Artigo Reciclagem Baterias NiCd
Artigo Reciclagem Baterias NiCd
Artigo Reciclagem Baterias NiCd
5327/Z2176-947820167114
ABSTRACT
The article is a review on the eco-efficiency, reverse logistics, recycling
methods and routes most used for the recovery of materials and components
of dead batteries. The advantages and disadvantages of the most commonly
used recycling processes’ routes are evidenced. It also highlights the risks to
health and the environment through processes of leaching or percolation of
the chemical composition of these compounds in electrochemical systems.
Relevant legislation, such as the National Solid Waste (PNRS) and the National
Environmental Council (CONAMA), no. 401, of November 4, 2008, effective
in Brazil, are cited. This article is presented through a survey of published
scientific articles, its main characteristics and findings, for a period of seven
years, as well as informative materials from competent institutions and
bodies with recognized reliability.
Keywords: eco-efficiency; reverse logistic; recycling of the batteries.
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
INTRODUÇÃO
A necessidade de reverter os processos de degradação No entanto, essa medida, necessária e em vigor, mos-
ambiental, em decorrência da produção e do consumo trou-se insuficiente para solucionar na prática o proble-
excessivos, e de buscar formas de desenvolvimento ma do descarte correto das baterias usadas ou inserví-
compatível com a conservação da natureza mostra-se veis, pois, analisando a Resolução nº 257, de 1999, não
como desafio dos tempos atuais, exigindo a conjunção se constata a especificação de todos os tipos de pilhas
de ações nos meios científicos e tecnológicos visando à e baterias existentes para diferenciar o modo de reco-
diminuição dos impactos sanitários e ambientais. lhimento, transporte e descarte, ocorrendo uma gene-
ralização sobre o assunto e gerando desinformação.
Atualmente, pesquisas de melhoramentos de tecnolo-
gias e inovações tornaram-se obrigatórias, criadas por Com o passar dos anos, foi realizada uma revisão da Re-
leis que determinam a preservação do meio ambiente solução nº 257 do CONAMA (2008) para Resolução nº
e a saúde humana, pois 401, de 4 de novembro de 2008, que também estabe-
lece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercú-
a significativa proliferação de eletroeletrônicos como rio, critérios padrão para o gerenciamento ambiental e
iPads, ferramentas elétricas, brinquedos, câmaras foto-
a devolução aos fabricantes e distribuidores. Do mesmo
gráficas, iPods, filmadoras, telefones celulares, computa-
dores, chips, aparelhos de som, instrumentos de medição
modo, observa-se a ineficiência em seu cumprimento,
e aferição, equipamentos médicos e muitos outros au- como nos tratos das questões que envolvem a recepção
mentou a utilização de uma grande variedade de pilhas e reciclagem de todas as marcas existentes no mercado.
e baterias cada vez menores, mais leves e com melhor
desempenho. (KEMERICH et al., 2012, p. 1680) Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica (ABINEE, 2013), atualmente, no Brasil, são
Conforme Silva et al. (2011), os primeiros alertas sobre produzidas 800 milhões de pilhas e 17 milhões de ba-
os riscos de se descartar baterias e pilhas usadas com o terias por ano, sendo 80% de pilhas secas (zinco e car-
resíduo comum surgiram na década de 1970, nos Esta- bono) e 20% de pilhas alcalinas, e não há estimativas
dos Unidos da América. Em 1980, os países da Europa da quantidade de baterias e pilhas que são recolhidas
começaram a direcionar esforços na gestão de resíduos e recicladas ou descartadas de forma correta.
perigosos, o que motivou a busca por mecanismos de Diante dos fatos, é visível e significativo o complexo pro-
gerenciamento para diminuir os impactos sanitários e blema socioambiental apresentado, visto que envolve
ambientais negativos causados. o conhecimento e a participação da sociedade sobre as
No Brasil, somente no final da década de 1990 iniciou-se consequências sanitárias e ambientais ocasionadas pelo
uso e descarte incorretos, como a falta de um sistema de
a preocupação por pilhas e baterias usadas. O país criou
controle que aborde produção, recolhimento, reutiliza-
resolução específica (Resolução nº 257, de 22 de julho
ção ou reciclagem e transporte desses produtos.
