Codigo Aduaneiro Da União
Codigo Aduaneiro Da União
Codigo Aduaneiro Da União
I
(Atos legislativos)
REGULAMENTOS
O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, deverá ser delegado na Comissão. É particularmente im
portante que a Comissão proceda às consultas adequadas
durante os trabalhos preparatórios, inclusive ao nível de
Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União peritos. A Comissão, quando preparar e redigir atos de
Europeia, nomeadamente os artigos 33.o, 114.o e 207.o, legados, deverá assegurar a transmissão simultânea, atem
pada e adequada dos documentos relevantes ao Parla
mento Europeu e ao Conselho.
Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia,
de essa decisão deixar de ser válida ou ser revogada; as utilizados outros meios para além de técnicas de proces
regras processuais sobre a notificação às autoridades samento eletrónico de dados; as regras processuais sobre
aduaneiras de que a tomada dessas decisões foi suspensa a entrega de uma declaração aduaneira normalizada e a
e sobre o levantamento dessa suspensão; adotar decisões disponibilização de documentos de suporte; as regras
pelas quais se solicite aos Estados-Membros que revo processuais sobre a entrega de uma declaração simplifi
guem uma decisão relativa a informações vinculativas; cada e de uma declaração complementar; as regras pro
adotar as modalidades de aplicação dos critérios para a cessuais sobre a entrega de uma declaração aduaneira
concessão do estatuto de operador económico autoriza antes de as mercadorias serem apresentadas à alfândega,
do; adotar medidas para assegurar a aplicação uniforme a aceitação da declaração aduaneira e a alteração da de
dos controlos aduaneiros, incluindo o intercâmbio de claração aduaneira após a autorização de saída das mer
informações e de análises de risco, cadorias; adotar medidas para a determinação da subpo
sição pautal das mercadorias; especificar as regras proces
suais sobre o desalfandegamento centralizado e sobre a
dispensa da obrigação de apresentação das mercadorias
nesse contexto; as regras processuais sobre a inscrição
critérios e normas comuns de risco, medidas de controlo nos registos do declarante; as regras processuais sobre
e áreas de controlo prioritárias; determina os portos ou as formalidades e os controlos aduaneiros a efetuar
aeroportos onde devem decorrer os controlos e as for pelo titular da autorização no contexto da autoavaliação;
malidades aduaneiros da bagagem de mão e de porão; adotar medidas para a conferência da declaração aduanei
definir as regras sobre conversão monetária; adotar me ra, a verificação e a extração de amostras das mercadorias
didas sobre a gestão uniforme dos contingentes e tetos e os resultados da conferência;
pautais e a gestão da vigilância da introdução em livre
prática ou da exportação de mercadorias; adotar medidas
para determinar a classificação pautal das mercadorias;
conceder uma derrogação temporária das regras de ori
gem preferencial em relação a mercadorias que benefi as regras processuais sobre a cessão de mercadorias; as
ciem das medidas preferenciais adotadas unilateralmente regras processuais sobre a comunicação das informações
pela União; especificar as regras processuais sobre a apre que demonstrem o cumprimento das condições de fran
sentação e verificação da prova de origem não preferen quia de direitos de importação para as mercadorias de
cial; as regras processuais sobre a facilitação do estabele retorno e sobre a apresentação da prova de que foram
cimento na União da origem preferencial das mercado cumpridas as condições de franquia de direitos de impor
rias; adotar medidas que determinem a origem de mer tação para os produtos da pesca marítima e outros pro
cadorias específicas; especificar as regras processuais so dutos extraídos do mar; as regras processuais sobre a
bre a determinação do valor aduaneiro das mercadorias; análise das condições económicas no contexto de regi
as regras processuais sobre a prestação de uma garantia, a mes especiais; as regras processuais sobre o apuramento
determinação do respetivo montante, a sua monitoriza de um regime especial; as regras processuais sobre a
ção e liberação e a revogação e congelamento de um transferência de direitos e obrigações e a circulação de
compromisso assumido pela entidade garante; as regras mercadorias no contexto de regimes especiais; as regras
processuais sobre as proibições temporárias de utilização processuais sobre a utilização de mercadorias equivalen
de garantias globais; adotar medidas para garantir a as tes no contexto de regimes especiais; as regras proces
sistência mútua entre autoridades aduaneiras em caso de suais para a aplicação das disposições dos instrumentos
constituição de uma dívida aduaneira; especificar as re internacionais sobre trânsito no território aduaneiro da
gras processuais sobre o reembolso e a dispensa de pa União; as regras processuais sobre a sujeição das merca
gamento de direitos de importação ou de exportação e a dorias ao regime de trânsito da União, sobre o fim desse
informação a facultar à Comissão; adotar decisões a res regime, sobre a aplicação das simplificações desse regime
peito do reembolso ou da dispensa de pagamento de aduaneiro e sobre a fiscalização aduaneira das mercado
direitos de importação ou de exportação; especificar as rias que atravessem o território de um país ou o território
regras processuais sobre a entrega, alteração e anulação situado fora do território aduaneiro da União ao abrigo
de uma declaração sumária de entrada; estabelecer o do regime de trânsito externo da União; as regras pro
prazo para a realização da análise de risco com base cessuais sobre a sujeição das mercadorias ao regime de
na declaração sumária de entrada; especificar a regras entreposto aduaneiro ou ao regime de zona franca; esta
processuais sobre a notificação da chegada de embarca belecer o prazo para a realização da análise de risco com
ções marítimas e de aeronaves e o transporte das mer base na declaração prévia de saída; especificar as regras
cadorias para o local apropriado; processuais sobre a saída de mercadorias;
especificar as regras processuais para a apresentação das as regras processuais sobre a entrega, alteração e anula
mercadorias à alfândega; as regras processuais sobre a ção da declaração sumária de saída; as regras processuais
entrega, alteração e anulação da declaração de depósito sobre a entrega, alteração e anulação da notificação de
temporário e sobre a circulação de mercadorias em de reexportação; adotar um programa de trabalho para o
pósito temporário; as regras em matéria de apresentação desenvolvimento de sistemas eletrónicos conexos e sobre
e verificação da prova do estatuto aduaneiro das merca o estabelecimento de períodos transitórios; adotar deci
dorias UE; as regras processuais sobre a determinação de sões que autorizem os Estados-Membros a testar simpli
outras estâncias aduaneiras competentes e sobre a ficações na aplicação da legislação aduaneira, especial
apresentação da declaração aduaneira sempre que sejam mente quando essas simplificações estejam relacionadas
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/3
com as tecnologias da informação (TI). Essas competên (10) A fim de assegurar uma simplificação administrativa efi
cias deverão ser exercidas nos termos do Regulamento caz, os pontos de vista dos operadores económicos de
(UE) n.o 182/2011 do Parlamento Europeu e do Conse verão ser tomados em conta aquando da maior moder
lho, de 16 fevereiro de 2011, que estabelece as regras e nização da legislação aduaneira.
os princípios gerais relativos aos mecanismos de controlo
pelos Estados-Membros do exercício das competências de
execução pela Comissão (1).
(11) Em conformidade com a Comunicação da Comissão de
9 de agosto de 2004, intitulada "Proteção dos interesses
(6) Tendo presente a cooperação que é necessária entre os financeiros das Comunidades – Luta contra a fraude –
Estados-Membros e a Comissão para o desenvolvimento, Plano de Ação de 2004-2005", afigura-se oportuno
a manutenção e a utilização dos sistemas eletrónicos adaptar o quadro legal para a proteção dos interesses
requeridos com vista à aplicação do Código Aduaneiro financeiros da União.
da União (a seguir designado "Código"), a Comissão não
deverá adotar o programa de trabalho para esse desen
volvimento, bem como sobre o estabelecimento de pe
ríodos transitórios, se o comité que examinar o projeto
(12) O Regulamento (CEE) n.o 2913/92 do Conselho, de 12 de
de ato de execução não emitir parecer.
outubro de 1992, que estabelece o Código Aduaneiro
Comunitário (2), foi elaborado com base na integração
dos procedimentos aduaneiros que os Estados-Membros
(7) O procedimento de consulta deverá aplicar-se na adoção
respetivos aplicavam separadamente durante a década de
de: decisões que permitam a um ou mais Estados-Mem
1980. Desde a sua aprovação, o referido regulamento foi
bros utilizar outros meios para o intercâmbio e armaze
repetidamente objeto de alterações substanciais, destina
namento de informações para além de técnicas de pro
das a resolver problemas específicos, tais como a prote
cessamento eletrónico de dados, na medida em que essas
ção da boa-fé ou a consideração das exigências em ma
decisões não afetam todos os Estados-Membros; decisões
téria de segurança. Foram introduzidas novas alterações
pelas quais se solicite aos Estados-Membros que revo
nesse regulamento pelo Regulamento (CE) n.o 648/2005
guem decisões relativas a informações vinculativas, na
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de abril de
medida em que tais decisões só afetam um Estado-Mem
2005 (3), e subsequentemente incorporadas no Regula
bro e visam garantir a observância da legislação aduanei
mento (CE) n.o 450/2008 em consequência das impor
ra; decisões de reembolso ou dispensa de pagamento de
tantes mudanças legislativas ocorridas nos últimos anos,
direitos de importação ou de exportação, na medida em
tanto a nível da União como a nível internacional, tais
que tais decisões afetam diretamente o requerente de tal
como o termo de vigência do Tratado que institui a
reembolso ou dispensa de pagamento.
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e a entrada
em vigor dos Atos de Adesão de 2003, de 2005 e de
2011, bem como a alteração da Convenção Internacional
(8) Em casos devidamente justificados, se imperativos de ur para a Simplificação e a Harmonização dos Regimes
gência assim o exigirem, a Comissão deverá adotar atos Aduaneiros (Convenção de Quioto revista), à qual a
de execução imediatamente aplicáveis relacionados com: União aderiu pela Decisão 2003/231/CE do Conselho,
medidas para garantir a aplicação uniforme dos controlos de 17 de março de 2003 (4).
aduaneiros, incluindo o intercâmbio de informações e de
análises de risco, critérios e normas comuns de risco,
medidas de controlo e áreas de controlo prioritárias; de
terminação da classificação pautal das mercadorias; deter
minação da origem de mercadorias específicas; medidas (13) É conveniente introduzir no Código um quadro legal
de proibição temporária da utilização de garantias glo para a aplicação de determinadas disposições da legisla
bais. ção aduaneira ao comércio de mercadorias UE entre as
partes do território aduaneiro a que são aplicáveis as
disposições da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de
(9) A União baseia-se numa união aduaneira. No interesse 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum
dos operadores económicos e das autoridades aduaneiras do imposto sobre o valor acrescentado (5), ou da Diretiva
da União, afigura-se aconselhável reunir a atual legislação 2008/118/CE do Conselho, de 16 de dezembro de 2008,
aduaneira da União num Código. Baseado no conceito de relativa ao regime geral dos impostos especiais de con
um mercado interno, o Código em questão deverá conter sumo (6), e as partes desse território a que tais disposições
normas e procedimentos gerais que assegurem a aplica não são aplicáveis, ou ao comércio entre as partes desse
ção das medidas pautais e de outras medidas de política território a que tais disposições não são aplicáveis. Aten
comum adotadas a nível da União no âmbito do comér dendo a que as mercadorias em causa são mercadorias
cio de mercadorias entre a União e os países ou territó UE e atendendo à natureza fiscal das medidas em causa
rios situados fora do território aduaneiro da União, tendo neste comércio intra-União, justifica-se a introdução de
em conta as exigências dessas políticas comuns. A legis simplificações adequadas das formalidades aduaneiras a
lação aduaneira deverá ser mais bem alinhada pelas dis aplicar a essas mercadorias.
posições referentes à cobrança de imposições na impor
tação, sem alterar o âmbito das disposições fiscais em (2 ) JO L 302 de 19.10.1992, p. 1.
vigor. (3 ) JO L 117 de 4.5.2005, p. 13.
(4 ) JO L 86 de 3.4.2003, p. 21.
(5 ) JO L 347 de 11.12.2006, p. 1.
(1) JO L 55 de 28.2.2011, p. 13. (6 ) JO L 9 de 14.1.2009, p. 12.
L 269/4 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
(14) A fim de ter em conta o regime fiscal especial de certas de intercâmbio e armazenamento de informações através
partes do território aduaneiro da União, o poder de ado de técnicas de processamento eletrónico de dados, aos
tar atos delegados nos termos do artigo 290.o do TFUE casos em que podem ser utilizados outros meios de in
deverá ser delegado na Comissão no que diz respeito às tercâmbio e armazenamento, bem como ao registo de
formalidades e aos controlos aduaneiros a aplicar ao pessoas. Poderão ser utilizados outros meios para além
comércio de mercadorias UE entre essas partes e o resto das técnicas de processamento eletrónico de dados, no
do território aduaneiro da União. meadamente a título transitório, se os sistemas eletróni
cos necessários não estiverem operacionais, mas nunca
após 31 de dezembro de 2020. No que respeita ao de
(15) A facilitação do comércio legítimo e a luta contra a salfandegamento centralizado, essas medidas transitórias
fraude exigem regimes e formalidades aduaneiros simples, consistirão, até que os sistemas eletrónicos necessários
rápidos e normalizados. É, por conseguinte, conveniente, estejam operacionais, na manutenção do procedimento
em consonância com a Comunicação da Comissão de atualmente denominado "autorização única para procedi
24 de julho de 2003, intitulada "Um quadro simples e mentos simplificados".
sem papel para as alfândegas e os operadores económi
cos", simplificar a legislação aduaneira, por forma a per
mitir o recurso a ferramentas e tecnologias modernas e (19) O recurso às tecnologias da informação e da comunica
continuar a promover a aplicação uniforme da legislação ção deverá ser acompanhado da aplicação harmonizada e
aduaneira e as orientações modernizadas em matéria de normalizada dos controlos aduaneiros por parte dos Es
controlo aduaneiro, contribuindo assim para garantir a tados-Membros, de modo a garantir um nível equivalente
realização de procedimentos de desalfandegamento sim de controlo aduaneiro em toda a União, a fim de não dar
ples e eficientes. Os regimes aduaneiros deverão ser fun azo a situações anticoncorrenciais nos vários pontos de
didos ou alinhados e reduzidos aos que sejam economi entrada e de saída da União.
camente justificados, tendo em vista fomentar a compe
titividade das empresas.
(20) Tendo em vista facilitar o comércio e simultaneamente
(16) A realização do mercado interno, a redução dos obstácu assegurar um nível adequado de controlo das mercado
los ao comércio e ao investimento internacional, bem rias que são introduzidas no território aduaneiro da
como a necessidade reforçada de assegurar a proteção e União ou que dele são retiradas, é conveniente que as
a segurança nas fronteiras externas da União transforma informações facultadas pelos operadores económicos se
ram o papel das autoridades aduaneiras, conferindo-lhes jam partilhadas, no respeito das disposições aplicáveis em
um papel preponderante no circuito de abastecimento e, matéria de proteção dos dados, entre as autoridades
no que respeita ao controlo e à gestão do comércio aduaneiras e com outros serviços envolvidos nesse con
internacional, tornando-as num catalisador da competiti trolo. Estes controlos devem ser harmonizados, de modo
vidade dos países e das empresas. Por conseguinte, a que os operadores económicos só precisem de comunicar
legislação aduaneira deverá refletir a nova realidade eco as suas informações uma vez e que as mercadorias sejam
nómica, assim como o novo papel e a nova missão das controladas por essas autoridades no mesmo momento e
autoridades aduaneiras. no mesmo local.
(17) O recurso às tecnologias da informação e da comunica (21) Tendo em vista facilitar o comércio, todas as pessoas
ção, tal como estabelecido na Decisão n.o 70/2008/CE do deverão continuar a ter o direito de se fazerem represen
Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de janeiro de tar para o cumprimento de atos e formalidades perante
2008, relativa a um quadro sem papel para as alfândegas as autoridades aduaneiras. Contudo, esse direito de repre
e os operadores económicos (1), constitui um elemento- sentação não deverá continuar a poder ser reservado ao
-chave para assegurar a facilitação do comércio e, simul abrigo da legislação de um Estado-Membro. Além disso,
taneamente, a eficácia dos controlos aduaneiros, redu um representante aduaneiro que cumpra os critérios para
zindo deste modo os custos para as empresas e os riscos a concessão do estatuto de operador económico autori
para a sociedade. É, por conseguinte, necessário estabele zado para simplificações aduaneiras deverá poder prestar
cer no Código o quadro legal no âmbito do qual a os seus serviços num Estado-Membro diferente daquele
referida decisão pode ser executada, e em especial o em que está estabelecido. Regra geral, o representante
princípio jurídico de que todas as operações aduaneiras aduaneiro deverá estar estabelecido no território adua
e comerciais devem ser tratadas por via eletrónica e de neiro da União. Esta obrigação não deverá aplicar-se se
que os sistemas de informação e comunicação aplicáveis o representante aduaneiro agir por conta de pessoas que
às operações aduaneiras devem oferecer, em cada Estado- não são obrigadas a estar estabelecidas no território adua
-Membro, as mesmas facilidades aos operadores económi neiro da União, ou noutros casos justificados.
cos.
(23) A simplificação dos procedimentos aduaneiros recor no que diz respeito à determinação dos outros casos em
rendo a meios eletrónicos exige a partilha de responsa que o representante aduaneiro não tem obrigatoriamente
bilidades entre as administrações aduaneiras dos diversos de estar estabelecido no território aduaneiro da União,
Estados-Membros. É necessário assegurar que as sanções bem como às regras relativas às decisões tomadas pelas
sejam efetivas, dissuasivas e proporcionadas em todo o autoridades aduaneiras, incluindo as que se referem às
mercado interno. informações vinculativas, ao operador económico autori
zado e às simplificações.
(36) A fim de assegurar uma proteção mais eficaz dos inte de saída de mercadorias seja rapidamente concedida. Os
resses financeiros da União e dos Estados-Membros, a controlos em matéria de política fiscal e comercial deve
garantia deverá cobrir mercadorias não declaradas ou rão ser principalmente executados pela estância aduaneira
declaradas de forma incorreta incluídas numa remessa competente em relação às instalações do operador eco
ou numa declaração para as quais seja prestada. Pela nómico.
mesma razão, o compromisso da entidade garante deverá
cobrir igualmente o montante dos direitos de importação
ou exportação cujo pagamento se verifique ser devido na
sequência de controlos após a autorização de saída. (43) As regras aplicáveis às declarações aduaneiras e à sujeição
das mercadorias a um regime aduaneiro deverão ser mo
dernizadas e racionalizadas, em especial mediante a exi
gência de que, em regra, as declarações aduaneiras sejam
(37) A fim de salvaguardar os interesses financeiros da União efetuadas por meios eletrónicos, bem como mediante a
e dos Estados-Membros e lutar contra práticas fraudulen consagração de um único tipo de declaração simplificada
tas, é conveniente estabelecer disposições que estabele e da possibilidade de apresentar uma declaração adua
çam medidas graduais para a aplicação de uma garantia neira sob a forma de inscrição nos registos do declarante.
global. Nos casos de riscos acrescidos de fraude, deverá
ser possível proibir temporariamente a aplicação da ga
rantia global, tendo em conta a situação particular dos
operadores económicos em causa. (44) Atendendo a que a Convenção de Quioto revista favorece
a entrega, registo e verificação da declaração aduaneira
antes da chegada das mercadorias e também a dissocia
(38) É conveniente ter em conta a boa-fé da pessoa em causa ção do local de entrega da declaração do local onde as
nos casos em que a constituição da dívida aduaneira mercadorias se encontram fisicamente, é conveniente pre
tenha sido originada pelo incumprimento da legislação ver o desalfandegamento centralizado no local em que o
aduaneira, e minimizar o impacto da negligência impu operador económico está estabelecido.
tável ao devedor.
