LER E ESCREVER 5 - Ano - Professor
LER E ESCREVER 5 - Ano - Professor
LER E ESCREVER 5 - Ano - Professor
Orientações Didáticas
Professor – 5º ano
Volume Único
7ª edição
(versão revisada e atualizada)
PROFESSOR(A): _____________________________________________________________
TURMA:_____________________________________________________________________
Agradecemos à Prefeitura da Cidade de São Paulo por ter cedido esta obra à Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo, permitindo sua adaptação para atender aos objetivos do Programa Ler e Escrever.
CDU: 372.4(815.6)
Este guia é parte do Programa Ler e Escrever que chega ao seu oitavo
ano presente em todas as escolas de anos iniciais da Rede Estadual bem
como em muitas das Redes Municipais de São Paulo.
Este Programa vem, ao longo de sua implementação, retomando a
mais básica das funções da escola: propiciar a aprendizagem da leitura e
da escrita. Leitura e escrita em seu sentido mais amplo e efetivo. Vimos
trabalhando na formação de crianças, jovens e adultos que leiam muito,
leiam de tudo, compreendam o que leem; e que escrevam com coerência
e se comuniquem com clareza. Tal implementação foi possível devido à
iniciativa desta Secretaria Estadual de Educação (SEE) em desenvolver
uma política visando ao ensino de qualidade.
Ao longo dos últimos anos, foram muitas as ações que concretizam
essa política, entre elas o programa Educação – Compromisso de São Paulo,
que tem como principais objetivos fazer a rede estadual de ensino alcançar
níveis de excelência e valorizar a carreira do professor. Com ele espera-se
que o Estado de São Paulo conquiste importantes desafios, como a univer-
salização do ensino fundamental, o combate à evasão, a grande ampliação
da oferta do ensino médio, a implementação de um novo currículo (com
os programas Ler e Escrever e São Paulo Faz Escola), o desenvolvimento
de materiais de apoio a professores e alunos, o Sistema de Avaliação de
Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), a implantação da
progressão por mérito e do bônus por desempenho e a criação da Escola
de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores (EFAP).
O norte está estabelecido, os caminhos foram abertos, os instrumen-
tos foram colocados à disposição. Agora é o momento de firmar os alicerces
para tudo que foi conquistado permaneça. Assim, é tempo de deixar que cada
escola e cada Diretoria de Ensino, com apoio da SEE, assumam, cada vez
mais, a responsabilidade pela tomada de decisões, a iniciativa pela busca
de soluções adequadas para sua região, sua comunidade, sua sala de aula.
Sempre sem perder de vista cada aluno e sua capacidade de aprender.
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
Bom trabalho!
Equipe CEFAI
CALENDÁRIO 2016
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 1 2
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30 28 29 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
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MAIO JUNHO JULHO AGOSTO
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20
22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27
29 30 31 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31
31
BLOCO 1 – INTRODUÇÃO
As práticas sociais de leitura e de escrita na escola........................................... 15
BLOCO 3 – ROTINA
Situações que a rotina de Língua Portuguesa deve contemplar........................ 25
A rotina do 5º ano..................................................................................................... 26
1º SEMESTRE
PROJETO DIDÁTICO – Contos de mistério...................................................... 105
Introdução ...............................................................................................................107
Quadro de organização geral do projeto didático...............................................109
Etapa 1 – Para início de conversa........................................................................110
Atividade 1 – Roda de conversa sobre o conhecimento
dos alunos em relação aos Contos de Mistério..............................................110
Etapa 2 – Compartilhando o projeto....................................................................112
Atividade 2 – Compartilhando e organizando o projeto....................................112
Etapa 3 – Ampliando os saberes sobre contos de mistério..............................113
2º SEMESTRE
PROJETO DIDÁTICO – Universo ao meu redor................................................ 205
Para início de conversa..........................................................................................207
Quadro de organização geral do projeto didático...............................................209
Etapa 1 – Por onde anda o Universo?..................................................................210
Atividade 1 – Levantando conhecimentos prévios sobre o tema.....................210
1
VAMOS COMEÇAR ESCLARECENDO. Este é um
guia para seu planejamento. E não “o seu pla-
nejamento”, todo ele já descrito, passo a passo.
Pelo contrário, como guia, este material orienta,
indica caminhos possíveis, propõe alternativas...
2
O USO DESTE GUIA ESTÁ VINCULADO À SUA
FORMAÇÃO. Este material deverá ser tratado
como subsídio para discussões nas Aulas de
Trabalho Pedagógico Coletivo – ATPC. Do mes-
mo modo, ele será tratado na formação que os
professores-coordenadores estão fazendo junto
à equipe do Programa Ler e Escrever. Ou seja,
ele não está pronto e acabado – é, sim, ponto de
partida para reflexões das equipes das escolas.
3
O PLANEJAMENTO DO TRABALHO EM SALA
DE AULA É FRUTO DE UM PROCESSO COLETIVO
que se enriquece e amplia à medida que ca-
da professor, individualmente, avança em seu
percurso profissional. Converse, compartilhe e
debata com os demais professores, principal-
mente os do 5º ano.
Língua Portuguesa
As expectativas de aprendizagem para o ensino da Língua Portuguesa nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental orientam-se em torno da comunicação oral, da
leitura e da escrita.
Avaliação de aprendizagem
Esse procedimento é essencial. É verdade que no dia a dia você obtém muitas
informações acerca do que cada aluno sabe. As pautas de observação servem jus-
tamente para fortalecer essas impressões e, ao mesmo tempo, garantir um melhor
acompanhamento do processo. Sempre há alunos que não chamam tanto a atenção
e não costumam pedir ajuda (são tímidos ou preferem não se manifestar). Mostram,
ao longo do ano, avanços menos significativos do que seria esperado, indicando que
necessitam de um acompanhamento próximo. As pautas de observação são registros
importantes para se organizar uma síntese das aprendizagens e das necessidades
dos alunos, permitindo ao professor planejar melhor seu trabalho em sala de aula.
É importante circular pela classe enquanto os alunos trabalham, por diversos mo-
tivos: avaliar se compreenderam a proposta; observar como estão interagindo; garantir
que as informações circulem e que todos expressem o que sabem e não sabem. Quando
necessário, procure questionar e interferir, evitando criar a ideia de que qualquer respos-
ta é válida. Observe também se o grau de dificuldade envolvido na proposta não está
muito além do que podem alguns alunos, se não está excessivamente difícil para eles.
A rotina do 5º ano
1º Semestre
2ª-feira 3ª-feira 4ª-feira 5ª-feira 6ª-feira
Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor
Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não
literário literário literário literário literário
Leitura
Roda de Jornal
Revista Galileu
INTERVALO/RECREIO
Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor Leitura do Professor
Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não Texto literário ou não
literário literário literário literário literário
Projeto Projeto:
Sequência: Sequência: Sequência:
Universo ao meu Universo ao meu
Ortografia* Pontuação* Carta de leitor
redor redor
Leitura
Roda de Jornal
Revista Galileu
INTERVALO/RECREIO
* O professor poderá ampliar o trabalho com pontuação e ortografia, a partir da produção de suas
próprias sequências didáticas.
OBSERVAÇÃO: Para a escolha dos gêneros a serem lidos, tanto pelo professor,
quanto pelo aluno, o professor deve estar atento aos projetos e sequências desen-
volvidos, refletindo sobre a necessidade de leitura de gêneros variados, conforme as
expectativas de aprendizagem e matriz curricular do SARESP: São textos literários:
contos, fábulas, mitos, lendas, crônicas, poemas, textos teatrais, letras de músicas.
Seguem também exemplos de textos não literários: histórias em quadrinhos, regula-
mentos, receitas, procedimentos, instruções para jogos, cardápios, indicações escri-
tas em embalagens, verbetes de dicionário ou de enciclopédia, textos informativos
de interesse curricular, curiosidades (você sabia?), notícias, cartazes informativos,
folhetos de informação, cartas pessoais, bilhetes.Esta é uma grande oportunidade
para preparar leituras compartilhadas, em capítulos, entre outras.
Atividade permanente
de roda de jornal
Por que realizar a roda de jornal?
A Roda de Jornal tem por objetivo familiarizar os alunos com um portador de texto
que traz informações diversificadas – bem conhecido principalmente pelas pessoas que
vivem em zonas urbanas – e, além disso, aproximá-los dos comportamentos típicos
de um leitor de jornal, para que também se tornem leitores desse tipo de publicação.
Cuide para que esses momentos não sejam encarados pelos alunos como uma
atividade meramente escolar. É importante que eles aproveitem de fato a situação
para se atualizar, saber a opinião de outros, saber mais sobre o País, sobre os es-
portes, sobre outros locais, enfim, saber o que acontece aqui e agora no mundo e
compreender que podem descobrir tudo isso na leitura dos jornais.
Selecione para a roda de jornal um fato que seja foco das atenções no mo-
mento – no âmbito dos esportes, da política, da saúde, da ciência ou outro. Escolha
notícias de jornais de diferentes datas e explore com os alunos algumas caracte-
rísticas desse tipo de texto. As notícias costumam ter três partes: título, chamada
e desenvolvimento. A função do título é sintetizar o conteúdo central, procurando
atrair a atenção do leitor; a chamada complementa o título, ressaltando a informa-
ção principal; o desenvolvimento expõe a notícia com detalhes.
Objetivos gerais
Aproximar o aluno do jornal, um portador de vários gêneros textuais sobre
diferentes aspectos da vida na cidade e no mundo;
Desenvolver o hábito de ler jornais, tanto para obter informações quanto pa-
ra se distrair;
Desenvolver comportamentos de leitor de jornal.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade poderá ser realizada em grupos, com so-
cialização coletiva.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
RODA DE JORNAL 1
Material
Jornal completo para cada grupo.
Encaminhamento
Informe aos alunos que os mais diversos jornais diários costumam ser or-
ganizados de forma bem semelhante para facilitar a leitura. Em geral, os
assuntos são reunidos em diferentes cadernos, como: cotidiano da cidade,
cultura, esportes, economia etc.
Explique aos alunos que, nessa roda, eles selecionarão a notícia de maior
destaque em cada caderno para depois comentar com os colegas de todos
os outros grupos e colocar no mural da classe.
Orientação ao professor:
Esta atividade é importante para os alunos perceberem a organização dos jornais e a relevância
que dão aos acontecimentos. Também serve para discutir com eles acontecimentos em vários
âmbitos, pois geralmente se interessam apenas por esportes e cotidiano.
Para isso, é importante que você faça a leitura de algumas manchetes da primeira página do
jornal e incentive-os a comentar o que sabem ou já ouviram falar sobre o assunto. É possível
que já tenham algumas informações sobre as notícias e reportagens que ocupam as páginas
do jornal do dia, pois é comum as famílias tomarem conhecimento do que acontece pelos
noticiários do rádio e da televisão.
Se você tiver o jornal do dia anterior, é interessante comparar as notícias de maior destaque
nos dois dias em relação aos mesmos fatos. Assim os alunos saberão mais sobre o assunto e se
sentirão mobilizados a buscar novas informações. Acompanhar as notícias em outros meios de
comunicação, como rádio, tevê ou internet, é uma boa estratégia para mobilizar o interesse dos
alunos por ler jornais, confrontar informações e saber mais sobre o assunto.
Distribua os cadernos entre os grupos e peça para selecionarem uma matéria que tenha chamado
a atenção deles e que julguem importante compartilhar com os colegas, para que todos tenham
mais informações a respeito.
Organize com a turma um jornal mural para fixarem as notícias lidas e discutidas.
RODA DE JORNAL 2
Material
Jornal de domingo completo para cada grupo
Encaminhamento
Orientação ao professor:
Organize os alunos em grupos e dê um caderno diferente do jornal a cada um. Geralmente, os
jornais têm cadernos especiais em alguns dias da semana, como: No Estado de S. Paulo (TV e
Lazer, Feminino, Casa, Classificados, Link, Nosso bairro, Turismo) e na Folha de S. Paulo (Folha
Equilíbrio, Revista da Folha, Ilustrada etc). Chame a atenção dos alunos para esta periodicidade.
Deixe que eles explorem bem o caderno e selecionem a notícia que acharem mais interessante.
Oriente para que leiam primeiro os títulos das notícias e as legendas das imagens, para facilitar
a escolha. Depois que todos os grupos tiverem escolhido e lido sua notícia, coloque-os todos
sentados em roda para socializar o que leram.
RODA DE JORNAL 3
Material
Jornal completo para cada grupo
Encaminhamento
Aproveite que você está com o jornal na sala de aula e dê uma olhada nas
principais notícias do dia. Boa leitura!
Orientação ao professor:
Nesta roda, explore a variedade de notícias sobre a cidade – obras, inaugurações, segurança pública,
crimes, falecimentos, mudanças climáticas, notícias de utilidade pública sobre rodízio, greves, etc.
RODA DE JORNAL 4
Material
Caderno do jornal que aborde arte, cultura e lazer para cada grupo.
Encaminhamento
Informe aos alunos que, nesse dia, irão ler o caderno do jornal que aborda
assuntos de Arte, Cultura e Lazer. Cada jornal chama de um jeito este cader-
no, mas todos são organizados de forma semelhante e trazem informações
diversas. Distribua diferentes partes desse caderno e informe aos alunos
que a tarefa deles, junto com seus colegas, é selecionar uma dica cultural
ou uma programação na TV que gostariam de acompanhar para socializar
com todos na roda.
RODA DE JORNAL 5
Material
Encaminhamento
Informe aos alunos que, em alguns jornais que circulam na cidade de São
Paulo, aos sábados, encontramos o suplemento infantil. Além de trazer uma
linguagem adequada para os leitores mais novos, traz também assuntos
bem interessantes, dicas de passeios, recomendações de sites, histórias
em quadrinhos. Diga-lhes que poderão, juntamente com seus colegas, anali-
sar o suplemento infantil trazido por você e peça-lhes que discutam qual é a
reportagem principal e as partes que mais chamarem a atenção da classe.
Bom trabalho!
Orientação ao professor:
Organize os alunos em roda, para que todos possam analisar o jornal. Se você conseguir mais
de um exemplar desse suplemento, pode organizá-los em grupos. Seria muito interessante que
pudessem observar a Folhinha ( jornal – A Folha de S. Paulo) e o Estadinho ( jornal – O Estado de
S. Paulo), para compararem a organização e as informações trazidas em cada um deles. Você
pode anotar na lousa as observações e comentários dos alunos.
Material
Encaminhamento
Informe aos alunos que nos jornais podemos encontrar notícias e reporta-
gens sobre Política, Meio Ambiente, Educação, Acontecimentos Mundiais,
Descobertas da Ciência, Informática, Turismo, entre outros assuntos. Solicite
aos alunos que procurem no jornal uma notícia sobre um desses assuntos
e relate para seus colegas algo interessante.
Orientação ao professor:
Nessa roda, chame a atenção dos alunos para a forma como os jornais se organizam. Geralmente
as notícias sobre Política, Meio Ambiente, Educação, Acontecimentos Mundiais, e Descobertas
da Ciência fazem parte do primeiro caderno, que é mais geral, e estes assuntos aparecem como
títulos. Já as notícias sobre Informática, Turismo, Empregos, e outros, aparecem em cadernos
especiais publicados em alguns dias da semana. Esse é um conhecimento importante para os
alunos aprenderem a localizar informações em um jornal.
RODA DE JORNAL 7
Material
Encaminhamento
Informe aos alunos que você trouxe três notícias que relatam o mesmo acon-
tecimento em dias diferentes.
Peça aos alunos que leiam sobre o desenrolar dos fatos e continuem acom-
panhando as notícias nos próximos dias!
RODA DE JORNAL 8
Materiais
Encaminhamento
Pergunte aos alunos se sabiam que os jornais geralmente têm uma versão
eletrônica. Peça-lhes que, usando os computadores da escola, entrem nas
páginas on-line de vários jornais de São Paulo e anotem, em seus cadernos,
o que observaram de diferente em relação às versões impressas desses
mesmos jornais.
Sugestões de sites:
O Estado de S. Paulo www.estadao.com.br
RODA DE JORNAL 9
Material
Encaminhamento
Informe aos alunos que hoje seu professor trouxe diferentes jornais para
cada grupo.
Proponha que selecionem no jornal uma notícia que interesse ao grupo para
ler e comentar com os colegas.
RODA DE JORNAL 10
Material
Encaminhamento
Informe aos alunos que hoje seu professor trouxe diferentes jornais que no-
ticiam uma mesma notícia.
Solicite-lhes que leiam sobre o fato em dois jornais diferentes e compararem
o que há de semelhante e o que há de diferente.
Ao final, cada grupo irá apresentar o que percebeu.
Orientação ao professor:
É importante que você separe notícias sobre algum fato em que os alunos estejam interessados,
comentando em sala de aula, e acompanhando as notícias em outros meios de comunicação,
como rádio, TV ou internet. Saber sobre o assunto facilita muito a leitura!
Podem ser notícias sobre qualquer assunto. O importante é que selecione jornais diferentes
com a mesma notícia, de forma que possibilite que os alunos percebam que a diferença na forma
de noticiar o fato.
Objetivo
Planejamento
Encaminhamentos
Antes da leitura, explique aos alunos que você lerá uma notícia. Informe onde
foi publicada: jornal, caderno e data.
Utilize também notícias atuais para estas atividades.
Leia o título e peça-lhes que comentem informações que acreditam trará o
texto. Deixe que comentem o que sabem sobre o assunto.
Informe que você fará a leitura fazendo algumas interrupções para que comen-
tem e expliquem o que estão entendendo sobre o assunto tratado no texto.
Leia o texto, fazendo as paradas e perguntas propostas. Incentive os alunos
a manifestar opinião. As paradas e perguntas durante a leitura têm o obje-
tivo de ajudar os alunos na compreensão do texto e de garantir a troca de
opiniões. O importante não é os alunos saberem responder certo ou errado,
mas ouvi-los, pedir que expliquem o que entenderam. Proponha outras ques-
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR:
1. Explicar aos alunos a finalidade da atividade. Comentar que farão algumas atividades que
têm como objetivo ampliar a competência em relação à pratica da leitura. A atividade que
realizarão nessa aula faz parte de uma sequência didática.
2. Entregar o texto aos alunos, informando sobre o jornal no qual foi publicado, as especi-
ficidades da seção onde foi retirado (Notícias/São Paulo), indicação de data e autoria.
Mostrar o jornal na íntegra aos alunos indicando nome e seção de onde foi retirado o tex-
to a ser estudado. Obs: não precisa ser o jornal do dia em que foi publicada a notícia em
questão, o importante é que seja o mesmo jornal – no caso aqui o Estado de S. Paulo.
3. Anunciar o gênero do texto – notícia – e solicitar que digam o que sabem sobre o que é uma
notícia. Ouça as opiniões, anote na lousa e ofereça (oralmente) a informação que segue con-
firmando ou ampliando as ideias dos alunos: Notícias são textos que transmitem uma nova
informação sobre acontecimentos, objetos ou pessoas. Relato de fatos que sejam de interesse
ou curiosidade das pessoas. Aparecem nos jornais, em revistas e também em sites na internet.
4. Solicitar que um aluno leia em voz alta apenas o título da notícia. Pedir que a turma antecipe
possíveis conteúdos a partir do título. Registrar na lousa as hipóteses levantadas pelos alunos;
5. Indicar uma dupla de alunos para ler o subtítulo da notícia e pedir que o grupo retome as
hipóteses levantadas verificando quais possuem potencial de confirmação e quais não.
6. Em seguida, pedir a um aluno com leitura fluente que leia os dois primeiros parágrafos.
Realizar o mesmo movimento do item 5 no que se refere às hipóteses levantadas. Pedir
que justifiquem suas verificações.
