A Transferência e Contratransferência Na Psicanálise Contemporânea
A Transferência e Contratransferência Na Psicanálise Contemporânea
A Transferência e Contratransferência Na Psicanálise Contemporânea
Carolina Schiavoni
Guarulhos 2016
Carolina Schiavoni
Guarulhos 2016
SUMÁRIO
1.1 INTRODUÇÃO..............................................................................................4
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................5
1.3 OBJETIVOS..................................................................................................6
1.4.5 Contratransferência.....................................................................13
1.6 REFERÊNCIA............................................................................................17
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1.1 INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Problematização
O termo psicanalítico foi aplicado por Sigmund Freud e Sandor Ferenzi entre
1900 e 1909 para explicar um processo que ocorre no tratamento psicanalítico,
esse construto de transferência, se relaciona às reações emocionais
inconscientes despertadas no Analisado (Roudinesco; Plom,1997; Zimermam,
1999).
No caso Dora (1905) Freud descreve que a analisada não se lembra de nada
que está reprimido, mas que o espremido se mostra na atuação da mesma no
processo de Analise, diz que a analisada revivencia o reprimido não como
sendo uma lembrança, mas através de uma ação repetitiva de impulsos e
fantasias se tornando uma necessidade para o Analisado e dificultando a
fluidez da Análise. Freud reconheceu o fracasso na análise por não ter
reconhecido as manifestações transferenciais no caso Dora (Lopes, 2011;
Zimermam, 1999).
se mostra nos vínculos humanos, Freud nos diz que a teoria da repressão,
onde se encontra toda a estrutura da psicanálise e vem a ser uma tentativa de
elucidar o fenômeno transferencial e a resistência, a transferência não quer
permitir que o material recalcado venha para a consciência e seu aparecimento
é assinado como sendo generalizado e com frequência, pois a transferência
tem de estar presente em toda e qualquer processo psicanalítico sério
(Palmarés, 2008; et al.).
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A transferência não ocorre de forma desejada nem pelo Analisado e nem sua
contra transferência pelo Analisando. A transferência ocorre naturalmente, o
processo Analítico não envia a transferência apenas propícia a sua
redescoberta, mas ela é facilitada pela instalação do setting, assim
favorecendo a regressão do Analisado. A transferência se mostra no desejo, os
primeiros vínculos afetivos voltam a serem sentidos e vivenciados no momento
atual do processo de análise os desejos surgem por necessidades que não
foram satisfeitas na figura do analista, os primeiros vínculos afetivos são as
relações vividas na infância do Analisando com seus familiares e outras
pessoas assim fica ao setting uma importância considerável no processo de
Análise, pelo motivo de o setting passar a representar para o Analisado um
espaço novo e singular, no qual o Analisado irá revivenciar e modificar as
vivências emocionais que lhe foram traumáticas, mal resolvidas e
desestruturadas (Lopes, 2011; Palmarés, 2008; Zimermam, 1999).
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não reprimirem o amor nos Analisados, mas que o trata como irreal, e que os
perseguissem até suas origens inconscientes, pois o Analisado fica
inteiramente sem compreensão interna, ele irá focar as sessões para o amor
ao analista, assim perdendo o interesse no tratamento, e querendo que esse
amor seja retribuído, assim o Analisado coloca suas defesas em prática para
não lembrar a ter de admitir certas situações vividas no passado, sendo assim
deve-se interromper a análise ou mudar de analista. Assim a transferência
Erótica se mostra por sentimentos amistosos e carinhosos até uma intensa
atração sexual obcecada, permanente consciente ego sintônico e resistente no
processo Analítico. Chama-se de "transferência erotizada" quando se
predominam as pulsões ligadas ao ódio, com fantasias agressivas, com o
intuito de controle do Analisado sobre o Analisando, assim querendo o possuir
de maneira voraz (Lopes, 2001; Zimermam, 1999).
1.4.5 Contratransferência
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Freud afirma que quanto mais o Analisado for o Analisando, menos ele será
afetado aos efeitos da contratransferência, a análise pessoal se torna essencial
para o controle da contratransferência no processo Analítico, então cabe ao
Analisando controlar os sentimentos que foram despertados nele pela
influência do Analisado, e saber manejá-los adequadamente para manter sua
postura neutra frente à transferência do Analisado, sendo que é através de sua
neutralidade que o analista vai conseguir manter-se no processo investigativo
do inconsciente do Analisado, e assim conseguindo desenvolver ao Analisado
uma reação emocional controlada consciente e adequada, pois, é pela
neutralidade frente aos conflitos emocionais do Analisado, que o analista se
permite permanecer na atenção em escuta do cliente, sendo assim a reação da
contratransferência não pode ser considerado só como um obstáculo, pois
temos de considerar seus aspectos positivos como sendo um meio de extrema
importância para a compreensão do inconsciente do Analisado e sendo um
importante instrumento de diagnóstico terapêutico que vai informar ao
Analisando o mundo interno do Analisado (Wolft; Falcke 2011et al.).
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REFERÊNCIAS