TCC Usinagem
TCC Usinagem
TCC Usinagem
JUIZ DE FORA
2016
PATRICK CROKO CAPUTO
JUIZ DE FORA
2016
PATRICK CROKO CAPUTO
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Professor Dr. Carlos Renato Pagotto
Universidade Federal de Juiz de Fora
___________________________________________________
Professor Dr. Marcos Martins Borges
Universidade Federal de Juiz de Fora
___________________________________________________
Professor Dr. Moisés Luiz Lagares Júnior
Universidade Federal de Juiz de Fora
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto e ao Prof. Dr. Marcos Martins Borges por
acreditarem na realização desse trabalho, pela confiança e orientação.
Aos amigos da UFJF que acompanharam minha caminhada durante o curso, na
convivência do cotidiano acadêmico, meu muito obrigado. Fico com a certeza de que levarei a
amizade de vocês no decorrer da vida.
Aos meus familiares que sempre deram todo o suporte necessário para essa conquista,
que não é exclusivamente minha, mas sim de todos que contribuíram de alguma forma.
Em especial aos meus pais, e minha irmã. Que durante toda minha caminhada me
deram total apoio, e estiveram comigo sempre que precisei.
Meu pai, que sempre foi um exemplo para mim, compartilhando não somente
conhecimentos técnicos, mas também ensinamentos para a vida. Sempre fez mais do que o
possível por mim. Muito obrigado!
Minha namorada, amiga e companheira, que fez parte dessa caminhada nesses
últimos anos.
E a todos que de certa forma contribuíram para realização desse trabalho.
RESUMO
The temperature analysis is of great importance during the machining process since it
influences on several factors, either directly or indirectly, such as wear and tool life, use and
selection of lubricants, determination of cutting parameters, dimensional tolerance of the
piece, among others. This study sought to enable the use of thermography in machining.
Using the thermal analysis to capture heat in an image form and measuring the maximum
temperature obtained during the process, and subsequently it was compared with the Trigger
and Chao’s analytical model, which proposes to calculate the average temperature increase of
chip deformation due to shear and the temperature increase due to friction tool/chip on the
rake face, and is the final temperature the sum of these two. The thermographic images were
collected during the orthogonal cutting carried out dry, using carbide insert coated, and the
SAE 1045 steel as machined material. The cutting parameters were varied, searching the
relationship between the temperature behavior and the variation of these parameters in
experimental analysis and the selected analytical model. From the analysis of the results, it
was possible to determine the relationship between the used methods and the temperature
behavior according to the used parameters. The values obtained experimentally diverged from
those determined analytically though temperature behavior in terms of cutting parameters
was consistent with was found in the literature.
Tabela 6 – Parâmetros utilizados nos ensaios, e valores de temperaturas obtidos por imagem e
analiticamente ........................................................................................................................... 55
Tabela 7 – Valores de velocidade de corte considerados na análise dos resultados obtidos .... 56
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
𝑎p = profundidade de corte
A = área da seção transversal de corte [mm²]
A1 = fração de energia de deformação transformada em calor
APC = aresta postiça de corte
B1 = proporção de calor que flui para o cavaco
B2 = proporção de calor do atrito que flui para o cavaco
b = largura de corte
b’ = largura do cavaco
𝑐 = calor específico do material do cavaco [J/Kg.K]
CNC = comando numérico computadorizado
d = diâmetro da peça (mm)
𝑓 = avanço [mm/rev]
𝐹𝑓 = força de avanço [N]