A lei que proíbe a distribuição e a venda de sacolas plásticas no comércio de São Paulo,
aprovada pela Câmara Municipal na semana passada e logo sancionada pelo prefeito Gilber-
to Kassab (PSB), pôs os consumidores em uma encruzilhada. Se por um lado a retirada de
circulação das sacolas traz benefícios, como a redução dos entupimentos em bueiros e do
plástico descartado no ambiente, por outro impõe ao paulistano dilemas cotidianos. Como
transportar as compras? E se não houver uma sacola retornável à mão? E o lixo doméstico,
como descartar?
Para Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, é questão de
hábito. “O que está sendo questionado com a lei é o uso excessivo das sacolas descartáveis.
As cidades que já adotaram leis semelhantes, como Jundiaí e Belo Horizonte, mostram que
o comércio soube se adaptar e a população aceitou a medida” diz Jorge.
Grandes redes do varejo se preparam para atender ao consumidor. No Grupo Pão de
Açúcar, que engloba as redes Extra e Compre Bem, os consumidores poderão adquirir saco-
las retornáveis, os preços variam de R$ 2,99 a R$ 9,90 ou solicitar aos funcionários caixas
de papelão para transportar as compras.
Ligia Korkes, gerente de sustentabilidade do grupo, diz que a demanda por caixas de
papelão gratuitas pode ser maior que a quantidade de embalagens disponíveis.
“Pode faltar caixa e vamos avisar os consumidores.”
Fora da capital, a rede também venderá sacolas biodegradáveis, feitas com amido de
milho, a R$ 0,20 a unidade. Mais rígida, a lei paulistana não permite a comercialização de
nenhum tipo de sacola plástica.
Experiências. Nove meses após o acordo com os supermercados que previa a extinção
das sacolinhas plásticas, Jundiaí comemora a redução do envio para o aterro sanitário de 80
toneladas de plástico por mês, o que representa 720 toneladas no período. Os cálculos são
da Associação Paulista de Supermercados. A adesão foi de 99% dos supermercados, que
deixaram de distribuir 176 milhões de sacolas.
Agora, a cidade se prepara para estender a restrição à distribuição das sacolas para
outros segmentos do comércio. Pesquisas locais apontam que 75% da população aprovou
a medida.
Você poderá utilizar esta notícia que trata do mesmo tema, utilizando as eta-
pas elencadas anteriormente.
NOTÍCIA 2
A cidade de São Paulo será a segunda capital brasileira – após Belo Horizonte – a banir
do comércio as sacolas plásticas, embalagem praticamente extinta na Europa e em grande
parte dos Estados Unidos e que demora mais de cem anos para se decompor no ambiente.
ACORDO
Na semana passada, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) fechou acordo com
o governador Geraldo Alckmin para banir as sacolinhas até o final do ano no Estado. O acordo
só vale para o setor e não prevê punição para quem desrespeitá-lo. Dois vereadores – Aurélio
Miguel (PR) e Francisco Chagas (PT) – afirmaram que vão entrar na Justiça contra a lei.
Chagas é ligado aos trabalhadores do setor químico, que temem perder emprego com o
fim das sacolas plásticas. A fiscalização será feita pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio
Ambiente.
As sacolas plásticas deverão ser substituídas por embalagens ecológicas, confecciona-
das com uma espécie de “plástico verde”, que se decompõe em poucos meses.
Cada sacolinha custará R$ 0,19 e será vendida nos caixas dos supermercados. Como
ocorreu em outras cidades, a ideia é que a cobrança pelas embalagens diminua seu uso. Além
da embalagem verde, os supermercados venderão sacolas retornáveis de pano a R$ 1,80.
Crédito: ©Folhapress.
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR:
1. Explicar aos alunos a finalidade da atividade. Comentários sobre algumas atividades que
têm como objetivo ampliar a competência em relação à pratica da leitura. A atividade que
realizarão nessa aula faz parte de uma sequência didática.
2. Entregar o texto aos alunos, informando sobre o jornal no qual foi publicado, as especifici-
dades da seção onde foi retirado (Cotidiano/ Folha de S. Paulo), indicação de data e auto-
ria. Mostrar o jornal na íntegra aos alunos indicando nome e seção de onde foi retirado o
texto a ser estudado. Obs: não precisa ser o jornal do dia em que foi publicada a notícia
em questão, o importante é que seja o mesmo jornal – no caso aqui o Folha de S. Paulo.
3. Retomar o gênero do texto – notícia – e solicitar que digam o que sabem sobre o que é
uma notícia. Ouça as opiniões, anote na lousa e ofereça (oralmente) a informação que
segue confirmando ou ampliando as ideias dos alunos: notícias são textos que transmi-
tem uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou pessoas. Relato de fatos
que seja de interesse ou curiosidade das pessoas. Aparecem nos jornais, em revistas e
também em sites na internet.
4. Leia o título, peça-lhes que comentem sobre informações que acreditam ter o texto. Deixe
que comentem o que sabem sobre o assunto.
5. Informe que você fará a leitura fazendo algumas interrupções para que comentem e ex-
pliquem o que estão entendendo sobre o assunto tratado no texto.
6. Leia o texto, fazendo as paradas e perguntas propostas. Incentive os alunos a manifestar
opinião. As paradas e perguntas durante a leitura têm o objetivo de ajudar os alunos na
compreensão do texto e de garantir a troca de opiniões. O importante não é os alunos
saberem responder certo ou errado, mas ouvi-los, pedir que expliquem o que entenderam,
propor outras questões se for necessário, de forma que garantam que os alunos falem o
que sabem ou não sobre o assunto e troquem opiniões sobre o tema abordado.
3 In: O GÊNERO “NOTÍCIA”: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE E INTERVENÇÃO. 3º CELLI – Colóquio de Estudos
linguísticos e Literários . Paraná. Abril/2007.
Um grupo de ativistas fará amanhã uma manifestação em São Roque (a 66 km de São Paulo) para pro-
testar contra o uso de cães da raça beagle em testes feitos por um instituto que trabalha para farmacêuticas.
1ª PARADA – Quem fará a manifestação em São Roque? Quem são estas pessoas? O que pode-
mos entender por ativista? Vamos seguindo o texto para verificar se a leitura ajuda a entender.
Os cães são usados em pesquisas de medicamentos que serão lançados. O objetivo é verificar a exis-
tência de possíveis reações adversas, como vômito, diarreia, perda de coordenação e até convulsões.
Em muitas das pesquisas, os cães acabam sacrificados antes mesmo de completarem um ano, para
que se possa avaliar os efeitos dos remédios nos órgãos dos bichos. Quando isso não é necessário, os cães
são colocados para adoção, diz a empresa.
O Instituto Royal, alvo da manifestação, passou a ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo,
que recebeu denúncias de maus-tratos aos animais. Ao menos 66 beagles são mantidos em canis. A maior
parte deles é reprodutora dos filhotes que serão testados.
O Royal diz que, em breve, fornecerá animais para testes em outros institutos. “Recebemos a denúncia
de que esses animais são acondicionados em condições irregulares”, afirma Wilson Velasco Jr., promotor do
Meio Ambiente em São Roque.
Velasco Jr. esteve na empresa na terça para acompanhar vistoria de uma veterinária. Ele aguarda lau-
do da visita para decidir se chama o instituto para firmar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) ou instaurar
ação civil pública.
QUESTÃO POLÊMICA
O uso de cães em pesquisas é permitido e regulado por normas internacionais. Protetores de animais,
no entanto, questionam as normas. “As indústrias sequestram a vida dos animais, que nunca mais terão um
comportamento normal”, diz Vanice Teixeira Orlandi, presidente da União Internacional Protetora dos Animais.
4ª PARADA: Nesse trecho aparece outra citação entre aspas, por quê? Quem é Vanice Teixeira Or-
landi? Qual o seu papel?
Segundo o vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Francisco Javier Her-
nandez Blazquez, os cães da raça beagle são os mais utilizados para experimentos no exterior, pois são
animais de médio porte e já criados para a pesquisa.
No Brasil, ratos e camundongos são os bichos mais usados em pesquisas feitas em laboratórios.
“Todo e qualquer experimento realizado por docentes e pesquisadores em animais deve passar por uma
comissão de ética para analisar se o animal sofrerá e qual a finalidade do projeto”, diz.
O protesto, organizado pelo Facebook, já tem cerca de 300 pessoas confirmadas. Um comboio sairá de
São Paulo às 9h, do Masp, na avenida Paulista, região central.
6ª PARADA: Que importância tem o protesto de 300 pessoas no facebook? Vocês sabem o que é
facebook?
Vamos retomar ao início do texto: Um grupo de ativistas fará amanhã uma manifestação em São
Roque – O que quer dizer ativista? Como podemos saber o que significa esta palavra?
NOTÍCIA 3
QUESTÃO POLÊMICA
O uso de cães em pesquisas é permitido e regulado por normas internacionais. Prote-
tores de animais, no entanto, questionam as normas. “As indústrias sequestram a vida dos
animais, que nunca mais terão um comportamento normal”, diz Vanice Teixeira Orlandi, pre-
sidente da União Internacional Protetora dos Animais.
Segundo o vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Francisco
Javier Hernandez Blazquez, os cães da raça beagle são os mais utilizados para experimentos
no exterior, pois são animais de médio porte e já criados para a pesquisa.
No Brasil, ratos e camundongos são os bichos mais usados em pesquisas feitas em
laboratórios. “Todo e qualquer experimento realizado por docentes e pesquisadores em ani-
mais deve passar por uma comissão de ética para analisar se o animal sofrerá e qual a fi-
nalidade do projeto”, diz.
O protesto, organizado pelo Facebook, já tem cerca de 300 pessoas confirmadas. Um
comboio sairá de São Paulo às 9h, do Masp, na avenida Paulista, região central.
Crédito: ©Folhapress.
Nessa sequência, os alunos vão refletir sobre palavras terminadas com -ISSE/-
-ICE e -ANSA/-ANÇA, em atividades que vão conduzindo a observação do aluno para
o aspecto em análise, tematizando as diferentes nuances a serem consideradas na
inferência da regra subjacente à escrita.
Expectativas de aprendizagem
Espera-se que os alunos compreendam a regularidade que orienta a escrita de
palavras: as terminadas com -ISSE e -ICE e as terminadas com -ANSA e -ANÇA, de
maneira a possibilitar a tomada de decisão sobre a ortografia correta.
Etapa Atividade
Etapa 1 – Palavras Atividade 1A – Lendo o poema e comentando.
terminadas em -isse e -ice. Atividade 1B – Estudando palavras do poema e
ampliando o repertório.
Atividade 1C – Testando as descobertas.
Atividade 1D – Completando o quadro de descobertas.
Etapa 2 – Palavras Atividade 2A – Lendo o poema e comentando.
terminadas em -ansa e -ança. Atividade 2B – Estudando a ortografia das palavras
selecionadas.
Atividade 2C – Ampliando a análise das palavras.
Atividade 2D – Testando as descobertas.
Etapa 1
Objetivo
Planejamento
Quando realizar: após uma primeira leitura do texto, para desencadear a re-
flexão sobre a questão ortográfica focalizada, de maneira a contextualizar
palavras de referência.
Organização do grupo: os alunos trabalharão coletivamente.
Materiais necessários: poema escolhido por você que possa problematizar
as questões de palavras terminadas em ISSE e ICE. Sugestão: Namorados,
de Manuel Bandeira.
Duração aproximada: 50 minutos.
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
Objetivo
Possibilitar que os alunos experimentem utilizar o seu registro – que deve cor-
responder à regularidade observada – de modo a validar suas observações.
Planejamento
Encaminhamento
Atividade do aluno
Agora você já sabe: quando uma palavra terminar como essas que estudamos,
para decidir se utilizamos SS ou C, é só lembrar que:
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
Atividade do aluno
1. C
onsiderando o que foi estudado nas atividades anteriores, complete o qua-
dro a seguir com suas descobertas.
Dê uma olhada no registro de uma regra que você já conhece para redigir a
sua nova descoberta.
ESCRITA COMO
DÚVIDA CORRETA EXPLICAÇÃO SABER?
Etapa 2
Objetivo
Encaminhamento
Atividade do aluno
1. Você
já leu alguma obra dele? Veja só o que ele pensava sobre livros de po-
emas e crianças.
In: Canções: seguido de Sapato Florido e a Rua dos Cataventos, de Mário Quintana,
Alfaguara, Rio de Janeiro; Crédito: ©by Elena Quintana.
2. Você já viu algum livro de poemas como esse que Quintana descreveu?
3. C
omo os livros costumam ser? Que diferença faria para quem lê, se fosse
possível desenhar cada poema apresentado em um livro?
4. Você gostaria de que os livros de poemas fossem assim? Por quê?
5. Converse com seus colegas e professor sobre isso.
6. A
gora, vamos fazer um ensaio? Imagine que a página seguinte é uma página
desse livro imaginário. Nela há um “claro” bem grande, como queria o poe-
ta... Desenhe o poema da página, de modo que seu desenho passe a fazer
parte dele. Experimente...!
Noturno arrabaleiro
Os grilos... os grilos... Meu Deus, se a gente
Pudesse
Puxar
Por uma
Perna
Um só
Grilo.
Se desfariam todas as estrelas!
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
Atividade do aluno
NOME _________________________________________ D
_ ATA _____ /_____ /_____
1. Retome
o primeiro poema. Vamos estudar duas palavras que constam dele:
tranças e crianças. Você, alguma vez, teve dúvida para escrever palavras
que terminam como essas? Ficou pensando se era com S ou Ç?
Para tentar ajudar você a resolver esse tipo de dúvida, vamos estudar esse
assunto.
Para começar, leia as palavras a seguir e depois organize dois grupos no seu
caderno: um de palavras escritas com Ç e outro com S.
Dica
Coloquem os artigos A, O, UM, UMA na frente de
cada palavra. Vejam o que acontece.
GRUPO 1: GRUPO 2:
3. D
eem um título para cada grupo, de modo que indique o tipo de palavra que
está presente em cada um.
4. V
ocês devem ter encontrado palavras que cabem nos dois grupos, não é?
Por que vocês acham que isso aconteceu?
5. Relacionem
essa descoberta com a escrita dessas palavras e registrem sua
conclusão no caderno.
Quando uma palavra termina com o som -ANSA/-ANÇA, sempre escreve-
mos com Ç quando a palavra for um __________________________________
Os ________________________ também podem ser escritos com Ç.
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
Dica 1
No Novo Dicionário Aurélio Eletrônico (versão 5.11a), os únicos verbos com a
terminação em estudo que são escritos com S são os seguintes: cansar, des-
cansar, amansar.
Dica 2
Também no Dicionário Aurélio, os únicos substantivos com a terminação em
estudo que são escritos com S são os seguintes: gansa, hansa, kansa, mi-
mansa, sansa, ansa.
Dica 3
O mesmo dicionário mostra que há um adjetivo com essa terminação, que se
escreve com S: mansa.
Alguns dos substantivos indicados são muito pouco usados, como hansa,
kansa, mimansa, sansa e ansa. Se você desejar, pode procurar o significado de-
les no dicionário.
2. R
eleiam suas descobertas e registrem suas conclusões finais, considerando
tudo o que vocês analisaram.
Objetivo
Possibilitar que os alunos experimentem utilizar o seu registro – que deve cor-
responder à regularidade observada – de modo a validar suas observações.
Planejamento
Encaminhamento
1. C
omplete o texto a seguir utilizando a ortografia correta. Use as suas desco-
bertas para tomar a decisão sobre a forma certa de escrever.
Depois de completar, se quiser, consulte o dicionário para conferir.
Frederica estava com muito medo. Ela tinha medo de que aquela égua
não fosse nada (mança/mansa). Ainda
tinha (lembransa/lembrança) do tombo
que levara do potro chucro de seu avô, naquelas primeiras férias no sítio.
Foram utilizadas duas crônicas como referência para esse trabalho: uma de
Novaes e outra de Veríssimo. Nessa perspectiva, considerando que os textos de
referência precisam ser interpretados e compreendidos, é fundamental que os con-
textos de produção dos textos sejam recuperados junto aos alunos e, para tanto, o
professor precisa estar informado a respeito dos autores, seus estilos e a temática
de suas obras, assim como das características do gênero, pois a escolha da pontu-
ação também é decorrente da intenção de significação que se tem, o que também
se relaciona com os conteúdos dizíveis pelo gênero, de modo geral.
Considere que para esta análise mais focada na forma de introdução da fala de
personagem os alunos já devem ter vivenciado experiências diversas com outras
situações de análise de bons textos em que o foco de observação foi o sistema de
pontuação, pois o aluno precisa ter compreendido que pontuar é dividir o texto em
unidades de leitura e de sentido.
Etapa Atividade
Leitura de Crônica
ATIVIDADE 1: LEITURA
COMPARTILHADA DE UMA CRÔNICA
PARA CONTEXTUALIZAR O ESTUDO
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
1. A
crônica apresentada a seguir foi escrita por Carlos Eduardo Novaes. Você
conhece esse autor? E uma crônica, você já leu?
2. O
livro de onde foi retirada a crônica que você lerá intitula-se A cadeira do
dentista e outras crônicas. Em sua opinião, esse título combina com crôni-
cas? Por quê?
3. A
gora, imagine: do que tratará uma crônica chamada “O marreco que pagou
o pato”?
4. Converse
com seu professor e seus colegas sobre cada uma das questões
apresentadas.
5. A gora, leia com o seu colega, a crônica apresentada a seguir.
Semana passada, São Paulo, apesar de toda fama de que não pode parar,
parou. E não foi num congestionamento. Parou para discutir o caso do marreco
Quércia e sua marreca Amélia, presos e engaiolados durante 24 horas sob a
acusação de poluírem o meio ambiente. Diante do fato, eu fico aqui pensan-
do que os paulistas já devem ter resolvido todos os seus grandes problemas
urbanos. Sim, claro: quando um povo começa a prender marrecos é porque
não tem mais nada para fazer.
O marreco Quércia – deixa-me explicar – ganha a vida honestamente como
relações-públicas da casa Agro Dora, na Rua da Consolação, 208. Em seu
trabalho passa os dias inteiros circulando pela calçada e atraindo fregueses
para a loja. Na segunda-feira, o gerente da loja foi surpreendido com a pre-
sença de um fiscal, que muito compenetrado perguntou se o marreco era de
sua propriedade. Diante da resposta positiva, virou-se para o gerente e pediu:
“Seus documentos?”. Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: “Agora
deixe-me ver os documentos do marreco”.
– O marreco não tem documentos – respondeu o gerente.
6. V
ocê deve ter conversado com seu professor e colegas que a crônica sem-
pre toma um fato do cotidiano para poder fazer uma crítica – ainda que com
muito humor – de algo que atinge todas as pessoas. Pensando nisso, res-
ponda:
a. Que aspectos dessa crônica a tornaram engraçada?
c. Que aspecto da vida das pessoas o autor critica com essa crônica?
Objetivos
Analisar duas maneiras de se introduzir o discurso do personagem na fala
do narrador: o discurso direto e o indireto.
Reconhecer os efeitos de sentido que cada uma dessas maneiras produz no
leitor.
Nomear cada uma das maneiras, com os termos linguísticos adequados (dis-
curso direto/indireto).
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada em duplas, com socialização
de discussões ao final, para sistematização de conhecimentos.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: 50 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade.
Oriente-os a se organizarem em duplas para realizar as atividades.
Antes de encaminhar os alunos para o trabalho em duplas, peça que leiam
os enunciados e verifiquem se têm alguma dúvida. Quando estiverem pron-
tos, dê início aos trabalhos, mas acompanhe a reflexão de cada dupla, pro-
blematizando-a sempre que necessário.