(49) Tendo em conta as medidas de segurança reforçadas, a (55) Em conformidade com o princípio da proporcionalidade
colocação de mercadorias em zonas francas deverá passar consagrado no artigo 5.o do Tratado da União Europeia
a constituir um regime aduaneiro, devendo as mercado (TUE), para a consecução dos objetivos básicos inerentes
rias ser submetidas a controlos aduaneiros à entrada e a ao funcionamento eficaz da união aduaneira e à execução
registo. da política comercial comum, é necessário e conveniente
definir as normas e procedimentos gerais aplicáveis às
mercadorias que entram no território aduaneiro da União
ou dele são retiradas. Nos termos do artigo 5.o, n.o 4,
primeiro parágrafo, do TUE, o presente regulamento não
(50) Dado que a intenção de reexportar deixou de ser um excede o que é necessário para alcançar aqueles objetivos.
requisito necessário, o regime de aperfeiçoamento ativo
— sistema suspensivo deverá ser fundido com o regime
de transformação sob controlo aduaneiro, devendo o
regime de aperfeiçoamento ativo — sistema de drauba (56) Tendo em vista simplificar e racionalizar a legislação
que ser abandonado. Este regime de aperfeiçoamento aduaneira, foram incorporadas no Código, por razões
ativo único deverá abranger também a inutilização, ex de transparência, uma série de disposições contidas em
ceto nos casos em que esta seja efetuada pelos serviços atos autónomos da União. Por conseguinte, deverão ser
aduaneiros ou sob fiscalização aduaneira. revogados os seguintes regulamentos: Regulamento (CEE)
n.o 3925/91 do Conselho, de 19 de dezembro de 1991,
relativo à supressão dos controlos e das formalidades
aplicáveis às bagagens de mão e às bagagens de porão
das pessoas que efetuam um voo intracomunitário, bem
(51) A fim de completar as regras relativas a regimes especiais como às bagagens das pessoas que efetuam uma travessia
e garantir a igualdade de tratamento das pessoas em marítima intracomunitária (1), Regulamento (CE)
questão, o poder de adotar atos delegados nos termos n. 2913/92, Regulamento (CE) n.o 1207/2001 do Con
o
do artigo 290.o do TFUE deverá ser delegado na Comis selho, de 11 de junho de 2001, relativo aos procedimen
são no que diz respeito às regras sobre casos em que as tos destinados a facilitar a emissão ou o estabelecimento,
mercadorias são sujeitas a regimes especiais, circulação, na Comunidade, das provas de origem e a emissão de
manipulações usuais e equivalência dessas mercadorias, e determinadas autorizações de exportador autorizado, pre
apuramento desses regimes. vistos nas disposições que regem o comércio preferencial
entre a Comunidade Europeia e determinados países (2), e
Regulamento (CE) n.o 450/2008.
ÍNDICE
Página
Secção 5 Sanções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
TÍTULO II ELEMENTOS COM BASE NOS QUAIS SÃO APLICADOS OS DIREITOS DE IMPOR
TAÇÃO OU DE EXPORTAÇÃO, BEM COMO OUTRAS MEDIDAS PREVISTAS NO
ÂMBITO DO COMÉRCIO DE MERCADORIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Página
Secção 1 Conferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Página
CAPÍTULO 2 Trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
CAPÍTULO 3 Armazenamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
CAPÍTULO 5 Aperfeiçoamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
CAPÍTULO 1
Âmbito de aplicação da legislação aduaneira, missão das a) Proteger os interesses financeiros da União e dos seus Esta
alfândegas e definições dos-Membros;
Artigo 1.o
b) Proteger a União contra o comércio desleal e ilegal, apoiando
Objeto e âmbito de aplicação simultaneamente as atividades económicas legítimas;
1. O presente regulamento estabelece o Código Aduaneiro da
União (a seguir designado "Código"), que determina as normas e
procedimentos gerais aplicáveis às mercadorias à entrada ou à c) Garantir a proteção e a segurança da União e dos seus
retirada do território aduaneiro da União. residentes, bem como a proteção do ambiente, se for caso
disso, em estreita cooperação com outras autoridades; e
Sem prejuízo do direito internacional e das convenções inter d) Manter um equilíbrio adequado entre controlos aduaneiros e
nacionais, bem como da legislação da União noutros domínios, facilitação do comércio legítimo.
o Código aplica-se de modo uniforme em todo o território
aduaneiro da União.
Artigo 4.o
Território aduaneiro
2. Determinadas disposições da legislação aduaneira podem
ser aplicadas fora do território aduaneiro da União, quer no 1. O território aduaneiro da União abrange os seguintes ter
âmbito de legislação específica, quer no âmbito de convenções ritórios, que incluem igualmente as águas territoriais, as águas
internacionais. interiores e o espaço aéreo:
— o território de Malta,
Artigo 5.o
Definições
— o território do Reino dos Países Baixos na Europa, Para efeitos do Código, entende-se por:
3) "Controlos aduaneiros": os atos específicos executados pelas 10) "Declaração sumária de saída": o ato pelo qual uma pessoa
autoridades aduaneiras a fim de garantirem o cumprimento informa as autoridades aduaneiras, na forma e segundo as
da legislação aduaneira e de outra legislação que regule a modalidades prescritas, e dentro de um prazo específico, da
entrada, a saída, o trânsito, a circulação, o armazenamento retirada das mercadorias do território aduaneiro da União;
e a utilização para fins especiais de mercadorias que circu
lem entre o território aduaneiro da União e países ou
territórios que não façam parte desse território, bem
como a presença e a circulação no território aduaneiro 11) "Declaração de depósito temporário": o ato pelo qual uma
da União de mercadorias não-UE e de mercadorias sujeitas pessoa indica, na forma e segundo as modalidades prescri
ao regime de destino especial; tas, que as mercadorias estão em depósito temporário;
4) "Pessoa": as pessoas singulares, as pessoas coletivas ou qual 12) "Declaração aduaneira": o ato pelo qual uma pessoa mani
quer associação de pessoas a que seja reconhecida, ao festa, na forma e segundo as modalidades prescritas, a
abrigo do direito da União ou do direito nacional, capaci vontade de atribuir a uma mercadoria determinado regime
dade para praticar atos jurídicos, sem ter o estatuto jurídico aduaneiro, indicando, se for caso disso, os procedimentos
de pessoa coletiva; específicos a aplicar;
b) Comprometa os interesses financeiros da União ou dos 16) "Regime aduaneiro": qualquer dos regimes seguidamente
seus Estados-Membros; ou referidos a que as mercadorias possam ser sujeitas nos
termos do Código:
b) Regimes especiais;
8) "Formalidades aduaneiras": o conjunto das operações que
devem ser executadas por uma pessoa e pelas autoridades
aduaneiras em cumprimento da legislação aduaneira;
c) Exportação;
18) "Dívida aduaneira": a obrigação de uma pessoa pagar o 28) "Reembolso": a restituição do montante de direitos de im
montante dos direitos de importação ou de exportação portação ou de exportação que tenha sido pago;
que se aplicam a determinadas mercadorias ao abrigo da
legislação aduaneira em vigor;
20) "Direitos de importação": os direitos aduaneiros devidos 30) "Produtos transformados": as mercadorias sujeitas a um
aquando da importação de mercadorias; regime de aperfeiçoamento que tenham sido objeto de
operações de aperfeiçoamento;
b) Mercadorias introduzidas no território aduaneiro da 32) "Estabelecimento permanente": uma instalação empresarial
União a partir de países ou territórios que não façam fixa em que os recursos humanos e técnicos necessários se
parte desse território e introduzidas em livre prática; encontram presentes de forma permanente, através da qual
são efetuadas, no todo ou em parte, as operações aduanei
ras de uma pessoa;
c) Mercadorias obtidas ou produzidas no território adua
neiro da União, quer exclusivamente a partir das mer
cadorias a que se refere a alínea b), quer a partir das 33) "Apresentação das mercadorias à alfândega": a comunica
mercadorias a que se referem as alíneas a) e b); ção às autoridades aduaneiras da chegada de mercadorias à
estância aduaneira ou a qualquer outro local designado ou
aprovado pelas autoridades aduaneiras, bem como da dis
24) "Mercadorias não-UE": as mercadorias não abrangidas pelo ponibilidade dessas mercadorias para controlo aduaneiro;
ponto 23 ou que tenham perdido o estatuto aduaneiro de
mercadorias UE;
36) "Medidas de política comercial": as medidas não pautais b) No contexto da saída, a pessoa que retira as mercadorias
estabelecidas no âmbito da política comercial comum sob do território aduaneiro da União ou que assume a res
a forma de disposições da União que regem o comércio ponsabilidade pelo transporte das mercadorias para fora
internacional de mercadorias; desse território. Todavia:
c) Inutilização de mercadorias;
ii) No caso do tráfego marítimo ou aéreo em que vigore
d) Reparação de mercadorias, incluindo a sua restauração e um acordo de partilha ou contratação de embarca
afinação; ções, entende-se por "transportador" a pessoa que
assina um contrato e que emite um conhecimento
de embarque ou carta de porte aéreo para o trans
e) Utilização de certas mercadorias que não se encontram porte efetivo das mercadorias para fora do território
nos produtos transformados, mas que permitem ou fa aduaneiro da União;
cilitem a obtenção destes produtos, mesmo que desapa
reçam total ou parcialmente no decurso da sua utiliza
ção (acessórios de produção);
41) "Comissão de compra": a quantia paga por um importador
a um agente pela sua representação na compra das merca
38) "Taxa de rendimento": a quantidade ou a percentagem de dorias a avaliar.
produtos transformados obtidos no aperfeiçoamento de
uma quantidade determinada de mercadorias sujeitas a
um regime de aperfeiçoamento; CAPÍTULO 2
b) A título temporário, em caso de falha temporária dos siste a) Sempre que necessário, o formato e o código dos requisitos
mas informáticos das autoridades aduaneiras ou dos opera comuns em matéria de dados a que se refere o artigo 6.o,
dores económicos. n.o 2;
4. Em derrogação do n.o 1, em casos excecionais a Comissão b) As regras processuais sobre o intercâmbio e armazenamento
pode tomar decisões que permitam que um ou mais Estados- de dados que podem ser efetuados por meios que não sejam
-Membros utilizem outros meios para o intercâmbio e armaze as técnicas de processamento eletrónico de dados a que se
namento de informações para além de técnicas de processa refere o artigo 6.o, n.o 3.
mento eletrónico de dados.
c) O tipo de informações e os elementos que devem constar a) Se estiverem estabelecidas no território aduaneiro da União,
dos registos a que se referem o artigo 148.o, n.o 4, e o devem registar-se junto das autoridades aduaneiras responsá
artigo 214.o, n.o 1. veis pelo lugar onde estão estabelecidas;
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/17
b) Se não estiverem estabelecidas no território aduaneiro da 2. As informações confidenciais a que se refere o n.o 1 po
União, devem registar-se junto das autoridades aduaneiras dem ser comunicadas às autoridades aduaneiras e a outras au
responsáveis pelo lugar onde primeiro apresentarem uma toridades competentes de países ou territórios situados fora do
declaração ou solicitarem uma decisão. território aduaneiro da União, para efeitos de cooperação adua
neira com esses países ou territórios no âmbito de acordos
internacionais ou da legislação da União no domínio da política
4. Em casos específicos, as autoridades aduaneiras anulam o comercial comum.
registo.
2. A entrega de uma declaração aduaneira, uma declaração Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de depósito temporário, uma declaração sumária de entrada, de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
uma declaração sumária de saída, uma declaração de reexporta
ção ou uma notificação de reexportação por parte de uma
pessoa às autoridades aduaneiras, ou ainda de um pedido de
autorização ou de qualquer outra decisão, responsabiliza a pes Secção 2
soa em causa no que respeita: Representação aduaneira
Artigo 18.o
a) À exatidão e ao caráter exaustivo das informações constantes Representante aduaneiro
da declaração, notificação ou pedido;
1. Qualquer pessoa pode designar um representante
aduaneiro.
Caso a declaração, a notificação ou o pedido sejam entregues ou 3. Os Estados-Membros podem determinar, nos termos do
as informações sejam prestadas por um representante aduaneiro direito da União, as condições em que um representante adua
da pessoa em causa, tal como referido no artigo 18.o, esse neiro pode prestar serviços no Estado-Membro em que está
representante aduaneiro fica igualmente sujeito às obrigações estabelecido. Todavia, sem prejuízo da aplicação de critérios
previstas no primeiro parágrafo do presente número. menos restritivos por parte do Estado-Membro em causa, um
representante aduaneiro que cumpra os critérios estabelecidos
no artigo 39.o, alíneas a) a d), fica autorizado a prestar esses
serviços num Estado-Membro diferente daquele em que está
Artigo 16.o estabelecido.
Sistemas eletrónicos
1. Os Estados-Membros cooperam com a Comissão para
criar, manter e utilizar sistemas eletrónicos para o intercâmbio 4. Os Estados-Membros podem aplicar as condições determi
de informações entre as autoridades aduaneiras e com a Comis nadas nos termos do n.o 3, primeiro período, aos representantes
são, e para o armazenamento dessas informações, em confor aduaneiros que não se encontram estabelecidos no território
midade com o Código. aduaneiro da União.
Artigo 19.o
2. Os Estados-Membros que beneficiem de uma derrogação
nos termos do artigo 6.o, n.o 4, não ficam obrigados a criar, Habilitação
manter e utilizar, no âmbito dessa derrogação, os sistemas ele
1. Nas suas relações com as autoridades aduaneiras, o repre
trónicos a que se refere o n.o 1 do presente artigo.
sentante aduaneiro deve declarar agir por conta da pessoa re
presentada e precisar se se trata de representação direta ou
indireta.
Artigo 17.o
Atribuição de competências de execução
Qualquer pessoa que não declare agir na qualidade de represen
A Comissão especifica, através de atos de execução, as condi tante aduaneiro, ou que declare agir na qualidade de represen
ções técnicas para a criação, manutenção e utilização dos siste tante aduaneiro sem possuir habilitação para o efeito, é consi
mas eletrónicos a que se refere o artigo 16.o, n.o 1. derada como agindo em nome e por conta próprios.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/19
2. As autoridades aduaneiras podem exigir a qualquer pessoa A decisão pode igualmente ser solicitada por várias pessoas ou
que declare agir na qualidade de representante aduaneiro prova ser tomada em relação a várias pessoas, nas condições estabe
da sua habilitação para o efeito pela pessoa representada. lecidas pela legislação aduaneira.
Em casos específicos, as autoridades aduaneiras não exigem a Salvo disposição em contrário, a autoridade aduaneira compe
apresentação dessa prova. tente é a do local onde é mantida ou disponibilizada a conta
bilidade principal para fins aduaneiros do requerente e onde
deve ser realizada pelo menos parte das atividades a abranger
pela decisão.
3. As autoridades aduaneiras não devem exigir que uma pes
soa que age na qualidade de representante aduaneiro e que
efetua regularmente atos e formalidades apresente sistematica
mente prova da sua habilitação para o efeito, desde que essa 2. As autoridades aduaneiras devem, sem demora e no prazo
pessoa esteja em condições de apresentar essa prova mediante de 30 dias a contar da data de receção do pedido de decisão,
pedido das autoridades aduaneiras. verificar se estão reunidas as condições de aceitação do pedido.
Artigo 20.o
Se as autoridades aduaneiras concluírem que o pedido contém
Delegação de poderes todas as informações necessárias para que possam tomar a
decisão, devem comunicar a sua aceitação ao requerente no
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos prazo previsto no primeiro parágrafo.
do artigo 284.o, a fim de determinar:
Secção 3
4. Salvo disposição em contrário da decisão ou da legislação
Decisões relativas à aplicação da aduaneira, a decisão produz efeitos a contar da data em que é
legislação aduaneira recebida ou se considera que tenha sido recebida pelo requeren
te. Com exclusão dos casos previstos no artigo 45.o, n.o 2, as
Artigo 22.o decisões tomadas são executórias pelas autoridades aduaneiras a
partir dessa data.
Decisões adotadas mediante pedido
1. Caso uma pessoa solicite às autoridades aduaneiras uma
decisão relativa à aplicação da legislação aduaneira, deve forne
cer todas as informações requeridas pelas autoridades aduaneiras 5. Salvo disposição em contrário da legislação aduaneira, a
competentes para o efeito. decisão é válida sem limite de tempo.
L 269/20 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
6. Antes de tomarem qualquer decisão suscetível de ter con 3. Sem prejuízo das disposições estabelecidas noutros domí
sequências adversas para o requerente, as autoridades aduaneiras nios que especificam os casos em que a decisão é inválida ou
devem comunicar ao requerente as razões em que tencionam não produz efeitos, as autoridades aduaneiras que tomaram a
fundamentar a sua decisão, dando-lhe a oportunidade de apre decisão podem a qualquer momento anulá-la, alterá-la ou revo
sentar os seus pontos de vista num prazo fixado a contar da gá-la se ela não respeitar a legislação aduaneira.
data em que é recebida ou se considera que tenha sido recebida
a comunicação. Findo o referido prazo, a decisão é notificada ao
requerente, na forma adequada. 4. Em casos específicos, as autoridades aduaneiras devem:
7. Uma decisão que tenha consequências adversas para o d) Os casos, a que se refere o artigo 22.o, n.o 4, em que a
requerente deve expor a respetiva fundamentação e mencionar decisão produz efeitos a partir de uma data diferente da
o direito de recurso previsto no artigo 44.o. data em que o requerente a recebeu ou em que se considera
que a recebeu;
h) Os casos e as regras para reavaliar e suspender as decisões 3. A anulação produz efeitos a contar da data em que a
nos termos do artigo 23.o, n.o 4. decisão inicial tiver produzido efeitos, salvo disposição em con
trário da decisão nos termos da legislação aduaneira.
Artigo 25.o
Artigo 28.o
Atribuição de competências de execução
Revogação e alteração de decisões favoráveis
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
processuais aplicáveis: 1. As decisões favoráveis são revogadas ou alteradas se, em
casos diferentes dos previstos no artigo 27.o:
c) À monitorização de uma decisão, nos termos do artigo 23.o, 2. Salvo disposição em contrário, as decisões favoráveis que
n.o 5. tenham vários destinatários podem ser revogadas apenas em
relação a um destinatário que não cumpra uma obrigação a
que esteja adstrito por força dessa decisão.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
3. A revogação ou alteração da decisão deve ser comunicada
ao titular da decisão.
Artigo 26.o
Validade das decisões a nível da União 4. O artigo 22.o, n.o 4, é aplicável à revogação ou alteração
Com exceção dos casos em que os efeitos da decisão são limi da decisão.
tados a um ou vários Estados-Membros, as decisões relacionadas
com a aplicação da legislação aduaneira são válidas em todo o
território aduaneiro da União. Todavia, em casos excecionais em que os legítimos interesses do
titular da decisão o justifiquem, as autoridades aduaneiras po
dem diferir pelo período de um ano, no máximo, a data a partir
Artigo 27.o da qual essa revogação ou alteração produz efeitos. Esta data
deve ser indicada na decisão de revogação ou alteração.
