Banco de Capacitores para Correção de Fator de Potência em Industria
Banco de Capacitores para Correção de Fator de Potência em Industria
Banco de Capacitores para Correção de Fator de Potência em Industria
2015
DEDICATÓRIA, JÚLIO CÉSAR SILVA DOS REIS.
A Eduardo, meu primo, por mostrar o caminho em uma simples queda de documento no
chão da cozinha, pelas broncas, exemplos, ajuda e por abrir as portas para uma profissão.
A Maria e Delma, minha mãe e irmã, pela compreensão e entendimento pelos meus
longos momentos de ausência.
A Mauricio, meu pai, exemplo de humildade e dignidade, que mesmo em suas últimas
horas em vida, insistiu em dizer que nunca desistisse deste objetivo.
A Daniele, minha querida esposa, com muito amor e gratidão, pelo seu carinho, atenção
e paciência incondicionais, por seu amor, por me dar força e coragem nos momentos de dúvida.
A Deus, por me acompanhar nas longas e inúmeras noites em claro, por não me deixar
esmorecer nos longos dias de incerteza e dúvida.
A todos os amigos pelos conselhos, broncas e exemplos, por entender minha ausência e
nunca me abandonarem.
A minha mãe, Romilda Dias e meu avô Fukuji Kikuchi, por me incentivarem,
encorajarem e apoiarem em todos os momentos.
Aos meus tios Claudio e Yukie, pelo apoio financeiro nos momentos que precisei.
Aos colegas da equipe de PPCP da WOW Nutrition, por apoiarem durante todo o curso e
desenvolvimento deste trabalho.
Ao orientador Prof. Luiz Roberto Nogueira, pela ajuda, paciência e ensinamentos durante
o curso, e no desenvolvimento e execução do trabalho de conclusão de curso.
Aos colegas de classe, por participarem diariamente das dificuldades e obstáculos que
temos que superar para alcançarmos este objetivo.
Considerando o atual cenário econômico de nosso país, as indústrias são obrigadas a adequarem
suas produções reduzindo e aumentando a variedade e a quantidade de produtos oriundos de
uma mesma linha ou processo. Dessa forma suas cargas (motores, reatores de lâmpadas entre
outros) são conectadas e desconectadas a todo momento. Isso faz com que os níveis de reativos
absorvidos ou empregados ao sistema variem muito ao longo do ciclo de produção. Essa
variação afeta consideravelmente os níveis do fator de potência da instalação, o que pode gerar
perturbações na rede elétrica e eventuais multas para a indústria, já que em 20 de março de 1992
com a criação do decreto federal de nº479, que tornou obrigatório manter o fator de potência o
mais próximo de 1 e estabelecendo como limite inferior 0,92. A solução empregada para manter
o fator de potência dentro dos limites estabelecidos pela lei foi a instalação de bancos de
capacitores para corrigir o fator de potência. Como a variação das cargas ocorrem a todo
momento, ou seja, ficam entrando e saindo do sistema há a necessidade de um sistema de banco
automático de capacitores, atuando de forma efetiva a cada variação de carga, corrigindo o fator
de potência com melhor eficiência.
Considering the current economic scenario of our country, all industries are required to manage
their production according to the variety and quantity of products from the same line or
processes (product factory). Therefore, their loads (motors, reactor lamps etc.) are connected
and disconnected all the time, what makes the absolved reactive levels or imposition to the
system change abruptly throughout the productive cycle. This change affects the power factor
balance of the entire installation, which can lead to disturbances in the power grid and possible
fines for the company, according to the federal law nº 479(march 20th, 1992). The solution to
keep the power factor within the limits stablished by law was the installation of capacitors banks
to correct power factor. As the load variations occurs constantly, there is a need of
implementing an automated capacitor bank system to act effectively on each varying load, and
therefore correcting its power factor simultaneously.
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................................... 9
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 10
5.1 – MEDIÇOES................................................................................................................................. 32
5.2 – ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR. ............................................................................ 34
5.3 – PRECAUÇOES. ........................................................................................................................... 36
5.4 – LOCAL INSTALAÇÃO. ................................................................................................................. 36
6 – RESULTADOS E ANÁLISE ECONÔMICA. ........................................................................................... 38
6.1 – RESULTADOS............................................................................................................................. 38
6.2 – ANÁLISE ECONÔMICA............................................................................................................... 38
7 - CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 40
ANEXO A ................................................................................................................................................ 43
LISTA DE FIGURAS
Para o correto funcionamento das maquinas elétricas como motores transformadores entre
outros são necessárias energias ativas e reativas agindo combinadamente. A energia ativa é
quem de fato executa a tarefa fazendo os motores girarem por exemplo. As duas energias devem
existir em conjunto, porém, a energia reativa deve ser do menor nível possível, pois, para a
utilização de autos níveis de reativos são necessários condutores com de maior área seção
transversal e transformadores de maior capacidade, além disso, o excesso de reativos, na rede
secundaria pode provocar perdas por aquecimento e quedas de tensão na linha [1].