As intenções da atividade são que o aluno perceba que o discurso direto
aparenta retratar com mais fidelidade as reações e emoções de quem fala,
do personagem. Já no discurso indireto temos essas emoções e reações
interpretadas pelo narrador. Dessa forma, as reações do personagem são
“limpas” pela fala do narrador, provocando um efeito de distanciamento en-
tre o leitor e o personagem.
Atividade do aluno
– O senhor não pode fazer uma coisa dessas – ponderou o gerente. – Não
há nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento.
2. C
ompare com o trecho abaixo e responda: o que há de diferente nesse se-
gundo trecho?
O gerente avisou que o marreco não tinha documentos. O fiscal ficou surpreso
e disse que, então, teria de prender o marreco.
O dono do marreco ponderou que o animal não poderia ser preso, pois não
havia nenhuma lei que o obrigasse a ter documentos.
Diante disso, o fiscal ligou para a repartição e explicou o caso ao seu chefe.
4. S
e você tivesse que relacionar cada um dos trechos a uma das denomina-
ções apresentadas a seguir, que ligações estabeleceria? Explique.
( 1 ) Trecho 1 ( ) Discurso indireto
( 2 ) Trecho 2 ( ) Discurso direto
Objetivo
Planejamento
Encaminhamento
1. R
eleiam o trecho da crônica abaixo e indique as palavras que introduzem o
discurso direto.
Leu atentamente um por um, devolveu-os e disse: “Agora, deixe-me ver os docu-
mentos do marreco”.
– O marreco não tem documentos – respondeu o gerente.
– Nenhum? Nem título de eleitor? Certificado de Reservista? Nada? Então eu
acho que vou ter que prender o seu marreco.
– O senhor não pode fazer uma coisa dessas – ponderou o gerente. – Não há
nenhuma lei que obrigue marrecos a ter documento.
– Não há? – desconfiou o fiscal. – Então espere um momentinho.
Foi ao telefone e ligou para o chefe da repartição: “Alô, chefe? Encontrei um
marreco passeando pela rua sem documento”.
– Que está esperando? – vociferou o chefe. – Prenda-o por vadiagem.
– Mas, chefe, é um marreco. Precisamos de uma lei para enquadrá-lo. O senhor
sabe qual é o número dessa lei?
– Não tenho a menor ideia.
– Então pergunta se alguém aí sabe.
– Alguém aí sabe – perguntou o chefe, voltando-se para os funcionários da re-
partição – quais são os documentos que um marreco necessita para transitar
livremente pelas ruas?
Não. Ninguém sabia. O chefe então sugeriu que o fiscal procurasse outro motivo
para prender o marreco. “Mas que motivo?”, perguntou o fiscal, que era meio
duro de imaginação.
– O marreco está nu? – indagou o chefe. – Então prenda-o por atentado ao pudor.
2. Apresentem
as conclusões a que você e seu colega chegaram e discutam-
-nas com a classe e o professor.
3. Registrem essas palavras abaixo.
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Atividade do aluno
b. E no segundo?
3. Na
última linha há o seguinte trecho: “prosseguiu o funcionário batendo na
máquina”.
a. Quem é que está apresentando essa informação?
c. S
e não houvesse esse trecho, seria possível saber quem está falando?
De que maneira? Qual das maneiras você considera mais próxima do lei-
tor? Por quê?
4. Leia
os trechos apresentados a seguir. Em todos eles há explicações sobre
quem está falando.
a. E
m quais a maneira de apresentar essa explicação é semelhante à estu-
dada no item 3? Por quê?
Trecho 1
– Está certo – concordou, irritado, o gerente –, mas então chama o guincho.
Trecho 2
– O marreco não tem documentos – respondeu o gerente.
Trecho 3
– A acusação é injusta – interrompeu o gerente –, o marreco não pode
ser acusado de poluir. Se eu tivesse aqui um elefante soltando fumaça
pela tromba está certo, mas o Quércia nem fuma.
Trecho 4
Terminada a ficha, o burocrata abriu uma gaveta e, enquanto procurava o
material para tirar as impressões digitais, disse ao gerente:
– Me dá aí o polegar do marreco.
Primeira reflexão:
As falas de um personagem podem ser indicadas no texto com os seguintes
grupos de sinais:
Segunda reflexão:
Os sinais gráficos marcam a fala de um personagem. Além disso, é possível
explicar de quem é a fala de três maneiras: anunciando as falas, indicando quem
está falando ou, então, comentando quem falou. Essas maneiras são as seguintes:
Objetivos
Identificar a maneira pela qual o autor utiliza as aspas para marcar o discur-
so direto no texto lido, comparando-a com a maneira encontrada no texto
anterior e pontuando as diferenças.
Constituir um repertório de marcas gráficas possíveis de serem utilizadas
para marcar o discurso direto.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade é coletiva e os alunos podem permanecer
em suas carteiras.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: 50 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos a respeito do propósito da atividade e de como
ela se desenvolverá.
Leia a crônica, contextualizando-a para os alunos, perguntando se conhecem
o autor, se já leram alguma de suas obras, se gostam das obras que leram.
Sobre o autor, Luis Fernando Verissimo, é possível obter on-line muitas infor-
mações a respeito de sua vida e obra.
Além de comentar sobre o autor, pergunte aos alunos o que imaginam en-
contrar em um texto com o título “Comunicação”, considerando que se trata
Atividade do aluno
1. Leia, agora, mais um trecho de crônica. Desta vez, o autor é Luis Fernando Ve-
rissimo. A sua crônica intitula-se “Comunicação”, e você lerá a parte inicial dela.
Comunicação
Luis Fernando Verissimo
É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que
você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mes-
mo o nome?
“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”
“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...” “Pois não?”
“Um... como é mesmo o nome?” “Sim?”
“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha. A palavra me escapou por completo.
É uma coisa simples, conhecidíssima.”
“Sim, senhor.”
“O senhor vai dar risada quando souber.” “Sim, senhor.”
In: A Versão dos Afogados, de Luis Fernando Verissimo, L&PM, Porto Alegre, RS;
Crédito: ©by Luis Fernando Verissimo.
Etapa 3
Escrita pelo aluno
Objetivo
Reinvestir o novo conhecimento sobre discurso direto e discurso indireto, pon-
tuando diálogos em um trecho de crônica, identificando, entre as diferentes
Planejamento
Organização do grupo: a atividade é individual e os alunos podem perma-
necer em suas carteiras. Contudo, podem consultar-se mutuamente caso
tenham dúvidas.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: 50 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira
como será desenvolvida.
Retome com eles o quadro de possibilidades pelas quais é possível introduzir
fala de personagem no discurso do narrador.
Oriente-os sobre a necessidade de escolherem os recursos – dois-pontos,
parágrafo e aspas; dois-pontos e aspas, sem parágrafo; dois-pontos, parágra-
fo e travessão – de acordo com o efeito de sentido que considerarem mais
adequado para o texto e suas finalidades.
Oriente-os para não alterarem o texto, o que implicará a escolha de discurso
direto. Restarão a eles, então, a escolha do recurso de pontuação e a ma-
neira de utilizá-lo.
Oriente-os, ainda, para manter no texto inteiro a coerência de escolha, quer
optem por uma possibilidade apenas, quer articulem duas delas, como No-
vaes, na primeira crônica.
Leia em voz alta o texto todo com os alunos, de modo que possam compre-
ender qual a crítica que a crônica apresenta, o que poderá auxiliá-los a tomar
a decisão sobre o recurso a ser utilizado.
Depois, solicite que retomem o trecho e o organizem, pontuando-o adequadamente.
Na revisão, procure marcar para os alunos a coerência de uso nas diferentes
pontuações realizadas por eles. Se, por exemplo, optaram por dois-pontos,
parágrafo e travessão, é preciso que se mantenha essa organização em todo
o texto; se a opção foi pelo emprego das aspas para marcar a fala dos per-
sonagens, também é preciso manter a coerência em todo o texto. É interes-
sante discutir que a opção por uma ou outra forma de pontuar tem relação
com os efeitos de sentido que o autor desejou empregar no texto.
NO PAÍS DO FUTEBOL
Carlos Eduardo Novaes
1. C
onsiderando suas anotações, reescreva o trecho a seguir no seu caderno pontu-
ando os diálogos de maneira adequada. Trata-se de mais uma crônica de Carlos
Eduardo Novaes, intitulada “No país do futebol”. Nela, um personagem presente
em outras crônicas do autor, Juvenal Ouriço, famoso por ser “econômico”, tenta
assistir a um jogo de futebol na TV da vitrine de uma loja de eletrodomésticos.
Depois, seu professor lerá o restante da crônica para vocês.
No país do futebol
Carlos Eduardo Novaes
Juvenal Ouriço aproximou-se de um vendedor parado à
©Robson Minghini/IMESP
Pra que o senhor quer saber Para já ir tomando posição diante dele O vende-
dor apontou para um aparelho Juvenal observou os ângulos pegou a almofada
que o acompanha ao Maracanã e sentou-se no meio da calçada Ei ei psiu
chamou um mendigo recostado na parede da loja, como é que é meu irmão
Que foi Perguntou Juvenal Quer me botar na miséria Esse ponto aqui é meu
Eu não vou pedir esmola Então senta aqui a meu lado Aí não vai dar pra eu
ver o jogo Na hora do jogo nós vamos lá para casa Você tem TV a cores Claro
Você acha que eu fico me matando aqui pra quê
Fonte: Crônicas. São Paulo: Ática, 1994. p. 67-68. (Para gostar de ler, v. 7)
©Carlos Eduardo Novaes.
Objetivo
Transformar discurso direto em indireto e vice-versa.
Encaminhamento
Peça aos alunos para que utilizem a Coletânea de Atividades. Comente com
eles que esse texto é um trecho da história “João e Maria” e proponha a lei-
tura compartilhada do mesmo.
Quando terminarem, explique que deverão observar os trechos em negrito e,
depois, fazer o que se pede.
Ao término da atividade, proponha a correção na lousa, socializando as ma-
neiras diferentes com que podem ter resolvido o exercício.
Atividade do aluno
1. C
om seu professor e amigos, leia um trecho do conto “João e Maria”. Obser-
ve que há trechos com marcas diferenciadas, que serão usados por você a
seguir.
João e Maria
A vida sempre fora difícil na casa do lenhador, mas naquela época as coisas
haviam piorado ainda mais: não havia pão para todos.
– Minha mulher, o que será de nós? Acabaremos todos por morrer de necessida-
de. E as crianças serão as primeiras…
– Há uma solução… – disse a madrasta, que era muito malvada. – Amanhã
daremos a João e Maria um pedaço de pão, depois os levaremos à mata e lá os
abandonaremos.
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: livro de textos do aluno / Secretaria
da Educação. Fundação para o Desenvolvimento da Educação; 3. ed. São Paulo : FDE, 2010.
2. Releia
apenas os trechos em negrito. Eles mostram o diálogo entre os per-
sonagens escritos pelo discurso direto. Escreva-os, passando para o discur-
so indireto.
3. Agora,
observe os trechos sublinhados. Eles revelam a fala dos personagens
de modo indireto. Imagine que você é o personagem que fala e reescreva-
-os, passando para o discurso direto.
4. Depois,
partilhe suas ideias com o professor e os colegas e veja como eles
resolveram essas questões.
Este projeto tem por objetivo trabalhar com os alunos a produção de textos de
contos de mistério, destacando as etapas para sua produção como: planejamento,
textualização, revisão, transcrição, edição, e ressaltando as marcas linguísticas que
caracterizam o gênero conto.
Objetivos do projeto:
Organização do projeto
Para subsidiar a produção dos contos da coletânea, o projeto será composto
por atividades como a de leitura em voz alta feita pelo professor, leitura de escolha
pessoal e a roda de leitores.
Produto final
Etapa Atividade
Etapa 1 – Para início de Atividade 1 – Roda de conversa sobre o conhecimento
conversa. dos alunos em relação aos contos de mistério.
Etapa 1
Planejamento
Encaminhamento
Proponha aos alunos que façam a leitura compartilhada do texto que você
lerá. Isso significa que eles deverão ler, silenciosamente e com o texto em
mãos, enquanto você procede à leitura em voz alta.
Lembre-se que seu objetivo nesse momento deve ser o de ler com os alunos um
conto de mistério e, para ouvi-lo e apreciá-lo, é importante que você se prepare
anteriormente para que possa ter fluência na leitura e entonação adequada.
Terminada a leitura, inicie uma roda de conversa, perguntando-lhes se:
•• Conheciam ou não essa história;
•• Conhecem outras histórias parecidas com essa; e
•• Sabem que tipo de história é essa. (Observe se vão reconhecê-la como um
conto de mistério. Se não ocorrer, questione dando opções : é um conto
de fadas? é uma lenda?)
Caso os alunos desconheçam esse gênero, é interessante não fazer uma
exposição inicial a respeito, mas ajudá-los a observar o que caracteriza esse
tipo de texto. Analise com eles:
JJ Quem e como são os personagens?
JJ Em que lugar ocorre e como é esse lugar?
JJ Em que momento se passam os fatos.
JJ Que fato ocorre na história? E como acontece? (o enredo, o modo
como se tecem os fatos)
Compartilhando o projeto
ATIVIDADE 2 – COMPARTILHANDO
E ORGANIZANDO O PROJETO
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Solicite aos alunos que se sentem em círculo, pois vocês farão uma roda
de conversa.
Retome com eles as conversas a esse respeito até então, procurando envolvê-
-los no desenvolvimento do projeto. Explique que o projeto desse semestre
será sobre Contos de Mistério, como o texto que leram na aula anterior, e
apresente o título do mesmo: “Produção de Contos de Mistério”.
Vocês têm várias opções para a escolha do produto final. Sugerimos uma
coletânea dos contos de mistério produzidos pelo grupo, a qual será socia-
lizada com os alunos do 4º ano e fará parte do acervo literário da escola.
Apresente para os alunos o projeto que será desenvolvido, indicando:
Objetivos
Ampliar conhecimento sobre o gênero textual, discutindo sua definição.
Ampliar o repertório de contos de mistério;
Mobilizar estratégias de leitura necessárias para a compreensão de textos.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada coletivamente, com discus-
sões ao final.
Materiais necessários: texto a ser lido (O último cuba-libre, de Marcos Rey), que
deverá ser transcrito por trechos, em cartazes ou projetor multimídia para garantir
o suspense da história. Este texto também consta na Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
IMPORTANTE:
Para organizar a atividade, o professor precisa:
JJ conhecer o que os alunos já sabem sobre leitura, sobre o texto.
JJ apresentar o texto.
Mais uma informação: o texto foi escrito por Marcos Rey. Vocês sabem que tipo
de texto ele costuma escrever? Que assuntos costuma abordar nestes textos? Vocês
sabem que ele escreveu uma consagrada coleção de títulos infanto juvenis, romances
de aventura e suspense que foram lançados a partir de 1980?
Vou apresentar alguns títulos do autor que também servem de pista para decifrar
o gênero do texto (O mistério do cinco estrelas; O rapto do garoto de ouro; Crimes do
olho de bois, entre outros).
Considerando isso, alguma coisa muda sua ideia a respeito de sobre o quê o
texto tratará? O que seria “O último cuba-libre” num conto de mistério?
Capacidades tematizadas
JJ Recuperação do contexto de produção do texto.
JJ Realização de antecipações acerca do conteúdo do texto, do modo de
organização e do tratamento a ser dado às informações, por meio da
ativação do repertório dos alunos sobre os aspectos tematizados.
O ÚLTIMO CUBA-LIBRE
Marcos Rey
Durante o dia, Adão Flores era um gordo como qualquer outro. Sua atividade
e seu charme começavam depois das 22 horas e às vezes até mais tarde. Então
era visto levando seus 120 quilos às boates, bistrôs e inferninhos da cidade, profis-
sionalmente, pois não só gostava da noite como também vivia dela. Empresário de
modestos espetáculos, era a salvação, a última esperança de cantores, mágicos,
humoristas e dançarinos decadentes. Dizia que se dedicava a esses náufragos por
puro espírito de solidariedade, pilhéria capaz de comover até os que não tivessem
espírito boêmio. Alguns desses artistas haviam tido a sua vez no passado, pouco
ou muito prestígio, até serem abandonados pelo público. Adão não abandonava nin-
guém, talvez devido à tão propalada bondade dos obesos.
Questões:
a. Pensando no título e nesse trecho, o que acham que irá acontecer nes-
sa história?
b. O que leva a pensar isso?
c. Que pistas no texto te permitem fazer essa afirmação? Localize-as.
d. Quem era Adão Flores?
Se o aluno não entender o trecho, este tem que ser retomado, retornando a
leitura do trecho em questão.
Capacidades tematizadas
JJ Antecipação de informações, busca de informação explícita e realização de
inferências locais.
Questões:
a. Quem é esse Júlio Barrios?
b. Em que se apoiaram para concluir isso?
c. Qual a sua relação com Adão Flores?
d. Professor, caso os alunos não concluam porque Estela procurou Adão,
retome o trecho a seguir:
– Estela Lins?! Como vai o malandrão do seu marido? Anda sumido!
– É por causa dele que estou aqui. Adão, você pode me acompanhar? Meu carro
está na porta. É um caso grave.
e. Ao retomar este trecho do texto, podemos antecipar por que Estela pro-
curou Adão?
IMPORTANTE:
Professor, caso perceba que os alunos estão apresentando dificuldade
para compreender o texto, retome o trecho de forma a ajudá-los a inferir
significados, de palavras, por exemplo, a partir do contexto.
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências entre os trechos do texto.
Questões:
a. Sua hipótese sobre o que é cuba-libre se confirma? O que é cuba-libre?
O que lhe permite fazer essa afirmação?
b. O que será que aconteceu com Júlio, o marido de Estela?
c. Quem estaria fazendo as ligações ameaçadoras?
d. Qual era a suspeita de Estela? E Adão descartou sob qual justificativa?
Busque no texto sua afirmação.
e. O que presenciará o detetive?
f. Que pistas no texto te permitem afirmar isso?
g. Por que Adão se refere a Júlio como “Sultão Mexicano? Você sabe o que
é um sultão? (caso os alunos não cheguem a entender, poderá informar
o que é sultão)
Questões:
a. Por que Estela gritou?
b. Havia alguém no quarto com Estela quando Adão estava na sala? Quem?
c. O que será que o detetive vai presenciar ao entrar no quarto? O que te
leva a pensar assim?
d. Você mudou de ideia a respeito do que aconteceu com Júlio?
(Retomar as ideias levantadas e, no caso positivo, a justificativa da mudança de ideia)
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências, antecipações e articulação entre trechos do
texto de modo a construir informações semânticas.
Adão deu uns passos enquanto Estela aparecia à porta do quarto, tentando
dizer alguma coisa. O detetive entrou precipitadamente. A primeira imagem que viu
foi Júlio sobre a cama, ensanguentado.
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências locais e globais. Confirmação das hipóteses
levantadas anteriormente e realização de antecipações.
Questões:
a. Por que as gavetas estavam abertas?
b. O que poderia significar ter um copo de cuba-libre sem gelo sobre o
criado-mudo?
c. O assassinato foi premeditado, ou seja, planejado com antecedência ou
foi por impulso? Que trecho do texto nos mostra isso?
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências, antecipações e articulação entre trechos do
texto de modo a construir informações semânticas.
Questões:
a. Por que será que Adão levou Lauro ao apartamento?
b. Será que ele desconfia dele?
c. Que pistas levaram você a estas hipóteses?
d. E sobre quem seria o criminoso (a) você mudou de ideia? Explique
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências, antecipações e articulação entre trechos do
texto de modo a construir informações semânticas.
