Serie I No 27
Serie I No 27
Serie I No 27
Decreto-Lei N.º 31/2016 de 13 de Julho Maria Virna Ermelinda Soares (membro efetivo);
Alteração da Lei Orgânica da Provedoria dos Direitos
Humanos e Justiça ............................................................... 9763
de 13 de Julho Publique-se.
Desenvolve-se a figura da Reserva, prevista na Lei da Defesa 1. As dúvidas emergentes da aplicação deste diploma serão
Nacional, que no fundo passa por uma situação de “reforma objecto de despacho interpretativo do membro do Governo
ativa” e que tem duas razões principais de existir: premiar os responsável pela área da Defesa.
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2. Sempre que haja lugar a um eventual aumento da despesa, ANEXO
as dúvidas emergentes da aplicação deste diploma serão
objecto de diploma ministerial conjunto dos membros do ESTATUTO DOS MILITARES DAS F-FDTL
Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e Defesa.
LIVRO I
Artigo 3º Parte geral
Revogação
TÍTULO I
O presente diploma legal revoga expressamente o Decreto-Lei Disposições gerais
n.º 18/2006, de 8 de Novembro, o Decreto-Lei nº 32/2009, de 25
de Novembro e o Decreto-Lei n.º 4/2010, de 3 de Março, que o Artigo 1.º
altera. Objecto
Aprovado em Conselho de Ministros em 21 de Novembro de O presente Estatuto aplica-se aos militares das F-FDTL em
2013. qualquer situação e forma de prestação de serviço.
Artigo 3.º
Formas de prestação de serviço
Artigo 4.º
Serviço efectivo em RV e RC
______________________
Kay Rala Xanana Gusmão 1. O serviço efectivo em RV compreende a prestação de serviço
militar voluntário por um período de 18 meses, com vista à
satisfação das necessidades das F-FDTL, ao ingresso no
regime de contrato ou ao eventual recrutamento para os
QP.
Promulgado em
2. O serviço efectivo em RC compreende a prestação de ser-
viço militar voluntário por um período de tempo limitado,
com vista à satisfação das necessidades das F-FDTL ou
Publique-se. ao seu eventual ingresso nos QP.
Artigo 5.º
Serviço efectivo nos QP
3. As peças que constituem o processo individual devem ser Constitui dever do militar zelar pelos interesses dos seus
registadas, numeradas e classificadas. subordinados e dar conhecimento, através da via hierárquica,
dos problemas de que tenha conhecimento e àqueles digam
4. O militar tem direito de acesso ao respectivo processo respeito.
individual.
Artigo 14.º
5. O resumo do processo individual do militar funciona como Dever de obediência
caderneta militar.
O dever de obediência decorre do disposto nas leis e
Artigo 9.º regulamentos militares e traduz-se no integral e pronto
Identificação militar cumprimento das suas normas, bem como das determinações,
ordens e instruções dimanadas de superior hierárquico
Ao militar é atribuído um bilhete de identidade militar que não proferidas em matéria de serviço desde que o respectivo
substitui o bilhete de identidade civil ou cartão eleitoral. cumprimento não implique a prática de crime.
1. O livrete de saúde destina-se ao registo dos factos de ín- O militar deve dedicar-se ao serviço, diligenciando melhorar e
dole sanitária de cada militar e constitui documento de desenvolver as qualidades pessoais e as aptidões profissionais
natureza classificada, fazendo parte integrante do necessárias ao pleno exercício das funções e ao cumprimento
respectivo processo individual. das missões atribuídas.
4. Em situação de estado de sítio e de estado de guerra, o 2. O militar não pode exercer actividades incompatíveis com o
militar, nos termos da lei respectiva, pode ser nomeado seu grau hierárquico ou o decoro militar ou que o coloquem
para o exercício de funções compatíveis com o seu posto e em dependência susceptível de afectar a sua respeitabili-
aptidões. dade e dignidade perante as F-FDTL ou a sociedade.
b) Proceder com lealdade para com os outros militares; 2. O militar não pode ser prejudicado ou beneficiado em virtude
da ascendência, sexo, raça, território de origem, religião,
c) Ser solidário para com os seus companheiros de armas convicções políticas ou ideológicas, situação económica
e praticar a camaradagem, sem prejuízo dos princípios ou condição social.
da honra e das regras da disciplina;
Artigo 21.º
d) Aceitar com coragem os riscos físicos e morais decor- Honras militares
rentes das suas missões de serviço;
O militar tem, nos termos da lei, direito ao uso de uniforme,
e) Cumprir e fazer cumprir a disciplina militar; títulos, honras, precedências, imunidades e isenções inerentes
à sua condição militar.
f) Usar a força somente com legitimidade, proporcionali-
dade e só quando tal se revele estritamente necessário Artigo 22.º
no cumprimento das normas legais aplicáveis; Remuneração
g) Cumprir rigorosamente as normas de segurança militar O militar tem, nos termos fixados em lei própria, direito a
e manter sigilo quanto aos factos e matérias de que perceber remuneração de acordo com a sua condição militar,
tome conhecimento em virtude do exercício das suas forma de prestação de serviço, posto, tempo de serviço, cargo
funções; que desempenhe, qualificações adquiridas e situações
particulares de penosidade e risco acrescido.
h) Usar uniforme, excepto nos casos em que a lei o prive
do seu uso ou seja expressamente determinado ou Artigo 23.º
autorizado o contrário; Garantia em processo disciplinar
i) Comprovar a sua identidade e situação sempre que O militar, em processo disciplinar, goza de todas as garantias
solicitado pelas autoridades competentes. de defesa, sendo sempre garantido o direito a nomear
representante legal.
Artigo 18.º
Incompatibilidades Artigo 24.º
Protecção jurídica
1. O militar na efectividade de serviço ou nas situações de li-
cença com perda de vencimento, em comissão especial ou O militar tem direito a receber do Estado protecção jurídica nas
inactividade temporária não pode, por si ou por interposta modalidades de consulta jurídica e apoio judiciário para defesa
pessoa, exercer quaisquer actividades civis relacionadas dos seus direitos e do seu nome e reputação, sempre que
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sejam afectados por causa de serviço que preste às F-FDTL TÍTULO III
ou no âmbito destas. Hierarquia, cargos e funções
2. Os militares não são obrigados a assistir ou a participar em 1. A hierarquia militar tem por finalidade estabelecer, em todas
actos de culto próprios de religião diversa da que as circunstâncias, relações de autoridade e subordinação
professem. entre os militares e é determinada pelos postos, também
designados por patentes, antiguidades e precedências
3. O militar, por razões de serviço, pode ser nomeado para previstos na lei.
missões militares que decorram em conjunto com cerimónias
religiosas. 2. A hierarquia funcional decorre dos cargos e funções
militares, devendo respeitar a hierarquia dos postos e
Artigo 26.º
antiguidade dos militares, ressalvados os casos em que a
Detenção e prisão preventiva
lei determine de forma diferente.
1. Fora de flagrante delito, a detenção de militares no activo
3. As escalas hierárquicas dos militares são organizadas por
ou na efectividade de serviço deve ser requisitada aos
ordem decrescente de postos e, dentro destes, de antigui-
seus superiores hierárquicos pelas autoridades judiciárias
dade relativa.
ou de polícia competentes, nos termos da legislação
processual penal aplicável.
Artigo 29.º
2. Os militares detidos ou presos preventivamente mantêm-se Carreira militar
em prisão militar à ordem do tribunal ou autoridade
competente, nos termos da legislação processual penal A carreira militar é o conjunto hierarquizado de postos,
aplicável. desenvolvida por categorias, que se concretiza em quadros
especiais, a definir e, a que corresponde o desempenho de
Artigo 27.º cargos e o exercício de funções diferenciadas entre si.
Outros direitos
Artigo 30.º
O militar tem, nomeadamente, direito: Categorias, subcategorias e postos
a) A ascender na carreira, atentos os condicionalismos 1. Os militares agrupam-se, por ordem decrescente de hierar-
previstos no presente Estatuto, e à progressão no posto, quia, nas seguintes categorias:
nos termos do respectivo estatuto remuneratório;
a) Oficiais;
b) A receber formação adequada ao pleno exercício das fun-
ções e missões que lhe forem atribuídas tendo em vista a b) Sargentos;
sua valorização humana e profissional;
c) Praças.
c) A beneficiar de assistência médica, medicamentosa, hos-
pitalar e de meios de diagnóstico, nos termos da lei geral; 2. As subcategorias correspondem a subconjuntos de postos
que se diferenciam por um aumento da autonomia, da
d) A serem-lhe aplicadas em matéria de maternidade e paterni- complexidade funcional e da responsabilidade.
dade as disposições constantes da lei geral;
3. O posto é a posição que, na respectiva categoria, o militar
e) A apresentar queixas ao Provedor dos Direitos Humanos e ocupa no âmbito da carreira militar fixada de acordo com o
da Justiça, de acordo com a LDN e nos termos previstos conteúdo e qualificação da função ou funções.
em lei própria;
4. As categorias, subcategorias e postos das componentes
f) A beneficiar, para si e para a sua família, conforme definido das F-FDTL são os constantes do quadro Anexo I ao
na lei geral, de um sistema de assistência, protecção e apoio presente Estatuto, do qual faz parte integrante, sendo o
social, abrangendo, designadamente, pensões de reforma, ingresso na carreira, sem prejuízo do disposto para os
de sobrevivência e de invalidez. postos de acesso aos QP, efectuado sempre pelo posto
mais baixo de cada uma das categorias, isto é, no posto de
g) Os familiares referidos no número anterior são o cônjuge,
alferes, segundo-sargento e soldado nas categorias de
filhos e pais do militar.
oficiais, sargentos e praças, respectivamente.
A antiguidade do militar em cada posto reporta-se à data fixada 3. O desempenho de cargos militares inicia-se com a tomada
no respectivo documento oficial de promoção, considerando- de posse, suspende-se com o afastamento temporário do
se de menor antiguidade o promovido em data mais recente, titular e cessa com a sua exoneração.
salvo disposição em contrário prevista no presente Estatuto.
Artigo 36.º
Artigo 32.º Funções militares
Antiguidade relativa entre militares
1. Consideram-se funções militares as que implicam o exercício
1. O militar do QP é sempre considerado mais antigo do que de competências legalmente estabelecidas para os militares.
os militares das restantes formas de prestação de serviço 2. As funções militares classificam-se em:
promovidos a posto igual ou correspondente, com o mesmo
tempo de serviço no posto. a) Comando;
4. O militar graduado é sempre considerado mais moderno que 2. O exercício da autoridade conferido pelas leis e regulamentos
os militares promovidos a posto igual ou correspondente. é acompanhado da correspondente responsabilidade, que
não é delegável, sendo o comandante o único responsável,
Artigo 33.º em todas as circunstâncias, pela forma como as forças ou
Prevalência de funções unidades subordinadas cumprem as missões atribuídas.
A cada militar deve ser atribuída competência compatível com a) Na efectividade de serviço;
o nível de responsabilidade inerente às funções a exercer, de
acordo com o posto e qualificação exigidos para o seu eficiente b) Fora da efectividade de serviço.
desempenho.
2. A situação de efectividade de serviço caracteriza-se pelo
Artigo 42.º exercício efectivo de cargos e funções próprios do posto,
Cargo de posto inferior classe, serviço ou especialidade definidos neste Estatuto.
O militar não pode ser nomeado para cargo a que corresponda 3. Considera-se fora da efectividade de serviço o militar que,
posto inferior ao seu nem, salvo disposição legal em contrário, para além de outras situações tipificadas na lei, se encontre:
estar subordinado a militares de menor patente ou antiguidade.
a) No cumprimento de penas a que a legislação penal ou
Artigo 43.º disciplinar atribua esse efeito;
Cargo de posto superior
b) Nas situações de ausência ilegítima ou de deserção (se
1. O militar nomeado para o cargo a que corresponda posto esta figura vier a estar prevista);
superior ao que possui é investido, enquanto nessa
situação, da autoridade correspondente àquele posto. c) Licença registada;
2. A nomeação a que se refere o número anterior tem carácter d) Na reserva, com excepção das situações previstas neste
excepcional e provisório. estatuto.
c) Aquele que, nos termos da legislação disciplinar A promoção por antiguidade consiste no acesso ao posto
aplicável, não deva ser considerado. imediato, mediante a existência de vacatura, desde que
satisfeitas as condições de promoção e mantendo-se a
Artigo 48.º antiguidade relativa, após prévio parecer do Conselho de
Contagem do tempo de permanência no posto Promoções das F-FDTL.
3. A promoção por distinção é aplicável a todos os postos a) Da avaliação individual a que se referem o art.º 97 e
previstos nas respectivas classes, sem alteração da forma seguintes deste estatuto;
de prestação de serviço efectivo.
b) Do registo disciplinar;
4. O militar promovido por distinção a um posto para o qual
é exigido curso de promoção deve frequentá-lo sem carácter c) De outros documentos constantes do processo
classificativo. individual do militar ou que nele venham a ser integrados
após decisão superior.
5. A promoção por distinção processa-se por iniciativa do
Chefe de Estado-Maior General, carecendo sempre de 2. Não é considerada matéria de apreciação aquela sobre a
parecer favorável do Conselho de Promoções das F-FDTL. qual exista processo pendente de qualquer natureza
enquanto sobre o mesmo não for proferida decisão
6. O processo para a promoção por distinção deve ser instruí-
definitiva.
do com os documentos necessários para o perfeito conheci-
mento e prova dos actos praticados que fundamentam a 3. As competências relativas à verificação da satisfação das
promoção, podendo incluir inquérito contraditório. condições gerais de promoção são as definidas neste
Estatuto.
7. O militar pode ser promovido por distinção mais de uma
vez, podendo a promoção ocorrer a título póstumo.
Artigo 59.º
Não satisfação das condições gerais
Artigo 55.º
Promoção a título excepcional
1. A decisão sobre a não satisfação das condições gerais de
promoção estabelecidas no artigo 57.º é da competência:
1. A promoção a título excepcional consiste no acesso a posto
superior, independentemente da existência de vacatura, a) Do CEMG das F-FDTL, ouvido o Conselho de
tendo, designadamente, lugar nos seguintes casos: Promoções das F-FDTL, para as previstas nas alíneas
a), b) e c) do referido artigo.
a) Por qualificação como deficiente das F-FDTL, quando
legislação especial o preveja; b) Dos órgãos do serviço de saúde e juntas médicas
competentes, para a prevista na alínea d) do referido
b) Por reabilitação, em consequência de procedência de artigo.
recurso em processo criminal ou disciplinar.
2. O Conselho de Promoções das F-FDTL formula os seus
2. A promoção a título excepcional pode ter lugar a título pareceres com base nos elementos mencionados no artigo
póstumo. anterior, devendo obrigatoriamente ouvir o militar em causa
e outras pessoas de reconhecido interesse para a
Artigo 56.º elaboração desses pareceres.
Condições de promoção
3. A decisão mencionada no n.º 1 tomará em conta os pareceres
O militar, para poder ser promovido, tem de satisfazer as das entidades referidas no mesmo número e deve ser
condições gerais e especiais de promoção, com excepção dos devidamente fundamentada e obrigatoriamente
casos previstos neste Estatuto. comunicada ao interessado.
As condições gerais de promoção comuns a todos os militares A inexistência da avaliação a que se refere a alínea a) do n.º 1
são as seguintes: do artigo 58.º não pode constituir fundamento para se
considerar o militar como não satisfazendo as condições gerais
a) Cumprimento dos respectivos deveres; de promoção.
b) Exercício de determinadas funções ou desempenho de 3. O militar demorado é promovido logo que cessem os motivos
determinados cargos; que determinam a demora na promoção, independen-
temente da existência de vacatura, ocupando na escala de
c) Frequência de curso de formação, promoção ou outro, antiguidade no novo posto a mesma posição que teria se a
com aproveitamento; promoção ocorresse sem demora.
4. No âmbito dos cursos de formação, promoção ou outros o c) O militar se encontre na situação de licença na qual
factor relevante para apreciação para promoções é a nota perca o direito ao vencimento.
final obtida.
2. O militar, logo que cessem os motivos que determinaram a
5. A verificação da satisfação das condições especiais de sua preterição, passa a ser apreciado, para efeitos de pro-
promoção incumbe ao órgão de gestão de pessoal. moção ao posto imediato, em igualdade de circunstâncias
com os militares de igual posto, classe, serviço ou
Artigo 62.º especialidade, salvo o disposto no n.º 2 do Artigo 221.º do
Exclusão temporária presente estatuto.
Os processos de promoção são confidenciais, sem prejuízo do b) Excelente currículo militar, com destaque para o exercício
direito do interessado à consulta do respectivo processo eficiente e eficaz das funções do seu posto;
individual, desde que a requeira.
c) Qualidades e capacidades pessoais, intelectuais e
Artigo 69.º profissionais, requeridas para o posto imediato,
Documento oficial de promoção destacando-se a integridade, o carácter, a qualidade de
trabalho e a aceitabilidade pelos seus pares.
1. O documento oficial de promoção reveste a forma de:
4. Condições especiais de acesso:
a) Decreto do Presidente da República, mediante proposta
do Governo, na promoção a Oficial General; a) Tempo mínimo de três anos de permanência no posto
de coronel, com desempenho de funções na estrutura
b) Despacho do CEMG das F-FDTL nas promoções ou de comando das F-FDTL;
graduações de oficiais até ao posto de Coronel/Capitão-
de-Mar-e-Guerra, inclusive. b) Ter concluído com aproveitamento licenciatura ou
mestrado integrado em ciências militares, em Timor-
c) Despacho do CEMG das F-FDTL com possibilidade de Leste ou em país com o qual existam acordos de
delegação, nas promoções de sargentos e praças. cooperação técnico-militar;
2. O documento oficial de promoção deve conter menção
expressa da data da respectiva antiguidade e da data a c) Ter concluído com aproveitamento curso de promoção
partir da qual é devida a remuneração correspondente ao a oficial general, em Timor-Leste ou em país com o qual
novo posto. existam acordos de cooperação técnico-militar, com
excepção do disposto no n.º 4 do artigo 54.º do presente
3. A promoção deve ser publicada no Jornal da República e estatuto;
transcrita nas ordens de serviço.
d) Experiencia como oficial no exercício de relevantes
Secção II cargos, missões e serviços;
Promoção de altas patentes militares
e) Ser detentor de medalhas atribuídas por bravura e
Artigo 70.º mérito pessoal;
Competência
f) Ser detentor de graus académicos, valorizáveis por
É da exclusiva competência do Presidente da República ordem da sua importância.
proceder à promoção dos militares das F-FDTL ao posto de
oficial general e de oficiais generais, sob proposta do Conselho 5. As condições previstas nas alíneas d), e) e f) do número
de Ministros. anterior, não constituem motivo para exclusão.
