Fichamento Do Livro o Principe
Fichamento Do Livro o Principe
Fichamento Do Livro o Principe
Curso: Direito
Disciplina: Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Professor: xxxxxx
xxxxxxxxxx
2. OBRA EM FICHAMENTO:
4.2.1. “Digo, pois, que para a preservação dos estados hereditários e afeiçoados
à linhagem de seu príncipe, as dificuldades são assaz menores que nos
novos, pois é bastante não preterir os costumes dos antepassados e depois,
contemporizar com os acontecimentos fortuitos, de forma que, se tal
príncipe for dotado de ordinária capacidade sempre se manterá no poder,
a menos que uma extraordinária e excessiva força dela venha a privá-lo; e,
uma vez dele destituído, ainda que temível seja o usurpador, volta a
conquista-lo.”[p.11]
4.3. CAPÍTULO III - DOS PRINCIPADOS MISTOS.
4.3.5. “Deve, ainda, quem se encontre à frente de uma província diferente, como
foi dito, tornar-se chefe e defensor dos menos fortes, tratando de
enfraquecer os poderosos e cuidando que em hipótese alguma ai penetre
um forasteiro tão forte quanto ele. [...]”[p.18]
4.3.6. “Os Romanos, nas províncias conquistadas, observaram boa política a tal
respeito: Organizaram colônias, sustentaram os menos poderosos sem
aumentar-lhes as forças, subjugaram os mais poderosos e não permitiram
que os estrangeiros mais dotados tomassem força.”[p.19]
4.3.7. “Tira-se daí a regra geral, que jamais ou muito raramente falha: quando
um é causa do poder de outro, arruína-se, pois aquele poder origina-se da
astúcia ou da força, e qualquer destas se torna suspeita ao novo
poderoso.”[p.25]
4.4. CAPITULO IV - POR QUE O REINO DE DARIO QUE ALEXANDRE
OCUPARA NÃO SE REBELOU CONTRA SEUS SUCESSORES APÓS A
MORTE DE ALEXANDRE.
4.5.2. “Quem se faz senhor de uma cidade por tradição livre, e não a destrói, por
ela se verá destruído. Estas cidades trazem sempre por bandeira, nas
revoltas, a liberdade e suas antigas leis, que jamais esquecem, nem com o
passar do tempo nem com a influência dos benefícios recebidos.”[p.32]
4.5.3. “Assim sendo, para manter-se uma república conquistada, o caminho mais
aconselhado é destruí-la ou habitá-la pessoalmente.”[p.33]
4.6.1. “Digo, pois que no principado completamente novo, onde exista um novo
príncipe, encontra-se menor ou maior dificuldade para mantê-lo, segundo
seja mais ou menos virtuoso quem o conquiste. E dado que o fato de
elevar-se alguém à qualidade de príncipe faz supor valor ou fortuna.
Certamente qualquer destas razões tem o condão de. mitigar muitos
óbices. Entretanto. é rotineiro observar que muitos dos que foram menos
afortunados maior espaço de tempo se mantiveram no poder. Muitas
facilidades ainda decorrem do fato de ser o príncipe novo obrigado a
habitar o Estado conquistado por não possuir outros domínios.”[p.36]
4.7.1. “Aqueles que apenas por sorte se tornam príncipes, pouco esforço fazem
para isso, é claro, mas conservam-se muito dificultosamente. Não têm
óbice algum em alcançar a honra, porque estão voando para aí; aparece,
porém, toda espécie de dificuldade após a chegada. É o que só acontecerá
quando o Estado for concedido ao príncipe, seja por dinheiro, seja por
favor de quem o concede.”[p.40]
4.8.1. “Dois são os modos de se tornar príncipe, e que não podem ser atribuídos
inteiramente à fortuna ou ao valor. Não me parece bem, pois, calar estes
casos, ainda que deles se pudesse falar mais longamente onde se trata das
repúblicas, destes modos são: atingir o principado pela maldade. por
caminhos celerados, contrário a todas as leis humanas e divinas; e tornar-
se príncipe pelo favor de seus conterrâneos.”[p.51]
4.10.2. “Deste modo, um príncipe que tenha uma cidade fortificada, e não se
faça odiado, não poderá ser atacado e ainda que o fosse, o atacante
retornaria de cabeça baixa. Pois as coisas do mundo são de tal modo várias
que impossível seria a alguém permanecer ociosamente um ano a cercá-
lo.”[p.66]
4.11.1. “Resta-nos apenas, agora, falar dos principados eclesiásticos. Para estes,
aparece toda espécie de obstáculos, antes de serem possuídos, porque são
obtidos ou pelo mérito ou pela fortuna. Conservam-se, porém, sem
qualquer das duas, pois são sustidos pela rotina da religião. Suas
instituições tornam-se tão fortes e de tal natureza que conservam os seus
príncipes no poder, tenham a vida e o procedimento que bem quiserem.
