Apostila - Gestão de PPP
Apostila - Gestão de PPP
Apostila - Gestão de PPP
a) Produtos de consumo
3
São os produtos comprados pelo consumidor para seu próprio uso ou para o uso de
outrem. São produtos destinados ao consumidor final. Se alguém adquirir 1kg de carne para o
consumo próprio, de sua família ou de outra pessoa, podemos afirmar que está adquirindo um
produto de consumo. Nesta categoria temos outra sub-divisão: 1) produtos de conveniência,
2) produtos de comparação, 3) produtos de especialidades e 4) produtos não procurados (ver
Quadro 2), conforme o hábito de compra dos consumidores.
Materiais e peças
São bens que entram no processo de fabricação dos produtos manufaturados. São
componentes que fazem parte de um produto maior e se dividem em duas classes: as matérias-
primas e os materiais manufaturados.
As matérias-primas, por sua vez, subdividem-se em dois grupos: materiais
agropecuários e produtos naturais. Como materiais agropecuários podemos citar o trigo, o
algodão, os legumes, as verduras e o gado, que comporão um produto maior. Por exemplo: o
trigo é utilizado para fabricar farinha, que é usada no beneficiamento de pães, massas e bolos.
O algodão é empregado na produção de tecidos que, por sua vez será utilizado na produção de
vestuário. Os legumes, as verduras e o gado são usados na produção de alimentos.
Ainda como exemplos de produtos naturais temos os peixes, que são empregados na
produção de alimentos; a madeira, usada na produção de móveis; e o minério de ferro,
utilizado na fabricação de componentes para a indústria automotiva.
Os materiais e peças manufaturados dividem-se em duas categorias: materiais
componentes e peças componentes. Os materiais componentes, tais como ferro, fibras têxteis,
cimento e fios condutores, são os submetidos a processos de transformação adicionais. Por
4
Bens de capital
São produtos que fazem parte da produção ou das operações de quem o compra. São
bens que constituem o capital da empresa. Dividem-se em instalações e equipamentos
acessórios. São consideradas instalações as construções e os equipamentos pesados, como os
geradores, prensas, tornos, aparelhos de solda e elevadores mecânicos, entre outros.
Os equipamentos acessórios incluem utilidades para escritórios, como computadores,
escrivaninhas, mesas, prateleiras, cadeiras, telefone, aparelhos de fax e máquinas e
ferramentas portáteis, como ferramentas de mão, empilhadeiras, caminhões. Estes
equipamentos têm vida mais curta do que as instalações e auxiliam no processo de produção.
fim de sua vida útil. (VALLE, 2002, p. 145). Na prática esta análise é referida como “do
berço ao túmulo” (cradle to grave). Do ponto de vista da gestão ambiental, a avaliação de
impacto do ciclo de vida de um produto é regulada pela norma ISO 14.042:2000. Esta análise
pela norma ISO, não compreende os aspectos mercadológicos que analisa o produto desde a
sua introdução no mercado (nascimento), até a sua retirada (morte). (BARBIERI, 2006, p. 145
e 146). Este artigo propõe que a análise do Ciclo de Vida de um Produto compreenda,
concomitantemente, tanto os aspectos mercadológicos, quanto os da produção e meio
ambiente.
Com relação ao ciclo de vida de um produto, considerando os aspectos
mercadológicos, Kotler (1999) define quatro fases considerando as vendas e cinco fases,
considerando os lucros obtidos com as vendas. Estas fases são:
I – Desenvolvimento do produto : começa quando a empresa encontra e desenvolve a idéia de
um novo produto. Durante esse desenvolvimento, as vendas são iguais a zero e os custos do
investimento são crescentes. Aparece na figura como lucro “negativo”.
II – Introdução : período de lento crescimento das vendas à medida que o produto é
introduzido no mercado. Não há lucros nesse estágio devido aos altos custos da introdução.
Especialmente com propaganda e distribuição.
III – Crescimento : período de rápida aceitação no mercado e de lucros crescentes. Isto
supondo que o produto foi aceito pelo mercado.
IV – Maturidade : período em que o crescimento das vendas diminui. As vendas começam a
diminuir, pois outros novos produtos concorrentes estão se projetando. Gasta-se muito
dinheiro com propaganda para enfrentar a concorrência.
V – Declínio : período em que as vendas e os lucros caem. Isto ocorre por obsolescência e ou
devido produtos concorrentes.
A figura 1 mostra estas fases de vendas e lucros, segundo Kotler (1999).
metálicos. Talvez o campo da pesquisa científica atual, que mais tem recebido atenção seja o
da indústria farmacêutica, procurando uma vacina para a AIDS. Há mais de 10 anos que estão
sendo gastos bilhões de dólares, basicamente tentando-se entender os fenômenos científicos
envolvidos na contaminação e propagação da doença. A partir daí poderão ser desenvolvidos
novos produtos, como vacinas preventivas e remédios para tratamento dos doentes.
Muitas pesquisas são desenvolvidas de forma a criar novos produtos e objetos,
baseando-se em conceitos e fenômenos científicos já conhecidos. Este é o conceito da
pesquisa tecnológica aplicada, como por exemplo, na busca de telefones celulares cada vez
menores e com o mínimo de emissão de ondas prejudiciais aos usuários.
