Apostila - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PDF
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ÍNDICE
CAPÍTULO 1
O QUE É CONTABILIDADE?
CAPÍTULO 2
O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO 3
OS REGISTROS CONTÁBEIS
CAPÍTULO 4
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CAPÍTULO 5
COMO INTERPRETAR UMA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA
DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS DE UMA EMPRESA
5.1 INTRODUÇÃO 24
BIBLIOGRAFIA 64
CAPÍTULO 1
O QUE É CONTABILIDADE?
Assim, quando precisamos adquirir um bem de uso durável para nossa casa
A Lei n.° 6.404/76, que disciplina as sociedades por ações, trouxe uma série
de inovações nos procedimentos contábeis, as quais, posteriormente, foram alteradas pelas
Leis nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. Tais inovações contemplaram também a participação
de diversos órgãos reguladores com o objetivo de harmonizar as práticas contábeis
brasileiras com os padrões internacionais de contabilidade. A padronização das normas de
contabilidade traz melhor entendimento dos demonstrativos contábeis, possibilitando a
comparação e a análise da situação econômico-financeira entre empresas do mesmo país e
entre os países, no caso das multinacionais.
1. uma vez definida uma entidade, não se deve misturar os recursos, direitos e obrigações
desta entidade com outras entidades. Por exemplo, uma empresa e seus sócios são
entidades distintas. Não confundir o caixa do dono com o da empresa!
CAPÍTULO 2
O PATRIMÔNIO
+ ATIVO (A)
+ PASSIVO (P)
negativa - Ativo menor que o Passivo - diz-se que a empresa apresenta um patrimônio com
"Passivo a Descoberto" (PD).
A = P + PL
OU
PL = A - P
PL = A - P, se A = P temos PL = 0 PL NULO
Ou
“PASSIVO A DESCOBERTO"
CAPÍTULO 3
OS REGISTROS CONTÁBEIS
Uma conta é um recurso contábil utilizado para reunir sob um único item
todos os eventos e valores patrimoniais (bens, direitos ou obrigações) de mesma natureza.
Por exemplo, uma conta “Banco ABC” reúne todos os movimentos, depósitos e retiradas,
de dinheiro realizados com o “Banco ABC”. Uma conta “Veículos” nos informa os
movimentos, compras e vendas, de veículos.
O cheque pode ser para pagar a escola, aluguel ou outra “conta” qualquer.
Se nosso registro incluir também esta outra conta, temos então, uma partida dobrada. A
partida dobrada”, portanto, é um registro que permite identificar as origens e as aplicações
de um lançamento contábil. Os totais das origens e das aplicações, naturalmente, são
iguais.
Diz-se, ainda, neste exemplo, que a conta “Banco ABC” é credora, e a conta
“Veículos”, devedora. Como todo sistema contábil, na atualidade, funciona com base em
partidas dobradas, todo lançamento contábil apresenta um crédito e um débito de igual
valor.
Por outro lado, as contas de resultado dizem o que aconteceu com a empresa
durante um certo período de tempo em termos de Receitas obtidas pela venda de produtos
e serviços, de Despesas e Custos, dos produtos e serviços, e de Resultados, saldos em
forma de lucros ou prejuízos.
