NT 16 - Plano de Emergência PDF
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NORMA TÉCNICA N° 16
SUMÁRIO ANEXO
1 OBJETIVO 4 DEFINIÇÕES
1.1 Estabelecer os requisitos para a elaboração, Para efeito desta Norma Técnica aplicam-se as
manutenção e revisão de um plano de emergência definições constantes da NT 03 – Terminologia de
contra incêndio, visando proteger a vida, o meio Segurança Contra Incêndio.
ambiente e o patrimônio, bem como viabilizar a 5 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO
continuidade dos negócios.
5.1 Elaboração do Plano de emergência contra
1.2 Fornecer informações operacionais das incêndio
edificações, ocupações temporárias, instalações e
áreas de risco ao Corpo de Bombeiros para otimizar 5.1.1 Para a elaboração de um Plano de
o atendimento de ocorrências. emergência contra incêndio é necessário realizar
uma análise preliminar dos riscos de incêndio,
1.3 Padronizar e alocar as plantas de risco de buscando identificá-los, relacioná-los e representá-
incêndio nas edificações para facilitar o los em Planta de risco de incêndio.
atendimento operacional prestado pelo Corpo de
Bombeiros. 5.1.2 Conforme o nível dos riscos de incêndio
existentes, o levantamento prévio e o plano de
2 APLICAÇÃO emergência devem ser elaborados por engenheiros,
2.1 Esta Norma Técnica (NT) aplica-se às técnicos ou especialistas em gerenciamento de
edificações, ocupações temporárias, instalações e emergências.
áreas de risco onde se exige o Plano de 5.1.3 O profissional habilitado deve realizar uma
Emergência contra Incêndio, de acordo com a Lei análise dos riscos da edificação com o objetivo de
Estadual nº 4.335/2013 - Código de Segurança minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes,
Contra Incêndio e Pânico do Estado de Mato recomendando-se a utilização de métodos
Grosso do Sul. consagrados tais como: “What if”, “Check list”,
2.2 Aplica-se ainda a outras edificações que, por HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de
suas características construtivas, localização ou Falhas.
tipo de ocupação, necessitem do fornecimento de 5.1.4 O Plano de emergência contra incêndio deve
informações operacionais e da planta de risco para contemplar, no mínimo, as informações detalhadas
as ações das equipes de emergência (públicas ou da edificação e os procedimentos básicos de
privadas), conforme solicitação do Corpo de emergência em caso de incêndio.
Bombeiros.
5.1.5 As informações da edificação devem
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS contemplar os seguintes aspectos: (ver anexos B e
NBR 15219 - Plano de emergência contra incêndio C).
– Requisitos. 5.1.5.1 Localização (urbana, rural, características
Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas da vizinhança, distâncias de outras edificações e/ou
Técnicas. riscos, distância da unidade do Corpo de
Bombeiros, existência de Plano de Auxílio Mútuo-
FUNDACENTRO, “Introdução à Engenharia de PAM etc);
Segurança de Sistemas”, 4 ed.. São Paulo:
Fundação, 1994. 5.1.5.2 Construção (alvenaria, concreto, metálica,
madeira etc);
FireEx Internacional de Proteção Industrial Ltda,
“Introdução à Análise de Risco – sistemática e 5.1.5.3 Ocupação (industrial, comercial, residencial,
métodos”, 1ª edição, 1997. escolar etc);
IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São 5.1.5.4 População total e por setor, área e andar
Paulo, “Manual de Regulamentação de Segurança (fixa, flutuante, características, cultura etc);
contra Incêndios”, 1992. 5.1.5.5 Característica de funcionamento (horários e
NFPA 1620. “Recommended Practice for Pre- turnos de trabalho e os dias e horários fora do
incident Planning”. Quincy: National Fire Protection expediente);
Association, 1998. 5.1.5.6 Pessoas portadoras de necessidades
NFPA. “Handbook of Fire Protection”. 18 ed. especiais;
Quincy: National Fire Protection Association, 1998. 5.1.5.7 Riscos específicos inerentes à atividade;
SELLIE, Gerald. “Seminário sobre a Intervenção 5.1.5.8 Recursos humanos (brigada de incêndio,
dos Bombeiros no Meio Industrial”. São Paulo: Fire- brigada profissionais, grupos de apoio etc) e
Ex Internacional de Proteção Industrial Ltda., 1997. materiais existentes (saídas de emergência,
SEITO, Alexandre Itiu et al, “A Segurança Contra sistema de hidrantes, chuveiros automáticos,
Incêndio no Brasil”. São Paulo: Projeto Editora, sistema de detecção de incêndio, sistema de
2008. espuma mecânica e de resfriamento, escadas
pressurizadas, grupo motogerador etc).
SFPE, “The SFPE Handbook of Fire Protection
Engineering”, 2 ed. Quincy: National Fire Protection 5.1.6 Os procedimentos básicos de emergência em
Association. caso de incêndio devem contemplar os seguintes
aspectos: (ver anexo A).