de 1999, do Conselho Nacional do Meio Ambiente ―
CONAMA) que dispõe sobre pilhas e baterias que con- Assim sendo, esta pesquisa objetivou fazer uma revi-
tinham mercúrio, chumbo e cádmio. Esta disciplinava o são sobre a ecoeficiência, a logística reversa e os pro-
descarte e gerenciamento ambientalmente adequado cessos de reciclagem mais utilizados no Brasil e em ou-
de pilhas e baterias usadas no que tange à coleta, reutili- tros países, suas vantagens e desvantagens referentes
zação, reciclagem, tratamento e disposição final. às pilhas e às baterias.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O artigo caracteriza-se por pesquisa bibliográfica Resíduos Sólidos (PNRS), as Resoluções nº 257 e
dos últimos sete anos, relacionando artigos e pe- nº 401 do CONAMA e material informativo de ór-
riódicos científicos publicados no Brasil e em ou- gãos, instituições competentes e de reconheci-
tros países, a atual Política Nacional Brasileira de da confiabilidade.
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Pilhas e baterias
As pilhas e baterias são de tamanho, formato e compo- Na Tabela 1 estão apresentados vários tipos de baterias
sição química diversificados. Podem ser fixas em apa- e seus usos. Os dados são fornecidos pela Secretaria de
relhos ou instrumentos ou removíveis. Divididas em Meio Ambiente do Paraná (SEMA, 2008).
primárias (pilhas descartáveis) e secundárias (baterias Tenório & Espinosa (2010) citam que as pilhas secas e
recarregáveis, também denominadas de acumulado- alcalinas constituem-se de zinco (Zn), grafite e dióxido
res), surgiram pela popularização de eletroeletrônicos de manganês (MnO2), podendo também possuir mer-
e permitem uso constante. cúrio (Hg), chumbo (Pb), cádmio (Cd) e índio (In), para
evitar a corrosão.
Para a caracterização de pilhas alcalinas e secas, pode-
-se conceituar como seca aquela que possui dois ele- As baterias recarregáveis são, em sua maioria, de Ni-Cd
trodos, o de zinco (ânodo) e o de grafite (cátodo), em (níquel-cádmio) e utilizadas em notebooks, telefones
celulares e aparelhos sem fio. Pelo fato de possuírem
uma solução eletrolítica composta por cloreto de zinco
cádmio, metal tóxico, foram desenvolvidas baterias re-
(ZnCl2), dióxido de manganês (MnO2) e cloreto de amô-
carregáveis de níquel-metal hidreto (NiMH) e as de íons
nio (NH4Cl). A pilha alcalina é composta de ânodo de de lítio, as quais apresentam grande vantagem quanto
zinco poroso, imerso em solução constituída de hidró- a sua densidade de energia, uma vez que o lítio é um
xido de potássio ou sódio, e de um cátodo de dióxido elemento altamente reativo e armazena grande quanti-
de manganês, envoltos por aço niquelado. dade de energia em baterias leves e de pequeno porte.
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
Pilhas e baterias se enquadram nessa classificação, pois Pb (chumbo) e Zn (zinco) provenientes de pilhas co-
contêm em sua composição uma variedade de metais muns, do tipo Zn-C, sobre uma coluna de solo. Os au-
tóxicos, como cádmio, mercúrio, chumbo, lítio e outros tores constataram que esses metais foram percolados
componentes. e permaneceram no solo, podendo, dessa forma, com-
Silva & Rohlfs (2010) alertam sobre esses metais que prometer a qualidade da água subterrânea.
podem causar danos irreversíveis ao ser humano e ou-
Portanto, pilhas e baterias inservíveis e descartadas
tras formas de vida, como apresentado na Tabela 2.
inadequadamente podem levar a consequências am-
Câmara et al. (2012) concluíram que as baterias de zin- bientais e de saúde preocupantes, pois tanto na água
co-carbono e alcalinas que sofrem ações do intempe- como em um aterro sanitário, por ação do intempe-
rismo por mais de 30 dias apresentam corrosão e, por rismo e de fatores físicos locais, sofrem a lixiviação de
lixiviamento, liberam chumbo, cádmio e mercúrio no suas substâncias químicas, como metais tóxicos, que,
meio em que se encontram.
conforme Günther (1998), podem ser repassados ao
Gazano, De Camargo e Flues (2009) realizaram estudo solo, à agua, à atmosfera e consequentemente através
da lixiviação dos metais Cd (cádmio), Mn (manganês), da cadeia trófica.
