Planejando A Alfabetização

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PLANEJANDO A ALFABETIZAÇÃO;

INTEGRANDO DIFERENTES ÁREAS DO


CONHECIMENTO
PROJETOS DIDÁTICOS E
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
UNIDADE 6
ANOS 1, 2 e 3
Agosto de 2013
SUMÁRIO DA UNIDADE 6
ANO 1 ANO 2 ANO 3
Iniciando a Conversa Iniciando a Conversa Iniciando a Conversa
Aprofundando o Tema: Aprofundando o Tema: Aprofundando o Tema:
- Interdisciplinaridade; - Interdisciplinaridade; - Interdisciplinaridade;
- Projeto Didático; - Projeto Didático; - Projeto Didático;
- Sequência Didática. - Sequência Didática. - Sequência Didática.

Compartilhando: Compartilhando: Compartilhando:


- Projeto Didático; - Projeto Didático; - Projeto Didático;
- Sequência Didática. - Sequência Didática. - Sequência Didática.

Aprendendo mais: Aprendendo mais: Aprendendo mais:


Sugestões de leitura; Sugestões de leitura; Sugestões de leitura;
Sugestões de atividades Sugestões de atividades Sugestões de atividades
para os encontros em para os encontros em para os encontros em
grupo. grupo. grupo.
Iniciando a conversa
Os objetivos da unidade 6 são:
• compreender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento,
a partir do aprofundamento de estudos baseados nas obras pedagógicas
do PNBE do Professor e outros textos publicados pelo MEC;

• aprofundar a compreensão sobre o currículo nos anos iniciais do Ensino


Fundamental e sobre os direitos de aprendizagem e desenvolvimento nas
diferentes áreas de conhecimento;

• analisar e planejar projetos didáticos e sequências didáticas para


turmas de alfabetização, assim como prever atividades permanentes
integrando diferentes componentes curriculares e atividades voltadas para
o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita;

• conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação e


planejar projetos e sequências didáticas em que tais materiais sejam
usados;

• compreender a importância da avaliação no ciclo de alfabetização.


Relações entre apropriação do Sistema de Escrita Alfabética
e letramento nas diferentes áreas do Conhecimento
Ivane Pedrosa de Souza

“[...] os currículos não são conteúdos prontos a


serem passados aos alunos. São uma
construção e seleção de conhecimentos e
práticas produzidas em contextos concretos e
em dinâmicas sociais, políticas e culturais,
intelectuais e pedagógicas. Conhecimentos e
práticas expostos às novas dinâmicas e
reinterpretadas em cada contexto histórico. As
indagações revelam que há entendimento de
que os currículos são orientados pela dinâmica
da Sociedade. Cabe à nós, como profissionais
da Educação, encontrar respostas.” (LIMA,
2007, p.9)
Segundo Lerner (2002), o objeto de
ensino, ao ser apresentado, deve ser fiel
ao saber ou à prática social que se
pretende comunicar, devendo-se partir
do pressuposto de que o aprendiz se
constitui num participante ativo e capaz
de atribuir ao saber uma pauta, um
sentido pessoal.
Uma abordagem interdisciplinar no
tratamento da diversidade de temáticas
relacionadas às diversas áreas do saber
constitui, portanto, algo de extrema
relevância e tal concepção propicia a
concordância de que o tempo escolar
não deve ser dividido por áreas de
conhecimento.
O desejo é a integração dessas
diferentes áreas.
A reflexão em torno dessa
interdisciplinaridade aponta para a
necessidade de um esforço coletivo
dentro da escola para que se aprenda a
organizar os tempos pedagógicos de
forma a se estabelecer prioridades que
atendam às crianças, seus interesses e
curiosidades em torno dos diversos
campos do saber.
É importante articular o que as crianças
sabem em relação às diferentes áreas
do currículo (Ciências Sociais, Ciências
Naturais, Noções Lógico-Matemáticas e
Linguagens) e isto leva, segundo
Corsino (2007), a uma organização
pedagógica que deve ser flexível, aberta
ao novo e ao imprevisível.
Pensar temas e conteúdos, definir
metodologias relacionadas às diversas
áreas do conhecimento, articulando-as e
pondo em destaque o papel dos diversos
eixos da língua: análise linguística,
oralidade, leitura e escrita, numa
perspectiva de letramento, constituem-
se, então, num grande desafio ao
professor.
O desafio do alfabetizar letrando está posto.
No entanto, como operacionalizá-lo na sala
de aula? Como propiciar à criança atividades
que favoreçam um domínio quanto à
apropriação do Sistema de Escrita Alfabética
(SEA) e, ao mesmo tempo, ofereçam às
mesmas a capacidade para responder
adequadamente às demandas sociais pelo
uso amplo e diferenciado da leitura e da
escrita no ambiente da sala de aula?
Segundo Soares (2003), alfabetização e
letramento são processos distintos, de
natureza essencialmente diferente, mas
são interdependentes e indissociáveis: os
dois processos podem e devem ocorrer
simultaneamente. No entanto, os
mesmos envolvem habilidades e
competências específicas que precisam
ser compreendidas.
Planejar para integrar saberes e experiências
Juliana de Melo Lima
Rosinalda Teles
Telma Ferraz Leal

