundo, existem
os muros da imigração, as leis de residência e a política das "ruas limpas".
Muitas vezes são obrigados a viajarem sem autorização e ao chegarem ao local
desejado são forçados a retornarem. O sociólogo acredita que só há razão para
ficar imóvel quando o mundo também está parado, o que não acontece em
tempos pós-modernos, onde os pontos de referências estão sobre rodas e
quando chega-se perto de entender algo, eles já sumiram de vista. “Não se pode
ficar parado em ‘areia movediça’” (BAUMAN, p. 86, 1999). Outra consequência
da globalização bastante notada é a do consumo e competitividade. “Para abrir
caminho na mata densa, escura, espalhada e ‘desregulamentada’ da
competitividade global e chegar à ribalta da atenção pública, os bens, serviços e
sinais devem despertar desejo e, para isso, devem seduzir os possíveis
consumidores e afastar seus competidores” (BAUMAN, p. 86, 1999). Esse
processo de “tentação” e “atração” acontece para manter os possíveis
consumidores interessados, mas para a indústria não parar, assim que o
consumidor é fisgado, abre-se para outros objetos de desejo, de forma que haja
crescimento econômico. Um exemplo dessa necessidade de consumo fica
evidente na produção e comercialização dos aparelhos tecnológicos, que
possuem determinada “prazo de vida”. O que será produzido amanhã precisa
substituir o aparelho de hoje. Bauman argumenta no livro que vivemos em uma
sociedade de consumo. Todavia, ele explica que sociedade de consumo não
significa necessariamente a existência de consumidores, já que estes existem
desde outros tempos. Quando o sociólogo se refere à sociedade de consumo,
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ele quer dizer que nos tempos modernos, na fase industrial, era a época da
“sociedade de produtores”. Segundo Bauman, existe uma diferença de ênfases,
se antes as pessoas deveriam ser produtores, hoje o papel que elas devem
desempenhar na sociedade pós-moderna é o de consumidores. Essas mudanças
fazem diferença nos aspectos da sociedade, da cultura e individual. Esta
sociedade de consumo, segundo o sociólogo, pode ser distinta das outras, já que
o consumidor é diferente. Bauman comenta que se os filósofos da antiguidade
refletiam se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema de
hoje em dia é: “é necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder
consumir”. A fácil perda do interesse, a impaciência são algumas das
características da sociedade de consumo. Além do desejo de consumir, os
produtos são cada vez menos duráveis. Nesse jogo de necessidades e satisfação,
Bauman diz que a promessa de satisfação é mais intensa do que a necessidade
efetiva. Segundo Bauman, os consumidores da sociedade de consumo estão
sempre em movimento, procurando objetos de desejo e não se sentem mal,
pois é uma espécie de aventura. Para manter o movimento, os consumidores
devem estar em um estado de excitação incessante e também de insatisfação.
“Todo mundo pode ser lançado na moda do consumo; todo mundo pode
desejar ser um consumidor e aproveitar as oportunidades que esse modo de
vida oferece. Mas nem todo mundo pode ser um consumidor” (BAUMAN, p. 94,
1999). O sociólogo explica que todos estão sujeitos à uma vida de opções, mas
nem todos tem a opção de escolher como viver. A globalização possibilitou às
pessoas a conhecerem diversas regiões do mundo, saindo de casa fisicamente
ou não, mas também fez com que estas perdessem suas raízes. Como Bauman
lembra existem pessoas que viajam pelo mundo à trabalho, fala diversas línguas
e possui casas em países diferentes. “O tipo de cultura de que participa não é a
cultura de um determinado lugar, mas a de um tempo. É a cultura do presente
absoluto” (BAUMAN, p. 99, 1999). Apesar de estar sempre em lugares
diferentes, o indivíduo que vive viajando consegue conversar sobre filmes,
músicas e moda, por exemplo, por conta da globalização, sem falar na
possibilidade de poder comer algo de uma cultura estando em outra região. “O
significado mais profundo transmitido pela idéia da globalização é o do caráter
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Conclusão
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