Além das perdas operacionais dos equipamentos, o excesso de reativos gera mais perdas,
destacando as financeiras como multas referentes ao baixo fator de potência da instalação. Por
legislação tanto a concessionaria quanto o consumidor final, devem manter o fator de potência
o mais próximo possível de um valor unitário, não permitindo que esse valor caia para valores
inferiores a 0,92, o excesso de reativos afeta diretamente o fator de potência. Como nas
indústrias a maior parte dessas energias reativas são indutivas, causadas pela imposição das
cargas (motores, lâmpadas, fornos indutivos, entre outros), a tendência natural é jogar o fator
de potência para baixo com o aumento de reativos no circuito. [1,2 3 e 4]
10
2 – CONCEITOS SOBRE POTÊNCIA ATIVA E REATIVA, FATOR DE POTÊNCIA
E BANCO DE CAPACITORES.
A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, como
motores, transformadores, lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros.
11
Figura 2 - Triângulo de potências.
= = = cos
O nível máximo de energia reativa permitida sem cobrança, está associado ao fator de
potência de referência de 0,92. Valores de fator de potência menores que 0,92, capacitivo ou
indutivo, indicam excedente de reativo e esse excedente é passível de faturamento.
O fator de potência indica qual porcentagem da potência total fornecida (kVA) é
efetivamente utilizada como potência ativa (kW). Assim, o fator de potência mostra o grau de
eficiência do uso dos sistemas elétricos. Quando seu valor é alto (próximo a 1,0) indicam uso
eficiente da energia elétrica, enquanto valores baixos evidenciam seu mau aproveitamento,
além de representar uma sobrecarga para todo o sistema elétrico.
Por exemplo, para alimentar uma carga de 100kW com fator de potência igual a 0,70,
são necessários 143 kVA. Para a mesma carga de 100kW, mas com fator de potência igual a
0,92, são necessários apenas 109 kVA, o que representa uma diferença de 24% no
fornecimento em kVA, ver figura 3.
Figura 3 - Triangulo de potência, fator de potência 0,7 x 0,92"
Todo excesso de energia reativa é prejudicial ao sistema elétrico, seja o reativo indutivo,
consumido pela unidade consumidora, ou o reativo capacitivo, fornecido à rede pelos
capacitores dessa unidade.
Disso resulta que o controle da energia reativa deve ser tal, que o fator de potência da
unidade consumidora permaneça sempre dentro da faixa que se estende do fator de potência
0,92 indutivo até 0,92 capacitivo. Nas instalações com correção do fator de potência através
de capacitores, os mesmos devem ser desligados, conforme se desativam as cargas indutivas,
de forma a manter uma compensação equilibrada entre reativo indutivo e capacitivo, figura 4.
13
2.2.3 – PERÍODO DE MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA INDUTIVA E
CAPACITIVA.
Se a energia reativa capacitiva não for medida, a medição da energia reativa indutiva
será efetuada durante as 24 horas do dia.
O cálculo do fator de potência será efetuado com base nos valores de energia ativa
“kWh” e energia reativa “ kVArh”, medidas durante o período de faturamento por posto
tarifário.
= cos
14
2.2.4.1 – EXCEDENTE REATIVO E EFEITOS NAS INSTALAÇOES.
O fator de potência das instalações elétricas deve ser mantido sempre o mais próximo
possível de 1,00 (um), conforme determinação do Decreto nº 479, de 20 de março de 1992.
A Resolução ANEEL nº 456, de 29 de dezembro de 2000, estabelece um nível máximo
para utilização de reativo indutivo ou capacitivo, em função da energia ativa consumida
(“kWh”).
Por essa resolução, para cada “ kWh” de energia ativa consumida, a concessionária
permite a utilização de “ 0,425 kVArh” de energia reativa, indutiva ou capacitiva, sem
acréscimo no custo.
Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia
reativa, essa condição resulta em aumento na corrente total que circula nas redes de
distribuição de energia elétrica da concessionária e das unidades consumidores, podendo
sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a
estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes
diversos, tais como iremos descrever nos tópicos a seguir.