𝐹𝑐 = força de corte [N]
Fp = força passiva ou de profundidade [N]
𝐹𝑇 = projeção da força principal de corte sobre a superfície de saída da ferramenta na sua
direção tangencial [N]
h = espessura de corte
h’ = espessura do cavaco
k = condutividade térmica do material
ks = pressão específica de corte [N/mm²]
ks1 = pressão específica de corte proporcional à espessura de corte [N/mm²]
𝑙𝑐 = comprimento de contato ferramenta-cavaco sobre a superfície de saída [mm]
n = rotação (rpm)
𝑄 = energia na forma de calor [W]
𝑞𝑍 = calor devido ao cisalhamento [W/m²]
𝑞𝑓 = calor devido ao atrito na interface ferramenta/cavaco [W/m²]
Rc = grau de recalque
𝑆𝑧 = área do plano de cisalhamento
To = temperatura ambiente [°C]
Tf = aumento de temperatura devido ao atrito ferramenta cavaco [K]
TZ = temperatura devido ao cisalhamento [°C]
𝑣𝑐 = velocidade de corte [m/min]
𝑣𝑐𝑎𝑣 = velocidade do cavaco em relação à ferramenta [m/min]
𝑣𝑓 = velocidade de avanço [mm/min]
(1-z) = expoente da equação de Kienzle
α = ângulo de folga da ferramenta; difusividade térmica [m²/s]
β = ângulo de cunha da ferramenta
γ = ângulo de saída da ferramenta
ϕ = ângulo de cisalhamento
𝜌 = densidade do material do cavaco [kg/m³]
𝑥𝑟 = ângulo de posição da ferramenta
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14
4. RESULTADOS ................................................................................................................ 46
5. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 62
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64
1. INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
temperatura durante o processo de usinagem, por exemplo, se o valor dos parâmetros de corte
utilizados influenciam de forma direta na temperatura de corte, que por sua vez diminuem a
dureza da ferramenta e aumentam o seu desgaste, e consequentemente limitam sua vida útil,
aumentando o número de ferramentas gastas e com isso os gastos envolvidos no processo de
corte também aumentam.
A compreensão dos fatores que influenciam a geração de calor – praticamente toda
energia mecânica associada à formação do cavaco se transforma em energia térmica (calor), e
do comportamento dos fluxos de calor e as temperaturas, principalmente próximos a aresta de
corte, podem contribuir ainda mais no estudo dos fenômenos térmicos que ocorrem. Segundo
Machado et al (2011), atualmente são conhecidos os princípios gerais dos fenômenos térmicos
que ocorrem nessa região e alguns casos particulares foram pesquisados.
A viabilidade dos testes, foi fator relevante na escolha do estudo desenvolvido. Os
testes foram realizados sem envolver mecanismos complexos, sendo o principal fator
limitante o custo relativamente alto de uma câmera de imagem termográfica.
2. REVISÃO DA LITERATURA
O presente capítulo faz uma abordagem dos conceitos, dentro da literatura, de modo
a fornecer a base teórica necessária para o estudo desenvolvido no decorrer do trabalho,
facilitando a compreensão do objeto de estudo e a interpretação dos resultados obtidos. Serão
abordados alguns conceitos em usinagem, temperatura no processo de usinagem, o modelo
analítico de Trigger e Chao, e imagens térmicas.
2.1.1 Torneamento
Figura 2 – Ângulos de saída, de cunha e de folga da ferramenta, representados no plano admitido de trabalho
Fonte: Diniz et al (2008).
No corte ortogonal (figura 4), a aresta de corte é uma reta normal à direção de corte e
à direção de avanço, de maneira que a formação de cavaco pode ser considerada um
fenômeno bidimensional e que ocorre em um plano normal à aresta cortante, ou seja, no plano
de trabalho (MACHADO et al, 2011).
𝐹𝑐 . 𝑣𝑐
𝑄= [W]
60
Onde:
𝑄= quantidade de calor gerada [W]
𝐹𝑐 = componente principal da força de corte [N]
𝑣𝑐 = velocidade de corte [m/min]
corte da maioria dos materiais gera um grande aquecimento da ferramenta, que pode
colapsarem um curto intervalo de tempo, conforme ilustrado na figura 8.
