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Modelagem Estrutural e MEF Prof. Ronilson F.

Souza

FTOOL PARA INICIANTES

PROF. RONILSON FLÁVIO DE SOUZA

Engenheiro Civil

Especialista em Estruturas

MBA em Construção Civil

AGOSTO 2015

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Modelagem Estrutural e MEF Prof. Ronilson F. Souza

INTRODUÇÃO

ELEMENTOS FINITOS

Segundo a Wikipédia o método dos elementos finitos (MEF ou FEM em inglês) “é uma
forma de resolução numérica de um sistema de equações diferenciais parciais”. Para
nós, elementos finitos simplesmente será um método numérico para cálculo de
estruturas. Podemos utiliza-lo para simples análises estruturais até complexas análises
de transferência de calor ou mecânica de fluidos. Em particular, nosso interesse está
voltado para a solução de problemas estruturais de edifícios reticulados, como
pórticos no plano (2D) já que o FTool trabalha apenas no plano.

O Método dos Elementos Finitos - MEF surgiu em 1955, como a evolução da análise
matricial de modelos de barras, motivado pela aparição do computador. Antes a teoria
existia, porém, a solução esbarrava na complexidade de se resolver matrizes de
elevada ordem numérica. Hoje em dia qualquer celular tem capacidade de
processamento de programas de elementos finitos, o que popularizou os softwares de
análise estrutural em todo mundo. A evolução dos computadores não
necessariamente trouxe consigo a evolução dos usuários, pelo contrário, o que se vê
na prática é que cada vez mais os engenheiros “projetistas” se automatizam com
softwares que fazem quase tudo. Este é um caminho perigoso, utilizar um programa
de cálculo sem saber o que está fazendo pode levar a erros estruturais de projetos que
muitas vezes levam ao colapso da estrutura.

Neste curso trabalharemos com o programa FTool, que é um software acadêmico,


criado pelo professor Luiz Fernando Martha da PUC do Rio de janeiro. O software é
disponibilizado para download de graça na internet.

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Preparando o FTool para o trabalho

Ao abrir o FTool você se depara com a tela abaixo:

A primeira coisa é criar um Grid para auxiliar na confecção dos pórticos. Por exemplo
vamos criar um Grid que divida a tela em pontos de metro em metro. Basta selecionar
o campo Grid:

e especificar nos campos x (horizontal) e y (vertical) a distância em metros que


queremos dividir a tela. No caso acima dividimos de metro em metro. Em seguida
selecione o campo Snap, com isso o cursor irá sempre se posicionar encima do ponto
facilitando o desenho. Caso você queira pode passar a cor do fundo da tela para preto,
selecione Display e Black Background.

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Pronto seu Ftool está pronto para trabalhar, salve o modelo com o nome que quiser.
Calculando uma viga bi-apoiada de concreto armado
Dados: fck 30MPa; Seção 20x50; Carga da laje 10kN/m; Carga da alvenaria 6kN/m
Nota: O FTool não considera o peso das estruturas, sendo assim a carga distribuída
deve levar em conta também o peso próprio da viga.
Neste caso : 0,20x0,50x25 = 2,5kN/m, então a carga WELS = 10+6+2,5 = 18,5kN/m
a) desenhando a viga:
Basta clicar na ferramenta Insert member

e sair desenhando...

como nosso Grid está formatado de metro em metro é só contar sete espaços no
Grid...

b) Colocando o vínculos de apoio


Vamos colocar um vinculo móvel em X na extremidade direita e um fixo na esquerda.
Acionar o comando Support conditions

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Aparecerá na direita da tela uma caixa de ferramentas do comando:

como nosso vinculo da direita será livre na direção X, basta marcar no campo Displac
as condições:
em X "free"; em y "fix" e Rotation Z "free"
Neste caso liberamos a rotação na ligação fixamos a translação em Y e liberamos a
translação em X, criamos uma rótula com apoio móvel.
para aplicar o comando basta clicar no ponto desejado do apoio e acionar o comando
Apply suport conditions to selected nodes

Para o vínculo da esquerda basta alterar para "fix" a translação em X e repetir a


sequencia de comandos.