Questões:
a. Não se ouviu barulho de ninguém pulando do andar, então tinha alguém lá?
b. Quem teria sido o assassino? O que teria descoberto Adão?
c. Por que acreditam nisso?
d. Há algum trecho que, acreditam ter sido o fio da meada? Releia.
e. Todos concordam? Ou há algum outro trecho que fortaleça a descober-
ta de Adão?
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências, antecipações e articulação entre trechos do
texto de modo a construir informações semânticas.
Questões:
a. O Adão fez as malas para ir embora. Como essa informação pôde con-
tribuir para descobrir o assassino?
b. Quem foi o responsável? Por quê?
Capacidades tematizadas
JJ Realização de inferências, antecipações e articulação entre trechos do
texto de modo a construir informações semânticas.
Questões:
a. As hipóteses levantadas por você corresponderam ao apresentado no texto?
(Retomada do desfecho final com a classe para garantir compreensão de todos)
Capacidades tematizadas
JJ Verificação de inferências e antecipações realizadas, procurando corrigir
eventuais equívocos a partir da identificação das pistas que levaram a
inadequações da resposta.
Capacidades tematizadas
JJ Redução de informação semântica, por meio de generalização, identificando
o tema/assunto do texto;
JJ Articulação entre trechos do texto, reconstruindo informação semântica;
JJ Realização de apreciação estética de recursos utilizados no texto.
O ÚLTIMO CUBA-LIBRE
Marcos Rey
Durante o dia, Adão Flores era um gordo como qualquer outro. Sua atividade e seu
charme começavam depois das 22 horas e às vezes até mais tarde. Então era
visto levando seus 120 quilos às boates, bistrôs e inferninhos da cidade, profissio-
nalmente, pois não só gostava da noite como também vivia dela. Empresário de
modestos espetáculos, era a salvação, a última esperança de cantores, mágicos,
humoristas e dançarinos decadentes. Dizia que se dedicava a esses náufragos por
puro espírito de solidariedade, pilhéria capaz de comover até os que não tivessem
espírito boêmio. Alguns desses artistas haviam tido a sua vez no passado, pouco
ou muito prestígio, até serem abandonados pelo público. Adão não abandonava
ninguém, talvez devido à tão propalada bondade dos obesos.
Com o tempo, Adão Flores adquiriu outra profissão, paralela à de empresário da
noite, a de detetive particular, mas sem placa na porta e mesmo sem porta, ativi-
dade restrita apenas a cenários noturnos e pessoas conhecidas. Apesar de agir
esporadicamente e circunscrito a poucos quarteirões, Adão Flores começou a ga-
nhar certa fama graças a um jornalista, Lauro de Freitas, que começava a fazer
dele personagem frequente em sua coluna, a ponto de muita gente supor tratar-se
de ficção e mais nada.
Adão Flores apareceu no “Yes Club”, cumprindo seu itinerário habitual. Rara era
a noite em que não comparecia ao tradicional estabelecimento da Bianca, onde
seus casos tinham grande repercussão, e onde a seu ver se reuniam as mais
prestativas ninfetas. Mas nem teve tempo de sentar-se. Uma mulher, nervosíssi-
ma, que já o aguardava, aproximou-se dele um tanto ofegante.
– Lembra-se de mim, Adão?
– Estela Lins?! Como vai o malandrão do seu marido? Anda sumido!
– É por causa dele que estou aqui. Adão, você pode me acompanhar? Meu carro
está na porta. É um caso grave.
– O que aconteceu?
– Direi tudo no carro.
Júlio Barrios, mexicano, cantor de boleros, fora um dos contratados de Adão que
mais lhe deram dinheiro nos quase dez anos em que estivera sob contrato. Seu
valor era contestado por muitos, mas até esses concordavam que o bigodudo
era o mais personalíssimo intérprete de “Perfume de Gardênia”, “Total”, “Hoy”
e “Somos”. Quando o público se cansou dele, Flores levou-o às churrascarias,
salões da periferia e cidades do interior, etapas do declínio de qualquer cantor.
Júlio não se abateu totalmente, pois, enquanto tivesse uma mulher apaixonada
a seu lado, podia levar a vida.
Estela dirigia atabalhoadamente um fusca em estado de desmaterialização.
– Disse que Júlio está assustado?
ATIVIDADE 3B – COMPARANDO
DOIS CONTOS DE MISTÉRIO
Objetivos
Planejamento
Encaminhamentos
Os alunos deverão ler os dois contos de mistério.
A seguir, organize os alunos em duplas e explique-lhes que deverão fazer a
leitura e comparar os dois contos de mistério, preencher uma tabela, anali-
sando o que os contos apresentados têm em comum e diferentes.
No coletivo, socializar o que cada dupla descobriu. Durante a socialização, o
professor deverá observar se os alunos levantaram os seguintes aspectos:
Atividade do aluno
Para realizar esta atividade, você lerá novamente, com seu professor, o conto
“O último cuba-libre” e o conto lido no início do projeto.
Depois, reúna-se com seu colega e procure descobrir o que os dois contos
têm em comum e quais são as diferenças entre eles. A seguir, converse com ele e
organizem, na tabela abaixo, as informações levantadas.
ATIVIDADE 3C – AMPLIANDO
O REPERTÓRIO: CONTOS DE MISTÉRIO
Objetivos
Encaminhamento
Atividade do aluno
2. R
etomando o quadro com as características dos contos analisados na ati-
vidade 3B, comente com seu professor e colegas se esse conto contém as
características comuns aos demais contos até o momento. Para explicar,
procure responder às seguintes questões:
3. C
om seus colegas e com a ajuda de seu professor, releia o conto “Se eu
fosse Sherlock Holmes”, observando aspectos referentes ao texto escrito.
Anote-os em seu caderno.
Agora, sente-se com sua dupla de trabalho e procure, em seu livro, o conto que
foi lido. Faça a mesma análise, anotando as expressões características do conto de
mistério. Depois, compartilhe o trabalho com os demais colegas da turma.
Você pode fazer um registro das palavras selecionadas pertinentes a esse tipo
de texto como: (substantivos: crime, pistas, álibi, suspeitos, vítimas, acusados, cúm-
plices, prisão, condenação, sequestro, rapto, alguns verbos, advérbios, adjetivos),
facilitando-lhes a aquisição de repertório. Registre todas as sugestões e as deixem
expostas no papel pardo na classe. O conto de mistério, como toda narrativa, apre-
senta a seguinte estrutura: exposição do assunto, o lugar onde os fatos acontecem,
a intriga e a complicação, o clímax e o desfecho. Fazem parte também da estrutura
da narrativa dos contos de mistério, os dois focos narrativos: narrador personagem
(em primeira pessoa) e narrador onisciente (em terceira pessoa).
CONTEÚDO TEMÁTICO
O conto apresenta um conteúdo didático. Esse conteúdo pode vir organizado
de modo a enfocar a sequência narrativa estabelecendo a causalidade entre
as partes.
FORMA COMPOSICIONAL
Em prosa os contos se organizam como uma narrativa concisa: há uma ação
que se desenvolve por meio do estabelecimento de um conflito, em geral de
natureza misteriosa, de suspense. A ação do conto é episódica. Apresenta pou-
cos episódios, que se constituem em cenas misteriosas, inesperadas, surpre-
endentes, dinâmicas, enigmáticas. O tempo reduzido constitui-se em um eixo
relevante, que contribui para o desenvolvimento do dinamismo da ação.
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Berenice Detetive
Autor: João Carlos Marinho
Editora: Global
Gênero textual: narração
O livro conta as aventuras de um grupo de amigos de dez anos, da Escola
Três Bandeiras, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo. O grupo, liderado
por Berenice, tenta desvendar vários mistérios que acontecem pelos bairros
da grande São Paulo.
Histórias de detetive
Autores: Conan Doyle, Medeiros e Albuquerque, Edgar Allan Poe, Jerônimo
Monteiro, Marcos Rey e Edgar Wallace.
Editora: Ática
Gênero textual: narração
O livro é uma coletânea de contos policiais de autores consagrados. Nas histó-
rias narradas são apresentados suspenses e tramas a partir do olhar de dife-
rentes personagens. No livro estão presentes os contos: O Último Cuba-Libre e
também O Fantasma da Quinta Avenida. Que serão usados nesse projeto.
O Gênio do Crime
Autor: João Carlos Marinho
Editora: Global
Gênero textual: narração
Este é o livro que faz parte da turma do gordo, uma coleção de contos de
mistério. O personagem central é seu Tomé, um homem bom, proprietário de
uma fábrica de figurinhas de futebol. Existem as fáceis e as difíceis, fabrica-
das em menor quantidade. Quem enche o álbum ganha prêmios realmente
bons. Mas surge uma fábrica clandestina que fabrica as figurinhas difíceis e
as vende livremente. O número de álbuns cheios aumenta e seu Tomé não
tem mais capacidade de dar todos os prêmios. Há uma revolta, as crianças
querem destruir a fábrica. Edmundo, Pituca e Bolachão, e mais adiante, Bere-
nice, entram em cena para descobrir a fábrica clandestina. Acontece que não
se trata de simples bandidos. A quadrilha é chefiada por um gênio do crime.
A cabeça do gordo é posta para pensar, travando-se um espetacular duelo de
inteligências, que começa pelo incrível sistema de seguir pelo avesso.
4 Consulte o texto “O Conteúdo das Rodas de Leitores: Apreciação Estética de Materiais de Leitura”, in:
Orientações Didáticas sobre as Expectativas de Aprendizagem de Língua Portuguesa. 2014. Disponível
em: http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/Home.aspx (acesso em 12/03/2014).
Parte B – 2ª aula
Organize o revezamento entre eles, pois nem todos contarão o que leram
nessa aula. Informe que a roda sempre se organizará pela apresentação de
um dos três (ou quatro) grupos constituídos. Esses grupos, definidos a prio-
ri, deverão se apresentar segundo o cronograma combinado previamente. É
importante que os grupos sejam organizados de forma que garantam que
tanto os alunos mais expansivos ao falar quanto os tímidos possam parti-
cipar igualmente.
Defina um máximo de apresentações por dia, considerando o número de alu-
nos da classe e o tempo disponível para essa aula.
Atividade do aluno
Agora, você irá participar de uma roda de leitura. Você já sabe que, nesses
momentos, deve comentar o que leu, recomendando – ou não – para seus colegas.
Neste momento, estamos estudando contos de mistério, e a sua tarefa foi se-
lecionar uma obra e comentá-la, de maneira que essa obra possa ampliar o reper-
tório de contos de mistério.
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Retome o capítulo 1 do conto “O último cuba-libre” cuja leitura foi feita an-
teriormente.
Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira como se
desenvolverá. Oriente-os a respeito da organização em grupos de quatro alunos.
Leia a consigna da atividade e faça, coletivamente, a análise do conto: “O
último cuba-libre”, para que os alunos se familiarizem com a tarefa. Focalize
como a história se inicia, anotando o título do conto e seu início na lousa,
conforme o quadro sugerido.
Busque no texto junto com os alunos o trecho onde apresenta o início da
complicação e como foi solucionado completando o quadro.
A seguir, deixe que os alunos continuem o trabalho fazendo o mesmo com o
outro conto. Passe nos grupos e vá orientando-os de maneira que consigam
observar os aspectos importantes.
Se eu fosse
Sherlock Holmes
O último cuba-
libre
Atividade do aluno
NOME _________________________________________ D
_ ATA _____ /_____ /_____
1. Vamos retomar o conto “O último cuba-libre” cuja leitura já foi feita, e coleti-
vamente, fazer a análise do modo como começa, do trecho onde apresenta o
início da complicação e como foi solucionado assim como o tema central que
aborda. Para organizar melhor as informações, preencha o quadro a seguir.
Se eu fosse
Sherlock Holmes
O último
cuba-libre
2. Vamos retomar o conto “Se eu fosse Sherlock Holmes” cuja leitura já foi feita, e
em grupo, faça a análise do modo como o texto começa, do trecho onde apre-
senta o início da complicação e como foi solucionado assim como o tema central
que aborda. Para organizar melhor as informações, preencha o quadro acima.
Orientações:
Professor, para ampliar o repertório sobre o gênero contos de mistério, é preci-
so garantir em sua rotina permanente uma situação de leitura programada (em
capítulos), do conto “O fantasma da Quinta Avenida”, anexo neste material, pois
este será utilizado posteriormente.
Objetivos
Encaminhamento
Proponha a leitura do conto O Fantasma da Quinta Avenida com foco na aná-
lise dos recursos linguísticos utilizados pelo autor para descrever os perso-
nagens, a ambientação e os aspectos temporais. Peça que os alunos orga-
nizem esses aspectos no quadro abaixo, como por exemplo:
Atividade do aluno
I – APARECE O FANTASMA
Dick Peter chegou à casa de Mary às oito horas da noite. O senhor Patrick havia
saído numa viagem, e Dick foi introduzido no luxuoso salão de visitas.
Seus olhos não se despegavam da escadaria de mármore por onde Mary costu-
mava descer com seu gracioso passo e um luminoso sorriso nos lábios.
Passaram-se cinco minutos, mas Dick não estranhou a demora... As mulheres,
quando se trata de melhorar a sua beleza, não têm muita pressa...
II – A MORTE DE BOB
Vendo o vulto cair, Dick Peter não perdeu tempo. Dirigiu-se para a porta e, ao sair, es-
barrou com os criados, que vinham novamente subindo, espavoridos com aquele tiro.
– Fiquem aqui dois homens e a governante – disse Dick –, e os outros desçam
comigo.
VI – O ROSTO DO FANTASMA
No dia seguinte, quando soube que Dick Peter ficara ferido, Mary ficou desespe-
rada. O seu pai consolava-a como podia, dizendo que não havia de ser grande
coisa, que o moço ainda se salvaria e o criminoso seria apanhado.
Mas ela estava inconsolável. Mandava telefonar frequentemente para o hospital,
para ver como ia passando o seu querido noivo. A resposta, do hospital, de acor-
do com as instruções recebidas da polícia, era sempre a mesma: “O seu estado
não se alterou. Continua ainda sem sentidos”.
Queria ir visitá-lo à força, mas não lho permitiram. Ele não podia ser visitado, por
ser o seu estado muito melindroso.
E o dia passou-se sem maiores novidades.
O dr. Cave não foi encontrado em parte alguma, e também não houve nenhuma
nova tentativa por parte do fantasma.
Depois do almoço, o Sr. Olivian Patrick foi para o seu escritório, como de costu-
me, e Mary ficou em seu quarto, entregue a um enorme desespero.
As investigações, que prosseguiam sem cessar em diversos sentidos, não tra-
ziam esclarecimento algum. Aliás, a polícia, completamente convencida da culpa-
bilidade do dr. Sammy Cave, procurava-o por todos os cantos.
Pelas oito horas da noite, o inspetor Morris foi à casa de Olivian Patrick saber,
pessoalmente, se não houvera mais alguma novidade. Mary informou-o de que
não havia nada. – E seu pai?
– Papai telefonou dizendo que hoje virá mais tarde; recomendou que fechás-
semos tudo muito bem, e que puséssemos um guarda no portão. E para não
esperarmos por ele.
– Bem. Vou mandar um guarda. A senhorita fique tranquila. Dick Peter está me-
lhorando. Não há razão para desespero.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada coletivamente.
Materiais necessários: cópia do trecho do texto “O Fantasma da Quinta Avenida”,
presente na Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: 50 minutos.
Atividade do aluno
Objetivos
Acompanhar a produção coletiva de um texto, dando ideias sobre o quê e
como escrevê-lo.
Utilizar expressões próprias da escrita de contos, e fazendo uso de bons re-
cursos linguísticos presentes no gênero textual.
Garantir a sequência temporal dos acontecimentos do texto ao escrevê-lo.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada coletivamente.
Materiais necessários: textos lidos e que constam na Coletânea de Atividades,
papel pardo e caneta bastão.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Antes do início da atividade, vale retomar com os alunos que produzir um texto
envolve um planejamento do que será escrito com a finalidade de organizar
a trama, o enredo, a sequência dos fatos que serão narrados. Isso garante
que, tendo o conteúdo dominado, sabendo o que devem escrever, os alunos
podem dedicar-se a refletir sobre como fazê-lo do melhor modo.
Para ter sucesso nessa etapa, precisam pôr em jogo o que já aprenderam,
como diferentes modos de iniciar a narrativa, quando usar o discurso direto
e indireto, como enriquecer o conto com descrições de personagens e am-
bientes, quais expressões linguísticas são mais ou menos apropriadas, como
apresentar o suspense, o clímax e manter o interesse do leitor.
É relevante também, enquanto a história é escrita propriamente, auxiliar os alu-
nos a considerarem o leitor e as características dos contos de mistério, bem
como ir lendo enquanto escrevem para conferir a intenção comunicativa e tam-
bém se não estão esquecendo informações importantes, além de corrigirem
Parte A – 1ª aula
Ao iniciar a atividade, converse com os alunos sobre o propósito dela e a ma-
neira como se desenvolverá.
Conversa inicial:
Explique que farão a produção de um conto de mistério.
A seguir, inicie o processo de produção, realizando o levantamento do que é ne-
cessário para escrever um conto de mistério e conversando com a turma sobre a
importância de desenvolver bons procedimentos de escrita (planejar, textualizar e
revisar) de modo que qualquer leitor possa compreender o texto. Para isso, com-
bine com os alunos que o texto será produzido considerando-se algumas etapas:
JJ Planejar o que se vai escrever, tendo em mente quem serão os leitores da
coletânea e as características que observaram nos contos que já conhecem.
JJ Recuperar características do gênero: o que tem nos contos de mistério
que não têm em outros textos? (mistério, pessoa corajosa... ação para
investigar, resolução do mistério, crime, algo de outro mundo?)
JJ Fazer uma primeira versão, com perspectiva de rascunho (ler enquanto
se está escrevendo para controlar questões de discurso – referentes à
expressão das ideias – e também – referentes à ortografia e à pontuação).
JJ Revisar o texto produzido, observando se está claro e coerente, e corrigir
aspectos ortográficos e gramaticais.
JJ “Passar a limpo” a versão final, que comporá a coletânea.
Dicas
Planejamento e textualização
Resgatar os textos conhecidos pelos alunos para ajudar no planejamento*
Sugestões de perguntas:
JJ Lembram-se como começava o livro que leram?
JJ Não aconteceu nada antes?Onde o conto pode começar? Qual será a cena? Como ela pode começar?
JJ O que vai acontecer depois?
JJ Haverá uma pista para resolver o mistério? Qual?
Parte B – 2ª aula
Concluído o rascunho, tem início a revisão. Lembramos a importância de que
realizem essa tarefa decorridos alguns dias da escrita do conto, pois isso
permitirá às crianças alternar os papéis de escritor e leitor.
Para que os alunos possam participar da revisão, todos devem ter acesso
ao texto que será alterado. Desta forma, ele pode ser fotocopiado ou exibido
por meio de outro recurso audiovisual, como o projetor multimídia, ou, ainda,
um programa de computador. O importante é que, enquanto você anota as
alterações no original, as crianças possam acompanhá-lo.
Primeiramente, ajude-os a observar se a história está coerente, se tem clareza,
se há repetições desnecessárias de palavras, quais podem ser substituídas
(por sinônimos ou pronomes, por exemplo, bem como usando vírgulas ou su-
primindo o sujeito). Observe com eles se as partes do texto estão articuladas,
se faltam informações, se podem enriquecer a narrativa com alguma descrição
mais detalhada, que expressões linguísticas são mais ou menos favoráveis para
produzir bons efeitos estéticos no texto. Você poderá resgatar trechos de textos
já lidos onde o autor faz uso de bons recursos linguísticos como, por exemplo,
no conto: O último cuba-Libre nos trechos: “O empresário-detetive largou todo
o seu peso numa mirrada poltrona, que protestou, rangendo.” O coração já não
batia nem no ritmo lento do bolero....”. O autor faz uso de figuras de linguagem
de antropomorfismo no primeiro trecho ou a comparação no segundo trecho.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada em quartetos definidos pelo
professor e depois socializada coletivamente.