Finalmente têm-se as pesquisas aplicadas a produtos e objetos existentes, onde se
procura dar nova forma física ou nova utilização. Neste caso, além do fenômeno científico já
dominado, tem-se o produto em uso. Esta forma de criar novos produtos é muito utilizada por
empresas que não possuem grandes volumes de capital financeiro, para investimento em
pesquisas puras. Neste caso a pesquisa parte das necessidades do mercado e desenvolvimento
do produto para atender estas necessidades. Muitas vezes criam-se novos produtos que
embutem patentes de processos existentes, onde se pagam direitos aos detentores da patente.
Esta apostila propõe que o nascimento de um produto, seja fruto de uma ampla
pesquisa de mercado, considerando-se principalmente todos os impactos ambientais. Ou seja,
além de atender às reais necessidades do mercado, o produto deve causar o menor impacto
ambiental possível, utilizando materiais renováveis e recicláveis.
Por mais simples que seja, todo produto causa impacto ambiental. Desde a coleta da
matéria prima, fabricação, uso e descarte, em toda a cadeia produtiva existe impacto
ambiental. Um dos grandes desafios atual da humanidade é exatamente este, produzir cada
vez mais, com o mínimo de impacto ambiental. De forma geral nossos processos produtivos
são extremamente dispendiosos e poluentes. Após mais de 250 anos, da primeira revolução
industrial, ainda utilizamos mal os recursos naturais. Apenas para ilustrar tal fato é transcrita a
seguinte afirmação, citada por Slack (2002, p. 699), com dados de 1996.
7
I - Pesquisa de Mercado
Esta fase, além de ser o início, é crucial tanto para a produção quanto para a proteção
do meio ambiente. É importantíssimo que os consumidores sejam ouvidos, para se descobrir
8
II - Pesquisa do produto
Após descobrir o que o mercado (consumidores) necessita, inicia-se a pesquisa do
produto em si. Aqui está o grande desafio produto/meio ambiente. Como criar produtos que
utilizem poucos materiais e que causem o mínimo de impacto ambiental? Isto só é possível
em empresas comprometidas com a gestão ambiental, especialmente as certificadas pela
norma ISO 14000. A equipe de engenharia do produto, além de bem preparada, tem que ter
comprometimento com as questões ambientais.
Nesta fase, além de avaliar os impactos ambientais, a equipe tem que considerar: o
consumo de matérias primas e seus processos de produção e obtenção; os processos de
obtenção e produção de todos os materiais complementares e demais insumos; a forma de
processamento de todos os materiais empregados no produto pesquisado; a forma como o
produto será utilizado, ao longo de toda a sua vida útil; a reciclagem, tratamento e disposição
dos materiais provenientes do produto, após a sua vida útil. (VALLE, 2004, p. 146).
exemplo: 2 litros de gasolina e 1.000 litros de água, para produzir 1 litro de suco de laranja e
15.000 litros de água, para produzir 1 quilo de carne bovina. (ABRANTES, 2005, p. 28).
VI - Maturidade do produto
Por melhor que seja o produto, por mais tempo que ele se mantenha no gosto dos
consumidores, tanto devido ao comportamento próprio dos consumidores, quanto devido à
concorrência, uma hora as vendas param de crescer. Uma vez que a empresa ouça o mercado,
através de melhorias no produto e com novo esforço de marketing, pode-se conseguir não só
prolongar esta fase, mas muitas vezes até fazer crescer as vendas e entrar em um novo ciclo
de crescimento. Mesmo prolongando esta fase da maturidade, inevitavelmente, uma hora o
produto entra em declínio.
Aos primeiros sinais de maturidade, a empresa já tem que estar toda planejada para
novos lançamentos, sendo que a pesquisa de mercado já foi feita, pelo menos, tão logo o
antigo produto tenha sido desenvolvido e iniciada a sua produção. O ideal é que a empresa
esteja, continuamente, pesquisando e desenvolvendo vários produtos ao mesmo tempo, pois,
por mais que se pesquise, nada garante o sucesso. O mercado é soberano, ou melhor, os
consumidores são imprevisíveis.
Veja que o produto é muito mais do que a oferta básica, na qual muitas empresas,
cujos gestores possuem visão restrita, concentram-se. Para desenvolver uma boa gestão de
produtos, é preciso entender que produto é um conjunto que visa a gerar uma percepção
melhor ao cliente, do que o conjunto ofertado pelos competidores.
Nas subseções a seguir vamos explicar cada um dos pontos elencados por Kotler e
Armstrog (1999).
11
a) Qualidade
Quando questionados sobre o que diferencia suas empresas das corporações
concorrentes, a maioria dos gestores é categórica ao afirmar que é a qualidade dos produtos. O
que vem, no entanto, a ser qualidade?
Kotler e Armstrong (1999) entendem que qualidade é a capacidade do produto de
desempenhar suas funções. Já Rocha e Christensen (1999) têm uma visão mais mercadológica
e definem qualidade como tudo o que o consumidor acha que é. Para Kotler e Keller (2006),
existem dois tipos de qualidade: a de desempenho e a de conformidade.