“É por meio do planejamento que o


professor busca melhor organizar sua
prática. Ao planejar, o docente reflete
sobre os objetivos que quer alcançar,
exerce sua ação didática segundo suas
intenções. As atividades a serem
desenvolvidas são articuladas de forma
mais consciente com o que se pretende
desenvolver.”
Planejamento

FLEXIBILIDADE – uns dos princípios necessário no momento do planejamento

“ o docente necessita, muitas vezes, modificar o que tinha sido


pensado, mudar o rumo dos encaminhamentos previstos. No
entanto, muitas vezes, as mudanças são necessárias e
garantem melhor participação dos estudantes. O profissional
que tem o controle de sua ação didática, que tem consciência
das possibilidades e limites dos estudantes, é aquele que é
“capaz de considerar a realidade da criança, que defende a
necessidade de voltar-se diariamente para o já feito e de
reorganizar a rotina, de modo a adequá-la e cada realidade”.
(GUEDES-PINTO et al, 2007, p. 23).
ROTINA - “A atividade de planejar cada aula é mais produtiva
quando o docente tem clareza do que pretende ensinar e
quando tem materiais didáticos adequados disponíveis, assim
como quando tem algumas rotinas escolares, que orientam os
planejamentos.”

“é fundamental também que os diferentes componentes


curriculares sejam contemplados na rotina escolar, de modo
articulado, atendendo a princípios didáticos gerais, tais como:
escolha de temáticas relevantes para a vida das crianças,
valorização dos conhecimentos prévios dos alunos, estímulo à
reflexão, promoção de situações de interação propícias às
aprendizagens, favorecimento da sistematização dos
conhecimentos, diversificação de estratégias didáticas.”
“Os diferentes componentes curriculares devem ser
contemplados, porém não de modo fragmentado,
com divisão estanque do tempo escolar, mas sim
de forma integrada, sem perder de vista o contexto
de cada área. Contemplar os conteúdos
necessários em cada área de conhecimento, as
diferentes estratégias didáticas, as diversas formas
de organização das atividades, as variadas formas
de avaliação, requer planejamento,
intencionalidade.”
ARTICULAÇÃO ENTRE
ÁREAS DO CONHECIMNETO

INTERDISCIPLINARIEDADE

A interdisciplinaridade não é categoria de


conhecimento, mas de ação (FAZENDA, 1995).
Articulação entre diferentes áreas do conhecimento

Sequências didáticas Projetos didáticos

“uma das grandes contribuições do trabalho articulado entre


as diferentes áreas do conhecimento é a possibilidade de
desenvolver nas crianças habilidades e conceitos
diversificados de modo que sejam alfabetizadas e letradas,
ampliando suas percepções do mundo que vivem com maior
autonomia.”
Dialogando com as diferentes áreas do de conhecimento
Adelma Barros-Mendes
Débora Anunciação Cunha
Rosinalda Teles

