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Estrutura de um programa em C/C++

Função main ()
Estrutura de um programa

Aula 1
Sofia Cerqueira
1.1. História da Linguagem C/C++
 O C é uma linguagem de programação procedimental,
isto é, consiste em representar a solução em forma de
uma série de ações/procedimentos que são executados
sequencialmente para produzir a solução.

 Foi desenvolvida em 1970 por Dennis Ritchie para a


utilização no sistema opertativo Unix.

 O nome “C” deve-se ao facto de derivar de uma


linguagem já existente chamada “B”.
1.1. História da Linguagem C/C++
 O C++ é uma linguagem de programção genérica que
suporta tanto paradigmas de programação
procedimental como a orientada ao objeto.

 A programação orientada ao objeto consiste em


representar a solução em forma de objetos que enviam
e recebem mensagens entre si e assim produzem a
solução.

 Bjarne Stroustp desenvolveu o C++ em 1983 como um


melhoramento da linguagem C.
1.1. História da Linguagem C/C++
 Os melhoramentos incluíram : adição de classes,
funções virtuais, sobrecarga de operadores, múltipla
herança, templates e tratamento de exceções.

 Posteriormente foi realizada uma revisão em 2003 e


uma nova versão da especificação da linguagem foi
lançada em dezembro de 2014.
1.2 Estrutura de um programa em C++

Este programa depois compilado e executado


produziria o seguinte resultado:
Bom dia Mundo!
1.2 Estrutura de um programa em C++
 //O meu primeiro programa em C++

Isto é uma linha de comentário. Todas as linhas


começadas por duas barras
// são consideradas comentários e não tem qualquer
efeito na compilação/execução do programa. Servem
para inserir explicações e observações no código do
programa;
1.2 Estrutura de um programa em C++
 #include <stdio.h>

As linhas que começam pelo carácter cardinal (#) são


directivas de pré-compilação.
Estas não são linhas de código executável mas apenas
indicações para o compilador.
Neste caso #include <stdio.h> indica ao pré–
processador do compilador que inclua os cabeçalhos
existentes no ficheiro stdio.h relativos a funções
utilizadas na entrada e saída de dados de um
programa;
 #include permite incluir uma biblioteca
 Bibliotecas contêm funções pré-definidas, utilizadas nos
programas
1.2 Estrutura de um programa em C++
 int main()

Esta linha corresponde ao início da declaração da


função main. A função main é o ponto por onde todos
os programas em C++ começam a sua execução.
main é seguido de parêntesis ((, )) porque é uma
função. O conteúdo da função main que está
imediatamente a seguir à declaração formal, está
contido entre chavetas ({ }) conforme o exemplo;
1.2 Estrutura de um programa em C++
 printf( "Bom dia Mundo!”);

Esta instrução coloca no ecrã a frase "Olá Mundo!".


printf (print formatted) é um comando que imprime
uma mensagem na tela. printf está declarado no ficheiro de
cabeçalhos (header file) stdio.h , portanto para poder usar o
printf é necessário incluir o ficheiro stdio.h.
Note–se que esta frase termina com ponto vírgula (;). Este
carácter significa o fim da instrução e tem
obrigatoriamente que ser incluído depois de qualquer
instrução;
Funções Matemáticas
Função Exemplo Comentário
ceil ceil(x) Arredonda o número real para cima; ceil(3.2) é 4
cos cos(x) Cosseno de x (x em radianos)
exp exp(x) e elevado à potencia x
fabs fabs(x) Valor absoluto de x
floor floor(x) Arredonda o número real para baixo; floor(3.2) é 3
log log(x) Logaritmo natural de x
log10 log10(x) Logaritmo decimal de x
pow pow(x, y) Calcula x elevado à potência y
sin sin(x) Seno de x
sqrt sqrt(x) Raiz quadrada de x
tan tan(x) Tangente de x

#include <math.h>
1.2 Estrutura de um programa em C++
 getchar();