Anulação de decisões favoráveis
1. As autoridades aduaneiras devem anular uma decisão fa
vorável ao titular da mesma, se estiverem preenchidas todas as Artigo 29.o
condições a seguir enunciadas:
Decisões tomadas sem pedido prévio
Salvo nos casos em que uma autoridade aduaneira atue na
qualidade de autoridade judicial, o disposto no artigo 22.o,
a) A decisão foi tomada com base em informações incorretas n.os 4, 5, 6 e 7, no artigo 23.o, n.o 3, e nos artigos 26.o, 27.o
ou incompletas; e 28.o aplica-se igualmente às decisões tomadas pelas autorida
des aduaneiras sem pedido prévio da pessoa em causa.
c) A decisão teria sido diferente se as informações fossem cor Salvo se a pessoa em causa o solicitar, a revogação, alteração ou
retas e completas. suspensão de uma decisão favorável não tem incidência sobre
mercadorias que, no momento em que a revogação, alteração
ou suspensão produz efeitos, já foram e continuam sujeitas a
um regime aduaneiro ou em depósito temporário por força da
2. A anulação da decisão é comunicada ao titular da decisão. decisão revogada, alterada ou suspensa.
L 269/22 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
b) Sempre que deixar de ser compatível com o Acordo sobre as 8. As decisões IVO devem ser revogadas:
Regras de Origem estabelecido no âmbito da Organização
Mundial do Comércio (OMC), ou com as notas explicativas
ou com um parecer sobre a origem adotados para a inter
pretação desse acordo, com efeitos a partir da data da res a) Sempre que deixarem de ser compatíveis com um acórdão
petiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia. do Tribunal de Justiça da União Europeia, com efeitos a
partir da data de publicação da parte decisória do acórdão
no Jornal Oficial da União Europeia; ou
3. As decisões IPV ou IVO não deixam de ser válidas com
efeitos retroativos.
b) Noutros casos específicos.
b) À notificação da Comissão às autoridades aduaneiras, nos a) A de operador económico autorizado para simplificações
termos do artigo 34.o, n.o 10, alíneas a) e b); aduaneiras, que habilita o titular a beneficiar de determinadas
simplificações nos termos da legislação aduaneira; ou
5. Com base no reconhecimento do estatuto de operador d) No que se refere à autorização referida no artigo 38.o, n.o 2,
económico autorizado para simplificações aduaneiras, e desde alínea a), cumprimento de normas práticas de competência
que se encontrem preenchidos os requisitos respeitantes a um ou qualificações profissionais diretamente relacionadas com a
dado tipo de simplificação especificamente previstos na legisla atividade exercida; e
ção aduaneira, as autoridades aduaneiras autorizam o operador
a beneficiar dessa simplificação. As autoridades aduaneiras não
devem examinar uma segunda vez os critérios já examinados e) No que se refere à autorização referida no artigo 38.o, n.o 2,
aquando da concessão do estatuto de operador económico au alínea b), observância de normas adequadas em matéria de
torizado. segurança e proteção, o que se deve considerar cumprido
sempre que o requerente demonstrar que mantém medidas
adequadas para garantir a segurança e a proteção do circuito
de abastecimento internacional, inclusive nos domínios da
6. O operador económico autorizado a que se refere o n.o 2 integridade física e controlos de acesso, processos logísticos
beneficia de um tratamento mais favorável do que outros ope e manipulação de tipos específicos de mercadorias, pessoal e
radores económicos no que respeita aos controlos aduaneiros, identificação dos seus parceiros comerciais.
consoante o tipo de autorização concedida, nomeadamente me
nos controlos físicos e documentais.
Artigo 40.o
Delegação de poderes
7. As autoridades aduaneiras concedem os benefícios decor A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
rentes do estatuto de operador económico autorizado às pes do artigo 284.o, a fim de determinar:
soas, estabelecidas em países ou territórios situados fora do
território aduaneiro da União, que preencham as condições e
cumpram as obrigações definidas pela legislação pertinente des a) As simplificações a que se refere o artigo 38.o, n.o 2,
ses países ou territórios, desde que tais condições e obrigações alínea a);
sejam reconhecidas pela União como equivalentes às que são
impostas aos operadores económicos autorizados estabelecidos
no território aduaneiro da União. Essa concessão de benefícios b) As facilitações a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea b);
deve basear-se no princípio da reciprocidade, salvo decisão em
contrário da União, e deve ser apoiada por um acordo interna
cional ou por legislação da União no domínio da política co c) O tratamento mais favorável a que se refere o artigo 38.o,
mercial comum. n.o 6.
Artigo 41.o
o
Artigo 39. Atribuição de competências de execução
Concessão do estatuto A Comissão adota, por meio de atos de execução, as modali
Os critérios para a concessão do estatuto de operador econó dades de aplicação dos critérios a que se refere o artigo 39.o.
mico autorizado são os seguintes:
Artigo 42.o
4. Os Estados-Membros devem certificar-se de que o proce Os controlos baseados em tais informações e critérios são efe
dimento de recurso permite a pronta confirmação ou retificação tuados sem prejuízo de outros controlos efetuados nos termos
das decisões adotadas pelas autoridades aduaneiras. do n.o 1 ou de outras disposições em vigor.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/27
4. As autoridades aduaneiras aplicam métodos de gestão de d) A duração de aplicação dos controlos aduaneiros referidos
riscos com vista a diferenciar os níveis de risco associados às na alínea c).
mercadorias sujeitas a controlos aduaneiros ou à fiscalização
aduaneira e a determinar se as mercadorias serão objeto de
controlos aduaneiros específicos, indicando, se for o caso, o 8. As áreas de controlo prioritárias devem abranger determi
local onde serão efetuados esses controlos. nados regimes aduaneiros, tipos de mercadorias, itinerários, mo
dos de transporte ou operadores económicos que, durante um
certo período, devem ser sujeitos a análises de risco e controlos
aduaneiros reforçados, sem prejuízo de outros controlos nor
A gestão de riscos inclui atividades como a recolha de dados e malmente efetuados pelas autoridades aduaneiras.
de informações, a análise e avaliação do risco, a recomendação e
realização de ações e a monitorização e revisão regulares desse
processo e dos seus resultados, com base em fontes e estratégias Artigo 47.o
internacionais, da União e nacionais.
Cooperação entre autoridades
1. Caso, relativamente às mesmas mercadorias, devam ser
5. As autoridades aduaneiras devem trocar informações sobre efetuados controlos por autoridades que não sejam as autorida
riscos e resultados de análises de risco caso: des aduaneiras, as autoridades aduaneiras devem, em estreita
cooperação com essas outras autoridades, esforçar-se por que
esses controlos sejam efetuados, sempre que possível, ao mesmo
tempo e no mesmo local que os controlos aduaneiros (balcão
a) Os riscos sejam avaliados por uma autoridade aduaneira
único), competindo às autoridades aduaneiras assumir o papel
como significativos e exigindo um controlo aduaneiro, e
de entidade coordenadora para esse efeito.
os resultados desse controlo indicam que o incidente que
desencadeou os riscos se verificou; ou
2. No âmbito dos controlos previstos na presente secção, e
sempre que tal seja necessário para minimizar os riscos e com
b) Os resultados do controlo não estabeleçam a ocorrência do bater as fraudes, as autoridades aduaneiras e as demais autori
incidente que desencadeou os riscos, mas a autoridade adua dades competentes podem comunicar entre si e à Comissão os
neira em causa considere que a ameaça representa um risco dados recebidos no contexto da entrada, saída, trânsito, circu
elevado noutro local da União. lação, armazenamento e utilização para fins especiais, incluindo
o tráfego postal, de mercadorias que circulem entre o território
aduaneiro da União e países ou territórios situados fora do
território aduaneiro da União, e da presença e circulação dentro
6. Para efeitos do estabelecimento de critérios e normas co do território aduaneiro da União de mercadorias não-UE e de
muns de risco, bem como das medidas de controlo e das áreas mercadorias sujeitas ao regime de destino especial, bem como
de controlo prioritárias referidas no n.o 3, deve ser considerado os resultados de quaisquer controlos efetuados. As autoridades
o seguinte: aduaneiras e a Comissão podem igualmente proceder ao inter
câmbio desses dados entre si a fim de assegurarem a aplicação
uniforme da legislação aduaneira.
a) A proporcionalidade em relação ao risco;
Artigo 48.o
b) A urgência da aplicação necessária dos controlos; Controlo após a autorização de saída
Para efeitos dos controlos aduaneiros, as autoridades aduaneiras
podem, depois de concederem a autorização de saída das mer
c) Os prováveis efeitos nos fluxos comerciais, nos diferentes cadorias, verificar a exatidão e o caráter exaustivo das informa
Estados-Membros e nos recursos afetados aos controlos. ções constantes da declaração aduaneira, da declaração de de
pósito temporário, da declaração sumária de entrada, da decla
ração sumária de saída, da declaração de reexportação ou noti
ficação de reexportação, e a existência, autenticidade, exatidão e
7. As normas e critérios comuns em matéria de risco referi
validade de qualquer documento comprovativo, e podem exa
dos no n.o 3 incluem o seguinte:
minar a contabilidade do declarante e outros registos relativos
às operações no que respeita às mercadorias em causa ou às
operações comerciais anteriores ou posteriores relativas a essas
a) Uma descrição dos riscos; mercadorias. As referidas autoridades podem igualmente proce
der à verificação das mercadorias e/ou à recolha de amostras, se
tal for ainda possível.
b) Os fatores ou indicadores de risco a utilizar para selecionar
as mercadorias ou os operadores económicos sujeitos aos
Esses controlos podem ser efetuados nas instalações do detentor
controlos aduaneiros;
das mercadorias ou do seu representante, ou de qualquer pessoa
direta ou indiretamente envolvida profissionalmente nas referi
das operações, ou nas instalações de qualquer outra pessoa que,
c) A natureza dos controlos aduaneiros a efetuar pelas autori pela sua qualidade profissional, esteja na posse dos referidos
dades aduaneiras; documentos e dados.
L 269/28 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 49.o ii) que efetuem um voo numa aeronave que faça escala num
aeroporto da União antes de prosseguir o voo com des
Serviços aéreos e marítimos intra-União tino a um aeroporto fora da União;
1. Só são executados controlos aduaneiros ou cumpridas
formalidades aduaneiras no que se refere à bagagem de mão e
de porão das pessoas que efetuam um voo intra-União, ou que iii) que utilizem um serviço marítimo efetuado pelo mesmo
efetuam uma travessia marítima intra-União, nos casos em que navio e que envolva trajetos sucessivos com início, escala
a legislação aduaneira preveja tais controlos ou formalidades. ou termo num porto fora da União;
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva No caso de mercadorias introduzidas em livre prática em casos
ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, distintos dos referidos no terceiro parágrafo ou de mercadorias
n.o 6. declaradas para exportação, esse prazo corre a partir do fim do
ano no decurso do qual as declarações aduaneiras de introdução
em livre prática ou de exportação foram aceites.
2. A Comissão determina, por meio de atos de execução, os
portos ou aeroportos onde, nos termos do artigo 49.o, os con
trolos e formalidades aduaneiras devem ser aplicados: No caso de mercadorias introduzidas em livre prática com
isenção de direitos ou com uma taxa reduzida do direito de
importação em função da sua utilização específica, este prazo
corre a partir do fim do ano no decurso do qual as mercadorias
a) Às bagagens de mão e às bagagens de porão das pessoas: deixam de estar sob fiscalização aduaneira.
i) que efetuem um voo numa aeronave proveniente de um No caso de mercadorias sujeitas a outro regime aduaneiro ou de
aeroporto fora da União e que, após escala num aero mercadorias em depósito temporário, esse prazo corre a partir
porto da União, prossiga o voo com destino a outro do fim do ano em que o regime aduaneiro em causa foi apu
aeroporto da União; rado ou o depósito temporário terminou.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/29
2. Sem prejuízo do disposto no artigo 103.o, n.o 4, nos casos b) Caso o contravalor do euro em moeda nacional seja neces
em que um controlo aduaneiro relativo a uma dívida aduaneira sário para determinar a classificação pautal das mercadorias e
revele a necessidade de se proceder a uma retificação do respe o montante do direito de importação e de exportação, in
tivo registo de liquidação e a pessoa em causa tenha sido no cluindo os valores máximos na Pauta Aduaneira Comum.
tificado desse facto, os documentos e as informações são con
servados por um período de três anos a contar do termo do
prazo previsto no n.o 1 do presente artigo. 2. Se a conversão monetária for necessária por razões distin
tas das referidas no n.o 1, o contravalor do euro em moeda
nacional a aplicar no âmbito da legislação aduaneira deve ser
Caso seja interposto um recurso ou intentada uma ação judicial, fixado pelo menos uma vez por ano.
os documentos e as informações devem ser conservados du
rante o prazo previsto no n.o 1 ou até que o processo de
recurso ou a ação judicial estejam concluídos, consoante o Artigo 54.o
que ocorrer em último lugar.
Atribuição de competências de execução
Artigo 52. o A Comissão estabelece, por meio de atos de execução, regras
em matéria de conversão monetária para os efeitos a que se
Taxas e despesas refere o artigo 53.o, n.os 1 e 2.
1. As autoridades aduaneiras não cobram taxas pela execução
dos controlos aduaneiros nem pela execução de qualquer outra
medida prevista na legislação aduaneira durante o horário oficial Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de funcionamento das respetivas estâncias aduaneiras de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
competentes.
Artigo 55.o
2. As autoridades aduaneiras podem cobrar taxas ou fazer-se
reembolsar das despesas incorridas no caso da prestação de Períodos, datas e prazos
serviços específicos, designadamente dos seguintes: 1. Salvo disposição em contrário, caso a legislação aduaneira
fixe um período, uma data ou um prazo, o período em questão
só pode ser prolongado ou reduzido e a data ou o prazo
a) Atendimento, mediante pedido, pelo pessoal aduaneiro fora
diferidos ou antecipados.
do horário oficial de funcionamento ou em instalações que
não sejam as aduaneiras;
2. São aplicáveis as regras em matéria de períodos, datas e
b) Análises e relatórios de peritos sobre mercadorias e taxas prazos estabelecidas no Regulamento (CEE, Euratom)
postais para devolução de mercadorias a um requerente, n.o 1182/71 do Conselho, de 3 de junho de 1971, relativo à
nomeadamente no que respeita a decisões adotadas ao determinação das regras aplicáveis aos prazos, às datas e aos
abrigo do artigo 33.o ou ao fornecimento de informações termos (1), exceto nos casos em que a legislação aduaneira pre
nos termos do artigo 14.o, n.o 1; veja o contrário.
2. A Pauta Aduaneira Comum é constituída pelos seguintes ser aplicável, no caso dos contingentes pautais, logo que seja
elementos: atingido o limite do volume de importação ou de exportação
previsto.
Artigo 57.o
c) Os direitos aduaneiros convencionais ou normais autónomos
aplicáveis às mercadorias abrangidas pela Nomenclatura Classificação pautal das mercadorias
Combinada;
1. Para a aplicação da Pauta Aduaneira Comum, a classifica
ção pautal de mercadorias consiste na determinação de uma das
subposições ou outras subdivisões da Nomenclatura Combinada
d) As medidas pautais preferenciais incluídas em acordos que a em que as referidas mercadorias devam ser classificadas.
União tenha concluído com determinados países ou territó
rios fora do território aduaneiro da União ou com grupos
desses países ou territórios;
2. Para efeitos da aplicação das medidas não pautais, a clas
sificação pautal de mercadorias consiste na determinação de
uma das subposições ou outras subdivisões da Nomenclatura
e) As medidas pautais preferenciais adotadas unilateralmente Combinada ou de qualquer outra nomenclatura que seja esta
pela União em benefício de determinados países ou territó belecida por disposições da União e que se baseie total ou
rios situados fora do território aduaneiro da União ou de parcialmente na Nomenclatura Combinada ou que lhe acres
grupos desses países ou territórios; cente subdivisões, nas quais as referidas mercadorias devam
ser classificadas.
Artigo 58.o
h) Outras medidas pautais previstas pela legislação da União em
matéria agrícola, comercial ou outra. Atribuição de competências de execução
1. A Comissão adota medidas, por meio de atos de execução,
relativamente à gestão uniforme dos contingentes e dos tetos
3. Caso as mercadorias em causa preencham as condições pautais a que se faz referência no artigo 56.o, n.o 4, e relativa
incluídas nas medidas previstas no n.o 2, alíneas d) a g), são mente à gestão da vigilância da introdução em livre prática ou
estas as medidas que, a pedido do declarante, se aplicam, em da exportação de mercadorias a que se faz referência no ar
vez das previstas na alínea c) do mesmo número. O pedido tigo 56.o, n.o 5.
pode ser apresentado a posteriori, desde que sejam respeitados
os prazos e condições estabelecidos na medida aplicável ou no
Código.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
2. No caso de mercadorias que beneficiem das medidas pre A derrogação temporária é limitada à duração dos efeitos dos
ferenciais previstas em acordos que a União tenha celebrado fatores internos ou externos que estão na sua origem ou ao
com determinados países ou territórios situados fora do territó lapso de tempo necessário para que o país ou território bene
rio aduaneiro da União ou com grupos desses países ou terri ficiário assegure o cumprimento das regras.
tórios, as regras de origem preferencial devem estar definidas
nos referidos acordos.
Quando uma derrogação é concedida, o país ou território be
neficiário em causa fica sujeito ao cumprimento de todas as
3. No caso de mercadorias que beneficiem das medidas pre exigências estabelecidas no que respeita à informação a fornecer
ferenciais adotadas unilateralmente pela União em benefício de à Comissão relativamente à utilização da derrogação e à gestão
determinados países ou territórios situados fora do território das quantidades para as quais a derrogação é concedida.
aduaneiro da União ou de grupos desses países ou territórios,
com exclusão dos referidos no n.o 5, a Comissão adota medidas
que estabeleçam as regras de origem preferencial.
Artigo 65.o
Delegação de poderes
Essas regras devem basear-se no critério de que as mercadorias A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
foram inteiramente obtidas ou no critério de que as mercadorias do artigo 284.o, que estabeleçam as regras em matéria de ori
resultam de uma operação suficiente de transformação ou com gem preferencial referidas no artigo 64.o, n.o 3.
plemento de fabrico.
Artigo 66.o
4. No caso de mercadorias que beneficiem das medidas pre
Atribuição de competências de execução
ferenciais aplicáveis no comércio entre o território aduaneiro da
União e Ceuta e Melilha, previstas no Protocolo n.o 2 do Ato de A Comissão adota, por meio de atos de execução:
Adesão de 1985, as regras de origem preferencial são aprovadas
nos termos do artigo 9.o do referido protocolo.
a) As regras processuais a que se refere o artigo 64.o, n.o 1,
aplicáveis à facilitação do estabelecimento, na União, da ori
5. No caso de mercadorias que beneficiem de medidas pre gem preferencial das mercadorias;
ferenciais previstas em regimes preferenciais em favor dos países
e territórios ultramarinos associados com a União, as regras de
origem preferencial são aprovadas nos termos do artigo 203.o
do TFUE. b) As medidas que concedam a um país ou território beneficiá
rio a derrogação temporária a que se refere o artigo 64.o,
n.o 6.
Secção 3
A derrogação temporária deve ser justificada por uma das se
guintes razões: Determinação da origem de mercadorias
específicas
Artigo 67.o
a) Fatores internos ou externos impedem temporariamente o
país ou território beneficiário de assegurar o cumprimento Medidas tomadas pela Comissão
das regras em matéria de origem preferencial;
A Comissão pode adotar medidas para determinar a origem de
mercadorias específicas, em conformidade com as regras de
origem aplicáveis a essas mercadorias.
b) O país ou território beneficiário necessita de tempo para se
preparar para o cumprimento dessas regras.