Materiais necessários: cartaz da aula anterior.
Duração aproximada: quatro aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira
como ela será conduzida.
Desenvolva-a por partes (planejamento, textualização e revisão), orientando
os agrupamentos a cada vez.
Na primeira etapa, organize coletivamente a função de cada integrante do
grupo, ou seja, quem será o escriba do conto que será produzido, o revisor,
quem será responsável por ditar para o escriba.
Para iniciar o procedimento de planejamento do texto, pegue o cartaz com
o planejamento da produção coletiva do conto e retome como foi realizada
a produção anterior.
Oriente os alunos que, ao planejar a escrita da narrativa, é fundamental reto-
mar alguns aspectos próprios da escrita de contos de mistério considerando
o roteiro abaixo:
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada em etapas:
JJ coletivamente, para que você, professor, possa comentar alguma necessi-
dade comum de aprendizagem dos alunos em relação à revisão do texto;
Parte A – 1ª aula
Encaminhamento
Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e a maneira como
ela será conduzida.
Desenvolva-a por partes, orientando os agrupamentos a cada vez.
Na primeira etapa, converse com toda a classe a respeito de alguma neces-
sidade para revisão que tenha observado a partir da leitura dos textos dos
alunos. Oriente-os que receberão bilhetes apontando palavras ou trechos dos
textos que serão revisados. Apontar, nos próprios textos dos alunos, com
marca-texto trechos com questões de ortografia, gramática e pontuação a
serem corrigidas posteriormente.
Oriente os alunos quanto ao que deverão revisar no texto, observando se fize-
ram uso do que já aprenderam, como pensar em diferentes modos de iniciar
a narrativa, se descreveram os personagens, suas características e se o fize-
ram corretamente, se utilizaram expressões linguísticas adequadas ao gênero,
apresentaram o mistério, onde aconteceu, como e de que forma foi descoberto.
Devolva o texto para os alunos e solicite que analisem considerando os tex-
tos produzidos.
que fazer. Cuide para que eles estejam, também com seus textos em mãos.
PLANILHA DE AUTOAVALIAÇÃO
Projeto “Contos de mistério”
Aluno: Data:
Observações do professor
Etapa 5
Edição e preparação final
da coletânea de contos de mistério
Objetivo
Montar o livro-coletânea observando as partes que o compõe.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será coletiva no início; depois, os alunos
trabalharão em pequenos grupos, por divisão de tarefas.
Materiais necessários: livros diversos para análise, folhas para impressão,
computador para digitação e edição final.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Disponha livros diversos pela classe. Reúna os alunos em roda e oriente o
trabalho. Explique que, para que eles mesmos possam organizar a coletânea,
precisam antes observar como os livros se apresentam, de que partes são
compostos. Para isso, peça que circulem pela sala e observem os materiais
expostos, anotando as seções ou partes que conseguirem identificar.
Quando os alunos terminarem, reúna-os novamente e faça um levantamento
do que descobriram, anotando os itens na lousa. Essa será uma referência
importante para que depois as tarefas possam ser distribuídas nos grupos.
Etapa 6
Preparação da divulgação
da coletânea de contos
ATIVIDADE 6: DIVULGANDO O
LANÇAMENTO DA COLETÂNEA
Objetivo
Elaborar o convite do lançamento da coletânea.
Encaminhamento:
Converse com os alunos sobre a necessidade de divulgar o lançamento da
coletânea e como será realizada.
Como sugestão, poderá ser elaborado um convite para ser enviado aos alu-
nos do quarto ano, ao diretor, ao professor coordenador e ao professor da
sala do quarto ano.
Retome com os alunos os itens que devem compor um convite como: nome
do evento, local, data e horário.
Elabore coletivamente com os alunos os convites, digite-os, imprima-os e
envie aos convidados.
Etapa 7
Avaliação final
do trabalho desenvolvido
Objetivo
Planejamento
Etapas Atividades
Etapa 1 – Atividades de Atividade 1A – Pesquisar diversos portadores textuais,
lazer. buscando indicações de atividades de lazer.
Atividade 1B – Organizando dicas de lazer.
Atividade 1C – Descobrindo o lazer em sua cidade.
Etapa 2 – Conhecer a mata Atividade 2 – Procurando indicações de passeios que
atlântica. incluam conhecer a mata atlântica.
Etapa 1
Atividades de lazer
Objetivos
Conhecer meios e recursos para pesquisar sobre possibilidades de lazer co-
locadas para o paulistano.
Construir procedimentos de pesquisa de informações a partir de referências
específicas de conteúdo.
Entrar em contato com portadores textuais – e veículos – que podem ser
fonte de informação a respeito do tema.
Desenvolver capacidades de localizar, inferir e generalizar informações.
Desenvolver procedimentos de leitura inspecional.
Leitura inspecional
Tem duas funções específicas: primeira, prevenir para que a leitura poste-
rior não nos surpreenda; segunda, para que tenhamos chance de escolher quais
materiais leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impres-
são sobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias”.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade é coletiva e os alunos podem ficar em círculo.
Materiais necessários: jornais, suplementos de jornais que contêm dicas cultu-
rais, revistas e outros materiais nos quais seja possível encontrar dicas de lazer.
Duração aproximada: 40 minutos.
Encaminhamento
Objetivos
Encaminhamento
Peça aos alunos que se reúnam em duplas e leiam as dicas de lazer que
constam da coletânea. Quando terminarem, deverão responder as questões,
selecionando as informações e fazendo o que é solicitado.
Antes de encerrar a aula, compartilhe as respostas das duplas, que deverão
conferir o que fizeram e fazer as devidas correções, caso necessário.
Atividade do aluno
Você vai ler agora as informações sobre três interessantes passeios que po-
demos fazer em São Paulo. Após ler os textos, responda as perguntas em seu ca-
derno e faça o que se pede.
1. Q
ual dos passeios é o mais caro, Catedral da Sé ou Aquário de São Paulo?
2. Em qual deles podemos conhecer melhor a vegetação da mata atlântica?
3. O que podemos aprender visitando cada um desses lugares?
4. Em que horário funciona o Aquário de São Paulo?
5. Quais dias da semana a Catedral da Sé está aberta para visitação?
6. Como é feito o atendimento às escolas na Cidade das Abelhas?
7. Qual desses passeios você gostaria de fazer?
8. Q
ual deles você recomendaria ao seu parceiro de trabalho da dupla? Justifi-
que sua resposta.
Etapa 2
Conhecer a mata atlântica
Objetivos
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada coletivamente e os alunos
poderão estar dispostos em círculo.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: cerca de 40 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade e
de como se desenvolverá.
Oriente-os para que retomem o material de leitura já investigado e procurem
quais dessas indicações de passeios incluem conhecer a mata atlântica.
Comece por solicitar-lhes que, considerando a lista de tipos de indicações e
atividades de lazer encontradas em aula anterior, digam onde precisam pro-
curar; na relação de quais tipos de passeios pode haver algum que inclua
conhecer a mata atlântica. Espera-se que eles deduzam que precisa ser na
parte em que estão relacionados passeios a parques.
Em seguida, oriente-os a fazer a busca.
Organize um círculo de leitura dos passeios escolhidos e solicite que todos
leiam as indicações que encontraram.
Provavelmente encontrarão várias indicações de passeio a parques, mas
sem referências sobre a possibilidade de se visitar a mata atlântica. Isso é
preciso tematizar: pergunte aos alunos, depois de lerem a indicação, se é
possível saber se o parque está em uma região de mata nativa.
É possível que os alunos cheguem à conclusão de que os parques de São
Paulo terão, necessariamente, mata nativa, já que a cidade está numa região
de mata atlântica. No entanto, é preciso problematizar essa questão: trazer à
tona o fato de que nos parques pode ter havido reflorestamento, e esse pode
incluir espécies vegetais não nativas. Além disso, é importante informá-los
também que alguns parques e reservas ambientais abertos ao público conser-
vam vegetação de mata secundária, e não nativa, pois o reflorestamento se fez
necessário para garantir a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção.
Assim, deve-se ter informações precisas a respeito da vegetação local. Termi-
nada a leitura da indicação, é necessária uma pesquisa a esse respeito.
Evidentemente, não se tomará para pesquisar qualquer das indicações lidas, mas
apenas aquelas que tiverem pistas sobre a possibilidade de haver mata nativa no parque.
Atividade do aluno
Unidade de conservação
Áreas territorialmente definidas, criadas e regulamentadas legalmente (por
meio de leis e decretos), que têm como um dos seus objetivos a conservação
in situ da biodiversidade.
Conservação ex situ
Diante da realidade de degradação ambiental e perda de biodiversidade, os
animais cativos são um grande patrimônio genético de suma importância para
a conservação das espécies. O tratamento correto das espécies, seja na ma-
nutenção como no manejo demográfico e genético, é prioritário para manter po-
pulações viáveis. Além disso, são fundamentais a documentação e informação
sobre as espécies mantidas em condições ex situ.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO – http://www.portaleducacao.com.br/biologia/
artigos/25099/conservacao-in-situ%20-%20ixzz2yrIBGDUc#ixzz3BnNLvjuN
Acesso em 29 de agosto de 2014.
Objetivos
Definir critérios de busca de indicações que incluam conhecer a mata atlântica.
Identificar nas indicações encontradas as que atendem ao critério definido.
Ler as recomendações e selecionar um passeio para ser feito.
Desenvolver procedimentos de leitura inspecional.
Desenvolver capacidades de localizar, inferir, construir e generalizar informações.
Conhecer meios e recursos para pesquisar sobre possibilidades de lazer co-
locadas para o paulistano.
Construir procedimentos de pesquisa de informações a partir de referências
específicas de conteúdo.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada ora em duplas, ora coletivamente.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: quatro aulas de 40 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos para apresentação das finalidades da atividade e
de como se desenvolverá.
1ª aula
Refere-se ao estudo do Jardim Botânico enquanto instituição: sua finalidade,
seu envolvimento com a educação, sua localização geográfica.
Peça aos alunos que leiam o texto 3A “Histórico do Jardim Botânico de São
Paulo”.
2ª aula
Nessa aula, considere com os alunos a importância dessa zona de preserva-
ção da mata atlântica e proponha que sua turma também realize uma visita
educativa a esse lugar. Para encaminhar esse trabalho, converse com eles
sobre o que é uma visita monitorada, já que é fundamental para que plane-
jem uma possível visita.
Para começar, proponha a leitura compartilhada do texto 3B (“Visitas edu-
cativas”), chamando a atenção dos alunos para os aspectos práticos dessa
visitação, como horários, preços e outras informações.
Depois, faça com eles um estudo do roteiro de visitação, que inclui um mapa
com todos os pontos previstos para visita. Faça a exploração desse mapa
coletivamente, articulando o estudo dele com as informações dos textos com-
plementares. Chame a atenção dos alunos para as legendas, os pontos de
referência, os possíveis trajetos, os nomes que aparecem em cada estação
do passeio. Estude também com os alunos possíveis roteiros.
Quando terminarem, faça com eles uma lista das providências que devem
ser tomadas para que o passeio seja possível.
3ª aula
Nessa aula, serão mais bem conhecidos alguns pontos da visita.
Proponha que os alunos se reúnam em duplas para ler os textos 3C, 3D e 3E
(respectivamente “Trilha da nascente do Jardim Botânico”, “Museu Botânico
Dr. João Barbosa Rodrigues” e o último, sem título), e peça que assinalem,
com marca-texto, as informações que julgarem mais importantes em cada um.
Quando terminarem, peça que conversem sobre as questões que seguem
os textos, compartilhando suas ideias e opiniões posteriormente, com o
grupo todo.
4ª aula
Nessa aula, os alunos descobrirão modos possíveis de chegar ao Jardim Bo-
tânico. Ainda que exista a possibilidade de a turma fazer o passeio coletivamente,
Atividade do aluno
1. V
amos conhecer melhor uma importante zona de preservação da mata atlân-
tica. Faça a leitura silenciosa dos texto 3A, lembrando-se de:
a. ler cada um dos parágrafos e, usando seu lápis ou marca-texto, anotar,
na margem esquerda do texto, palavras-chave que sintetizem o conteúdo;
2. Nesta aula você vai conhecer melhor o Jardim Botânico, explorando o mapa
do lugar. Como você já sabe, é possível fazer visitas monitoradas, mas antes
é preciso obter informações importantes a respeito do funcionamento do par-
que. Leia o texto 3B e o mapa, e depois ajude seu professor e colegas a ela-
borarem uma lista de providências necessárias para fazer esse passeio.
3. C
om seu professor, estude, ponto a ponto, todos os lugares pelos quais
você passará se for realizar essa visita, desde quando entra no parque até
quando sai dele. Para mais informações sobre alguns dos pontos pelos
quais você passará, observe o mapa com atenção.
4. A
gora que já conhece um pouco mais sobre o Jardim Botânico, principalmen-
te sobre a visita educativa que se pode fazer, vamos conhecer um possível
roteiro de visitação. Após a leitura dos textos a seguir, responda as ques-
tões correspondentes.
©Rubens Chiri/Banco de imagens do Estado de São Paulo
TEXTO 3C
Trilha da nascente do Jardim Botânico
A trilha da nascente do Riacho do Ipiranga, inaugurada
no dia 4 de junho de 2006, está instalada no Parque
Estadual das Fontes do Ipiranga (PEF), um dos últimos
remanescentes de mata atlântica bem preservada na
região metropolitana de São Paulo.
Aberta no interior da reserva florestal, com 360 metros
de extensão e três áreas de observação, o visitante vai
percorrer inicialmente um trecho de mata em recupera-
ção, seguindo para uma área com elevada diversidade
de espécies, como samambaias, bromélias e palmitos,
além de árvores imensas.
No final do percurso, o visitante chegará a uma das nascen-
tes do Riacho do Ipiranga.
TEXTO 3D
Museu Botânico “Dr. João Barbosa Rodrigues”
O Museu Botânico “Dr. João Barbosa Rodrigues” foi idealizado por Hoehne com o
objetivo de ser um instrumento de divulgação científica, educação e comunicação
para o público visitante do Jardim Botânico de São Paulo. A construção do museu
teve inicio em 1940 e sua inauguração se deu em março de 1942, por ocasião do
centenário do nascimento do Dr. João Barbosa Rodrigues, naturalista de grande
expressão para a botânica brasileira. Seu prédio, em formato de cruz, abriga cin-
co salas, exibe no teto da sala central um vitral inspirado na flora brasileira e as
paredes externas adornadas por placas de terracota que ilustram representantes
da flora nativa.
©Genivaldo Carvalho/IMESP
Museu Botânico
TEXTO 3E
No Museu Botânico encontram-se inúmeras amostras de plantas da flora brasi-
leira, uma coleção de produtos extraídos de plantas, fibras, óleos, madeiras, se-
mentes e também quadros e fotos representativos dos diversos ecossistemas
do estado. No conjunto arquitetônico-cultural do Jardim Botânico destacam-se,
além do museu, o Jardim de Lineu – inspirado no Jardim Botânico de Uppsala,
na Suécia –, as estufas históricas, o portão histórico de 1894 e o arco das
nascentes do Riacho Ipiranga.
©Instituto de Botânica/Jardim Botânico de São Paulo - www.ibot.sp.gov.br
Considerando onde você mora, se você não fosse com um veículo próprio da
família, quantos ônibus, metrô ou trem teria que utilizar?
Etapa 4
Reinvestindo o conhecimento aprendido
ATIVIDADE 4: RECOMENDAÇÕES
PARA OUTRO PASSEIO
Objetivos
Retomar procedimentos de planejamento de passeio desenvolvidos durante
as atividades anteriores.
Consultar informações em sinopses de recomendação, sabendo em quais
portadores é possível obtê-las.
Pesquisar sobre o lugar, levantando dados sobre suas características, loca-
lização geográfica, acessibilidade.
Fazer levantamento de meios de transporte e tempo necessários para che-
gar ao local.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada em duplas.
Materiais necessários: folhas das atividades realizadas até o momento, para
que os alunos possam recuperar os procedimentos, computadores com in-
ternet. Caso isso não seja possível, o professor poderá entrar pessoalmente
no site recomendado e providenciar fotocópias das páginas necessárias para
a realização da atividade.
Duração aproximada: 50 minutos.
Procedimentos avaliáveis
No ensino fundamental, é cada vez mais importante que se exija dos alunos ler,
comunicar-se oralmente e escrever como instrumentos importantes para a aprendizagem
de conteúdos de outras áreas. Daí a necessidade de incorporar os usos “acadêmicos” da
leitura, da fala e da escrita. Isso poderá fazer com que os alunos tenham mais oportuni-
dades para utilizar ferramentas que lhes permitam a aprendizagem de vários conteúdos.
Em uma exposição oral, aspectos como altura e tom de voz, clareza na dicção,
ritmo, gestual e atitude corporal são itens que precisam ser foco de ensino, pois im-
Produto final
Etapa Atividade
Etapa 1 – Por onde anda o Atividade 1 – Levantando conhecimentos prévios sobre
universo? o tema.
Etapa 2 – Compartilhando o Atividade 2 – Compartilhando o projeto e organizando o
projeto. trabalho.
Etapa 3 – Estudando Atividade 3A – Desequilíbrios provocados pelo homem.
sobre meio ambiente, Atividade 3B – O desmatamento e sua influência em
desmatamento e diferentes problemas ambientais.
sustentabilidade. Atividade 3C – O desmatamento no Brasil e no mundo.
Atividade 3D – A mata atlântica e sua história.
Atividade 3E – O símbolo dourado da mata atlântica.
Atividade 3F – A vida na mata.
Atividade 3G – Desmatamento e sustentabilidade.
Etapa 4 – Estudo e Atividade 4 – Planejando o seminário.
planejamento do seminário.
Etapa 5 – Estudo e Atividade 5A – Investigando saberes dos alunos a
planejamento da exposição respeito de uma exposição oral.
oral. Atividade 5B – Analisando recursos da organização
interna de uma exposição oral.
Atividade 5C – Planejando uma exposição oral.
Etapa 6 – Avaliação do Atividade 6 – Avaliação final do trabalho.
trabalho desenvolvido.
O projeto
Tema: “Universo ao meu redor”.
Produto final: seminário temático, que discutirá:
JJ Ações humanas que provocam problemas ambientais;
JJ Consequências dessas ações para a vida das pessoas; o desmatamento;
JJ Os biomas brasileiros principais e a biodiversidade;
JJ A mata atlântica como um dos biomas mais ricos em diversidade do planeta;
JJ Sustentabilidade: o que é?;
JJ Ações que podem garantir a sustentabilidade da vida na Terra em rela-
ção ao desmatamento.
Finalidade do seminário: informar e conscientizar os demais alunos sobre a
importância da sua ação para a organização de uma vida sustentável, perce-
bendo as consequências da mesma para a qualidade da vida no planeta, de
modo que se sintam incentivados a mudar suas atitudes.
Público: alunos de todos os 4º anos da escola.
Etapa 1
Por onde anda o universo?
ATIVIDADE 1: LEVANTANDO
CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE O TEMA
Objetivos
Recuperar os conhecimentos prévios sobre o tema, montando um mapa ge-
ral dos desequilíbrios do planeta provocados pelo homem, suas causas e
suas consequências.
Iniciar uma discussão a respeito das questões ambientais da atualidade.