A instrução getchar provoca uma pausa na execução da


função main, que termina um inserirmos um carater.
1.3 Criação de um programa em C++
O desenvolvimento de programas em linguagem C++ é
um processo que compreende quatro fases: escrita,
compilação,"linking" e execução
1.3 Criação de um programa em C++
 Escrita do código–fonte – A primeira fase do
processo é criação/edição de um (ou mais) ficheiro de
texto contendo o código–fonte. Isto pode ser realizado
com recurso a um editor de texto. O referido ficheiro
tem que ter a extensão ".cpp" ou ".cc". O conteúdo do
programa tem que obedecer rigorosamente à sintaxe
da linguagem.
1.3 Criação de um programa em C++
 Compilação – A segunda fase, a da compilação, é realizada
com recurso a um compilador específico para linguagem,
neste caso o de C++. Nesta fase se existirem erros de
sintaxe, o compilador detecta-os e reportará a sua
localização (tipicamente número de linha) e uma breve
descrição do erro.
Note-se que os erros de lógica não são detectados nesta
fase. Se o programa não tiver erros de sintaxe o compilador
produzirá o código executável, isto é, um programa pronto
a ser executado. Nesta fase são incluídos os ficheiros de
cabeçalhos nos quais são declaradas as funções que serem
posteriormente incluídas no fase de linking.
1.3 Criação de um programa em C++
 "Linking" – A terceira fase, a da linking, é feita com
recurso a um programa especial, designado linker que
se responsabiliza por transformar os programa objecto
(independente da plataforma de hardware) numa
aplicação executável na plataforma em hardware
específica.
Nesta fase, as declarações das funções (cabeçalhos) são
substituídas por código executável, propriamente dito.
Caso ocorram erros nesta fase, o processo retorna à
primeira fase.
1.3 Criação de um programa em C++
 Execução – A quarta e última fase, execução, só poderá
ocorrer no caso das fases terminarem com sucesso.
1.4 Modelo de compilação da linguagem C++
1.4 Modelo de compilação da linguagem C++
 Pré–processador – O pré-processador executa as
directivas existentes no código fonte. As directivas de
pré-processamento começam pelo carácter # e de entre
as tarefas mais comuns compreendidas na pré–
compilação, destacam-se:
– #include – Inclusão de ficheiros, tipicamente ficheiros
de cabeçalhos;
– #define – definição de constantes ;
– Remoção de linhas de comentários.
1.4 Modelo de compilação da linguagem C++
 Compilador – Alguns compiladores traduzem o
código fonte (texto) recebido do pré -processamento
para linguagem assembly (também texto). Enquanto
que outros geram directamente o código objecto
(instruções do processador em código binário);
1.4 Modelo de compilação da linguagem C++
 Assembler – O assembler traduz código em linguagem
assembly (texto) para código binário. Pode estar
integrado no compilador. O código gerado pelo
assembler geralmente tem a extensão ".o" (nos
sistemas operativos Unix e Linux) e ".obj" (nos sistema
operativos Windows);
1.4 Modelo de compilação da linguagem C++
 Linker – Se o programa fonte tem referências a
elementos definidos nas bibliotecas padrão ou outras, o
Linker é o responsável por adicionar o código desses
elementos de forma a criar o ficheiro executável. A
referência a variáveis globais externas é resolvida pelo
Linker.
1.5 Variáveis, Tipos de Dados e Constantes

 O programa OlaMundo está estruturalmente completo


mas tem apenas a funcionalidade de escrever na
consola de saída, a frase “Olá Mundo!”

 Na escrita de programas mais sofisticados, em geral é


necessária a introdução de dados(eventualmente
introduzidos pelo utilizador) e guardar informação
relativa a cálculos.

23
1.5.1 Variáveis
 Suponha-se que é pedido a uma determinada pessoa
para memorizar o número 5 e depois o número 2.

 A seguir, é-lhe pedido que adicione a quantidade 1 ao


primeiro número memorizado.

 Depois é-lhe pedido o resultado da subtracção do


primeiro com o segundo. Após a realização correcta
destas contas, a pessoa em questão diria
que o resultado seria 4.

24
1.5.1 Variáveis

25
1.5.1 Variáveis
 Uma variável é uma posição na memória do
computador, que é reservada para armazenar os dados
que o algoritmo vai manipular.

 Mas de que forma conseguimos acessar esses dados?

 Vamos compreender de que forma isso funciona?

26
1.5.1 Variáveis

27
1.5.1 Variáveis
•Um arquivo com 15 gavetas que podem armazenar os
documentos de diferentes pessoas.

•As gavetas estão numeradas e cada gaveta só armazena um


documento por vez.

•Cada número corresponde ao "endereço‟ da gaveta.

•Algumas delas estão, também, marcadas com nomes de


pessoas. Essas são as que estão reservadas.

28
1.5.1 Variáveis
•E há gavetas que não foram reservadas, ou seja, estão livres
para serem reservadas quando necessário.