Artigo 68.o
Atribuição de competências de execução
O país ou território beneficiário em causa deve apresentar o
pedido de derrogação por escrito à Comissão. O pedido deve A Comissão adota, por meio de atos de execução, as medidas
mencionar as razões pelas quais a derrogação é necessária, tal referidas no artigo 67.o. Os referidos atos de execução são
como indicado no segundo parágrafo, e juntar os documentos adotados pelo procedimento de exame a que se refere o ar
justificativos adequados. tigo 285.o, n.o 4.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/33
Por imperativos de urgência relacionados com essas medidas, iii) não afetem substancialmente o valor aduaneiro das mer
devidamente justificados pela necessidade de garantir rapida cadorias;
mente a aplicação correta e uniforme das regras de origem, a
Comissão adota atos de execução imediatamente aplicáveis pelo
procedimento a que se refere o artigo 285.o, n.o 5. b) A venda ou o preço não estejam subordinados a condições
ou prestações cujo valor não possa ser determinado relati
vamente às mercadorias a avaliar;
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva
ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o,
n.o 6. c) Não reverta direta ou indiretamente para o vendedor ne
nhuma parte do produto de qualquer revenda, cessão ou
utilização posterior das mercadorias pelo comprador, salvo
se puder ser efetuado um ajustamento apropriado;
CAPÍTULO 3
ii) limitem a zona geográfica na qual as mercadorias podem iii) matérias consumidas na produção das mercadorias im
ser revendidas, portadas, e
L 269/34 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
iv) conceção, desenvolvimento, arte, design e planos e esbo c) Os montantes dos juros a título de um acordo de financia
ços realizados fora da União e necessários para a produ mento concluído pelo comprador e relativo à compra das
ção das mercadorias importadas; mercadorias importadas, independentemente de o financia
mento ser assegurado pelo vendedor ou por outra pessoa,
desde que o acordo de financiamento tenha sido estabelecido
por escrito e que comprador possa demonstrar, se assim lhe
c) Royalties e direitos de licença relativos às mercadorias a for pedido, que se encontram preenchidas as seguintes con
avaliar, que o comprador é obrigado a pagar, direta ou dições:
indiretamente, como condição de venda das mercadorias a
avaliar, na medida em que esses royalties e direitos de licença
não tenham sido incluídos no preço efetivamente pago ou a
i) Tais mercadorias são efetivamente vendidas ao preço de
pagar;
clarado como preço efetivamente pago ou a pagar,
d) O valor de qualquer parte do produto de qualquer revenda, ii) A taxa de juro exigida não excede o nível normalmente
cessão ou utilização posterior das mercadorias importadas praticado em tais transações no momento e no país em
que reverta direta ou indiretamente para o vendedor; e que o financiamento foi assegurado;
e) As comissões de compra;
i) as despesas de transporte e de seguro das mercadorias
importadas, e
f) Os direitos de importação e outros encargos a pagar na
União por motivo da importação ou da venda das merca
dorias;
ii) as despesas de carga e de manutenção conexas com o
transporte das mercadorias importadas.
Artigo 73.o
3. Para a determinação do valor aduaneiro, nenhum ele
mento deve ser acrescentado ao preço efetivamente pago ou a Simplificação
pagar, com exceção dos previstos no presente artigo.
As autoridades aduaneiras podem, mediante apresentação de um
pedido, autorizar que os seguintes montantes sejam determina
dos com base em critérios específicos, caso estes não sejam
quantificáveis na data de aceitação da declaração aduaneira:
Artigo 72.o
Elementos a não incluir no valor aduaneiro
Para determinar o valor aduaneiro por aplicação do artigo 70.o, a) Os montantes a incluir no valor aduaneiro em conformidade
não se inclui qualquer dos seguintes elementos: com o artigo 70.o, n.o 2; e
Artigo 74.o
Métodos secundários de determinação do valor aduaneiro
b) As despesas para trabalhos de construção, instalação, mon
tagem, manutenção ou assistência técnica realizadas depois 1. Caso o valor aduaneiro das mercadorias não possa ser
da entrada no território aduaneiro da União, relativas às determinado nos termos do artigo 70.o, deve ser determinado
mercadorias importadas, tais como instalações, máquinas pela aplicação sucessiva do n.o 2, alíneas a) a d), até à primeira
ou equipamentos industriais; destas alíneas que permita determinar esse valor.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/35
A ordem de aplicação do n.o 2, alíneas c) e d), deve ser invertida Artigo 75.o
se o declarante assim o solicitar.
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
2. O valor aduaneiro determinado nos termos do n.o 1 é: do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão
da autorização a que se refere o artigo 73.o.
3. O declarante é o devedor. Em caso de representação in b) Uma das obrigações previstas na legislação aduaneira em
direta, é igualmente devedora a pessoa por conta de quem é matéria de utilização para fins especiais de mercadorias no
feita a declaração aduaneira. território aduaneiro da União;
Caso uma declaração aduaneira referente a um dos regimes c) Uma das condições fixadas para a sujeição das mercadorias
referidos no n.o 1 seja elaborada com base em informações de não-UE a um regime aduaneiro ou para a concessão, em
que resulte a não cobrança, total ou parcial, dos direitos de função do destino especial das mercadorias, da isenção ou
importação, é igualmente devedora a pessoa que prestou as de uma redução da taxa do direito de importação.
informações necessárias à elaboração da declaração e que tinha
ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de que essas
informações eram falsas.
2. A dívida aduaneira é constituída num dos seguintes mo
mentos:
Artigo 78.o
Disposições específicas relativas às mercadorias não a) No momento em que a obrigação cujo incumprimento dá
originárias origem à dívida aduaneira não é cumprida ou deixa de ser
1. Nos casos em que esteja prevista a proibição do drauba cumprida;
que ou a isenção de direitos de importação para mercadorias
não originárias utilizadas no fabrico de produtos relativamente
aos quais seja emitida uma prova de origem no quadro de um b) No momento em que é aceite uma declaração aduaneira para
regime preferencial entre a União e determinados países ou a sujeição das mercadorias a um regime aduaneiro, se for
territórios situados fora do território aduaneiro da União ou estabelecido posteriormente que uma das condições fixadas
grupos desses países ou territórios, é facto constitutivo da dívida para a sujeição das mercadorias a esse regime ou para a
aduaneira na importação relativamente a essas mercadorias não concessão de uma isenção de direitos ou de uma redução
originárias a aceitação da declaração de reexportação relacionada da taxa do direito de importação em função da sua utilização
com os produtos em questão. específica não foi efetivamente respeitada.
2. Caso seja constituída uma dívida aduaneira nos termos do 3. Nos casos a que se refere o n.o 1, alíneas a) e b), são
n.o 1, o montante do direito de importação correspondente a devedoras:
essa dívida é determinado nas mesmas condições que as aplicá
veis a uma dívida aduaneira resultante da aceitação, na mesma
data, da declaração aduaneira de introdução em livre prática das
mercadorias não originárias utilizadas no fabrico dos produtos a) As pessoas responsáveis pelo cumprimento das obrigações
em questão com o objetivo de pôr fim ao regime de aperfei em causa;
çoamento ativo.
Caso seja elaborada uma declaração aduaneira referente a um Caso uma declaração aduaneira seja elaborada com base em
dos regimes aduaneiros mencionados no n.o 1, alínea c), e sejam informações de que resulte a não cobrança, total ou parcial,
comunicadas às autoridades aduaneiras informações exigidas dos direitos de exportação, é igualmente devedora a pessoa
por força da legislação aduaneira relacionada com as condições que prestou as informações necessárias à elaboração da decla
fixadas para a sujeição das mercadorias a esse regime aduaneiro, ração e que tinha ou deveria razoavelmente ter tido conheci
de que resulte a não cobrança, total ou parcial, dos direitos de mento de que essas informações eram falsas.
importação, é igualmente devedora a pessoa que prestou as
informações necessárias para elaborar a declaração aduaneira e
que tinha ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de
que tais informações eram falsas. Artigo 82.o
Constituição da dívida aduaneira por incumprimento
1. Relativamente às mercadorias passíveis de direitos de ex
o portação, é facto constitutivo da dívida aduaneira na exportação
Artigo 80. o incumprimento:
Dedução do montante já pago de direitos de importação
1. Caso, ao abrigo do artigo 79.o, n.o 1, seja constituída uma
dívida aduaneira relativamente a mercadorias introduzidas em a) De uma das obrigações previstas na legislação aduaneira para
livre prática com o benefício de uma taxa de direitos de impor a saída das mercadorias;
tação reduzida em função da sua utilização específica, o mon
tante dos direitos de importação pago aquando da introdução
em livre prática é deduzido do montante dos direitos de im
portação correspondente à dívida aduaneira. b) Das condições que permitiram a saída das mercadorias do
território aduaneiro da União com franquia total ou parcial
de direitos de exportação.
Secção 2
Dívida aduaneira na exportação c) Se as autoridades aduaneiras não puderem determinar o
momento referido na alínea b), no momento em que ter
Artigo 81.o mina o prazo fixado para a apresentação da prova de que
foram respeitadas as condições fixadas para a concessão
Exportação e aperfeiçoamento passivo dessa franquia às mercadorias em causa.
1. É facto constitutivo de dívida aduaneira na exportação a
sujeição de mercadorias passíveis de direitos de exportação ao
regime de exportação ou de aperfeiçoamento passivo.
3. Nos casos a que se refere o n.o 1, alínea a), são devedoras:
2. A dívida aduaneira é constituída no momento da aceitação a) As pessoas responsáveis pelo cumprimento da obrigação em
da declaração aduaneira. causa;
c) As pessoas que participaram no ato que deu origem ao 2. Caso não seja possível determinar com exatidão o mo
incumprimento da obrigação e que tinham ou deveriam mento da constituição da dívida aduaneira, o momento a con
razoavelmente ter tido conhecimento de que a declaração siderar é aquele em que as autoridades aduaneiras constatam
aduaneira exigida não tinha sido entregue. que essas mercadorias se encontram numa situação constitutiva
de dívida aduaneira.
6. Caso a legislação aduaneira preveja um tratamento pautal a) As regras para o cálculo do montante dos direitos de im
favorável das mercadorias, a franquia ou a isenção total ou portação ou de exportação aplicáveis às mercadorias para as
parcial de direitos de importação ou de exportação, ao abrigo quais foi constituída uma dívida aduaneira no contexto de
do artigo 56.o, n.o 2, alíneas d) a g), dos artigos 203.o, 204.o, um regime especial, em complemento das previstas nos ar
205.o e 208.o ou dos artigos 259.o a 262.o do presente regu tigos 85.o e 86.o;
lamento ou ao abrigo do Regulamento (CE) n.o 1186/2009 do
Conselho, de 16 de novembro de 2009, relativo ao estabeleci
mento do regime comunitário das franquias aduaneiras (1), esse b) Os casos a que se refere o artigo 86.o, n.o 4.o;
tratamento pautal favorável, essa franquia ou essa isenção são
igualmente aplicáveis nos casos em que seja constituída uma
dívida aduaneira nos termos dos artigos 79.o ou 82.o do pre c) O prazo a que se refere o artigo 87.o, n.o 2.
sente regulamento, desde que o incumprimento que deu origem
à constituição da dívida aduaneira não tenha constituído uma
tentativa de fraude. CAPÍTULO 2
2. Se as mercadorias tiverem sido sujeitas a um regime adua a) A garantia seja utilizada para a sujeição das mercadorias ao
neiro que não tenha sido apurado, ou caso um depósito tem regime de trânsito da União; ou
porário não tenha terminado de forma adequada, e se o local
onde for constituída uma dívida aduaneira não puder ser deter
minado nos termos do disposto no segundo ou no terceiro b) A garantia possa ser utilizada em mais de um Estado-Mem
parágrafos do n.o 1 dentro de um prazo específico, a dívida bro.
aduaneira é constituída no local em que as mercadorias foram
sujeitas ao regime em questão ou foram introduzidas no terri
tório aduaneiro da União ao abrigo desse regime, ou foram Uma garantia que não possa ser utilizada fora do Estado-Mem
colocadas em depósito temporário. bro em que é exigida só é válida nesse Estado-Membro e deve
cobrir, pelo menos, o montante dos direitos de importação ou
3. Caso as informações de que dispõem as autoridades adua de exportação.
neiras lhes permitam concluir que a dívida aduaneira pode ter
sido constituída em vários locais, considera-se constituída no
local onde foi constituída em primeiro lugar. 3. Caso as autoridades aduaneiras exijam a prestação de uma
garantia, esta é exigida ao devedor ou à pessoa suscetível de vir
a ser devedora. As autoridades aduaneiras podem também per
4. Se uma autoridade aduaneira determinar que uma dívida mitir que a garantia seja prestada por uma pessoa que não seja
aduaneira foi constituída, ao abrigo do artigo 79.o ou do ar aquela a quem a garantia é exigida.
tigo 82.o, noutro Estado-Membro e o montante dos direitos de
importação ou de exportação correspondente a essa dívida for
inferior a 10 000 EUR, considera-se que a dívida aduaneira foi 4. Sem prejuízo do disposto no artigo 97.o, as autoridades
constituída no Estado-Membro em que foi constatado esse facto. aduaneiras exigem apenas a prestação de uma garantia para
mercadorias específicas ou para uma declaração específica.
Artigo 88.o
Delegação de poderes A garantia prestada relativamente a uma declaração específica é
aplicável ao montante dos direitos de importação ou de expor
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos tação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições
do artigo 284.o, a fim de determinar: relativas a todas as mercadorias abrangidas pela declaração ou
que obtiveram autorização de saída ao abrigo dessa declaração,
(1) JO L 324 de 10.12.2009, p. 23. independentemente de essa declaração estar ou não correta.
L 269/40 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Se a garantia não tiver sido liberada, pode igualmente ser utili e de outras imposições, caso esse montante possa ser estabele
zada, dentro dos limites do montante garantido, para a co cido com exatidão no momento em que é exigida a garantia.
brança dos montantes dos direitos de importação ou de expor
tação e de outras imposições que se verifique serem devidos na
sequência de um controlo após a autorização de saída dessas Caso não seja possível estabelecer o montante exato, a garantia
mercadorias. é fixada no montante mais elevado, calculado pelas autoridades
aduaneiras, dos direitos de importação ou de exportação corres
pondente à dívida aduaneira e de outras imposições já cons
5. A pedido da pessoa a que se refere o n.o 3 do presente tituídas ou suscetíveis de se constituírem.
artigo, as autoridades aduaneiras podem, nos termos do ar
tigo 95.o, n.os 1, 2 e 3, autorizar a prestação de uma garantia
global para cobrir o montante dos direitos de importação ou de 2. Sem prejuízo do artigo 95.o, caso seja prestada uma ga
exportação correspondente à dívida aduaneira em relação a duas rantia global relativamente ao montante dos direitos de impor
ou mais operações, declarações ou regimes aduaneiros. tação ou de exportação correspondente a dívidas aduaneiras e
de outras imposições cujo montante varie ao longo do tempo, o
montante dessa garantia é fixado a um nível que permita cobrir,
6 As autoridades aduaneiras monitorizam a garantia. em qualquer momento, o montante dos direitos de importação
ou de exportação correspondente às dívidas aduaneiras e de
outras imposições.
7. Não são exigidas garantias ao Estado, a autoridades regio
nais e locais, nem a outros organismos de direito público, no
que respeita a atividades exercidas na qualidade de autoridades Artigo 91.o
públicas.
Garantia facultativa
Caso a prestação de uma garantia seja facultativa, as autoridades
8. Não são exigidas garantias nas seguintes situações: aduaneiras devem em todo o caso exigi-la se considerarem que
não está assegurado o pagamento dentro do prazo fixado do
montante dos direitos de importação ou de exportação corres
a) Mercadorias transportadas no Reno, nas vias renanas, no pondente à dívida aduaneira e de outras imposições. O mon
Danúbio ou nas vias danubianas; tante dessa garantia é fixado pelas referidas autoridades a um
nível que não exceda o previsto no artigo 90.o.
d) Mercadorias sujeitas ao regime de trânsito da União com a) Por depósito em numerário ou por outros meios de paga
recurso à simplificação a que se refere o artigo 233.o, n.o 4, mento reconhecidos pelas autoridades aduaneiras como equi
alínea e), transportadas por via marítima ou aérea entre parados a um depósito em numerário, em euros ou na
portos ou aeroportos da União. moeda do Estado-Membro onde é exigida;
9. As autoridades aduaneiras podem dispensar a prestação da b) Através de compromisso assumido pela entidade garante;
garantia caso o montante dos direitos de importação ou de
exportação a garantir não exceda o limiar do valor estatístico
para as declarações fixado nos termos do artigo 3.o, n.o 4, do c) Por qualquer outra forma de garantia que assegure de forma
Regulamento (CE) n.o 471/2009 do Parlamento Europeu e do equivalente o pagamento do montante dos direitos de im
Conselho, de 6 de maio de 2009, relativo às estatísticas comu portação ou de exportação correspondente à dívida adua
nitárias do comércio externo com países terceiros (1). neira e de outras imposições.
Artigo 93.o 2. Caso tenha de ser prestada uma garantia global referente a
dívidas aduaneiras e a outras imposições que possam vir a ser
Escolha da garantia constituídas, o operador económico pode ser autorizado a pres
A pessoa obrigada a prestar uma garantia pode optar por uma tar uma garantia global de montante reduzido, ou a beneficiar
das formas de garantia previstas no artigo 92.o, n.o 1. da dispensa de garantia, desde que satisfaça os critérios previstos
no artigo 39.o, alíneas b) e c).
Artigo 95.o
Garantia global a) A pessoa em causa pode provar não terem sido constituídas
1. A autorização a que se refere o artigo 89.o, n.o 5, só é dívidas aduaneiras em relação às mercadorias em causa no
concedida às pessoas que satisfaçam cumulativamente as seguin decurso das operações que efetuou nos dois anos anteriores
tes condições: à decisão referida no n.o 1;
a) Estejam estabelecidas no território aduaneiro da União; b) A pessoa em causa pode provar, caso tenham sido contraí
das dívidas aduaneiras nos dois anos anteriores à decisão
referida no n.o 1, que as mesmas foram totalmente pagas
pelo devedor ou devedores, ou pela entidade garante, dentro
b) Cumpram os critérios previstos no artigo 39.o, alínea a); do prazo prescrito.
c) Sejam utilizadores regulares dos regimes aduaneiros em Para ser autorizado a recorrer a uma garantia global tempora
causa ou operadores de armazéns de depósito temporário, riamente proibida, a pessoa em causa deve preencher também
ou cumprirem os critérios do artigo 39.o, alínea d). os critérios previstos no artigo 39.o, alíneas b) e c).
L 269/42 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 98.o
Liberação da garantia Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
1. As autoridades aduaneiras devem liberar imediatamente a de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
garantia, logo que a dívida aduaneira ou a dívida relativa
a outras imposições estiver extinta ou já não puder ser
constituída.
2. A Comissão adota as medidas referidas no artigo 96.o por
meio de atos de execução.
a) Os casos específicos, a que se refere o artigo 89.o, n.o 8, Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva
alínea c), em que não é exigida qualquer garantia para as ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o,
mercadorias sujeitas ao regime de importação temporária; n.o 6.