15
É possível notar a diminuição das perdas anuais em energia elétrica de uma instalação
com consumo anual da ordem de 100 MWh, quando se eleva o fator de potência de 0,78 para
0,92, ver tabela 1.
Tabela 1 - Comparativo perdas x fator de potência.
16
Tabela 2 - Efeito do fator de potência.
A primeira providência para corrigir o baixo fator de potência é a análise das causas que
levam à utilização excessiva de energia reativa. A eliminação dessas causas passa pela
racionalização do uso de equipamentos – desligar motores em vazio, redimensionar
equipamentos superdimensionados, redistribuir cargas pelos diversos circuitos, etc. – e pode,
eventualmente, ajudar a solucionar o problema de excesso de reativo nas instalações.
A partir destas providências, uma forma de reduzir a circulação de energia reativa pelo
sistema elétrico, consistem em “ produzi-la” o mais próximo possível da carga, utilizando um
equipamento chamado capacitor. Instalando-se capacitores junto às cargas indutivas, a
circulação de energia reativa fica limitada a estes equipamentos. Na prática, a energia reativa
17
passa ser fornecida pelos capacitores, liberando parte da capacidade do sistema elétrico e das
instalações da unidade consumidora. Isso é comumente chamado de “compensação de energia
reativa”, como demonstra a figura 7.
• Banco de capacitores fixos: esses bancos tem o valor da sua capacitância fixo,
normalmente são dedicados a um circuito ou a um único equipamento pois são
dimensionados para correção do fator de potência em uma condição singular.
• Banco de capacitores programáveis: os bancos programáveis recebem a instrução
via software para atuar em determinado período pré-estabelecido.
3 – LEGISLAÇOES.
Considerando o fato de que a potência reativa não produz trabalho útil, porém deve ser
transportada desde a geração até a unidade consumidora, sem que as empresas
concessionarias transformem esta energia em receita, a resolução N° 456 da ANEEL, de 29 de
novembro de 2000 (ANEEL, 2000), estabeleceu em 0,92 o valor mínimo para o fator de
potência de referência, indutivo ou capacitivo, das instalações elétricas das unidades
consumidoras.
Fator de potência: razão entre a energia elétrica ativa e a raiz quadrada da soma dos
quadrados das energias elétricas ativa e reativa, consumidas num mesmo período
especificado.
&
"
+ =, + ∗ −+ - ∗ *
"
'()
21
Onde:
CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”, durante
o período de faturamento; fr = fator de potência de referência igual a 0,92;
TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”;
MAX = função que identifica o valor máximo da fórmula, dentro dos parênteses
correspondentes, em cada posto horário “p”;
22
a) durante o período de 6 horas consecutivas, compreendido, a critério da
concessionária, entre 23h e 30min e 06h e 30min, apenas os fatores de potência “ft” inferiores
a 0,92 capacitivo, verificados em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”; e
O período de 6 (seis) horas definido na alínea “a” do parágrafo anterior deverá ser
informado pela concessionária aos respectivos consumidores com antecedência mínima de 1
(um) ciclo completo de faturamento.
onde:
CAt = consumo de energia ativa medida em cada intervalo de 1 (uma) hora “t”, durante
o período de faturamento;
CF(p) = consumo de energia elétrica ativa faturável em cada posto horário “p” no
período de faturamento; e
TCA(p) = tarifa de energia ativa, aplicável ao fornecimento em cada posto horário “p”
23
Art. 66. Para unidade consumidora faturada na estrutura tarifária convencional,
enquanto não forem instalados equipamentos de medição que permitam a aplicação das
fórmulas fixadas no art. 65, a concessionária poderá realizar o faturamento de energia e
demanda de potência reativas excedentes utilizando as seguintes fórmulas:
"
= ∗ −1 ∗*
"1
"
+ = +2 ∗ −+ ∗ *+
"1
Onde:
"
= ∗ − ∗*
"1
24
Onde:
Estre outras finalidades, este documento consiste em definir os níveis críticos dos
valores de tensão fornecidos aos usuários finais [4,5], normalizar os dispositivos e métodos de
medição dessas tensões seja por parte do consumidor o das concessionárias de energia
elétrica, são definidos também uma série de parâmetros, os mais usuais são:
25
As tensões de atendimento devem ser contratadas pelas concessionárias ou usuários
finais junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ou a tensão contratada entre
concessionárias deverá ser a tensão nominal de operação no ponto de conexão, seus valores
limitantes dependem da classe ou nível de tensão contratada.
Essas tensões devem ser classificadas de acordo com as faixas de variação das leituras
de acordo com as tabelas 4, 5 e 6.
