Hidropisia Endolinfática em Diabéticos Sem Sintomas
Hidropisia Endolinfática em Diabéticos Sem Sintomas
Hidropisia Endolinfática em Diabéticos Sem Sintomas
FACULDADE DE MEDICINA
MESTRADO EM CIÊNCIAS MÉDICAS
NITERÓI
2009
Livros Grátis
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EDNA PATRICIA CHARRY RAMÍREZ
NITERÓI
2009
R173 Ramirez, Edna Patrícia Charry
46 f., 30 cm.
CDD 616.462
EDNA PATRICIA CHARRY RAMÍREZ
HIDROPISIA ENDOLINFÁTICA EM DIABÉTICOS SEM SINTOMAS
VESTIBULOCOCLEARES
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Luis Guillermo Coca Velarde
Universidade Federal Fluminense
_______________________________________________________________
Profª Drª. Maria Elisa Vieira da Cunha Ramos
Universidade Federal Fluminense
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Arlindo José Portes
Universidade Estácio de Sá
Niterói
2009
DEDICATÓRIA
Aos meus filhos, Maria Catalina e Luis Alfonso por sua paciente espera nas minhas noites
de trabalho,
Aos meus pais, Pedro Alfonso e Ana Maria, minha constante inspiração.
AGRADECIMENTOS
LB Linha de Base
CCE Células Ciliadas Externas
CCI Células Ciliadas Internas
ECochG Eletrococleografia
EOA Emissões otoacústicas
GABA Ácido gama-aminobutírico
LAD Limiar auditivo direito
LAE Limiar auditivo esquerdo
PA Potencial de ação
PS Potencial de somação
PS/PA Razão do potencial de somação e potencial de ação
TOL Trato olivococlear lateral
TOM Trato olivococlear medial
VAE Via auditiva eferente
RESUMO
Objetivo: Este estudo tem por objeto avaliar a presença de hidropisia endolinfática,
usando eletrococleografia, em pacientes diabéticos sem sintomas vestíbulo-cocleares ou
fatores de risco para perda auditiva, comparados com pacientes não diabéticos com
características similares de sexo e idade. Método: Avaliou-se um grupo de pacientes
diabéticos tipo 2 sem sintomas vestíbulo-cocleares, comparados com outro grupo de
sujeitos normais no Hospital Universitário Antônio Pedro, com audiometria tonal e vocal e
eletrococleografia, para avaliar a presença de hidropisia endolinfática. Local do estudo:
Hospital Universitário Antônio Pedro. Pacientes: Foram incluídos 31 pacientes diabéticos
tipo 2 e 30 não diabéticos, sem sintomas vestíbulo-cocleares ou fatores de risco para
perda auditiva. Foi realizada análise dos resultados de audiometria e eletrococleografia. A
idade dos participantes se encontrava entre 43 e 60 anos (média de 51,76). Foram
registradas a média do limiar tonal e razão PS/PA. Estes resultados foram comparados
entre os dois grupos. Resultados: O grupo de diabéticos teve uma razão PS/PA
compatível com hidropisia endolinfática em 64,5% dos indivíduos e, no grupo de não
diabéticos, em 20% (Valor-p=0,00023). Conclusão: Os achados deste estudo confirmam a
hipótese de que o Diabetes causa, na orelha interna, um dano funcional da cóclea com
características eletrofisiológicas compatíveis com hidropisia endolinfática, ainda em
pacientes sem sintomas vestíbulo-cocleares.
1.1. OBJETIVOS
2.1.1. Definição
Hidropisia endolinfática significa dilatação do labirinto membranoso e representa o
marcador essencial da Doença de Ménière. Esta dilatação é observada sempre no ducto
coclear, quase sempre no sáculo e de forma inconstante no utrículo e ductos
semicirculares (LIENHART et al., 1991). No ducto coclear, se traduz numa deformação da
membrana de Reissner, que, de acordo com o estágio da doença, pode ser localizada ou
generalizada. A Hidropisia endolinfática pode estar associada à Doença de Ménière,
sífilis, trauma, infecções, otosclerose e outras alterações (ARTS et al., 1997).
2.3. ELETROCOCLEOGRAFIA
A eletrococleografia (ECochG) é a técnica utilizada para registrar os potenciais
elétricos evocados por estímulos sonoros e gerados dentro da cóclea e nervo auditivo. Os
potenciais elétricos relacionados com estas regiões mais periféricas da via auditiva
ocorrem 5 ms após o estímulo, quando o estímulo é o clique, mesmo quando o estímulo
está próximo ao limiar psicoacústico. Na eletrococleografia, registram-se três fenômenos
elétricos: Microfonismo Coclear (MC), Potencial de Somação (PS) e Potencial de Ação
(PA). Fig.2
2.3.4. Indicações
Com o advento do BAEP e, recentemente, da Resposta Auditiva de Regime
Permanente, a ECochG deixou de ser realizada para estimar o limiar auditivo em
crianças. Entretanto, com a possibilidade de realizar o teste com eletrodos menos
invasivos, há descrições de outras aplicações.