A promoção a oficial general e de oficiais generais pode, com 1. Os postos de Tenente-General ou Vice-Almirante são postos
as necessárias adaptações, revestir qualquer das modalidades honoríficos, portanto fora da hierarquia militar, a que só
previstas no artigo 50.º do presente estatuto, com exceção da podem ser promovidos os Chefes de Estado Maior General
promoção por antiguidade. das F-FDTL que cumpram integralmente o tempo do
mandato para o qual foram nomeados.
Artigo 72.º 2. A promoção aos postos de Tenente-General ou Vice-
Procedimento e condições Almirante ocorre no dia anterior à passagem do CEMG das
F-FDTL à situação de reserva ou reforma e implica a
1. A proposta do Conselho de Ministros consiste na impossibilidade de o promovido voltar ao activo.
designação, fundamentada, de um oficial de entre aqueles
que forem indicados pelo membro do governo responsável 3. A promoção prevista nos números anteriores deve revestir
pela área da Defesa. a forma de promoção por distinção, seguindo-se as regras
aplicáveis, com as necessárias adaptações, para a promoção
2. O membro do governo responsável pela área da Defesa só a oficial general.
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Artigo 74º a) Seja exonerado das funções que a motivaram;
Nomeação e exoneração do Chefe e Vice-Chefe do Estado-
Maior General das F- FDTL b) Seja promovido ao posto em que foi graduado;
1. O CEMG das F-FDTL é um oficial general nomeado e c) Terminem as circunstâncias que lhe deram origem;
exonerado pelo Presidente da República, por proposta do
Governo, precedida da audição do Conselho Superior de d) Desista ou não obtenha aproveitamento no respectivo
Defesa e Segurança, através do membro do Governo com curso de promoção.
competência em matéria de Defesa Nacional.
2. Cessada a graduação, não pode a mesma ser invocada para
2. O Vice - CEMG das F-FDTL é nomeado e exonerado pelo efeitos de obtenção de quaisquer vantagens ou benefícios.
Presidente da República, sob proposta do Governo, ouvido
o CEMG das F-FDTL e precedida de audição do Conselho 3. À graduação corresponde sempre a equivalente remune-
Superior de Defesa e Segurança. ração.
3. O exercício dos cargos de CEMG das F-FDTL e de Vice - 4. Não aufere retribuição correspondente a posto superior
CEMG das F-FDTL têm a duração máxima de quatro anos, aquele que, não sendo graduado, desempenhe temporaria-
podendo ser renovados por uma única vez. mente, por prazo não superior a seis meses, funções de
posto superior, com excepção do previsto no artigo 43.º do
Artigo 75º presente estatuto.
Nomeação e exoneração dos Comandantes das Componentes
e do Chefe de Estado-Maior 5. Não existem limites temporais para as graduações, nem
qualificações mínimas para além da satisfação das
1. O Chefe de Estado-Maior das F-FDTL e os comandantes necessidades de serviço, devendo, no entanto, procurar-
das componentes são nomeados e exonerados pelo se no universo de militares passíveis de serem graduados,
Presidente da República, sob proposta do Governo, ouvido o mais qualificado para o desempenho da função a prover.
o CEMG F-FDTL e precedida de audição do Conselho
Superior de Defesa e Segurança. Artigo 78.º
Antiguidade
2. O exercício dos cargos de CEM das F-FDTL e de Coman-
dante de Componente têm a duração máxima de dois anos, 1. A antiguidade dos militares, em cada posto, reporta-se à
podendo ser renovados por uma única vez. data fixada no respectivo documento oficial de promoção,
considerando-se de menor antiguidade o promovido em
CAPÍTULO II data mais recente, salvo disposição em contrário prevista
Das graduações neste diploma ou em legislação especial.
3. Caso a lista não obtenha a concordância do CEMG, deve o 1. O Chefe do Estado-Maior das F-FDTL deve estar perma-
Conselho de Promoções voltar a reunir-para apresentação nentemente informado sobre a situação das graduações e
de nova lista. promoções.
4. A lista ordenada dos militares a promover aprovada nos 2. Compete ao Chefe do Estado-Maior das FFDTL apresentar
termos anteriores, permanece válida até ao Conselho os processos de promoção a despacho do Chefe do Estado-
seguinte e é substituída pela desse Conselho. Maior General.
5. Após a homologação pelo Chefe do Estado-Maior General 3. Compete ao Chefe do Estado-Maior das F-FDTL desenvol-
das F-FDTL da lista ordenada dos militares a promover, ver as tarefas atribuídas pelo presente diploma no âmbito
dela deve ser dado conhecimento aos interessados, do Conselho de Promoções.
podendo ser tornada pública por publicação em Ordem de
Serviço, ou outra via adequada. 4. Compete ao Chefe de Estado-Maior das F-FDTL, por
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despacho, promover os militares das classes de Sargentos poderão fazer parte do Conselho militares mais modernos
e Praças. do que aquele em apreciação.
1. O Chefe da Divisão de Pessoal deve estar informado sobre 1. O Conselho de Promoções necessita de um quórum mínimo
todos os processos de graduações e promoções em de quatro quintos para funcionar legitimamente.
planeamento e em curso, sendo o responsável técnico pelo
controlo das vagas existentes para cada posto em toda a 2. As faltas não justificadas de membros do Conselho
estrutura das F-FDTL. constituem infracção disciplinar.
2. Compete-lhe apresentar ao Chefe do Estado-Maior das 3. Todos os membros do Conselho de Promoções têm direito
FFDTL, os processos de promoção de modo a que, em a um único voto.
tempo, sejam levados a despacho do Chefe do Estado-
Maior General das F-FDTL. 4. São admitidos o Sim, o Não e a Abstenção.
3. Desenvolver as tarefas atribuídas pelo presente diploma 5. A abstenção também deve constar na Acta do Conselho.
no âmbito do Conselho de Promoções das F-FDTL.
6. O voto é sempre secreto.
Artigo 86.º
Composição do Conselho de Promoções 7. Nos casos em que resultem empates, o Presidente tem voto
de qualidade.
1. O Conselho de Promoções é composto, para a categoria de
Oficiais, por: TÍTULO VI
Ensino e formação nas F-FDTL
a) O Chefe do Estado-Maior das F-FDTL e todos os
Coronéis e Capitães-de-mar-e- guerra de maior antigui- Artigo 88.º
dade, nas promoções a Coronel e Capitão-de-mar-e- Ensino
guerra;
O ensino ministrado em estabelecimentos militares, nacionais
b) Os Comandantes das Componentes das F-FDTL; ou estrangeiros, existentes ou a criar, tem como finalidade a
habilitação profissional do militar, a aprendizagem de
c) Os Chefes das Repartições das F-FDTL; conhecimentos adequados à evolução da ciência e da
tecnologia e, bem assim, ao seu desenvolvimento cultural.
2. O Conselho de Promoções é composto, para a categoria de
Sargentos e Praças, por: Artigo 89.º
Princípios da formação militar
a) O Chefe do Estado-Maior das F-FDTL;
1. A formação militar, instrução e treino, doravante designados
b) Os Chefes das Repartições das F-FDTL; por formação militar, visam continuar a preparação do militar
para o exercício das respectivas funções e abrangem
c) Os Comandantes das Unidades das F-FDTL; componentes de natureza técnico-militar, científica, cultural
d) O Sargento-mor das F-FDTL; e de aptidão física.
e) O Sargento-chefe de cada batalhão, ou havendo mais 2. As F-FDTL propiciam aos militares, oportuna e continua-
do que um em cada batalhão, o mais antigo; mente, formação militar contínua adequada às capacidades
individuais e aos interesses da própria instituição.
f) O Sargento mais antigo de cada unidade independente
de escalão inferior a batalhão, desde que seja pelo menos 3. A formação militar é responsabilidade conjunta da institui-
Sargento-ajudante. ção militar, que a patrocina, e do militar, a quem se exige
empenhamento.
3. O Chefe do Estado-Maior das F--FDTL é em todos os ca-
sos o Presidente do Conselho e o Chefe da Repartição de Artigo 90.º
Pessoal do Quartel--General, o Secretário. Formação militar
4. Os assessores podem ser convidados a participar nas A formação militar envolve acções de investimento, de
reuniões do Conselho como observadores, a convite do evolução e de ajustamento e materializa-se através de cursos,
Presidente, e podem caso este o solicite ou autorize fazer tirocínios, estágios, instrução e treino operacional e técnico,
intervenções, mas em caso algum terão di-reito a voto. consoante a categoria, posto, classe, serviço ou especialidade
a que o militar pertence.
5. Nas apreciações de promoção de qualquer militar, não
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Artigo 91.º orientados para a prática, de modo a aperfeiçoar a sua
Cursos preparação militar e a imbuí-lo do espírito de missão e dos
valores próprios da instituição militar.
Os cursos têm duração variável e são ministrados sob a
responsabilidade de um organismo militar ou civil reconhecido Artigo 94.º
para o efeito, revestindo as seguintes tipologias: Treino operacional e técnico
a) Cursos de formação inicial que habilitem ao ingresso nas O treino operacional e técnico é um conjunto de actividades
diferentes categorias, visando a habilitação profissional do militar, integrado ou não em forças, que se destina a manter,
do militar e a aprendizagem de conhecimentos adequados complementar e aperfeiçoar os seus conhecimentos práticos
às evoluções da ciência e tecnologia e, bem assim, ao seu em condições tão próximas quanto possível das do tempo de
desenvolvimento cultural; guerra.
a) Seleccionar os mais aptos para o desempenho de determina- 5. Não há segundo avaliador quando o primeiro avaliador:
dos cargos e funções;
a) For oficial general;
b) Actualizar o conhecimento do potencial humano existente;
b) Estiver directamente subordinado ao Chefe do Estado-
c) Avaliar a adequabilidade dos recursos humanos aos cargos Maior-General das F-FDTL;
e funções exercidos;
c) For entidade titular de cargo situado no topo da
d) Compatibilizar as aptidões do avaliado e os interesses da hierarquia funcional, quando não inserida na estrutura
instituição militar, tendo em vista a crescente complexidade das Forças de Defesa.
decorrente do progresso científico, técnico, operacional e
organizacional; 6. No âmbito interno das Forças de Defesa os avaliadores dos
militares do QP são, obrigatoriamente, militares do QP.
e) Incentivar o cumprimento dos deveres militares e o aperfei-
çoamento técnico-militar. Artigo 103.º
Avaliações divergentes
Artigo 100.º
Confidencialidade Quando, após um conjunto de avaliações sobre o militar, se
verificar uma avaliação nitidamente divergente, seja favorável
1. A avaliação individual é confidencial, de modo a garantir o ou desfavorável, as entidades competentes devem promover
necessário sigilo no seu processamento, sem prejuízo da averiguações no sentido de esclarecer as razões que a
publicação dos resultados finais dos cursos, concursos, motivaram.
provas, tirocínios, estágios ou outros elementos que devam
ou possam ser do conhecimento geral, bem como da Artigo 104.º
emissão de certidões requeridas para efeitos de instrução Juízo favorável e desfavorável
de recursos.
Sempre que da avaliação individual conste referência, parecer
2. No tratamento informático dos dados pessoais devem ser ou juízo significativamente favoráveis ou desfavoráveis, as
respeitadas as regras prescritas na Constituição e na lei. entidades competentes devem convocar o militar para lhe dar
conhecimento pessoal, no intuito de contribuir para o estímulo,
Artigo 101.º orientação e valorização do mesmo.
Periodicidade
Artigo 105.º
1. As avaliações individuais podem ser: Tratamento da avaliação
A licença por casamento é concedida por 5 dias úteis seguidos, Artigo 118.º
tendo em atenção o seguinte: Reclamação e recurso
a) O pedido deve ser apresentado com uma antecedência 1. Os militares têm o direito de solicitar a revogação, a mo-
mínima de 10 dias relativamente à data em que se pretende dificação ou a substituição dos actos administrativos,
iniciar o período da licença; praticados pelos órgãos militares, nos termos deste
Estatuto.
b) A confirmação do casamento é efectuada através de certidão
destinada ao processo individual, que deve ser entregue 2. O direito reconhecido no número anterior pode ser exercido
no prazo de dez dias após o regresso ao serviço. mediante reclamação ou recurso que, salvo disposição em
contrário, pode ter como fundamento a ilegalidade ou a
Artigo 116.º inconveniência do acto impugnado.
Licença registada
3. A reclamação e o recurso do acto de que não caiba recurso
1. A licença registada pode ser concedida pelo CEMG das F- contencioso não suspendem a eficácia do acto impugnado.
FDTL, a requerimento do interessado, por motivos de
natureza particular que a justifiquem ou nos termos Artigo 119.º
previstos neste Estatuto ou noutras disposições legais. Legitimidade para reclamar e recorrer
2. A licença registada não confere direito a qualquer tipo de Os militares têm legitimidade para reclamar ou recorrer quando
remuneração e não conta como tempo de serviço efectivo. titulares de direitos subjectivos ou interesses legalmente
protegidos que considerem lesados por acto administrativo.
Artigo 117.º
Licença por maternidade ou paternidade Artigo 120.º
Reclamação
1. A licença de maternidade está sujeita aos seguintes requis-
itos: 1. A reclamação do acto administrativo deve ser individual,
escrita, dirigida e apresentada ao autor do acto, no prazo
a) As militares têm direito a faltar 65 dias úteis por motivo de 15 dias úteis a contar:
de parto.
a) Da publicação do acto no Jornal da República ou ordem
b) Do período de faltas estabelecido na alínea anterior, 40 de serviço, quando a mesma seja obrigatória,
dias úteis devem ser gozados, obrigatória e prevalecendo a última publicação;
imediatamente após o parto, podendo os restantes dias
ser gozados antes ou depois do parto. b) Da notificação do acto, quando esta se tenha efectuado,
se a publicação não for obrigatória;
c) As faltas por maternidade interrompem ou suspendem
as férias consoante o interesse da militar. c) Da data em que o interessado tiver conhecimento do
acto, nos restantes casos.
d) A militar que amamente o filho tem ainda direito à
redução da jornada de trabalho em 1 hora até a criança 2. A reclamação deve ser decidida no prazo de 15 dias úteis.
perfazer 1 ano de idade.
3. Decorrido o prazo referido no número anterior sem que haja
e) As faltas por maternidade são justificadas por sido tomada uma decisão, considera-se a reclamação
declaração do médico, do estabelecimento hospitalar tacitamente indeferida.
ou centro de saúde, a apresentar no serviço onde a
militar exerce funções no prazo de 3 dias contados a 4. A reclamação de actos insusceptíveis de recurso conten-
partir do dia da ausência da militar. cioso suspende o prazo de interposição de recurso
hierárquico necessário.
2. A licença de paternidade está sujeita aos seguintes requi-
sitos: Artigo 121.º
Recurso hierárquico
a) Os militares, por ocasião do nascimento de filho ou
filha, têm direito a faltar por 3 dias úteis. 1. O recurso hierárquico é necessário ou facultativo, consoante
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o acto a impugnar seja ou não insusceptível de recurso a posse de avaliação de mérito favorável, relativamente ao
contencioso. período de serviço militar eventualmente prestado.
2. O recurso hierárquico necessário deve ser interposto no 2. As habilitações literárias mínimas para a admissão ao RV e
prazo de 15 dias úteis contados nos termos previstos no ao RC, a que se refere o RLSM são:
n.º 1 do artigo anterior e o facultativo dentro do prazo
estabelecido para a interposição de recurso contencioso a) Licenciatura ou habilitação equivalente, para a categoria
do acto em causa. de oficiais;
3. O recurso hierárquico é dirigido ao mais elevado superior b) Curso do ensino secundário ou equivalente, para a
hierárquico do autor do acto, salvo se a competência para categoria de sargentos;
a decisão se encontrar delegada ou subdelegada, podendo
o respectivo requerimento ser apresentado ao autor do c) Curso do ensino básico ou equivalente, para a categoria
acto ou à autoridade a quem seja dirigido. de praças.
4. O recurso hierárquico deve ser decidido no prazo de 30 dias 3. As condições especiais de admissão ao RV e ao RC são
úteis a contar da data em que o mesmo for recebido pela fixadas por despacho do responsável pela área da defesa,
entidade competente para dele conhecer, prorrogável até sob proposta dos CEMG das F-FDTL.
ao máximo de 60 dias úteis, em casos devidamente
fundamentados. Artigo 125.º
Candidatura
5. Se, no prazo referido no número anterior, não for proferida
decisão expressa, o recurso é considerado tacitamente 1. A candidatura à prestação de serviço em RV ou ao RC
indeferido. formaliza-se através do preenchimento do formulário de
modelo oficial, a que se refere o RLSM, endereçada ao
6. Das decisões do CEMG das F-FDTL, do Vice-CEMG das F- CEMG das F-FDTL em que o cidadão manifesta vontade
FDTL e do CEM das F-FDTL, em matérias de competência de prestar serviço militar.
própria, não cabe recurso hierárquico.
2. Os prazos e procedimentos a observar na apresentação da
Artigo 122.º candidatura para admissão ao serviço efectivo em RV e RC
Recurso contencioso são fixados no despacho de abertura do concurso, exarado
pelo responsável pela área da defesa, ouvido o CEMG das
1. Ressalvados os casos de existência de delegação ou F-FDTL.
subdelegação de competência genérica, só das decisões
do CEMG das F-FDTL, do Vice-CEMG ou do CEM das F- Artigo 126.º
FDTL cabe recurso contencioso. Designação e identificação dos militares
2. O recurso contencioso deve ser interposto nos prazos e Os militares em RV e RC são designados, sob forma abreviada,
termos fixados na Lei Geral ou na Lei de Processo nos pelo número de identificação militar, posto, classe, serviço e
Tribunais Administrativos, quando criados. especialidade, forma de prestação de serviço e nome.