Secção 1
c) As condições concessão da autorização de prestação de uma
Determinação do montante dos direitos de
garantia global de montante reduzido ou para a concessão
importação ou de exportação, notificação
da dispensa de garantia a que se refere o artigo 95.o, n.o 2:
da dívida aduaneira e registo de liquidação
Artigo 101.o
d) Os prazos de liberação de uma garantia. Determinação do montante dos direitos de importação ou
de exportação
1. O montante dos direitos de importação ou de exportação
Artigo 100.o devidos é determinado pelas autoridades aduaneiras responsá
Atribuição de competências de execução veis pelo local em que a dívida aduaneira é constituída, ou em
que se considera ter sido constituída nos termos do artigo 87.o,
1. A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as logo que essas autoridades disponham das informações neces
regras processuais aplicáveis: sárias para o efeito.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/43
2. Sem prejuízo do artigo 48.o, as autoridades aduaneiras 3. Caso não seja aplicável o disposto no n.o 2, as autoridades
podem aceitar o montante dos direitos de importação ou de aduaneiras notificam a dívida aduaneira ao devedor quando
exportação devidos, determinado pelo declarante. estiverem em condições de determinar o montante dos direitos
de importação ou de exportação devidos e de tomar a respetiva
decisão.
3. O montante dos direitos de importação ou de exportação
devidos pode ser arredondado se não resultar num número
inteiro.
No entanto, caso a notificação da dívida aduaneira possa pre
judicar uma investigação criminal, as autoridades aduaneiras
podem diferir a notificação até ao momento em que esta deixe
Se o montante a que se refere o primeiro parágrafo for expresso
de prejudicar a referida investigação.
em euros, o arredondamento não pode exceder um arredonda
mento para a unidade imediatamente superior ou inferior.
Artigo 102.o
Notificação da dívida aduaneira Artigo 103.o
1. A dívida aduaneira é notificada ao devedor segundo a Caducidade da dívida aduaneira
forma prevista no local em que a dívida aduaneira é constituída,
ou em que se considera ter sido constituída nos termos do 1. As dívidas aduaneiras não podem ser notificadas ao deve
artigo 87.o. dor após o termo de um prazo de três anos a contar da data de
constituição da dívida aduaneira.
3. Os Estados-Membros devem determinar os procedimentos 5. Os prazos do registo de liquidação fixados nos n.os 1, 2 e
práticos do registo de liquidação dos montantes de direitos de 3 não são aplicáveis em circunstâncias imprevistas ou em caso
importação ou de exportação. Esses procedimentos podem di de força maior.
ferir consoante, em função das circunstâncias em que foi cons
tituída a dívida aduaneira, as autoridades aduaneiras estejam ou
não asseguradas do pagamento dos montantes em causa. 6. O registo de liquidação pode ser diferido no caso a que se
refere o artigo 102.o, n.o 3, segundo parágrafo, até ao momento
em que a notificação da dívida aduaneira deixe de prejudicar
Artigo 105.o uma investigação criminal.
Prazo do registo de liquidação
1. Caso seja constituída uma dívida aduaneira pela aceitação Artigo 106.o
da declaração aduaneira de mercadorias para um regime adua
neiro, distinto da importação temporária com franquia parcial Delegação de poderes
de direitos de importação, ou por qualquer outro ato com os A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
mesmos efeitos jurídicos dessa aceitação, as autoridades adua do artigo 284.o, a fim de determinar os casos referidos no
neiras procedem ao registo de liquidação do montante dos artigo 102.o, n.o 1, alínea d), em que as autoridades aduaneiras
direitos de importação ou de exportação devidos no prazo de estão dispensadas de notificar a dívida aduaneira;
14 dias a contar da data da autorização de saída das mercado
rias.
Artigo 107.o
Todavia, sob reserva de o seu pagamento ter sido garantido, o Atribuição de competências de execução
montante total do direito de importação ou de exportação re A Comissão adota, por meio de atos de execução, medidas
lativo a todas as mercadorias cuja autorização de saída tenha destinadas a garantir a assistência mútua entre autoridades adua
sido concedida a uma mesma pessoa durante um período fixado neiras em caso de constituição de uma dívida aduaneira.
pelas autoridades aduaneiras, que não pode ultrapassar 31 dias,
pode ser objeto de um registo de liquidação único no termo
desse período. Esse registo deve ser efetuado no prazo de 14 Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
dias a contar do termo do período em causa. de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Sem prejuízo do artigo 45.o, n.o 2, esse período não pode ex Artigo 110.o
ceder 10 dias a contar da data da notificação ao devedor da
dívida aduaneira. No caso de globalização dos registos de liqui Diferimento do pagamento
dação nas condições fixadas no artigo 105.o, n.o 1, segundo As autoridades aduaneiras autorizam, mediante pedido da pes
parágrafo, o prazo deve ser fixado de forma a impedir que o soa em causa e prestação de uma garantia, o diferimento do
devedor obtenha um período de pagamento mais longo do que pagamento dos direitos devidos de acordo com as seguintes
aquele de que beneficiaria em caso de diferimento do paga modalidades:
mento nos termos do artigo 110.o.
6. Caso os períodos referidos nos n.os 3 e 4 correspondam a as autoridades aduaneiras recorrem a todos os meios previstos
uma semana, os Estados-Membros podem determinar que o na legislação do Estado-Membro em causa para assegurar o
pagamento dos montantes dos direitos de importação ou de pagamento desse montante.
exportação objeto do diferimento seja efetuado até à sexta-feira
da quarta semana seguinte a essa semana.
Artigo 114.o
Juros de mora
Caso esses períodos correspondam a um mês, os Estados-Mem
bros podem determinar que o pagamento dos montantes dos 1. São cobrados juros de mora sobre o montante dos direitos
direitos de importação ou de exportação objeto do diferimento de importação ou de exportação entre a data de termo do prazo
seja efetuado até ao décimo sexto dia do mês seguinte a esse fixado e a data do pagamento.
mês.
3. Se as autoridades aduaneiras considerarem que deve ser 6. O reembolso não implica qualquer pagamento de juros
concedido o reembolso ou a dispensa de pagamento com base por parte das autoridades aduaneiras.
nos artigos 119.o ou 120.o, o Estado-Membro em causa deve
transmitir o processo à Comissão, para que seja tomada uma
decisão, em qualquer dos seguintes casos:
Todavia, são pagos juros caso uma decisão de concessão de
reembolso não seja executada no prazo de três meses a contar
da data da sua aprovação, a menos que o não cumprimento do
a) As autoridades aduaneiras consideram que as circunstâncias prazo não seja imputável às autoridades aduaneiras.
especiais resultam de incumprimento das obrigações da Co
missão;
Neste caso, são pagos juros entre a data de termo do prazo de
três meses e a data de reembolso. A taxa de juros é estabelecida
b) As autoridades aduaneiras consideram que a Comissão co nos termos do artigo 112.o.
meteu um erro na aceção do artigo 119.o;
Neste caso, devem ser reembolsados os juros eventualmente a) As mercadorias, antes de serem introduzidas em livre prática,
pagos ao abrigo do n.o 5, segundo parágrafo. foram sujeitas a um regime especial para ensaios, exceto se
se provar que o caráter defeituoso dessas mercadorias ou a
sua não conformidade com as estipulações do contrato não
podia ser normalmente detetado no decurso desses ensaios;
Artigo 117.o
Direitos de importação ou de exportação cobrados em
excesso b) O caráter defeituoso das mercadorias foi tomado em consi
1. O montante dos direitos de importação ou de exportação deração no momento da fixação dos termos do contrato, em
é objeto de reembolso ou de dispensa de pagamento se o especial o preço, antes de as mercadorias serem sujeitas a um
montante correspondente à dívida aduaneira inicialmente noti regime aduaneiro que implicava a constituição de uma dívida
ficada exceder o montante devido ou se a dívida aduaneira tiver aduaneira; ou
sido notificada ao devedor contrariamente ao disposto no ar
tigo 102.o, n.o 1, alíneas c) ou d).
c) As mercadorias foram vendidas pelo requerente após ter sido
detetado o seu caráter defeituoso ou a sua não conformidade
2. Se o pedido de reembolso ou de dispensa do pagamento com as estipulações do contrato.
se basear na existência, à data de aceitação da declaração de
introdução em livre prática das mercadorias, de um direito de
importação reduzido ou nulo, aplicável no âmbito de um con 4. Mediante pedido apresentado pela pessoa em causa, as
tingente pautal, de um teto pautal ou de outro regime pautal autoridades aduaneiras devem autorizar que, em vez de serem
favorável, o reembolso ou a dispensa do pagamento só são retiradas do território aduaneiro da União, as mercadorias sejam
concedidos se, no momento da entrega do pedido acompa sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo, designadamente a
nhado dos documentos necessários, estiver preenchida uma fim de serem inutilizadas, ao regime de trânsito externo, ao
das seguintes condições: regime de entreposto aduaneiro ou ao regime de zona franca.
Todavia, a emissão de um certificado incorreto não constitui um c) No caso de anulação de uma declaração aduaneira, no prazo
erro se o certificado se basear numa incorreta descrição dos específico previsto nas regras aplicáveis à anulação.
factos pelo exportador, exceto se for evidente que as autoridades
emissoras tinham ou deveriam ter tido conhecimento de que as
mercadorias não preenchiam as condições exigidas para o tra
tamento preferencial. Os prazos fixados nas alíneas a) e b) do primeiro parágrafo são
prorrogados se o requerente provar que foi impedido de apre
sentar um pedido no prazo previsto devido a circunstâncias
imprevistas ou em caso de força maior.
Deve considerar-se que o devedor agiu de boa-fé caso este possa
demonstrar que, durante o período das operações comerciais em
causa, diligenciou no sentido de assegurar o respeito de todas as
2. Se as autoridades aduaneiras não estiverem em posição de,
condições exigidas para o tratamento preferencial.
com base nos motivos aduzidos, conceder o reembolso ou a
dispensa de pagamento de um montante de direitos de impor
tação ou exportação, devem examinar os méritos do pedido de
reembolso ou de dispensa de pagamento com base nos outros
O devedor não pode, todavia, invocar a boa-fé caso a Comissão motivos de reembolso ou de dispensa de pagamento a que se
tenha publicado no Jornal Oficial da União Europeia um aviso que refere o artigo 103.o.
refira dúvidas fundadas sobre a correta aplicação do regime
preferencial pelo país ou território beneficiário.
Artigo 122.o
2. Considera-se que existem as circunstâncias especiais a que
se refere o n.o 1 quando, tendo em conta as circunstâncias do Delegação de poderes
caso, se torna manifesto que o devedor se encontra numa si
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
tuação excecional, em comparação com outros operadores que
do artigo 284.o, que estabelecem as regras que a Comissão deve
exercem a mesma atividade, e que, na ausência dessas circuns
cumprir para tomar a decisão a que se refere o artigo 116.o,
tâncias, não teria sofrido a desvantagem pela cobrança do mon
n.o 3, nomeadamente:
tante dos direitos de importação ou de exportação.
Artigo 124.o
i) Caso as mercadorias introduzidas em livre prática com isen
Extinção ção de direitos ou com uma taxa reduzida de direitos de
1. Sem prejuízo das disposições em vigor relativas à não importação em função da sua utilização específica tenham
cobrança do montante dos direitos de importação ou de expor sido exportadas com a autorização das autoridades aduanei
tação correspondente a uma dívida aduaneira no caso de insol ras;
vência do devedor verificada por via judicial, a dívida aduaneira
na importação ou na exportação extingue-se das seguintes for
mas: j) Caso a dívida aduaneira tenha sido constituída por força do
artigo 78.o e as formalidades cumpridas para permitir o
benefício do tratamento pautal preferencial previsto no refe
a) Quando o devedor já não puder ser notificado da dívida rido artigo sejam canceladas;
aduaneira, nos termos do artigo 103.o;
3. Caso, nos termos do n.o 1, alínea g), a dívida aduaneira 2. A obrigação referida no n.o 1 é dispensada:
seja extinta em relação a mercadorias introduzidas em livre
prática com isenção de direitos ou com uma taxa reduzida de
direitos de importação em função da sua utilização específica,
os resíduos e desperdícios resultantes da inutilização dessas a) Para os meios de transporte e as mercadorias neles trans
mercadorias são considerados mercadorias não-UE. portadas que apenas atravessem as águas territoriais ou o
espaço aéreo do território aduaneiro da União sem nele
fazerem escala; e
4. Aplicam-se as disposições em vigor relativas a taxas fixas
de perda irremediável por uma causa inerente à natureza da
mercadoria, no caso de a pessoa em causa não apresentar prova
de que a perda real foi superior à calculada pela aplicação da
taxa fixa correspondente à mercadoria em questão. b) Noutros casos, devidamente justificados pelo tipo de merca
dorias ou de tráfego, ou por exigências de acordos interna
cionais.
5. Caso várias pessoas sejam devedoras do montante dos
direitos de importação ou de exportação correspondente a
uma dívida aduaneira e seja concedida uma dispensa de paga
mento, a dívida aduaneira extingue-se somente em relação à 3. A declaração sumária de entrada deve ser entregue na
pessoa ou pessoas a quem é concedida a dispensa. primeira estância aduaneira de entrada dentro de um prazo
específico, antes da introdução das mercadorias no território
aduaneiro da União.
6. No caso referido no n.o 1, alínea k), a dívida aduaneira
não se extingue em relação à pessoa ou pessoas que tenha(m)
agido fraudulentamente.
As autoridades aduaneiras podem permitir que a declaração
o sumária de entrada seja entregue noutra estância aduaneira,
7. Caso tenha sido constituída nos termos do artigo 79. , a desde que esta comunique ou disponibilize os elementos neces
dívida aduaneira extingue-se em relação à pessoa que não tenha sários, imediatamente e por via eletrónica, à primeira estância
agido fraudulentamente e que tenha contribuído para a luta aduaneira de entrada.
contra a fraude.
Artigo 125.o
4. A entrega da declaração sumária de entrada cabe ao trans
Aplicação de sanções portador.
Sempre que a dívida aduaneira se extinga com base no ar
tigo 124.o, n.o 1, alínea h), tal não impede que os Estados-
-Membros apliquem sanções por incumprimento da legislação
aduaneira. Não obstante as obrigações do transportador, em alternativa a
declaração sumária de entrada pode ser entregue por uma das
seguintes pessoas:
Artigo 126.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos a) Pelo importador ou destinatário, ou por outra pessoa em
do artigo 284.o, a fim de determinar a lista de incumprimentos cujo nome ou por conta de quem o transportador atue;
que não têm consequências significativas para o bom funciona
mento do regime aduaneiro em causa, e complementar o ar
tigo 124.o, n.o 1, alínea h), subalínea i).
b) Por qualquer pessoa capaz de apresentar as mercadorias em
questão, ou de as mandar apresentar, à estância aduaneira de
TÍTULO IV entrada.
MERCADORIAS INTRODUZIDAS NO TERRITÓRIO
ADUANEIRO DA UNIÃO
Artigo 127.o
Entrega de uma declaração sumária de entrada 6. Em casos específicos, em que os elementos referidos no
n.o 5 não possam ser fornecidos pelas pessoas referidas no
1. As mercadorias introduzidas no território aduaneiro da n.o 4, pode o fornecimento desses elementos ser exigido a ou
União devem ser cobertas por uma declaração sumária de en tras pessoas que os detenham e que estejam devidamente habi
trada. litadas a facultá-los.
L 269/52 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Deixa de ser possível qualquer alteração depois de: a) Os casos em que a obrigação de entregar uma declaração
sumária de entrada é objeto de dispensa, nos termos do
artigo 127.o, n.o 2, alínea c);
a) As autoridades aduaneiras terem informado a pessoa que
entregou a declaração sumária de entrada de que tencionam
proceder à verificação das mercadorias; b) O prazo específico a que se refere o artigo 127.o, n.os 3 e 7,
dentro do qual deve ser entregue a declaração sumária de
entrada antes da introdução das mercadorias no território
b) As autoridades aduaneiras terem determinado que os ele aduaneiro da União, tendo em conta o tipo de mercadorias
mentos contidos na declaração sumária de entrada são in ou de tráfego;
corretos; ou
c) As mercadorias terem sido apresentadas à alfândega. c) Os casos a que se refere o artigo 127.o, n.o 6, e as outras
pessoas a quem pode ser exigido o fornecimento dos ele
mentos da declaração sumária de entrada nesses casos.
2. Se as mercadorias em relação às quais foi entregue uma
declaração sumária de entrada não forem introduzidas no ter
ritório aduaneiro da União, as autoridades aduaneiras anulam Artigo 132
essa declaração nos seguintes casos:
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução:
a) A pedido do declarante;
b) No prazo de 200 dias a contar da data de entrega da de a) As regras processuais aplicáveis à entrega da declaração su
claração. mária de entrada a que se refere o artigo 127.o;
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/53
b) As regras processuais aplicáveis ao fornecimento de elemen arqueológico e proteção da propriedade industrial e comercial,
tos da declaração sumária de entrada pelas outras pessoas a incluindo os controlos de precursores de drogas, de mercadorias
que se refere o artigo 127.o, n.o 6; que violem certos direitos de propriedade intelectual e de di
nheiro líquido, bem como à execução de medidas de conserva
ção e de gestão dos recursos da pesca e de medidas de política
c) O prazo de realização da análise de risco bem como da comercial.
tomada das medidas necessárias, em conformidade com o
disposto no artigo 128.o;
As mercadorias permanecem sob essa fiscalização o tempo ne
cessário para determinar o seu estatuto aduaneiro e não podem
d) As regras processuais aplicáveis à alteração da declaração ser subtraídas a essa fiscalização sem a autorização das autori
sumária de entrada, em conformidade com o artigo 129.o, dades aduaneiras.
n.o 1;
6. O n.o 1 não é aplicável aos meios de transporte que ape b) Ao encaminhamento das mercadorias a que se refere o ar
nas atravessem as águas territoriais ou o espaço aéreo do terri tigo 135.o, n.o 5.
tório aduaneiro da União sem nele fazerem escala, nem às
mercadorias neles transportadas.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 136.o
Secção 2
Serviços aéreos e marítimos intra-União
Apresentação, descarga e verificação das
Os artigos 127.o a 130.o e 133.o, o artigo 135.o, n.o 1, e os
mercadorias
artigos 137.o, 139.o a 141.o e 144.o a 149.o não são aplicáveis
às mercadorias não-UE nem às mercadorias a que se refere o
artigo 155.o, se tiverem saído temporariamente do território Artigo 139.o
aduaneiro da União, circulando entre dois pontos desse territó Apresentação das mercadorias à alfândega
rio por via marítima ou aérea, e se o transporte tiver sido
efetuado por linha direta, sem escala fora do território aduaneiro 1. As mercadorias introduzidas no território aduaneiro da
da União. União devem ser apresentadas à alfândega, imediatamente
após a sua chegada, à estância aduaneira designada, a qualquer
outro local designado ou aprovado pelas autoridades aduaneiras
ou à zona franca, por uma das seguintes pessoas:
Artigo 137.o
Encaminhamento em circunstâncias especiais
a) A pessoa que introduziu as mercadorias no território adua
1. Caso, na sequência de circunstâncias imprevistas ou em neiro da União;
caso de força maior, não possa ser cumprida a obrigação pre
vista no artigo 135.o, n.o 1, a pessoa sujeita ao cumprimento
dessa obrigação, ou qualquer outra pessoa que atue por conta b) A pessoa em cujo nome ou por conta de quem atue a pessoa
da primeira, deve informar imediatamente as autoridades adua que introduziu as mercadorias nesse território;
neiras dessa situação. Quando a circunstâncias imprevista ou o
caso de força maior não tiver dado origem à perda total das
mercadorias, as autoridades aduaneiras devem também ser in c) A pessoa que assumiu a responsabilidade pelo transporte das
formadas do local exato onde essas mercadorias se encontram. mercadorias após a sua introdução no território aduaneiro da
União.
b) O titular de uma autorização de exploração de instalações de território aduaneiro da União de mercadorias que já se encon
armazenamento ou qualquer pessoa que exerça uma ativi trem sujeitas a um regime de trânsito.
dade numa zona franca.
