Aula 05 Analise Estrutural

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CARGAS E ANÁLISE ESTRUTURAL

Professor: David Williams


Disciplina: MECANICA GERAL
ESFORÇOS OU AÇÕES

Classificação dos esforços ou ações

Diretos Ativos
(forças e momentos) Reativos
SOLICITANTES Externos Temperatura, recalque
(Análise Indiretos e variação de
ESFORÇOS
estrutural) comprimento
OU AÇÕES
Forças: N, Qx e Q y
Internos
Momentos: T, My e Mz
RESISTENTES Tensões normais σ e Tangenciais τ
(resistência dos materiais) (ou suas resultantes)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O objetivo do engenheiro civil é garantir, por meio do cálculo
estrutural, que os esforços resistentes internos (ERI) sejam
maiores que os esforços solicitantes internos (ESI), ou seja:

>
FORÇAS APLICADAS
As forças aplicadas às estruturas são também denominadas
ações solicitantes externas ativas, cargas externas,
carregamentos ou simplesmente cargas.

Na engenharia Estrutural as forças a serem consideradas em


projeto dependem do fim a que se destinam as estruturas,
sendo, em geral, regulamentadas pelas normas.
FORÇAS APLICADAS
No Brasil, as normas brasileiras são elaboradas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Estas
normas são identificadas pelas letras maiúsculas NBR,
seguidos de números associados aos assuntos abordados.

A norma brasileira que regulamenta as Cargas para o Cálculo


de Estruturas de Edificações é a NBR 6120 e a NBR 6123
regulamenta as ações de Forças devidas ao vento em
edificações.
Grandezas Fundamentais

 Força

 Momento

 Condições de Equilíbrio

 Graus de Liberdade
Grandezas Fundamentais

Força

A força é uma grandeza vetorial e portanto para ser


completamente caracterizada é necessário conhecer :

 Direção

 Sentido

 Intensidade

 Ponto de aplicação
FORÇA

 Deslocamento – Translação ou deslocamento linear


Tipos de Cargas

 Cargas concentradas

 Cargas distribuídas
Tipos de Cargas
Grandezas Fundamentais

Momento

O momento é também uma grandeza vetorial


caracterizada por :

 Direção

 Sentido

 Intensidade

 Ponto de aplicação
Grandezas Fundamentais

Momento

O momento representa a tendência de rotação, em torno


de um ponto, provocada por uma força.
Grandezas Fundamentais

Momento

O momento de uma força em


relação a um ponto O é função da
força e da distância, do ponto O ao
ponto P de aplicação da força, sendo
calculado por meio do produto
= ⋀

vetorial.
Grandezas Fundamentais
Momento

Sendo α o angulo entre o vetor e a força , o módulo


é obtido como:
= . sen
Sendo a distância entre a força e o ponto O calculada como:
= sen
Ou simplesmente:
=
MOMENTO
MOMENTO
MOMENTO
 Momento fletor é o produto da força e a distância entre
a força e o ponto de giro analisado

 Deslocamento – Rotação ou deslocamento angular


MOMENTO

IMPORTANTE :

FORÇA E DISTÂNCIA
PERPENDICULARES ENTRE SI

=
CONDIÇÕES DE EQUILIBRIO
CONDIÇÕES DE EQUILIBRIO
Deslocamentos associados
Uma força F quando aplicada a um corpo rígido impõe a
este uma tendência de deslocamento linear, ou
translação.
Um momento M quando aplicado a um corpo rígido impõe
a este uma tendência de deslocamento angular, ou
rotação.

AÇÃO DESLOCAMENTO ASSOCIADO


Força Translação
Momento Rotação
CONDIÇÕES DE EQUILIBRIO
A condição necessária e suficiente para que um corpo
esteja em equilíbrio, submetido a um sistema de forças, é
que estas forças satisfaçam às equações:

Movimentos de Movimentos de
Translação Rotação

 Σ X=0  Σ Mx=0
 Σ Y=0  Σ My=0
 Σ Z=0  Σ Mz=0
GRAUS DE LIBERDADE
 Um corpo rígido livre em um espaço é suscetível de sofrer
deslocamentos, ou seja, descrever determinada trajetória
no espaço;

 Qualquer condição que limita a possibilidade de que o


corpo se desloque em certa forma, denomina-se vínculo;

 Uma condição que deixa estabelecida uma possibilidade


de deslocamento do corpo rígido é denominado grau de
liberdade;
GRAUS DE LIBERDADE

No Plano um corpo rígido tem Três graus de liberdade,


correspondentes às duas translações segundo duas
direções ortogonais e uma rotação em torno da direção
perpendicular ao plano.
APOIOS

Os apoios ou vínculos são sistemas que realizam as ligações


do corpo rígido com o exterior, restringindo graus de
liberdade (translações e rotações) e dando origem às reações
nas direções dos movimentos impedidos.
ESQUEMAS E SIMPLIFICAÇÕES DE CALCULO

A fim de estabelecer um esquema de cálculo, ou modelo


matemático, algumas simplificações tornam-se necessárias:

 À geometria: representação da barra por meio do seu eixo;

 Ao sistema de forças: forças e momentos concentrados e


distribuídos;

 à análise numérica a ser efetuada: planas e espaciais;

 á representação dos apoios.