Os prazos referidos nos artigos 117.º e 118.º suspendem-se ou 1. O militar em RV e RC é sujeito, após a incorporação, ao
interrompem-se estando o militar em situação de campanha, período de instrução militar que compreende a instrução
integrado em forças fora dos quartéis ou bases, ou embarcado básica e a instrução complementar.
em unidades navais ou aéreas, a navegar ou em voo, bem
como no desempenho de missões temporárias de serviço fora 2. A instrução básica é comum a todos os instruendos, inde-
do território nacional. pendentemente da componente a que se destinam e termina
com o acto de juramento de bandeira, sendo a sua duração
LIVRO II fixada por despacho, do responsável pela área da defesa,
Dos regimes de voluntariado e de contrato ouvido o CEMG das F-FDTL.
b) Soldado-instruendo, quando destinado à categoria de 2. A antiguidade relativa entre os militares com a mesma data
sargento; de antiguidade é determinada pela classificação obtida no
respectivo curso de promoção.
c) Soldado-recruta, quando destinado à categoria de
praça. Artigo 132.º
Avaliação do mérito
2. O militar em instrução complementar é promovido, de acordo
com a componente onde presta serviço, nos seguintes 1. A avaliação do mérito dos militares em RV e RC releva,
postos: designadamente, para os seguintes efeitos:
a) Oficiais: cursos de formação de oficiais; 1. Constituem causas de cessação do vínculo contratual cor-
respondente à prestação de serviço efectivo em RV e RC:
b) Sargentos: cursos de formação de sargentos;
a) A caducidade;
c) Praças: cursos de formação de praças.
b) A falta de aproveitamento na instrução complementar,
2. A designação e a organização dos cursos referidos na alínea sem prejuízo do disposto nas alíneas b), c) e d) do n.º 1
c) do n.º 1 é definida por despacho do responsável pela do artigo 53.º da RLSM;
área da defesa, ouvido o CEMG das F-FDTL, de acordo
com as necessidades de formação próprias de classe ou c) A rescisão.
especialidade.
2. O vínculo contratual correspondente à prestação de serviço
3. O ingresso em cada uma das categorias após a instrução efectivo em RV e RC caduca, designadamente:
militar é efectuada por ordem decrescente de classificação
obtida nos cursos indicados no n.º 1. a) Por falta de aproveitamento na instrução básica, sem
prejuízo do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 53.º
Artigo 131.º da RLSM;
Antiguidade relativa
b) Não havendo renovação do contrato;
1. A antiguidade relativa entre militares com o mesmo posto
ou com postos correspondentes nas diferentes classes e c) Quando atinja a duração máxima fixada na RLSM;
especialidades, é determinada pelas datas de antiguidade
nesse posto e, em caso de igualdade destas, pelas datas d) Com o ingresso nos QP;
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e) Verificando-se a impossibilidade superveniente, e hospitalar, a prestar pelos serviços de saúde militar, até à
absoluta e definitiva da prestação de serviço efectivo. data em que estiver definida a sua situação clínica, por
homologação da decisão da competente junta médica, sem
3. O vínculo contratual correspondente à prestação de serviço prejuízo do direito à assistência na doença estabelecido
efectivo em RV e RC pode ser rescindido pelas F-FDTL, para os militares do QP.
designadamente, nas seguintes situações:
2. O militar abrangido pelo previsto no número anterior, man-
a) Na pendência do período experimental, nos termos e tém-se no posto e forma de prestação de serviço em que se
prazos previstos no RLSM; encontra, até à data da homologação da decisão da
competente junta médica, período este que não pode
b) Quando a falta de aproveitamento na instrução ultrapassar três anos, contados desde a data em que
complementar seja imputável ao militar, a título de dolo resultou o impedimento.
ou negligência grosseira, ficando o militar sujeito ao
pagamento de indemnização ao Estado, nos termos e 3. O militar em RV e RC, que à data da passagem à reserva de
montantes a fixar por despacho do responsável pela disponibilidade ou de recrutamento se encontre em baixa
área da defesa, tendo em conta os custos envolvidos hospitalar por doença ou acidente sem relação com o
na formação ministrada e a expectativa da afectação serviço, beneficia da assistência prevista no n.º 1 do
funcional do militar; presente artigo, salvo declaração expressa em contrário do
próprio, enquanto não ocorrer a alta hospitalar ou a
c) Por desistência ou eliminação nos cursos para ingresso transferência para unidade hospitalar civil não possa ser
no QP, por razões que lhe sejam imputáveis; concedida sem grave prejuízo do respectivo processo de
recuperação clínica.
d) Por falta de aptidão física ou psíquica, comprovada por
competente junta médica, desde que não resulte de Artigo 136.º
acidente em serviço ou doença adquirida por motivo Repetição da Instrução Militar Básica
do mesmo;
1. Nas situações previstas no artigo 134.º, os militares que
e) Por falta de aptidão técnico-profissional para o devam repetir a instrução entram de licença registada até à
desempenho das suas funções; data de início do novo turno de preparação para o qual
sejam chamados.
f) Por aplicação das sanções previstas no RDM.
2. O militar só pode entrar em licença registada quando tenha
4. O vínculo contratual correspondente à prestação de serviço alta hospitalar.
efectivo em RV e RC pode ser rescindido pelo militar, nas
seguintes situações: Artigo 137.º
Admissão nos quadros permanentes
a) Na pendência do período experimental, nos termos e
prazos previstos na RLSM; O militar que se encontre a concorrer para ingresso nos QP
das F-FDTL, e que entretanto tenha atingido o limite máximo
b) Findo o período experimental, através de requerimento de duração legalmente previsto para o regime de prestação de
do interessado dirigido ao CEMG das F-FDTL, nos serviço em que se encontra, continua a prestar serviço no
termos da lei geral. posto que detém, até ao ingresso nos QP ou à exclusão daquele
concurso.
5. Não há lugar à rescisão do vínculo contratual, por iniciativa
do militar, quando este se encontre em situação de TÍTULO II
campanha, integrado em forças fora dos quartéis ou bases, Do regime de voluntariado
ou embarcado em unidades navais ou aéreas, a navegar ou
em voo, bem como no desempenho de missões temporárias Artigo 138.º
de serviço fora do território nacional. Início da prestação de serviço
6. O apuramento dos factos que levam à aplicação das alíneas A prestação do serviço efectivo em RV inicia-se:
b), e) e f) do n.º 3 do presente artigo, é feito em processo
próprio, do qual deve constar a matéria necessária à a) Na data da incorporação, para os cidadãos provenientes
apreciação e decisão final. do recrutamento normal;
1. Os militares em RV têm direito ao mesmo número de dias c) Na data fixada no despacho de deferimento do ingresso em
úteis de férias a que têm direito os demais militares, a serem RC, para os cidadãos que já se encontrem a prestar serviço
gozados durante a vigência do respectivo vínculo efectivo decorrente de convocação ou mobilização.
contratual.
Artigo 144.º
2. No ano da incorporação, os militares em RV têm direito a um Postos
período de férias proporcional ao tempo de serviço prestado,
que podem gozar após cumprimento de 6 meses de serviço São os seguintes os postos dos militares em RC após a
militar. instrução militar, consoante as respectivas categorias:
1. Ao militar em RV pode ser concedida licença registada, 4. São graduados no posto de cabo os marinheiros e soldados
quando o requeira, por tempo não superior a 30 dias, que iniciem, após nomeação, a frequência do curso de
seguidos ou interpolados, dependendo a sua concessão promoção àquele posto, contando este tempo para efeitos
de não existir inconveniente para o serviço, de ter no mínimo de promoção.
6 meses de serviço militar prestado e devendo a prestação
de serviço ser prolongada por igual período. 5. É condição especial de promoção ao posto de cabo, para
além do preenchimento do tempo mínimo de permanência
2. A licença registada não pode ser imposta ao militar em RC, no posto anterior, a habilitação com o curso de promoção.
salvo nas situações e para os efeitos previstos no n.º 4 do
art.º 53.º da RLSM, pelo tempo que se mostrar necessário. 6. As condições especiais de promoção satisfeitas, no todo
ou em parte, durante a prestação de serviço efectivo são
TÍTULO III consideradas para efeitos de promoção dos militares em
Do regime de contrato RC.
A prestação de serviço efectivo em RC inicia-se: Os cursos de promoção mencionados no artigo anterior são
abertos tendo em conta as necessidades de pessoal, sendo as
a) Na data da apresentação na unidade, estabelecimento ou condições especiais de admissão aos mesmos fixadas por
órgão, a designar pelas F-FDTL, para os cidadãos despacho do responsável pela área da defesa.
provenientes da reserva de disponibilidade; .
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Artigo 147.º como oficial/sargento das Gloriosas Falintil-Forças de Defesa
Reclassificação e mudança de categoria de Timor-Leste, guardar e fazer guardar a Constituição da
República, cumprir as ordens e deveres militares, de acordo
1. O militar em RC, mediante a obtenção de formação adequada, com as leis e regulamentos, contribuir com todas as minhas
e compatibilizando os interesses individuais com os da capacidades para o prestígio das F-FDTL e servir a minha
instituição militar, pode ser reclassificado em diferente Pátria em todas as circunstâncias e sem limitações, mesmo
classe ou especialidade, tendo em vista a sua melhor com o sacrifício da própria vida.»
utilização no exercício das funções inerentes à sua futura
situação. Artigo 151.º
Documento de encarte
2. Ao militar em RC, reunidos os pressupostos previstos no
art.º 124.º, pode ainda ser facultada a mudança de categoria.
1. No acto de ingresso nos QP é emitido e entregue ao militar
um documento de encarte onde conste o posto que
Artigo 148.º
Licença registada sucessivamente ocupe na respectiva categoria.
Ao militar em RC pode ser concedida licença registada, quando 2. O documento de encarte, consoante as diferentes catego-
o requeira, por tempo não superior a três meses, seguidos ou rias, designa-se:
interpolados, por cada período de três anos, dependendo a
sua concessão de não existir inconveniente para o serviço e a) Carta-patente, para oficiais;
devendo a prestação de serviço ser prolongada por igual
período. b) Diploma de encarte, para sargentos.
O militar tem direito a formação permanente adequada às 1. O militar na situação de reforma beneficia do regime de
especificidades do respectivo quadro especial, visando a pensões em função do posto, do escalão, do tempo de
obtenção ou actualização de conhecimentos técnico-militares serviço, dos descontos efectuados para o efeito.
necessários ao exercício das funções que lhe possam vir a ser
cometidas. 2. Sem prejuízo do disposto no presente diploma, ao cálculo
da pensão de reforma dos militares das F-FDTL é aplicável
Artigo 157.º o regime geral da aposentação.
Direito de alojamento
3. O tempo de serviço relevante para o cálculo da pensão de
1. O militar, no exercício das suas funções militares, pode ter reforma inclui todo o período durante o qual sejam
direito a alojamento condigno, de acordo com o cargo efectuados descontos.
desempenhado e o nível de segurança exigível.
Artigo 162.º
2. O militar, quando, por motivo de serviço, se encontre Assistência à família
deslocado em território nacional em área diferente daquela
onde possui residência habitual, por período de tempo Aos membros do agregado familiar do militar é garantido o
superior a 6 meses, pode ter direito a alojamento fornecido direito à assistência médica, medicamentosa e hospitalar e
pela Unidade onde se encontrar a exercer funções. apoio social, de acordo com o regime definido em legislação
especial.
3. As regras de atribuição do alojamento referido nos números
anterior são definidas por despacho do CEMG das F-FDTL. CAPÍTULO III
Carreira militar
Artigo 158.º
Fardamento Artigo 163.º
Princípios
O militar na efectividade de serviço tem, nos termos definidos
em legislação própria, direito à comparticipação do Estado nas O desenvolvimento da carreira militar orienta-se pelos seguintes
despesas com o fardamento. princípios:
1. O militar na efectividade de serviço tem direito a remuneração b) Da universalidade - aplicabilidade a todos os militares que
base adequada ao respectivo posto e tempo de permanência voluntariamente ingressam nos QP;
neste, nos termos definidos em legislação própria.
c) Do profissionalismo - capacidade de acção, que exige
2. O militar beneficia, nos termos fixados em legislação própria, conhecimentos técnicos e formação científica e humanística,
de suplementos específicos conferidos em virtude da segundo padrões éticos institucionais, e supõe a obrigação
natureza da condição militar e da especial responsabilidade, de aperfeiçoamento contínuo, tendo em vista o exercício
penosidade e risco inerentes às funções exercidas, das funções com eficiência;
designadamente as de comando.
d) Da igualdade de oportunidades - perspectivas de carreira
semelhantes nos vários domínios da formação e promoção;
Artigo 160.º
Remuneração na reserva e) Do equilíbrio - gestão integrada dos recursos humanos,
materiais e financeiros, por forma a ser obtida a coerência
1. O militar na situação de reserva tem direito a uma remune- do efectivo global autorizado;
ração calculada com base no posto, escalão e tempo de
serviço, tal como definido neste Estatuto. f) Da flexibilidade - adaptação atempada à inovação e às
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transformações de crescente complexidade decorrentes do funções de comando, direcção ou chefia, estado-maior e
progresso científico, técnico, operacional e organizacional, execução que requeiram elevado grau de conhecimentos
com emprego flexível do pessoal; de natureza científico-técnica e de qualificação.
b) Garantia do preenchimento das condições de 2. A situação de diligência não origina a abertura de vagas no
desenvolvimento da carreira; respetivo quadro especial.
1. Considera-se no activo o militar que se encontre afecto ao 2. Ao militar em comissão especial não é permitido o uso de
serviço efectivo ou em condições de ser chamado ao seu uniforme em actos de serviço relativos às funções a que
desempenho e não tenha sido abrangido pela situação de não corresponde o direito ao uso de insígnias militares.
reforma.
Artigo 184.º
2. O militar no activo pode encontrar-se na efectividade de Inactividade temporária
serviço ou fora da efectividade de serviço.
1. O militar no activo considera-se em inactividade temporária
Artigo 179.º nos seguintes casos:
Reserva
1. Reserva é a situação para que transita o militar do activo a) Por motivo de acidente ou doença, quando o impedi-
quando verificadas as condições estabelecidas neste mento exceda 12 meses e a junta médica, por razões
Estatuto, mantendo-se, no entanto, disponível para o justificadas e fundamentadas, não se encontre ainda
serviço. em condições de se pronunciar quanto à sua
capacidade ou incapacidade definitivas;
2. O militar na reserva encontra-se fora da efectividade de
serviço. Nas circunstâncias excepcionais previstas na lei, b) Por motivos criminais ou disciplinares, quando no
encontra-se na efectividade de serviço. cumprimento das penas de prisão militar ou de
inactividade.
3. O efectivo de militares na situação de reserva é variável.
2. Para efeitos de contagem do prazo fixado na alínea a) do
Artigo 180.º número anterior, são considerados todos os impedimentos
Reforma por doença e as licenças de junta médica, desde que o
intervalo entre dois períodos consecutivos seja inferior a
1. Reforma é a situação para que transita o militar, no activo, 30 dias.
que seja abrangido pelo disposto no artigo 192.º e seguintes
e os militares que se encontram na reserva. Artigo 185.º
Efeitos da inactividade temporária
2. O militar na reforma não pode exercer funções militares,
salvo nas circunstâncias excepcionais previstas neste 1. Quando decorridos 24 meses de inactividade temporária
Estatuto. por doença ou acidente e a junta médica, por razões
justificadas e fundamentadas, não esteja ainda em
SUBSECÇÃO II condições de se pronunciar quanto à capacidade definitiva
Activo do militar, deve-se observar o seguinte:
Artigo 181.º
a) Se a inactividade for resultante de acidente ou doença
Situações em relação à prestação de serviço
não considerados em serviço nem por motivo do
O militar no activo pode estar, em relação à prestação de serviço, mesmo, o militar tem de optar pela passagem à situação
numa das seguintes situações: de reforma ou de licença ilimitada;
1. Considera-se na efectividade de serviço o militar no activo Os limites de idade de passagem à reserva são os seguintes:
que se encontre:
a) Oficiais cuja formação de base é uma licenciatura comple-
a) Em comissão normal; mentada com curso ou mestrado integrado em ciências
militares ou equivalente:
b) Na inactividade temporária por acidente ou doença.
i. Oficiais generais – 59 anos;
2. Considera-se fora da efectividade de serviço o militar no
activo quando, para além do disposto no n.º 3 do artigo ii. Coronel ou Capitão-de-mar-e-guerra – 58 anos;
45.º, se encontre:
iii. Restantes postos – 57 anos.
a) Em comissão especial;
b) Oficiais cuja formação de base é uma licenciatura, ou equiva-
b) De licença ilimitada. lente:
Decretada a mobilização geral ou declarados o estado de sítio, a) Seja julgado física ou psiquicamente incapaz para todo
estado de emergência ou a guerra, o militar na reserva deve o serviço, mediante parecer de competente junta médica,
apresentar-se ao serviço efectivo. homologado pelo CEMG das F-FDTL;
1. O militar passa à situação de reforma sempre que atinja os Sendo declarado o estado de sítio, estado de emergência ou a
60 anos de idade; guerra, o militar na situação de reforma pode ser chamado a
prestar serviço efectivo compatível com o seu posto, aptidões
2. O militar que atinja os 60 anos de idade pode continuar ao e estado físico e psíquico.
serviço, desde que reunidas as condições previstas na lei
geral, designadamente: Artigo 198.º
Data de transição para a reforma
a) O exercício de funções específicas para as quais não A passagem à reforma tem lugar na data fixada no documento
exista substituto; oficial que promova a mudança de situação, sendo objecto de
publicação no Jornal da República e na ordem de serviço do
b) Seja formulado, por escrito e com antecedência mínima QG.
de 60 dias em relação à data em que o militar completa
60 anos de idade, requerimento de continuidade do SECÇÃO II
exercício de funções; Efectivos
c) O superior hierárquico deve fundamentar o requerimen- SUBSECÇÃO I
to, indicando as medidas tomadas no intuito de Quadros
promover a substituição do militar, bem como o período
necessário de continuação de exercício de funções; Artigo 199.º
Quadro de pessoal
d) A continuidade de funções pode ser requerida pelo
período máximo de um ano, renovável; 1. Designa-se por quadro de pessoal o número de efectivos
permanentes na situação do activo, distribuídos por
e) Depois da aprovada a continuidade de funções pelo categorias e postos, afectos ao desempenho de cargos e
CEMG das F-FDTL ou pelo Presidente da República, exercício de funções.
Série I, N.° 27 Quarta-Feira, 13 de Julho de 2016 Página 9721
Jornal da República
2. O quadro de pessoal desdobra-se em quadros especiais, Artigo 204.º
sendo fixado por diploma ministerial, sob proposta do Data de ingresso
CEMG das F-FDTL.
A data de ingresso nos QP é a constante do documento oficial
Artigo 200.º que atribui ao militar o posto fixado para início da carreira na
Quadros especiais respectiva categoria.
2. O ingresso nos diferentes quadros especiais pode também a) 10 anos para as categorias de oficiais e sargentos, com
fazer-se por transferência de outro quadro especial. excepção do quadro especial de pilotos de helicópteros,
em que é de 12 anos;
3. O militar nas condições dos números anteriores mantém o
posto que detém, caso seja superior ao de ingresso. b) 8 anos, para a categoria de praças, até à completa
extinção deste quadro.