Qualidade de desempenho é o nível no qual o produto opera. Existem quatro níveis de
qualidade de desempenho: 1) baixo, 2) médio, 3) alto e 4) superior. O nível de qualidade de
um produto deve ser determinado pelo fabricante e deve se basear nas características do
mercado-alvo e no desempenho dos concorrentes.
Por exemplo: muitos produtos eletroeletrônicos produzidos na China possuem nível de
qualidade de desempenho baixo e médio, mas nem por isso deixam de ter mercado. Enquanto
a concorrência concentra-se em produzir bens de qualidade alta e superior para um público-
alvo pertencente à classe média-alta, as empresas chinesas definiram como público alvo a
classe média-baixa. Quem compra produtos eletroeletrônicos chineses paga um preço baixo,
mas tem consciência que a vida útil e o desempenho podem ser inferiores aos produtos da
concorrência.
Geralmente a melhoria contínua de um produto, ou seja, investimentos em programas
de qualidade, cujo objetivo é ter qualidade alta ou superior em produtos, traz maiores retornos
financeiros e maior participação de mercado às empresas. Por outro lado, reduzir a qualidade
para compensar custos de produção implica sérias consequências, como a perda de
credibilidade e a consequente redução da participação de mercado.
A qualidade de conformidade significa padronização, ou seja, todas as unidades
produzidas devem ser idênticas, atendendo às especificações prometidas. Suponha que um
automóvel Ford Ka seja projetado para consumir 19 litros de gasolina por quilômetro rodado.
Se todos os veículos Ford Ka produzidos fizessem isso, podemos afirmar que o modelo tem
alta qualidade de conformidade. Caso contrário, desapontará alguns compradores e trará
sérios problemas de credibilidade à marca. Para além da qualidade em si, no entanto, há a
qualidade do produto e a qualidade percebida pelo cliente.
b) Forma
Alguns produtos podem ser oferecidos sob várias formas, tamanhos ou formatos.
Considere, por exemplo, a marca de refrigerantes “Guaraná Antarctica”. Ela é envasada e
comercializada em garrafas PET de 600ml, 1litro, 1,5 litro, 2 litros, 2,5 litros, 3,3 litros, em
garrafas de 290ml e em latas de 350ml.
c) Características
12
Produtos também podem ser oferecidos com características variáveis. Vão desde o
modelo básico, sem quaisquer acessórios, até modelos de alto padrão, com mais dispositivos,
que funcionam como ferramentas competitivas para se diferenciar da concorrência.
A marca Lexus, ao lançar o automóvel modelo LS 600 H, procurou diferenciar-se da
concorrência acrescentando câmera traseira em seu automóvel, cujo monitor fica junto ao
vidro dianteiro, substituindo o espelho interno. Além disso, esse veículo oferece bancos
traseiros com encosto para as pernas dos caroneiros. Estes acessórios possuem grande
utilidade. A câmera, porque o espelho tradicional possuía sérias limitações de ajuste; já o
encosto nos bancos traseiros para as pernas é muito bem-vindo, especialmente em viagens
longas, ajudando no descanso dos usuários.
Como é possível, no entanto, identificar novas características e decidir quais devem
ser acrescentadas ao produto? A resposta é única: pesquisas periódicas junto a clientes,
prospects e suspects.
d) Estilo e design
O que é estilo? Qual é a diferença entre estilo e design? Estilo, muitas vezes
confundido com design, é o conjunto do visual do produto, a sensação que o produto passa, a
percepção que ele gera, o status que ele proporciona e o estilo de vida que se pressupõe sobre
os proprietários e/ou usuários destes produtos. Os consumidores pagam mais caro por
produtos da Porsche porque eles têm, dentre outras coisas, um visual diferenciado. O estilo é
uma fonte de diferenciação difícil de ser copiada. Para obter vantagem competitiva, contudo,
basta apenas ter um visual incrível?
A resposta é “não”. Além de uma bela aparência, um produto, para se destacar, deve
ter um conjunto de características, como visual atraente e funcionalidade. A Porsche não tem
sucesso apenas pela aparência de seus produtos. O formato arredondado de seus carros, além
de proporcionar uma aparência destacada, também proporciona uma maior estabilidade ao
veículo que, por sua vez, possibilita ao condutor acelerar a mais de 200 km/h sem correr o
risco de desestabilizar o automóvel. Então, o design contribui tanto para a utilidade,
funcionalidade e desempenho, quanto para a aparência do produto. A diferença entre estilo e
design está evidenciada na Figura 3.
Agora que já definimos o que podem ser considerados atributos de um produto, vamos
passar ao segundo ponto indicado por Kotler e Armstrong (1999) no que se refere a aspectos
de marketing relacionados ao desenvolvimento de ações relativas a produtos individuais (ver
Figura 1 desta Unidade).
3.1.2 – Marcas
Consumidores consideram a marca uma parte importante do produto. Elas valorizam o
produto. O Romanée-Conti é o mais consagrado e mais caro vinho tinto do mundo.
Dependendo da antiguidade e raridade da safra, paga-se mais de € $ 22.000,00 a garrafa de
1,5 litro. Se, no entanto, o mesmo vinho for posto dentro de uma garrafa PET, sem rótulo ou
marca, como alguns produtores de vinho colonial em muitos municípios do interior do Rio
Grande do Sul fazem, possivelmente não se obterá mais do que R$ 10,00 por 2 litros.