Ecoeficiência
O termo ecoeficiência foi criado em 2008 pelo World utilização dos recursos naturais, para a preservação da
Business Council for Sustainable Development (WB- vida no planeta.
CSD), instituição que defende os princípios de cresci-
mento econômico com desenvolvimento sustentável. Para isso, de acordo com o WBCSD (2000), sete elemen-
tos foram indicados para serem utilizados pelas empresas
A ecoeficiência abrange uma série de ações e valores e indústrias com a finalidade de minimizar o consumo de
que envolvem a oferta de bens e serviços a preços recursos renováveis e não renováveis. São eles: redução
competitivos com garantia da qualidade de vida e, ao da dispersão de substâncias tóxicas, redução do consumo
mesmo tempo, que reduzam o impacto ecológico e a de energia, aumento da reciclagem dos materiais, aumen-
Tabela 2 - Componentes comuns das pilhas e baterias e suas características relacionadas com toxicidade.
Componente Características
Quando em concentrações superiores aos valores normalmente presentes na natureza, surge o
risco de contaminação ambiental, atingindo o ser humano e várias formas de vida. O mercúrio
Mercúrio apresenta a qualidade de se combinar ao carbono em compostos orgânicos. Facilmente inalado e
absorvido pelas vias respiratórias quando em suspensão; ingestão de alimentos contaminados e nos
tratamentos dentários. No homem, causa prejuízos ao fígado e ao cérebro e distúrbios neurológicos.
A meia-vida do cádmio em seres humanos é de 20 a 30 anos. É bioacumulativo (rins, fígado e
Cádmio
ossos), podendo levar a disfunções renais e osteoporose.
Causa anemia, neurite periférica (paralisia), problemas pulmonares sérios, encefalopatia
Chumbo
(sonolência, convulsões, delírios e coma) e disfunção renal, quando inalado ou absorvido.
Lítio Disfunção neurológica e renal; torna-se cáustico em contato com a pele e mucosas.
Níquel Cancerígeno.
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to da durabilidade dos produtos, aumento da intensidade Fundada em Boston, EUA, no ano de 1997, a Global Re-
do uso de produtos e serviços, maximização do uso de porting Initiative (GRI) tem, atualmente, sua sede na
recursos renováveis e redução do consumo de materiais. Holanda. É uma organização multistakeholder, sem fins
Na Tabela 3 são apresentadas algumas publicações sobre lucrativos, que desenvolve uma estrutura de relatórios
ecoeficiência relacionadas às pilhas e às baterias. de sustentabilidade adotada por cerca de mais de mil
O WBCSD (2000) informa também que a otimização dos organizações no mundo e alinha-se à Declaração Uni-
processos de produção, a reengenharia, a ecoinovação, versal dos Direitos Humanos, ao pacto global, aos obje-
a produção mais limpa e a redução de custos são méto- tivos do desenvolvimento do milênio, aos padrões ISO
dos que podem atingir a melhoria da qualidade de vida e e aos índices de sustentabilidade empresarial (GREEN-
a preservação do meio ambiente como um todo. MOBILITY, 2008).