Série I, N.° 27 Quarta-Feira, 13 de Julho de 2016 Página 9722
Jornal da República
3. Na fixação da indemnização a que se refere a alínea c) do n.º h) Aguarde a execução da decisão que determinou a
1 devem ser tidos em consideração, designadamente, a separação do serviço;
duração e os custos dos cursos de formação e subse-
quentes acções de qualificação e actualização, na pers- i) Tendo passado à situação de reserva ou de reforma,
pectiva de utilização efectiva do militar em funções próprias aguarde a publicação da respectiva decisão;
do quadro especial e do posto decorrentes da formação
adquirida. j) Esteja sustada a transição para a situação de reserva,
nos termos do artigo 194.º;
SUBSECÇÃO II
Situações em relação ao quadro especial k) Seja deficiente das F-FDTL e tenha, nos termos da lei,
optado pela prestação de serviço no activo;
Artigo 207.º
Situações l) Esteja em situação de ausência ilegítima, ou seja
prisioneiro de guerra ou desaparecido;
O militar no activo encontra-se, em relação ao quadro especial
a que pertence, numa das seguintes situações: m) Quando colocado nessa situação por expressa
disposição legal.
a) No quadro;
3. O militar adido ao quadro não é contado nos efectivos do
b) Adido ao quadro; respectivo quadro especial.
3. A data de abertura de vacatura por incapacidade física ou 1. A alteração na data de antiguidade de um militar resultante
psíquica de um militar é a da homologação do parecer da de modificação da sua colocação na lista de antiguidade
junta de saúde pelo CEMG das F-FDTL. deve constar expressamente do documento que determina
essa modificação.
4. A data da antiguidade do militar a quem seja alterada a
colocação na lista de antiguidade do seu posto por efeito 2. A alteração do ordenamento na lista de antiguidade em
do n.º 1 do artigo 55.º é a do militar do seu quadro especial consequência da promoção de militares do mesmo quadro
que, na nova posição, lhe fique imediatamente a seguir na especial a um dado posto na mesma data deve expres-
ordem descendente, salvo se outra data for indicada no samente constar do documento oficial de promoção.
diploma que determina a alteração.
Artigo 215.º
Artigo 212.º Antiguidade por transferência de quadro especial
Listas de antiguidade
1. Ao militar transferido para outro quadro especial é atribuída
1. As listas de antiguidade de oficiais, sargentos e praças, até a antiguidade do:
à extinção desta categoria, onde se inscrevem os militares
no activo, reserva e reforma, são anualmente publicadas a) Posto fixado para início da carreira na respectiva
até ao último dia do mês de Março, reportando-se a 31 de categoria, ficando à esquerda de todos os militares
Dezembro do ano anterior. existentes no novo quadro, se a transferência se
efectuar por ingresso;
2. Nas listas referentes à situação de activo os militares
distribuem-se por quadros especiais, nos quais são b) Posto e antiguidade que detém, se a transferência se
inscritos por postos e antiguidade relativa. efectuar por reclassificação.
3. Nas listas referentes às situações de reserva e reforma os 2. A inscrição na lista de antiguidade do novo quadro obedece
militares são inscritos de acordo com as classes, serviços, ao disposto no artigo seguinte.
especialidades, postos e antiguidade relativa.
Artigo 216.º
Artigo 213.º Antiguidade relativa
Inscrição na lista de antiguidade
1. A antiguidade relativa entre militares pertencentes a quadros
1. O militar na situação de activo ocupa um lugar na lista de especiais diferentes com o mesmo posto ou postos
antiguidade do quadro especial a que pertence, sendo correspondentes é determinada pelas datas de antiguidade
inscrito no respectivo posto de ingresso por ordem nesse posto e, em caso de igualdade destas, pelas datas
decrescente de classificação no concurso ou curso de de antiguidade no posto anterior, e assim sucessivamente,
ingresso. aplicando-se, se necessário, a data de ingresso nas F-FDTL.
2. Os militares pertencentes ao mesmo quadro especial 2. Dentro de cada posto, para efeitos protocolares, os militares
promovidos ao mesmo posto na mesma data são ordenados na efectividade de serviço precedem os militares na situação
por ordem decrescente, segundo a ordem da sua inscrição de reserva fora da efectividade de serviço e reforma.
na lista de antiguidade desse posto, que deve constar do
documento oficial de promoção.
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Artigo 217.º por posto e quadro especial, de acordo com a modalidade
Antiguidade para efeitos de promoção de promoção estabelecida para acesso ao posto imediato,
dos militares que até 31 de Dezembro de cada ano reúnam
Para efeitos de promoção não conta como antiguidade: as condições de promoção.
a) O tempo decorrido na situação de inactividade temporária 2. As listas de promoção, elaboradas pelo Conselho de Pro-
por motivo de pena de natureza criminal ou disciplinar; moções das F-FDTL constituem elemento informativo do
CEMG das F-FDTL para efeitos de decisão.
b) O tempo de ausência ilegítima e de deserção, quando esta
figura se encontrar prevista; 3. As listas de promoção anuais são homologadas pelo CEMG
das F-FDTL até 1 de Dezembro e publicadas até 15 de
c) O tempo de permanência na situação de licença ilimitada. Dezembro do ano anterior a que respeitam.
A promoção do militar realiza-se segundo o ordenamento A verificação da condição geral de promoção a que se refere a
estabelecido nas listas de promoção do quadro especial a que alínea d) do artigo 57.º é feita:
pertence, salvo nos casos seguintes:
a) Pelas competentes juntas médicas, quando se trate das
a) Promoção por escolha; promoções aos postos de major-general, de major ou
capitão-tenente e de sargento-chefe;
b) Promoção por nomeação;
b) Pelos elementos que constam das avaliações periódicas e
c) Promoção por distinção; dos livretes de saúde, quando se trate das promoções a
outros postos, devendo o militar, em caso de dúvida, ser
d) Promoção a título excecional;
presente às juntas referidas na alínea anterior.
e) Necessidade de provisão de lugares com exigências de c) Avaliação física, pela realização de Provas de Aptidão Físi-
qualificação técnicoprofissionais específicas, no caso dos cas (PAF) anuais.
grupos de especialidades, a fixar em disposições próprias.
Artigo 223.º
Artigo 220.º Satisfação das condições especiais de promoção
Listas de promoção
1. As condições especiais de promoção são satisfeitas em
1. Designa-se por lista de promoção a relação anual ordenada comissão normal.
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2. Sempre que um militar não reúna todas as condições Artigo 229.º
especiais de promoção, mas deva ser incluído no conjunto Cessação de graduação
dos militares a apreciar em virtude da sua antiguidade para
efeitos de promoção, é analisado do mesmo modo que os 1. Para além dos casos previstos no artigo 77.º, a graduação
militares com a totalidade das condições, mediante parecer do militar cessa com a sua transição para a situação de
do Conselho de Promoções das F-FDTL, colocando-o na reserva.
situação de demorado.
2. O militar, uma vez cessada a graduação, permanece no posto
3. Cabendo-lhe a promoção, logo que militar reúna as em que se encontrava efectivamente promovido, não
condições especiais de promoção, deverá ser promovido conferindo a graduação qualquer direito à alteração da
com a data de antiguidade que lhe competiria se não fosse remuneração de reserva ou da pensão de reforma.
a demora.
CAPÍTULO VIII
4. O militar em comissão especial deve declarar, com a antece- Ensino e formação militar
dência necessária, se deseja que lhe seja facultada a
satisfação das condições especiais de promoção. Artigo 230.º
Cursos, tirocínios ou estágios
Artigo 224.º
Dispensa das condições especiais de promoção 1. O processo de admissão, a organização dos concursos,
cursos, tirocínios ou estágios que habilitem ao ingresso
1. Para efeitos de promoção até ao posto de coronel e de nas várias categorias dos QP são sujeitos a despacho do
capitão-de-mar-e-guerra, pode o CEMG das F-FDTL, responsável da área da defesa, ouvido o CEMG das F-
mediante despacho fundamentado e ouvido previamente FDTL.
o Conselho de Promoções das F-FDTL, a título excepcional
e por conveniência de serviço, dispensar o militar da 2. O número de vagas para admissão aos concursos, cursos,
satisfação das condições especiais de promoção a que se tirocínios ou estágios para ingresso nas várias categorias
referem as alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 61.º dos QP é fixado, quando necessário, por resolução do
Conselho de Ministros, sob proposta do CEMG das F-
2. A dispensa prevista no número anterior só pode ser FDTL, tendo em conta:
concedida a título nominal e por uma só vez na respectiva
categoria. a) As necessidades estruturais e organizacionais e as
decorrentes necessidades de alimentação dos quadros
Artigo 225.º especiais;
Promoção de militares na reserva e na reforma b) A programação e desenvolvimento da carreira nas
diferentes categorias.
Os militares na situação de reserva ou de reforma apenas podem
ser promovidos por distinção e a título excepcional, nos termos Artigo 231.º
previstos no presente Estatuto. Nomeação para os cursos de promoção
Artigo 226.º 1. A nomeação do militar para os cursos de promoção é feita
Promoção de adidos ao quadro por despacho do CEMG das F-FDTL tendo em conta:
O militar adido ao quadro que seja promovido por escolha a) As necessidades das F-FDTL;
mantém-se na mesma situação em relação ao quadro, apenas
ocupando a vaga que deu origem à sua promoção se o novo b) As condições de acesso legalmente fixadas;
posto impossibilitar a sua permanência na situação de adido.
c) A posição do militar na lista de antiguidade do posto a
que pertence.
Artigo 227.º
Promoção de supranumerários 2. O militar dispensado da frequência de curso de promoção,
nos termos do artigo 224.º, deve frequentá-lo logo que
O militar na situação de supranumerário que seja promovido possível.
por escolha ocupa vaga no seu novo posto.
3. Não é nomeado para o curso de promoção o militar que vier
Artigo 228.º a atingir o limite de idade de passagem à situação de reserva
Verificação das condições gerais de promoção no período determinado para a ocorrência do curso.
4. O militar pode desistir da frequência de curso de promoção, São obrigatoriamente objecto de avaliação periódica dos
não podendo ser novamente nomeado. comandantes, directores ou chefes a que estão subordinados
os militares do activo em comissão normal e os na reserva na
Artigo 233.º efectividade de serviço, com excepção dos oficiais generais
Nomeação para os cursos de especialização ou qualificação que desempenhem o cargo de CEMG das F-FDTL.
Artigo 237.º
1. A realização e os requisitos dos cursos de especialização e
Avaliações extraordinárias
de qualificação são publicados em ordem de serviço, com
uma antecedência mínima de 30 dias.
Sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 101.º, as avaliações
extraordinárias são prestadas sempre que:
2. A nomeação do militar para frequência de cursos de
especialização e qualificação é feita por despacho do CEMG
a) Se verifique a transferência do avaliado e desde que tenha
das F-FDTL, de acordo com as necessidades tendo em
decorrido um período igual ou superior a seis meses após
conta os seguintes factores:
a última avaliação;
a) Voluntariado, preferência e aptidões manifestadas pelos
b) Qualquer dos avaliadores considere justificado e oportuno
militares candidatos;
proceder a uma reavaliação;
A falta de aproveitamento em cursos, tirocínios ou estágios e 2. O CEMG das F-FDTL pode dispensar da apresentação à
as suas consequências são reguladas no diploma ou despacho junta médica a que se refere a alínea a) do número anterior
que estabelece as respectivas normas de funcionamento e o militar que, por motivos imperiosos de serviço, a ela não
condições de acesso. possa comparecer.
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CAPÍTULO X 7. O militar na situação de licença ilimitada não tem direito a
Licenças qualquer remuneração e não pode ser promovido enquanto
se mantiver nesta situação.
Artigo 239.º
Licença registada Artigo 242.º
Licença para estudos
1. A licença registada não pode ser imposta ao militar, sendo
concedida exclusivamente a seu requerimento, não 1. Aos militares no activo e na efectividade de serviço pode
podendo perfazer mais de seis meses, seguidos ou ser concedida licença para estudos destinada à frequência
interpolados, por cada período de cinco anos. de cursos, estágios ou disciplinas, em estabelecimentos
de ensino nacionais ou estrangeiros, com interesse para
2. A licença registada a que se refere o número anterior não as F-FDTL e para a valorização profissional e técnica do
pode ser concedida, de cada vez, por períodos inferiores a militar.
um mês.
2. A licença para estudos é concedida pelo CEMG das F-
Artigo 240.º FDTL, a requerimento do interessado, podendo ser
Outros tipos de licenças cancelada sempre que seja considerado insuficiente o
aproveitamento escolar do militar.
Ao militar podem ser concedidas, além das expressamente
indicadas no artigo 107.º, as seguintes licenças: 3. O militar a quem tenha sido concedida licença para estudos
deve apresentar nas datas que lhe forem determinadas
a) Ilimitada; documentação comprovativa do aproveitamento escolar.
4. O militar no activo ou na reserva pode interromper a licença 2. O CEMG das F-FDTL é nomeado e exonerado nos termos
ilimitada, quando esta lhe tiver sido concedida há mais de deste estatuto e demais legislação aplicável.
um ano, regressando à sua anterior situação decorridos 90
dias da data da declaração ou, antes deste prazo, a seu 3. Ao CEMG das F-FDTL compete estabelecer o ordenamento
pedido, se tal for autorizado pelo CEMG das F-FDTL. hierárquico dos Oficiais-Generais que prestem serviço na
sua dependência, de acordo com a natureza dos cargos
5. O militar na situação de licença ilimitada pode requerer a que ocupam.
passagem à situação de reserva, desde que reúna as
condições previstas no artigo 189.º, podendo manter-se Artigo 244.º
na situação de licença ilimitada. Comandantes das Componentes
6. O militar no activo pode manter-se na situação de licença 1. Os Comandantes das Componentes têm a patente de
ilimitada pelo período máximo de 10 anos, seguidos ou Tenente-Coronel/Coronel ou Capitão-de-Fragata/Capitão-
interpolados, após o que transita para a reserva ou, se a ela de-Mar-e-Guerra, e são hierarquicamente superiores a todos
não tiver direito, é abatido aos QP. os oficiais da mesma patente na respectiva componente.
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2. Os oficiais titulares dos cargos previstos nos números a) Para acesso a Brigadeiro-General ou Comodoro, um
anteriores são nomeados e exonerados nos termos da Lei curso de Promoção a Oficial-General (CPOG);
de Defesa Nacional e deste estatuto.
b) Para acesso a major ou capitão-tenente, o curso de
SECÇÃO II promoção a Oficial Superior.
Ingresso e promoção na categoria
2. As nomeações para os cursos referidos no número anterior
Artigo 245.º efectuam-se:
Ingresso na categoria
a) Por escolha, de entre os coronéis ou capitães-de-mar-
1. O ingresso na categoria de oficiais faz-se por concurso de e-guerra e tenentes-coronéis ou capitães-de-fragata,
entre os oficiais em RC para as especialidades que se visam para o curso de promoção a Oficial-General;
prover, nos postos de tenente ou segundo-tenente,
consoante as componentes e os quadros especiais. b) Por antiguidade, de entre os capitães e primeiros-
tenentes, excluindo aqueles a quem seja adiada a sua
2. A antiguidade dos oficiais ingressados nos termos previstos frequência e os que declarem dele desistir, os quais
no número anterior reporta-se à data de início da prestação ficarão abrangidos pelo disposto no artigo 232.º, para
do serviço militar. o curso de promoção a oficial superior.
As promoções aos postos da categoria de oficiais processam- 1. Aos Oficiais-Generais que sejam nomeados para os cargos
se nas seguintes modalidades: de CEMG das F-FDTL, Vice-CEMG das F-FDTL, CEM e
Comandantes das Componentes é suspenso o limite de
a) Coronel ou Capitão-de-Mar-e-Guerra, por escolha; idade de passagem à reserva enquanto permanecerem no
desempenho dos referidos cargos.
b) Tenente-Coronel ou Capitão-de-Fragata, por escolha;
2. O disposto no número anterior aplica-se aos oficiais
c) Major ou Capitão-Tenente, por escolha; superiores nomeados para cargos militares em organizações
internacionais de que Timor-Leste faça parte e a que
d) Capitão ou Primeiro-Tenente, por escolha. corresponda o posto de Coronel ou Capitão-de-Mar-Guerra.
b) 8 anos no posto de capitão ou primeiro-tenente e A estrutura das F-FDTL é constituída pelas seguintes
comando de uma companhia pelo período mínimo de 3 componentes:
anos;
2 - O tempo mínimo global para acesso ao posto de capitão-de- e) Componente Aérea Ligeira.
mar-e-guerra ou coronel, é de 24 anos de serviço efectivo.
Artigo 251.º
Artigo 248.º Especialidades e serviços
Cursos de promoção
1. Os oficiais das Componentes Terrestre, de Formação e
1. Constituem condição especial de promoção, designada- Treino e de Apoio e Serviços podem distribuir-se pelas
mente, os seguintes cursos: seguintes especialidades e serviços:
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a) Infantaria (INF); Artigo 253.º
Cargos e funções
b) Artilharia (ART);
1. Aos oficiais das Componentes Terrestre, de Formação e
c) Cavalaria (CAV); Treino e de Apoio e Serviços, nas especialidades de
infantaria, artilharia, cavalaria, engenharia e transmissões
d) Engenharia (ENG); incumbe, designadamente, o exercício de funções de
comando, estado-maior e execução nos comandos, forças,
e) Transmissões (TM); unidades, serviços e outros organismos das Componentes,
de acordo com os respectivos postos e quadros especiais,
f) Policia Militar (PM); bem como o exercício de funções que à respectiva
Componente respeitam noutros departamentos do Estado.
g) Administração Militar (ADMIL);
2. Os cargos e funções específicos de cada posto são os
h) Material (MAT); previstos nos regulamentos e na estrutura orgânica dos
comandos, forças, unidades, serviços e órgãos das
i) Juristas (JUR); Componentes, bem como na estrutura de outros organismos
e departamentos, nacionais e internacionais, exteriores às
j) Capelães; F-FDTL, designadamente exercício de funções de natureza
diplomática junto de representações diplomáticas de Timor-
k) Técnicos Superiores (TECSUP); Leste no estrangeiro ou junto de organizações criadas ou
a criar no âmbito de acordos internacionais; desempenho
l) Técnicos de Pessoal e Secretariado (TPESSECR); de cargos internacionais em organizações criadas ou a criar
no âmbito de acordos internacionais.
m) Técnicos de transportes (TTRANS).