•Dessa forma, se perguntarmos a Maria onde ela guarda os


seus documentos, ela responderá: "na gaveta 01 do arquivo". É
o "endereço‟ dos documentos dela.

•O endereço ao qual nos referimos, em algoritmos,


corresponde a uma posição na memória do computador. A
essa posição na memória do computador damos o nome de
variável

29
1.5.1 Variáveis
 As variáveis devem ser declaradas no algoritmo antes
de serem utilizadas.

 A declaração das variáveis permite que seja reservado


um espaço na memória para o dado que vai ser
armazenado e utilizado.

 Cada variável tem um identificador e o tipo de dados.

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1.5.1 Variáveis
 O identificador permite referir de forma única uma
variável enquanto que tipo de dados é útil para a
optimização do código pois diferentes tipos de dados
requerem quantidade distintas de memória.

 Existem algumas regras básicas para a definição dos


nomes (identificadores) das variáveis. Vamos conhecê-
las.

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1.5.1 Variáveis
 Podem-se utilizar números e letras maiúsculas ou
minúsculas.
 Não se deve utilizar caracteres especiais, à exceção do
underscore ( _ ).
 O primeiro caracter deve ser sempre letra ou
sublinhado, mas nunca um número.
 Não deve utilizar acentos gráficos, til ou cedilha.

32
1.5.1 Variáveis
 Além dos símbolos, não é permitido espaço em branco.
 Não se devem utilizar as palavras reservadas da
linguagem

33
1.5.1 Variáveis
Observações:

 A linguagem C++ é sensível à capitalização, isto é, faz a


distinção entre letras maiúsculas e minúsculas, por
exemplo os identificadores: result, Result e RESULT
são distintos para o compilador.

 É importante que, ao identificar uma variável, você


utilize palavras ou termos significativos. Por exemplo,
para armazenar o valor do salário do mês janeiro, use
salário_janeiro;
34
1.5.1 Variáveis
Observações:

 Embora o comprimento de um identificador não seja


limitado, alguns compiladores só identificam os
primeiros 32 caracteres, sendo o resto ignorado;

 Ao utilizar nomes de variáveis com mais de uma


palavra, separe as palavras com o underscore. Por
exemplo: salário_do_mes.

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1.5.1 Variáveis
Exercício: Identifique, justificando, os identificadores inválidos.

a) nome1
b) 1nome
c) ano_de_nascimento
d) Ano de nascimento
e) Salario
f) nota_aluno
g) @salário$
h) qtd_dias
i) enum
j) remédio

36
1.5.2 Tipo de dados
 Aquando da declaração de uma variável, o compilador
da linguagem C++ necessita, por uma questão de
optimização de código, de saber qual o tipo da referida
variável de forma a reservar em memória apenas o
espaço estritamente necessário.

 Por exemplo, para armazenar uma letra não é


necessário tanto espaço como para armazenar um
número real.

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1.5.2 Tipo de dados
 Note–se que a memória do computador esta
organizada em bytes, sendo que um byte é a unidade
mínima para atribuição de memória. Com um byte é
possível armazenar:

• Um número sem sinal entre 0 e 255;


• Um número com sinal entre -128 a 127;
• Um carácter simples.

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1.5.2 Tipo de dados
 No entanto, em muitas situações será necessário
armazenar valores superiores à capacidade de um byte,
para este efeito existem outros tipos de dados.

A tabela seguinte apresenta os tipos dados


fundamentais em C++, espaço necessário (em bytes) e
a gama de valores respectivos.

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1.5.2 Tipo de dados

40
1.5.3 Declaração de variáveis

41
1.5.3 Declaração de variáveis

42
1.5.3 Declaração de variáveis
 Ou seja, para declarar uma variável, devemos proceder
da seguinte forma:

<tipo_da_variável> <nome_da_variável>
ou:
<tipo_da_variável> <lista_de_variáveis>

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1.5.3 Declaração de variáveis
 Já a sintaxe subjacente à declaração/iniciação de uma
ou mais variáveis é:

<tipo_da_variável> <id1>=<Valor inicial1>, <id2>=<Valor


inicial2>,...;

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1.5.4 Constantes
Uma constante é qualquer identificador que tem um
valor fixo, portanto que não pode ser alterada durante
a execução do programa. Num programa em C++
podem coexitir três tipos de constantes:

 Literais;

 Definidas;

 Declaradas.