Tabela 5 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal igual ou superior a 69KV e inferior a
230KV".
Tabela 6 - Pontos de entrega ou conexão “Tensão nominal superior a 1KV e inferior a 96KV".
Com a instalação do banco automático de capacitores inibe incidência de multas por baixo
fator de potência atuando a cada variação de reativos do sistema. A grande vantagem desse tipo
e banco em função dos demais é proporcionar um sistema bem mais eficiente e equilibrado, já
que, após a correção o controlador chaveia as células capacitivas desconectando-as do sistema
já que não são mais necessárias ao contrário de um banco fixo.
Outra grande vantagem para esse tipo de banco é a manutenção, pois, em caso de defeito
é necessário analisar apenas um locam e não, correr toda a planta equipamento por equipamento
para saber qual banco está apresentando defeito reduzindo consideravelmente o custo de
manutenção.
Nessa etapa do projeto, foram estudadas as contas de energia elétrica fornecidas pelo
cliente, analisando os últimos seis meses, período em que houve mudanças na configuração
das cargas (equipamentos novos). Conhecendo o valor das energias reativas excedentes, suas
respectivas multas e possíveis danos a redes e equipamentos, o período analisado foi de
janeiro de dois mil e quinze a junho de dois mil e quinze, conforme tabelas 7,8,9,10,11 e 12.
27
Tabela 7 - Contas de energia Janeiro de 2015.
Fonte: O autor.
Fonte: O autor
28
Tabela 9 - Conta de energia Março de 2015.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
29
Tabela 11 - Conta de energia Maio de 2015.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
30
As figuras 10 e 11, demonstram de forma resumida o consumo reativo excedente e
multas existentes, avaliando mês a mês é possível observar que ela aparece em todos os
meses, sendo assim necessária a instalação de BC no local.
Fonte: O autor
Fonte: O autor
31
5 – MEDIÇOES, ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR, PRECAUÇOES E
INSTALAÇÃO.
5.1 – MEDIÇOES.
Para medições, o equipamento foi instalado conforme circuito ilustrado pela figura 13.
AT
BT
a b c
Fonte: O autor
32
Com essa configuração foram realizadas durante 168 horas (7 dias) uma série extensa de
leituras das potências do sistema. Os dados coletados e armazenados pelo equipamento foram
tratados posteriormente com o intuito de encontrar o valor dos reativos excedentes, para que
assim o banco fosse dimensionado de forma correta e eficiente.
Como a quantidade de dados gerados foi muito grande, houve a necessidade de fazer uma
triagem desses dados, separando assim uma janela de tempo menor. A janela escolhida foi
aquela que apresentou os menores valores do fator de potência durante o maior tempo, esse
período foi o mais crítico, as leituras das fases apresentavam fatores de potência entre 0,658 e
0,85 valores bem inferiores aos 0,92 estabelecido como mínimo pelo decreto nº 479 da ANEEL.
Fonte: o autor
Fonte: o autor
33
5.2 – ESPECIFICAÇÃO DO BANCO DE CAPACITOR.
Fp = 0,696;
P = 30,108 [KW]
S = 39,233 [KVA]
=3 4 − 4
Q =25,154 [KVAR]
Fp = 0,98;
P = 30,108 [KW]
S = 54,051 [KVA]
Q = 44.888[KVAR]
Onde:
Fp = Fator de potência;
P = Potência ativa;
S = Potência aparente;
Q = Potência reativa;
34
início ao tratamento matemático, sendo possível gerar os gráficos do fator de potência,
apresentados anteriormente demonstrando a situação atual do sistema.
Determinação da capacitância.
106 ∗
=
28" 4
C = 367 mF
Onde:
C = Capacitância;
Q = Potência reativa;
f = Frequência;
V = Tensão;
= √3 ∗ ∗ ; ∗ <=>
Q
Icap =
√3 ∗ V
Icap = 30ª
Ifusivel =54A
Ichave = 50A
Icontator =42ª
Onde:
Q = Potência reativa;
I = Corrente;
V = Tensão;
35
A tabela 13 demonstra resumo da especificação do banco de capacitor, indicando a potência
reativa total, quantidade de estágios, potência reativa de cada estágio, tensão e frequência.
Fonte: O Autor
5.3 – PRECAUÇOES.
À instalação de capacitores deve ser feita em local onde haja boa ventilação e com
espaçamento adequado entre as unidades;
Após desligar, esperar algum tempo para religar ou fazer o aterramento de capacitor.