𝜃 = 𝐶. 𝑣𝑐𝑛
Onde:
𝜃 = temperatura de corte
𝑣𝑐 = velocidade de corte
C e n = valores característicos do par ferramenta/peça e das condições operacionais
𝑇. 𝜃 𝑛 = 𝐾
Onde:
𝑇 = vida da ferramenta (min)
𝜃 = temperatura da ferramenta (ºC)
𝑛, 𝐾 = constantes que dependem do material e das condições de corte
Figura 11 – Influência do avanço nas temperaturas das ferramentas de corte, com os seguintes valores de avanço:
(a) 0,125mm/rev (b) 0,25mm/rev (c) 0,5 mm/rev
Fonte: Trent (2004)
32
𝑞 = 𝑞𝑍 + 𝑞𝑓 [𝑊/𝑚²]
Onde:
𝑞 = calor total [W/m²]
𝑞𝑍 = calor devido ao cisalhamento [W/m²]
𝑞𝑓 = calor devido ao atrito na interface ferramenta/cavaco [W/m²]
Onde:
𝑇𝑧 = aumento de temperatura do cavaco assim que deixa a zona primária de
cisalhamento [K]
𝑇𝑜 = temperatura ambiente [K]
𝐴1 = fração de energia de deformação transformada em calor (0,875 para aços
recozidos)
𝐵1 = proporção de calor que flui para o cavaco (0,1)
𝐹𝑓 = força de avanço [N]
𝐹𝑐 = força de corte [N]
𝑣𝑐 = velocidade de corte [m/min]
𝑣𝑐𝑎𝑣 = velocidade do cavaco em relação à ferramenta [m/min]
𝑐 = calor específico do material do cavaco [J/kg.K]
𝜌 = densidade do material do cavaco [kg/m³]
𝑆𝑧 = área do plano de cisalhamento
𝐵2 . 𝐹𝑇 𝛼. 𝑣𝑐𝑎𝑣
𝑇𝑓 − 𝑇𝑜 = [ ] . 106 [𝐾]
9. (5𝜋)1/2 . 𝑘. 𝑏 60. 𝑙𝑐
Onde:
𝑇𝑓 = aumento de temperatura devido ao atrito ferramenta/cavaco [K]
𝐵2 = proporção de calor do atrito que flui para o cavaco (0,9)
𝑘
𝛼 = difusividade térmica do material do cavaco = 𝑐.𝜌 [m²/s]
𝑘 = condutividade térmica
𝑙𝑐 = comprimento de contato ferramenta/cavaco [mm]
Cada vez mais aumenta a gama de uso das imagens térmicas, as pessoas estão
descobrindo os benefícios de seu uso. De acordo com informações de uma fabricante, o
volume de câmeras térmicas tem aumentado e seu preço vem diminuindo. Indicando que as
câmeras térmicas estão ocupando cada vez mais o mercado (figura 13). Dentro do campo das
ciências/P&D as imagens térmicas também estão expandindo seus campos de uso, e também
será alvo de estudo no presente trabalho.
Figura 15 – Distribuição da temperatura para o valor de Vc = 120m.min-1 e f = 0,1 mm.rev-1 no corte ortogonal
do aço inoxidável 316L utilizando imagem termográfica
Fonte: Valiorgue et al (2013)
38
3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
3.2.1 Pastilha
adições de TiC, TaC e/ou NbC, mas em menores quantidades que as apresentadas pela classe
P. A classe M também é conhecida como a “classe dos aços inoxidáveis”, tendo em vista a
sua maior aplicação na usinagem dos aços inoxidáveis austeníticos. A coloração padrão dessa
classe é o amarelo (MACHADO et al, 2011).
Segundo Diniz et al (2008), ferramentas de metal duro são usadas com sucesso em
operações de usinagem tais como torneamento, fresamento, mandrilamento e em alguns casos
de furação, aplainamento e serramento. Elas podem usinar qualquer tipo de material, desde
que sua dureza não ultrapasse 45 HRc. Porém, os metais duros com microgrãos que têm
características superiores aos metais duros convencionais têm sido utilizados na usinagem de
aço mais duros que esse valor.