45
1.5.4.1 Literais
Um literal é uma qualquer identificador com o valor fixo e
podem ser divididos em: números inteiros, números reais,
caracteres e cadeias de caracteres

 Números inteiros
São constantes numéricas que identificam números na
base decimal. Note-se que para expressar uma constante
numérica não é necessário escrever aspas(") ou qualquer
outro carater especial.

 1776
 707
 -203

46
1.5.4.1 Literais
 Números Reais
Expressam números com décimas e/ou expoente.
Podem incluir um ponto decimal, o carater e (que
expressa "10 elevado a X", onde X é um valor inteiro) ou
ambos.
Notação Valor
3.14159 3.14159
6.022e23 6:022 ×1023
1.6e-19 1:6 ×10-19
2
1.41421356237309504
3.0 3:0
47
1.5.4.1 Literais
 Números Reais
Estas são cinco formas válidas de representar números
reais em C++. Respectivamente, o valor de π, o número
de Avogadro, a carga eléctrica de um electrão
(extremamente pequena), raiz de dois e o numero três
expresso como decimal;

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1.5.4.1 Literais
 Caracteres e strings
Também existem constantes não numéricas, como a seguir
se exemplifica:

 ’z’
 ’p’
 "Olá Mundo!"
 "Como estás?"

As primeiras duas expressões representam caracteres


simples enquanto as outras duas representam strings
(cadeia de caracteres). Para os caracteres simples é usada a
plica (’) e para as strings são usados as aspas (").
49
1.5.4.1 Literais
Existem caracteres especiais que não podem ser
expressos sem ser no código fonte do programa, como
por exemplo, nova linha (’\n’) ou tabulação (’\t’).
Todos são precedidos pela barra "\". A tabela seguinte
apresenta a lista dos caracteres especiais.
Caracter Significado
\n nova linha
\r cursor para 1ªcoluna
\t Tabulação
\b Backspace

50
1.5.4.2 Definidas
 Para além dos literais existem constantes que podem
ser declaradas pelo programador, podendo ser
definidas através de uma directiva de pré-
processamento #define ou através da palavra–chave
const

 A sintaxe do #define é a seguinte:

#define <identificador> <expressão>

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1.5.4.2 Definidas
 Como já foi referido anteriormente o pré–processador
única e simplesmente actua sobre o código (texto) e
neste caso substituí todas as ocorrências no código da
constante pelo seu valor. Por esta razão estas
constantes são designadas de macros.

 Nota: Um erro muito frequente é a colocação do


ponto e virgula (;) na declaração da macro.

52
1.5.4.2 Definidas

53
1.5.4.2 Definidas
A utilização de macros tem duas vantagens:

 Legibilidade do código – por exemplo, é mais fácil


associarmos a mnemónica PI ao π do que o valor
3.14159265;

 Facilidade de manutenção do código – o programador evita


a repetição da declaração das constantes, tornando mais
fácil alterar o seu valor, pois basta alterar a referida
definição da macro, não é necessário procurar em todo o
código o valor que se pretende alterar.

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1.5.4.3 Declaradas
Através da palavra–chave const é possível declarar
constantes de um determinado tipo de dados,
conforme a seguir se exemplifica:

 const int width = 100;


 const minhaConstante=12440;

No caso do tipo de dados não ser declarado, no


exemplo anterior este caso surge na última linha, o
compilador assume que é do tipo inteiro.
55
1.5.4.3 Declaradas
 Operador sizeof() – Este operador recebe um
parâmetro, que pode ser uma variável ou um tipo de
dados e devolve o espaço em memória (em bytes)
ocupado por essa variável ou tipo de dados, conforme
exemplo seguinte, no qual a variável a tomará o valor 1.

int a=sizeof(char);

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1.5.4.3 Declaradas
Conversão de tipos de dados (instrução cast) – A conversão de
dados consiste em converter dados de um tipo noutro tipo de
dados. Por exemplo:
 int i;
 float f = 3.14;
 i = (int) f;

Este código converte o numero 3.14 para o inteiro 3. Outra forma


de o poder fazer seria com a seguinte instrução:
 i=int(f);

Apesar do resultado desta conversão resultou numa perda de


informação, em algumas situações tal esta situação pode ser
desejável.
Nota: O que é convertido é o valor da variável f não a variável f.
Esta é do tipo float e continuará a ser.
57
1.6 Estruturas de controlo
De acordo com o paradigma da programação
estruturada qualquer programa pode ser descrito
utilizando exclusivamente as três estruturas básicas de
controlo:

 instruções de sequência;
 instruções de decisão;
 instruções de repetição.