Estes apenas possuem Estados e não os defendem; possuem súditos, e não
governam.”[p.68]
4.12.2. “[...]as forças com as quais um príncipe conserva o seu Estado são
próprias ou mercenárias, auxiliares ou mistas. As mercenárias e auxiliares
são inúteis e perigosas. Tendo alguém o seu Estado firmado em tal espécie
de forças jamais estará seguro; elas não são ligadas ao príncipe, são
ambiciosas, faltas de disciplina, infiéis, insolentes para com os amigos,
mas acovardam-se diante dos inimigos, não têm temor de Deus, nem
fazem fé nos homens, e o príncipe apenas retarda a própria ruína na
medida em que retarda o ataque.”[p.73]
4.13.1. “Tais tropas por si mesmas podem ser boas e úteis, mas frequentes vezes
acarretam prejuízos ao que a pede porque se perderem está abatido e, se
vencerem, será seu prisioneiro.”[p.80]
4.13.2. “Concluo portanto, que sem possuir forças próprias nenhum príncipe
está garantido. Antes, está à mercê da fortuna, não havendo virtude que a
defenda nos contratempos.”[p.84]
4.14.1. “Deve o príncipe, portanto, não ter outra finalidade nem outro
pensamento, nem qualquer outra atividade como prática, senão a guerra,
seu regulamento e disciplina, pois essa é a única arte que se atribui a quem
comanda.”[p.86]
4.15.1. “[...]é preciso que o príncipe seja tão prudente que saiba evitar os
defeitos que lhe tirariam o governo e praticar as qualidades próprias para
lhe garantir a posse dele, se lhe é possível; não podendo, porém, com
menor preocupação, deixe-se que os fatos sigam seu curso natural. E
mesmo não lhe importe incorrer na pecha de ter certos defeitos, sem os
quais dificilmente salvaria o governo. porque, se considerar bem tudo,
achar-se-ão coisas que parecem virtudes e, se praticadas, lhe provocariam
a ruína e outras que parecerão vícios e que, seguidas, trazem bem-estar e
tranquilidade ao governante.”[p.92]
4.16.1. “A liberalidade usada para que se espalhe a tua fama de liberal, não é
virtude; se ela se pratica de modo virtuoso e como se deve, será ignorada e
não escaparás da má fama de seu contrário.”[p.93]
4.17.1. “[...]cada príncipe deve querer ser considerado piedoso e não cruel; não
obstante. deve cuidar de empregar de modo conveniente essa
piedade.”[p.97]
4.17.2. “E dentre todos os príncipes os novos são os que podem menos fugir à
pecha de cruéis, pois os Estados novos estão repletos de perigo.”[p.97]
4.17.3. “Não deve ser, pois, crédulo o príncipe nem precipitado, nem assustar-
se a si mesmo, mas agir equilibradamente, prudente e humanitário, para
que a confiança demasiada não o faça incauto e a desconfiança excessiva
não o torne intolerável.”[p.98]
4.19.1. “O que o torna sobretudo odioso, como acima disse, é o ser rapace e
usurpador dos bens e das mulheres de seus súditos. Não se tirando aos
homens bens e honras, vivem satisfeitos e apenas se deverá dar combate à
ambição de poucos, que pode ser sofreada de muitos modos e facilmente.
Torna-o desprezível o ser tido como volúvel, leviano, efeminado, covarde,
irresoluto.”[p.107]
4.19.2. “O príncipe que formar de si tal opinião, adquire grande reputação; e
contra quem goza de reputação dificilmente se conspira e dificilmente é
atacado enquanto for considerado excelente e tenha a reverência dos
seus.”[108]
4.20.2. “[...]o príncipe que tiver mais temor de seu povo do que dos
estrangeiros, deve construir fortificações, mas o que tiver mais temor dos
estrangeiros do que do povo, não precisa preocupar-se com isso.”[p.127]
4.21.4. “Do mesmo modo, deve um príncipe mostrar-se amante das virtudes e
honrar aqueles que se destacam numa arte qualquer.”[p.133]
4.23.1. “Um príncipe prudente deve, pois, portar-se de uma terceira maneira,
escolhendo no seu Estado homens sábios e apenas a estes deve conceder o
direito de dizer-lhe a verdade a respeito, porém, somente das coisas que
ele lhes inquirir. Deve consultá-los sobre todas as coisas e ouvir-lhes a
opinião, e deliberar depois como julgar melhor e, com conselhos daqueles,
conduzir-se de modo tal que eles percebam que com quanto mais
liberdade falarem mais facilmente serão suas opiniões seguidas.”[p.138]
4.23.2. “Um príncipe deve, pois, aconselhar-se sempre, mas quando ele julgar
que o deve e não quando os outros desejarem; antes, deve tirar a todos a
vontade de aconselhar algo sem que ele o peça.”[p.140]
4.23.3. “O que se conclui daí é que os bons conselhos, venham de onde vierem.
nascem da prudência do príncipe e não a prudência do príncipe dos bons
conselhos.”[p.140]
4.24.1. “Um príncipe novo é muito mais vigiado em seus atos do que um
hereditário, e quando esses atos mostram virtude, atraem muito mais aos
homens e os obrigam muito mais do que a antiguidade do sangue [...]. E
desse modo ele gozará a dupla glória de ter fundado um principado novo
e de o ter engalanado e fortalecido com boas leis, boas armas e exemplos
bons, da mesma maneira que um príncipe antigo terá a dupla vergonha.
porque, tendo nascido príncipe, perdeu o Estado por sua minguada
prudência.”[p.142]
4.25.1. “Não desconheço que muitos têm e tiveram a opinião de que as coisas
do mundo são dirigidas pela fortuna e por Deus, de modo que a
prudência humana não pode corrigi-las, e mesmo não lhes traz nenhum
remédio. Por esse motivo, poder-se-ia acreditar que não deve alguém
preocupar-se muito com elas, mas deixar-se dirigir pela sorte.”[p.145]