Ultimamente pastilhas de metal duro com cobertura de TiC, e/ou Al2O3, TiN e TiCN
têm sido utilizadas com frequência. A finalidade principal dessas camadas é aumentar a
resistência ao desgaste da camada superior que entra em contato com o cavaco e a peça, sendo
que o núcleo da pastilha permanece com a tenacidade característica do metal duro mais
simples, possibilitando aumentar consideravelmente a vida da ferramenta, conforme Diniz et
al (2008).
A ferramenta utilizada nos ensaios foi a TNMG160404R-ZC YBC251, P10-P30,
abrangendo todos os tipos de aço e aço fundido, com exceção de aço inoxidável com uma
estrutura austenítica, seguindo a classificação dos metais duros segundo a norma ISO 513
(2004). O fabricante da ferramenta é a empresa ZCC-CT.
Conforme informações oriundas do catalogo fornecido pelo fabricante, a pastilha
escolhida é um metal duro revestido através do processo CVD (deposição química de vapor),
e as diferentes camadas seguem o modelo da figura 15, a seguir.
Para definir os parâmetros de corte a serem utilizados no ensaio, serão tomadas como
base as recomendações do fabricante da ferramenta, que traz as seguintes informações,
conforme a tabela 2, para esse modelo de pastilha:
Ângulo de
M = 150mm
posição: 93°
Pino e
Triangular 0° Direita
grampo Comprimento
Ângulo de
da aresta de
ataque: -3°
corte = 16mm
3.3.1 Torno
O torno utilizado nos ensaios foi o NARDINI-MS 205AS, cedido gentilmente para
tomada das imagens termográficas. Os parâmetros utilizados no torno foram: rotação (n) =
1600 rpm, avanço (f) = 0,042; 0,100; 0,201 mm.rev-1, profundidade de corte (ap) = 0,125;
0,250 e 0,375 mm.
43
4. RESULTADOS
Figura 22 – Corpo de prova 1; n=1600 rpm; Vc=123,9 m/min; f=0,042 mm/rev; ap=0,125 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 23 – Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 20)
Fonte: Arquivo do aluno
48
Figura 24 – Corpo de prova 2; n=1600 rpm; Vc=127,67 m/min; f=0,042 mm/rev; ap=0,375 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 25 – Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 22)
Fonte: Arquivo do aluno
49
Figura 26 – Corpo de prova 3; n=1600 rpm; Vc=115,11 m/min; f=0,100 mm/rev; ap=0,25 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 27–Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 24)
Fonte: Arquivo do aluno
50
Figura 28 – Corpo de prova 4; n=1600 rpm; Vc=123,90 m/min; f=0,100 mm/rev; ap=0,375 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 29 – Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 26)
Fonte: Arquivo do aluno
51
Figura 30– Corpo de prova 5; n=1600 rpm; Vc=118,88m/min; f=0,201 mm/rev; ap=0,25 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 31 – Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 28)
Fonte: Arquivo do aluno
52
Figura 32 – Corpo de prova 6; n=1600 rpm; Vc=123,90 m/min; f=0,201 mm/rev; ap=0,375 mm
Fonte: Arquivo do aluno
Figura 33 – Imagem no momento em que foi capturada a imagem térmica acima (figura 30)
Fonte: Arquivo do aluno
53
Com base nas expressões e dados apresentados no item anterior, e também através
dos valores de temperaturas mensurados a partir das imagens termográficas, chegamos aos
resultados que constam na tabela 6.
Considerando os valores de velocidade de corte aproximadamente iguais para os
valores de profundidade de corte de 0,125 e 0,25 dentro um mesmo avanço, sendo este um
valor intermediário. Por exemplo: f = 0,042 então, para os dois maiores valores de Vc, será
considerado Vc = 127 m/min. Então, os valores de velocidade de corte considerados na
análise dos resultados serão conforme a tabela 7.
