Relatorio Formulasnutricionais APLV-CP
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Setembro de 2014
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CONITEC
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que
não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
E-mail: [email protected]
CONTEXTO
Em 28 de abril de 2011, foi publicada a Lei n° 12.401 que dispõe sobre a assistência
terapêutica e a incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do SUS. Esta lei é um marco
para o SUS, pois define os critérios e prazos para a incorporação de tecnologias no sistema
público de saúde. Define, ainda, que o Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias – CONITEC, tem como atribuições a incorporação,
exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a
constituição ou alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica.
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1. A DOENÇA
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2. A TECNOLOGIA
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Desta forma, as FS são indicadas como primeira opção somente para crianças
de seis a vinte e quatro meses com APLV mediadas por IgE (11, 13).
Somente 10% das crianças menores de seis meses e 5% das crianças acima de
seis meses não toleram FEH (2,14, 15, 16), sendo necessário o uso de fórmulas
nutricionais à base de aminoácidos (3,4). As FAA também devem ser a primeira opção
em casos em que as crianças com APLV apresentem sintomas graves, como
desnutrição protéico-energética moderada ou grave com descompensação metabólica
(desidratação, acidose), sangramento intestinal intenso e anemia grave, dermatite
atópica grave e generalizada, com hipoproteinemia e comprometimento no
crescimento (13).
Para todas as crianças com APLV não mediada por IgE, a primeira opção deve
ser fórmula extensamente hidrolisada (FEH). Caso haja remissão dos sinais e sintomas,
a FEH deve ser mantida. Se houver manutenção ou piora dos sinais e sintomas, deve
ser realizada troca para fórmulas à base de aminoácidos (FAA) (3,4).
Para crianças de seis a vinte e quatro meses com formas de APLV mediadas por
IgE, a primeira opção deve ser a prescrição de fórmulas à base de proteína de soja (FS).
Caso haja remissão dos sinais e sintomas, a FS deve ser mantida. Se houver
manutenção ou piora dos sinais e sintomas, deve ser realizada troca para FEH. Caso
haja remissão dos sinais e sintomas com uso de FEH, a mesma deve ser mantida. Se
houver manutenção ou piora dos sinais e sintomas com uso de FEH, deve ser realizada
troca para fórmulas à base de aminoácidos (FAA) (11, 13).
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Destaca-se que as FAA devem ser a primeira escolha nos casos em que a
criança encontra-se com sintomas graves, independentemente da faixa etária, como
descrito no tópico sobre FAA. Assim que houver estabilização clínica, deve ser
realizada a transição para FEH ou, conforme o tipo clínico, FS (13). Caso os sintomas
persistam após aproximadamente 15 dias de uso de FAA, o diagnóstico de APLV deve
ser desconsiderado, o uso de FAA deve ser interrompido e a criança deve ser
encaminhada ao gastroenterologista.
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3. IMPACTO ORÇAMENTÁRIO
A base de cálculo para o impacto orçamentário da incorporação das fórmulas
nutricionais para crianças com APLV considerou a estimativa do IBGE da população até
2 anos em 2014, de 5.862.163 crianças. A partir da consulta aos municípios realizada
pelo MS em 2012, entre 0,2% e 0,7% de crianças com APLV eram acompanhadas por
serviços/programas de atenção nutricional estruturados no SUS. Assim, estimou-se
uma cobertura de 0,7% nessa faixa etária, compreendendo 41.035 crianças. A
distribuição das crianças quanto ao tipo de fórmula infantil utilizada está apresentada
na Tabela 2.
10% 5% 5%
2.561,95
Fórmula à base de aminoácidos 1.020,40 510,20 1.031,36
40% 50%
0% 14.395,20
Fórmula à base de soja 4.081,58 10.313,61
0
*Fiocchi et al. DRACMA Guidelines. Pediatr AllergyImmunol. 2010.
SBP, ASBAI. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Rev Bras Alerg Imunopatolol. 2008; 31:2.
Vieira et al. A survey on clinical presentation and nutritional status of infants with suspected cow' milk allergy. BMC Pediatrics.
2010; 10:25
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4. CONCLUSÃO
5. RECOMENDAÇÃO DA CONITEC
6. REFERÊNCIAS
1. Johansson SG, Bieber T, Dahl R, et al. Revised nomenclature for allergy for global
use: Report of the Nomenclature Review Committee for the World Allergy
Organization - 2003. J Allergy Clin Immunol. 2004; 113: 832-836.
2. Boyce JA, Assa'ad A, Burks AW, Jones SM, Sampson H, Wood RA, et al. Guidelines for
the diagnosis and management of food allergy in the United States: Report of the
NIAD - Sponsored expert panel. J Allergy Clin Immunol. 2010; 126: s1-58.
3. Fiocchi A et. al. World Allergy Organization Diagnosis and Rationale for Action
Against Cow's Milk Allergy (DRACMA) Guidelines. Pediatr AllergyImmunol. 2010.
4. Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Sociedade Brasileira de
Alimentação e Nutrição. Guia prático de diagnóstico e tratamento da alergia às
proteínas do leite de vaca mediada pela imunoglobulina E. Rev Bras Alerg
Imunopatol. 2012; 35(6):203-33.
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