Artigo 254.º
2. Os oficiais das Componentes Terrestre, de Formação e Promoção a capitão
Treino e de Apoio e Serviços podem distribuir-se pelos se-
guintes postos: 1. É condição especial de promoção ao posto de capitão, para
além do tempo mínimo de permanência previsto no artigo
a) Coronel; 247.º, a aprovação no curso de promoção a capitão ou
curso equivalente.
b) Tenente-coronel;
1. O ingresso nas especialidades de infantaria, artilharia, 2. Dos três anos referidos na alínea b) do número anterior,
cavalaria, engenharia e transmissões da Componente dois devem ser prestados no exercício de funções
Terrestre faz-se no posto de tenente de entre militares que, específicas da respectiva especialidade ou serviço.
além do curso necessário, obtenham licenciatura ou
mestrado integrado em Academia Militar, ordenados por Artigo 256.º
cursos e, dentro de cada curso, pelas classificações nele Promoção a coronel
obtidas.
1. É condição especial de promoção ao posto de coronel, para
2. O ingresso nos demais serviços e quadros especiais faz-se além dos tempos de permanência referidos no artigo 220.º,
no posto de tenente após conclusão, com aproveitamento, ter exercido, pelo prazo mínimo de três anos, como oficial
de curso ou tirocínio. superior, o cargo de comandante ou 2.º comandante de
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batalhão ou outro comando considerado, por despacho Artigo 259.º
do CEMG das F-FDTL, de categoria equivalente ou superior. Ingresso nas classes
2. Do tempo mínimo de permanência exigido como major e 1. O ingresso na classe de marinha, faz-se no posto de segundo
tenente-coronel, dois anos devem ser prestados no exer- tenente, pelos oficiais que além da licenciatura necessária,
cício de funções específicas da respectiva especialidade obtenham licenciatura ou mestrado integrado em Ciências
ou serviço. Militares na área naval e após conclusão com aproveita-
mento de curso de tirocínio ou equivalente, se exigido.
Artigo 257.º
Cursos de promoção 2. O ingresso nas classes de engenheiros navais, adminis-
tração naval e fuzileiros faz-se no posto de Segundo tenente
Constituem condição especial de promoção os seguintes pelos oficiais habilitados com algum dos cursos que às
cursos: especialidades dão acesso, após conclusão com
aproveitamento de curso de tirocínio ou equivalente.
a) Curso de Promoção a Oficial General (CPOG), para a
promoção a Oficial-General; 3. O ingresso na classe de técnicos superiores navais faz-se
no posto de subtenente de entre os oficiais habilitados
b) Curso de promoção a oficial superior (CPOS); com curso que à especialidade dê acesso, após conclusão
com aproveitamento de curso de tirocínio ou equivalente.
c) Curso de promoção a capitão (CPC).
4. O ingresso na classe do serviço técnico faz-se no posto de
CAPÍTULO III subtenente, pelos oficiais que detenham licenciatura em
Da Componente Naval Ligeira curso que à especialidade dê acesso, preferencialmente
em Escola Superior de Tecnologias Navais, ou equivalente.
Artigo 258.º
Classes e postos Artigo 260.º
Caracterização funcional das classes
1. Os oficiais da Componente Naval Ligeira podem distribuir-
se pelas seguintes classes: Aos oficiais das classes a seguir indicadas incumbe especial-
mente:
a) Marinha (M);
a) Classe de marinha:
b) Engenheiros navais (EN);
i. administrar superiormente a Componente Naval;
c) Administração naval (AN);
ii. comando e inspecção de forças e unidades da Compo-
d) Fuzileiros (FZ); nente Naval;
e) Técnicos superiores navais (TSN); iii. direcção, inspecção e execução das actividades no
âmbito dos sectores do pessoal, do material e da
f) Serviço técnico (ST). administração financeira e do sistema de autoridade
marítima;
2. Os oficiais da Componente Naval Ligeira podem distribuir- iv. direcção, inspecção e execução das actividades
se pelos seguintes postos relativas ao uso dos sistemas de armas e sensores, de
comando e controlo, de comunicações, rádio-ajudas e
a) Capitão-de-mar-e-guerra; de outros sistemas associados;
b) Capitão-de-fragata; v. direcção, inspecção e execução de actividades relativas
às tecnologias da informação, à organização e
c) Capitão-tenente; racionalização do trabalho, análise ocupacional e
investigação operacional;
d) Primeiro-tenente;
vi. direcção, inspecção e execução de actividades relativas
e) Segundo-tenente. à navegação, hidrografia, oceanografia, farolagem e
balizagem;
3. A classe de Marinha habilita ao posto de Comodoro e de
Contra-Almirante. vii. exercício de funções em estados-maiores;
4. As classes de Engenheiros Navais, Administração Naval, viii. exercício de funções de natureza diplomática junto de
Fuzileiros, Técnicos Superiores Navais e Serviço Técnico representações diplomáticas de Timor-Leste no
habilitam ao posto de Capitão-de-mar-e-guerra. estrangeiro ou junto de organizações criadas ou a criar
no âmbito de acordos internacionais;
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ix. desempenho de cargos internacionais em organizações ii. direcção, inspecção e execução das actividades
criadas ou a criar no âmbito de acordos internacionais; relativas ao abastecimento da Componente Naval;
x. exercício de funções em que se requeiram os conheci- iii. direcção, inspecção e execução das actividades
mentos técnico-profissionais da classe. relativas às tecnologias da informação, à organização e
racionalização do trabalho, análise ocupacional e
b) Classe de engenheiros navais: investigação operacional;
ii. direcção, inspecção e execução de actividades de vi. desempenho de cargos internacionais em organizações
natureza técnica especializada a bordo e em terra criadas ou a criar no âmbito de acordos internacionais;
relativas aos sistemas mecânicos propulsores dos
navios e respectivos auxiliares e outros sistemas e vii. exercício de outras funções para as quais sejam
equipamentos associados, nomeadamente de comando requeridos os conhecimentos técnico-profissionais da
e controlo; classe.
vi. direcção, inspecção e execução de actividades no vi. desempenho de cargos internacionais em organizações
âmbito do sector do material em estaleiros navais, criadas ou criar no âmbito de acordos internacionais;
estabelecimentos fabris, organismos de assistência
oficial e outras com responsabilidades no capítulo de vii. exercício de funções no âmbito do sistema de autoridade
construção, manutenção e reparação naval; marítima compatíveis com os conhecimentos técnico-
profissionais da classe;
vii. desempenho de cargos internacionais em organizações
criadas ou a criar no âmbito de acordos internacionais; viii.exercício de outras funções para as quais sejam
requeridos os conhecimentos técnico-profissionais da
viii. exercício de funções de justiça; classe.
x. exercício de funções no âmbito das actividades relativas i. direção, inspeção e execução, em organismos em terra,
à navegação, hidrografia, oceanografia, farolagem e de actividades de natureza técnica especializada,
balizagem e do sistema de autoridade marítima que relativas à gestão e formação do pessoal, ao material e
requeiram a qualificação técnico-profissional da classe; infra-estruturas, à consultoria, auditoria e assessoria
jurídica e financeira, à farmácia, química e toxicologia e
xi. exercício de outras funções para as quais sejam à cultura e ciência;
requeridos os conhecimentos técnico profissionais da
classe. ii. exercício de funções de justiça;
1. As condições especiais de promoção compreendem: 1. O CEMG das F-FDTL pode dispensar dos tirocínios de
embarque ou em terra, num só posto, qualquer oficial que,
a) Tempo mínimo de permanência no posto: por conveniência excepcional do serviço, esteja impedido
de os realizar.
b) Tirocínios de embarque ou em terra, conforme determi-
nado pelo CEMG das F-FDTL; 2. Aos oficiais subalternos com formação específica nas áreas
de mergulhadores, hidrografia e informática que prestem
c) Frequência, com aproveitamento, de cursos ou ou tenham prestado serviço, respectivamente, em unidades
estágios; de mergulhadores-sapadores, no Instituto Hidrográfico ou
em áreas funcionais de informática da Componente Naval
d) Outras condições de natureza específica das classes. Ligeira, o tempo de embarque exigido para promoção ao
posto imediato pode ser reduzido até metade e substituído
2. As condições especiais de promoção para os diversos por tempo de serviço naquelas unidades e organismos.
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3. Aos oficiais subalternos com formação específica nas áreas desempenho individual do cargo, de uma tarefa ou de
de mergulhadores, hidrografia e informática que tenham uma operação, por meio do treino individual;
prestado pelo menos um ano de serviço, respectivamente,
em unidades de mergulhadores-sapadores, no Instituto b) Refrescamento - têm por finalidade a reposição de níveis
Hidrográfico ou em áreas funcionais de informática da de proficiência anteriormente adquiridos e entretanto
Componente Naval Ligeira, o tempo de navegação exigido não mantidos dentro dos padrões de desempenho
para promoção ao posto imediato é reduzido para metade. requeridos;
1. Além dos tempos mínimos indicados no artigo anterior, iv. engenharia (ENG);
constituem igualmente condição para acesso ao posto
seguinte: v. transmissões (TM);
Os sargentos, até ao posto de sargento-ajudante, inclusiva- 1. Aos sargentos da Componente Terrestre, de Formação e
mente, podem concorrer a concursos e posterior frequência Treino e de Apoio e Serviços, de acordo com as respectivas
de cursos ou tirocínios que habilitem ao ingresso na categoria especialidades e serviços, incumbe, genericamente, o
de oficiais, desde que satisfaçam, designadamente, as exercício de funções nos comandos, forças, unidades,
seguintes condições: serviços e organismos das Componentes, bem como na
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estrutura de outros organismos e departamentos, nacionais b) Ter prestado, no mínimo, dois anos de serviço efectivo
e internacionais, exteriores às F-FDTL. no desempenho de funções próprias do respectivo
serviço.
2. Os cargos e as funções específicos de cada posto são os
previstos na estrutura orgânica legalmente aprovada no 3. É condição especial de promoção ao posto de sargento-
âmbito das F-FDTL, designadamente: chefe, para além dos tempos mínimos de permanência
estabelecidos no artigo 273.º, a frequência, com
a) Sargento-mor: adjunto do comandante de Componente aproveitamento, do curso de promoção a sargento-chefe.
ou Órgão do Estado Maior para assuntos relacionados
com a vida interna da unidade ou órgão, nomeadamente 4. É condição especial de promoção ao posto de sargento-
no que respeita à administração de pessoal, à formação mor, para além dos tempos mínimos de permanência
dos sargentos e aos aspectos administrativos e referidos no artigo 273.º, o exercício, como sargento-chefe,
logísticos; elemento orgânico em quartéis-generais; pelo menos durante um ano seguido, de funções de adjunto
pode exercer funções de instrutor; de comandante de batalhão ou órgão de escalão
equivalente ou de chefia em actividades técnicas.
b) Sargento-chefe: adjunto do comandante de unidade
ou órgão de escalão batalhão no âmbito das actividades Artigo 278.º
gerais de serviço interno e ainda no que respeita à Cursos, tirocínios e estágios
administração de pessoal e aos aspectos adminis-
trativos e logísticos; exercício de tarefas especializadas Os sargentos das Componentes Terrestre, de Formação e
em órgãos de estado-maior de escalão regimental, Treino e de Apoio e Serviços recebem a preparação cultural,
chefia em actividades técnicas; pode ainda exercer técnica e profissional-militar, essencialmente pela frequência
funções de instrutor; de:
c) Sargento-ajudante: adjunto de comandante de
subunidade ou órgão de escalão companhia para a) Curso de formação inicial;
assuntos relacionados com a administração e
escrituração; exercício de actividades gerais de serviço b) Cursos de promoção;
interno; exercício de funções, no âmbito da instrução
especializada, nos órgãos técnicos, tácitos, adminis- c) Cursos de especialização ou qualificação;
trativos e logísticos de escalão batalhão, equivalente
ou superior e nos serviços técnicos respectivos; d) Cursos de atualização;
e) Segundo-sargento: comando de subunidades elemen- Os sargentos da Componente Naval Ligeira distribuem-se pelas
tares ou órgãos de escalão secção; eventualmente seguintes classes e postos:
auxiliar do adjunto do comandante de companhia;
exercício de funções no âmbito do serviço interno da a) Classes:
unidade e nos órgãos de serviços técnicos,
administrativos, logísticos e na situação de quadros e i. administrativos (L);
tropas.
ii. comunicações (C);
Artigo 277.º
Condições especiais de promoção iii. eletromecânicos (EM);
e) Fuzileiros - prestar serviço em unidades de fuzileiros e de ii. direção e controlo das operações de manuseamento e
desembarque ou em unidades navais, neste caso com conservação de munições, paióis, pólvoras e
funções compatíveis com a sua preparação e graduação, e explosivos, e de utilização de equipamentos e sensores
dirigir e controlar as actividades relacionadas com o serviço que se destinam à condução da navegação e governo
de segurança nas dependências e instalações da do navio.
Componente naval Ligeira em terra, conduzir viaturas
táticas e outras de natureza específica, nomeadamente de Artigo 282.º
transporte de materiais perigosos; Cargos e conteúdos funcionais
f) Mergulhadores - exercer funções no âmbito da direção, 1. Aos sargentos da Componente Naval Ligeira incumbe,
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designadamente, o exercício de funções nos comandos, Artigo 284.º
forças, unidades, serviços e organismos da Componente, Formação militar
de acordo com as respectivas classes e postos, bem como
o exercício de funções que a esta força respeitem noutros 1. A preparação básica e complementar dos sargentos,
departamentos do Estado. efetuada essencialmente através de ações de investimento,
de evolução e de ajustamento, desenvolve-se através das
2. São funções comuns a todos os postos da categoria de actividades enunciadas no Artigo 230.º
sargentos, de acordo com o grau de autoridade do posto e
das perícias adquiridas, a condução, formação e treino de 2. Os cursos frequentados pelos sargentos compreendem:
pessoal e a execução de trabalhos técnicos e tarefas de
vigilância e polícia e secretariado. a) Curso de promoção a sargento-chefe (CPSC);
2. As condições especiais de promoção para os diversos As especialidades e classes do quadro de praças das F-FDTL
postos e classes, para além das fixadas no artigo 266.º, são as previstas nos seus quadros orgânicos, sendo as suas
constam do anexo III ao presente Estatuto, do qual faz vagas a extinguir.
parte integrante.
Artigo 288.º
Causas de extinção
3. Aos sargentos é aplicável, com as necessárias adaptações,
o disposto nos artigos 258.º, 259.º e 260.º do presente
As vagas no quadro de praças das F-FDTL extinguem-se pelas
Estatuto.
seguintes circunstâncias:
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a) Ingresso dos seus titulares na categoria de sargento, ao abrigo do disposto nos artigos nº. 267 e seguintes;
b) Reforma dos seus titulares;
c) Extinção do quadro no prazo máximo de dez anos, independentemente do número de militares que ocupem as vagas.
Artigo 289.º
Regras da extinção
1. Quando atingido o prazo previsto na alínea c) do artigo anterior, os militares existentes no quadro de praças do QP devem,
obrigatoriamente, ser integrados na categoria de sargentos, com o posto de segundo-sargento.
2. A mudança de categoria prevista no número anterior implica a frequência de cursos de actualização, sem carácter eliminatório,
que habilitem o militar ao exercício das suas novas funções.
3. Os militares que mudem de categoria ao abrigo do disposto no presente artigo, não podem ser promovidos a posto superior
ao de primeiro-sargento.
4. Todos os militares abrangidos pelo n.º 2, devem iniciar a frequência do curso com o posto de cabo, cabendo aos órgãos de
gestão do pessoal das F-FDTL assegurar-lhes, atempadamente, as condições necessárias.
Artigo 290.º
Promoções e passagem à reserva
As promoções no quadro de praças do QP seguem as mesmas regras aplicáveis ao pessoal em RV e RC, aplicando-se-lhes no
que respeita à passagem à reserva as mesmas normas aplicáveis aos sargentos do QP.
Artigo 291.º
Limites da reserva
Os limites de idade definidos no artigo 190.º só serão aplicáveis aos militares que desempenhem as funções de CEMG, Vice-
CEMG, CEM e Comandantes das Componentes 5 anos após a entrada em vigor do presente estatuto.
Artigo 292.º
Tempo mínimo de serviço efectivo
O tempo mínimo de serviço efectivo, previsto nas alíneas a) e b) do nº 2 do artigo 206.º, é contado em dobro para os militares
ingressados nos QP até 31 de Dezembro de 2008.
Artigo 293.º
Renovação do mandato do Chefe de Estado Maior
1. O exercício do cargo de Chefe de Estado Maior das F-FDTL, previsto no n.º 2 do artigo 75.º, pode a titulo excecional e
provisório, ser renovado para um terceiro mandato, com a duração máxima de 2 anos.
2. O regime excecional previsto no número anterior, termina em 31 de Dezembro de 2016, mantendo-se os efeitos das nomeações
realizadas no seu âmbito até à data em que caduquem.
ANEXO I
CATEGORIAS, SUBCATEGORIAS E POSTOS
(a que se refere o artigo 30º)
MAJOR GENERAL
COMODORO (*)
CONTRA-ALMIRANTE (*)
SARGENTO-MOR NOMEAÇÃO
SARGENTO-AJUDANTE ESCOLHA
PRIMEIRO-SARGENTO ANTIGUIDADE
ANEXO III
TENENTE
(*) POSTOS DA COMPONENTE NAVAL. AOS MILITARES DA COMPONENTE NAVAL SÃO APLICÁVEIS AS
REGRAS DOS ARTIGOS Nº 263 E SEGUINTES.
O VI Governo Constitucional em face do crescimento acelerado Assim, o Governo decreta, nos termos da alínea o), do nº 1, do
da população, depara-se com novos desafios para os quais artigo 115º da Constituição da República Democrática de Timor-
propõe uma atuação mais eficiente, através de uma estrutura Leste, para valer como lei, o seguinte:
funcional que vá de encontro às necessidades da população,
pelo que a atribuição de topónimos aos arruamentos e de CAPITULO I
numeração aos prédios, constituem importantes ferramentas DISPOSIÇÕES GERAIS
para uma organização urbanística e uma comunicação
institucional eficaz. Artigo 1º
Objecto
Assim, nos termos do artigo 19º do Decreto-lei nº6/2015, de 11
de março, constitui um dos objetivos do Governo Central, O presente Decreto-Lei estabelece os princípios e as normas
através do Ministério da Administração Estatal, entre outras de atribuição e alteração de topónimos das vias públicas e de
atribuições, o de promover e conduzir o processo de números de polícia aos prédios urbanos.
descentralização Administrativa, nomeadamente, através de
iniciativas legislativas para a promoção da higiene e ordem Artigo 2.º
pública urbana que constituem nos termos do atual diploma, a Âmbito de aplicação
proposta de normas jurídicas relativas à toponímia e à
numeração dos prédios. O presente Decreto-Lei aplica-se a todo o território municipal
com excepção das regiões administrativas especiais.