55
Tabela 6 – Parâmetros utilizados nos ensaios, e valores de temperaturas obtidos por imagem e analiticamente
Corpo f Vc Texperimental Tcalculada
n [rpm] D [mm] ap [mm]
de prova [mm/rev] [m/min] [°C] [°C]
1 1600 25,40 0,125 0,042 127,6743 139,0 1018,2574
1 1600 25,15 0,250 0,042 126,4177 263,3 1018,2525
1 1600 24,65 0,125 0,042 123,9044 224,7 1018,2426
1 1600 24,40 0,250 0,042 122,6478 236,6 1018,2377
1 1600 23,90 0,125 0,042 120,1345 199,2 1018,2278
1 1600 23,65 0,250 0,042 118,8779 283,9 1018,2228
1 1600 23,15 0,125 0,042 116,3646 147,5 1018,2130
1 1600 22,90 0,250 0,042 115,1080 263,6 1018,2080
2 1600 25,40 0,375 0,042 127,6743 281,4 1018,2574
2 1600 24,65 0,375 0,042 123,9044 292,4 1018,2426
2 1600 23,90 0,375 0,042 120,1345 260,2 1018,2278
2 1600 23,15 0,375 0,042 116,3646 272,2 1018,2130
3 1600 25,40 0,125 0,100 127,6743 199,9 921,5758
3 1600 25,15 0,250 0,100 126,4177 238,3 921,5716
3 1600 24,65 0,125 0,100 123,9044 195,1 921,5631
3 1600 24,40 0,250 0,100 122,6478 240,3 921,5588
3 1600 23,90 0,125 0,100 120,1345 230,6 921,5503
3 1600 23,65 0,250 0,100 118,8779 242,3 921,5460
3 1600 23,15 0,125 0,100 116,3646 246,7 921,5375
3 1600 22,90 0,250 0,100 115,108 244,3 921,5332
4 1600 25,40 0,375 0,100 127,6743 235,2 921,5758
4 1600 24,65 0,375 0,100 123,9044 326,1 921,5631
4 1600 23,90 0,375 0,100 120,1345 330,4 921,5503
4 1600 23,15 0,375 0,100 116,3646 308,4 921,5375
5 1600 25,40 0,125 0,201 127,6743 154,1 853,4865
5 1600 25,15 0,250 0,201 126,4177 214,2 853,4827
5 1600 24,65 0,125 0,201 123,9044 182,4 853,4752
5 1600 24,40 0,250 0,201 122,6478 220,4 853,4714
5 1600 23,90 0,125 0,201 120,1345 217,6 853,4638
5 1600 23,65 0,250 0,201 118,8779 212,6 853,4600
5 1600 23,15 0,125 0,201 116,3646 225,8 853,4525
5 1600 22,90 0,250 0,201 115,108 219,3 853,4487
6 1600 25,40 0,375 0,201 127,6743 237,8 853,4865
6 1600 24,65 0,375 0,201 123,9044 299,7 853,4752
6 1600 23,90 0,375 0,201 120,1345 284,9 853,4638
6 1600 23,15 0,375 0,201 116,3646 285,6 853,4525
56
Sendo assim, chega-se aos seguintes gráficos e curvas de temperatura em função dos
parâmetros de corte utilizados:
220
200
180
160
140
120
114 116 118 120 122 124 126
Vc (m/min)
ap=0,125mm
330
280
T (°C) Vc=123,4 m/min
230 VC= 119,5 m/min
Vc=115,5 m/min
180
130
0 0,1 0,2 0,3 0,4
ap (mm)
Figura 35 – Efeito da profundidade de corte na temperatura para diferentes velocidades de corte, obtido através
de imagem termográfica
Fonte: Arquivo do aluno
58
Figura 36 – Efeito do avanço na temperatura para diferentes valores de velocidade de corte, obtido através de
imagem termográfica
Fonte: Arquivo do aluno
1018,3
1018,3
1018,2
T (°C)
1018,2
1018,2
1018,2
1018,2
112 114 116 118 120 122 124 126 128 130
Vc (m/min)
Figura 37 – Variação da temperatura em função da velocidade de corte, de acordo com o modelo de Trigger e
Chao, dentro dos parâmetros e condições de corte utilizados nos ensaios
Fonte: Arquivo do aluno
59
T (°C) 940,0
920,0
900,0
880,0
860,0
840,0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
f (mm/rev)
Figura 38 – Variação da temperatura em função da velocidade de corte, de acordo com o modelo de Trigger e
Chao, dentro dos parâmetros e condições de corte utilizados nos ensaios
Fonte: Arquivo do aluno
60
A partir dos dados obtidos nos ensaios e través do modelo analítico serão feitas
algumas considerações acerca dos resultados.