Provavelmente seria considerado um produto de qualidade inferior, mesmo com o idêntico
aroma, sabor, cor, envelhecimento. O que explica isso?
A explicação é simples. A marca tornou-se um ponto importante na estratégia do
produto. A marca revela os atributos do produto. Por exemplo: a marca de carros Lexus é
sinônimo de conforto e luxo. Já a Mercedes-Benz destaca-se pela durabilidade e prestígio. A
Volkswagen é reconhecida pelo alto valor de revenda, durabilidade e baixo custo de
manutenção.
A marca também revela os benefícios dos produtos, como durabilidade, prestígio e boa
concepção. Muitas pessoas compram produtos de alto valor e de marcas reconhecidas para se
sentirem importantes e admiradas.
A marca também mostra os valores da empresa. Por exemplo: a Mercedes-Benz preza
pelos valores de seus produtos. Já a Caterpillar é reconhecida pela durabilidade de seus
produtos e pelo serviço de assistência técnica, rápida e eficiente.
A marca também projeta a personalidade de uma pessoa. Quem possui uma Ferrari
pode ser considerada uma pessoa expansiva, moderna e com personalidade de um jovem,
independentemente da idade. Já quem possui um Mercedes-Benz, geralmente revela um estilo
de vida mais formal, maduro e tradicional. Esses dois exemplos sugerem que a marca atrai as
pessoas, cujas auto-imagens reais ou desejadas encaixam-se na imagem da marca do produto.
3.1.3 Embalagem
A embalagem nasceu com o objetivo de facilitar o transporte e proteger o produto
durante sua passagem pelos canais de distribuição até chegar aos consumidores. Com o passar
do tempo, contudo, a embalagem assumiu novas funções, como identificar a marca, transmitir
informações descritivas e persuasivas, fornecer dados sobre armazenagem em casa e sobre o
consumo do produto.
Nos últimos tempos, a embalagem tem se tornado uma importante ferramenta de
marketing. Veja o exemplo a seguir: um dos problemas enfrentados pelas indústrias de leite
referia-se à vida útil deste produto, além da pouca proteção oferecida pela embalagem de
filme plástico, os populares “saquinhos de leite”. A Tetra Pak resolveu este problema criando
a embalagem para o leite longa vida. Aproveitando o exemplo do leite longa vida, um dos
principais problemas era a dificuldade de abrir a caixinha. Surge, então, a embalagem com
tampa. Estes dois exemplos revelam como as empresas podem obter vantagem competitiva
utilizando-se de embalagens inovadoras e tratando estrategicamente este tema.
3.1.4 – Rótulos
O rótulo pode ser uma simples etiqueta presa ao produto ou um projeto gráfico bem
elaborado que faz parte da embalagem. No rótulo pode conter apenas o nome da marca e
14
algumas informações exigidas por lei, ou muitas informações que auxiliam e estimulam o
consumidor.
O rótulo desempenha várias funções. Veja algumas delas:
Identifica o produto ou marca;
Pode classificar o produto;
Pode descrever o produto:
• quem fabricou;
• onde e quando foi fabricado;
• o que contém;
• como deve ser usado;
• informações nutricionais (no caso de bebidas e alimentos);
• como usá-lo com segurança;
• outras informações exigidas por lei.
Diferenciação:
“É a capacidade que uma empresa tem de ser percebida
como diferente dos concorrentes, em função de suas
vantagens competitivas. Ela pode se diferenciar a partir
da segmentação de seu mercado, seu posicionamento e
seu Mix de marketing (produto, preço, promoção e
ponto-de-venda/distribuição).”
Para a diferenciação de produtos, a empresa conta com uma extensa gama de parâmetros:
► Forma: tamanho e quantidade, estrutura física da vinícola, garrafas numeradas
indicam produção limitada
► Características: tipo de uva, aroma, cor, sabor, vinho jovem, vinho frisante, variedade
vinífera
► Desempenho: qualidade do produto, qualidade da safra, ocasião mais adequada para
consumo
► Conformidade: especificações técnicas, certificações, premiações
► Durabilidade: idade do vinho, validade do suco de uva, conservação
► Confiabilidade: posicionamento e imagem da marca, tradição, tempo de mercado,
experiência
► Facilidade: forma de acondicionar, servir, consumir, informações úteis ao cliente para
simplificar a forma de consumir
► Estilo: conceito do produto junto ao mercado-alvo, imagem e posicionamento
(moderno, clássico, jovem, inovador)
► Design: apresentação dos produtos, das cores, dos rótulos, da embalagem, da
comunicação e as ferramentas utilizadas
Nem toda diferença é considerada significativa. Ela deve ser estabelecida até satisfazer
os seguintes critérios:
► Importância: oferece um benefício de alto valor
► Destaque: é oferecida de maneira destacada
► Superioridade: é superior a outras maneiras de se obter o benefício
► Exclusividade: não pode ser facilmente copiada pela concorrência
► Acessibilidade: o comprador deve poder pagar pela diferença
► Lucratividade: deve ser lucrativa para a empresa
Exemplos:
► Uma pequena vinícola poderá se diferenciar pela confiabilidade no processo produtivo
de menor escala. Assim, a imagem dos produtos pode ser trabalhada para passar esse conceito
familiar agregando valor a um determinado perfil de cliente. Já o posicionamento dessa
mesma vinícola pode considerar a tradição, a qualidade, o conceito familiar e trabalhar essa
imagem na mente do consumidor.