Relacionar as questões discutidas com o fator desmatamento, para que
possamos estabelecer, na próxima atividade de abordagem temática do
projeto, uma relação com o tema mata atlântica, desmatamento e desen-
volvimento sustentável.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será desenvolvida em grupos de quatro
participantes, com exposições coletivas posteriores à discussão em grupo.
Materiais necessários: textos que serão lidos – presentes na Coletânea de
atividades.
Duração aproximada: 50 minutos.
Atividade do aluno
1. R
eúna-se com seu grupo e observe a figura a seguir.
Agora, respondam:
Vocês consideram que a Terra está mesmo doente?
Se responderem sim, quais seriam as doenças da Terra? Expliquem.
Registrem as observações nas linhas abaixo:
TEXTO 1
©Robson Minghini/IMESP
TEXTO 2
Áreas férteis transformadas em desertos, florestas devastadas, plantas e bi-
chos ameaçados de extinção, rios, lagos e mares poluídos, substâncias tóxicas
no ar que respiramos... uma diversidade de problemas decorrentes, unicamente,
da falta de cuidado do homem com o planeta.
Que relação vocês percebem entre esse texto e o primeiro texto referente ao
planeta Terra? Expliquem.
E entre esse texto e as “doenças da Terra”? Junto a seus colegas de grupo,
tente explicar cada um dos tópicos apresentados nesse texto, identificando
seus efeitos na vida das pessoas. Acrescentem a esses tópicos outros que
você e a classe tenham identificado na reflexão coletiva. Registrem as suas
reflexões abaixo.
Etapa 2
Compartilhando o projeto
ATIVIDADE 2: COMPARTILHANDO O
PROJETO E ORGANIZANDO O TRABALHO
Objetivos
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada coletivamente.
Encaminhamento
Após a escolha do tema e a eleição dos conteúdos a serem estudados pe-
los alunos e do texto que será produzido, é hora de compartilhar o objetivo
do projeto e propor aos alunos a sua realização. É nessa etapa que se dis-
cutem os propósitos do trabalho e as possibilidades de produtos finais pa-
ra destinatários reais (que permitam, preferencialmente, criar laços com a
comunidade). Neste caso, propomos como produto final a realização de um
seminário em que os alunos possam socializar o que aprenderam.
Inicie uma roda de conversa retomando com os alunos os comentários sobre
meio ambiente realizados na aula anterior, procurando envolvê-los no desen-
volvimento do projeto.
Pergunte se imaginam por que foi feita a pergunta sobre desmatamento de
florestas na atividade anterior, entre tantas outras ações humanas que pro-
vocam problemas ambientais graves para o planeta. Explique que o desma-
tamento foi selecionado, pois o projeto aprofundará a discussão a respeito
dele, focalizando o que vem acontecendo com a mata atlântica, o bioma mais
rico em diversidade do planeta.
Explique que, para desenvolver o estudo a respeito de um tema, é necessário
fazê-lo em etapas e, para isso, precisam distinguir o que já sabem, que hipó-
teses o grupo tem, para depois identificarem o que ainda necessitam apren-
der. Também precisarão, durante o estudo, elencar quais são as informações
mais relevantes e como serão organizadas para a confecção do produto final.
Confeccione um cartaz para organização e consulta dessas questões, distin-
guindo o que já sabem e o que precisam saber (este item pode já ser redigido
em forma de perguntas).
A seguir, levante com os alunos possíveis fontes de informação em que pode-
rão encontrar respostas às suas dúvidas, como livros, revistas, enciclopédias,
internet, textos jornalísticos, documentários. Além disso, poderão entrevistar
especialistas e pessoas da comunidade.
Durante a pesquisa, propriamente, os alunos exercitarão importantes pro-
pósitos da linguagem, que se referem a ler para aprender, para se apropriar
das características e da linguagem própria do texto informativo e também
farão uso da escrita com função expositiva. Terão a oportunidade de cole-
tar, selecionar, organizar e socializar informações, e é interessante combinar
Etapa 3
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Explique aos alunos que, para iniciar o estudo, farão uma primeira leitura de
textos que os ajudarão a se familiarizar com o tema.
Comente que, durante a leitura, encontrarão textos com “palavras difíceis”
com as quais é importante se familiarizar. Para compreendê-las, deverão
guiar-se pelo contexto das frases, discutindo o que entenderam com os co-
legas do grupo.
Oriente os alunos para que leiam e estudem os verbetes (veja informações
adicionais abaixo). Enquanto leem e conversam, passe pelos grupos e vá
orientando a leitura e a reflexão dos alunos, no sentido de que percebam:
JJ que as consequências não estão diretamente ligadas a nenhum proble-
ma porque se encontram ligadas a vários deles ao mesmo tempo; cada
uma das consequências da ação humana acontece por uma combinação
de fatores, e não por um fator isolado. Para auxiliá-los nessa reflexão,
recorra ao quadro “Desequilíbrios provocados pelo homem”;
JJ que o desmatamento é uma ação do homem que acarreta várias conse-
quências para a vida dele.
Oriente os alunos para que organizem os verbetes no caderno ou em uma
pasta, de maneira que possam constituir, de fato, um pequeno dicionário
sobre o meio ambiente.
Parte B – 2ª aula
Concluída a leitura dos verbetes e a anotação de observações no caderno,
inicie uma discussão coletiva, solicitando que cada pequeno grupo exponha
o que entendeu a respeito de cada verbete. Esse é um importante momento
de esclarecer dúvidas e ampliar a compreensão dos alunos, que talvez pre-
cisem de ajuda para estabelecer relação entre as definições apresentadas
pelos textos.
Aproveite para retomar, coletivamente, o quadro esquemático (Desequilíbrios
provocados pelo homem) e verifique as relações de causa e consequência
que o mesmo apresenta, garantindo que as crianças compreenderam as no-
ções ali apresentadas.
A seguir, oriente os alunos para que voltem ao quadro inicial de problemas
ambientais levantados por eles, analisando de que maneira o estudo con-
tribuiu para a ampliação e o aprofundamento da compreensão do assunto.
Atividade do aluno
1. L eia com seus colegas de grupo os verbetes sobre o efeito estufa, chuvas
ácidas, desertificação, biodiversidade, ecossistema e erosão. Eles apresen-
tam uma relação dos problemas ambientais da atualidade, suas causas e
também suas consequências.
Efeito estufa
Efeito estufa é um mecanismo natural do planeta que mantém a temperatura
apropriada ao equilíbrio de todas as formas de vida na Terra. No entanto, devido
à queima e devastação das florestas e emissão de gases poluentes na atmos-
fera (gerado principalmente pelas indústrias e veículos nos centros urbanos
das cidades), o calor fica retido nas camadas mais baixas da atmosfera e gera
graves problemas à saúde humana e ao meio ambiente.
Entre os efeitos da poluição associada ao efeito estufa, destaque para o expres-
sivo aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas, derretimen-
to das geleiras polares, alteração do equilíbrio dos ecossistemas e desapareci-
mento de certas espécies vegetais e animais. As mudanças climáticas podem
provocar furacões, tempestades, secas e enchentes em determinadas regiões do
planeta. Outras consequências negativas são as doenças respiratórias e cardio-
vasculares, alterações comportamentais e outros problemas de saúde.*
Chuva ácida
A chuva ácida é composta de ácidos derivados da queima de carvão, combustí-
veis fósseis e poluentes industriais. Ao chegar à superfície, a chuva ácida ocasio-
na impactos ambientais negativos, como alteração das características do solo e
das águas, destruição de florestas e de lavouras. Na zona urbana, provoca alte-
rações físicas em monumentos históricos e edificações. Existem muitas formas
de poluentes na atmosfera, entre elas usar combustíveis alternativos, preferir o
transporte coletivo em vez do carro particular e outras medidas antipoluição.*
Biodiversidade
É a rica diversidade das espécies da fauna e flora existentes no planeta ou em
certa região. Distribuídos irregularmente na Terra, mais de 14 milhões de seres
vivos são encontrados principalmente em locais com bastante luz, sol, água
doce e clima regular. Por concentrar mais de 70% dos animais e vegetais do
planeta, o Brasil é considerado megabiodiverso pela organização não governa-
mental americana Conservation International.*
O que é ecossistema?
É o relacionamento equilibrado e harmonioso de todas as espécies de animais,
vegetais, organismos microscópicos e o ambiente, composto pelos elementos
solo, água e atmosfera. Quem modifica um desses elementos ocasiona alte-
rações no equilíbrio do ecossistema. Para ilustrar, pense num agricultor que
decide cultivar certo vegetal numa grande área de mata nativa. O resultado será
destruição da cadeia alimentar, o que prejudicará os animais que consomem
aquela planta destruída e outros seres vivos que comem esses bichos.*
O que é erosão?
Erosão é a ação destrutiva do solo, que perde sua composição nutritiva e se tor-
na infértil à vegetação. O resultado é o desequilíbrio da natureza. Quando ocorre
a erosão, certas partículas importantes para o desenvolvimento dos vegetais se
desprendem da terra e são movidas pela água, vento ou atividades do homem.
A erosão apresenta três diferentes níveis de profundidades: sulcos, ravinas ou
voçorocas. Sulcos são pequenos orifícios (buracos) com até 10 centímetros de
profundidade. Ravinas são escavações na terra de até 50 cm. Voçorocas são
alterações na terra que chegam a 50 cm de profundidade. Deve-se investir no
controle de erosão para evitar esses danos ao ecossistema.*
QUEIMADAS
MATAS E FLORESTAS
MAIS DESERTOS
MATANÇA DE ANIMAIS EXTINÇÃO DE ESPÉCIES E MENOS OXIGÊNIO
LIXO POLUIÇÃO DO AR
QUEIMA DE COMBUSTÍVEL
FÓSSIL DIMINUIÇÃO
CHUVA ÁCIDA DA BIODIVERSIDADE
PRODUTOS QUÍMICOS
NA AGRICULTU RA
POLUIÇÃO DA ÁGUA
ESGOTO LANÇADO
DOENÇAS
NOS RIOS
E FOME EM MASSA
LIXO TÓXICO
ENVENENAMENTO
DA VIDA AQUÁTICA EXTINÇÃO
USINA NUCLEAR RADIOATIVIDADE E DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DA VIDA NA TERRA
3. D
epois de ter discutido o que entendeu junto a seu grupo, anote as informa-
ções mais importantes sobre cada um dos temas apresentados.
4. A
seguir, apresente a reflexão do grupo para a classe e discutam-na coletiva-
mente.
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Converse com os alunos para apresentação dos propósitos da atividade e
oriente-se quanto ao desenvolvimento do trabalho.
Depois de anunciar que o texto trata de alguns problemas graves do planeta,
leia com os alunos a primeira parte do texto “A escassez da água”, auxilian-
do-os a utilizar os procedimentos de estudo (ensine-os a fazer anotações
na margem esquerda da folha, identificando do que trata o trecho do texto,
grifar tópicos fundamentais para a compreensão do assunto e reescrever,
com suas próprias palavras, o que entenderam de expressões ou termos que
consideraram “difíceis” durante a leitura). Enquanto leem, comente o que diz
o texto, certificando-se que os alunos compreenderam o que está escrito.
Deixe que as duplas deem prosseguimento à atividade, realizando a leitura
da segunda parte do texto. Oriente-os para que utilizem os mesmos procedi-
mentos de estudo empregados no texto inicial.
Atividade do aluno
1. C
om seu parceiro de trabalho, leia os textos apresentados a seguir. Eles
demonstram alguns dos problemas ambientais atuais, suas causas e conse-
quências para a vida do planeta. Em cada um, faça anotações nas margens
do texto ou no caderno sobre o que considerar importante e identificando as
ideias principais.
A escassez da água
De acordo com pesquisa divulgada em 2003, o abastecimento de água aos ha-
bitantes da Terra está garantido apenas nos próximos 20 anos. Da quantidade
total do precioso líquido existente no planeta, 97% é encontrado nos mares e
oceanos (água salgada), 2%, nas geleiras e icebergs (água doce) e menos de 1%
serve ao consumo humano (potável).
Diante desses números, é nítida a crise da água. O problema apresenta diversas
causas, entre elas, o rápido aumento da população e destruição acelerada das
florestas, que prejudica as áreas de nascentes de rios e matas ciliares (vegeta-
ção que se desenvolve em áreas próximas a rios). A ocupação irregular de pes-
soas em regiões próximas a mananciais (nascentes de água) e o cultivo agrícola
em áreas muito extensas, que obstrui leitos dos rios (assoreamento) também
contribuem para a crise da água.
Os danos à atmosfera
A atmosfera funciona como uma capa protetora do nosso planeta; uma capa que
mantém a temperatura equilibrada tanto de noite como de dia, permitindo que
não escape calor absorvido do Sol e mantendo o planeta aquecido para que a
vida seja possível. É isso que se denomina de efeito estufa.Sem esse cobertor
natural, a vida na Terra não seria possível, pois a temperatura média do planeta
seria de 17 ºC negativos e sua superfície permaneceria coberta de gelo.
O problema é que essa capa vem sendo agredida tanto pelo desflorestamento
quanto pela queimada desenfreada de combustíveis fósseis, como petróleo e
carvão, pois isso provoca o aumento de gás carbônico na atmosfera e, dessa
maneira, o planeta fica mais quente.
Os pesquisadores afirmam que as maiores consequências desse aqueci-
mento são os invernos cada vez mais rigorosos; a ocorrência de chuvas tor-
renciais e outras perturbações meteorológicas; a diminuição da espessura
da camada de gelo polar no verão. Além disso, também a temperatura dos
oceanos tem aumentado, o que provoca enorme impacto na cadeia da vida
marinha e outros problemas.
Outro problema da atmosfera terrestre é a destruição da camada de ozônio, que
protege contra o câncer de pele e outros efeitos negativos da radiação ultravio-
leta emitida pelos raios solares. Segundo os cientistas, os gases emitidos pelos
refrigeradores e outros produtos industrializados – clorofluorcarbono (CFC) – têm
destruído as moléculas desse escudo protetor, que é a camada de ozônio, provo-
cando o aparecimento de um gigantesco buraco que, em certas ocasiões, chega
a atingir 31 milhões de quilômetros quadrados.
A ameaça à biodiversidade
A biodiversidade do planeta tem sido terrivelmente ameaçada nos últimos tem-
pos, provocando a destruição de inúmeras espécies da flora e da fauna. No Bra-
sil, campeão mundial em número de espécies, dois ecossistemas encontram-se
em situação crítica: a mata atlântica e o cerrado, que figuram na lista dos 25
ambientes mais ameaçados do mundo.
As causas dessa catástrofe são as seguintes: a exploração de madeira, o avanço
das fronteiras agrícolas, a caça e a extração ilegais e a devastação das florestas.
2. D
epois de ter lido os textos, comentando-os com seu colega, socialize suas
anotações com o restante da classe.
3. A
seguir, responda: qual é a ação humana apresentada como causa de to-
dos os problemas de que o texto fala? Explique.
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Inicie essa aula com o grupo todo reunido. Faça a leitura compartilhada do
enunciado da atividade, discutindo as questões que, na sua avaliação, pre-
cisam de auxílio para que sejam compreendidas. Depois, peça que leiam o
verbete – sobre espécies endêmicas – e articule-o com o texto do enunciado,
que esclarece a definição de hotspot.
A seguir, faça, com os alunos, uma leitura do infográfico, articulando com ele
os textos-sínteses de cada hotspot. Leia antes a legenda, focalizando os íco-
nes apresentados e o seu sentido, pois é isso que possibilitará a interpreta-
ção correta dos textos com as informações de cada hotspot.
Parte B – 2ª aula
Peça aos alunos que se reúnam em duplas e façam, no caderno, o que é
pedido:
JJ Copie do texto o trecho que define hotspot.
JJ O infográfico que você leu mostra os dez hotspots mais críticos do planeta.
JJ Qual deles se encontra no Brasil?
JJ Qual é o hotspot que tem mais espécies endêmicas ameaçadas de
extinção?
JJ No infográfico, sublinhe a principal ameaça que assola as montanhas
do sudeste chinês.
Quando terminarem, socialize as respostas, pedindo que os alunos ex-
pliquem também que recursos utilizaram para encontrar as informações
solicitadas. Essa é uma boa oportunidade de socializar procedimentos de
localização de informações em infográficos, o que pode ajudar alunos que
tenham alguma dificuldade.
Parte C – 3ª aula
O objetivo desta aula é que os alunos vivenciem diferentes maneiras de apre-
sentar uma mesma informação. Para isso, deverão reler o infográfico e locali-
zar o hotspot 4, que aborda a ameaça à biodiversidade da costa leste africana.
Coletivamente, os alunos deverão transformar as informações apresentadas
num pequeno texto informativo, a ser redigido por todos, mas no qual você
será o escriba. Oriente-os a refletir sobre a necessidade de “dizer” as mes-
mas informações, porém de um modo mais elaborado. Chame a atenção de-
les para o fato de que, em um infográfico, as informações são apresentadas
de forma sucinta, com poucas palavras, e com imagens que funcionam co-
mo legendas. Esse é um modo de favorecer a leitura rápida da informação.
Explique-lhes também que o mesmo pode ser dito sem tanta economia de
palavras, por meio de um texto dissertativo, que explica as informações uti-
lizando frases completas.
Atividade do aluno
1. J unto a seu professor e amigos, leia e discuta os textos abaixo. Depois, ana-
lise e comente com sua turma o infográfico apresentado a seguir, que faz
parte de uma pesquisa sobre biodiversidade ameaçada no mundo.
Espécies endêmicas
São as espécies que só são encontradas em determinadas regiões geográficas
específicas (em geral, nas regiões de origem). Para alguns autores, é sinônimo
de espécie nativa.
2. R
eúna-se com seu colega de trabalho e responda, no caderno, as questões
a seguir:
a. Copie do texto o trecho que define hotspot.
b. O infográfico que você leu mostra os dez hotspots mais críticos do planeta.
Qual deles se encontra no Brasil?
c. Qual é o hotspot que tem mais espécies endêmicas ameaçadas de extinção?
d. No infográfico, sublinhe a principal ameaça que assola as montanhas do-
sudoeste chinês.
e. Quando terminarem, contem aos demais o que descobriram e também
como fizeram para encontrar as informações solicitadas.
3. E
scolha um dos hotspots do infográfico e, em seu caderno, escreva um tex-
to que explique as mesmas informações. Lembre-se de usar frases comple-
tas, e não legendas ou palavras-chave.
HOTSPOT 5 HOTSPOT 6
CHIFRES DA ÁFRICA BACIA DO MEDITERRÂNEO
Região árida, é o hábitat da maioria Originalmente apresentava uma
das espécies de antílopes do flora quatro vezes maior que todo o
mundo. continente europeu.
1.659.363 Km². 2.085.292 Km².
2.968 Km² (5% da cobertura
8 8.009 Km² (4,7% da cobertura
9
original). original).
18. 34.
esmatamento para pastagem e
D Ocupação humana.
extração mineral.
HOTSPOT 7 HOTSPOT 8
MONTANHAS DO SUDOESTE CHINÊS INDOCHINA
Hábitat original de uma das mais Coberta principalmente pelas
ricas faunas de clima temperado, florestas tropicais do sudeste
a região tem altitudes que podem asiático. Apesar da devastação,
chegar a 7.558 metros. nos últimos doze anos, foram
descobertas seis novas espécies de
262.446 Km².
mamíferos.
0.996 Km² (8% da cobertura
2
2.373.057 Km².
original).
18.653 Km² (5% da cobertura
1
8.
original).
aça, extração de madeira
C
78.
e queimada para criação
de pastos. esmatamento para agricultura
D
e extração da madeira.
Onde a biodiversidade
está mais ameaçada
no planeta?
Fonte: Publicado na Revista Mundo Estranho, edição 64, em 01/6/2007, página 58-59.