3.3. VARIÁVEIS
As variáveis estudadas foram:
Idade: Os participantes de cada grupo entre 40 e 60 anos.
Sexo: feminino e masculino
Tempo de diabetes (para o grupo de diabéticos)
Glicemia em jejum
Limiar auditivo com média em todas as freqüências testadas (500, 1000, 2000,
4000, 6000, 8000Hz) em dBHL
Razão PS/PA
Presença de hidropisia endolinfática
3.5. AMOSTRAGEM
Os participantes do grupo de diabéticos foram captados aleatoriamente a partir da
listagem de pacientes registrados no programa de diabetes, da Policlínica Sylvio Picanço,
e convidados a participar da pesquisa por ligações telefônicas especificando o caráter
sigiloso e criterioso dos resultados. Foram informados que a sua participação não era
remunerada e não teria custo algum, e, quando detectada alguma alteração clínica nestas
avaliações, seriam orientados quanto ao tratamento mais indicado para cada caso. Os
participantes do grupo de estudo de não diabéticos foram vizinhos dos casos, indicados
por estes e que aceitaram participar da realização dos testes.
Fig.6 ECochG de paciente diabético com suspeita de hidropsia endolinfática. PS/PA = 0,36.
Fig. 7 Eletrococleografia de paciente diabético sem ondas definidas.
No grupo de não diabéticos, foram incluídos 30 sujeitos com idade média de 51,76
anos, idade mínima de 43 e máxima de 60 anos (d.p.:5,0), dos quais 17 (56,66%) foram
do sexo feminino e 13 (43,33%) do sexo masculino. O limiar auditivo tonal na orelha
direita estava entre 6,6 dBHL e 48,3 dBHL, com valor médio de 18,8 dBHL (d.p.: 9,7 dBHL) e,
na orelha esquerda, entre 5 dBHL e 53,3 dBHL, com valor médio de 16,95 dBHL (d.p.:
8,42 dBHL). A média da relação PS/PA na orelha direita foi de 0,35 (d.p.: 0,13) e, na orelha
esquerda, de 0,33 (d.p.: 0,14) (Tabela 2). Fig.8
Fig. 8 ECochG de indivíduo não diabético. PS: potencial de somação. PA: Potencial de
ação. BL: Linha de base. Relação da amplitude PS/PA = 0,22.
18
16
14
12
10
Femenino
8
6 Masculino
4
2
0
Diabéticos Não Diabéticos
INSULINA (6)
H.O (17)
Idade
54,22 a (DP:4,42) 51,76 a (DP:5,0) 0,018
Tempo Diabetes
10,28 a (DP:7,35) - -
Glicose
155,8 mg/dl (DP:48,6) 85,8 mg/dl (DP:8,96) -
PS/PS D
0,438 (DP: 0,12) 0,356 (DP: 0,145) 0,0155
PS/PA E
0,412 (DP: 0,14) 0,330 (DP: 0,145) 0,0502
Hidropisia
74% 20% 0,0002
5. DISCUSSÃO
No presente estudo, observou-se que a média do limiar auditivo avaliado em cada
orelha teve diferença estatisticamente significativa entre os grupos com e sem diabetes
(Teste de Wilcoxon, valor-p = 0,0272 na orelha direita e valor-p = 0,0006 na orelha
esquerda). Porém, ao definir o perfil audiométrico de acordo com o tipo de perda auditiva
usando o teste exato de Fisher, não se obteve diferença estatisticamente significativa
entre os grupos (valor-p = 0,8082 na orelha direita e valor-p = 0,4152 na orelha esquerda).
De fato, 77,4% dos indivíduos diabéticos se encontraram com média dos limiares tonais
< 30 dBHL em ambas orelhas, e, no grupo de não diabéticos, o mesmo se deu com 90%
dos voluntários. Esta aparente divergência poderia ser explicada por valores extremos de
limiares auditivos observados no grupo de diabéticos, que influenciariam a análise dos
grupos por separado e, uma vez avaliada a perda auditiva já categorizada, esta diferença
desaparece.
A relação entre alterações auditivas e diabetes tem sido motivo de diversas
publicações desde a primeira citação feita por Jordão em 1857. FOWLER E JONES
(1999), em sua revisão de literatura sobre perda auditiva e diabetes, relatam a presença
de dados conflitantes nas publicações, ressaltando que poucos estudos descartaram nos
seus controles diabetes assintomática. Conclui que uma razão para essa controvérsia é
que os estudos são pequenos ou com um desenho pobre com pouco cuidado no
pareamento dos controles (FOWLER; JONES, 1999).