Isso por que o capacitor retém a sua carga por alguns minutos, mesmo desligado;
Proceder o aterramento dos capacitores antes de tocar sua estrutura ou seus terminais;
Foi realizada a projeção para instalação com base no projeto da planta na subestação
existente, conforme solicitação do cliente, uma empresa localizada em Barra Mansa estado do
Rio de Janeiro. Avaliando a planta baixa da figura 17, e a disposição dos equipamentos que a
compõe (transformador, isoladores, chave seccionadora de comando, fusível de sobrecarga,
etc.), foi determinado um local adequado para a instalação do banco de capacitores, conforme
figura 16.
36
Figura 16 - Planta baixa da subestação
Fonte: O autor
Uma subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para
transmissão e distribuição de energia elétrica, além de equipamentos de proteção e controle.
Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão de energia
elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e
funcionando como ponto de entrega para as áreas da indústria. O ponto de instalação do banco
foi definido de modo que não implicasse em alterações na estrutura civil da subestação
existente. Foi definido que o banco de capacitores será instalado ao lado do cubículo do
transformador, assim, a saída do secundário, o banco é conectado em paralelo com o
transformador e as cargas.
Fonte: O autor
37
Podemos citar dentre os componentes necessários para montagem de um banco de
capacitores, a utilização de células capacitivas, controlador, contatores, disjuntores, chave
seccionadora, cooler, sinaleiros para identificação, cabos e painel, barramento, importante
identificar que não executamos a montagem física do equipamento, os componentes são
citados acima apenas para caráter informativo.
6.1 – RESULTADOS.
Após a instalação do banco foram realizadas novas medições, e como era esperado o nível
de reativos do sistema caiu consideravelmente. Os valores lidos anteriormente eram próximos
a 21KVAr já os atuais mantiveram-se inferiores a 7KVAr, ver figura 18.
Fonte: O autor
38
do banco de capacitores, todos estes custos são estimados, também é inserido o percentual de
60% sobre o total de custo, como margem de lucro para execução de todo o projeto, todos
esses dados são demonstrados para oferta de preço do equipamento.
Fonte: O autor
A tabela 15 aponta o valor médio da multa paga por mês à concessionária de energia por
conta do baixo fator de potência, este valor é uma média do valor de multa pago nas seis
faturas de energia analisadas.
Fonte: O autor
Por fim, a tabela 16 utiliza os dados das duas tabelas anteriores para constatar o tempo
de retorno do investimento (“payback”) em 9,4 meses e, a partir de sua análise, verifica-se
que o custo benefício, no decorrer do tempo estimado, é satisfatório.
39
Tabela 16 – Tempo estimado de retorno do investimento.
Fonte: O autor
7 - CONCLUSÃO
Diante da busca incessante pela economia e melhoria continua, é fundamental para que
se obtenha esses resultados, manter o fator de potência elétrico dentro do valor indicado pela
legislação. Dentro dessa necessidade, o banco de capacitor torna-se um equipamento
fundamental para correção do fator de potência, manter o fator de potência próximo ao valor
unitário, gera uma série de benefícios como demonstrado ao longo deste projeto. Os descontos
na tarifa atrelados a aquisição do banco de capacitor, justificam este investimento e além disso,
o aumento da eficiência de toda a rede e equipamentos nela conectados, aumentando a vida útil
e reduzindo custos de manutenção.
É importante lembrar, que a correção do fator de potência atua diretamente em benefícios
ambientais, temos uma redução significativa no desperdício de energia, as geradoras de energia
também diminuem a emissão de gases denominados efeito estufa, que produzem o aumento da
temperatura global, além de outros problemas ambientais como a chuva ácida, sem dúvida,
além de todo a economia demonstrada, ajudamos a fazer um mundo melhor.
40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.
1a
[4]- Renato Senra – Engenharia Elétrica – Medição Qualidade e Eficiência – - São
Paulo- Baraúna editora, 2014.
[8] WEG. Capacitores: correção do fator de potência. Jaraguá do Sul: Weg, 2013.
Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-capacitores-para-correcao-do-
fator-de potencia-50009818-catalogo-portugues-br.pdf>. Acesso em: 25 Out. 2015.
[10] IMS, Indústria de Micro Sistemas Eletrônicos. Smart Meter T – Medidor Registrador
de Grandezas Elétricas Portátil com Memória. Porto Alegre: IMS, 2000. Disponível em: <
http://www.vimelec.com.ar/fichas_tecnicas/SmartMeter-t.pdf>. Acesso em: 05 Set. 2015.
41
manuais/Documents/Manual%20de%20Orienta%C3%A7%C3%A3o%20-
%20Energia%20Reativa%20Excedente.pdf
42
ANEXO A
44