ARTIGO - Viver em Segurança
ARTIGO - Viver em Segurança
ARTIGO - Viver em Segurança
Qualquer leigo saberia responder que o termo se refere à possibilidade de ter sua integridade
física preservada e seu patrimônio intocado em qualquer circunstância. Etimologicamente, se relaciona
a não ter o que temer; sentir-se livre de riscos ou incertezas. Daí decorre toda a estruturação do que se
denominou de policiamento comunitário, filosofia e modalidade cujo um dos elementos centrais é
exatamente a “sensação de segurança”.
É fácil perceber que em locais onde há muitas mortes violentas intencionais e onde ocorrem
muitos furtos e roubos, essa percepção indicará que o “sistema” falhou em garantir parâmetros mínimos
de segurança. Por outro lado, não há como fugir da equação socioeconômica (condições de
saneamento, saúde, educação etc) como fatores predecessores ao crime e à violência.
Nesse viés, em busca de um conceito que sirva para apresentar algum progresso real na vida das
pessoas assoladas pelas “balas perdidas” e pelos “filhos da miséria”, é possível criar ambientes
colaborativos, nos quais todas as pessoas não só se sintam seguras, mas onde, de fato, haja
segurança.
Viver em segurança é viver com o outro; é preocupar-se com o bem estar alheio; é
compartilhar; doar; construir! Viver num lugar livre de ameaças é ter consciência de que “o todo
não é todo sem a parte e a parte não é parte sem o todo”.