Crédito: ©Andrei Cardoso/Abril Comunicações S/A.
Objetivos
Ampliar o conhecimento a respeito das características da mata atlântica: sua
extensão, estados que abrange, localização geográfica, paisagens, ações hu-
manas que provocam desmatamento.
Identificar razões para a preservação da mata.
Utilizar procedimentos de estudo de textos de divulgação científica.
Identificar aspectos principais em trechos de texto, de modo que se elabo-
rem sínteses destes.
Comparar dois textos para estabelecer semelhanças e diferenças sobre o
que dizem, ampliando as informações a respeito de um determinado tema.
Utilizar definições para estabelecer relações e ampliar o conhecimento sobre
a mata atlântica.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será realizada em vários momentos, sendo
uns de maneira coletiva e outros em duplas.
Materiais necessários: Coletânea de Atividades do aluno e mapa do Brasil:
divisão política.
Duração aproximada: quatro aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Solicite que os alunos, em silêncio e individualmente, leiam o texto “Mata
atlântica: da exuberância à devastação”.
A seguir, de maneira coletiva, oriente o estudo do texto. Durante o estudo,
vá discutindo com os alunos, retomando conceitos, detalhando explicações
e ampliando informações. Enquanto isso, recorra a um mapa com a divisão
política do Brasil e indique os estados em que se encontravam a mata atlân-
tica original e atual.
Lembre-se que os textos informativos têm termos próprios da linguagem cientí
fica, na qual palavras se referem muitas vezes a conceitos. Frequentemen-
A mata atlântica foi, muito provavelmente, uma das primeiras visões que a tripula-
ção de Cabral teve quando chegou ao Brasil. Nessa época, a exuberância da mata
se estendia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e ocupava mais
de 1 milhão de quilômetros quadrados.
Resultados catastróficos
De que forma a monocultura presente nos ciclos econômicos ao longo dos sé-
culos contribuiu para a devastação da mata?
Professor: auxiliar os alunos a perceberem que ao longo dos séculos a preocu-
pação com a riqueza fez com que a mata fosse pouco a pouco desaparecendo:
século XVII, a cana de açúcar; século XVIII, o ouro e pedras preciosas; século XIX,
ciclo do café.
Solicite que os alunos – mais uma vez em duplas – leiam o texto próximo,
buscando complementar as informações do texto anterior.
Parte C – 3ª aula
Peça aos alunos que leiam as definições de BIOMA e ECOSSISTEMA e ajude-
-os a estabelecer relações entre os aspectos fundamentais entre elas. Aqui,
vale destacar com eles que um bioma abrange diferentes ecossistemas, e
que a fauna e a flora compõem as comunidades biológicas de um bioma.
Parte D – 4ª aula
Para terminar a atividade, a ideia é discutir sobre a questão “Por que é neces-
sário preservar a mata atlântica?”. Os textos lidos até o momento oferecem
referências suficientes para essa discussão. Se você considerar necessário,
amplie a lista consultando as referências apresentadas.
Leia o texto apresentado, evidenciando outros aspectos importantes sobre a
preservação da mata. São questões que podem contribuir para a ampliação
da síntese final, a ser elaborada coletivamente, tendo você como escriba, e
registrada posteriormente pelos alunos, no caderno.
1. L eia o texto a seguir e com um colega, em seu caderno, elabore uma síntese
– que pode ser esquemática – e que contenha:
JJ desde quando a mata atlântica vem sendo devastada, por quem e como;
JJ manifestações históricas que demonstraram preocupações com o meio
ambiente;
JJ extensão da mata atlântica original e atual;
JJ motivos que têm provocado o desmatamento.
A mata atlântica foi, muito provavelmente, uma das primeiras visões que a tri-
pulação de Cabral teve quando chegou ao Brasil. Nessa época, a exuberância
da mata se estendia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e
ocupava mais de 1 milhão de quilômetros quadrados.
Os primeiros desbravadores das terras tupiniquins descreveram, durante anos,
a mata atlântica como uma floresta intocada, de enorme riqueza natural, que
levou muitos dos que aqui chegaram no início da colonização a acreditar que o
“paraíso na Terra” estava nas Américas.
A floresta era ocupada por grupos indígenas tupis relativamente numerosos,
como os tupinambás, que já praticavam a agricultura, mas em perfeito estado
de harmonia com a vida vegetal e animal.
Em contrapartida, a relação do colonizador com a floresta e seus recursos
foi, desde o início, predatória. Os colonos não percebiam a importância dos
benefícios ambientais que a cobertura florestal nativa trazia, além de serem
motivados pela valorização da madeira e do lucro fácil. Esses fatores levaram à
supressão de enormes áreas da floresta para a expansão de lavouras e assen-
tamentos urbanos e à adoção de práticas de exploração seletiva e exaustiva de
espécies como o pau-brasil – o que aconteceu antes mesmo da exploração do
ouro e das pedras preciosas.
[...]
“Terra Brasilis”, como ficou conhecida a nova colônia de Portugal, teve a origem
de seu nome diretamente ligada à exploração do pau-brasil e, portanto, ao início
da destruição da mata atlântica. Calcula-se que 70 milhões de árvores foram
levadas para a Europa. Atualmente, a espécie vive graças ao trabalho de grupos
ambientalistas que fazem seu replantio.
Resultados catastróficos
A exploração madeireira da mata atlântica teve importância econômica nacional
até muito recentemente. Segundo dados do IBGE, em meados de 1970, a mata
atlântica ainda contribuía com 47% de toda a produção de madeira em tora no
país, num total de 15 milhões de metros cúbicos – produção drasticamente re-
duzida para menos da metade (7,9 milhões) em 1988 devido ao esgotamento
dos recursos ocasionado pela exploração não sustentável.
3. A
gora, junto com seu par de trabalho, façam uma comparação entre o modo
como índios e portugueses lidavam com a floresta, estabelecendo seme-
lhanças e diferenças entre eles. Anotem suas ideias abaixo, para depois dis-
cutir com a turma.
Bioma
Conjunto da fauna e da flora que vive de forma adaptada em determinado ecos-
sistema. No Brasil, os biomas são amazônia, cerrado, mata atlântica, caatinga,
pampa e pantanal.*
Fonte de pesquisa: http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2009/10/biomas-brasileiros
Ecossistema
Ecossistema é o conjunto dos relacionamentos que a fauna, a flora, micro-
-organismos e o ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera,
mantêm entre si. Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacio-
nam com equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si.
A alteração de um único elemento causa modificações em todo o sistema, po-
dendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. Se, por exemplo, uma grande área
com mata nativa de determinada região for substituída pelo cultivo de um único
tipo de vegetal, pode-se comprometer a cadeia alimentar dos animais que se
alimentam de plantas, bem como daqueles que se alimentam destes animais.*
5. Converse com seu professor e colegas e discutam: Por que a mata atlântica
é um importante bioma brasileiro?
7. Para concluir este estudo, elabore, junto com seus colegas e professor,
uma síntese sobre a necessidade de preservar a mata atlântica. Registre suas
conclusões no espaço abaixo.
Objetivos
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Peça aos alunos que leiam o título do primeiro texto. Levante com eles pos-
síveis antecipações a respeito do tema e do que será lido e o que imaginam
que o texto trará de novas informações. Depois, peça que leiam o texto si-
lenciosamente para confirmar ou não suas hipóteses.
Quando tiverem terminado, socialize o resultado: as antecipações foram cor-
retas? Que novas informações o material apresentou? De onde essas infor-
mações foram retiradas? Quem as organizou para que pudéssemos lê-las?
Oriente-os a fazer um resumo para registrar o que aprenderam com a leitura,
lembrando-os de não esquecerem o título e as informações principais trata-
das no texto.
Parte B – 2ª aula
Agora que já sabem quem é o símbolo da mata atlântica, convide a turma a
conhecer um pouco melhor esse animal. Peça que leiam, silenciosamente, o
segundo texto e depois se reúnam em dupla para preencher a ficha técnica
desse animal e responder as perguntas.
Antes, explique que a ficha técnica apresenta as ideias principais de um tema
ou estudo, como acontece no resumo. Mas, diferentemente deste, a ficha se
caracteriza pelo registro breve das informações, que são escritas em itens,
por categorias ou subtemas.
No caso do mico-leão, os recortes temáticos já estão definidos, e para pre-
encher essa ficha, os alunos precisarão selecionar as informações no texto.
Depois, devem responder, no caderno, as questões cujas respostas também
exigem seleção de informações.
1. L eia o texto abaixo e depois converse com seu professor e colegas a respei-
to das informações que ele traz.
Quando terminar, faça um resumo em seu caderno, lembrando-se de indicar o
título e as ideias principais.
Agora que você já descobriu qual é o animal símbolo da mata atlântica, que
tal saber um pouco mais sobre ele?
2. Leia o texto abaixo em silêncio. Junte-se a seu colega de trabalho e conver-
se com ele sobre o que descobriu.
Mico-leão-dourado
Você sabia que o mico-leão-dourado é um mamífero dispersor de sementes?
Sim, ele é onívoro (come frutos, insetos, ovos, pequenos pássaros e lagartos)
e dissemina sementes na floresta, o que colabora para o reflorestamento, auxi-
liando na preservação da mata atlântica.
É conhecido como mico-leão-dourado devido a sua aparência: pelo dourado e
juba em torno da cabeça. O pequeno primata, que mede apenas 60 centíme-
tros, tem pelos sedosos que ganham vistoso brilho quando ex-
©Paulo Gil/Acervo FPZSP
Corpo
Alimentação
Hábitat
Hábitos
Longevidade
b. Copie o trecho do texto que cita outros nomes pelos quais o mico-leão-
-dourado é conhecido.
c. Escreva uma informação que você ache interessante sobre a vida em fa-
mília desse animal.
Objetivos
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Oriente os alunos a ler o título do texto, levantando suposições a respeito
de que tratará a aula.
Antes de procederem à leitura, propriamente, comente com eles que Ilha
Grande é um município de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e tem praias ma-
ravilhosas. Seria interessante mostrar imagens da internet ou mapas e fol-
ders do lugar.
Converse com eles e procure levantar, antes da leitura, que relações são
possíveis estabelecer entre esse lugar e a mata atlântica. Explore com eles
também o significado das palavras fauna e flora.
Quando tiverem concluído, peça que comecem a leitura do texto em silêncio.
Ele deverá ser comentado coletivamente, antes do final da aula.
A seguir, peça que completem o quadro de fauna e flora, classificando os se-
res que aparecem segundo o conceito de fauna e flora.
Parte B – 2ª aula
Retome o assunto da aula anterior explicando aos alunos que farão uma pes-
quisa para ampliar o conhecimento sobre a fauna e a flora da mata atlântica.
Para isso, selecione previamente materiais diversos para pesquisa, como
livros, revistas científicas, enciclopédias e álbuns de animais. Caso seja
possível, providencie também um computador com internet, bom aliado no
processo de busca de informações.
Essa aula será destinada a ensiná-los a fazer pesquisa, a encontrar infor-
mações específicas, além de ampliar o repertório dos alunos a respeito da
flora e da fauna. Para que isso aconteça, é necessário que você oriente os
alunos em relação à possibilidade de guiar-se pelo sumário, índice remissi-
vo, quando houver, títulos e subtítulos, paginação, seções em revistas, uso
de legendas, bem como ensinar a acessar a internet.
Atividade do aluno
3. A
gora, junto com seu professor e amigos, faça uma pesquisa e amplie o
quadro, completando-o com outros animais da mata atlântica que não apa-
recem no texto.
Lembre-se de consultar o índice e os subtítulos presentes nos livros e revistas.
Você também pode fazer uma busca na internet. As legendas de fotos e imagens
podem ajudá-lo.
Objetivos
Encaminhamento
Parte A – 1ª aula
Solicite que os alunos leiam o texto “Como ocorrem os desmatamentos”. De-
pois da leitura, organize o estudo do texto, tal como previsto nas atividades
anteriores, socializando o que descobriram com a leitura. Quando terminarem,
solicite que registrem no caderno as principais ideias do texto.
Parte B – 2ª aula
Depois da conversa, faça a leitura compartilhada e o estudo do texto “Trilha
da sustentabilidade”. Faça, primeiro, uma leitura integral do texto. Depois,
comece a leitura de estudo, discutindo com os alunos aspectos importantes
contidos em cada parágrafo.
Sugestão:
1º parágrafo: E
laboração do conceito de sustentabilidade: anos 1980. Aceita-
ção mundial.
2º parágrafo: O
NU conclui que é preciso mudar padrões de produção e consu-
mo mundiais. Isso gera movimento mundial.
3º parágrafo: F ilantropia, responsabilidade social e sustentabilidade. Susten-
tabilidade: cuidar.
4º parágrafo: S
ustentabilidade: compromisso com o futuro; caminho; prever
impactos da ação humana.
Atividade do aluno
É fogo
As queimadas são outra preocupação para as florestas. Esta atividade destru-
tiva é usada para expandir culturas vegetais, as monoculturas como cana-de-
-açúcar e soja, ou para ampliar a pecuária. Estudos do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1991, mostram que a área devastada na Amazô-
nia era de aproximadamente 11 mil km². Ou seja, 3% da floresta. Nos estados
do Amapá e em Rondônia, metade da área de cultivo havia sido destruída. A
fumaça das queimadas chegou até mesmo a países da África, do outro lado do
oceano Atlântico.
2. A
gora, mais uma vez, junto a seu professor e demais colegas, você vai es-
tudar o texto. Pegue lápis e o marca-texto e mãos à obra! Seu professor vai
orientá-lo.
Trilha da sustentabilidade
Adalberto Wodianer Marcondes
[...] Nos anos 80, a Organização das Nações Unidas (ONU) encomendou um
estudo à então primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland. [...] Foi a primeira
vez que um conceito para sustentabilidade foi expresso e mundialmente aceito.
De acordo com o relatório, “ser sustentável é conseguir prover as necessidades
das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras
em garantir suas próprias necessidades”.
Foi também a primeira vez que um estudo patrocinado pela ONU chega à con-
clusão de que é preciso mudar os atuais padrões de produção e consumo ado-
tados pelas diversas sociedades da Terra, de forma a preservar os recursos e
serviços ambientais necessários à sobrevivência humana. Desde então existe
um grande movimento de governos, empresas e ONGs que buscam criar parâ-
metros para o desenvolvimento sustentável. [...]
Existe na Bíblia um antigo provérbio que muito bem se aplica na definição dos
conceitos de filantropia, responsabilidade social e sustentabilidade: dar o peixe
a quem tem fome é filantropia, ensinar a pescar para garantir o alimento é res-
ponsabilidade social, no entanto, cuidar da qualidade da água do rio, preservar
suas margens e suas nascentes, cuidar para que não seja poluído nem assore-
ado, e que existam peixes para sempre, é sustentabilidade.
A sustentabilidade é um compromisso com o futuro, não é uma meta que possa
ser atingida, mas um caminho que [...] [se deve] trilhar em busca de melhores
soluções para os problemas humanos, sejam eles econômicos, sociais ou am-
bientais. Este compromisso com o futuro se expressa de diversas maneiras e
em distintos graus [...]. O fundamental é que esteja sempre permeando qualquer
decisão [...]. Nenhuma ação humana [...] está isenta de impactos e todos eles
devem estar previstos de forma a poderem ser neutralizados ou minimizados.
Ser sustentável é, portanto, o exercício cotidiano da responsabilidade.
4. Para finalizar nossos estudos sobre o tema, reúna-se com seu grupo. Vocês
circularão pela escola, procurando identificar como podem contribuir para a
sustentabilidade. Anotem as ideias no caderno para contribuir com sua turma.
Objetivo
Planejar, uma a uma, todas as tarefas do seminário, definindo os responsáveis.
Planejamento
Organização do grupo: no início a atividade é coletiva; depois, os alunos se-
rão divididos em grupos.
Materiais necessários: quadro com as características de um seminário (es-
crito na lousa ou em papel pardo); quadro para que sejam indicadas as tare-
fas e seus responsáveis (a ser afixado na classe também).
Duração aproximada: 40 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos a respeito do propósito da atividade e da maneira
como será desenvolvida.
Para começar, retome as características do seminário, discutidas na atividade 2, e
organize-as em um cartaz afixado na classe. Retome, ainda, o quadro do projeto.
Para explicar aos alunos o que é um seminário e como se organiza e apre-
senta, aponte os seguintes aspectos:
JJ Para iniciar os trabalhos, cada grupo deve reunir-se e elaborar um plano
geral: que assuntos serão tratados (é interessante definir isso coletiva-
mente, retomando com os alunos o que estudaram e acreditam ser in-
teressante expor para o 4º ano), de quais fontes de pesquisa dispõem,
como será feita a divisão de tarefas (eles precisam considerar quem
redigirá a exposição por escrito, quem fará os cartazes; podem fazer
também transparências, apresentações de slides ou usar outros recur-
sos audiovisuais), o que cada membro do grupo fará, quem responderá
as perguntas dos alunos ouvintes).
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
ALUNO ___________________________________________
Os alunos realizarão a exposição e você observará cada uma delas, a partir
dessa pauta. Ao término das exposições (que podem ser seis, uma por gru-
po), você terá um mapa inicial da proficiência da classe para o gênero, com
uma representação interessante, posto que, ainda que apenas um integrante
de cada grupo fale, os alunos trabalharam em grupo.
De posse das observações, você analisará as informações e selecionará,
entre as atividades propostas na sequência que virá a seguir, aquelas que
RECOMENDAÇÕES AO EXPOSITOR
Estudar diferentes expressões que podem ser utilizadas para articular as di-
versas partes de uma exposição oral, encadeando-as adequadamente para:
JJ apresentar o tema;
JJ apresentar o plano de exposição;
JJ introduzir exemplo;
JJ introduzir explicações sobre termos difíceis;
JJ sintetizar a exposição realizada e preparar para a conclusão; e
JJ concluir.
Analisar o propósito das expressões nos diferentes enunciados, relacionando
as escolhas feitas à finalidade e ao sentido produzido.
Constituir um repertório de expressões que podem ser utilizadas no plane-
jamento da exposição oral.
Planejamento
Encaminhamento
1. C
onversamos, em atividades anteriores, sobre a maneira pela qual uma ex-
posição oral se organiza.
onsiderando esse estudo, leia com seu colega as expressões apresentadas
C
a seguir e numere-as na ordem em que devem aparecer na exposição oral.
Então, vamos lá. Pra começar vamos falar de..., quer dizer...
Um exemplo disso é...
2. A gora, explique: com qual finalidade cada uma dessas expressões seria utili-
zada em uma exposição oral?
Então... vocês já ouviram falar na mata atlântica, certo? Mas vocês sabiam que
hoje só 8% dela ainda permanece? Sabiam que todo o resto já foi destruído? En-
tão... é sobre isso que vou falar hoje, sobre o desmatamento da mata atlântica.
Agora, responda:
Qual a finalidade de cada um desses trechos na exposição oral?
4. L eia os trechos de fala apresentados a seguir. Analise para que serve cada um.
Objetivo
Planejar uma exposição oral, considerando todos os aspectos discutidos até
o momento.
Planejamento
Organização do grupo: a atividade será, inicialmente, coletiva e, depois, em
grupos.
Materiais necessários: todo o material utilizado no projeto.
Duração aproximada: três aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Converse com os alunos sobre o propósito da atividade e sobre a maneira
como se desenvolverá.
b.
c.
Desenvolvimento Parte 1: Lâmina com quadro
do tema esquemático.
Apresentar pergunta que proble-
matize a primeira questão, do ti-
po: “O que acontece com o plane-
ta quando você joga óleo de cozi-
nha no ralo da pia? Você sabe?”.
