Arquipo Simbolo e Energia
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www.ijep.com.br
Texto de Waldemar Magaldi Filho produzido em 1992
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ARQUÉTIPOS
milenar pode nos trazer uma grande ajuda, contribuindo para o nosso
crescimento e evolução, basta identifica-la e, segui-la.
A noção de arquétipo sempre foi motivo de discordância entre os
seguidores de Jung e alimentou seus críticos, pois para compreendê-la
é necessário que se conheçam os estágios de sua elaboração.
Em l910 Jung dizia que o ser humano possui muitas coisas que
nunca adquiriu por si mesmo e sim que herdou dos ancestrais. Ao
nascer, traz sistemas organizados especificamente humanos prontos a
funcionar como resultado dos milhares de anos da evolução humana.
Assim como também traz o desenho fundamental de seu ser – não só
de sua natureza individual mas de sua natureza coletiva. Estes sistemas
herdados correspondem às situações humanas que prevalecem desde
tempos imemoriais: juventude, velhice, nascimento, morte, pais, mães,
filhos, filhas, acasalamento, etc. A consciência individual experimenta
estas situações como pela primeira vez, porém para o corpo e para o
inconsciente, isto não é novidade.
Herdamos sistemas especificamente humanos prontos a funcionar
em resposta às solicitações do meio, como condições a priori para a
experiência atual, constituídas no decorrer da história.
Observando a produção de imagens suas e de seus pacientes (o
pênis do sol e a ave a devorar a própria asa, por exemplo) que surgiam
expontâneamente ou em sonhos e se repetiam nas lendas, nos mitos e
nos contos de fadas das diversas culturas, ele passou a lidar com tais
disposições herdadas como imagens primordiais („existem temas cujo
rastro podemos encontrar na história e até na pré-história. . . trata-se do
modo de pensar primitivo e analógico vivo ainda em nossos sonhos e
que nos restitui essas imagens ancestrais‟).
Por outro lado, chegou à conclusão de tais imagens não serem
estáticas, bidimensionais mas sim que fomentam e orientam a ação,
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arquétipos não existe “isto ou seu oposto”, mas sim, “isto e seu oposto”,
e dependendo do momento da vida, prevalecerá um dos deles com o
outro sempre presente como possibilidade.
Arquétipos e mitos – O mito individual
Para se obter modificações válidas e construtivas em nossa vida,
temos que transformar os complexos potencialmente perturbadores e
utilizarmos a energia neles contida em nosso benefício. Isto se
consegue quando tentamos nos compreender a partir de uma dimensão
universal. E para tanto nos auxiliam os sonhos e as fantasias.
Analisando-se o núcleo quer dos complexos quer dos sonhos e das
fantasias, observamos que sob algum aspecto, repetem-se imagens que
existem de forma recorrente nos mitos, nos contos de fadas, nos relatos
religiosos tradicionais, em histórias de todas as épocas. São os
mitologemas.
Eles se manifestam de modo importante nos sonhos e fantasias
em três circunstâncias:
1- na análise, quando os complexos já foram exaustivamente
compreendidos e “esvaziados” de sua energia perturbadora porém
sente-se a necessidade de se ir além de uma compreensão
pessoal, pois as figuras que surgem são inexplicáveis a partir da
história do indivíduo.
2- nos estados psíquicos emergenciais: diante de acontecimentos
interiores ou exteriores violentos, poderosos, ameaçadores que
precisam ser encarados (um indivíduo na crise da meia idade,
sonhou que dois cães, um idoso e um jovem, deveriam ser
sacrificados em nome da ciência; o cão velho aceitava
filosoficamente seu fim, ao passo que o jovem revoltava-se
energicamente, querendo prosseguir vivendo; uma voz afirmava
ao sonhador que apenas ele poderia evitar que isto ocorresse. O
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Doadora e devoradora
Frigida e sensual
Bela e feia
Feminina e Animus
Símbolo
A SOMBRA
sombra como a luz para a penumbra, que é a sombra que nos faz
humanos.
Todos nós temos uma sombra, e quanto menos ela está
incorporada na vida consciente do indivíduo, mais negra e densa ela é.
Se uma inferioridade é consciente, sempre se tem uma oportunidade de
corrigi-la. Além do mais, ela está constantemente em contato com
outros interesses, de modo que está continuamente sujeita a
modificações. Porém, se é reprimida e isolada da consciência, jamais é
corrigida, e pode irromper subitamente em um momento de
inconsciência. De qualquer modo, forma um obstáculo inconsciente,
impedindo nossos mais bem intencionados propósitos. ( CW 11, parág.
131)....Visto a sombra ser um arquétipo, seus conteúdos são
poderosos, marcados pelo afeto, obsessivos, possessivos, autônomos-
em suam, capazes de alarmar e dominar o ego estruturado. Como todos
os conteúdos capazes de se introduzir na consciência, no início
aparecem na projeção e, quando a consciência se vê em uma condição
ameaçadora ou duvidosa, a sombra se manifesta como uma projeção
forte e irracional, positiva ou negativa, sobre o próximo. Aqui Jung
encontra uma explicação convincente não só das antipatias pessoais,
mas também dos cruéis preconceitos e perseguições de nosso tempo.
Analisar e admitir a sombra é romper com as influências compulsivas e
invasivas que ela produz.
Em Aion e o simbolismo do sí mesmo de C. G. Jung, ed. Vozes,
temos:
A figura mais facilmente acessível à experiência é a sombra, pois
é possível ter um conhecimento bastante aprofundado de sua natureza.
A sombra constitui um problema de ordem moral que desafia a
personalidade do eu como um todo, pois ninguém é capaz de tomar
consciência desta realidade sem dispender energias morais. Mas nesta
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ENERGIA PSÍQUICA
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