5.1.6.2 Análise da situação: após o alerta, deve 5.2.2 Sugere-se que os visitantes sejam informados
ser analisada a situação, desde o início até o final sobre o Plano de Emergência contra Incêndio da
da emergência, e desencadeados os procedimentos edificação por meio de panfletos, vídeos e/ou
necessários, que podem ser priorizados ou palestras.
realizados simultaneamente, de acordo com os 5.2.3 O plano de emergência contra incêndio deve
recursos materiais e humanos, disponíveis no local. fazer parte dos treinamentos de formação,
5.1.6.3 Apoio externo: o Corpo de Bombeiros e/ou treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos
outros órgãos locais devem ser acionados de membros da brigada de incêndio, dos brigadistas
imediato, preferencialmente por um brigadista, que profissionais, do grupo de apoio etc.
deve informar: 5.3 Exercícios simulados
a. nome do solicitante e o número do telefone 5.3.1 Devem ser realizados exercícios simulados de
utilizado; abandono de área, parciais e completos, na
b. endereço completo, pontos de referência e/ou edificação, com a participação de todos os
acessos; ocupantes, sendo recomendada uma periodicidade
máxima de um ano para simulados completos.
c. características da emergência, local ou
5.3.2 Imediatamente após o simulado, deve ser
pavimento e eventuais vítimas e suas condições.
realizada uma reunião extraordinária para avaliação
5.1.6.4 Primeiros socorros: prestar os primeiros e correção das falhas ocorridas, com a elaboração
socorros às possíveis vítimas, mantendo ou de ata na qual constem:
estabelecendo suas funções vitais (SBV – suporte
a. data e horário do evento;
básico da vida, RCP – reanimação cardiopulmonar
etc.), até que se obtenha o socorro especializado. b. tempo gasto no abandono;
5.1.6.5 Eliminar os riscos: por meio do corte das c. tempo gasto no retorno;
fontes de energia (elétrica etc.) e do fechamento
das válvulas das tubulações (GLP, oxiacetileno, d. atuação dos profissionais envolvidos;
gases, produtos perigosos etc), quando possível e e. comportamento da população;
necessário, da área sinistrada atingida ou geral.
f. participação do Corpo de Bombeiros e tempo
5.1.6.6 Abandono de área: proceder ao abandono gasto para a sua chegada;
da área parcial ou total, quando necessário,
conforme comunicação preestabelecida, conduzindo g. ajuda externa (por exemplo: PAM – Plano de
a população fixa e flutuante para o ponto de Auxílio Mútuo etc.);
encontro, ali permanecendo até a definição final da
h. falha de equipamentos;
emergência. O plano deve contemplar ações de
abandono para portadores de deficiência física i. falhas operacionais;
permanente ou temporária, bem como as pessoas
que necessitem de auxílio (idosos, gestantes etc). j. demais problemas levantados na reunião.
5.1.6.7 Isolamento da área: isolar fisicamente a 5.4 Manutenção do plano de emergência contra
área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de incêndio
emergência e evitar que pessoas não autorizadas 5.4.1 Devem ser realizadas reuniões periódicas com
adentrem ao local. o coordenador geral da brigada de incêndio, chefes
5.1.6.8 Confinamento do incêndio: confinar o e líderes de brigada de incêndio, um representante
incêndio de modo a evitar a sua propagação e dos brigadistas profissionais (se houver) e um
consequências. representante do grupo de apoio, com registro em
ata e envio às áreas competentes para as
5.1.6.9 Combate ao incêndio: proceder ao providências pertinentes.
combate, quando possível, até a extinção do
incêndio, restabelecendo a normalidade. 5.4.2 Nas reuniões periódicas devem ser discutidos
os seguintes itens:
5.1.6.10 Investigação: levantar as possíveis
causas do sinistro e os demais procedimentos a. calendário dos exercícios de abandono;
adotados, com o objetivo de propor medidas b. funções de cada pessoa dentro do plano de
preventivas e corretivas para evitar a sua repetição. emergência contra incêndio;
5.1.7 Deve ser prevista a interface do Plano de c. condições de uso dos equipamentos de
Emergência contra incêndio com outros planos da combate a incêndio;
edificação ou área de risco (produtos perigosos,
explosões, inundações, pânico etc) d. apresentação dos problemas relacionados à
prevenção de incêndios, encontrados nas
equipes do Corpo de Bombeiros, em caso de vistoria em que a edificação ou área de risco estiver
emergências. ocupada.
6.1.4.5 A Planta de risco de incêndio deve ser 6.1.4.6 Por ocasião da alteração dos riscos
conferida pelo vistoriador a partir da primeira existentes na edificação, deve ser feita a
substituição da Planta de risco de incêndio.
ANEXO A
Fluxograma de procedimento de emergência contra incêndio
ANEXO B
Modelo de plano de emergência contra incêndio
B.2.7 Isolamento de área: deve indicar a metodologia a ser usada para isolar as áreas sinistradas e as
pessoas responsáveis por este processo.
