Fichamento Formação Do Brasil Contemporâneo
Fichamento Formação Do Brasil Contemporâneo
Fichamento Formação Do Brasil Contemporâneo
“[...] se revelará profunda e revolucionária todo o equilíbrio europeu, foi deslocar a primazia
comercial dos territórios centrais do continente […] para aqueles que formam a sua fachada
oceânica: Holanda, Inglaterra, Normandia, Bretanha e Península Ibérica” p. 21.
“Em suma e no essencial, todos os grandes acontecimentos desta era, que se convencionou com
razão chamar de “descobrimentos”, articulam-se num conjunto que não é senão um capítulo da
história do comércio Europeu” p. 22.
“É sempre como traficantes que os vários povos da Europa abordarão cada uma daquelas
empresas que lhes proporcionarão sua iniciativa, seus esforços, o acaso e as circunstâncias do
momento em que se achavam” p. 23.
“Tudo isto lança muita luz sobre o espírito com que os povos da Europa abordam a América. A idéia
de povoar não ocorre inicialmente a nenhum. É o comércio que os interessa, e daí o relativo
desprezo por este território primitivo e vazio que é a América” p. 23.
Atraso no desenvolvimento da nação – Tese do Partido
Comunista
“Quem observa aquele conjunto […] não deixará de perceber que ele se forma de uma linha mestra
e ininterrupta de acontecimentos que se sucedem em ordem rigorosa e dirigida sempre numa
determinada orientação. Isso é que se deve procurar quando se aborda a análise da história de um
povo […] porque todos os momentos e aspectos não são senão partes, por si só incompletas, de
um todo que deve ser sempre o objetivo último do historiador” p. 19.
“Povo, país, nação, sociedade […] aquela unidade que lhe permite destacar uma tal parcela
humana para estudá-la à parte” p. 19.
“Os pormenores e incidentes que constituem a trama de sua história ameaçam nublar o que
VERDADEIRAMENTE forma a LINHA MESTRA que a define” p. 19.
- Se deixar de lado esses por menores, só então “nos é dado alcançar o sentido daquela evolução,
compreendê-la, explicá-la” p, 19.
Interior x Litoral
“Para os fins mercantis que se tinham em vista, a ocupação não se podia fazer como nas simples
feitorais, com um reduzido pessoal incumbido apenas do negócio, sua administração e defesa
armada; era preciso ampliar estas bases, criar um povoamento capaz de abastecer e manter as
feitorias [...] A idéia de povoar surge daí, e só daí” p. 24.
“Durante mais de dois séculos despejar-se-á na América todo resíduo das lutas político-religiosas
da Europa” p. 26.
“O tabaco, originário da América e por isso ignorado antes do descobrimento, não teria, depois de
conhecido, menor importância” p. 28.
“O colono europeu ficará então aí na única posição que lhe competia: de dirigente e grande
proprietário rural” p. 30.
- No Brasil, “não se chegou nem a ensaiar o trabalho branco [...] em Portugal, a que pertencia à
maioria delas, havia, não havia como na Inglaterra, braços disponíveis, e dispostos a emigrar a
qualquer preço. Em Portugal, a população era tão insuficiente que a maior parte do seu território se
ainda, em meados do século XVI, inculto e abandonado” p. 30.
“As colônias tropicais tomaram um rumo inteiramente diverso do de suas irmãs da zona temperada
[...] uma sociedade à semelhança do seu modelo e origem europeus; nos trópicos, pelo contrário,
surgirá um tipo de sociedade inteiramente original” p. 30.
“A colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa
que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar, os
recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu” p. 31.
“Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para
fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros, mais tarde ouro e diamante; depois, algodão, e em
seguida, café, para o comércio europeu” p. 32.