► A diferenciação poderá ser pelo desempenho ao ter um vinho que traduz a
exclusividade em uma produção de pouquíssimas garrafas e que tenham sido premiadas ou
que tenham o reconhecimento de pessoas especializadas.
16
Posicionamento é...
...um conceito crucial, que lembra que as escolhas dos clientes são feitas numa base
comparativa, e um produto só será escolhido se fizer parte claramente de um processo de
seleção.
O posicionamento não é o que você faz com um produto, mas sim o que você faz para
fixá-lo na mente de seu potencial cliente. Portanto, posicionar significa criar uma referência
única, afastando-se dos concorrentes.
É a imagem que o consumidor-alvo tem de seu produto, qual diferencial é atrativo, o
que se associa a ele. ...um conceito crucial, que lembra que as escolhas dos clientes são feitas
numa base comparativa, e um produto só será escolhido se fizer parte claramente de um
processo de seleção.
► Popular: Cobra por peso a refeição que o cliente serve no prato. Neste caso, os itens
preço e promoção são fundamentais.
Posicionamento = preço baixo.
► Fast Food: No fast food o ponto (localização), preço e padrão (sanduíches e pratos
dentro de normas de homogeneidade) e a rapidez nos preparos são fundamentais.
Posicionamento = rapidez na prestação de serviço.
Dicas e comentários
É importante não tentar ser “tudo pra todo mundo”. Ou seja, apresentar uma promessa
muito complexa como: o melhor preço, a melhor qualidade, o mais premiado, o mais
famoso, etc.
Um vinho vendido no varejo com preço de entrada (preço abaixo dos principais
concorrentes) pode ser percebido como popular. Dificilmente esse mesmo vinho terá
sucesso em um mercado de luxo.
de Massa de Segmento
de Nicho Individual
Produtos específicos para uma Produtos personalizados
quantidade menor de clientes
► Sob medida
► Comunicação com clientes ► Processo altamente
► Marketing direto customizado
► Maior nível de customização ► Bancos de dados detalhados
Exemplos: Exemplo:
Espumante sem álcool, vinho Vinho exclusivo para colecionadores,
licoroso, suco orgânico garrafas limitadíssimas
Hotel Boutique, Hotel Spa, Vinícola (exclusividade)
Boutique Havaianas H.Stern, Havaianas
Havaianas Surf: para surfistas personalizadas para aniversários e
18
► Atributo: Pode ser utilizado quando existe uma característica marcante que diferencie
o produto de seus principais concorrentes e é suficiente para ocupar um espaço na cabeça dos
consumidores. Exemplos: Vinhos do Brasil em relação aos importados, vinhos com DO
► Benefícios: Cabe à empresa, nesse caso, posicionar o produto como líder em algum
benefício que é entregue ao público-alvo de maneira a encantá-lo, fidelizando suas ações de
compra. Exemplo: Suco de Uva 100%
► Uso / Aplicação: Apresenta o produto como mais apropriado para ser usado ou
aplicado em uma situação específica. Exemplo: Espumante/Ice
► Usuário: Associa o produto a uma determinada categoria de usuário, com base em
características como estilo de vida, traços de personalidade, história de vida, etc. Ocorre na
medida em que o produto se coloca como o melhor para um ou mais grupos de usuários.
Exemplo: Vinhos de colecionadores
► Concorrente: Compara o produto ou marca com um concorrente, buscando facilitar a
compreensão do posicionamento ou situar-se como uma alternativa melhor que a do
concorrente. Exemplo: Vinhos de mesa e vinhos finos de entrada
► Categoria de produto: Ranqueia o produto como líder em determinada categoria. É
mais usado quando se trata de novos produtos, pois permite enfatizar as diferenças de
características entre ele e os demais existentes no mercado. Exemplo: Vinho envelhecido em
carvalho, whisky 8 anos/12 anos/18 anos, blends
► Qualidade / Preço: Oferece maior valor ao público-alvo, melhor qualidade. Quando o
consumidor percebe a associação feita pela empresa do preço x a qualidade. Exemplo: um
vinho fino categoria premium de maior valor
6 ADMINISTRAÇÃO DO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS.
É fundamental em marketing o processo que leva ao lançamento de novos produtos.
Esse processo não é fácil, mas são fundamentais para o sucesso de longo prazo de uma
empresa. Novos produtos são fundamentais para o sucesso de longo prazo de uma empresa.
Mas o processo não é fácil. A capacidade de inovação é fator de diferenciação junto aos
21
O propósito da geração de ideias é criar um grande número de ideias, que será feita
uma análise que identificara boas ideias descartando as mais fracas o mais rápido possível. Na
maioria das empresas, os executivos expõem suas ideias de novos produtos em um formulário
padrão, que posteriormente será analisado pelo comitê de novos produtos. Esse relatório
contém a descrição do produto, do mercado-alvo e da concorrência e uma estimativa grosseira
do tamanho do mercado, do preço do produto, do tempo e custos do desenvolvimento, dos
custos de fabricação e da taxa de retorno. O comitê de novos produtos avalia, então, a ideia
com base em critérios gerais predeterminados.