Artigo 143.o
6. O n.o 1 não obsta à aplicação de regras especiais no que
respeita a mercadorias transportadas nas zonas fronteiriças ou Atribuição de competências de execução
por canalizações ou fios, bem como a todo o tráfego de im A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
portância económica negligenciável, tais como cartas, postais e processuais aplicáveis à apresentação das mercadorias à alfân
impressos e seus equivalentes eletrónicos gravados noutros su dega a que se refere o artigo 139.o.
portes ou a mercadorias transportadas por viajantes, desde que
tal não comprometa a fiscalização aduaneira e as possibilidades
de controlo aduaneiro.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
7. As mercadorias apresentadas à alfândega não devem ser
retiradas do local onde foram apresentadas sem autorização das
autoridades aduaneiras. Secção 3
Depósito temporário de mercadorias
Todavia, não se exige esta autorização em caso de perigo imi Declaração de depósito temporário
nente que obrigue à descarga imediata, total ou parcial, das 1. As mercadorias não-UE apresentadas à alfândega devem
mercadorias. Nesse caso, as autoridades aduaneiras devem ser ser objeto de uma declaração de depósito temporário que con
imediatamente informadas do facto. tenha todos os elementos necessários para a aplicação das dis
posições que regem o depósito temporário.
Artigo 141.o
Mercadorias transportadas sob regime de trânsito 3. A declaração de depósito temporário deve ser entregue
por uma das pessoas a que se refere o artigo 139.o, n.os 1 ou
1. O artigo 135.o, n.os 2 a 6, e os artigos 139.o, 140.o e 2, o mais tardar no momento da apresentação das mercadorias
144. a 149.o não são aplicáveis em caso de introdução no
o
à alfândega.
L 269/56 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
4. Exceto em caso de dispensa da entrega de declaração 11. Para efeitos dos n.os 1 a 10, no caso de mercadorias não-
sumária de entrada, a declaração de depósito temporário deve -UE transportadas em regime de trânsito serem apresentadas à
fazer referência a qualquer declaração sumária de entrada en alfândega numa estância de destino situada no território adua
tregue para as mercadorias apresentadas à alfândega, exceto se neiro da União, considera-se que os elementos para a operação
estas já tiverem estado em depósito temporário ou estiverem de trânsito em causa constituem a declaração de depósito tem
sujeitas a um regime aduaneiro e não tiverem saído do território porário, desde que se encontrem preenchidos os requisitos para
aduaneiro da União. o efeito. No entanto, o detentor das mercadorias pode apresen
tar uma declaração de depósito temporário após o termo do
regime de trânsito.
5. As autoridades aduaneiras podem aceitar que a declaração
de depósito temporário assuma também uma das seguintes
formas: Artigo 146.o
Alteração e anulação da declaração de depósito temporário
a) Uma referência a qualquer declaração sumária de entrada 1. O declarante deve, mediante pedido, ser autorizado a al
entregue para as mercadorias em causa, complementada terar um ou mais elementos da declaração de depósito tempo
com os elementos de uma declaração de depósito temporá rário após a sua entrega. A alteração não pode ter por efeito
rio; fazer incidir a declaração sobre mercadorias distintas daquelas
que inicialmente abrangia.
a) Notificação da chegada a que se refere o artigo 133.o; ou b) No prazo de 30 dias a contar da data de entrega da decla
ração.
10. A declaração de depósito temporário é conservada pelas 2. Sem prejuízo do artigo 134.o, n.o 2, as mercadorias em
autoridades aduaneiras, ou fica acessível a estas autoridades, a depósito temporário só podem ser objeto de manipulações des
fim de verificar se as mercadorias a que se refere são posterior tinadas a assegurar a sua conservação em estado inalterado, sem
mente sujeitas a um regime aduaneiro ou reexportadas nos que seja modificada a sua apresentação ou características
termos do artigo 149.o. técnicas.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/57
3. O titular da autorização a que se refere o artigo 148.o, ou Caso seja prestada uma garantia global, o cumprimento das
a pessoa que armazena as mercadorias caso estas sejam arma obrigações inerentes a essa garantia é monitorizado mediante
zenadas noutros locais designados ou aprovados pelas autorida uma auditoria adequada.
des aduaneiras, é responsável por:
A autorização define as condições em que é permitida a explo a) A circulação deve ter lugar sob a responsabilidade de uma
ração de armazéns de depósito temporário. única autoridade aduaneira;
Artigo 153.o
Artigo 151.o
Presunção do estatuto aduaneiro de mercadorias UE
Delegação de poderes
1. Presume-se que todas as mercadorias que se encontrem no
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos território aduaneiro da União têm o estatuto aduaneiro de
do artigo 284.o, a fim de determinar: mercadorias UE, salvo se se comprovar que não são mercadorias
UE.
a) As condições de aprovação dos locais a que se refere o 2. Em casos específicos, em que não seja aplicável a presun
artigo 147.o, n.o 1; ção referida no n.o 1, é necessário provar o estatuto aduaneiro
das mercadorias UE.
Artigo 155.o
Mercadorias UE que saem temporariamente do território
d) À circulação de mercadorias em depósito temporário a que
aduaneiro da União
se refere o artigo 148.o, n.o 5.
1. Nos casos referidos no artigo 227.o, n.o 2, alíneas b) a f),
as mercadorias só mantêm o respetivo estatuto aduaneiro de
mercadorias UE se esse estatuto for estabelecido em determina
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento das condições e pelos meios estabelecidos na legislação adua
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. neira.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/59
2. Em casos específicos, as mercadorias UE podem circular, 3. As mercadorias UE declaradas para exportação, trânsito
sem estarem sujeitas a um regime aduaneiro, de um ponto do interno da União ou aperfeiçoamento passivo ficam sob fiscali
território aduaneiro da União para outro e, temporariamente, zação aduaneira a partir do momento da aceitação da declara
para fora desse território, sem alteração do seu estatuto adua ção aduaneira a que se refere o n.o 1 até que sejam retiradas do
neiro. território aduaneiro da União, sejam abandonadas a favor do
Estado ou inutilizadas, ou até à anulação da declaração adua
neira.
Artigo 156.o
Delegação de poderes
Artigo 159.o
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
do artigo 284.o, a fim de determinar: Estâncias aduaneiras competentes
1. Salvo disposição em contrário da legislação da União, os
Estados-Membros determinam a localização e as competências
a) Os casos em que não seja aplicável a presunção referida no
das diversas estâncias aduaneiras situadas no respetivo território.
artigo 153.o, n.o 1;
b) As condições para que seja concedida a facilitação no esta 2. Os Estados-Membros asseguram que o horário oficial de
belecimento da prova do estatuto aduaneiro de mercadorias funcionamento dessas estâncias seja razoável e adequado, tendo
UE; em conta a natureza do tráfego e das mercadorias, bem como
os regimes aduaneiros a que são sujeitas, por forma a evitar
obstáculos ou distorções do fluxo de tráfego internacional.
c) Os casos em que as mercadorias referidas no artigo 153.o,
n.o 3, não têm o estatuto aduaneiro de mercadorias UE;
Artigo 157.o
Atribuição de competências de execução Artigo 160.o
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras Delegação de poderes
processuais aplicáveis à apresentação e verificação da prova do A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
estatuto aduaneiro das mercadorias UE. do artigo 284.o, a fim de determinar os casos em que a decla
ração aduaneira pode ser entregue por meios que não sejam
técnicas de processamento eletrónico de dados, nos termos do
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento artigo 158.o, n.o 2.
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 158.o
a) À determinação das estâncias aduaneiras competentes que
Declaração aduaneira das mercadorias e fiscalização não as referidas no artigo 159.o, n.o 3, incluindo as estâncias
aduaneira das mercadorias UE aduaneiras de entrada e as estâncias aduaneiras de saída;
1. Qualquer mercadoria destinada a ser sujeita a um regime
aduaneiro, exceto o regime de zona franca, deve ser objeto de
uma declaração aduaneira específica para o regime aduaneiro b) À entrega da declaração aduaneira nos casos a que se refere
em causa. o artigo 158.o, n.o 2.
Secção 2 Secção 3
Declarações aduaneiras normalizadas Declarações aduaneiras simplificadas
Artigo 163.o
Documentos de suporte 2. A utilização regular da simplificação a que se refere o
1. Os documentos de suporte necessários à aplicação das n.o 1 fica sujeita a autorização das autoridades aduaneiras.
disposições que regem o regime aduaneiro para o qual são
declaradas as mercadorias devem estar na posse do declarante
e à disposição das autoridades aduaneiras no momento da en
trega da declaração aduaneira. Artigo 167.o
Declaração complementar
1. No caso de uma declaração simplificada ao abrigo do
2. Sempre que a legislação da União assim o exigir ou seja artigo 166.o ou de uma inscrição nos registos do declarante
necessário para os controlos aduaneiros, os documentos de ao abrigo do artigo 182.o, o declarante deve entregar na estân
suporte devem ser entregues às autoridades aduaneiras. cia aduaneira competente, dentro de um prazo específico, uma
declaração complementar que contenha os elementos necessá
rios para o regime aduaneiro em causa.
b) Relativas à disponibilização dos documentos de suporte a 3. As autoridades aduaneiras podem dispensar a declaração
que se refere o artigo 163.o, n.o 1. complementar caso estejam preenchidas as seguintes condições:
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento a) A declaração simplificada diz respeito a mercadorias de valor
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. e quantidade inferiores ao limiar estatístico;
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/61
b) A declaração simplificada já contém todas as informações Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
necessárias para o regime aduaneiro em causa; e de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 169.o
c) Pessoas que se encontrem estabelecidos num país cujo terri
Atribuição de competências de execução
tório seja adjacente ao território aduaneiro da União e apre
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras sentem as mercadorias a que se refere a declaração aduaneira
processuais para a entrega: numa estância aduaneira de fronteira da União adjacente a
esse país, desde que o país em que as pessoas se encontrem
estabelecidas conceda benefícios recíprocos às pessoas esta
belecidas no território aduaneiro da União.
a) Da declaração simplificada a que se refere o artigo 166.o;
b) Da declaração complementar a que se refere o artigo 167.o. 4. As declarações aduaneiras devem ser autenticadas.
L 269/62 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 172.o
Aceitação de uma declaração aduaneira b) Caso estejam convencidas de que, em consequência de cir
cunstâncias especiais, já não se justifica a sujeição das mer
1. As declarações aduaneiras que respeitem as condições es
cadorias ao regime aduaneiro para o qual foram declaradas.
tabelecidas no presente capítulo devem ser imediatamente acei
tes pelas autoridades aduaneiras, desde que as mercadorias a que
se referem tenham sido apresentadas à alfândega.
Não obstante, caso as autoridades aduaneiras tenham informado
o declarante da intenção de procederem à verificação das mer
cadorias, o pedido de anulação da declaração aduaneira não
2. A data de aceitação da declaração aduaneira pelas autori
pode ser aceite antes da realização dessa verificação.
dades aduaneiras é, salvo disposição em contrário, a data a
utilizar para a aplicação das disposições que regem o regime
aduaneiro para o qual as mercadorias são declaradas, bem como
para todas as outras formalidades de importação ou de expor 2. Salvo disposição em contrário, a declaração aduaneira não
tação. pode ser anulada após a autorização de saída das mercadorias.
Artigo 176.o
2. Tal alteração não pode ser autorizada se o respetivo pe
dido tiver sido formulado depois de as autoridades aduaneiras: Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
processuais aplicáveis:
a) Terem informado o declarante da sua intenção de proceder à
verificação das mercadorias;
a) À entrega da declaração aduaneira nos termos do ar
tigo 171.o;
b) Terem determinado que os elementos da declaração adua
neira são incorretos;
b) À aceitação da declaração aduaneira a que se refere o ar
tigo 172.o, incluindo a aplicação dessas regras nos casos a
que se refere o artigo 179.o;
c) Terem autorizado a saída das mercadorias.
Artigo 177.o
a) Fiscalizar a sujeição das mercadorias ao regime aduaneiro em
Simplificação do preenchimento das declarações aduaneiras causa;
para as mercadorias classificadas em diferentes subposições
pautais
1. Caso uma mesma remessa seja composta por mercadorias b) Proceder aos controlos aduaneiros de conferência da decla
classificadas em diferentes subposições pautais e o tratamento ração aduaneira a que se refere o artigo 188.o, alíneas a) e b);
de cada uma dessas mercadorias, em função da respetiva sub
posição pautal, envolver, para o preenchimento da declaração
aduaneira, operações e despesas desproporcionadas em relação
ao montante dos direitos de importação ou de exportação que c) Em casos justificados, solicitar à estância aduaneira em que
lhes são aplicáveis, as autoridades aduaneiras podem, a pedido são apresentadas as mercadorias que proceda aos controlos
do declarante, aceitar que a totalidade da remessa seja tributada aduaneiros de conferência da declaração aduaneira a que se
em função da subposição pautal da mercadoria sujeita ao direito refere o artigo 188.o, alíneas c) e d); e
de importação ou de exportação mais elevado.
Artigo 183.o
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão
da autorização a que se refere o artigo 182.o, n.o 1.
Artigo 182.o
Inscrição nos registos do declarante
1. As autoridades aduaneiras podem, mediante pedido, auto Artigo 184.o
rizar uma pessoa a entregar uma declaração aduaneira, in Atribuição de competências de execução
cluindo uma declaração simplificada, sob a forma de inscrição
nos registos do declarante, desde que os elementos da declara A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
ção estejam à disposição das autoridades aduaneiras, no sistema processuais aplicáveis à inscrição nos registos do declarante a
eletrónico do declarante, no momento da entrega da declaração que se refere o artigo 182.o, incluindo as formalidades e con
aduaneira sob a forma de inscrição nos registos do declarante. trolos aduaneiros pertinentes.
Artigo 185.o
3. As autoridades aduaneiras podem, mediante pedido, con Autoavaliação
ceder uma dispensa da obrigação de apresentar as mercadorias.
Nesse caso, considera-se que a saída das mercadorias foi auto 1. As autoridades aduaneiras podem, mediante pedido, auto
rizada no momento da inscrição nos registos do declarante. rizar um operador económico a executar determinadas forma
lidades aduaneiras que cabem às autoridades aduaneiras, deter
minar o montante dos direitos de importação e de exportação
devidos, assim como executar determinados controlos sob fis
calização aduaneira.
A dispensa só pode ser concedida se estiverem preenchidas
cumulativamente as seguintes condições:
a) As condições de concessão da autorização a que se refere o 2. O declarante tem o direito de assistir à verificação das
artigo 185.o, n.o 1; mercadorias e à extração de amostras, ou de nelas se fazer
representar. Caso considerem que há motivos razoáveis para
tal, as autoridades aduaneiras podem exigir que o declarante
assista a essa verificação ou extração de amostras ou nelas se
b) As formalidades e controlos aduaneiros a executar pelo titu faça representar, ou que lhes preste a assistência necessária para
lar da autorização a que se refere o artigo 185.o, n.o 1. as facilitar.
Artigo 187.o
3. Desde que seja efetuada em conformidade com as dispo
Atribuição de competências de execução sições em vigor, a extração de amostras não dá lugar a ne
nhuma indemnização por parte das autoridades aduaneiras,
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras mas as despesas de análise ou de controlo são suportadas por
processuais aplicáveis às formalidades e controlos aduaneiros a estas últimas.
executar pelo titular da autorização nos termos do artigo 185.o,
n.o 1.
Artigo 190.o
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento Verificação e extração de amostras parciais das mercadorias
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
1. Caso só parte das mercadorias cobertas pela declaração
aduaneira tenha sido objeto de verificação ou de extração de
amostras, os resultados da verificação parcial ou da análise ou
CAPÍTULO 3 controlo das amostras são válidos para todas as mercadorias
cobertas pela mesma declaração.
Conferência e autorização de saída das mercadorias
Secção 1
Conferência Não obstante, o declarante pode requerer uma verificação ou
uma extração de amostras suplementares das mercadorias caso
Artigo 188.o considere que os resultados da verificação parcial ou da análise
ou controlo das amostras não são válidos para as restantes
Conferência de uma declaração aduaneira mercadorias declaradas. O pedido é deferido se as mercadorias
ainda não tiverem obtido autorização de saída ou, se a autori
Para a conferência da exatidão dos elementos de uma declaração zação já tiver sido concedida, se o declarante provar que as
aduaneira que tenha sido aceite, as autoridades aduaneiras po mercadorias se mantêm inalteradas.
dem:
a) Verificar a declaração, bem como os documentos de suporte; 2. Para efeitos da aplicação do n.o 1, caso uma declaração
aduaneira cubra mercadorias previstas em duas ou mais adições,
considera-se que os elementos relativos às mercadorias previstas
em cada adição constituem uma declaração separada.
b) Exigir ao declarante a apresentação de outros documentos;
Artigo 191.o
c) Verificar as mercadorias;
Resultados da conferência da declaração
1. Os resultados da conferência da declaração aduaneira ser
d) Extrair amostras com vista à sua análise ou a uma verificação vem de base à aplicação das disposições que regem o regime
mais aprofundada das mercadorias. aduaneiro a que as mercadorias se encontram sujeitas.
Artigo 192.o Para efeitos da aplicação do n.o 1, caso uma declaração adua
neira cubra mercadorias previstas em duas ou mais adições,
Medidas de identificação considera-se que os elementos relativos às mercadorias previstas
1. As autoridades aduaneiras ou, quando for caso disso, os em cada adição constituem uma declaração separada.
operadores económicos por elas autorizados para o efeito de
vem adotar medidas que permitam a identificação das merca
dorias, caso essa identificação seja necessária para garantir a Artigo 195.o
observância das disposições que regem o regime aduaneiro
para o qual foram declaradas as mercadorias. Autorização de saída subordinada ao pagamento do
montante dos direitos de importação ou de exportação
correspondente à dívida aduaneira ou à prestação de uma
garantia
Essas medidas de identificação têm os mesmos efeitos jurídicos
em todo o território aduaneiro da União. 1. Caso a sujeição de uma mercadoria a um regime adua
neiro tenha por efeito a constituição de uma dívida aduaneira, a
autorização de saída das mercadorias fica subordinada ao paga
mento do montante dos direitos de importação ou de exporta
2. Os meios de identificação apostos nas mercadorias, nas ção correspondente à dívida aduaneira ou à prestação de uma
embalagens ou nos meios de transporte apenas podem ser re garantia para cobrir essa dívida.
movidos ou inutilizados pelas autoridades aduaneiras ou, com
autorização dessas autoridades, pelos operadores económicos,
salvo se, na sequência de circunstâncias imprevistas ou em Todavia, sem prejuízo do terceiro parágrafo, o primeiro pará
caso de força maior, a remoção ou inutilização se revelarem grafo não é aplicável ao regime de importação temporária com
indispensáveis para garantir a proteção das mercadorias ou dos franquia parcial de direitos de importação.
meios de transporte.