Quando foram lançados os Parâmetros Curriculares


Nacionais para as séries iniciais da educação
fundamental, em 1997-8, já havia a defesa de um
trabalho no componente curricular Língua Portuguesa
tendo como base os gêneros textuais. Nesse sentido,
se recomendava que a escola viabilizasse o acesso do
aluno a diversidade dos textos que circulam
socialmente, o que inclui gêneros textuais referentes a
diferentes disciplinas, abrindo, desse modo, a
perspectiva, por exemplo, de nas aulas do
componente curricular Língua Portuguesa se trabalhar
com textos das áreas de Ciências Humanas (História,
Geografia), Ciências da Natureza e Matemática.
Organização do trabalho pedagógico por projetos didáticos
Maria Helena Santos Dubeux
Rosinalda Teles

O trabalho com projetos proposto


por Jolibert (1994) e Kaufman e
Rodrigues (1995) consistem em
planejamentos que incluem prática
da leitura e escrita de textos reais
para destinatários reais com
integração entre diversas áreas de
conhecimento.
Brandão, Selva e Coutinho (2006, p. 112)
apresentam o conceito de projetos conforme
se encontra no Referencial Curricular para
Educação Infantil (1998):
“[...] conjuntos de atividades que trabalham
com conhecimentos específicos, construídos a
partir de um dos eixos de trabalho que se
organizam ao redor de um problema para
resolver um produto final que se quer obter.”
(p. 57, v. 1)
[U]m bom projeto é aquele
que possibilita às crianças
interagirem entre elas,
discutindo, decidindo,
dialogando, resolvendo
conflitos e estabelecendo
regras e metas.
Leal (2005), ao discutir a organização do
trabalho escolar e o letramento, destaca que a
proposta de projetos é uma das formas de
organização do trabalho pedagógico.
Nesse modo de condução didática os alunos
precisam ler textos para obter informações
sobre um tema que está sendo pesquisado.
Há, via de regra, possibilidade de utilizar
gêneros de diferentes esferas sociais, como os
da esfera da Ciência, os da esfera jornalística,
os do mundo da literatura, dentre outros.
Para a autora, durante a realização do
projeto, os alunos também precisam
escrever textos, quer seja como
instrumentos de registros de leituras
bem característicos de vivências
escolares, tais como esquemas,
resumos, tabelas, gráficos, quer seja
como meios de divulgação dos produtos
dos trabalhos, em âmbitos diversos,
visando exercer influências na própria
escola, na comunidade ou na sociedade
de um modo geral.
Brandão, Selva e Coutinho
(2006) salientam que a
leitura de diferentes gêneros
faz parte de qualquer projeto
didático.
Dada a importância do trabalho com o projeto
didático nos anos Iniciais do Ensino
Fundamental, consideramos essa modalidade
de ensino como promotora do letramento na
escola e destacamos que essa prática
também permite a estruturação de situações
de ensino que favorecem a apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética pelos alunos.
Portanto, são contempladas ambas as
vertentes do ensino do componente curricular
Língua Portuguesa: o alfabetizar e o letrar.
Por fim, para ainda caracterizar o projeto didático (...)
tomamos como referência a caracterização
apresentada por Nery (2007, p.119):

“Essa modalidade de organização do trabalho


pedagógico prevê um produto final, com
objetivos claros, dimensionamento no tempo,
divisão de tarefas e, por fim, a avaliação final
em função do que se pretendia. Tudo isso feito
de forma compartilhada e com cada estudante
tendo autonomia pessoal e responsabilidade
coletiva para o desenvolvimento do projeto.”
Vide pág 15