Após a empresa decidir qual conceito de produto e qual estratégia de marketing serão
adotadas, poderá se avaliar a atratividade comercial da proposta. A análise comercial inclui
um estudo de vendas, custos e projeções de lucros para saber se eles satisfazem os objetivos
da empresa. Se os parâmetros de retorno forem atingidos, o produto poderá passar para o
estágio de desenvolvimento.
Para estimar as vendas, deve-se analisar o histórico de vendas de produtos
semelhantes; realizar pesquisas de opinião e estimar as vendas mínimas e máximas para que
se determine o nível de risco. Então, utilizam-se os dados de vendas e custos para analisar a
atratividade financeira do novo produto.
Essa etapa requer a destinação efetiva de grande parte do investimento planejado e irá
demonstrar se a ideia do produto poderá ser transformada em um produto funcional. O
departamento de P&D desenvolverá uma ou mais versões físicas do conceito de produto, até
criar um protótipo que satisfaça e estimule os consumidores e que possa ser produzido,
rapidamente, dentro dos custos previstos.
Quando os protótipos ficam prontos, eles precisam ser testados. Nos testes funcionais
realizados em laboratórios e em condições experimentais, constata-se se o produto tem um
desempenho seguro e eficaz.
6.2.8 Comercialização
Por mais extraordinário e imaginativo que seja um nome, a marca que ele carrega é
mais facilmente incorporada à memória do consumidor se puder ser representada
graficamente. Essa representação, se bem feita, pode desenvolver tamanha identidade com o
produto que, por vezes, pode ser percebida até mesmo sem o nome. Os sinais gráficos e as
cores podem fazer com que um consumidor perceba a marca Nike apenas observando aquele
seu traço característico. Uma concha estilizada nos faz pensar em um posto de gasolina da
Shell, e assim por diante.
O símbolo e o logotipo são as formas gráficas e visuais da marca, cujo objetivo
principal é torná-la visualmente tangível. É comum as pessoas erroneamente referirem-se ao
símbolo como marca ou logomarca. Diz-se freqüentemente: a marca da Coca-Cola ou da Fiat,
quando, na verdade, nestes casos, a intenção é a referência ao logotipo da Coca-Cola ou da
Fiat. Logos em grego quer dizer conhecimento e também palavra. Typos quer dizer padrão e
também grafia. Grafia-da-palavra ou palavra-padrão, portanto. Como você pode constatar nas
imagens a seguir, estas duas marcas, por exemplo, possuem logotipos, mas não possuem
símbolos, pois suas logomarcas são baseadas unicamente em letras desenhadas de forma única
e característica.
Para ilustrar, veja nas imagens a seguir a diferença dos exemplos destas marcas que
possuem símbolos.
Vamos lembrar ainda alguns exemplos de logomarca, quando a marca possui símbolo
e quando este é grafado junto com o logotipo. Veja a da Unijuí, Adidas, TV Futura e Intel.
Um símbolo abstrato não possui um significado predefinido. Essa associação tem que
ser “apreendida” pelo consumidor e, por isso, alguns profissionais consideram esse como
sendo o formato mais adequado para as marcas, pois prende mais a atenção das pessoas que
ficam pensando no significado daquele símbolo. A base para essa afirmação é que não há
idéias preconcebidas com relação ao símbolo abstrato. O que for convencionado pela marca é
o que vai ficar gravado na cabeça do consumidor, sem interferências ou interpretações
pessoais.
Vejamos a seguir alguns exemplos de símbolos abstratos:
29
Agora que você já entendeu a diferença entre o nome e o símbolo de uma marca, o
convidamos a descobrir como uma marca pode ser uma comunicação poderosa para o produto
ou empresa.
Segundo o diagrama, os requisitos básicos são aqueles que não geram nenhum tipo
de incremento em satisfação para os clientes, pois são requisitos identificados como
obrigatórios: têm de estar no produto. Em suma, se tais requisitos constarem no produto,
não causarão tanta satisfação, mas, se não constarem, causarão grande insatisfação.
A segunda classe de requisitos do Diagrama de Kano são aqueles com desempenho
esperado, ou seja, quanto melhor seu desempenho, maior a satisfação dos clientes. São
resultantes daquelas necessidades normalmente expressas em pesquisas de mercado.
Já os requisitos de excitação são aqueles que realmente agradam e surpreendem
favoravelmente os clientes, gerando benefícios que eles nem mesmo esperavam.
Geralmente essas necessidades, assim como os requisitos básicos, também não são
expressas em pesquisas de mercado tradicionais.
inferior formado pela soma de gastos e impostos e pelo limite superior do valor percebido
pelo mercado.
O limite do preço estará entre o custo e o valor; porque nenhuma empresa poderá
ofertar produtos ou serviços com preços inferiores ao seu custo por tempo indeterminado e
com preço superior percebido pelos clientes.