2. As mercadorias não-UE que tenham sido abandonadas a c) Ao abandono a favor do Estado nos termos do artigo 199.o.
favor do Estado, apreendidas ou confiscadas consideram-se su
jeitas ao regime de entreposto aduaneiro. Devem ser inscritas
nos registos do operador do entreposto aduaneiro ou, quando
estiverem detidas pelas autoridades aduaneiras, por estas últi Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
mas. de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
L 269/68 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
CAPÍTULO 1
Artigo 203.o
c) A aplicação de medidas de política comercial, bem como de
proibições e restrições, desde que estas não devam ser apli Âmbito e efeitos
cadas numa fase anterior; e 1. As mercadorias não-UE que, tendo sido exportadas inicial
mente como mercadorias da União a partir do território adua
neiro da União, nele sejam reintroduzidas no prazo de três anos
d) O cumprimento das outras formalidades previstas no que e declaradas para introdução em livre prática, beneficiam, a
respeita à importação das mercadorias. pedido da pessoa em causa, da franquia de direitos de impor
tação.
3. Caso os produtos transformados obtidos no âmbito do Caso o fim para o qual as mercadorias em causa se destinem a
regime de aperfeiçoamento ativo sejam introduzidos em livre ser introduzidas em livre prática já não for o mesmo, ao mon
prática e o cálculo do montante dos direitos de importação seja tante do direito de importação é deduzido o montante even
efetuado nos termos do artigo 85.o, n.o 1, as medidas de política tualmente cobrado na primeira introdução das mercadorias em
comercial aplicáveis a essas mercadorias só se aplicam quando livre prática. Se este último montante for superior ao que resulta
as mercadorias que foram sujeitas ao regime de aperfeiçoamento da introdução em livre prática das mercadorias de retorno, não
ativo estiverem sujeitas a essas medidas. é concedido nenhum reembolso.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/69
4. Os n.os 1 a 3 são aplicáveis às mercadorias UE que te a) Os casos em que se considera que as mercadorias retornam
nham perdido o estatuto aduaneiro de mercadorias UE nos no estado em que se encontravam quando foram exportadas;
termos do artigo 154.o e que sejam seguidamente introduzidas
em livre prática.
b) Os casos específicos a que se refere o artigo 204.o.
CAPÍTULO 1
i) estão preenchidos todos os requisitos do regime,
Disposições gerais
Artigo 211.o
g) O pedido não diz respeito à exploração de instalações de
Autorização armazenamento para o entreposto aduaneiro de mercadorias;
1. É necessária uma autorização das autoridades aduaneiras
para:
h) Caso um pedido diga respeito à renovação de uma autori
zação para o mesmo tipo de operações e mercadorias, o
pedido é apresentado no prazo de três anos após a data
a) O recurso aos regimes de aperfeiçoamento ativo ou passivo,
do fim de validade da autorização original.
de importação temporária ou de destino especial;
c) Nos casos em que uma dívida aduaneira ou outras imposi Artigo 213.o
ções possam vir a ser constituídas relativamente às merca
dorias sujeitas a um regime especial, prestarem uma garantia Atribuição de competências de execução
nos termos do artigo 89.o; A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
processuais aplicáveis à análise das condições económicas a que
se refere o artigo 211.o, n.o 6.
d) No caso dos regimes de importação temporária ou de aper
feiçoamento ativo, utilizarem ou mandarem utilizar as mer
cadorias ou efetuarem ou mandarem efetuar as operações de Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
aperfeiçoamento das mercadorias, respetivamente. de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
4. Salvo disposição em contrário, o apuramento do regime b) Determinem as manipulações usuais das mercadorias sujeitas
deve ser feito dentro de um determinado prazo. ao regime de entreposto aduaneiro ou de aperfeiçoamento
ou colocadas numa zona franca a que se refere o ar
tigo 220.o.
Artigo 216.o
Delegação de poderes
Artigo 222.o
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
do artigo 284.o, a fim de determinar o prazo a que se refere o Atribuição de competências de execução
artigo 215.o, n.o 4.
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
processuais aplicáveis:
Artigo 217.o
Atribuição de competências de execução a) À transferência dos direitos e obrigações do titular de um
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras regime aduaneiro, no que respeita a mercadorias que tenham
processuais aplicáveis ao apuramento de um regime especial a sido sujeitas a um regime especial distinto do regime de
que se refere o artigo 216.o. trânsito, nos termos do artigo 218.o;
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento b) À circulação de mercadorias sujeitas a um regime especial
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. distinto do regime de trânsito ou colocadas numa zona
franca, nos termos do artigo 219.o.
Artigo 218.o
Transferência de direitos e obrigações Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Os direitos e obrigações do titular de um regime aduaneiro, no
que respeita a mercadorias que tenham sido sujeitas a um re
gime especial distinto do regime de trânsito, podem ser trans
feridos na totalidade ou em parte para outra pessoa que reúna Artigo 223.o
as condições estabelecidas para o regime em causa.
Mercadorias equivalentes
1. Por mercadorias equivalentes entendem-se as mercadorias
Artigo 219.o UE que são armazenadas, utilizadas ou transformadas em vez
das mercadorias sujeitas a um regime especial.
Circulação de mercadorias
Em casos específicos, as mercadorias sujeitas a um regime es
pecial distinto do regime de trânsito ou colocadas numa zona
Ao abrigo do regime de aperfeiçoamento passivo, as mercado
franca podem circular entre diferentes locais no território adua
rias equivalentes consistem em mercadorias não-UE que são
neiro da União.
transformadas em vez das mercadorias UE sujeitas a esse
regime.
Artigo 220.o
Manipulações usuais Salvo disposição em contrário, as mercadorias equivalentes de
As mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro ou vem ter o mesmo código de oito dígitos da Nomenclatura
de aperfeiçoamento ou colocadas numa zona franca podem ser Combinada, a mesma qualidade comercial e as mesmas carac
sujeitas às manipulações usuais destinadas a assegurar a sua terísticas técnicas que as mercadorias que substituem.
conservação, a melhorar a sua apresentação ou qualidade co
mercial ou a preparar a sua distribuição ou revenda.
2. Na condição de estar assegurado o correto funcionamento
do regime, nomeadamente no que respeita à fiscalização adua
Artigo 221.o neira, as autoridades aduaneiras autorizam, mediante pedido:
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos
a) A utilização de mercadorias equivalentes ao abrigo de um
do artigo 284.o, que:
regime de entreposto aduaneiro, zona franca, destino espe
cial e aperfeiçoamento;
a) Estabeleçam os casos e as condições aplicáveis à circulação
de mercadorias sujeitas a um regime especial distinto do
regime de trânsito ou colocadas numa zona franca, nos b) A utilização de mercadorias equivalentes ao abrigo do re
termos do artigo 219.o; gime de importação temporária, em casos específicos;
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/73
c) No caso do regime de aperfeiçoamento ativo, a exportação b) As condições ao abrigo das quais as mercadorias equivalentes
de produtos transformados obtidos a partir de mercadorias são utilizadas nos termos do artigo 223.o, n.o 2;
equivalentes antes da importação das mercadorias que subs
tituem;
c) Os casos específicos em que as mercadorias equivalentes são
utilizadas ao abrigo do regime de importação temporária,
d) No caso do regime de aperfeiçoamento passivo, a importa nos termos do artigo 223.o, n.o 2, alínea b);
ção de produtos transformados obtidos a partir de mercado
rias equivalentes antes da exportação das mercadorias que
substituem.
d) Os casos em que não é autorizada a utilização de mercado
rias equivalentes, em conformidade com o artigo 223.o,
n.o 3, alínea c).
Considera-se que um operador económico autorizado para sim
plificações aduaneiras preenche a condição da garantia do cor
reto funcionamento do regime desde que a atividade subjacente
à utilização de mercadorias equivalentes para o regime em causa Artigo 225.o
seja tida em consideração a autorização a que se refere o ar Atribuição de competências de execução
tigo 38.o, n.o 2, alínea a).
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
processuais aplicáveis à utilização de mercadorias equivalentes
autorizada nos termos do artigo 223.o, n.o 2.
3. A utilização de mercadorias equivalentes não é autorizada
em nenhum dos seguintes casos:
Trânsito
b) Se estiver prevista a proibição do draubaque ou a isenção de
direitos de importação para mercadorias não originárias uti Secção 1
lizadas no fabrico de produtos transformados no âmbito do
regime de aperfeiçoamento ativo, relativamente aos quais Trânsito externo e trânsito interno
seja emitida uma prova de origem no quadro de um regime
preferencial entre a União e determinados países ou territó Artigo 226.o
rios situados fora do território aduaneiro da União ou gru
pos desses países ou territórios; Trânsito externo
1. Ao abrigo do regime de trânsito externo, as mercadorias
não-UE podem circular de um ponto para outro do território
c) Se conduzir a vantagens injustificadas em matéria de direitos aduaneiro da União, sem serem sujeitas:
de importação ou se a legislação da União assim o determi
nar.
a) A direitos de importação;
a) Ao abrigo do regime de trânsito externo da União; d) Ao abrigo do Manifesto Renano (artigo 9.o da Convenção
Revista para a Navegação no Reno);
Artigo 228.o
c) Nos termos da Convenção ATA/Convenção de Istambul, Território único para efeitos de trânsito
caso exista uma circulação em trânsito;
Caso as mercadorias sejam transportadas de um ponto do ter
ritório aduaneiro da União para outro em conformidade com a
Convenção TIR, com a Convenção ATA/Convenção de Istam
d) Ao abrigo do Manifesto Renano (artigo 9.o da Convenção bul, ao abrigo do formulário 302 ou ao abrigo do sistema
Revista para a Navegação no Reno); postal, considera-se, para efeitos desse transporte, que o territó
rio aduaneiro da União constitui um único território.
b) As condições de concessão da autorização a que se refere o 4. Mediante pedido, as autoridades aduaneiras podem auto
artigo 230.o. rizar qualquer das seguintes simplificações no que respeita à
sujeição das mercadorias ao regime de trânsito da União ou
ao termo desse regime:
Artigo 232.o
Atribuição de competências de execução a) O estatuto de expedidor autorizado, que permite ao titular
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras da autorização sujeitar mercadorias ao regime de trânsito da
processuais para a aplicação do artigo 226.o, n.o 3, alíneas b) a União sem as apresentar à alfândega;
f), e do artigo 227.o, n.o 2, alíneas b) a f), no território adua
neiro da União, tendo em conta as necessidades da União.
b) O estatuto de destinatário autorizado, que permite ao titular
da autorização receber mercadorias que circulem ao abrigo
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento do regime de trânsito da União para um local autorizado,
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. para pôr termo ao regime nos termos do artigo 233.o, n.o 2;
Artigo 233.o
Obrigações do titular do regime de trânsito da União e do d) A utilização de uma declaração aduaneira com um número
transportador e do destinatário de mercadorias que reduzido de informações obrigatórias para sujeitar as merca
circulem ao abrigo do regime de trânsito da União dorias ao regime de trânsito da União;
1. O titular do regime de trânsito da União é responsável
por:
e) A utilização de um documento de transporte eletrónico
como declaração aduaneira para sujeitar as mercadorias ao
regime de trânsito da União, desde que contenha os elemen
a) Apresentar as mercadorias intactas e as informações neces tos dessa declaração e esses elementos estejam disponíveis
sárias na estância aduaneira de destino no prazo fixado, para as autoridades aduaneiras à partida e à chegada, a fim
respeitando as medidas adotadas pelas autoridades aduanei de permitir a fiscalização aduaneira das mercadorias e o
ras para garantir a sua identificação; apuramento do regime.
Armazenamento
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento
Secção 1 de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Disposições comuns
Secção 2
o
Artigo 237. Entreposto aduaneiro
Âmbito
Artigo 240.o
1. Ao abrigo de um regime de armazenamento, as mercado
rias não-UE podem ser armazenadas no território aduaneiro da Armazenamento em entreposto aduaneiro
União sem serem sujeitas:
1. Ao abrigo do regime de entreposto aduaneiro, as merca
dorias não-UE podem ser armazenadas em instalações ou quais
quer outros locais autorizados para esse regime pelas autorida
a) A direitos de importação; des aduaneiras, sujeitos a fiscalização aduaneira ("entrepostos
aduaneiros").
Artigo 244.o
o
Artigo 242.
Edifícios e atividades nas zonas francas
Responsabilidades do titular da autorização ou do regime
1. A construção de edifícios numa zona franca está sujeita a
1. O titular da autorização e o titular do regime são respon autorização prévia das autoridades aduaneiras.
sáveis por:
Os Estados-Membros devem determinar os limites geográficos c) Sejam sujeitas ao regime de zona franca para beneficiarem de
de cada zona franca e definir os respetivos pontos de entrada e uma decisão de concessão de reembolso ou dispensa de
de saída. pagamento dos direitos de importação;
L 269/78 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
d) Se tais formalidades estiverem previstas noutra legislação que o regime em causa o permita, o n.o 1 não obsta à utilização
para além da legislação aduaneira. ou ao consumo de mercadorias que, no caso de introdução em
livre prática ou de importação temporária, não estariam sujeitas
à aplicação de direitos de importação ou de medidas estabele
2. Não devem ser apresentadas à alfândega as mercadorias cidas no âmbito das políticas agrícola e comercial comuns.
que tenham sido introduzidas numa zona franca em circuns
tâncias diferentes das previstas no n.o 1.
No caso de tal utilização ou consumo, não é exigida qualquer
declaração aduaneira de introdução em livre prática ou de im
3. Sem prejuízo do disposto no artigo 246.o, considera-se portação temporária.
que as mercadorias introduzidas numa zona franca estão sujei
tas ao regime de zona franca:
Todavia, essa declaração é exigida se as mercadorias em causa
estiverem sujeitas a contingentes ou a tetos pautais.
a) No momento em que entram numa zona franca, exceto se já
tiverem sido sujeitas a outro regime aduaneiro; ou
Artigo 248.o
Retirada de mercadorias de uma zona franca
b) No momento em que termina o regime de trânsito, exceto se
forem imediatamente sujeitas a um regime aduaneiro subse 1. Sem prejuízo da legislação aplicável noutros domínios
quente. para além do aduaneiro, as mercadorias que se encontrem
numa zona franca podem ser exportadas ou reexportadas do
território aduaneiro da União ou introduzidas noutra parte
desse território.
Artigo 246.o
Mercadorias UE em zonas francas
2. Os artigos 134.o a 149.o aplicam-se às mercadorias reti
1. As mercadorias UE podem ser introduzidas, armazenadas,
radas de uma zona franca e introduzidas noutras partes do
deslocadas, utilizadas, transformadas ou consumidas numa zona
território aduaneiro da União.
franca. Nesses casos, considera-se que as mercadorias não se
encontram sujeitas ao regime de zona franca.
Artigo 249.o
2. Mediante pedido da pessoa em causa, as autoridades adua Estatuto aduaneiro
neiras devem estabelecer o estatuto aduaneiro de mercadorias
UE das seguintes mercadorias: Caso as mercadorias sejam retiradas de uma zona franca e
introduzidas noutra parte do território aduaneiro da União ou
sejam sujeitas a um regime aduaneiro, devem ser consideradas
mercadorias não-UE, a não ser que tenha sido comprovado o
a) Mercadorias UE que sejam introduzidas numa zona franca; seu estatuto aduaneiro de mercadorias UE.
b) Mercadorias UE que tenham sido sujeitas a operações de No entanto, para efeitos da aplicação de direitos de exportação,
aperfeiçoamento numa zona franca; licenças de exportação ou medidas de controlo da exportação,
previstos no âmbito das políticas agrícola e comercial comuns,
essas mercadorias devem ser consideradas mercadorias UE, salvo
c) Mercadorias introduzidas em livre prática numa zona franca. se se comprovar que não possuem o estatuto aduaneiro de
mercadoria UE.
Artigo 247.o
CAPÍTULO 4
Mercadorias não-UE em zonas francas
Utilização específica
1. As mercadorias não-UE podem, durante o período de per
manência numa zona franca, ser introduzidas em livre prática
Secção 1
ou sujeitas aos regimes de aperfeiçoamento ativo, de importação
temporária ou de destino especial, nas condições previstas para Importação temporária
esses regimes.
Artigo 250.o
a) A outras imposições previstas noutras disposições em vigor 4. O período global durante o qual as mercadorias podem
aplicáveis; permanecer sob o regime de importação temporária não deve
exceder 10 anos, exceto em caso de acontecimento imprevisível.
3. Quando as mercadorias forem suscetíveis de utilizações A taxa de rendimento ou a taxa média de rendimento devem
repetidas e as autoridades aduaneiras o considerem adequado ser determinadas em função das condições reais em que é efe
a fim de evitar abusos, deve prosseguir a fiscalização aduaneira tuada ou deva ser efetuada a operação de aperfeiçoamento. Se
por um período que não exceda dois anos após a data da sua for caso disso, essa taxa pode ser ajustada nos termos do ar
primeira utilização para os fins especificados da isenção de tigo 28.o.
direitos ou da redução da taxa do direito.
Secção 2
4. Ao abrigo do regime de destino especial, a fiscalização Aperfeiçoamento ativo
aduaneira termina quando as mercadorias:
Artigo 256.o
Âmbito
a) Tiverem sido utilizadas para os fins especificados para a 1. Sem prejuízo do artigo 223.o, ao abrigo do regime de
aplicação da isenção de direitos ou da redução da taxa do aperfeiçoamento ativo as mercadorias não-UE podem ser utili
direito; zadas no território aduaneiro da União para uma ou várias
operações de aperfeiçoamento sem que sejam sujeitas a:
Secção 1
Disposições gerais b) Mercadorias que devam ser submetidas a manipulações
usuais nos termos do artigo 220.o.
Artigo 255.o
Taxa de rendimento Artigo 257.o
Exceto nos casos em que a taxa de rendimento tenha sido Período de apuramento
estabelecida em legislação específica da União, as autoridades
aduaneiras devem fixar a taxa de rendimento ou a taxa média 1. As autoridades aduaneiras devem determinar o período
de rendimento da operação de aperfeiçoamento ou, se for caso durante o qual deve ser apurado o regime de aperfeiçoamento
disso, o modo de determinação dessa taxa. ativo, nos termos do artigo 216.o.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/81
Esse período começa a correr na data em que as mercadorias mercadorias podem ser introduzidos em livre prática com fran
não-UE são sujeitas ao regime, devendo ter em conta o tempo quia total ou parcial de direitos de importação, a pedido do
necessário para efetuar as operações de aperfeiçoamento e para titular da autorização ou de qualquer outra pessoa estabelecida
apurar o regime. no território aduaneiro da União, desde que essa pessoa tenha
obtido o consentimento do referido titular e estejam reunidas as
condições da autorização.
2. As autoridades aduaneiras podem prorrogar o período
especificado no n.o 1 por um lapso de tempo razoável, me 2. Não é autorizado o recurso ao regime de aperfeiçoamento
diante apresentação de um pedido devidamente justificado por passivo relativamente a mercadorias UE:
parte do titular da autorização.
O período referido no primeiro parágrafo é fixado em meses, d) Relativamente às quais seja concedida uma vantagem finan
não devendo exceder seis meses. Esse período começa a correr ceira distinta das restituições referidas na alínea c), no âmbito
na data de aceitação da declaração de exportação dos produtos da política agrícola comum, em virtude da sua exportação.
transformados obtidos a partir das mercadorias equivalentes
correspondentes.
3. As autoridades aduaneiras devem fixar o período durante
o qual as mercadorias exportadas temporariamente devem ser
reimportadas para o território aduaneiro da União sob a forma
4. A pedido do titular da autorização, o período de seis de produtos transformados e introduzidas em livre prática para
meses referido no n.o 3 pode ser alargado mesmo após a sua poderem beneficiar da franquia total ou parcial de direitos de
expiração, desde que o período total não exceda 12 meses. importação. As autoridades aduaneiras podem conceder uma
prorrogação desse período por um lapso de tempo razoável,
mediante apresentação de um pedido devidamente justificado
por parte do titular da autorização.