O comportamento da temperatura em função da profundidade de corte apresentou
valores considerados constantes no intervalo de variação dos valores de a p, com base no
modelo analítico de adotado. O que não ocorre no gráfico que apresenta a curva gerada a
partir dos valores obtidos experimentalmente. O parâmetro ap, mesmo que não apareça
explicitamente nas equações do modelo analítico, possui variáveis que se relacionam com seu
valor, sendo simplificado nas equações. Com isso, a relação do valor de temperatura com a
profundidade de corte não é observada através do modelo adotado.
Com base nos dados apresentados na tabela 6, pode-se notar que há, nos valores
medidos, a tendência de crescimento ou decrescimento observada nas curvas experimentais,
com exceção dos valores relacionados ao parâmetro ap dentro do modelo analítico. As
tendências constatadas vão de encontro ao que observamos na literatura.
Através dos resultados obtidos, também nota-se a divergência nos valores absolutos
de temperatura entre a imagem termográfica e o modelo analítico adotado. Talvez haja
relação entre essa diferença de valores e o fato das imagens termográficas não mensurarem a
mesma temperatura que é apontada pelo modelo analítico – cisalhamento mais atrito
ferramenta/cavaco. Durante os ensaios, devido as dificuldades encontradas na tentativa de
capturar com a câmera as zonas de geração de calor analisadas analiticamente, a superfície de
onde foram tomados os valores de temperatura não apresentou os valores esperados. Então a
região de temperaturas mais elevadas, próxima a superfície de saída da ferramenta, não foi
captada. Lembrando que, antes da realização dos ensaios, não se tinha a certeza de que tal
região seria captada pela câmera, principalmente pelo método utilizado nos ensaios não ter
disponível muitas informações acerca do uso da imagem termográfica nesse contexto.
Limitações do ensaio são capazes de comprometer os resultados obtidos, de modo
que, devido as condições para a realização do presente trabalho, não foi possível obter
condições similares de controle de fatores externos (temperatura e atmosfera) nem a análise
de uma região tão específica quanto a região abordada no estudo de Valiorgue (2013).
Os valores de temperatura encontrados pelo método analítico, com base nos
parâmetros utilizados, foram superiores ao máximo valor de temperatura que pode ser
capturado com a câmera utilizada. Portanto, não é viável o uso desse modelo de câmera para
61
essa análise. Porém, foi utilizado o modelo disponível na instituição de ensino – UFJF. Há
vários outros modelos disponíveis, e compatíveis com essa análise. Visto que, antes da
medição desses valores, não era esperado que fossem tão elevados, conforme um teste
realizado durante o estudo realizado por um aluno da mesma instituição, no torneamento de
ferro fundido e alumínio em condições de corte próximas as utilizadas nesse estudo.
Os valores obtidos analiticamente estão mais próximos do estudo já realizado no
contexto da usinagem com o uso de câmera termográfica conforme citado na revisão
bibliográfica, o que indica a convergência dos valores obtidos para a região analisada
analiticamente.
Com base nas imagens obtidas, e também no comportamento observado durante os
ensaios, a temperatura do cavaco, quando deixa a superfície de saída da ferramenta, se mostra
superior aos valores de temperaturas das superfícies próximas – peça e ferramenta.
Comprovando o que é observado na literatura quando diz que a maior parte do calor é
removido pelo cavaco, uma pequena quantia pela peça e uma quantidade ainda menor pela
ferramenta.