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
Logística reversa
No Brasil, a partir de 2010, a logística reversa, a coleta cidade para facilitar a entrega. Aos resíduos incomuns ou
seletiva e a responsabilidade compartilhada foram es- complexos é dada a seguinte classificação:
tabelecidas e colocadas como ações obrigatórias pela 1. reutilizáveis: roupas, calçados e cartuchos de im-
Lei nº 12.305 da PNRS. pressoras vazios, garrafas de champagne, toners;
São seis os tipos de resíduos que devem receber coleta 2. recicláveis: eletroeletrônicos, pneus, óleo de cozi-
e tratamento adequados e responsabilidade comparti- nha, cabos elétricos, sucata doméstica, CDs e DVDs,
lhada entre fabricantes, distribuidores e consumidores. pequenos pneus e outros;
Como exemplos, temos pilhas e baterias, pneus, em-
3. especiais ou perigosos: latas de tinta spray, aeros-
balagens de agrotóxicos, óleos lubrificantes, eletroele-
sóis, oxidantes, reagentes, raios-x, lâmpadas fluo-
trônicos e lâmpadas fluorescentes. E os procedimentos
rescentes, agrotóxicos, filtros de veículos, embala-
para operar os sistemas de logística reversa de tais pro-
gens sujas de vidros, solventes, terebentina, bases,
dutos são realizados por meio de acordos, regulamen-
medicamentos, cosméticos, colas, vernizes, óleo de
tos ou termos de compromisso pelos fabricantes. motor, pilhas e baterias em geral.
Sendo a logística reversa considerada um instrumento de No Brasil, a ABINEE (2013) iniciou a implantação do progra-
desenvolvimento econômico, Demajorovic et al. (2012) ma de logística reversa de pilhas e baterias de uso domés-
apontam que viabilizar a coleta e a restituição de resíduos tico, conforme estabelecia a Resolução CONAMA nº 401.
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou O programa, que está em fase de expansão, prevê o rece-
destinação final ambientalmente adequada, faz-se uma bimento, em todo o território nacional, de pilhas e bate-
relação totalmente dependente quanto aos parâmetros da rias usadas, devolvidas pelo consumidor ao comércio. Seu
ecoeficiência. Destes, pode-se citar a redução progressiva encaminhamento é realizado por transportadoras certifica-
do impacto ecológico, a redução da dispersão de substân- das às empresas que fazem a reciclagem desses materiais.
cias tóxicas e a intensificação de reciclagem de materiais.
O grupo empresarial Pão de Açúcar, no Brasil, tem o pro-
Ações mundiais e nacionais podem ser apontadas como grama “Coleta de pilhas e baterias”, em parceria com a ABI-
positivas quanto à logística reversa e à ecoeficiência. NEE e em cumprimento à Resolução CONAMA nº 401/08,
Como exemplo, é possível citar a Comissão Europeia desde 2010 (GRUPO-PÃO-DE-AÇÚCAR, 2010). As lojas do
Ambiente e a Associação do Ponto Verde, que implan- grupo recolheram mais de 43, 8 t de pilhas e baterias usa-
taram um método ou programa denominado Grüner- das, sendo 33 t em 2012, período que alcançou mais de
-punkt/green dot, que consiste em locais de coletas de 200% que o registrado coletado no ano 2011. Na Tabela 4
produtos que possam ser reutilizados e/ou reciclados. são apresentadas as contribuições para a logística reversa.
Segundo a Prefectura de Barcelona (2010), na Espanha, Vieira, Soares e Soares (2009) fazem referência quanto
existem os “Puntos Verdes”, ou pontos verdes, que são cen- ao processo de logística reversa no país e evidenciam
tros de descarte para os resíduos incomuns ou complexos, que deve existir uma relação uniforme entre a empresa
divididos em três tipos: de bairros, de zonas e os móveis. e o usuário, e a informação deve atingir todos os níveis
hierárquicos da sociedade.
Os pontos verdes de bairro são direcionados aos morado-
res, e os de zona, ao comércio. Os móveis atendem tanto Selpis, Castilho e Araújo (2012) também citam em seu ar-
à comunidade quanto aos comerciantes e circulam pela tigo sobre a capacidade de reciclagem no Brasil e o não
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acompanhamento realizado ao crescimento do consumo e deve haver decodificação do ciclo de vida dos produ-
de produtos tecnológicos. No Brasil, a logística reversa é tos, informação para a sociedade sobre a importância
vista como estratégia eficiente na gestão de resíduos, mas da preservação da saúde e do ambiente e comprome-
prejudicada pelos custos elevados dos sistemas de trans- timento de fabricantes, distribuidores e consumidores,
porte, como pedágios e má conservação das vias. para que os sistemas de logística reversa sejam con-
gruentes com os processos de reciclagem, promovendo
Sendo assim, como indicam as pesquisas de alguns auto- significativas ações que colaborem para os princípios da
res da Tabela 4, pontos de coleta devem ser implantados ecoeficiência e, por fim, a sustentabilidade.