Fukushima, em 2006, relatou as alterações histológicas encontradas em ossos
temporais de 18 pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, excluindo pacientes
maiores de 65 anos, e avaliando por separado um grupo tratado com insulina e outro com
hipoglicemiante oral. Encontrou que o diabetes mellitus tipo 2 causa alterações cocleares
tais como atrofia da estria vascular e perda de células ciliadas externas no giro basal,
assim como significativo espessamento da parede vascular na membrana basal e estria
vascular. Tais alterações foram maiores no grupo tratado com insulina (FUKUSHIMA et
al., 2006).
A dificuldade em diagnosticar a presença de hidropisia endolinfática se deve, entre
várias causas, à dificuldade técnica para mensurar a amplitude dos potenciais de
somação e ação, porque uma mínima mudança na posição da marcação no registro gera
valores da razão PS/PA significativas. Esta subjetividade na marcação foi prevista no
desenho deste estudo e, por isso, os registros foram avaliados por um examinador que
desconhecia a qual grupo pertencia cada indivíduo. Outros autores têm demonstrado
técnicas de mensuração menos subjetivas que aumentam a sensibilidade deste método
de avaliação, como a razão das áreas da curva PS/PA, método que exige o uso de
equipamento específico com alto custo que limita seu uso (DEVAIAH et al., 2003).
Ao avaliar a associação de hidropisia endolinfática com diabetes, surge a possível
interferência da presença de Hipertensão arterial, patologia sistêmica que causa por si só
alterações cocleares que favorecem a presença de perda auditiva. Para reduzir o impacto
desta variável e garantir um número de indivíduos no grupo de diabéticos suficiente para
realizar a análise estatística, foram aceitos nos dois grupos indivíduos com Hipertensão
Arterial em tratamento regular.
Os efeitos tissulares do diabetes são relacionados com a via do polyol, onde a
glucose é reduzida a sorbitol. O acúmulo do sorbitol está implicado na neuropatia por
causar diminuição no conteúdo de myoinositol, metabolismo fosfoinositídeo anormal e
diminuição na atividade da bomba Na-K-ATPase (KAKARLAPUDI et al., 2003). Fatores
que diminuem a atividade da bomba Na-K-ATPase teriam como conseqüência aumento
de sódio na endolinfa, gerando hidropisia. Estes achados justificam a presença de
hidropisia temporária ou permanente na cóclea, que pode ser documentada com a
eletrococleografia, como demonstrado neste trabalho. Neste estudo, a hidropisia
endolinfática esteve presente em 64,5% dos diabéticos e em 20% dos não diabéticos,
existindo diferença significativa entre estas porcentagens (valor-p = 0,00023). Não foram
encontrados na literatura trabalhos similares que permitam estabelecer a prevalência de
hidropisia endolinfática em diabéticos assintomáticos, o que impede de comparar nossos
resultados com outros autores. Um estudo prospectivo desta amostra facilitaria determinar
o efeito do diabetes no aparelho vestíbulo-coclear a longo prazo, assim como sua
associação com a Síndrome de Ménière.
Uma vez que alterações hormonais e metabólicas causam disfunção coclear e
vestibular, é válido questionar se a hidropisia endolinfática está presente em fases iniciais
de condições clínicas como a Síndrome metabólica. Em tal situação, os estudos
eletrofisiológicos seriam importantes métodos de avaliação destes pacientes para
determinar o estado do aparelho auditivo e, assim, programar ações que minimizem o
dano coclear definitivo.
6. CONCLUSÕES
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APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO
O Sr. (ª) está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa “POTENCIAIS
EVOCADOS ENDOCOCLEARES E DIABETES”, de responsabilidade da pesquisadora
EDNA PATRICIA CHARRY RAMÍREZ.
Eu, ____________________________________________________________, RG
No__________________ declaro ter sido devidamente informado e concordo em
participar, como voluntário do projeto de pesquisa acima descrito.
______________________________ ______________________________
Nome e assinatura do paciente Dra. Edna Patrícia C. Ramírez
_______________________________ _______________________________
Testemunha Testemunha
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO
FICHA CADASTRAL
PROJETO DE PESQUISA POTENCIAIS EVOCADOS
NOME: _____________________
DATA DE NASCIMENTO: __/__/____
DATA DO EXAME:___/__/____
TELEFONE: _______________
ENDEREÇO: __________________________________________
Glicemia:____________mg/dl (____/____/______)
ANEXO C – CARTA DE APROVAÇÃO
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