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c) Atribuindo a viga as propriedades físicas


Clique na ferramenta Section properties

Aparecerá na direita da tela uma caixa de ferramentas do comando, clique no


comando Create new section

dê um nome para a seção, ex: VIGA 20X50. Na caixa de opções Section Tipe, selecione
a opção Rectangle, e clique em Done

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Digite as dimensões (em milímetros) da seção da viga ( d altura e b largura)

Selecione a viga (que mudará de cor para vermelho) e para aplicar as propriedades no
elemento basta acionar o comando Apply current section to selected members

d) O Ftool precisa saber de qual material é a viga, então:


acione a ferramenta Material parameters

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Da mesma forma que nos comandos anteriores o sistema abrira uma opção de criar
seu próprio material

acione o comando Create new material parameters. Dê um nome a seu material, no


nosso caso pode ser CONCRETO 30MPA, e em seguida selecione o tipo do material na
caixa de opções, neste caso Concrete Isotropic

Observe que o sistema já colocou o módulo de elasticidade pra você, porem sabemos
que este módulo não representa o valor real, pois para 30MPa o módulo secante é
26071MPa. Neste momento ainda não vamos trocar o valor do módulo, quando
formos estudar a deformação trocamos.
Aplique as propriedades do material ao elemento estrutural, utilizando o comando
Apply current material to selected members, não se esqueça de selecionar a viga antes.

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Neste momento sua viga está com o material requerido e a seção determinada no
projeto, basta agora inserir o carregamento.

e) Inserindo carregamento distribuído

Acione a ferramenta Uniform Load

Com o comando Create new uniform load, crie seu carregamento

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Chame a carga de W-ELS, e clique em Done

Observe que o sistema oferece duas opções de carga na direção QX (horizontal) e na


direção QY (vertical) , como neste caso a carga distribuída é vertical ( gravitacional)
utilizaremos somente a opção Qy. Então, digite a carga -18.5 no campo Qy, atenção
para o sinal de "menos", pois a carga é direcionada de cima para baixo, em seguida
selecione a viga e aplique a carga com o comando Apply uniform load to selected
members

Observe que a fonte ficou muito pequena, basta aumentar a fonte com o comando
Text Display Size, opção large.

Eis , então sua viga carregada...

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A partir de agora basta avaliar os resultados com os comandos


AXIAL FORCE: Força normal
SHEAR FORCE: Força cortante
BENDING MOMENT: Momento fletor
DEFORMED CONFIGURATION: Deformação

f) Analisando resultados
como se trata de uma viga submetida a flexão simples, não há força normal,
analisaremos as cortantes os momentos e a deformação apenas.

Força cortante

o sistema retorna o diagrama de força cortante da viga


Observe que ao clicar em qualquer ponto da viga o sistema fornece imediatamente o
valor da cortante naquele ponto, no alto a esquerda mostra a informação da distância
em relação ao apoio e o valor da cortante.

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Momento fletor

Da mesma forma o sistema mostra o momento máximo, se quisermos saber o valor do


momento em qualquer ponto, basta clicar na viga...

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Estes dois recursos são muito importantes no dimensionamento de armaduras para


concreto, pois auxiliam nas ancoragens e no posicionamento dos estribos para
cortante máxima e mínima.

Deformação

Se nossa viga fosse de aço, não haveria problema algum, bastava clicar no comando
deformed configuration que teríamos a flecha máxima em qualquer ponto da
estrutura. Porém, sabemos que em concreto a rigidez é variável ao longo da viga e
depende de uma série de fatores ( fck, armadura, fissuração, fluência e retração, entre
outros). Como o sistema trabalha com o momento de inércia fixo, função apenas da
geometria da seção, vamos alterar o módulo de elasticidade para um valor que
multiplicado pelo momento de inércia a flexão dará uma rigidez equivalente próxima
do valor de Branson (NBR 6118/2014 item 17.3.2.1.1). Aqui para efeito de
simplificação utilizaremos 40% do módulo de elasticidade secante do concreto.
retorne à ferramenta Material parameters e altere o E do concreto de 25000MPa para
10428MPa, que representa aproximadamente 40% do módulo secante de um concreto
de 30MPa. Nota, não se esqueça de clicar em "Esc" para sair do modo de "análise dos
resultados" e voltar ao modo de "edição". Em seguida selecione a viga e aplique o
novo parâmetro. Salve o programa e "rode" utilizando o comando Deformed
Configuration

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O sistema mostrará a configuração deformada da viga, que neste caso sabemos que se
trata de uma parábola perfeita.

Observe que o sistema não mostra a cota da deformação máxima no diagrama,


somente quando se clica no ponto desejado é que, no alto a esquerda, temos o
retorno dos valores de deformação em x Dx (horizontal) , deformação em y Dy
(vertical) e rotação em radianos.