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
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Tabela 4 - Continuação.
Autor Características Conclusões
Neste segmento há uma eficiente e eficaz
Estuda a logística reversa de baterias operacionalização da Logística Reversa em
automotivas (chumbo-ácido) em todos os níveis da cadeia de suprimentos
Oliveira (2012)
Campo Grande (RS) sob a ótica e o comprometimento e responsabilidade
socioambiental. de distribuidores e consumidores de
baterias automotivas.
Conclui que é alto custo financeiro para transporte
Contempla a análise de iniciativas de de pilhas e baterias exauridas e que a reciclagem
coleta existentes na cidade de Rio Claro local não é viável economicamente. Elaboração
Ruiz et al. (2012)
(SP) e o encaminhamento de pilhas e de projeto de lei para o PGREE, instalação de
baterias para os grandes centros. três ecopontos para coleta de pilhas e baterias e
educação ambiental para a comunidade.
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente; PGREE: Programa de Gerenciamento de Resíduos Eletroeletrônicos.
Continua...
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
Tabela 5 - Continuação.
Autor Características Conclusões
Discorrem sobre o avanço tecnológico A fiscalização de produtos que utilizam baterias e
e o aumento de equipamentos pilhas deve ser em tempo real. A única estrutura
Mota, Nascimento
portáteis movidos a pilha e baterias e a para coleta se destina às baterias de celulares. Fica
e Peixoto (2012)
falta de informação da sociedade sobre a cargo do consumidor o dever de conhecer a lei,
os danos ao meio ambiente e saúde. descobrir como proceder a devolução.
O aterro de lixo eletrônico e
equipamentos não são aceitáveis Os telefones celulares são um dos poucos produtos
de uma forma geral. Para desviar no mercado de reciclagem. Se o custo da logística
Geyer & Blass
da rota do aterro, devem-se ter reversa para tais equipamentos for mais baixo, os
(2010)
ações voluntárias ou obrigações. A incentivos econômicos de fabricante se alinhará com
reciclagem consiste na recuperação de o desempenho da reutilização.
um número limitado de metais.
Identificam as formas de descarte
A população de Frederico Westphalen (RS)
de pilhas e baterias na cidade de
consome pilhas do tipo comum e descarta, em sua
Kemerich et al. Frederico Westphalen (RS) e fazem
maioria, no lixo doméstico. Não tem conhecimento
(2012) levantamento de dados sobre o
sobre reciclagem, como os possíveis danos à saúde
conhecimento dos danos ocasionados
e ao meio ambiente.
por esses materiais.
Métodos de reciclagem
De acordo com dados de Suzaquim (2011), o processo 8. Produto final ― são obtidos óxidos metálicos e sais.
geral para a reciclagem de baterias é formado pelas se-
guintes etapas: Conforme Espinosa & Tenório (2004), existem proces-
1. Seleção dos produtos por semelhança de sos usados (Tabela 6) para a reciclagem de pilhas e
matéria-prima; baterias inservíveis que são denominados como rotas
piro, hidro e mineralúrgicas.
2. Corte de pilhas, em que o material que não pode
ser reaproveitado segue para empresas que reci- Nem todos os tipos de processos conseguem realizar a
clam plástico; reciclagem da bateria de Ni-Cd, por ser de custo eleva-
do. A rota hidrometalúrgica é indicada para a recupera-
3. Moagem ― separação de metais, como o aço, que ção de cádmio e níquel, mas também não é economi-
vão para empresas que os reciclam ― neste proces- camente viável. Os materiais produzidos na reciclagem
so, tem-se como produto o pó químico; de bateria Ni-Cd são o cádmio, com pureza de 99,95%,