62
5. CONCLUSÕES
estão de acordo com os obtidos analiticamente. Lembrando que, antes da realização dos
ensaios, não se tinha a certeza de que a região captada pela câmera seria a região de
temperaturas mais elevadas, próximo a superfície de saída da ferramenta.
A divergência dos valores obtidos não inviabiliza o uso da câmera termográfica para
análise da temperatura na usinagem, porém indica que não necessárias condições diferentes
no ensaio e/ou outra abordagem analítica para comprovar o método.
REFERÊNCIAS
CALLISTER JR., W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais: uma introdução 5 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2008.
CUNHA, L. S.; CRAVENCO M. P. Manual Prático do Mecânico. 2 ed. [S.I.]: Hemus, 2006.
MACHADO, A. R. et al. Teoria da usinagem dos materiais. 2 ed. São Paulo: Blucher, 2011.
MATOSINHOS, F. C.; DA SILVA, R. B.; ABRÃO, A. M.; Torneamento do aço abnt 1045
com ferramenta de metal duro e cermet. In: II CONEM – João Pessoa, PB. Ago.2002.
𝐵2 . 𝐹𝑇 𝛼. 𝑣𝑐𝑎𝑣
𝑇𝑓 − 𝑇𝑜 = [ ] . 106 [𝐾]
9. (5𝜋)1/2. 𝑘. 𝑏 60. 𝑙𝑐
Corpo de prova: 01
n = 1600 rpm
f = 0,402 mm/rev
ap = 0,125 mm
Diâmetro da peça = 25,4mm → 𝑣𝑐 = 127,6743254 𝑚/𝑚𝑖𝑛
ꭓ = 93° → sen ꭓ = 0,998629535 (de acordo com o suporte para ferramenta utilizado)
ϕ = 12° (base na literatura – experimentos com características semelhantes que
buscaram determinar o ângulo de cisalhamento)
γ = 14° (geometria da ferramenta)
𝑎𝑝 . 𝑓
𝑆𝑧 = 𝑠𝑒𝑛 ϕ = 0,025251 mm²
𝑎𝑝
b = 𝑠𝑒𝑛 ꭓ = 0,12517154 mm
h = f . senꭓ = 0,041942 mm
𝑠𝑒𝑛γ+cosγ
Rc = = 4,8068
tan ϕ
h’ = h . Rc = 0,201609 → 𝑙𝑐 = 2 . ℎ′ = 0,403218 mm
Ks(0,4) = 2100 N/mm² → FC = 18,90286 N → Ff = FC/4,5 = 4,200635 N
FT = Ff . cos γ + FC . sen γ = 8,648873 N
Vcav = VC/Rc = 26,56116522 m/min
To = 293,15 K
A partir dos dados obtidos nas relações acima, podemos determinar o valor de T Z e Tf
através das duas equações citadas. Então, temos:
Declaro, sob as penas da lei e para os devidos fins, junto à Universidade Federal de Juiz de
Fora, que meu Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Graduação em Engenharia de
Mecânica é original, de minha única e exclusiva autoria. E não se trata de cópia integral ou
parcial de textos e trabalhos de autoria de outrem, seja em formato de papel, eletrônico,
digital, áudio-visual ou qualquer outro meio.
Declaro ainda ter total conhecimento e compreensão do que é considerado plágio, não
apenas a cópia integral do trabalho, mas também de parte dele, inclusive de artigos e/ou
parágrafos, sem citação do autor ou de sua fonte.
Declaro, por fim, ter total conhecimento e compreensão das punições decorrentes da
prática de plágio, através das sanções civis previstas na lei do direito autoral 1 e criminais
previstas no Código Penal 2 , além das cominações administrativas e acadêmicas que
poderão resultar em reprovação no Trabalho de Conclusão de Curso.
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NOME LEGÍVEL DO ALUNO (A) Matrícula
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ASSINATURA CPF
1
LEI N° 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e
dá outras providências.
2
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano,
ou multa.