58
1.6 Estruturas de controlo

59
1.6.1 Instruções de Sequência
 As instruções de sequência são instruções atómicas
(simples) permitem a leitura/escrita de dados, bem
como o cálculo e atribuição de valores. Todas as
instruções são executadas pela ordem apresentada no
programa.

 O programa seguinte codifica em C++ um algoritmo


cujo objectivo é cambiar euros em dólares
considerando a taxa de conversão 1.17.

60
1.6.1 Instruções de Sequência
 #include<iostream.h> – A directiva de pré-processador
promove a inclusão da instrução system("pause");

 scanf("%f", &valorEuro);– Esta instrução fica aguardar


que o utilizador digite (via teclado) o valor em euros. O
valor digitado é extraído para a variável valorEuro através
do operador de extracção &. O scanf (console input) é um
objecto que está normalmente associado ao teclado. O
operador de extracção extraí do objecto que representa o
teclado na aplicação para uma variável da aplicação;
O erro mais comum é esquecer o &, cuidado!
61
1.6.1 Instruções de Sequência
 Função scanf
scanf ("formatos", &var1, &var2,...)

Exemplos:
%d inteiro decimal
int i, j;
%f float
float x;
char c; %lf double
scanf("%d", &i); %c char
scanf("%d %f", &j, &x); %s string
scanf("%c", &c);
scanf("%s", &nome);

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1.6.1 Instruções de Sequência
 valorDolar=valorEuro*taxa; – Esta linha de código
realiza duas operações, a operação de multiplicação
valorEuro*taxa; e a operação de atribuição do cálculo à
variável valorDolar;

 printf("Valor em dolar = %lf \n", valorDolar);– Esta


linha de código coloca no ecrã da nossa aplicação o
texto "Valor em dolar = "concatenado com o conteúdo
da variável valorDolar seguido do caracter ’\n’ (nova
linha) e obriga o objecto printf a escrever no ecrã.

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1.6.1.1 Operadores aritméticos
 O operador de atribuição serve para atribuir o
resultado de uma expressão a uma variável. Conforme
exemplo seguinte:
a=5;
 A linha de código anterior atribuí o valor 5 à variável a.
A parte esquerda do operador = é conhecida como
lvalue (left value) e a parte direita como rvalue (lado
direito). rvalue é uma expressão (e.g., uma variável,
uma constante, uma operação ou qualquer
combinação destes elementos) enquanto que o lvalue é
o nome de uma variável;

64
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 A operação de atribuição é realizada da direita para a
esquerda e nunca o inverso.
De seguida são apresentados alguns exemplos
Exemplo Resultado
a=10;
b=4; O valor da variável c será 10
c=a;
a=10;
b=4;
O valor da variável a será 60 ( 4*(10+5) )
c=5;
a=b*(c + a);
b=c=a=0; O valor das variáveis a, b e c será 0
65
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 C++ define os seguintes operadores aritméticos
simples. No exemplo seguinte os operadores considerem-
se as variáveis a e b com valores, 13 e 5, respectivamente.

Operador Nome Exemplo Resultado


+ soma a+b 18
- subtracção a-b 8
* multiplicação a*b 65
/ divisão a/b 2.6
% resto da divisão inteira a%b 5

66
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 O C++ fornece igualmente os seguintes operadores
aritméticos compostos

Operador Nome Exemplo Significado


+= soma/atribuição a+=b a=a+b
-= subtração/atribuição a-=b a=a-b
*= multiplicação/atribuição a*=b a=a*b
/= divisão/atribuição a/=b a=a/b
resto divisão
%= inteira/atribuição a%=b a=a%b
++ incremento a++ a=a+1
-- decremento b-- b=b-1
67
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 Note-se que os operadores aritméticos compostos da
linguagem de programação C++ permitem modificar o
valor de uma variável com um operador básico.

 Os operadores incremento (++) e decremento (- -) só


podem ser usados com variáveis. Estes incrementam e
decrementam o valor da variável em uma unidade.