o níquel e o Ferro, que são enviados para a fabricação
4. Reator químico ― o pó químico sofre reações e for- de aço inoxidável (PROVAZI; ESPINOSA; TENÓRIO, 2012).
ma diferentes compostos;
Em 1986, a Suíça formou a primeira unidade mundial
5. Filtragem e prensagem ― ocorre uma nova separa- de escala comercial para a reciclagem de pilhas de uso
ção de líquidos e sólidos; doméstico usadas. Em Berna, há uma usina que recu-
6. Calcinador ― forno no qual os elementos sólidos pera a maior parte dos metais de uma forma comercia-
são aquecidos; lizável e trata os líquidos e gases refugados. Em 1986,
um decreto aprovado pelo governo suíço classificou as
7. Nova moagem ― feita outra moagem dos sólidos; e pilhas como rejeito especial e, em 1989, outro decreto,
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Conte, A.A.
também autorizado pelo governo, obrigava os varejis- palmente ferro, manganês, além de uma escória
tas a receber de volta as pilhas usadas, o que impulsio- inerte com aparência de vidro, são continuamen-
te drenados. (COELHO, 2008, p. 13-15)
nou pesquisas para encontrar um processo ecologica-
mente correto de disposição e reciclagem. O método
Segundo a EPBA (2006), restringir a coleta e reciclagem
utilizado atualmente consiste em:
aos três tipos de pilhas ― óxido de mercúrio, níquel
1. As pilhas passam por um alto-forno, onde os com- 1-cádmio (recarregável) e de chumbo-ácido (recarre-
ponentes orgânicos são decompostos pelo calor e gável) ― faz sentido porque eles contêm basicamente
a maior parte do mercúrio evapora;
todos os materiais perigosos presentes nesses produ-
2. Os gases refugados são, então, completamente
queimados num incinerador a 1.000/1.200 graus tos. Essa restrição melhora a eficiência da coleta, sim-
centígrados; plifica os requisitos de separação de pilhas, maximiza a
3. As partículas sólidas de óxido de zinco, óxido de recuperação, simplifica a tecnologia de recuperação de
ferro e carbono são retiradas por lavagem do gás materiais e minimiza custos, além de aumentar o valor
quente, que é então refrigerado, e o mercúrio
condensado. O mercúrio também é destilado da
comercial dos materiais recuperados.
água da lavagem;
Coletar e reciclar outros tipos de pilhas, além das men-
4. Os resíduos das pilhas queimadas são então des-
pejados no forno de indução, onde os óxidos de cionadas, não traz benefícios porque eles não têm
zinco, ferro e manganês são fundidos a tempera- quantidades significativas de materiais perigosos, e os
turas entre 1.450/1.500 graus centígrados e redu- outros materiais que os compõem têm baixo valor co-
zidos a suas formas metálicas; mercial em relação ao que seria despedido para sua re-
5. Acrescenta-se carbono ao já presente em alguns
eletrodos de pilhas, para atuar como agente re-
cuperação. A Tabela 7 mostra algumas conclusões das
dutor. O vapor metálico é recolhido para um con- rotas piro, hidro e mineralúrgicas utilizadas para bate-
densador de zinco e os metais restantes princi- rias e pilhas inservíveis.
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
O processamento mostrou-se
simples devido à presença de
poucos elementos na formulação
Apresenta a rota hidrometalúrgica para destes produtos. A dificuldade
recuperação de elementos de pilhas prática verificada nos processos
Silva & Afonso (2008) de botão, baseados na lixiviação de foi a segurança ocupacional.
componentes com ácido sulfúrico e Devem-se projetar pilhas mais
ácido nítrico. facilmente recicláveis, pois, a pilha
Li/MnO 2 não pode ser tratada
junto com as demais por exigir
prévia segregação.
Continua...
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Conte, A.A.
Tabela 7 - Continuação.
Autor Principais características Conclusões
Dados inconclusivos para esses
Analisa o tipo mais prático de reciclagem
Sullivan, Gaines e Burnham tipos de baterias por serem de custo
para as baterias de níquel hidreto de
(2011) elevado e por não existir uma análise
metal e os produtos de íon-lítio.
completa de seus ciclos de vida.