No alcance de tais objetivos, o Ministério da Administração
Estatal conta com a Direção Geral para a Organização Urbana, Artigo 3º
nos termos disposto no artigo nº 22º do Decreto-Lei nº12/ Definições
2015, de 3 de junho e com a Direção Nacional de Toponímia,
coordenada pela Direção Geral. Para efeitos do presente Decreto-Lei entende-se por:
No momento atual, a proposta de Lei do Poder Local encontra- a) Arruamento:a via pública de circulação no espaço urbano,
se em discussão no Parlamento Nacional e, na sua ausência o podendo ser qualificada como automóvel, pedonal ou mista,
Governo Central tem que legislar sobre as regras a utilizar na conforme o tipo de utilização;
implementação da Toponímia e da Numeração dos Prédios,
questões fundamentais para o ordenamento de qualquer b) Avenida:o espaço urbano público com dimensão superior
território. à da rua;
Com a aprovação da Resolução do Conselho de Ministros c) Beco: a via pública com uma única interseção com outra
nº42/2015, de 18 de novembro, que estabelece a lista de via;
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d) Espaço público: todos os espaços de utilização coletiva e e) Fitotopónimos: os que se referem à flora;
que incluem arruamentos e vias de circulação;
f) Geomorfotopónimos: os que se referem às formas
e) Estrada:a via de circulação automóvel, com percurso topográficas e características do relevo;
predominantemente não-urbano composta por faixa de
rodagem e bermas; g) Hagiotopónimos: os que têm origem na vida religiosa ou
nomes de santos;
f) Jardim: o espaço público arborizado, destinado essencial-
mente ao recreio e lazer, podendo, no entanto, possuir zonas h) Hidrotopónimos: os que são relativos a acidentes hidro-
de estacionamento; gráficos;
g) Largo: o espaço público urbano que pode assumir uma i) Historiotopónimos: relativos aos movimentos de cunho
forma e dimensão variada e que se pode localizar ao longo histórico, datas comemorativas ou que marcam um evento/
de uma rua ou no ponto de confluência de arruamentos, acontecimento local ou nacional;
tendo como característica a presença de árvores ou
monumentos; j) Sociotopónimos: os relativos às atividades profissionais,
aos locais de trabalho, aos pontos de encontro da comu-
h) Número de polícia: a numeração atribuída pela Administra- nidade;
ção Local a um prédio urbano;
k) Zootopónimos: os que se referem à fauna.
i) Parque: o espaço verde público, de grande dimensão, com
funções de recreio e lazer e eventualmente vedado; CAPITULO II
TOPONÍMIA
a) Praça: o espaço urbano, confinado por edificações, de
uso público intenso e com predominância de área SECÇÃO I
pavimentada e arborizada; Regras de atribuição de designações toponímicas
Da deliberação que aprova a atribuição de topónimo é Das placas toponímicas constam as informações a baixo
fundamentada com a descrição dos factos que justificam a enumeradas, de acordo com a seguinte ordem:
escolha do topónimo atribuído ou, no caso dos antropónimos,
com uma curta biografia. a) Na primeira linha, o tipo de arruamento;
3. As plantas toponímicas, devidamente actualizadas, são 5. As placas toponímicas são colocadas nas fachadas ou nos
enviadas a todos os serviços da Administração Local muros dos edifícios que confinem com a via pública a que
sedeados no município, pelo menos, uma vez por ano. as mesmas respeitem, com boa visibilidade a partir desta, a
uma distância do solo de, pelo menos, três metros de altura
SECÇÃO III e a uma distância de, pelo menos,um metro da esquina do
PLACAS TOPONÍMICAS edifício em que as mesmas sejam colocadas.
1. Compete às autarquias locais a execução e a afixação das 2. Os proprietários ou usufrutuários dos prédios urbanos e
placas toponímicas, sendo expressamente proibido aos dos prédios rústicos, localizados em aglomerados urbanos,
particulares a afixação, a deslocação, a alteração ou a considerados aptos para a construção de edifícios,
substituição de placas toponímicas, para além dos casos requerem, no prazo de trinta dias, contados da data de
expressamente previstos pelo presente diploma. afixação ou de instalação de placas toponímicas na via
pública que lhes dá acesso, a atribuição de numeração de
2. As placas toponímicas afixadas ou instaladas por polícia.
particularessão imediatamente removidas pelo serviço da
autarquia local responsável pela afixação das placas Artigo 26º
toponímicas, sem quaisquer formalidades prévias. Atribuição da numeração
3. As autarquias locais velam pelo bom estado de conservação 1. A cada prédio urbano corresponde um só número de polícia,
e visibilidade pública das placas toponímicas. por cada via pública com que o mesmo confine.
2. As placas toponímicas não podem apresentar quaisquer 4. A atribuição de números de polícia aos prédios existentes
símbolos ou marcas de caráter publicitário. nas vias públicas com direção Norte-Sul ou aproximada, a
numeração inicia-se de Norte para Sul, sendo atribuídos
3. É permitida a inclusão do emblema da República Democrá- números de polícia pares aos prédios localizados à direita
tica de Timor-Leste e da heráldica oficial da autarquia local, de quem segue para Sul e por números ímpares aos prédios
se existir, nas placas toponímicas. à esquerda.
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5. A atribuição de números de polícia aos prédios existentes ou reconstrução de edifícios, reserva-se um número para
nas vias públicas com direção Oeste-Este ou aproximada, cada prédio.
a numeração inicia-se de Oeste para Este, sendo designados
por números ímpares os prédios localizados à esquerda de Artigo 30º
quem segue para Este e por números pares os prédios Modelo das placas
localizados à direita.
As placas dos números de polícia são executadas de acordo
6. A atribuição de números de polícia aos prédios existentes com os modelos previstos no Anexo II ao presente diploma,
em largos, rotundas, parques ou praças faz-se no sentido do qual faz parte integrante para todos os efeitos legais.
do movimento dos ponteiros do relógio, a partir do prédio
de gaveto que no sentido Norte ficar mais próximo do largo, Artigo 31º
rotunda, parque oupraça. Responsabilidade pela afixação
7. A atribuição de números de polícia aos prédios existentes 1. Incumbe ao serviço municipal responsável pela toponímia
em becos faz-se no sentido do movimento dos ponteiros assegurar a afixação das placas com os números de polícia
do relógio, a partir da entrada. relativos aos prédios urbanos existentes na data de entrada
em vigor do presente diploma.
8. Quando não for possível aplicar as regras estabelecidas
nos números anteriores, a numeração é atribuída de acordo 2. A afixação das placas dos números de polícia nos prédios
com as orientações do órgão executivo do poder local, urbanos cuja construção se haja iniciado ou concluído em
mas sempre de modo a estabelecer-se uma sequência lógica data posterior à prevista pelo número anterior, incumbe
de numeração a partir do início do ponto principal. aos proprietários ou usufrutuários dos prédios a que os
números de polícia respeitem.
Artigo 27º
Competência para a atribuição do número de polícia 3. Para efeitos do cumprimento do disposto pelo número
anterior, o serviço municipal responsável pela toponímia
A atribuição de número de polícia aos prédios a que se refere faculta aos particulares a possibilidade de aquisição das
o artigo 25.º compete ao órgão executivo do poder local, placas com os números de polícia a preço de custo.
oficiosamente ou a requerimento do proprietário ou
usufrutuário daqueles prédios. Artigo 32º
Prazos
SECÇÃO II
AFIXAÇÃO DOS NÚMEROS DE POLÍCIA As placas de número de polícia são afixadas no prédios a que
estes respeitem no prazo de trinta dias contados da:
Artigo 28º
Obrigatoriedade a) Da decisão do órgão executivo da autarquia local que
atribuiu número de polícia;
Os números de polícia são obrigatoriamente afixados nos
prédios a que os mesmos respeitem. b) Da notificação do particular por parte do órgão executivo
da autarquia local para que proceda à afixação do número
Artigo 29º de polícia.
Forma
Artigo 33º
1. As placas de numeração de polícia são colocadas no centro Proibição
das vergas das portas ou nos portões ou quando estas
não confinem com a via publica, na ombreira esquerda das 1. Os proprietários ou usufrutuários dos prédios urbanos ou
entradas, preferencialmente à altura de 2,20m. dos prédios rústicos, existentes nos aglomerados urbanos
com aptidão para a construção de edifícios, ficam proibidos
2. Nos casos em que o prédio urbano tenha mais de uma porta de:
para a mesma via pública é-lhe atribuído um único número
de polícia, o qual é afixado na porta principal daquele e a) Atribuir números de polícia aos respectivos prédios;
afixando-se nas demais portas o número de polícia do
prédio acrescido de letras sequenciadas por ordem b) Afixar, alterar ou remover as placas dos números de
alfabética, de acordo com o sentido de circulação na via polícia fora dos casos expressamente previstos pelo
pública para a qual as mesmas dão acesso. presente diploma.
3. Quando não seja possível a identificação da porta principal, 2. Os proprietários ou usufrutuários dos prédios sujeitos à
todas serão numeradas com o mesmo número acrescido de atribuição de números de polícia são responsáveis pelo
letras, seguindo a ordem do alfabeto e o sentido de bom-estado de conservação e limpeza das placas de
circulação na via pública para a qual as mesmas dão acesso. números de polícia.
3. O registo municipal de toponímia inclui a seguinte 4. As contra-ordenações previstas nos números anteriores
informação: são puníveis a título de negligência.
a) A descrição da localização geográfica e a indicação da 5. O produto da aplicação das coimas previstas pelos nºs. 1 a
extensão das vias públicas municipais com a 3 reverte integralmente para o Estado.
identificação dos topónimos que a mesma foi tendo ao
longo do tempo; Artigo 38º
Processo contra-ordenacional
b) As plantas de localização das vias públicas municipais
com a identificação das respectivas designações 1. Incumbe ao serviço municipal com competências no domínio
toponímicas; da toponímia o levantamento dos autos de notícia e a
instrução dos processos contra-ordenacionais que tenham
c) Os fundamentos da atribuição dos topónimos, nos por objecto o incumprimento do disposto no presente
termos do artigo 14.º. diploma.
d) As competências previstas no presente diploma para o serviço municipal com competências no domínio da toponímia
são exercidas pelo Serviço Municipal de Obras Públicas e Transportes.
2. O membro do Governo responsável pelo domínio da Administração Estatal propõe ao Conselho de Ministros a aprovação
dos topónimos a atribuir às vias públicas que por razões históricas ou pela sua localização tenham maior relevância política,
social ou económica.
Artigo 41º
Produção de efeitos
O Primeiro-Ministro,
_____________________
Dr. Rui Maria de Araújo
________________________
Dionísio Babo Soares, PhD
Promulgado em 5 / 7 / 2016
Publique-se.
O Presidente da República,
________________
TaurMatanRuak
ANEXO I
Designação:
Nome do Municipio: = 55pt
Nome da Rua: = 200pt
O nome anterior (Se existir): = 100pt
0.7m
A RUA GOV.JO
ANEXO I
Placa Tipo B
RUA
DE XXXX
MUNICÍPIO DE XXXX
Designação:
Nome do Municipio: = 55pt
Nome da Avenida/Rua: = 200pt
O nome anterior (Se existir): = 100pt
0.7m
ANEXO I
Placa Tipo C
Designação:
Nome do Municipio: = 55pt
Nome da Avenida/Rua: = 200pt
O nome anterior (Se existir): = 100pt
0.7m
ANEXO II
Descrições:
1. Altura: 14cm e
Comprimento: 20cm
2. Material: Alumínio.
3. As cores são Preto e
Branco.
4. Espressura: 3.5mm.
5. Letra: Times New Roman.
A Impressão da letra é
feita em tela. Utiliza-se
Tinta Douglas.
6. Utilização de prego para
Afixar
ANEXO II
Constitui preocupação do VI Governo Constitucional a de O programa nacional de equivalência ao ensino básico consiste
continuar a melhorar o Programa Nacional de Equivalência ao num programa de ensino recorrente que visa dar uma
Ensino Básico, incluindo através do desenvolvimento de escolaridade de segunda oportunidade, equivalente ao ensino
legislação que regule a equivalência ao ensino formal. básico, a pessoas jovens e adultas.
A qualidade do Programa Nacional de Equivalência ao Ensino a) Continuar a promover a alfabetização, na sua vertente fun-
Básico depende, desde logo, do desenvolvimento de um cional, por meio da garantia da aprendizagem ao longo da
currículo que, colhendo inspiração nos resultados de vida;
aprendizagem do ensino básico, se adeque às especificidades
do jovem e adulto. Esta tem constituído preocupação do b) Promover a formação escolar de pessoas jovens e adultas,
Ministério da Educação e corresponde igualmente a uma das de forma a que sejam capazes de estabelecer relações
metas delineadas no Plano Estratégico Nacional da Educação interpessoais, de comunicar e participar de forma
2011-2030. consciente e pró-ativa na sociedade e mundo do trabalho,
por meio da elevação da escolaridade, proficiência das
Através do presente diploma, aprova-se o currículo do línguas oficiais, faladas e escritas, do pensamento
Programa Nacional de Equivalência ao Ensino Básico, que matemático, por meio da equivalência ao ensino básico e
regula o regime de acesso ao programa, as matrizes curriculares continuidade a outras modalidades de ensino e qualificação
das diversas fases que o compõem bem como as regras sobre profissional;
avaliação, progressão e conclusão do mesmo. O currículo
constitui o resultado de um longo processo de consultas c) Garantir que o conhecimento de mundo e a realidade dos
internas e com entidades externas, nomeadamente com alunos são incorporados na construção da aprendizagem,
organizações da sociedade civil, assegurando-se, deste modo, de modo a que desenvolvam sistematicamente a capacidade
a sua adequação à realidade e às melhores práticas nacionais de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e
e internacionais. aprender a conviver;
k) Promover o conhecimento e cuidado do próprio corpo, 3. Os dias efetivos do ano letivo são estabelecidos no calen-
valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos dário escolar e devem ser distribuídos, de forma equilibrada,
aspetos básicos da qualidade de vida e agindo com por períodos determinados, intercalados por períodos de
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. interrupção das atividades letivas.
1. Para efeitos do disposto no presente diploma, entende-se d) Carga horária total mínima a cumprir por fase de
por currículo, o conjunto de conteúdos e objetivos que aprendizagem.
constituem a base da organização do ensino e da avaliação
do desempenho dos alunos. Artigo 10.°
Atividades extracurriculares
2. O currículo do programa nacional de equivalência ao ensino
básico concretiza-se em planos de estudo elaborados em 1. Podem ser organizadas atividades extracurriculares, com
consonância com os programas das disciplinas. carga horária flexível, que visem contribuir para a promoção
integral dos alunos em áreas técnico-vocacionais, de
3. Os conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver cidadania, empreendedorismo, desporto, artísticas,
pelos alunos em cada fase têm como referência os culturais, científicas ou outras.
programas das disciplinas bem como os resultados de
aprendizagem que deles fazem parte integrante, a atingir 2. A participação dos alunos nas atividades extracurriculares
por disciplina em cada fase, homologados por despacho é facultativa e os dias dedicados a estas atividades não
do membro do Governo responsável pela área da educação. são considerados dias letivos.
a) A sua adaptação às características dos alunos, 2. O programa nacional de equivalência ao ensino básico
nomeadamente à sua idade, bem como ao contexto pode igualmente ser ministrado em regime a distância,
social, cultural e económico; podendo o aluno, nesse caso, frequentar um serviço de
tutoria e apoio à aprendizagem e assumindo o mesmo o
b) A criação de condições necessárias para garantir o compromisso de estudar de forma independente.
sucesso escolar dos alunos, em condições de
igualdade, nomeadamente através da implementação 3. O membro do Governo responsável pela área da educação
de estratégias para dar respostas a necessidades aprova, por diploma ministerial, as regras relativas à
educativas especiais; implementação dos regimes de frequência do programa
nacional de equivalência ao ensino básico.
c) A valorização das experiências e das práticas colabora-
tivas entre professores bem como de parcerias com Artigo 17.°
instituições ou autoridades locais. Horário
1. O programa nacional de equivalência ao ensino básico 3. A avaliação tem ainda como objetivo apoiar a apreciação do
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estado do ensino, retificar procedimentos, reajustar o 2. Nas fases I a IV, a prova final é da responsabilidade do
ensino das diversas disciplinas aos resultados de professor da disciplina respetiva, de acordo com os
aprendizagem esperados e servir como fonte de informação procedimentos definidos pelos serviços centrais do órgão
para a revisão das ações formativas sobre o currículo do do Governo responsável pela área da educação.
programa nacional de equivalência ao ensino básico.
3. Na fase V, a prova final, designada de exame nacional, é da
Artigo 20.° responsabilidade dos serviços centrais do órgão do
Intervenientes na avaliação Governo responsável pela área da educação, podendo nele
inscrever-se qualquer aluno matriculado na fase V,
O aluno, os professores das diferentes disciplinas e os serviços independentemente do regime de frequência que lhe seja
do órgão do Governo responsável pela área da educação são aplicável.
os principais intervenientes no processo de avaliação, sem
prejuízo da intervenção dos responsáveis pelo aluno, quando 4. É considerado aprovado no exame nacional o aluno que
o mesmo seja menor de idade. obtiver nota igual ou superior a cinco valores, dentro de
uma escala de 0 a 10.
Artigo 21.°
Modalidades de avaliação Artigo 25.°
Avaliação sumativa
A avaliação da aprendizagem compreende as modalidades de
avaliação diagnóstica de nivelamento, avaliação formativa, 1. A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo
prova final e avaliação sumativa. global sobre a aprendizagem realizada pelo aluno,
verificando-se se o mesmo alcançou os objetivos e
Artigo 22.° resultados esperados, e tem como finalidade a classificação
Avaliação diagnóstica de nivelamento e a certificação da conclusão do ano escolar.
1. No último período de cada ano escolar, é realizada uma 3. A conclusão da fase V é determinada pela média da avaliação
prova final por disciplina integrante da área de desenvol- sumativa relativa às disciplinas integrantes da área de
vimento linguístico e da área de desenvolvimento científico desenvolvimento linguístico e da área de desenvolvimento
e social, que tem por objetivo recolher informação sobre científico e social, considerando-se aprovado o aluno que
os conhecimentos adquiridos ao longo do ano, obtiver um valor médio igual ou superior a 5, dentro de
expressando-se numa escala de 0 a 10. uma escala de 0 a 10.