B.2.8 Confinamento do incêndio: deve indicar a metodologia a ser usada para evitar a propagação do
incêndio e suas consequências, bem como, as pessoas responsáveis por este processo.
B.2.9 Combate ao incêndio: deve indicar quem vai combater o incêndio e os meios a serem utilizados em
seu combate.
B.2.10 Investigação: após o controle total da emergência e a volta à normalidade, o Chefe da Brigada deve
iniciar o processo de investigação e elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de
contenção, para as devidas providências e/ou investigação.
B.3 Responsabilidade pelo plano: o responsável pela empresa (preposto) e o responsável pela elaboração
do Plano de Emergência contra Incêndio devem assinar o plano.
ANEXO C
Exemplo de plano de emergência contra incêndio
Nota:
Sempre que houver uma suspeita de princípio de incêndio (por calor, cheiro, fumaça ou outros meios), esta
deverá ser investigada. Nunca deve ser subestimada uma suspeita.
C.2.3 Apoio externo: um Brigadista deve acionar o Corpo de Bombeiros dando as seguintes informações:
– nome e número do telefone utilizado;
– endereço do Condomínio (completo);
– pontos de referência (esquina com Rua da Espirito Santo);
– características do incêndio;
– quantidade e estado das eventuais vítimas;
– quando da existência de vítima grave e o incêndio estiver controlado, deve ser informada a existência do
heliponto na cobertura para eventual resgate por helicóptero.
Nota:
O mesmo brigadista que acionou o Corpo de Bombeiros preferencialmente deve orientá-los quando da sua
chegada sobre as condições e acessos, e apresentá-los ao Chefe da Brigada.
C.2.4 Primeiros socorros e hospitais próximos: os primeiros socorros devem ser prestados às eventuais
vítimas, conforme treinamento específico dado aos brigadistas. Em caso de necessidade encaminhar ao
Hospital Santa Casa, Rua Rui Barbosa, 7070.
C.2.5 Eliminar riscos: caso necessário, deve ser providenciado o corte da energia elétrica (parcial ou total)
e o fechamento das válvulas das tubulações. O corte geral deve ser executado pelo pessoal da manutenção,
que deve estar à disposição do Chefe da Brigada.
C.2.6 Abandono de área: caso seja necessário abandonar a edificação, deve ser acionado novamente o
alarme de incêndio para que se inicie o abandono geral. Os ocupantes do andar sinistrado, que já devem
estar cientes da emergência, devem ser os primeiros a descer, em fila e sem tumulto, após o primeiro toque,
com um brigadista liderando a fila e outro encerrando a mesma. Antes do abandono definitivo do pavimento,
um ou dois brigadistas devem verificar se não ficaram ocupantes retardatários e providenciar o fechamento
de portas e/ou janelas, se possível. Cada pessoa portadora de deficiência física, permanente ou temporária,
deve ser acompanhada por dois brigadistas ou voluntários, previamente designados pelo Chefe da Brigada.
Todos os demais ocupantes de cada pavimento, após soar o primeiro alarme, devem parar o que estiverem
fazendo, pegar apenas seus documentos pessoais e agruparem-se no saguão dos elevadores, organizados
em fila direcionada à porta de saída de emergência. Após o segundo toque do alarme, os ocupantes dos
andares devem iniciar a descida, dando referência às demais filas, quando cruzarem com as mesmas (como
numa rotatória de trânsito), até a saída (andar térreo), onde devem se deslocar até o ponto de
encontro.Todos os demais ocupantes de cada pavimento, após soar o primeiro alarme, devem parar o que
estiverem fazendo, pegar apenas seus documentos pessoais e agruparem-se no saguão dos elevadores,
organizados em fila direcionada à porta de saída de emergência. Após o segundo toque do alarme, os
ocupantes dos andares devem iniciar a descida, dando preferência às demais filas, quando cruzarem com as
mesmas (como numa rotatória de trânsito), até a saída (andar térreo), onde devem se deslocar até o ponto
de encontro.
C.2.7 Isolamento de área: a área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.
C.2.8 Confinamento do incêndio: o incêndio deve ser confinado de modo a evitar a sua propagação e
consequências.
C.2.9 Combate ao incêndio: os demais Brigadistas devem iniciar, se necessário e/ou possível, o combate ao
fogo sob comando de Brigadista Profissional, podendo ser auxiliados por outros ocupantes do andar, desde
que devidamente treinados, capacitados e protegidos. O combate ao incêndio deve ser efetuado conforme
treinamento específico dado aos Brigadistas.
C.2.10 Investigação: após o controle total da emergência e a volta à normalidade, incluindo a liberação do
Condomínio pelas autoridades, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo de investigação e elaborar um
relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de controle, para as devidas providências e/ou investigação.
Campo Grande, 10 de junho de 2012.
Responsável pela Empresa
(nome legível, RG e assinatura)
Responsável Técnico
(nome legível, RG e assinatura)
ANEXO D
Planilha de informações operacionais