O sucesso empresarial pode não ser consequência da decisão de preço. Contudo, o
preço equivocado de um produto certamente o levará ao insucesso. Se um preço for
considerado muito alto pelos consumidores, o valor percebido será menor que o custo, e
serão perdidas oportunidades de vendas e competitividade, já se o preço for muito baixo,
pode ser percebido como de grande valor para o consumidor, mas a empresa perde receita
operando com prejuízo o que dificilmente será percebido num curto prazo. No mundo real,
não existe um método objetivo para precificação de produtos, ficando a mesma sujeita a
fatores subjetivos, como opiniões e impressões pessoais.
E como já dissemos anteriormente, o foco do nosso trabalho terá como base os
custos e as variáveis que determinam o piso do preço. Ou seja, os demais fatores não
controlados pela empresa também deverão ser levados em consideração no processo de
formação, mas não entraremos em detalhes sobre estudos de demanda, concorrência e
percepção do mercado consumidor.
O propósito básico da informação é habilitar a organização a alcançar seus
objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis nos quais se inserem: pessoas,
materiais, equipamentos, tecnologias, dinheiro, além da própria informação. Ou melhor, a
informação clara e precisa gerará subsídios para a tomada de decisão, cujo objetivo é
otimizar o resultado (redução de custos, aumento da eficiência e eficácia organizacional,
aumento de receitas e aumento de lucro).
Na visão gerencial, podemos dizer que todos esses recursos disponíveis para a
empresa são considerados como custos. Custos são essencialmente medidas monetárias dos
sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos.
Consequentemente, representam uma parte muito importante do processo decisório, porque
os custos representam a base a qual o lucro será avaliado.
O lucro não deve ser determinado arbitrariamente, ou seja, inserindo um
percentual em cima dos custos, porque há o risco de se obter um preço não competitivo. A
melhor maneira, portanto, é conhecer os custos para conseguir calcular o lucro a partir do
preço de venda praticado no mercado. A falta de conhecimento dos reais e totais custos dos
produtos e de informações relevantes pode levar os gestores a tomarem decisões erradas,
tais como:
Abandonar a produção de produtos que acham não ser lucrativos, embora sejam;
Estabelecer preços errados que não cobrem todos os custos e despesas;
Achar que um bom estado financeiro de caixa representa uma situação equilibrada
de custos;
Achar que não é necessário dar muita atenção às amortizações e depreciações do
Ativo Fixo e consequentemente não recompor o Ativo Fixo no momento
oportuno;
Não observar as taxas de juros e prazos de pagamento de empréstimos;
Não dimensionar corretamente as despesas posteriores à fabricação, tais como
distribuição, marketing, administração;
Não dimensionar a quantidade ideal para a produção de determinados produtos,
tendo em vista a fixação do ponto de equilíbrio entre preços e custos;
Portanto, podemos concluir que o propósito de se atentar aos custos não é apenas
35
Essa abordagem permite não apenas que o negócio cubra as suas despesas em geral,
como, ainda, obtenha uma margem líquida em cima de cada item que é vendido. Utilizado
corretamente, este método ajuda o empreendimento a conquistar melhores resultados.
11.2 MARKUP
O markup corresponde a um método que se baseia nos custos envolvidos em cada
produto. O objetivo principal é encontrar um preço que acoberte essas despesas e também
ofereça o lucro desejado.
Nesse caso, entretanto, não se trata de margem de lucro, mas de uma estimativa que é
considerada como sendo a mais adequada para o negócio. A partir do cômputo, encontra-se
um índice multiplicador a respeito do custo base.
As siglas correspondem a:
DV = percentual das despesas variáveis;
DF = percentual das despesas fixas;
LP = percentual do lucro desejado.
Se o seu produto tem um custo unitário de R$ 70,00, então o preço formado deverá ser
de R$ 175,00, segundo esse método.
A pesquisa de preços corresponde ao levantamento dos preços que são praticados pela
concorrência para a venda direta. Esse método de precificação serve para quando a empresa
quer se manter com destaque no mercado e quando o quanto o item custa é o maior
diferencial do negócio.
Para isso, é necessário começar definindo quais concorrentes serão acompanhados.
Alguns deles podem cobrar valores muito elevados e não representarem uma ameaça para o
empreendimento.
Feito isso, é necessário levantar os preços em diferentes momentos dos produtos
desejados. A intenção é adquirir a máxima quantidade de dados possível, já que, assim, a
análise se torna mais precisa.
Na sequência, devem-se encontrar as médias do que é cobrado e, também, quais são os
mais altos e mais baixos praticados. Organize todos os dados, identifique quais são as maiores
ameaças e analise quais mudanças devem ser feitas.
Porém, é importante ter cuidado. Não adianta apenas escolher o preço mais barato para
precificar, já que isso pode prejudicar a saúde financeira da empresa. Esse método, portanto,
não deve ser o único a ser levado em consideração e deve servir apenas como um apoio.
Imagine, por exemplo, que o custo inicial do produto é de R$ 50,00 e que suas
despesas fixas correspondem a 15%. Já o lucro desejado é de outro 15% do preço de venda.