Artigo 258.o
Reexportação temporária para operações de
aperfeiçoamento complementares Artigo 260.o
Secção 3 2. O n.o 1 não é aplicável caso esse defeito tenha sido dete
tado no momento da primeira introdução em livre prática das
Aperfeiçoamento passivo mercadorias em causa.
Artigo 259.o
Artigo 261.o
Âmbito
Sistema de trocas comerciais padrão
1. Ao abrigo do regime de aperfeiçoamento passivo, as mer
cadorias UE podem ser exportadas temporariamente do territó 1. Ao abrigo do sistema de trocas comerciais padrão, um
rio aduaneiro da União para serem submetidas a operações de produto importado ("produto de substituição") pode, nos ter
aperfeiçoamento. Os produtos transformados resultantes dessas mos dos n.os 2 a 5, substituir um produto transformado.
L 269/82 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 263.o
3. Os produtos de substituição devem ter o mesmo código Entrega da declaração prévia de saída
de oito dígitos da Nomenclatura Combinada, a mesma quali
dade comercial e as mesmas características técnicas que as mer 1. As mercadorias destinadas a ser retiradas do território
cadorias defeituosas, se estas últimas tivessem sido objeto de aduaneiro da União devem estar cobertas por uma declaração
reparação. prévia de saída, que deve ser entregue na estância aduaneira
competente dentro de um prazo específico antes de as merca
dorias serem retiradas do território aduaneiro da União.
Artigo 262.o
a) Uma declaração aduaneira, quando as mercadorias a retirar
Importação antecipada de produtos de substituição do território aduaneiro da União estiverem sujeitas a um
1. As autoridades aduaneiras devem, nas condições por elas regime aduaneiro para o qual seja exigida essa declaração;
estabelecidas e mediante pedido da pessoa em causa, autorizar
que os produtos de substituição sejam importados antes da
exportação das mercadorias defeituosas. b) Uma declaração de reexportação, nos termos do ar
tigo 270.o;
A importação antecipada de um produto de substituição implica c) Uma declaração sumária de saída, nos termos do ar
a prestação de uma garantia que cubra o montante dos direitos tigo 271.o.
de importação que seria devido se as mercadorias defeituosas
não fossem exportadas nos termos do n.o 2.
4. A declaração prévia de saída deve conter os elementos
necessários para a análise de risco para fins de proteção e
2. As mercadorias defeituosas devem ser exportadas no segurança.
prazo de dois meses a contar da data de aceitação pelas auto
ridades aduaneiras da declaração de introdução em livre prática
dos produtos de substituição. Artigo 264.o
Análise de risco
A estância aduaneira na qual for entregue a declaração prévia de
3. Caso, em circunstâncias excecionais, não seja possível ex saída referida no artigo 263.o deve assegurar que, dentro de um
portar as mercadorias defeituosas no prazo fixado no n.o 2, as prazo específico, seja efetuada uma análise de risco, essencial
autoridades aduaneiras podem conceder uma prorrogação desse mente para fins de segurança e proteção, com base nessa de
prazo por um lapso de tempo razoável, mediante pedido devi claração, e sejam tomadas as medidas necessárias em função dos
damente justificado apresentado pelo titular da autorização. resultados dessa análise.
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/83
CAPÍTULO 2
4. A autorização de saída é concedida pelas autoridades
aduaneiras na condição de as mercadorias em causa serem re
Formalidades para a saída de mercadorias tiradas do território aduaneiro da União no estado em que se
encontravam no momento em que:
Artigo 267.o
Fiscalização aduaneira e formalidades de saída
a) Foi aceite a declaração aduaneira ou de reexportação; ou
1. As mercadorias destinadas a ser retiradas do território
aduaneiro da União ficam sujeitas a fiscalização aduaneira e
podem ser submetidas a controlos aduaneiros. Se necessário, b) Foi entregue a declaração sumária de saída.
as autoridades aduaneiras podem determinar o itinerário a se
guir e o prazo a respeitar para a retirada das mercadorias do
território aduaneiro da União.
Artigo 268.o
Atribuição de competências de execução
2. As mercadorias destinadas a ser retiradas do território A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras
aduaneiro da União devem ser apresentadas à alfândega na saída processuais respeitantes à saída a que se refere o artigo 267.o.
por uma das seguintes pessoas:
CAPÍTULO 3
b) A pessoa em cujo nome ou por conta de quem atue a pessoa Exportação e reexportação
que retira as mercadorias do território aduaneiro da União;
Artigo 269.o
Exportação de mercadorias UE
c) A pessoa que assume a responsabilidade pelo transporte das
mercadorias antes da sua saída do território aduaneiro da 1. As mercadorias UE destinadas a ser retiradas do território
União. aduaneiro da União devem ser sujeitas ao regime de exportação.
L 269/84 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
2. O n.o 1 não é aplicável às seguintes mercadorias UE: declaração aduaneira ou uma declaração de reexportação, como
declaração prévia de saída, deve ser entregue uma declaração
sumária de saída na estância aduaneira de saída.
a) Mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento passivo;
b) Mercadorias retiradas do território aduaneiro da União de As autoridades aduaneiras podem permitir que a declaração
pois de terem sido sujeitas ao regime de destino especial; sumária de saída seja entregue a outra estância aduaneira, desde
que esta comunique ou disponibilize imediatamente à estância
aduaneira de saída, por via eletrónica, os elementos necessários.
c) Mercadorias fornecidas, com isenção de IVA ou de imposto
especial de consumo, como abastecimento de aeronaves ou
de navios, independentemente do destino da aeronave ou do 2. A entrega da declaração sumária de saída cabe ao trans
navio, em relação às quais seja exigida uma prova do abas portador.
tecimento;
d) Mercadorias sujeitas ao regime de trânsito interno; Não obstante as obrigações do transportador, a declaração su
mária de saída pode ser entregue alternativamente por uma das
seguintes pessoas:
e) Mercadorias temporariamente retiradas do território adua
neiro da União nos termos do artigo 155.o.
b) Terem verificado que um ou vários dos elementos da decla 3. A notificação de reexportação deve conter os elementos
ração sumária de saída são inexatos ou incompletos; necessários para apurar o regime de zona franca ou pôr termo
ao depósito temporário.
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras 1. Mediante pedido apresentado pelo declarante, este pode
processuais aplicáveis: ser autorizado a alterar um ou mais elementos da notificação
de reexportação após a sua entrega.
Artigo 274.o
2. Se as mercadorias para as quais tiver sido entregue uma
Entrega de uma notificação de reexportação
notificação de reexportação não forem retiradas do território
1. Sempre que as mercadorias não-UE referidas no ar aduaneiro da União, as autoridades aduaneiras anulam essa no
tigo 270.o, n.o 3, alíneas b) e c), forem retiradas do território tificação em qualquer dos seguintes casos:
aduaneiro da União e for dispensada a entrega de uma declara
ção sumária de saída para essas mercadorias, deve ser entregue
uma notificação de reexportação.
a) A pedido do declarante;
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento b) Remodelação das alfândegas e dos processos aduaneiros,
de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4. tendo em vista melhorar a eficiência, a eficácia e a unifor
midade de aplicação e reduzir os custos do cumprimento das
formalidades; e
CAPÍTULO 6
Artigo 284.o
2. Caso se faça referência ao presente número, aplica-se o
Exercício da delegação artigo 4.o do Regulamento (UE) n.o 182/2011.
1. O poder de adotar atos delegados é conferido à Comissão
nas condições estabelecidas no presente artigo.
3. Caso se faça referência ao presente número, aplica-se o
artigo 8.o do Regulamento (UE) n.o 182/2011, em conjugação
com o artigo 4.o do mesmo regulamento.
2. A delegação de poderes referida nos artigos 2.o, 7.o, 10.o,
20.o, 24.o, 31.o, 36.o, 40.o, 62.o, 65.o, 75.o, 88.o, 99.o, 106.o,
115.o, 122.o, 126.o, 131.o, 142.o, 151.o, 156.o, 160.o, 164.o,
168.o, 175.o, 180.o, 183.o, 186.o, 196.o, 206.o, 212.o, 213.o, 4. Caso se faça referência ao presente número, aplica-se o
221.o, 224.o, 231.o, 235.o, 253.o, 265.o e 279.o é conferida à artigo 5.o do Regulamento (UE) n.o 182/2011.
Comissão por um prazo de cinco anos a contar de30 de outu
bro de 2013. A Comissão elabora um relatório relativo à dele
gação de poderes pelo menos nove meses antes do final do
prazo de cinco anos. A delegação de poderes é tacitamente 5. Caso se faça referência ao presente número, aplica-se o
prorrogada por prazos de igual duração, salvo se o Parlamento artigo 8.o do Regulamento (UE) n.o 182/2011, em conjugação
Europeu ou o Conselho a tal se opuserem pelo menos três com o artigo 5.o do mesmo regulamento.
meses antes do final de cada prazo.
O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia se 2. Os artigos não referidos no n.o 1 são aplicáveis a partir de
guinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. 1 de junho 2016.
ANEXO
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
Artigo 4.o, ponto 18, alínea a), primeira frase Artigo 5.o, ponto 23, alínea a)
Artigo 4.o, ponto 18, alínea a), segunda frase Artigo 130.o, n.o 3
Artigo 4.o, ponto 18, alíneas b) e c) Artigo 5.o, ponto 23, alíneas b) e c)
Artigo 5.o, n.o 1, segundo e terceiro parágrafos Artigo 6.o, n.o 3, e artigo 7.o, alínea b)
Artigo 5.o, n.o 2 Artigo 6.o, n.o 2), artigo 7.o, alínea a), e artigo 8.o, n.o 1,
alínea a)
Artigo 11.o, n.o 1, terceiro parágrafo Artigo 18.o, n.o 2, primeiro parágrafo
Artigo 11.o, n.o 3, alínea a) Artigo 18.o, n.o 2, segundo parágrafo, e artigo 21.o,
alínea a)
Artigo 12.o, n.o 2, primeiro parágrafo Artigo 19.o, n.o 2, primeiro parágrafo
Artigo 12.o, n.o 2, segundo parágrafo Artigo 19.o, n.o 2, segundo parágrafo, e artigo 20.o,
alínea c)
L 269/90 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 15.o, n.o 1, alínea a) Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g), e artigo 25.o,
alíneas a) e b)
Artigo 15.o, n.o 1, alínea b) Artigo 23.o, n.o 4, alínea b), e artigo 24.o, alínea h)
Artigo 15.o, n.o 1, alínea d) Artigo 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo, e artigo 24.o, alínea
a)
Artigo 15.o, n.o 1, alínea g) Artigos 23.o, n.o 4, alínea b), 24.o, alínea h), 24.o, alínea c),
28.o, 31.o, alínea b), e 32.o
Artigo 16.o, n.o 4, primeiro parágrafo Artigo 22.o, n.o 6, primeiro parágrafo, primeira frase
Artigo 16.o, n.o 4, segundo parágrafo Artigo 22.o, n.o 6, primeiro parágrafo, segunda frase, e
artigo 22.o, n.o 7
Artigo 16.o, n.o 5, alínea a) Artigo 22.o, n.o 6, segundo parágrafo, e artigo 25.o,
alínea g)
Artigo 19.o, n.o 4 Artigo 28.o, n.o 4, primeiro parágrafo e segundo parágrafo,
primeira frase
Artigo 20.o, n.o 6, primeiro parágrafo Artigo 34.o, n.o 5, primeira frase
Artigo 20.o, n.o 8, alínea b) Artigo 34.o, n.o 9, e artigo 37.o, n.o 1 alínea a)
Artigo 20.o, n.o 8, alínea c) Artigo 34.o, n.o 11, e artigo 37.o, n.o 2
Artigo 20.o, n.o 9 Artigos 35.o, 36.o, alínea b), e 37.o, n.o 1, alíneas c) e d)
Artigo 39.o, n.o 6 Artigo 64.o, n.o 3, segundo parágrafo, artigo 64.o, n.o 6, e
artigos 63.o a 68.o
Artigo 42.o, n.o 2 Artigo 74.o, n.o 2, alíneas a) a c), e alínea d), frase
introdutória
Artigo 43.o, alínea b) Artigo 74.o, n.o 2.o, alínea d), subalíneas i), ii) e iii)
Artigo 56.o, n.o 9, segundo travessão Artigo 89.o, n.o 8, e artigo 99.o, alínea a)
Artigo 62.o, n.o 3 Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g), artigo 25.o, alíneas
a) e b) e artigo 99.o, alínea c)
Artigo 63.o, n.o 3, alínea c) Artigo 96.o, n.o 1, alínea b), 96.o, n.o 2), 100.o, n.o 1,
alínea c) e 100.o, n.o 2
Artigo 76.o —
Artigo 78.o, n.o 1, segundo parágrafo Artigos 99.o, alínea d) e 100.o, n.o 1, alínea b)
Artigo 85.o, primeira frase Artigos 116.o, n.o 2, 117.o, n.o 2, 118.o, n.o 3, 119.o, n.o 2,
120.o, n.o 2, 121.o, n.o 2 e 123.o, n.o 1
Artigo 85.o, segunda frase Artigos 106.o, n.o 3, 122.o, e 123.o, n.o 2
Artigo 86.o, n.o 1, frase introdutória Artigo 124.o, n.o 1, frase introdutória e alínea a)
Artigo 87.o, n.o 2, primeiro parágrafo Artigo 127.o, n.o 3, primeiro parágrafo
Artigo 87.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 127.o, n.o 2, alínea b), e artigo 131.o, alínea a)
Artigo 87.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea d) Artigo 127.o, n.o 3 e 161.o, alínea a)
Artigo 88.o, n.o 1, primeiro parágrafo, primeira frase Artigo 6.o, n.o 1
Artigo 88.o, n.o 1, primeiro parágrafo, segunda frase Artigo 127.o, n.o 7
Artigo 88.o, n.o 4, primeiro parágrafo Artigo 133.o, n.o 1, primeiro parágrafo
10.10.2013 PT Jornal Oficial da União Europeia L 269/95
Artigo 88.o, n.o 4, segundo e terceiro parágrafos Artigo 6.o, n.o 2 e 7.o, alínea a)
Artigo 101.o, n.o 2, alínea a) Artigo 153.o, n.o 2, e artigo 156.o, alínea a)
Artigo 101.o, n.o 2, alínea c) Artigo 153.o, n.o 3, e artigo 156.o, alínea c)
Artigo 105.o, n.o 2, alínea a)e b) Artigos 159.o, n.o 3 e 161.o, alínea a)
Artigo 105.o, n.o 2, alínea c) Artigos 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo, e 25.o, alínea c)
Artigo 106.o, n.o 1, primeiro parágrafo, primeira frase Artigo 179.o, n.o 1, primeiro parágrafo
Artigo 106.o, n.o 4, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g) e artigo 25.o, alíneas
a) e b)
Artigo 106.o, n.o 4, primeiro parágrafo, alínea b) Artigo 23.o, n.o 4, alínea a) e 24.o, alínea h)
Artigo 106.o, n.o 4, primeiro parágrafo, alínea c) Artigo 179.o, n.o 1, segundo parágrafo, artigo 179.o, n.o 2
e artigo 180.o
Artigo 106.o, n.o 4, primeiro parágrafo, alínea d) Artigos 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo e 24.o, alínea a)
Artigo 106.o, n.o 4, primeiro parágrafo, alínea f) Artigos 23.o, n.o 4, alínea b), 24.o, alínea h), 28.o, 31.o,
alínea b) e 32.o
Artigo 107.o, n.o 3 Artigos 160.o, 161.o, alínea b)182.o, n.o 2 a 4, 183.o e
184.o-A
Artigo 108.o, n.o 1, primeiro parágrafo, segunda e terceira Artigo 170.o, n.o 4
frases
Artigo 108.o, n.o 1, segundo parágrafo Artigos 6.o, n.o 2, 7.o, alínea a) e 8.o, n.o 1, alínea a)
Artigo 109.o, n.o 3 Artigos 6.o, n.o 2, 7.o, alínea a), 8.o, n.o 1, alínea a) e 165.o,
alínea a)
Artigo 110.o, n.o 1, primeiro parágrafo Artigo 167.o, n.o 1, primeiro parágrafo
Artigo 110.o, n.o 1, segundo parágrafo Artigo 167.o, n.o 1, terceiro parágrafo
Artigo 110.o, n.o 1, terceiro parágrafo Artigo 167.o, n.os 2 e 3, e artigo 168.o, alínea d)
Artigo 112.o, n.o 1, segundo parágrafo, primeira frase Artigo 182.o, n.o 2
Artigo 112.o, n.o 1, segundo parágrafo, segunda frase Artigo 182.o, n.o 3
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g) e artigo 25.o, alíneas
a) e b)
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea b) Artigos 23.o, n.o 4, alínea a), 23.o, n.o 5, 24.o, alínea h) e
25.o, alínea c)
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alíneas c) e d) Artigos 185.o, n.o 2 e 186.o, alínea a)
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea e) Artigo 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo e 24.o, alínea a)
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea g) Artigos 23.o, n.o 4, alínea b), 24.o, alínea h), 28.o, 31.o,
alínea b) e 32.o
Artigo 116.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alíneas h) e i) Artigos 186.o, alínea b) e 187.o
Artigo 126.o. n.o 2 Artigo 198.o, n.o 2, primeiro parágrafo, primeira frase
Artigo 134.o Artigos 202.o, 203.o, n.o 1, segundo parágrafo, 203.o, n.o 6,
206.o, 207.o e 209.o
Artigo 136.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 22.o, artigo 24.o, alínea a) a g) e artigo 25.o, alínea
a) e b)
Artigo 136.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea b) Artigos 23.o, n.o 4, alínea a) e 24.o, alínea h)
Artigo 136.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea d) Artigos 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo e 24.o, alínea a)
Artigo 136.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea f) Artigos 23.o, n.o 4, alínea b), 24.o, alínea h), 28.o, 31.o,
alínea b) e 32.o
Artigo 136.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 211.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea a)
Artigo 136.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea b) Artigo 211.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alíneas b) e c)
Artigo 136.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea c) Artigo 211.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea d)
Artigo 142.o, n.o 1, primeiro, segundo e terceiro parágrafos Artigo 223.o, n.o 1
Artigo 142.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea a) Artigo 223.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea a)
Artigo 142.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alíneas b) e c) Artigo 223.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alíneas c) e d)
Artigo 142.o, n.o 2, segundo parágrafo Artigo 223.o, n.o 2, primeiro parágrafo, alínea b), e ar
tigo 224.o, alínea c)
Artigo 143.o Artigos 211.o, n.o 2), 216.o, 217.o, 221.o, alínea b), 222.o,
alínea b), 224.o, alínea b), 225.o, 228.o, 229.o, 230.o,
231.o, alínea b), 232.o, 233.o. n.o 4, 235.o, 236.o, 243.o,
n.o 2, 251.o, n.o 4, 254.o, n.os 2, 3, 6 e 7 e 257.o, n.o 4
Artigo 148.o, n.o 2, segundo parágrafo Artigo 237.o, n.o 3, e artigo 239.o
Artigo 154.o, n.o 2 Artigo 237.o, n.o 3, segunda frase, e artigo 241.o, n.o 2
L 269/100 PT Jornal Oficial da União Europeia 10.10.2013
Artigo 176.o, n.o 1, alíneas a) e b) Artigo 263.o, n.o 2, alínea b), e artigo 265.o, alínea b)
Artigo 185.o —
o
Artigo 186. Artigo 286.o, n.os 2 e 3