DIÁRIO
CAIXA
ESTOQUES
CAPÍTULO 4
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
4.2.2.2 Investimentos
4.2.2.3 Imobilizado
4.2.2.4 Intangível
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
1. ATIVO CIRCULANTE 1. PASSIVO CIRCULANTE
DISPONÍVEL Fornecedores
Caixa
Encargos Sociais a Recolher
Bancos
Aplicações Financeiras Impostos a Pagar
DIREITOS REALIZÁVEIS NO CURTO PRAZO Receitas Antecipadas
Clientes
2. NÃO CIRCULANTE
ESTOQUES
2.1 PASSIVO EXIGÍVEL A L. PRAZO
Mercadorias
Financiamentos a Longo Prazo
Matérias-primas
DESPESAS ANTECIPADAS
3 . PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3.1 CAPITAL SOCIAL
2. NÃO CIRCULANTE
Capital Subscrito
(-) Capital a realizar
2.1 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
3.2 RESERVAS DE CAPITAL
Outros valores a receber
Ágio na venda de ações
Participações Societárias
3.3 AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
Reavaliação de Ativos e/ou Passivos
2.3 IMOBILIZADO
Imóveis de Uso 3.4 RESERVAS DE LUCROS
Máquinas e Equipamentos Reserva Legal
Móveis e Utensílios Reservas Estatutárias
Veículos Reservas para Contingências
(-) Depreciação Acumulada Reserva de Incentivos Fiscais
Reservas de Retenção de Lucros- para
2.4 INTANGÍVEL Investimentos
Marcas e Patentes Reservas de Lucros a Realizar
Gastos com desenvolvimento Reserva Especial de Dividendos
RESULTADO FINANCEIRO
Despesas Financeiras
Receitas Finaceiras
a) Distribuição Direta - são as parcelas do lucro líquido que passam diretamente às mãos
dos sócios, quotistas ou acionistas, sob a forma de participação ou dividendos; e
Para as sociedades por ações, existem dispositivos legais que devem ser
observados na época da destinação dos lucros de cada exercício, dentre os quais
destacamos:
b) parte do lucro pode ser destinada à formação de outras reservas, desde que devidamente
indicada, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
b) o total das reservas de lucros não poderá ultrapassar o montante do capital social
realizado;
CAPÍTULO 5
5.1 Introdução
Exemplos:
BALANÇO PATRIMOINIAL
ATIVO R$ 1,00 %
Circulante 50.000 47,6
Realizável a Longo Prazo 20.000 19,1
Imobilizado 35.000 33,3
TOTAL 105.000 100,0
Ano X5 X6 X7 X8
Ativo Circulante 280.000 100 480.000 171 782.000 279 1.1000.000 393
Ativo Realizável a L.P. 40.000 100 84.000 210 68.000 170 100.000 250
Ativo Imobilizado 480.000 100 636.000 133 850.000 177 900.000 188
Ativo Total 800.000 100 1.200.000 150 1.700.000 213 2.100.000 263
a) Liquidez:
- Corrente
- Seca
- Imediata
- Geral
c) Atividade:
- Prazo médio de recebimento das vendas
- Prazo médio de renovação dos estoques
- Prazo médio de pagamento das compras
- Posicionamento da atividade
- Giro do ativo
LC = AC
PC
onde:
LC = Liquidez Corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
LS = AC - ESTOQUES
PC
É um índice sem muito realce, pois relaciona dinheiro com obrigações que
vencerão em diversas datas.
LG = AC + ARLP
Onde: PC + PNC
LG = Liquidez Geral
AC = Ativo Circulante
ARLP = Ativo Realizável a Longo Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
GE = PC + PNC
AT
Onde:
GE = Grau de Endividamento
PC = Passivo Circulante
AT = Ativo Total
Figura 1
ATIVO CAPITAL
GE = PC + PNC = 1,0
TOTAL DE AT
TERCEIROS
Figura 2
CAPITAL
DE TERCEIROS
ATIVO
GE = PC + PNC = 0,5
TOTAL CAPITAL AT
PRÓPRIO
Este quociente é obtido pela divisão do Passivo Circulante pelo total das
EXIGIBILIDADES (Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo).
CE = PC
PC + PNC
GCP = PL
PC + PNC
É sempre conveniente que este quociente seja inferior a 1 (um), caso em que
indicará que o Patrimônio Líquido é suficiente para cobrir as imobilizações efetuadas pela
entidade. Em outros termos, a entidade não imobilizou todo o Capital Próprio e a diferença
será carreada para o Ativo Circulante e para o Ativo Realizável a Longo Prazo.
Indica o número de dias em média que a empresa leva para receber suas
vendas.
Indica, em média, quanto tempo a empresa leva para pagar suas compras.
CPV = EI + C + GGF - EF
Neste caso, o ideal seria conseguir junto à empresa o valor das compras do
período em análise.
CICLO OPERACIONAL
PA = PMRE + PMRV
PMPC
Quanto maior for o "giro" do Ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de
lucro.
a) Indicadores de Lucratividade
- Lucratividade Bruta (ou Margem Bruta)
- Lucratividade Operacional (ou Margem Operacional)
- Lucratividade Final ( ou Margem Líquida)
b) Indicadores de Rentabilidade
- Taxa de Retorno sobre o Investimento (TRI)
- Taxa de Retorno sobre o Investimento Operacional (TRIO)
- Taxa de Retorno do Patrimônio Líquido
Esta TRI pode ser calculada de uma outra forma, utilizando-se o "Método
DU PONT".
Normalmente, uma empresa com baixa margem líquida tem um alto giro
dos ATIVOS TOTAIS, que resulta num retorno razoavelmente bom sobre o investimento.
Porém, muitas vezes ocorre o inverso. A relação entre os dois componentes do "Método
DU PONT" dependerá, em grande parte, do setor econômico onde a empresa opera.