Explicar o que acontece.
Relacionar com o fato de que a
cada ação nossa tem uma conse-
quência para a vida do planeta.
Apresentar esquema de dese-
quilíbrios provocados pela ação
humana.
Falar sobre a relação entre
ação, desequilíbrio e problema
ecológico.
(...) (...)
Atividade do aluno
1. N
esse momento, você e seu grupo planejarão a exposição oral que farão.
Tenha em mãos todo o material utilizado no projeto.
2. R
etome, com a ajuda de seu professor, um a um os materiais, analisando
seus conteúdos e revendo de que maneira pode auxiliá-lo na tarefa de pla-
nejar a exposição.
3. Estude com o professor o quadro de apoio para o planejamento.
4. Reúna-se com seu grupo e planeje a exposição oral. Nesse processo, considere:
a. a adequação da exposição às finalidades do projeto e às crianças para
quem vão falar;
b. as características de uma exposição oral, que você já estudou com seu
professor e grupo classe; e
c. os recursos extraverbais a serem utilizados (cartazes, fitas de vídeo, es-
quemas etc.).
Etapa 6
ATIVIDADE 6: AVALIAÇÃO
FINAL DO TRABALHO
Objetivo
Realizar uma avaliação colaborativa do trabalho desenvolvido, considerando
os diferentes aspectos: o estudo temático, o planejamento da exposição oral,
o planejamento do seminário, considerando os diferentes grupos, a participa-
ção nas atividades durante o desenvolvimento, a elaboração do produto final.
Encaminhamento
Distribua as pautas de autoavaliação (atividade 6, do aluno), leia-as com os
alunos explicando cada item e oriente-os sobre o que fazer. Certifique-se de
que os alunos também estejam com seus textos em mãos.
Para terminar, é importante que você também avalie a adequação das atividades
planejadas aos seus alunos, às suas necessidades e possibilidades de apren-
dizagem, verificando se há mudanças que são necessárias e de que natureza
são. É essa avaliação que orientará os inevitáveis ajustes a serem feitos na
ação docente e, dessa forma, garantirão a ela uma qualidade cada vez melhor.
Atividade do aluno
Grupo: Data:
ASPECTOS SIM NÃO ÀS VEZES
O EXPOSITOR...
Estabeleceu um bom contato com a audiência?
Procurou incentivar a audiência a ouvir sua
exposição por meio de perguntas intrigantes,
curiosas, exemplos incentivadores ou outros
recursos?
Delimitou bem o tema, procurando esclarecer a
audiência sobre isso?
Observações
Aluno: Data:
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM NÃO ÀS VEZES
Nos momentos de trabalho coletivo, a classe
cooperou, realizando as tarefas propostas?
No trabalho em grupo houve disponibilidade para
cooperar no cumprimento das tarefas?
Os grupos trabalharam a contento? (cumpriram
suas tarefas, socializaram encaminhamentos)
O espaço para socialização de trabalho
desenvolvido pelos diferentes grupos foi garantido?
No trabalho em duplas houve, de fato,
colaboração com o colega?
Nos ensaios da exposição oral houve
disponibilidade e empenho de todos em
colaborar para que a apresentação do colega
fosse a melhor possível?
Os produtos finais de cada grupo foram
realizados de maneira satisfatória?
As tarefas individuais foram realizadas de maneira
que não comprometam o trabalho do grupo?
Observações do professor
Esta sequência tem por objetivo ajudar o aluno a expressar sua opinião, posi-
cionando-se diante de uma matéria lida e, além disso, manifestando essa posição
por meio de uma carta de leitor.
Etapas Atividades
Etapa 1 – Analisar de cartas de Atividade 1 – Analisando algumas cartas
leitor. de leitor.
Etapa 2 – Conhecer mais cartas Atividade 2 – Conhecendo mais cartas de
de leitores. leitores.
Etapa 3 – Ler matérias
Atividade 3 – Lendo matérias jornalísticas
jornalísticas e se posicionar
e se posicionando diante delas.
diante delas.
Etapa 4 – Escrita e revisão Atividade 4A – Escrevendo coletivamente
coletiva de uma carta de leitor. uma carta de leitor.
Atividade 4B – Revisando coletivamente
uma carta de leitor.
Etapa 5 – Escrita e revisão Atividade 5A – Escrevendo uma carta de
individual de uma carta de leitor. leitor individualmente.
Atividade 5B – Revisando individualmente
uma carta de leitor.
Etapa 1
Analisar algumas cartas de leitor
ATIVIDADE 1 – ANALISANDO
ALGUMAS CARTAS DE LEITOR
Objetivos
Retomar o gênero carta de leitor e sua finalidade nos locais em que circula.
Identificar a presença de opinião nas cartas de leitor.
Comparar cartas com diferentes finalidades: elogiar, comentar, criticar etc.
Planejamento
Organização do grupo: em duplas
Material necessário: Coletânea de Atividades do aluno
Duração aproximada: 50 minutos
Atividade do aluno
CARTA 1
Ao pessoal da Hora do Recreio,
Somos alunos de uma escola pública estadual e leitores desta publicação se-
manal tão legal. Gostamos dos passatempos, textos, ilustrações e de muitas
das seções permanentes. Uma delas em especial, a Roda de Curiosidades, foi
adotada pela nossa professora como material pedagógico de uma atividade
realizada toda segunda-feira.
O exercício consiste em ler e compartilhar com os demais colegas da EE Ma-
chado de Assis as curiosidades veiculadas na revista. Assim, gostaríamos de
sugerir uma pauta. Queremos que a Roda de Curiosidades nos conte, em uma
edição futura, como são feitos os lápis de escrever e de colorir. Tudo bem?
Aguardamos resposta, parabéns pela revista e muito obrigado!
Alunos do 3º ano.
2. Responda:
a. Qual a finalidade das cartas?
b. Qual delas expressa uma opinião justificada sobre o assunto comentado
na matéria que foi lida?
3. Leiam, em duplas, as cartas 1 e 2 publicadas e discutam:
a. A carta foi publicada do mesmo modo que foi escrita?
b. O conteúdo da carta foi mantido?
c. O que mudou?
d. Por que vocês acham que a carta mudou?
CARTA 1 – Publicada
Toda segunda-feira nossa professora lê uma curiosidade da edição na sala de
aula e assim aprendemos uma série de coisas diferentes.
Adoramos!
3º ano A EE Profª Leonilda da Conceição – Sumaré – SP.
CARTA 2 – Publicada
Na reportagem publicada em 1º/05/2014 “internet também é usada na edu-
cação,” podemos dizer que é uma ideia muito boa e que a internet está em
nossas vidas e que devemos aproveitá-la a favor do conhecimento.
É certo que muitos a utilizam de forma errada e chegam até a invadir a priva-
cidade das pessoas (postando em redes sociais situações constrangedoras,
tentativa de acessar contas, entre outras) e devemos cuidar para que estas
invasões não nos prejudiquem, mas temos a esperança que essa ferramenta
desperte nos jovens o interesse em um novo tipo de leitura e aprendizado.
Professora e alunos da 4ª série A da escola Cora Coralina.
ATIVIDADE 2: CONHECENDO
MAIS CARTAS DE LEITORES
Objetivos
Retomar o gênero Carta de leitor e sua finalidade nos locais em que circula.
Identificar a presença de opinião nas cartas de leitor.
Comparar cartas com diferentes finalidades: elogiar, comentar, criticar etc.
Planejamento
Organização do grupo: em dupla
Materiais necessários: Coletânea de Atividades
Duração aproximada: 50 minutos
Encaminhamento
Com o apoio da atividade, explique a proposta: os alunos terão que ler duas
cartas de leitor retiradas de edições passadas de revista/jornais e responder
as questões. Também compartilhe os objetivos: observar nessas cartas os
aspectos importantes que garantam que elas cumpram sua função.
Sugerimos diferentes perguntas a partir de cartas incluídas na atividade.
Propomos que você leia as cartas e cada uma das perguntas. Antes de so-
licitar que escrevam as respostas, é importante que discutam oralmente as
possibilidades, favorecendo assim que todos aprendam com as observações
dos colegas.
As perguntas propostas na atividade têm como objetivo favorecer a observa-
ção das diferentes maneiras utilizadas pelos autores, ao iniciar suas cartas,
para se dirigir aos responsáveis das redações da revista/jornal. Além disso,
discutir os temas que costumam aparecer nessas cartas.
Proponha que realizem a atividade. Enquanto os alunos trabalham, circule
entre as mesas para garantir que as duplas discutam entre si e para poder
sanar as eventuais dúvidas que surgirem.
Atividade do aluno
CARTA 1
Olá, amigos da Revista Ciências Hoje para Crianças!
Meus colegas e eu somos alunos da Escola Estadual Fabrícia Almeida. Temos
nove anos de idade e gostamos muito da revista CHC 259, que fala de gorilas,
elefantes, leões e outros bichos curiosos da África.
Beijos para todos.
Mateus de Almeida, Marcos Gomes e Lucas da Silva
Carapicuíba/SP.
CARTA 2
À Tribuna do Canto,
Quero comentar a matéria publicada em 12 de abril no caderno Ecologia sobre
as embalagens plásticas, que serão proibidas de ser distribuídas no comércio
depois do dia 1º de janeiro do ano que vem.
Carta 1
Carta 2
ATIVIDADE 3: LENDO
MATÉRIAS JORNALÍSTICAS
E SE POSICIONANDO DIANTE DELAS
Objetivos
Planejamento
Encaminhamento
Sugestão de quadro
Estudo do tema da matéria jornalística
Aspectos favoráveis à proibição Aspectos contrários à proibição
Aspecto/ Porque Aspecto/ Porque
argumento argumento
Etapa 4
Escrita e revisão coletiva
de uma carta de leitor
Planejamento
Organização do grupo: esta atividade terá dois momentos: primeiro em gru-
pos para leitura da matéria selecionada e depois coletiva.
Materiais necessários: cópia da matéria selecionada.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos, organizadas em dias
consecutivos.
Escolha uma matéria de tema discutível e prepare cópias para que possa
distribuir aos grupos. Os alunos devem ler, em grupo, a matéria selecionada.
Faça um levantamento dos comentários dos alunos sobre a matéria. Esses
comentários podem ser anotados em um cartaz para que sejam retomados no
momento da redação da carta. Com base no que foi anotado no cartaz, esco-
lha com os alunos uma posição que a classe defenderá sobre a matéria lida.
Essa atividade conta com vários momentos. O primeiro é a preparação da
carta ou planejamento. O objetivo é que os alunos tenham claro o conteúdo
que deverá ser incluído no texto.
Peça que ditem para você uma carta de leitor como se fosse para enviar para
o jornal (essa carta ficará exposta no mural da classe).
JJ Neste momento os alunos ditam e você escreve, utilizando e explicitan-
do os procedimentos de escritor.
JJ Você pode questionar: como podemos começar a carta? O que é preciso
ter na carta? Os leitores compreenderão nossa posição? Como vamos
sustentar nossa opinião?
JJ Não se esqueça de que a carta precisa ser pensada em relação ao con-
texto de publicação, ou seja, nos cortes que, efetivamente, acontece-
rão. Por isso, precisa ser organizada de maneira concisa. Retome esse
aspecto com os alunos também durante o processo de textualização.
Quando terminarem a carta, coloque-a em um cartaz para ser utilizado para
revisão na próxima aula.
Planejamento
Antes da aula em que irá propor a revisão, é importante que você leia e sele-
cione questões problemáticas que observou na redação do texto (informações
confusas, trechos que estão redundantes, a falta de alguns dados importantes
para a comunicação) para que já tenha claro o que precisará apontar aos alunos.
Inicie a aula destinada à revisão pela leitura da carta que foi ditada para
você, chamando a atenção para os aspectos considerados problemáticos.
Se os alunos sugerirem outras questões, é interessante discuti-las também.
Sugerimos um quadro que auxiliará no processo de revisão. Assinale a pre-
sença ou ausência dos critérios apontados.
A partir das mudanças na linguagem e do acréscimo dos aspectos que foram
detectados ao preencher o quadro, acrescente informações, reescreva outras
para que fiquem mais claras ou para melhorar a linguagem utilizada na primeira
versão. Todas essas mudanças devem ser sugeridas e discutidas pelos alunos.
Quando a revisão for concluída, é interessante que eles copiem a carta em
seus cadernos.
Terminada a produção, ela poderá ser digitada e enviada por e-mail ou correio
à redação da revista/jornal. É importante que os alunos acompanhem cada
um dos passos até que esse envio tenha se efetivado.
5 SÃO PAULO (Estado) Secretaria de educação. Orientações didáticas fundamentais sobre as expectativas
de aprendizagem de Língua Portuguesa. 2013. Elaboração: Kátia Lomba Bräkling. Colaboração:
Formadoras do Programa Ler e Escrever e Equipe CEFAI. Supervisão Pedagógica: Telma Weisz. p. 47.
Disponível em: http://lereescrever.fde.sp.gov.br/SysPublic/Home.aspx (acesso em 12/03/2014)
Planejamento
Organização do grupo: a leitura e a produção serão realizadas individualmente.
Materiais necessários: exemplares de jornais já explorados anteriormente
nas Rodas de Jornal.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Traga para a classe exemplares já explorados de jornais. Individualmente, os
alunos devem escolher um deles e buscar, entre as matérias já lidas, aquela
que gostariam de comentar.
Explicite os objetivos da atividade e oriente os alunos para a leitura das repor-
tagens. Cada aluno deverá selecionar uma para comentar com a classe. Esse
comentário deve ser breve, apenas para socializar a escolha das reportagens.
Não há problemas que a mesma reportagem seja escolhida por vários alunos.
Certifique-se apenas de que é o interesse pela reportagem que motivou a escolha.
Depois que cada aluno escolher a sua, oriente-os a reler a reportagem e re-
gistrar o comentário que gostariam de fazer a respeito dela.
Peça que anotem também outros aspectos do jornal que gostariam de incluir
na produção.
Oriente-os também quanto à produção da carta, relembrando que é importan-
te que nela constem: título, assunto/opinião do leitor, identificação do leitor.
Para completar o planejamento da carta, você pode solicitar que os alunos
comentem os itens a seguir:
Planejamento
Organização do grupo: individualmente.
Materiais necessários: cartas produzidas anteriormente, com os bilhetes
elaborados pelo professor e quadros de critérios para revisão, presentes na
Coletânea de Atividades.
Duração aproximada: duas aulas de 50 minutos.
Encaminhamento
Antes da aula em que irá propor a revisão, é importante que você leia e se-
lecione questões problemáticas que observou na redação do texto (infor-
mações confusas, trechos que estão redundantes, a falta de alguns dados
importantes para a comunicação) para que já tenha claro o que precisará
apontar a cada um dos alunos.
Inicie a aula destinada à revisão pela indicação de leitura individual das
cartas que foram produzidas, chamando a atenção para os aspectos gerais
considerados problemáticos, anotados por você nos bilhetes afixados nas
produções dos alunos. Se os alunos sugerirem outras questões, é interes-
sante discuti-las também.
Sugerimos um quadro que auxiliará no processo de revisão. Oriente os alunos
no preenchimento sobre a presença ou ausência dos critérios apontados.
Atividade do aluno
Indicação Bibliográfica:
BARBOSA, J. P. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectiva enunciativa para o
ensino de língua portuguesa. São Paulo, 2001. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) –
Pontifícia Universidade Católica.
BRÄKLING, Kátia Lomba. O contexto de produção dos textos. In Oficina Cultural 4.
Lendo e Produzindo Textos Acadêmicos. Momento 1. PEC – Formação Continuada. São Paulo:
SME/PUC/USP/UNESP/Fundação Vanzolini, 2001-2002.
________. A noção de gênero. In Oficina Cultural 4. Lendo e Produzindo Textos Acadêmicos. Mo-
mento 1. PEC – Formação Continuada. São Paulo: SME/PUC/USP/UNESP/Fundação Van-
zolini, 2001-2002.
________. Escrita e produção de texto. Texto escrito para professores de Ensino Fundamental e
Médio. Disponível em: <http://www.educarede.org. br/educa/html/index_oassuntoe.cfm>.
________. Ensinar gramática, a quem será que se destina? In: “Informes do projeto Araribá”. São
Paulo: Editora Moderna, 2005.
________. Sobre leitura e formação de leitores: qual é a chave que se espera? Portal Educarede.
Sessão “O assunto é”. Disponível em: <www.educarede.org.br>. 2005.
________. O processo de produção de textos. Portal Educarede. Sessão
“O assunto é”. Disponível em: <www.educarede.org.br>. 2005.
________. A leitura da palavra: aprofundando compreensões para aprimorar as ações. Concepções
e prática educativa. São Paulo (SP): SEE de SP/CEFAI; 2012.
BRANDÃO, H. N.; JESUS, L. M. de. Mito e tradição indígena. In: BRANDÃO, Helena Nagamine (Co-
ord.). Gêneros do discurso na escola. São Paulo: Cortez, 2001. v. 5.
CD-ROM Mata Atlântica – 500 anos. Estação da Arte, Instituto de Pesquisas.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Petrobras.
CENTRO DE ENSINO FUNDAMENTAL DOS ANOS IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
INICIAIS – CEFAI
Sonia de Gouveia Jorge (Direção) Conteúdo Editorial - 2014 - IMESP
Ana Luiza Tayar de Lima Ana Maria Minadeo de Moura
Andréa Fernandes de Freitas Denise Campos
Daniela Galante Batista Cordeiro Maria das Graças Leocádio
Edgard de Souza Junior Maria Lúcia Zanelli
Edimilson de Moraes Ribeiro Otavio Nunes
Fabiana Cristine Porto dos Santos Rogerio Mascia Silveira
Ivana Piffer Catão Simone de Marco
Leandro Rodrigo de Oliveira Viviane Gomes dos Santos
Luciana Aparecida Fakri
Márcia Soares de Araújo Feitosa Licenciamentos feitos pela IMESP
Maria Helena Sanches de Toledo Agência USP de Notícias/Aline Moraes
Maria José da Silva Gonçalves Irmã Cidade das Abelhas/divulgação Cidade das Abelhas
Renata Rossi Fiorim Siqueira Editora Cortez
Silvana Ferreira de Lima Folhapress
Soraia Calderoni Statonato Instituto de Botânica/Jardim Botânico de São Paulo
Vasti Maria Evangelista Jornal O Estado de São Paulo
Solange Guedes de Oliveira Portal Educação
Tatiane Araújo Ferreira Portal Cidade de São Paulo/São Paulo Turismo
Positivo Informática/Diogo Dreyer
GRUPO DE REFERÊNCIA Portal Envolverde/Adalbeto Wodianer Marcondes
Carmem Lucia Jabor Botura Secretaria de Estado do Meio Ambiente/Assessoria
Claudia Barbosa Santana Mirandola de Imprensa
Daniele Eloise do Amaral Silveira Kobayashi ©Andrei Cardoso/Abril Comunicações S/A.
Denise Fujihara Piccolo ©by Elena Quintana
Dilma Soares Nichiama ©by Luis Fernando Verissimo
Dilma Terezinha Rodrigues Franchi ©Carlos Eduardo Novaes
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Flória Maria Ventura ©Marcos Rey
Inês Aparecida Bolandim Marcomini ©Paulo Gil/acervo FPZSP
Marcia Aparecida Barbosa Corrales ©Rubens Chiri/banco de imagens de São Paulo
Maria Zulmira Brasil Kuss
Rita de Cássia Consone de Lima Cruz Pissardo Autor em Domínio Público
Rosemary Trabold Nicácio Medeiros e Albuquerque
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Revisão ortográfica
Colaboração Sárvio Nogueira Holanda
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Tratamento de imagem
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Imprensa Oficial do Estado de São Paulo