95% de Fe, Mn, Zn podem ser
Percurso da reciclagem por reciclados e com custo favorável. O
Hidrometalurgia utilizando processos de método químico molhado, ou seja,
Li, Peng e Jiang (2011) lixiviação ácida, redução, purificação e a rota hidrometalúrgica, torna esses
coprecipitação em baterias compostas compostos químicos acessíveis durante
por Mn, Zn e Fe. a reciclagem e recuperação. Há
benefícios ambientais e econômicos.
Aponta como resultados positivos a
rota Hidrometalúrgica por ser mais
econômica e eficiente; consumir menos
Compara as principais legislações energia e possuir alta seletividade para
e processos pirometalúrgicos e os metais. O processo hidrometalúrgico
Mantuano (2011)
hidrometalúrgicos desenvolvidos e o promove a possibilidade de
circuito fechado da logística reversa. recuperação dos agentes lixiviantes e
extratantes empregados sem emitir
gases poluentes como acontece no
processo pirometalúrgico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Indispensável se torna a organização do gerenciamen- para as empresas, amenizando impactos negativos e o
to ambiental de pilhas e baterias no que comporta a consumo indiscriminado de matérias primas, além de
coleta, a reutilização, a reciclagem, o transporte e contribuir para o incremento da reutilização de mate-
o tratamento. Tal gerenciamento bem estruturado riais recuperáveis.
pode promover a formação de um sistema integrado
e ecoeficiente, englobando a produção mais limpa, a Aliada a uma boa estrutura de pontos de coleta ou
qual estimula o desenvolvimento de novas tecnolo- canais reversos, com a informação e sensibilização da
gias com processos inovadores e menos agressivos ao sociedade, a logística reversa pode vir a ser o meio de
meio ambiente. dirimir os riscos à saúde humana e ao meio natural.
A Lei nº 12.305/2010, da PNRS, que dispõe sobre a res- No aspecto econômico, a reciclagem contribui para o
ponsabilidade compartilhada entre todos os envolvidos uso mais racional dos recursos naturais e a reposição
na cadeia de produção e consumo, tem a finalidade de daqueles recursos que são passíveis de reaproveita-
acrescentar ao desenvolvimento do país a melhoria do mento. Nas empresas, a melhoria do gerenciamento
modo de vida e a preservação dos recursos naturais. do fluxo reverso de bens e serviços pode reduzir as
perdas econômicas e preservar sua imagem corpora-
A aplicação da logística reversa proporciona a preser- tiva. No âmbito social, a reciclagem gera trabalho e
vação ambiental, por intermédio da economia de ener- proporciona melhor qualidade de vida, pela melhoria
gia, diminui o descarte de produtos e reduz os custos ambiental que proporciona.
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Ecoeficiência, logística reversa e a reciclagem de pilhas e baterias: revisão
As rotas de métodos de reciclagem demonstram, ciclagem como instrumento para combate à crise am-
ainda, que é necessário desenvolver novas tecno- biental deve ser dar muito menos do ponto de vista da
mitigação do esgotamento de recursos, da economia,
logias para que sejam aplicadas às mais variadas de energia ou redução de impactos. Seu grande valor
composições químicas de pilhas e baterias e com está no potencial de sensibilização e mobilização dos
custos menores. indivíduos e coletividades em relação à necessidade
de desenvolver uma visão crítica dos processos de pro-
Também, diante da realidade do comércio mundial, dução e consumo. (LIMA et al., 2008)
em que a obsolescência dos produtos é rápida, deri-
vada das exigências dos consumidores, a reciclagem Portanto, pela observação e análise da pesquisa reali-
deve ser vista como um meio de minimizar o esgota- zada quanto às questões intrínsecas que abordam os
mento dos recursos naturais e de degradação do meio elementos ecoeficiência, logística reversa, reciclagem
ambiente, e não somente como a solução das cadeias e seus processos, verifica-se que se apresentam como
de produção. Ainda, Lima et al. (2008) alertam que: interdependentes e exigem, para o seu eficaz funcio-
Fundamental que a reciclagem seja percebida em
namento, a elaboração e o desenvolvimento de novos
toda a sua complexidade e não apenas como única e projetos que priorizem significativamente integrar o
inquestionável alternativa. O principal enfoque da re- social, o econômico e o ambiental.
REFERÊNCIAS
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