 Portanto, (++) e (- -) são equivalentes a +=1 e a -=1,


respectivamente.
68
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 Uma característica destes operadores é que podem ser
usado como prefixo (pré–incremento ou pré-
decremento) ou como sufixo (pós–incremento ou pós-
decremento).
 Para tal, o operador tem de ser escrito antes da variável
(++a) ou depois da (a++;), prefixo e sufixo,
respectivamente.
 Em operações na quais o resultado da operação de
incremento ou de decremento é avaliada noutra
expressão, podem ser diferentes.

69
1.6.1.1 Operadores aritméticos
 No caso do operador de incremento usado como
prefixo (++a;) o valor é incrementado e depois a
expressão é avaliada e portanto o valor incrementado é
considerado na expressão.
 No caso operador de incremento ser usado como sufixo
(a++;), o valor da variável é incrementado após a
avaliação da expressão.
Exemplo Resultado
b=3; O valor final de a será 4
e o de b também
a=++b;
b=3; O valor final de a será 3
e o de b 4
a=b++; 70
1.6.1.2 Operadores relacionais
 A tabela apresenta os operadores relacionais do C++.
Os operadores relacionais avaliam a comparação entre
duas expressões. O resultado dessa comparação é um
valor do tipo bool que pode ser true ou false,
obviamente de acordo com o resultado da comparação.
Símbolo Significado
< menor que
> maior que
≤ menor ou igual que
≥ maior ou igual que
== igual
!= diferente 71
1.6.1.2 Operadores relacionais
 Na tabela apresenta-se alguns exemplos da utilização
dos operadores relacionais nos quais se consideram os
valores a=5; b=6; c=7;.

Exemplo Resultado
(7==5) falso
(a!=b) verdade
(a<=7) verdade
((a*b)>=c) verdade

72
1.6.1.2 Operadores lógicos
 A tabela apresenta os operadores lógicos da linguagem
C++
 O resultado das operações com os operadores lógicos
também é verdade ou falso.

Símbolo Significado
&& conjunção
|| disjunção
! negação

73
1.6.1.2 Operadores lógicos
 O operador !, colocado à esquerda da expressão,
inverte o valor lógico da mesma. Isto é, se a expressão é
verdadeira passa a falsa e vice–versa.

Exemplo Resultado
((5==5) & & (3>6)) Falso
((5==5) || (3>6)) Verdade
!(5==5) Falso
!verdade Falso

74
1.6.1.2 Operadores lógicos
 Tabelas de verdade: conjunção, disjunção e negação

a b a && b a b a || b
0 0 0 0 0 0 a !a
0 1 0 0 1 1 0 1
1 0 0 1 0 1 1 0
1 1 1 1 1 1

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Funções Matemáticas
Função Exemplo Comentário
ceil ceil(x) Arredonda o número real para cima; ceil(3.2) é 4
cos cos(x) Cosseno de x (x em radianos)
exp exp(x) e elevado à potencia x
fabs fabs(x) Valor absoluto de x
floor floor(x) Arredonda o número real para baixo; floor(3.2) é 3
log log(x) Logaritmo natural de x
log10 log10(x) Logaritmo decimal de x
pow pow(x, y) Calcula x elevado à potência y
sin sin(x) Seno de x
sqrt sqrt(x) Raiz quadrada de x
tan tan(x) Tangente de x
#include <math.h>
76
Exercícios
1. Calcular índice de massa corpórea (IMC)
O índice de massa corpórea (IMC) de um indivíduo é obtido dividindo-
se o seu peso (em Kg) por sua altura (em m) ao quadrado. Assim, por
exemplo, uma pessoa de 1,67m e pesando 55kg tem IMC igual a 20,14, já
que:

IM C = peso = 55kg = 20, 14


altura2 1; 67m × 1; 67m

Escreva um programa que solicite ao utilizador o fornecimento do seu


peso em kg e de sua altura em m e a partir deles calcule o índice de
massa corpórea do utilizador.

77
Exercícios
2. Converter horas, minutos e segundos
Escreva um programa que a partir de um determinado
número de segundos calcula o número de horas,
minutos e segundos correspondentes. Conforme o
seguinte exemplo:
8053s = 2h + 14m + 13s

3. Teorema de Pitágoras
Escreva um programa para determinar a hipotenusa de
um triângulo rectângulo, dados os catetos.

78
Exercícios
3. Converter temperaturas
Escreva um programa que a partir de uma temperatura
expressa em graus Fahrenheit (tempF), calcule a
temperatura expressa em graus Celsius (tempC). A
conversão pode ser realizada de acordo com a fórmula:

9  temp C
temp F  32 
5

79

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