SIMPLIFICAÇÕES GEOMETRICAS
REPRESENTAÇÃO DAS FORÇAS APLICADAS(Carregamentos)

REAL
REPRESENTAÇÃO
APROXIMADA
Concentradas
Uniformes,
Forças triangulares,
AS CARGAS PODEM Distribuídas
trapezoidais,
SER outras
Concentrados
Momentos
Distribuídos
ESQUEMAS E SIMPLIFICAÇÕES DE CALCULO

É importante que o engenheiro civil desenvolva, desde cedo, a


capacidade de simplificar cálculos utilizando sempre o bom
senso.
ESQUEMAS E SIMPLIFICAÇÕES DE CALCULO
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
Cargas concentradas

O conceito de carga concentrada (força ou momento) é uma


simplificação para efeito de cálculo. Quando se distribui sobre
uma área de dimensões pequenas, em comparação com as
dimensões da estrutura que se analisa, esta é considerada como
uma força concentrada.
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
Cargas distribuídas

Forças e momentos podem ser, de forma simplificada,


considerados como distribuídos ao longo de um comprimento.
Uma das dimensões da área sore a qual a força se transfere é
pequena quando comparada com a outra dimensão.

Nos elementos unidimensionais as forças ou momentos


distribuídos linearmente são considerados ao longo dos eixos
dos elementos.
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
Cargas distribuídas

A unidade de força e momento distribuídos ao longo de um


determinado comprimento é:

ç /
/
/

/
/
/
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
Resultantes dos carregamentos distribuídos

A resultante de uma carga distribuída ao longo de um


comprimento L, expressa pela função ( ), é igual à área
delimitada pela função ( ) neste intervalo, ou seja:

Sendo o ponto de aplicação da resultante R coincidente com o


centro de gravidade do diagrama de q(x)
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
CARGAS EM ESTRUTURAS RETICULARES
Simplificações analíticas

Em função das características das estruturas é possível


simplificar o modelo matemático a ser analisado.

No modelo Estrutural plano, com a estrutura contida no plano X-Y


submetidas a forças contidas no plano da estrutura.

Uma vez assegurado o equilíbrio nas outras direções de


deslocamento, as direções de deslocamento a serem
consideradas são:
SIMPLIFICAÇÕES ANALÍTICAS
 Translação em X;

 Translação em Y;

 Rotação em torno Z.

Numa modelagem plana, com a estrutura no plano X-Y, o eixo Z


não é representado e os momentos (e rotações) a ele associados
são representados por setas curvas no próprio plano X-Y.
TIPOS DE APOIOS

Os apoios são classificados em função do


número de movimentos que impedem, podendo
ser, então, de 3 tipos diferentes, no caso plano.
TIPOS DE APOIOS
Apoio simples (do primeiro gênero ou “charriot”)

 Impede a translação em uma das direções;

 Permite a translação na direção perpendicular à impedida;

 Permite a rotação (em torno de Z).


Apoio articulado móvel ou rolete
TIPOS DE APOIOS
Rótula (apoio do segundo gênero ou articulação)

 Impede as translações nas das direções (X e Y);

 Permite a rotação (em torno de Z).


Apoio articulação ou rotula
TIPOS DE APOIOS
Rótula (apoio do segundo gênero ou articulação)

 Impede as translações nas das direções (X e Y);

 Impede a rotação (em torno de Z).


Apoio engastado
IDEALIZAÇÃO DE UM MODELO
IDEALIZAÇÃO DE UM MODELO
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DE MODELOS PLANOS
Quanto à estabilidade as estruturas podem ser classificadas
como:

 Estáveis: quando o sistema de forças reativas for capaz de


equilibrar qualquer sistema de forças ativas.

 Instáveis: quando as forças reativas forem em número


insuficiente, ou formarem um sistema de forças paralelas
(incapaz de equilibrar forças perpendiculares a elas) ou
concorrentes (incapaz de equilibrar momentos).
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DE MODELOS PLANOS
Quanto à estaticidade as estruturas podem ser classificadas
como hipostáticas (sempre instáveis), isostáticas ou
hiperestáticas (estas duas últimas sempre estáveis):
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DE MODELOS PLANOS
a) Os apoios são em número estritamente necessários para
impedir todos os movimentos possíveis da estrutura,
denominado Isostático e será estável, as estruturas isostáticas
são ditas estaticamente determinadas;
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DE MODELOS PLANOS
b) Os apoios são em número inferior ao necessário para impedir
todos os movimentos possíveis da estrutura, denominada de
hipostática e será instável.
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE DE MODELOS PLANOS
c) Os apoios são em número superior ao necessário para impedir
todos os movimentos possíveis da estrutura, denominada de
hiperestática e será estável. as estruturas hiperestáticas são
chamadas de estaticamente indeterminadas.
ESTATICIDADE E ESTABILIDADE
Tipos de Equilíbrio
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO
Definido os apoios, o cálculo de suas reações é imediato, pois
elas são forças (ou momentos) de ponto de aplicação e
direção conhecidas e intensidades e sentidos tais que
equilibrem o sistema de forças ativas aplicado à estrutura.

Os sistemas de forças externas, formadas pelas forças ativas


e reativas, tem que estar em equilíbrio.
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO
Exemplo 01 - Viga biapoiada
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO
Exemplo 02 - Pórtico plano
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Uniforme total
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Uniforme parcial (sendo L=L1+L2+L3)
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Triangular total
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Triangular parcial
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Trapezoidal
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Axial uniforme (p(x)=p=constante)
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Cálculo das reações de apoio para momentos concentrados
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Cálculo das reações de apoio para momentos concentrados
CÁLCULO DA REAÇÕES DE APOIO CARREGAMENTOS DISTRIBUIDOS
Exemplo 03 – Viga Biapoiada, cargas distribuídas

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