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4. Nos casos em que o valor médio, calculado nos termos dos educação com competência para fiscalizar a implementação
números anteriores, for inferior a 5, é dada a possibilidade do currículo, juntamente com os serviços inspetivos,
ao aluno de repetir a prova final das disciplinas em que determinam um sistema de fiscalização adequado do
tenha obtido valor inferior a 5, tal como determinado nos funcionamento do programa nacional de equivalência ao
termos do artigo 25.° do presente diploma. ensino básico quanto aos aspetos operacionais, didáticos
e pedagógicos.
5. No caso referido no número anterior, a média da avaliação
sumativa é recalculada, para efeitos de progressão e
conclusão de fase, tendo em conta os valores obtidos na 2. O membro do Governo responsaìvel pela área da educação
segunda prova. aprova por diploma ministerial um sistema fiscalização da
implementação do currículo.
6. Todas as decisões no sentido de retenção do aluno na fase
que frequenta por não ter atingido os valores determinados Artigo 30.°
neste artigo devem ser fundamentadas, contendo uma Docentes do programa nacional de equivalência ao ensino
explicação detalhada acerca do desenvolvimento do aluno básico
e das causas estimadas que justificam a sua retenção.
7. O aluno retido numa fase de aprendizagem fica dispensado 1. Os docentes que ministram o programa nacional de equiva-
de frequentar as aulas das disciplinas em que tenha obtido lência ao ensino básico devem possuir a qualificação
valor igual ou superior a 5, calculado nos termos do artigo profissional prevista em legislação própria relativamente
anterior e do número 4 deste artigo. aos professores do ensino básico.
Artigo 33.°
Regulamentação
Compete ao membro do Governo responsável pela área da educação aprovar a regulamentação necessária à concretização e
desenvolvimento das normas dele constantes.
Artigo 34.°
Entrada em vigor
O Primeiro-Ministro,
____________________
Dr. Rui Maria de Araújo
__________________
António da Conceição
Promulgado em 5 / 7 / 2016
Publique-se.
O Presidente da República,
________________
Taur Matan Ruak
ANEXO II
Matriz Curricular da Fase III do Programa Nacional de Equivalência ao Ensino Básico
(a que se refere o número 6 do artigo 9.o)
DECRETO-LEI N.º 31/2016 Considerando que, no artigo 24.o da Lei n.º 7/2004 sobre o
Estatuto do Provedor dos Direitos Humanos e Justiça, está
de 13 de Julho definido que uma das competências do Provedor é a
Fiscalização, torna-se necessário criar uma Direção que possa
ALTERAÇÃO DA LEI ORGÂNICA DA PROVEDORIA supervisionar o funcionamento dos poderes públicos,
DOS DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA submeter ao Governo pareceres, recomendações, e propostas
relacionadas com a promoção e proteção dos direitos humanos
e boa governação. A Direção é denominada de Direção de
Considerando que, a orgânica da Provedoria de Direitos e Fiscalização e Recomendação.
Humanos e Justiça, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 25/2011 de
13 de abril, veio estabelecer a regulamentação indispensável à Considerando as diferentes funções e responsabilidades que,
prossecução dos seus objectivos, atenta à natureza dos seus com o aumento do volume de trabalho existente no atual
serviços de carácter técnico especializado nas áreas de direitos Departamento de Recursos Humanos, a Provedoria de Direitos
humanos e boa governação. Humanos e Justiça necessita de elevar o caráter estrutural do
Departamento de Recursos Humanos, a Direção.
Considerando a elevação de nível estrutural, originada pelo
aumento do volume de trabalho, que obriga à alteração de Considerando que, o Provedor na execução do seu mandato
nomenclaturas de posições existentes e a definição de funções, tem o dever de informar o público, torna-se pertinente imple-
cujas responsabilidades se diferenciam uma da outra, importa mentar o artigo 9.º da Lei n.º 7/2004, sobre a composição do
proceder a um reajustamento da regulamentação à estrutura quadro de pessoal da Provedoria. O artigo prevê um Chefe de
atual da instituição. Gabinete, cuja função e dever é de informar o público as
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atividades, organizar a agenda, as viagens locais e interna- i) Direção de Gestão de Recursos Humanos;
cionais e outras atividades públicas do Provedor e Provedores-
Adjuntos. Para tal, cria-se um Gabinete de Relação Pública e j) Gabinete de Inspeção da PDHJ;
Coordenação Institucional do Provedor.
k) Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e Pesquisa;
Tendo como referência a estrutura orgânica de outras
instituições de caráter público em Timor-Leste; atendendo à l) Gabinete de Relação Pública e Coordenação Institucional
falta de recursos humanos suficientes que possam assegurar do Provedor;
o equilíbrio e a elevação de prestação de serviços de modo
profissional, das funções nela incumbidas, a orgânica da m) Delegações Territoriais.
Provedoria dos Direitos Humanos e Justiça opta por uma
estrutura mista, ideal e com funções amplas numa estrutura Artigo 7.º
reduzida, a qual é composta por posições estruturais existentes Secretário Executivo
e a criação de algumas posições funcionais por especialidade,
como investigadores, monitores, formadores, oficiais e 1. O Secretário Executivo da Provedoria de Direitos Humanos
assistentes, de acordo com a especialidade das funções a serem e Justiça tem como missão assegurar a orientação geral de
exercidas, assegurando a implementação efetiva das atribuições todos os serviços da Provedoria dos Direitos Humanos e
dos seus serviços e organismos, levando em consideração as Justiça.
particularidades do seu papel no fortalecimento do Estado de
Direito em Timor-Leste. 2. O Secretário Executivo prossegue as seguintes atribuições:
r) Supervisionar diretamente o trabalho das delegações i) Representar a Provedoria em fóruns nacionais e interna-
territoriais e garantir a ligação entre as delegações cionais relacionados com áreas da sua especialização;
territoriais e outros serviços da Provedoria;
j) Elaborar regulamentos internos relacionados com a
s) Prestar assistência de secretariado para o Conselho execução das suas atribuições;
Consultivo e Conselho Diretivo da Provedoria;
k) Participar na elaboração do plano de ação anual e
t) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor relatórios sobre a sua execução;
dos Direitos Humanos e Justiça.
l) Contribuir para a elaboração do relatório anual da
3. O Secretário Executivo para todos os efeitos legais e salariais Provedoria;
é equiparado a diretor-geral e responde perante o Provedor
de Direitos Humanos e Justiça. m) Colaborar para a implementação do sistema interno de
monitorização e avaliação da Provedoria;
Artigo 8.º
Direção de Fiscalização e Recomendação n) Coordenar, orientar e implementar atividades de
formação profissional referentes à fiscalização, aos
1. A Direção de Fiscalização e Recomendação é o serviço funcionários da Provedoria na área de direitos humanos
técnico especializado da Provedoria na área de fiscalização e de boa governação;
e recomendação dos resultados da monitorização, proteção,
promoção dos direitos humanos e implementação dos o) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor
princípios de boa governação no território nacional. dos Direitos Humanos e Justiça.
b) Realizar estudos e dar pareceres para garantir que a 1. A Direção de Promoção nas áreas de boa governação e
igualdade de género está presente e é assegurada em direitos humanos é o serviço técnico especializado da
todos os atos legislativos e recomendar ao Provedor, Provedoria, no âmbito da promoção da boa governação e
sempre que necessário, que solicite a sua alteração; direitos humanos em todo o território nacional.
c) Preparar e planear atividades específicas para a 2. A Direção de Promoção prossegue as seguintes atribuições:
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Jornal da República
a) Promover os princípios de boa governação e proteção da Provedoria na área de investigação e proteção dos
dos direitos humanos; direitos humanos e boa governação no território nacional.
j) Assegurar a contribuição da sociedade civil para a h) Elaborar pareceres sobre a compatibilidade de diplomas
execução das atividades na área da sua atuação; e políticas públicas com os padrões nacionais e
internacionais de direitos humanos e boa governação;
k) Representar a Provedoria em fóruns nacionais e
internacionais relacionados com áreas da sua i) Propor recomendações para a cessação e responsa-
especialização; bilização de violações e o desenvolvimento e fortaleci-
mento de mecanismos para a implementação dos direitos
l) Participar na elaboração do plano de ação anual e humanos e boa governação pelos poderes públicos;
elaborar relatórios sobre a sua execução;
m) Contribuir para a elaboração do relatório anual da j) Coordenar a publicação de relatórios nas áreas de
Provedoria; direitos humanos e boa governação e a respetiva
submissão aos organismos internacionais de direitos
n) Colaborar na implementação do sistema interno de humanos e ao governo;
monitorização e avaliação da Provedoria, relacionado
com as atividades da promoção; k) Propor e participar na elaboração de pareceres aos
diplomas legislativos para submissão aos tribunais,
o) Coordenar, orientar e implementar atividades de relacionados com áreas de sua especialização;
formação profissional aos funcionários da Provedoria,
na área de boa governação e direitos humanos; l) Promover a cooperação com os órgãos do Estado e
instituições não governamentais, visando uma melhor
p) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor execução das suas competências;
dos Direitos Humanos e Justiça.
m) Propor a elaboração de memorandos de entendimento
3. A Direção de Promoção é dirigida por um diretor que res- entre a Provedoria e os órgãos ou entidades públicas e
ponde perante o secretário executivo e é equiparado, para privadas nas áreas relevantes das suas atribuições;
todos os efeitos legais e salariais a diretor nacional.
n) Prestar colaboração às entidades competentes alvo das
Artigo 10.º-A suas atividades;
Direção de Investigação
o) Colaborar com os órgãos do sistema internacional de
1. A Direção de Investigação é o serviço técnico especializado direitos humanos e boa governação;
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Jornal da República
p) Assegurar a contribuição da sociedade civil na e) Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento de
execução das atividades na área da sua atuação; normas sobre condições ambientais de higiene e
segurança no trabalho;
q) Representar a Provedoria em fóruns nacionais e
internacionais relacionados com áreas da sua f) Responsabilizar-se pela submissão do mapa de pessoal
especialização; e avaliação de desempenho dos funcionários da
Provedoria à Comissão da Função Pública;
r) Elaborar regulamentos internos relacionados com a
execução das suas atribuições; g) Criar a ficha pessoal de funções e tarefas de cada
funcionário da Provedoria de Direitos Humanos e
s) Participar na elaboração do plano de ação anual e Justiça;
relatórios sobre a sua execução;
h) Criar o calendário de trabalho e mapa de licença dos
t) Contribuir para a elaboração do relatório anual da funcionários da Provedoria;
Provedoria;
i) Planear e apresentar pareceres referentes ao quadro de
u) Colaborar para a implementação do sistema interno de pessoal da Provedoria caso haja necessidade;
monitorização e avaliação da Provedoria;
j) Coordenar e apresentar assuntos relevantes à gestão
v) Coordenar, orientar e implementar atividades de de recursos humanos da Provedoria nos encontros
formação profissional aos funcionários da Provedoria interministeriais;
na área de direitos humanos e de boa governação;
k) Selecionar e apresentar ao Provedor através do
w) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor Secretário Executivo, as propostas de louvor para os
dos Direitos Humanos e Justiça. funcionários com melhores prestações de serviço;
3. A Direção de Investigação é dirigida por um diretor que l) Apresentar o relatório anual das suas atividades;
responde perante o secretário executivo e é equiparado,
para todos os efeitos legais e salariais a diretor nacional. m) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor
dos Direitos Humanos e Justiça.
Artigo 11.º-A
Direção de Gestão de Recursos Humanos 3. A Direção de Recursos Humanos é dirigida por um diretor
que responde perante o secretário executivo e é
1. A Direção de Gestão de Recursos Humanos tem por missão equiparado, para todos os efeitos legais e salariais a diretor
assegurar o apoio técnico e administrativo à Provedoria nacional.
dos Direitos Humanos e Justiça, nos domínios da gestão
de Recursos Humanos em geral. Artigo 12.º
Gabinete de Inspeção
2. A Direção de Gestão de Recursos Humanos prossegue as
seguintes atribuições: 1. [...].
2. A Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e m) Apresentar um relatório anual das suas atividades,
Pesquisa prossegue as seguintes atribuições: especialmente pareceres sobre os resultados de pes-
quisas, para serem discutidos, decididos e implemen-
a) Assegurar o apoio em matéria jurídica, procedimentos tados caso necessário;
administrativos e apresentar pareceres dos resultados
de pesquisa nas áreas de boa governação e direitos n) Representar a Provedoria nos fórums ou debates de
humanos ao Provedor, aos serviços e organismos da natureza jurídica por determinação do Provedor dos
Provedoria, para a implementação do mandato do Direitos Humanos e Justica;
Provedor de Direitos Humanos e Justiça;
o) Exercer as demais competências conferidas por lei ou
b) Apoiar o Provedor de Direitos Humanos e Justiça na delegadas pelo Provedor.
implementação da sua competência, relacionada com
os mecanismos para a garantia da constituição; 3. A Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e Pes-
quisa é dirigida por um chefe de unidade que responde
c) Realizar análises técnicas de fiscalização e verificação perante o secretário executivo e é equiparado, para todos
da compatibilidade de qualquer lei, regulamento, os efeitos legais e salariais a diretor nacional.
despacho administrativo, política e prática em vigor ou
de qualquer proposta legislativa com o Direito Artigo 13.º-A
Internacional costumeiro e os tratados internacionais Gabinete de Relação Pública e Coordenação Institucional
vigentes, em matéria de direitos humanos;
1. O Provedor, na execução do seu mandato tem o dever de
d) Garantir o acesso da Provedoria à informação pontual informar os cidadãos da sua atividade e do objeto do seu
sobre o desenvolvimento de diplomas legislativos mandato, nos termos do artigo 30 º da Lei N.º 7/2004, que
relevantes ao mandato do Provedor de Direitos aprova os Estatutos do Provedor de Direitos Humanos e
Humanos e Justiça; Justiça.
e) Submeter ao Provedor de Direitos Humanos e Justiça 2. São atribuições do Gabinete de Relação Pública e Coorde-
pareceres técnico-jurídicos às propostas de leis e nação Institucional do Provedor:
regulamentos, quando solicitados por órgãos ou
entidades públicas; a) Apoiar diretamente o trabalho do Provedor e dos
Provedores-Adjuntos;
f) Prestar toda a assistência técnico-jurídica, adminis-
trativa e apresentar pareceres sobre o resultado das b) Gerir e preparar a agenda, atas, decisões, comunicados
pesquisas realizadas nas áreas de boa governação e e outros documentos necessários para o bom
direitos humanos aos serviços e organismos da funcionamento das reuniões da Provedoria;
Provedoria quando necessário;
c) Desenvolver e implementar políticas de relações públi-
g) Representar a Provedoria em juízo mediante instrução cas para a Provedoria;
do Provedor de Direitos Humanos e Justiça;
d) Organizar o protocolo nas cerimónias oficiais organi-
h) Promover programas de formação direcionados aos zadas pela Provedoria;
funcionários da Provedoria com o intuito de informar
sobre novos diplomas legais, novos procedimentos e) Coordenar a articulação da Provedoria com os órgãos
administrativos que afetem as atividades da de comunicação social públicos e privados;
Provedoria;
f) Organizar a agenda das relações públicas do Provedor
i) Elaborar, em coordenação com os outros serviços e de Direitos Humanos e Justiça e dos Provedores-
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Jornal da República
Adjuntos, nas suas respetivas áreas de atribuições e 5. [...].
prestar o apoio logístico e administrativo necessário
neste âmbito; 6. [...].
Assim,
Promulgado em 5 / 7 / 2016
O Governo decreta, nos termos da alínea p) do n.º 1 do artigo
115.º, da Constituição da República Democrática de Timor-
Leste, conjugado com o disposto no artigo 50 º da Lei n º 7/
Publique-se. 2004, de 5 de maio, para fazer valer como lei, o seguinte:
CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES, NATUREZAEATRIBUIÇÕES
e) “Mediação” significa o processo através do qual uma parte 3. A Provedoria possui capacidade jurídica para celebrar
terceira e neutra, designada por “mediador”, age no sentido contratos, processar e ser processada judicialmente e
de facilitar a resolução de um litígio entre duas ou mais adquirir, possuir e alienar os bens necessários e
partes; é um processo informal e não antagónico que pode convenientes ao desempenho das suas funções.
ser empreendido voluntariamente, por ordem judicial, ou
por força de um acordo contratual pré-existente e que se Artigo 3.º
destina a ajudar as partes em litígio a alcançar um acordo Atribuições
voluntário e mutuamente aceitável;o mediador não
desempenha um papel formal de assessoria ou diretivo em Na prossecução das suas atividades, são atribuições da
face do conteúdo do litígo ou da sua resolução, mas pode Provedoria:
aconselhar as partes sobre a questão em litígio ou a sua
delimitação e prestar assistência na exploração de soluções a) Garantir a assistência técnica especializada à implementação
alternativas; o poder decisório reside nas partes; do mandato do Provedor de Direitos Humanos e Justiça;
f) “Órgãos ou entidades públicas” incluem: b) Contribuir para a promoção e proteção dos direitos humanos
e para o fortalecimento de uma política de boa governação,
i. Os departamentos do Estado e os organismos governa- nomeadamente através do receção, investigação, mediação
mentais, incluindo os ramos legislativo e administrativo e conciliação de queixas, atividades de monitorização e
do Estado, o ramo judicial, este apenas no âmbito das prevenção, de educação e promoção, elaboração de
suas atividades administrativas, a Polícia Nacional de relatórios e submissão de pareceres sobre a conformidade
Timor-Leste, designada por “PNTL”, e as Falintil - dos atos com a lei, desenvolvimento e revisão de políticas
Forças de Defesa de Timor-Leste, designadas por públicas e legislação nas áreas relevantes e intervenção
“FFDTL”; em processos judiciais de acordo com as competências do
Provedor de Direitos Humanos e Justiça como estabelecido
ii. A administração dos governos locais; na lei;
v. As empresas em que o Governo detenha mais de 50% d) Garantir o acesso do público aos serviços do Provedor de
do capital; ou nelas detenha ou exerça uma posição de Direitos Humanos e Justiça ao nível nacional, regional e
superioridade. local;
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e) Representar o Provedor de Direitos Humanos perante os g) Direção de Investigação;
tribunais e o Parlamento Nacional, quando delegado para
tal; h) Direção de Administração e Finanças;
f) Trocar experiências com outras instituições análogas em i) Direção de Gestão de Recursos Humanos;
outros países;
j) Gabinete de Inspeção da PDHJ;
g) Preparar e executar os planos anuais e plurianuais, incluindo
os planos estratégicos; k) Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e Pesquisa;
CAPÍTULO II SECÇÃO I
TUTELA E SUPERINTENDÊNCIA DA PROVEDORIA SERVIÇOS DA PROVEDORIA DOS DIREITOS
DOS DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA HUMANOS E JUSTIÇA
1. A Provedoria dos Direitos Humanos e Justiça é superior- 1. O Secretário Executivo da Provedoria de Direitos Humanos
mente tutelado pelo Provedor de Direitos Humanos e Justiça e Justiça tem como missão assegurar a orientação geral de
que a superintende. todos os serviços da Provedoria dos Direitos Humanos e
Justiça.