Nesse caso, o valor de vendas será:
100% PV = 50 + 15% PV + 15% PV
100% PV – 30% PV = 50
70% PV = 50
PV = 50 / 0,7
PV = 71,43
A estratégia de pricing é mais do que “não deixar dinheiro na mesa” e gerar lucro. O
modelo de pricing, entre outras coisas, determina a posição da empresa no mercado, se os
consumidores podem ou não adquirir seus produtos/serviços e se a empresa pode ou não
prover o nível de serviço exigido por esse” consumidores.
FATORES DE PRICING
– Custos fixos e variáveis.
– Concorrência
– Objetivos da empresa
– Estratégias de posicionamento.
– Target e sua disposição para pagar
ESTRATÉGIAS DE PRICING
Estratégia de penetração: a organização diminui seus preços para aumentar vendas e
market share, uma vez que o market share foi atingido a firma já pode aumentar seus preços.
Exemplo (1): A Net oferece um pacote de entrada com preço reduzido para novos
clientes, a partir de 6 meses o preço se normaliza.
Exemplo (2): Uma Operadora de Planos de Saúde pode reduzir seus preços
sacrificando a sua margem por um período subsidiando em parte ou totalmente
seus preços para novos consumidores entrantes, após alcance do market share
esperado ela volta a praticar preços “saudáveis”. No caso dos planos de saúde a
cada ano há um reajuste, mas essa estratégia é perigosa e arriscada, porque o
reajuste pode não ser suficiente para equilibrar a margem de contribuição de seus
clientes, além de poder incitar uma guerra de preços na qual a Operadora que
iniciou pode não suportá-la, forçando a mudança para a Estratégia de Competição.
Estratégia de Opcionais: A organização vende opcionais extras para maximizar seu lucro.
O exemplo típico é da indústria automobilística, como complemento da estratégia
de linha de produtos da FCA no Fiat 500 mencionada acima, além das variadas
versões são oferecidos diferentes opcionais (Bluetooth, Bancos de Couro, Câmbio
Automático, etc).
E lembre-se…
Pricing não é atirar e esquecer, você tem que revisitar essas questões frequentemente.
14 PROMOÇÃO DO PRODUTO.
42
Quando começamos a estudar esta Unidade, referimo-nos ao fato que muitas pessoas
possuem uma percepção um tanto equivocada do marketing, confundindo-o com propaganda.
Pois agora temos aqui a oportunidade de estudarmos, mesmo que de maneira resumida, está
importante variável do mix de marketing.
Embora a propaganda seja o elemento central num programa de promoção, normal-
mente não é o único, pois o composto de promoção é constituído por mais cinco ferramentas
promocionais: promoção de vendas, relações públicas, venda pessoal, marketing direto e
merchandising. Vamos ver do que cada uma delas trata.
• Propaganda: qualquer forma paga de apresentação impessoal e promoção de ideias,
bens ou serviços por um patrocinador identificado. Anúncios de rádio, TV, jornal e outdoors,
são alguns exemplos de propaganda.
• Promoção de vendas: incentivos de curto prazo para encorajar a compra ou venda de
um produto ou serviço. Brindes, sorteios de prêmios, concursos, adição de outro produto à
oferta básica e descontos, são alguns exemplos de promoção de vendas.
• Relações públicas: desenvolvimento de boas relações com os vários públicos da
empresa pela obtenção de publicidade e comentários favoráveis, em especial dos formadores
de opinião. Variedade de programas e eventos, preparados para promover e/ou proteger a
imagem de uma empresa ou de seus produtos individuais. Envio de mensagens periódicos,
visitas de cortesia, lançamentos, entrevistas coletivas, promoção e participação em eventos,
são exemplos de algumas atividades que podem ser desenvolvidas pelas relações públicas na
variável Promoção, do mix de marketing.
• Venda pessoal: apresentação pessoal da força de vendas da empresa com o propósito
de promover e as efetivar e estabelecer relações com os clientes e influenciadores das vendas.
• Marketing direto: ferramentas de contato impessoal para comunicar ou solicitar
resposta direta de consumidores ativos e potenciais. A mala direta impressa ou eletrônica e o
telemarketing, são exemplos de ações de marketing direto.
• Merchandising: ações táticas efetuadas no ponto de venda ou em editoriais dos
veículos de comunicação de massa, para se oferecer ao mercado o produto certo, na
43
quantidade certa, no preço certo, no tempo certo, com o impacto visual adequado e na
exposição certa. Uma aparição do produto ou da fachada do estabelecimento durante um
filme, programa ou novela, é um exemplo do merchandising editorial. Displays na prateleira
do supermercado, stand com exposição e/ou demonstração de produtos ou marca, são
exemplos de merchandising no ponto-de-venda.
44
BIBLIOGRAFIA
BLUME, Marcelo; LEDERMANN, Martin. Gestão de produtos e marcas. Ijuí : Ed. Unijuí,
2009.
CASSAHARA, Emili; DA SILVA, Maria das Dores Gomes; RIBEIRO, Samanta. Formação
de Preço de Venda – Importância e Etapas. Luis Otávio Simões. Marília, SP: [s.n], 2013. 90
f. Trabalho de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) – Curso de Ciências Contábeis,
Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”, mantenedora do Centro Universitário
Eurípides de Marília – UNIVEM, Marília, 2013.