Você pode observar que a indicação está em mm e em formato científico, vamos


parametrizar o programa para obter uma informação em cm.
entre no menu Units & Numbers Formatting

Observe que nesta janela você pode alterar todos os parâmetros de unidades de
medida do sistema:

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Vamos alterar apenas a unidade que nos interessa, já que as demais já estão dentro
dos parâmetros que utilizamos em sala de aula.
Entre na opção Displacement e altere de milímetros para centímetros , e na opção
Format coloque x.xx ( duas casas decimais).

Basta clicar no ponto novamente que o sistema irá alterar as unidades de medida do
resultado.

VIGA CONTINUA

Vamos alterar nossa viga para uma viga contínua, com os mesmos parâmetros e
carregamentos, porém, com mais um vão desta vez de 5m.
Alterar o vínculo, agora central, para translação em X livre e criamos um vínculo na
extremidade liberando apenas a rotação Z, carregamos a viga com a mesma carga, e
atribuímos ao novo vão os mesmos parâmetros da seção e de material. Salvamos o
programa e "rodamos".

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DMF

DFC

Deformação

Se você quiser saber as reações de apoio, basta acessar o menu Display e selecionar
Reaction Values

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PERFUMARIAS...
Você pode cotar seu modelo, utilizando a ferramenta Insert Dimension Line

Clique na ferramenta e cote da mesma forma que no AutoCad, selecionando os pontos


que quer medir.

AUMENTANDO A DIFICULDADE

Vamos agora transformar nosso modelo em um pórtico rígido de estrutura metálica.


As dimensões das vigas serão as mesmas, porém, o perfil será o W200x15, os pilares
serão de 4m com perfil W150x13 com a base engastada, a carga continuará a mesma,
porém, vamos adicionar no meio do vão de 5m uma carga concentrada de 10kN.

a) Desenhar os pilares (com a base engastada)


i) retirar todos os vínculos da viga
Entre na ferramenta Support Conditions, libere todas as translações e rotações
( "free" pra tudo) e aplique nos três apoios.
ii) Desenhe os pilares no lugar de cada apoio.

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iii) coloque os vínculos na base de todos os pilares, estes vínculos devem impedir
a translação nas duas direções e a rotação em Z ( base engastada)

b) Criando os perfis

VIGA: Na ferramenta Section properties, crie uma nova seção, dê o nome de W200x15,
na caixa de opções selecione I-Shape ( perfil I)

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no campo específico digite as dimensões de cada elemento do perfil W200x15

Selecione cada viga e aplique as propriedades.


NOTA: Observe que as propriedades são dadas em mm, entre na janela Units &
Numbers Formatting e altere as propriedades section area e section inertia para cm2 e
cm4 com formatos x.xx ( duas casas decimais)

Faça o mesmo com o perfil dos pilares W150x13.


NOTA: Observe que o perfil pode ser rotacionado, trabalhando com a maior ou menor
inércia, através do comando Rotate left ou Rotate Right

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Observe que ao rotacionar o perfil a rigidez dele no plano se altera, no nosso caso
vamos manter o pilar com a maior rigidez no plano do modelo.

c) Agora temos que criar o material AÇO

i) Acione a ferramenta Material parameters


ii) acione o comando Create new material parameters. Dê um nome a seu
material, no nosso caso pode ser AÇO ASTM, e em seguida selecione o tipo do material
na caixa de opções, neste caso Steel isotropic

iii) Altere o módulo de elasticidade para 200000MPa. Selecione todos os


elementos do pórtico e aplique a propriedade.

NOTA: Você alterou os parâmetros porém, não tem certeza que foram realmente
alterados, então, basta clicar no elemento com o botão DIREITO do mouse que o
sistema mostra a direita em uma janela as propriedades do elemento.

No caso da VIGA...

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d) Por fim iremos inserir a carga concentrada


i) clique na ferramenta Nodal Forces

ii) Crie uma nova força chamada CARGA P com o valor de -10kN, em Fy, já que é
gravitacional...

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Observe que a carga deve ser aplicada no meio do vão de 5m, logo a 2,5m do apoio
central. como nosso Grid e parametrizado para 1m, temos que alterar este parametro
para 0,5m..

a alteração precisa ser somente em X.


com a alteração do Grid realizada basta colocar um ponto com o comando Insert Node
no meio do vão de 5m

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com o nó inserido na posição que vai entrar a carga, basta aplicar a carga com o
comando Apply nodal forces to selected nodes.

Salve e analise os resultados...

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Força Normal

Momento Fletor

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Força cortante

Deformação

ROTULANDO

Em estruturas metálicas os pórticos podem não ser rígidos, as ligações das vigas com o
pilar podem ser rotuladas. Vamos rotular estas ligações e refazer a análise dos
esforços:
Clique na ferramenta Rotation Release

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Clique no comando Articule both member ends

Aplique à viga maior ( 7m)

para rotular a viga menor, devemos usar o comando Articule left member ends para a
viga da esquerda do nó que inserimos para carga pontual, e Articule right member
ends para a viga a direita do nó.

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Salve o arquivo e analise os resultados...


Momento fletor

Observe como os momentos nas vigas aumentaram e os pilares passaram a trabalhar


somente com carga normal. Verifique que uma simples alteração da concepção de
vigamento continuo com ligação rígida para vigamento rotulado altera
significadamente os esforços nos elementos estruturais.

Vamos agora rotular as bases do pilar e ver a resposta que o programa nos dá...

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Alteramos todos os vínculos da base para translação impedida e rotação livre, muito
comum em bases de pilares metálicos. Salve e rode a análise.

Veja que o sistema retornou uma mensagem de instabilidade na estrutura, esta


estrutura é chamada estrutura hipostática, que em um bom português quer dizer que
não ficaria em pé. O sistema informa também que seja verificado uma outra
configuração de vínculos ou mesmo um sistema que não cause instabilidade, um
contraventamento por exemplo.

Vamos então, contraventar os pilares em um formato de X

CONTRAVENTANDO

a) Criando um perfil para o contraventamento

Criamos um perfil U de 4" para contraventar o sistema.

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b) Desenhando o contraventamento em X

Então, basta aplicar a este novo perfil as propriedades da seção U4" e do aço ASTM,
em seguida rodar e verificar os esforços.

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Momento fletor

Força normal

Observe que o sistema ficou estável, os momentos continuaram os mesmos nas vigas,
porém, a carga normal se alterou e parte do carregamento foi para os
contraventamentos.

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FORÇAS LATERAIS

Neste exemplo vamos carregar um pórtico de concreto com 12m de altura, quatro
andares com cargas nodais produzidas por esforços de vento e uma carga de empuxo
de terra no subsolo.

a) Crie um novo modelo com as seguintes características

Concreto 25MPa - Módulo de elasticidade de 9520MPa para as vigas e 19040MPa para


os Pilares.
Pilares com seção 15x45
Vigas com seção 15x30

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b) Carregue as vigas

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c) agora iremos colocar as cargas horizontais


i) primeiro a carga de empuxo E1
Crie a carga E1 com a ferramenta Linear load

Observe que temos a opção de fazer a carga trapezoidal, porém, neste caso faremos
triangular com o valor máximo em Pxi (12kN/m) e zero na outra extremidade Pxj.
utilizamos o parâmetro Px porque a carga é horizontal, se fosse em uma viga seria Py.

ii) Inserindo as cargas nodais

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Todas elas na direção positiva de X, e em seguida aplicar cada uma das cargas nos nós
correspondentes.

Salve o modelo e rode...

Força Normal

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Momento Fletor

Deformação

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Uma observação importante, veja que os momentos nos pilares são muito
altos, maiores até que os momentos no meio dos vãos das vigas. Se "cobrirmos" estes
diagramas com armaduras de flexão resolvemos o problema, porém, há uma imensa
dificuldade de colocar armaduras nestas ligações, pois estes nós já são muito
carregados de armaduras. O projetista tem a possibilidade de "rotular" estas ligações
de extremidade, liberando a rotação na ligação viga-pilar. A continuaria contínua
entretanto com momento negativo somente no meio do vão. É claro que para fazer
isso deve-se verificar a estabilidade global do edifício e a deformação máxima
horizontal não pode ultrapassar os limites previstos na NBR6118/2014.

Momentos fletores com as vigas rotuladas nas extremidades

****

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CÁLCULO DOS ESFORÇOS DAS VIGAS E PILARES DO EDIFÍCIO ABAIXO

(modelo simplificado)

PLANTA TIPO

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CORTE

Dados:

 O peso total do ático, considerando caixa d'água, casa de máquinas e estruturas é de


360kN descarregando uniformemente nos 4 pilares.
 Por simplificação, as escadas são de estrutura autoportante e metálicas não
contribuem para o carregamento dos pilares;
 Por simplificação, todos os pavimentos possuem o mesmo peso, inclusive a cobertura;
 As alvenarias são de vedação com 15cm de espessura, 2,5m de altura e pesam
14kN/m3, devem ser consideraras sobre todas as vigas, inclusive na cobertura;
 Sobrecarga das lajes 300kg/m2; Piso 100kg/m2; drywall 25kg/m2;
 A laje nervurada pesa 4,17kN/m2;
 Para o cálculo do vento considerar o edifício comercial na região metropolitana de BH;
fator S1 e S3 = 1 e vento de categoria IV;
 fck 35MPa
 Apenas os pilares P2, P3, P6 e P7 serão considerados como pórticos rígidos formando o
sistema de contraventamento do edifício, as demais ligações de extremidade das vigas
com os pilares serão "rotuladas". A ligação com a fundação deve ser engastada.
step by step
1) Calcular a carga PELU das lajes
PELU = 1,4 ( 4,17+3+1+0,25) = 11,79kN/m2
Por simplificação não utilizaremos armadura negativa entre lajes, serão todas do tipo A
( simplesmente apoiada)
2) Usando a tabela de Bares calculamos a carga distribuída nas vigas
laje L1 e L2 - b/a = 1,25
Ra = 0,25 x 4 x 11,79 = 11,8kN/m
Rb = 0,30 x 4 x 11,79 = 14,15kN/m
Laje L3 - b/a = 1,90
Ra = 0,25 x 8 x 11,79 = 23,6kN/m
Rb = 0,368 x 8 x 11,79 = 34,7kN/m

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3) Carregando as vigas em ELU


i) Peso da alvenaria = 0,15x2,5x14x1,4=7,35kN/m
ii) peso das vigas, como não sabemos ao certo qual será a dimensão final das
vigas vamos arbitrar um valor prático de h=10% do vão, logo V1, V2 e V3 seção 20x50,
as demais 20x40.
Peso das vigas V1, V2 e V3 = 0,20x0,50x25x1,4 = 3,5kN/m
Demais vigas = 0,2x0,4x25x1,4 = 2,8kN/m
Carga WELU
V1 no 1º e 3º tramo = 3,5 + 7,35 + 14,15 = 25kN/m ( W1 )
V1 tramo central ( 2º tramo) = 3,5 + 7,35 = 10,85kN/m (W2)
V2 no 1º e 3º tramo = 3,5 + 7,35 + 14,15 + 34,7 = 59,7kN/m (W3)
V2 tramo central ( 2º tramo) = 3,5 + 7,35 + 34,7 = 45,55kN/m (W4)
V3 = 3,5 + 7,35 + 34,7 = 45,55kN/m (W4)
V4 e V7 no 1º e 2º tramo = 2,8 + 7,35 + 23,6 = 33,75kN/m (W5)
V4 e V7 no 3º tramo = 2,8 + 7,35 + 11,8 = 21,95kN/m (W6)
V5 e V6 = 2,8 + 7,35 + 11,8 = 21,95kN/m (W6)
(a descrição entre parênteses será o nome que daremos a carga no FTool)
CARGA DE VENTO
Direção da maior fachada Direção da menor fachada
Vo = 35m/s Vo = 35m/s
Vk m/s qv Ca qvd Vk m/s qv Ca qvd
Vk(5) 27,65 0,47 0,88 0,58 Vk(5) 27,65 0,47 0,8 0,53
Vk(10) 30,1 0,55 0,90 0,69 Vk(10) 30,1 0,55 0,85 0,65
Vk(15) 31,5 0,61 0,95 0,81 Vk(15) 31,5 0,61 0,88 0,75

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Como apenas dois pilares receberão as cargas horizontais, a força nodal em cada andar
será a metade da força total concentrada do vento no andar.
lado maior lado menor
Andar Carga Nodal Andar Carga Nodal
4 andar 15,19kN (F4) 4 andar 11,25kN(F8)
3 andar 15,97kN(F3) 3 andar 11,97kN(F7)
2 andar 15,07kN(F2) 2 andar 11,34kN(F6)
1 andar 13,05kN(F1) 1 andar 9,54kN(F5)

Com todos os carregamentos definidos já podemos iniciar a modelagem dos pórticos


para isso iremos criar uma matriz de eixos para definir cada pórtico

MODELO DOS PÓRTICOS NO FTooL

Teremos que criar 5 arquivos diferentes para os eixos A, B , E , F e G, já que os demais


eixos, por simetria, são iguais.
Para as vigas utilizaremos o módulo de elasticidade de 40% e para os pilares 80%
Ecs(VIGAS) = 11264MPa
Ecs(PILAR) = 22528MPa
Como ainda não sabemos as dimensões dos pilares utilizaremos uma seção de 15x45
para todos os pilares, os acertos são feitos no final com o dimensionamento estrutural.

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EIXO A

EIXO B

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EIXO E

EIXO F

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EIXO G

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Primeiramente veremos se o edifício é estável do pondo vista global. Faremos a análise


somente na direção de menor inércia do prédio, e que também as cargas de vento são
maiores. Utilizaremos o método coeficiente z preconizado pela NBR6118/2015,

1) Peso total do pavimento Tipo


simplificadamente e a favor da segurança, basta somar a carga total do edifício e
subtrair o peso do ÁTICO e dividir por 4 (andares), o pavimento de cobertura terá o
peso do ático somado ao pavimento tipo.

Peso total do edifício 11529,8 kN


Peso do pavimento tipo (11529,8 - 360)/4 = 2792,45kN
Peso da cobertura 2792,45 + 360 = 3152,45 kN

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Se pegarmos a deformação no pórtico com a carga de vento, temos:

4º andar 3,27cm 3º andar 2,7cm

2º andar 1,8cm 1º andar 0,71cm

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Cálculo do z
d do Vento(cm) PELU (kN) DM
4º ANDAR 3,27 3152,45 10308,5115 kN.cm
3º ANDAR 2,7 2762,45 7458,615 kN.cm
2º ANDAR 1,8 2762,45 4972,41 kN.cm
1º ANDAR 0,71 2762,45 1961,3395 kN.cm
DMtotal 24700,876 kN.cm

Força (kN) h (cm) M1


4º ANDAR 30,4 1200 36480 kN.cm
3º ANDAR 32 900 28800 kN.cm
2º ANDAR 30,2 600 18120 kN.cm
1º ANDAR 26,2 300 7860 kN.cm
M1total 91260 kN.cm

z 1,37
Observe que o parâmetro z ficou acima de 1,3 valor que retorna uma estrutura de
muita deslocabilidade, faremos então o enrijecimento dos pilares de
contraventamento do pórtico BB. Utilizaremos pilares de 15 x 60.
Cálculo do z com pilares 15x60
d do Vento(cm) PELU (kN) DM
4º ANDAR 2,49 3152,45 7849,6005 kN.cm
3º ANDAR 1,96 2762,45 5414,402 kN.cm
2º ANDAR 1,23 2762,45 3397,8135 kN.cm
1º ANDAR 0,44 2762,45 1215,478 kN.cm
DMtotal 17877,294 kN.cm

Força (kN) h (cm) M1


4º ANDAR 30,4 1200 36480 kN.cm
3º ANDAR 32 900 28800 kN.cm
2º ANDAR 30,2 600 18120 kN.cm
1º ANDAR 26,2 300 7860 kN.cm
M1total 91260 kN.cm

z 1,24
Com o novo pilar a estrutura passou a ser de média deslocabilidade e os valores dos
esforços de 1ª ordem deverão ser ,majorados em 0,95 x 1,24 = 1,178, para levar em
consideração os esforços de 2ª ordem.
Resolvido o problema da estabilidade global basta dimensionar os pilares e as vigas da
estrutura.

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Modelagem Estrutural e MEF Prof. Ronilson F. Souza

CÁLCULO DA PRUMADA DO PILAR P6


Como o P6 está na interseção dos eixos B e F, retiramos destes pórticos as informações
para o dimensionamento:

Pórtico BB

Md
Nd

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Modelagem Estrutural e MEF Prof. Ronilson F. Souza

Pórtico FF

Nd
Md

Se formos dimensionar o P6 no primeiro pavimento, teremos a seguinte carga:


Nd = 1297,5 + 334,9 = 1632,1kN
Momento na direção de maior inércia: Ma = 95,6kN.m Mb = -11,5kN.m
Momento na direção de menor inércia: Ma = 15,8kN.m Mb = 14,1kN.m
Lembrando que os momentos devem ainda serem majorados pelo coeficiente de 2ª
ordem 1,178, logo:
Momento na direção de maior inércia: Mad = 112,61kN.m Mbd = -13,55kN.m
Momento na direção de menor inércia: Mad = 18,61kN.m Mbd = 16,6kN.m
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