2. O Provedor de Direitos Humanos e Justiça é coadjuvado,
no exercício das suas funções, pelos Provedores-Adjuntos 2. O Secretário Executivo prossegue as seguintes atribuições:
para os direitos humanos e para a boa governação.
a) Assegurar a administração geral interna da Provedoria
CAPÍTULO III e dos seus serviços e propor as medidas adequadas de
ESTRUTURA ORGÂNICA acordo com o programa e as orientações do Provedor;
k) Planificar, coordenar e assegurar a seleção, gestão e c) Preparar e planear atividades específicas para a
capacitação dos recursos humanos da Provedoria; fiscalização dos atos e omissões do poder público na
área de boa governação e direitos humanos, com
l) Promover as avaliações de desempenho e propor as especial atenção ao direito da mulher;
progressões e promoções aos funcionários da
Provedoria; d) Executar as atividades de fiscalização e encaminhar as
recomendações necessárias às instituições relevantes,
m) Em coordenação com os serviços e organismos de acordo com o resultado obtido, para o melhoramento
relevantes da Provedoria, acompanhar a execução dos e elevação da prestação de serviços e a redução de
projetos e programas de cooperação internacional e violações nas áreas de boa governação e direitos
assistência técnica e proceder à sua avaliação interna, humanos;
sem prejuízo de outros mecanismos existentes;
n) Assegurar os procedimentos de comunicação interna e) Assegurar a participação efetiva das delegações territo-
comum aos órgãos e serviços da Provedoria; riais da provedoria na recolha de dados para o programa
de fiscalização, de acordo com as competências dele-
o) Zelar pelo cumprimento das leis, regulamentos e outras gadas, incluindo sessões de capacitação e implementa-
disposições legais de natureza administrativo- ção dos serviços de fiscalização no local;
financeira;
f) Prestar colaboração às entidades competentes alvo das
p) Garantir à Provedoria e outros interessados o acesso a suas atividades;
um serviço de biblioteca nas áreas da competência do
Provedor; g) Colaborar com os órgãos do sistema internacional de
direitos humanos e boa governação;
q) Elaborar a correspondência e outros documentos para
o Provedor de Direitos Humanos e Justiça, relacionados h) Assegurar a contribuição da sociedade civil para a
com a sua área de intervenção; execução das atividades na área da sua atuação;
r) Supervisionar diretamente o trabalho das delegações i) Representar a Provedoria em fóruns nacionais e inter-
territoriais e garantir a ligação entre as delegações nacionais relacionados com áreas da sua especiali-
territoriais e outros serviços da Provedoria; zação;
s) Prestar assistência de secretariado para o Conselho
Consultivo e Conselho Diretivo da Provedoria; j) Elaborar regulamentos internos relacionados com a
execução das suas atribuições;
t) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor
dos Direitos Humanos e Justiça. k) Participar na elaboração do plano de ação anual e
relatórios sobre a sua execução;
3. O Secretário Executivo para todos os efeitos legais e salariais
é equiparado a diretor—geral e responde perante o l) Contribuir para a elaboração do relatório anual da
Provedor de Direitos Humanos e Justiça. Provedoria;
r) Supervisionar diretamente o trabalho das delegações k) Propor e participar na elaboração de pareceres aos
territoriais e garantir a ligação entre as delegações diplomas legislativos para submissão aos tribunais,
territoriais e outros serviços da Provedoria; relacionados com áreas de sua especialização;
t) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor de m) Propor a elaboração de memorandos de entendimento
Direitos Humanos e Justiça. entre a Provedoria e os órgãos ou entidades públicas e
privadas nas áreas relevantes das suas atribuições;
3. A Direção de Assistência Pública é dirigida por um diretor
que é equiparado, para todos os efeitos legais, a diretor n) Prestar colaboração às entidades competentes alvo das
nacional. suas atividades;
b) Elaborar, em coordenação com os relevantes serviços t) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor de
e organismos da Provedoria, os planos de ação anual e Direitos Humanos e Justiça.
plurianual e os relatórios sobre as suas implementações;
3. A Direção de Administração e Finanças é dirigida por um
c) Preparar, em colaboração com as entidades com- diretor que é equiparado, para todos os efeitos legais, a
petentes, a elaboração do projeto de orçamento anual diretor nacional.
da Provedoria;
e) Proceder às operações de aprovisionamento da 1. A Direção de Gestão de Recursos Humanos tem por missão
Provedoria; assegurar o apoio técnico e administrativo à Provedoria
dos Direitos Humanos e Justiça, nos domínios da gestão
f) Garantir a inventariação, manutenção, controlo e de Recursos Humanos em geral.
preservação do património e material afeto à Provedoria;
2. A Direção de Gestão de Recursos Humanos prossegue as
g) Manter atualizados os sistemas informático e de arquivo seguintes atribuições:
sobre os bens patrimoniais afetos à Provedoria;
a) Planear, analisar e elaborar a lista de vagas para preen-
h) Executar o recrutamento, contratação, acompanha- chimento, contratação, acompanhamento, avaliação,
mento, avaliação, promoção e reforma dos oficiais da promoção, formação e reforma dos funcionários da
Provedoria; Provedoria;
i) Assegurar o processamento dos vencimentos, abonos, b) Coordenar com a Direção de Administração e Finanças
salários e outras remunerações, devidos aos funcio- no processamento dos vencimentos, abonos, salários
nários, bem como o processamento dos descontos e e outras remunerações devidos aos funcionários, bem
respetivas listas; como o processamento dos descontos e respetivas
listas;
j) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamento
da documentação da Provedoria, nomeadamente o c) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamento
arquivo dos ficheiros pessoais dos oficiais; da documentação da Provedoria, nomeadamente o
arquivo dos ficheiros pessoais dos funcionários da
k) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos Provedoria;
trabalhadores da função pública, propondo superior-
mente a instauração de processos de inquérito e d) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos
disciplinares e proceder à instrução quando aplicável; trabalhadores da função pública, propondo superior-
mente a instauração de processos de inquérito e
l) Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento das disciplinares, bem como proceder à instrução quando
normas sobre condições ambientais de higiene e aplicável;
segurança no trabalho;
e) Desenvolver as ações necessárias ao cumprimento de
m) Assegurar os serviços de vigilância dos edifícios afetos normas sobre condições ambientais de higiene e
à Provedoria; segurança no trabalho;
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Jornal da República
f) Responsabilizar-se pela submissão do mapa de pessoal f) Recolher informações sobre o funcionamento dos
e avaliação de desempenho dos funcionários da serviços da Provedoria, propondo as medidas corre-
Provedoria à Comissão da Função Pública; tivas aconselháveis;
g) Criar a ficha pessoal de funções e tarefas de cada g) Examinar, avaliar e emitir relatórios sobre a efetividade
funcionário da Provedoria de Direitos Humanos e do sistema de controlo interno da Provedoria;
Justiça;
h) Prover assistência técnica aos serviços e organismos
h) Criar o calendário de trabalho e mapa de licença dos da Provedoria nas áreas de sua competência;
funcionários da Provedoria;
i) Elaborar regulamentos e procedimentos internos
i) Planear e apresentar pareceres referentes ao quadro de necessários para a implementação da sua competência
pessoal da Provedoria caso haja necessidade; e submetê-los à aprovação do Provedor;
j) Coordenar e apresentar assuntos relevantes à gestão j) Promover, garantir e assegurar a boa prática e
de recursos humanos da Provedoria nos encontros governação dos serviços e organismos da Provedoria;
interministeriais;
k) Apresentar um relatório anual das suas atividades;
k) Selecionar e apresentar ao Provedor através do
Secretário Executivo, as propostas de louvor para os l) Exercer as demais atividades atribuídas por lei ou
funcionários com melhores prestações de serviço; delegadas pelo Provedor.
l) Apresentar o relatório anual das suas atividades; 3. O Gabinete de Inspeção é dirigido por um Inspetor que res-
ponde perante o Provedor e é equiparado, para todos os
m) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Provedor de efeitos legais e salariais a diretor-geral.
Direitos Humanos e Justiça.
Artigo 13.º
3. A Direção de Recursos Humanos é dirigida por um diretor Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e Pesquisa
que responde perante o secretário executivo e é equipa-
rado, para todos os efeitos legais e salariais a diretor 1. A Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e
nacional. Pesquisa é o serviço que presta apoio à Provedoria, em
matéria jurídica, procedimentos administrativos e pesquisa.
Artigo 12.º
Gabinete de Inspeção 2. A Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e
Pesquisa prossegue as seguintes atribuições:
1. O Gabinete de Inspeção da Provedoria dos Direitos Huma-
nos e Justiça tem por missão a ação disciplinar e o controlo a) Assegurar o apoio em matéria jurídica, procedimentos
e supervisão financeira dos serviços e organismos da administrativos e apresentar pareceres dos resultados
Provedoria. de pesquisa nas áreas de boa governação e direitos
humanos ao Provedor, aos serviços e organismos da
2. Ao Gabinete de Inspeção compete: Provedoria, para a implementação do mandato do
Provedor de Direitos Humanos e Justiça;
a) Avaliar as atividades de gestão administrativa, finan-
b) Apoiar o Provedor de Direitos Humanos e Justiça na
ceira e patrimonial dos serviços e organismos da
implementação da sua competência, relacionada com
Provedoria e recomendar ao Provedor ações para
os mecanismos para a garantia da constituição;
remediar limitações e falhas identificadas;
c) Realizar análises técnicas de fiscalização e verificação
b) Realizar inspeções, averiguações, inquéritos e da compatibilidade de qualquer lei, regulamento,
auditorias sem prejuízo de outros meios estabelecidos despacho administrativo, política e prática em vigor ou
por lei, e elaborar pareceres à ser submetido ao de qualquer proposta legislativa com o Direito
Provedor; Internacional costumeiro e os tratados internacionais
vigentes, em matéria de direitos humanos;
c) Proceder à instauração e instrução dos processos
disciplinares aos funcionários da Provedoria de acordo d) Garantir o acesso da Provedoria à informação pontual
com as orientações do Provedor; sobre o desenvolvimento de diplomas legislativos rele-
vantes ao mandato do Provedor de Direitos Humanos
d) Propor ao Provedor de forma fundamentada a e Justiça;
instauração de processos disciplinares quando da
deteção de irregularidades; e) Submeter ao Provedor de Direitos Humanos e Justiça
pareceres técnico-jurídicos às propostas de leis e
e) Desenvolver e executar o plano estratégico de regulamentos, quando solicitados por órgãos ou
fiscalização interno da Provedoria; entidades públicas;
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Jornal da República
f) Prestar toda a assistência técnico-jurídica, administra- b) Gerir e preparar a agenda, atas, decisões, comunicados
tiva e apresentar pareceres sobre o resultado das e outros documentos necessários para o bom
pesquisas realizadas nas áreas de boa governação e funcionamento das reuniões da Provedoria;
direitos humanos aos serviços e organismos da
Provedoria quando necessário; c) Desenvolver e implementar políticas de relações
públicas para a Provedoria;
g) Representar a Provedoria em juízo mediante instrução
do Provedor de Direitos Humanos e Justiça; d) Organizar o protocolo nas cerimónias oficiais
organizadas pela Provedoria;
h) Promover programas de formação direcionados aos
funcionários da Provedoria com o intuito de informar e) Coordenar a articulação da Provedoria com os órgãos
sobre novos diplomas legais, novos procedimentos de comunicação social públicos e privados;
administrativos que afetem as atividades da
Provedoria; f) Organizar a agenda das relações públicas do Provedor
de Direitos Humanos e Justiça e dos Provedores-
i) Elaborar, em coordenação com os outros serviços e Adjuntos, nas suas respetivas áreas de atribuições e
organismos da Provedoria, regulamentos e outros prestar o apoio logístico e administrativo necessário
diplomas internos de natureza jurídica, necessários ao neste âmbito;
pleno funcionamento da Provedoria de acordo com a
lei; g) Coordenar todas as relações com a média e publicações
da Provedoria;
j) Garantir o acesso da Provedoria a um depósito de
diplomas legais nacionais e internacionais relevantes h) Assegurar que todos os documentos da Provedoria
ao trabalho da Provedoria; estejam disponíveis em tétum e português e sejam
acessíveis ao público;
k) Assegurar a participação dos organismos da Provedoria i) Recolher os dados provenientes de todas as Direções
na implementação das suas atribuições; Nacionais e Regionais para a elaboração do relatório
anual de atividades e as relacionadas com a comuni-
l) Contribuir para a elaboração do relatório anual da cação e informação realizadas pela PDHJ;
Provedoria;
j) Promover a cooperação com os órgãos do estado e
m) Apresentar um relatório anual das suas atividades, instituições não governamentais, visando uma melhor
especialmente pareceres sobre os resultados de execução das suas competências;
pesquisas, para serem discutidos, decididos e
implementados caso necessário; k) Executar outras funções mediante instrução do
Provedor e Provedores-Adjuntos.
n) Representar a Provedoria nos fórums ou debates de
natureza jurídica por determinação do Provedor dos 3. O Gabinete de Relação Pública e Coordenação Institucional
Direitos Humanos e Justica; do Provedor é dirigido por um chefe de gabinete, que
responde perante o Provedor e, administrativamente em
o) Exercer as demais competências conferidas por lei ou coordenação com o secretário executivo.
determinadas pelo Provedor.
4. O chefe de gabinete de Relações Públicas e Coordenação
3. A Unidade de Assistência Jurídica, Administrativa e Pes- Institucional do Provedor é equiparado para todos os
quisa é dirigida por um chefe de unidade que responde efeitos legais e salariais a diretor-geral.
perante o secretário executivo e é equiparado, para todos
os efeitos legais e salariais a diretor nacional. Secção II
ORGANISMOS
Artigo 13.º-A
Gabinete de Relação Pública e Coordenação Institucional Artigo 14.º
Biblioteca
1. O Provedor, na execução do seu mandato tem o dever de
informar os cidadãos da sua atividade e do objeto do seu 1. A Biblioteca da Provedoria tem por missão assegurar o
mandato, nos termos do artigo 30.º da Lei N.º 7/2004, que acesso aos materiais na área de direitos humanos, boa
aprova os Estatutos do Provedor de Direitos Humanos e governação e outras áreas relevantes à Provedoria, a
Justiça. entidades públicas e organizações não governamentais
relevantes e ao público em geral.
2. São atribuições do Gabinete de Relação Pública e Coordena-
ção Institucional do Provedor: 2. A Biblioteca possui também a missão de assegurar o amplo
acesso do público aos materiais produzidos pela
a) Apoiar diretamente o trabalho do Provedor e dos Provedoria, através do depósito das suas publicações de
Provedores-Adjuntos; natureza pública.
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3. A Biblioteca da Provedoria rege-se por regulamento próprio 3. O Conselho Consultivo possui a seguinte composição:
a ser aprovado pelo Provedor.
a) Provedor de Direitos Humanos e Justiça, que o preside;
Secção III
DELEGAÇÕES TERRITORIAIS b) Provedores-Adjuntos;
d) Os demais assuntos que lhe forem submetidos. b) Promover a realização de planos de trabalhos
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envolvendo a atuação das diferentes Direções com a 3. O processo de recrutamento e a seleção dos funcionários
finalidade de maximizar os recursos financeiros e da Provedoria resulta da concertação do Provedor de
humanos da Provedoria; Direitos Humanos e Justiça com o órgão central da
administração pública responsável nestas áreas.
c) Analisar tendências e práticas nas áreas de direitos
humanos e boa governação e identificar estratégias 4. O processo mencionado no número anterior deve assegurar
multidisciplinares para fortalecer o impacto do trabalho o poder decisório do Provedor de Direitos Humanos e
da Provedoria ao nível local, regional, nacional e Justiça na seleção dos funcionários da Provedoria de
internacional; acordo com a sua competência estabelecida na lei.
d) As demais atividades que lhe forem submetidas. 5. O Provedor e o órgão referido no n.º 3 acordam em práticas
de caráter específico para o recrutamento e seleção dos
3. O Conselho Diretivo tem a seguinte composição: funcionários da Provedoria.
4. Quando necessário, a participação do Provedor de Direitos 2. Para além do vencimento de base, todos os funcionários da
Humanos e Justiça pode ser substituída pela participação Provedoria têm direito a um subsídio alimentar de 50 doláres
conjunta dos Provedores-Adjuntos e do Secretário mensais.
Executivo.
Artigo 22.º
5. O Conselho Diretivo reúne-se ordinariamente uma vez por Avaliação do desempenho
mês e extraordinariamente sempre que o Provedor de
Direitos Humanos e Justiça o determinar. A competência do dirigente máximo do serviço no processo
de avaliação do desempenho dos funcionários da Provedoria
CAPÍTULO V recai sobre o Diretor Geral nos termos das suas atribuições
DO PESSOAL previstas na lei.
1. Ao pessoal da Provedoria aplica-se o regime geral vigente 1. O Provedor de Direitos Humanos exerce a competência
para a função pública, em tudo o que não estiver disciplinar em relação aos funcionários da Provedoria nos
especialmente previsto no Estatuto do Provedor e regulado termos da lei.
no presente diploma.
2. O processo disciplinar rege-se pelo regime disciplinar dos
funcionários da administração pública.
2. Os funcionários da Provedoria que trabalham na Direção
de Administração e Finanças e os que exercem atividades 3. É imposto ao Provedor de Direitos Humanos e Justiça o
de natureza administrativa ou financeira não estão dever de informar o órgão central da administração pública
abrangidos pelos artigos 20.º a 23.º, sendo estes regulados responsável pela disciplina dos funcionários públicos
em sua totalidade pelo regime geral aplicável à função quando da instauração e da conclusão de processo
pública. disciplinar contra funcionários da Provedoria.
O quadro de pessoal, o organigrama da Provedoria e o número Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em 13 de abril de
de quadros de direção e chefia são constantes dos quadros 2011.
em anexo à presente lei, os quais fazem parte integrante do
presente diploma.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS O Primeiro-Ministro,
SECÇÃO I
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
_____________________
Artigo 26.º Kay Rala Xanana Gusmão
Destacamento, requisições, comissão em serviço e outros
Artigo 27.º
Aplicação do vencimento e remuneração adicional ____________
Emília Pires
O vencimento e a remuneração adicional previstos no artigo
21º. serão implementados imediatamente após à entrada em
vigor do presente diploma.
Promulgado em 31 . 5 . 11
Artigo 28.º
Profissionais internacionais