Assim, conforme a característica de cada empresa, o ganho poderá ocorrer
numa concentração maior sobre o Giro ou sobre a Margem de Lucro.
FATOR DE INSOLVÊNCIA = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
Termômetro da Insolvência
Stephen Charles Kanitz
Solvente
Penumbra
Insolvente
CONCLUSÃO
BALANÇO PATRIMONIAL
Cia Alfa S/A (Em R$ 1,00)
ATIVO 31/12/19X6 31/12/19X5
PASSIVO
CIRCULANTE 443.819 293.901
Fornecedores 58.709 44.010
Empréstimos e Financiamentos 272.152 188.379
Provisão para IR e Contribuição Social 54.756 34.290
Dividendos a pagar 58.202 27.222
NÃO CIRCULANTE 4.724 35.581
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 4.724 35.581
Empréstimos e Financiamentos 2.906 32.461
Outras Contas a pagar 1.818 3.120
PASSIVO
CIRCULANTE 293.901 39 100 443.819 45 151
Fornecedores 44.010 6 100 58.709 6 133
Empr. e Financ. 188.379 25 100 272.152 27 144
Provisão para IR e CS 34.290 4 100 54.756 5 160
Dividendos a pagar 27.222 4 100 58.202 6 214
NÃO CIRCULANTE 35.581 5 4.724 - 13
EXIGÍVEL A LP 35.581 5 100 4.724 - 13
Empr. e Financ. 32.461 4 100 2.906 - 9
Outras Contas a pagar 3.120 - 100 1.818 - 58
a) Liquidez Corrente:
LC = AC
PC
X5 ⇒ LC = 520.904 = 1,77
293.901
X6 ⇒ LC = 625.543 = 1,41
443.819
PASSIVO
CIRCULANTE 1,00
1,41 ATIVO
CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
b) Liquidez Seca:
LS = AC - ESTOQUES
PC
Houve uma queda na L.S. de X5 para X6, indicando que a empresa depende
ainda mais da venda dos seus estoques para pagar suas dívidas. Em X6, sem os estoques,
ela só paga 42% das obrigações.
DISPONIBILIDADES + PASSIVO
0,42 DIREITOS A CURTO PRAZO CIRCULANTE 1,00
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
c) Liquidez Geral:
LG = AC + ARLP
PC + PNC
INVESTIMENTOS PL
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
d) Liquidez Imediata:
LI = DISPONIBILIDADES
PC
X5 ⇒ LI = 57.475 = 0,20
293.901
X6 ⇒ LI = 55.198 = 0,12
443.819
e) Grau de Endividamento:
GE = PC + PNC
AT
Esta situação indica que, em X6, a cada R$ 1,00 aplicado pela empresa no
seu ATIVO TOTAL, R$ 0,45 originam-se de terceiros. Em outras palavras, 45% dos
recursos utilizados pela empresa são de origem externa, portanto, 55 % dos capitais
aplicados pertencem aos proprietários (sócios ou acionistas).
ATIVO PASSIVO
45%
CIRCULANTE CIRCULANTE
ATIVO
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
100% NÃO CIRCULANTE
55%
INVESTIMENTOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IMOBILIZADO
INTANGÍVEL
f) Composição do Endividamento:
CE = PC .
PC + PNC
GCP = PL .
PC + PNC
CMV = EI + C - EF
l) Posicionamento da Atividade:
PA = PMRE + PMRV
PMPC
X6 ⇒ PA = 67 + 15 = 10
8
m) Giro do Ativo:
X5 ⇒ GA = 1.824.107 = 2,44
746.861
X6 ⇒ GA = 3.166.529 = 3,16
1.001.655
n) Lucratividade Bruta:
o) Lucratividade Operacional:
p) Lucratividade Final:
1.001.655
Poder de ganho da empresa: em X6 para cada R$ 1,00 aplicado ao ativo, há
um ganho de R$ 0,17.
Isto significa que, em média, haverá uma demora de 5,9 anos para que a
empresa obtenha de volta o seu investimento. Em X5 o retorno se dava em 6,7 anos.
Significa que, em média, haverá uma espera de 3,1 anos para que os
proprietários recuperem seus investimentos.
Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
= 0,016 + 2,3925 + 1,491 – 1,4946 – 0,2673
= 2,14
BIBLIOGRAFIA
WALTER, Milton A., BRAGA, Hugo R. Série Como Fazer. Confederação Nacional da
Indústria. São Paulo.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 4ª Edição. São Paulo: Ed. Atlas.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 6ª Edição. São Paulo: Ed. Atlas.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Geral Fácil. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva.