NBR 12212 Poço Tubular - Projeto Poço Tubular Captação Água Subterrânea PDF
NBR 12212 Poço Tubular - Projeto Poço Tubular Captação Água Subterrânea PDF
NBR 12212 Poço Tubular - Projeto Poço Tubular Captação Água Subterrânea PDF
Válida a partir de
30.04.2006
ICS 93.025
Número de referência
ABNT NBR 12212:2006
10 páginas
©ABNT 2006
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© ABNT 2006
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Impresso no Brasil
Sumário Página
Prefácio.......................................................................................................................................................................iv
1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Definições.......................................................................................................................................................2
4 Desenvolvimento de projeto ........................................................................................................................4
4.1 Elementos necessários.................................................................................................................................4
4.2 Atividades necessárias .................................................................................................................................4
5 Requisitos gerais...........................................................................................................................................5
5.1 Vazão...............................................................................................................................................................5
5.2 Proteção .........................................................................................................................................................5
5.2.1 Perímetro de proteção do poço ...................................................................................................................5
5.2.2 Área de proteção do poço ............................................................................................................................5
5.2.3 Selo sanitário .................................................................................................................................................5
5.2.4 Laje sanitária..................................................................................................................................................5
5.2.5 Lacre ...............................................................................................................................................................5
6 Requisitos específicos..................................................................................................................................6
6.1 Perfuração ......................................................................................................................................................6
6.2 Distância entre poços ...................................................................................................................................6
6.3 Diâmetro nominal do poço ...........................................................................................................................6
6.4 Câmara de bombeamento.............................................................................................................................6
6.5 Revestimento .................................................................................................................................................6
6.6 Filtro ................................................................................................................................................................6
6.7 Pré-filtro ..........................................................................................................................................................8
6.8 Extensão da zona de captação ....................................................................................................................8
6.9 Ensaio de vazão.............................................................................................................................................8
6.10 Selamento.......................................................................................................................................................9
6.11 Instalação do conjunto de bombeamento...................................................................................................9
6.12 Disposições finais .......................................................................................................................................10
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
A ABNT NBR 12212 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Projeto de Sistema de Abastecimento de Água (CE-02:144.40). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 31.08.2005, com o número de Projeto ABNT NBR 12212.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 12212:1992), a qual foi tecnicamente
revisada.
1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para a elaboração de projeto de poço tubular para captação de água
subterrânea.
1.2 Esta Norma visa estabelecer procedimentos técnicos para o acesso seguro aos mananciais subterrâneos,
objetivando a extração de água de forma eficiente e sustentável.
b) inexistência de estudo hidrogeológico; caso em que o projeto deve ser parcialmente desenvolvido a partir de
conhecimentos gerais, e concluído após investigações específicas ou por informações conseguidas através
da perfuração de poço de pesquisa.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.
ABNT NBR 5590:1995 – Tubos de aço-carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão a quente,
para condução de fluidos - Especificação
ABNT NBR 6925:1995 – Conexão de ferro fundido maleável classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação –
Especificação
ABNT NBR 6943:2000 – Conexão de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR NM-ISO 7-1, para tubulações
ABNT NBR 13604:1996 – Filtros e tubos de revestimento em PVC para poços tubulares profundos
DIN 4925-1:1999 – Filter pipes unplasticized polyvinyl chloride (rigid PVC, PVC-U) for drilled wells, with cross-
perforation and threaded connection for nominal sizes DN 40 to DN 100
1)
API – American Petroleum Institute
API 5 Ac:1987 – Specification for restricted yield strength casing and tubing
API 5 B:2004 – Specification for threading, gagind, and thread inspection of casing, tubing, and line pipe threads
API 31 A:1997 – Standard Form for Hardcopy Presentation of Downhole Well Log Data
ASTM A 53:2005 – Standard specification for pipe, steel, black and hot-dipped zinc-coated (galvanized) welded
and seamless for ordinary uses
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 água subterrânea: Uma fase do ciclo hidrológico em que a água em subsuperfície encontra-se na zona
saturada, em um único ou em sistemas de reservatórios naturais – aqüíferos – cuja capacidade e volume total dos
poros ou interstícios das rochas estão repletos de água com capacidade de suprir poços e fontes.
3.2 aqüífero: Formação ou grupo de formações geológicas capazes de armazenar e conduzir água subterrânea.
3.3 composição físico-química da água: Características físico-químicas das águas subterrâneas, com os
teores presentes.
3.4 cone de depressão: Rebaixamento do nível da água causado pelo movimento convergente da água do
aqüífero, quando bombeada, resultando em um cone de depressão em torno do poço. A sua forma e dimensão
dependem das características hidráulicas do aqüífero e podem ser determinadas a partir dos dados obtidos no
ensaio de vazão.
3.5 conjunto de bombeamento: Conjunto de materiais e equipamentos utilizados para retirar a água do poço.
De acordo com a necessidade e a disponibilidade de energia, podem ser utilizados, entre outros:
a) bomba submersa ou de superfície acionada por energia elétrica, acoplada à tubulação de recalque (edução);
3.6 filtro: Tubulação ranhurada, perfurada ou espiralada, com abertura contínua para permitir o aproveitamento
da água do(s) aqüífero(s).
3.7 fluido de perfuração: Fluido composto de argilas hidratáveis e/ou polímeros com aditivos químicos
especiais, utilizado na perfuração, com as finalidades principais de resfriar e lubrificar as ferramentas, transportar
os resíduos de perfuração à superfície, estabilizar o furo, impedindo desmoronamentos, controlar filtrações e
espessura de reboco e inibir e encapsular argilas hidratáveis.
3.8 centralizador: Dispositivo externo à tubulação de revestimento, com a finalidade de permitir a sua
centralização e preenchimento do espaço anular de forma eqüidistante.
3.9 lacre: dispositivo colocado no topo do revestimento, que impede o ingresso de animais, líquidos e outras
substâncias que possam contaminar o poço e o aqüífero.
3.11 nível dinâmico (ND): Profundidade do nível de água de um poço, bombeado a uma dada vazão, medida
em relação à superfície do terreno no local.
3.12 nível estático (NE): Profundidade do nível de água de um poço em repouso, isto é, sem bombeamento,
medida em relação à superfície do terreno no local.
3.13 pellets de argila expansiva: grânulos de argila desidratada, processada industrialmente para retardo de
inchamento em contato com água.
3.14 perfilagem elétrica, radioativa, acústica e mecânica: medição de parâmetros físicos e radioativos das
formações geológicas, realizadas com ferramentas específicas descidas no interior do poço e registradas em
papel contínuo.
3.15 perfuração: procedimento de perfurar o solo e formações subjacentes, executado com sonda perfuratriz.
O diâmetro e a profundidade são funções da necessidade, da disponibilidade hídrica e da geologia.
3.16 poço de pesquisa: Poço perfurado com a finalidade de avaliar a geologia, litologia e a capacidade
hidrodinâmica do(s) aqüífero(s).
3.17 poço tubular: obra de hidrogeologia de acesso a um ou mais aqüíferos, para captação de água
subterrânea, executada com sonda perfuratriz mediante perfuração com diâmetro nominal de revestimento mínimo
de 101,6 mm (4”), pode ser parcial ou totalmente revestido em função da geologia local.
3.19 raio de influência: Igual ao raio da área de influência máxima do cone de depressão gerado no poço
bombeado.
3.21 revestimento: Tubulação que forma as paredes do poço nas camadas desmoronantes não produtivas e
que define seu diâmetro nominal. Possui diâmetro e composição variados, sendo aplicada na perfuração, com
finalidade de sustentar as paredes do poço em formações inconsolidadas e desmoronantes, manter a
estanqueidade, isolar camadas indesejáveis e aproveitar camadas produtoras.
3.22 rocha cristalina: Agregado natural formado por um ou mais minerais, que constitui parte essencial da
crosta terrestre, de origem magmática ou metamórfica, com variados graus de dureza, normalmente altos.
3.23 rocha sedimentar: Agregado natural originado da erosão/alteração, transporte, deposição ou precipitação e
diagênese de qualquer tipo de rocha.
3.24 selamento: Isolamento através do preenchimento do espaço anular entre a perfuração e a coluna de
revestimento com cimento e/ou pellets de argila expansiva, ou outra técnica que evite a percolação de águas
superiores pela parede externa do revestimento.
3.25 surgência: Jorro espontâneo de água subterrânea causado pela pressão positiva, acima da cota da
superfície do terreno.
3.26 ensaio de vazão: Ensaio de bombeamento realizado em um poço tubular ou sistema de poços, com
objetivo de determinar as características hidrodinâmicas do(s) poço(s) e permitir o dimensionamento das
condições de explotação. Deve ter controle das vazões, rebaixamentos e recuperação.
3.27 tubo de boca: Tubulação de aço com diâmetro compatível, instalado nas camadas iniciais, com a finalidade
de isolar e manter estável a boca do poço durante os trabalhos de perfuração.
3.29 vazão de explotação: Vazão ótima que visa o aproveitamento técnico e econômico do poço; fica situada no
limite do regime laminar e é definida pela curva característica do poço (curva-vazão/ rebaixamento).
4 Desenvolvimento de projeto
O projeto de captação de água subterrânea através de poço ou sistema de poços pressupõe o conhecimento de:
a) vazão pretendida;
e) planta topográfica da área de interesse, com a localização e o cadastro das obras e dos poços existentes e
piezometria.
O projeto de poço tubular para captação de água subterrânea deve compreender os seguintes itens:
g) previsão do(s) aqüífero(s) a ser(em) explotado(s), tipo e geometria, do potencial e do nível piezométrico;
j) revestimento com especificação dos critérios para obter-se a estanqueidade na coluna cega e o
posicionamento e colocação dos filtros, quando estes forem necessários;
5 Requisitos gerais
5.1 Vazão
5.1.1 O projeto de exploração do poço deve assegurar vazão contínua e constante sem prejuízo da qualidade
da água. Durante a sua vida útil, deve ser controlado e monitorado como parcela do recurso hídrico regional.
5.1.2 O projeto de monitoramento dos poços tem por objetivo a detecção precoce de alterações nas
características hidrogeológicas dos poços e aqüífero(s).
5.2 Proteção
O perímetro de proteção do poço deve ser definido considerando as características hidrogeológicas da região e
particularidades locais. O laudo técnico fundamentado define as condições de proteção quando condições
particulares indicam necessidade de projeto específico.
A área circunscrita à laje sanitária deve ser protegida com alvenaria, tela, cerca ou outro dispositivo que impeça o
acesso de pessoas não autorizadas e permita a manutenção dos equipamentos, tendo no mínimo 1 m2.
Preenchimento do espaço anular entre a parede da perfuração e a coluna de revestimento, com espessura
mínima de 75 mm, com a finalidade de preservar a qualidade das águas subterrâneas e de as proteger contra
contaminantes e infiltrações de superfície. Depende da geologia local, sendo aconselhável uma profundidade
mínima de 12 m.
Deve ser prevista a construção de uma laje de concreto com dimensão mínima de 1 m2 e espessura de 10 cm,
concêntrica ao tubo de revestimento e com declividade para as bordas.
5.2.5 Lacre
Instalado o equipamento de bombeamento, o poço deve ser protegido por um lacre que o proteja de
contaminações superficiais, impedindo o acesso de animais, líquidos e outras substâncias que possam alterar as
qualidades originais da água. Deve permitir o acesso para controle, manutenção e monitoramento e, nos poços
surgentes, impedir o desperdício de água.
6 Requisitos específicos
6.1 Perfuração
6.1.1 O diâmetro e a profundidade da perfuração são determinados pela vazão pretendida, disponibilidade
hídrica e geologia local.
6.1.2 O diâmetro da perfuração deve sempre levar em conta o diâmetro dos tubos e filtros a serem instalados,
sendo aconselhável um espaço anular mínimo de 75 mm, para possibilitar a livre descida da coluna de
revestimento, do pré-filtro e um selamento seguro.
A distância entre poços deve ser baseada na hidrogeologia local, levando em conta o raio de influência dos poços,
no sentido de evitar interferência entre eles. No caso de sistemas de poços é obrigatório o planejamento e
gerenciamento das interferências.
6.3.1 O diâmetro nominal do poço deve levar em conta as características do conjunto de bombeamento e sua
profundidade de instalação.
6.3.3 É recomendado o diâmetro nominal mínimo de 150 mm, sendo tolerados, em condições especiais, os
diâmetros de 125 mm e 100 mm para poços de pequena vazão.
A câmara de bombeamento deve ter diâmetro compatível com a vazão e o diâmetro da bomba a ser instalada,
respeitando-se o espaço anular mínimo especificado pelo fabricante da bomba.
6.5 Revestimento
6.5.1 O revestimento deve ser especificado quanto à natureza, resistência mecânica, corrosão, estanqueidade
das juntas, manuseabilidade na colocação, resistência às manobras de operação e manutenção do poço.
6.5.2 Em poços parcialmente revestidos, o revestimento deve avançar no mínimo 3 m na rocha não
desmoronável, a fim de obter absoluta estanqueidade na transição da formação inconsolidada para a consolidada.
6.5.3 Devem ser aplicados centralizadores a intervalos regulares, de modo a permitir a eqüidistância entre o
diâmetro perfurado e o revestimento.
6.5.4 O tubo de revestimento deve ser especificado conforme a ABNT NBR 5590, ABNT NBR 6925,
ABNT NBR 6943, ABNT NBR 13604, DIN 2440, DIN 2442, DIN 4925, API 5 A, API 5Ax, API 5 Ac, API 5B, API 5 L
e ASTM A 53.
6.6 Filtro
6.6.1 Os poços cujos intervalos produtivos a serem aproveitados estiverem em aqüíferos inconsolidados e/ou
desmoronantes devem ser providos de filtros.
6.6.2 O trecho do intervalo produtivo em rocha consolidada que possuir, estritamente, instabilidade estrutural
deve ser provido de filtro.
6.6.3 Em aqüíferos múltiplos, com características hidráulicas confinantes e livres, deve se adotar a melhor
disposição dos filtros, tendo em vista garantir a individualidade dos aqüíferos e a eficiência hidráulica da captação.
6.6.4 O diâmetro interno dos filtros deve ser compatível com os tubos lisos, com o diâmetro da bomba e com os
implementos de explotação da água, e ser suficiente para manter a velocidade vertical máxima de 1,5 m/s.
6.6.5 O comprimento das seções de filtros deve ser estabelecido após o conhecimento das características dos
aqüíferos seccionados (espessura das camadas saturadas, pressões e produtividade desejada) e dos próprios
filtros, sendo calculado conforme a equação a seguir:
Q
L= ⋅ 100
3,14 Ao.D.V
Onde:
Ao é a área aberta total; relação entre ao somatório das áreas individuais das ranhuras e a área da
superfície total do filtro, característica do tipo de filtro utilizado, em percentual;
6.6.6 O dimensionamento da abertura dos filtros (ranhuras) deve ser feito com base nas granulometrias do
aqüífero e do pré-filtro.
6.6.7 As aberturas dos filtros devem reter o mínimo de 85% do material do pré-filtro, com granulometria
selecionada pela curva granulométrica do aqüífero.
6.6.8 No caso de instalação dos filtros sem pré-filtro, as aberturas devem reter de 30% a 40% do material do
aqüífero, para coeficiente de uniformidade maior que 6,0, e de 40% a 50%, para coeficiente menor que 6,0.
6.6.9 O filtro deve ser especificado contendo no mínimo as informações referentes ao tipo de material,
resistência mecânica, diâmetros internos e externos, tipo e dimensões da abertura e área útil percentual.
6.6.10 Os filtros devem apresentar suficiente robustez mecânica para resistir aos esforços externos de tração e
de compressão diametral de acordo com a profundidade de instalação.
6.6.11 A escolha dos filtros deve levar em consideração a ação corrosiva ou incrustante da água subterrânea.
6.6.12 Os parâmetros constantes da tabela 1 são indicadores usuais da ação corrosiva ou incrustante.
Tabela 1 — Indicadores
6.7 Pré-filtro
6.7.2 O espaço anular mínimo entre a perfuração e a coluna de revestimento, para aplicação de pré-filtro, deve
ser de 75 mm.
6.7.3 O material a ser utilizado como pré-filtro deve ter constituição mineralógica quartzosa, com grãos
subarredondados a arredondados, e com as seguintes características:
a) granulometria tal que 70%, em massa, sejam retidos em peneira de abertura compreendida entre quatro e
seis vezes a que reteria igual porcentagem da amostra friável;
6.7.4 O perfil granulométrico do pré-filtro deve assegurar valores de turbidez dentro dos padrões sanitários.
6.7.5 O conjunto filtro e pré-filtro deve reter no mínimo 90%, em massa da formação geológica.
6.8.1 A extensão da zona de captação deve ser dimensionada para atender à vazão projetada.
6.8.2 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos livres, é conveniente a penetração total do poço e
aplicação de filtros no terço inferior da formação aqüífera.
6.8.3 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos confinados, é conveniente a penetração em toda a sua
espessura, prevendo-se a colocação de filtros na máxima extensão, conforme o caso.
6.8.4 Para um aproveitamento eficiente de aqüíferos semiconfinados, devem ser aplicados os filtros apenas nos
intervalos permoporosos, detectados pela descrição das amostras de calha e ou pela perfilagem elétrica.
6.9.1 Após conclusão do poço, deve ser realizado ensaio de vazão, com a utilização, quando possível, de poços
de observação para a determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero.
6.9.2 Em sistemas de poços, devem ser realizados ensaios de vazão com a utilização de poços de observação
para a determinação das características hidrodinâmicas do aqüífero
6.9.3 Para a determinação da vazão de explotação e dos parâmetros hidráulicos em poço único, sem poço de
observação, o ensaio de vazão deve ter duração mínima de 24 h, com vazão constante, seguido de medidas de
recuperação do nível. O tempo de medição da recuperação deve ser o suficiente para que esta atinja no mínimo
80% do rebaixamento medido.
6.9.4 Para poços com vazões superiores a 5 000 L/h, pode ser executado também ensaio de vazão escalonado,
que visa medir as perdas de carga e vazão explotável.
6.9.5 A vazão estimada do poço pode ser avaliada durante sua construção, por meio de ensaios operacionais,
quando as características geológicas do aqüífero permitirem.
6.9.6 Os procedimentos do ensaio de vazão devem ser realizados com equipamento que ofereça condições
flexíveis de operação no poço, quanto à vazão e medição do nível dinâmico.
6.9.7 O resultado final dos ensaios deve ser formalizado em relatório consubstanciando informações, registros e
análise do desempenho do poço (prescritos em 6.9.2).
6.9.8 A vazão de explotação do poço e o correspondente nível dinâmico são fixados em função de análise dos
ensaios de bombeamento.
6.9.9 Para sistema de poços, os ensaios de vazão devem considerar e quantificar a interferência entre eles.
6.9.10 Em aqüíferos confinados, a profundidade do nível dinâmico não deve ser inferior à cota superior do
aqüífero captado.
6.10 Selamento
6.10.1 Para prevenir riscos de contaminação ou mineralização, o poço deve ser selado em toda a extensão
necessária ao isolamento, utilizando mistura de água e cimento ou pellets de argila expansiva ou outra técnica que
evite a percolação de águas superiores pela parede externa do revestimento.
6.10.2 O processo de selamento utilizado deve permitir o fechamento do espaço anular concêntrico ao
revestimento.
6.10.3 Caso o selamento seja feito com cimento, deve ser indicada a densidade da pasta nos trechos a serem
cimentados.
6.11.1 A escolha do conjunto de bombeamento deve ser feita em função dos seguintes fatores:
c) temperatura da água;
6.11.2 A profundidade de instalação da bomba deve ser definida em função da vazão e nível dinâmico.
6.11.3 Na instalação do equipamento de bombeamento, deve ser prevista a colocação de um tubo lateral para
medição do nível da água.
6.11.4 O diâmetro da bomba submersa não deve permitir velocidade no espaço anular entre o diâmetro máximo
do motor e o diâmetro mínimo do poço na câmara de bombeamento superior a 3,7 m/s nem inferior a 0,1 m/s, em
qualquer condição de operação e em função das características do equipamento.
6.11.5 Nos recalques de poços profundos, deve ser feito o estudo de golpe de aríete, em função das
características dos equipamentos.
O poço concluído deve ser mantido com tampa e lacrado até a instalação do equipamento de bombeamento.