Apresentamos o relato da prática do


professor Sidney Alexandre da Costa
Alves da Escola Municipal Chico Mendes,
situada em Jaboatão dos Guararapes/PE,
em uma turma composta por 18 alunos,
com a idade de 6 e 7 anos.
PÁG: 38
Projeto Didático: Os nomes e perfis dos animais de estimação
Professor: Sidney Alexandre da Costa Alves
Objetivo geral:
- proporcionar aos estudantes identificar e elaborar o perfil característico
dos animais de estimação.
Objetivos específicos:
- ler poemas para antecipações e compreensão de sentidos;
- ler textos científicos para antecipações e compreensão de sentidos;
- produzir poemas;
- refletir sobre características do Sistema de Escrita Alfabética (SEA);
- conhecer os animais do ambiente familiar; compreender o conceito de
animal de estimação;
- compreender a computação de dados; construir quadro para
computação de dados;
construir quadros e gráficos com características de animais.
Produto Final:
- exposição na sala de aula de um acervo temático produzido pela turma:
a) imagético composto por tabela, quadros e gráficos;
b) textual formado por poemas.
Disciplinas envolvidas:
língua Portuguesa, Matemática e Ciências.
Momentos planejados:
1º fazer a leitura de poemas para exploração das características desse gênero textual, tendo
como tema animais;
2º fazer a leitura de poemas e de textos científicos para levantamento de informações sobre
animais e caracterização de animais domésticos, a partir de questionamentos sobre os conteúdos
lidos;
3º refletir sobre rimas a partir de leitura de poema;
4º levantar as características de um animal doméstico, o gato, com questionamentos sobre os
conteúdos lidos;
5º explorar rimas a partir de releitura de poemas;
6º escolher um animal doméstico para a escrita de poema coletivo, com escolha de nome – o
cachorro. Reescrita do poema e leituras coletivas;
7º construir gráficos de barras com dados sobre a média de idades dos animais e os animais
preferidos (de estimação) pela turma;
8º fazer leitura de textos informativos para a sistematização de informações sobre animais de
estimação, em forma de gráfico – dados físicos, idade, alimentação, cuidados;
9º produzir novo poema coletivo sobre um animal de estimação, escolhido por votação – animal,
nome e título do poema, com utilização das informações registradas nas tabelas e gráficos.
Reescrita do poema e leituras coletivas;
10º fazer ditado de palavras retiradas do poema produzido e explorações sobre o SEA;
11º produzir poemas em duplas sobre animais de estimação, com ilustrações. Escrita, revisões e
leituras em duplas e coletivas.
Sequência Didática: Conhecendo Aves
Professora: Mônica Pessoa de Melo Oliveira

Objetivos:
• ampliar o conhecimento sobre aves;
• observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre os
animais;
• avançar no conhecimento sobre o funcionamento do sistema de escrita e na
aquisição da leitura e da escrita convencional;
• ler para localizar informações;
• desenvolver o comportamento leitor e escritor durante o processo de produção
textual.
Conteúdos:
Práticas de Leitura e escrita; apropriação do Sistema de Escrita; características
das Aves e comparação com outros animais.
Tempo estimado: duas semanas
Material necessário:
Quadro, cadernos, lápis grafite e hidrocor, cartolina, tesoura, cola, revistas e livros
contendo animais para recorte.
Livros: obras complementares, enciclopédias contendo verbetes sobre animais.
Momentos planejados
1º – Leitura do livro Aves Brasileiras, de Levi Ciobotariu:

• explicar aos alunos que, ao longo de seis aulas, eles


aprenderão algumas semelhanças e diferenças que existem entre
os animais e sobre as aves;

• antes da leitura fazer exploração da capa, ilustrações, autor e,


após a leitura realizar questionamentos sobre o conteúdo: aves
que conhecem, se conhecem outras, as que mais gostaram, que
mais gostariam de saber sobre as aves;

• solicitar nomes de aves conhecidas pelas crianças e escrever


os nomes das aves citadas no quadro, lendo junto com elas.
Projetos didáticos: compartilhando saberes, compartilhando
responsabilidades
Telma Ferraz Leal
Juliana de Melo Lima

Projeto didático – “Essa modalidade de


organização do trabalho pedagógico prevê um
produto final cujo planejamento tem objetivos
claros, dimensionamento do tempo, divisão de
tarefas e, por fim, a avaliação final em função do
que se pretendia. Tudo isso feito de forma
compartilhada e com cada estudante tendo
autonomia pessoal e responsabilidade coletiva
para o bom desenvolvimento do projeto.”
Três características principais, segundo Nery
(2007), são fundamentais neste tipo de forma de
realização de atividades didáticas:

1. produto final, que concretiza as ações dos


estudantes;

2. participação das crianças em todas as etapas do


trabalho (planejamento, realização, avaliação);

3. divisão do trabalho, com responsabilização


individual e coletiva.
Essa forma de organização da ação nos projetos também foi objeto de reflexão
por Leite (1998), que destaca as seguintes características como fundamentais:

1. o projeto é uma proposta de intervenção pedagógica;


2. é uma atividade intencional e social, que contempla um problema, objetivos e
produtos concretos;
3. aborda o conhecimento em uso –
- enfoca conhecimentos relevantes para resolver o problema proposto,
- considera efetivamente as competências e os conhecimentos
prévios dos alunos,
- promove a interdisciplinaridade,
- trata os conteúdos de forma dinâmica – aprendizagem significativa,
- trata os conteúdos de forma helicoidal, pois os conhecimentos são retomados
ao longo das etapas do projeto;
- exige participação dos estudantes em todo o desenvolvimento das ações;
4. estimula cooperação, com responsabilidade mútua;
5. estimula a autonomia e a iniciativa;
6. exige produção autêntica, resultante das decisões tomadas;
7. contempla a divulgação dos trabalhos.
Leitura do projeto didático da professora Ivanise
Cristina Calazans da Escola Municipal Nova
Santana, Camaragibe- PE.

(p. 17)
Organização do trabalho pedagógico por projetos didáticos
Adelma Barros-Mendes
Débora Anunciação Cunha
Rosinalda Teles

Ler comentários de algumas


cenas do projeto desenvolvido
pela professora Vivian Michelle
com crianças do 3º ano do EF
( vide p. 15)
Organização do trabalho pedagógico por sequências didáticas
Maria Helena Santos Dubeux
Ivane Pedrosa de Souza

Segundo Nery (2007), diferentemente


do projeto, as sequências didáticas
(SD) não têm necessariamente um
produto final, embora possamos
estabelecer, com as crianças
produtos a serem criados ao final dos
trabalhos, ou mesmo produtos no
decorrer das aulas.
Tem-se, assim, um trabalho
pedagógico organizado de forma
sequencial, estruturado pelo
professor para um determinado
tempo, trabalhando-se com
conteúdos relacionados a um mesmo
tema, a um gênero textual
específico, uma brincadeira ou uma
forma de expressão artística.
A sequência didática consiste em um
procedimento de ensino, em que um
conteúdo específico é focalizado em
passos ou etapas encadeadas, tornando
mais eficiente o processo de
aprendizagem. Ao mesmo tempo, a
sequência didática permite o
estudo nas várias áreas de
conhecimento do ensino, de forma
interdisciplinar.
Uma diferença básica entre o
projeto didático e a sequência
didática é que no projeto didático o
planejamento, monitoramento e
avaliação de todo o processo se dá
de forma compartilhada, ou seja, as
crianças participam da organização
geral do trabalho de modo mais
direto.
No caso das sequências didáticas, como dito
anteriormente, pode-se pensar em produtos finais,
e é importante que se defina isso, pois, como
dizem Schnewuly e Dolz (2004), é fundamental
que os alunos se engajem em um projeto de
escrita, que possam definir finalidades e
destinatários para a escrita dos textos, mas o
planejamento didático das atividades e a ordem
do plano geral é centrado no professor, ou seja, é
ele quem monitora o processo todo, sabendo
quais atividades articular, quais atividades vêm
antes de outras e o nível de aprofundamento do
conteúdo selecionado é maior.
Nos projetos as crianças têm
mais autonomia de ação, e o que
está em jogo é mais a extensão
do conteúdo selecionado ( e as
relações entre várias áreas do
conhecimento e várias
linguagens) do que seu
aprofundamento.
Com uma proposta
voltada para o ensino da língua,
Schneuwly, Dolz e colaboradores (2004)
consideram que uma sequência didática
tem a finalidade de ajudar o aluno a
dominar melhor um gênero de texto
levando-o a escrever ou falar de forma
mais adequada numa
situação de comunicação.
Para esses autores, a estrutura de base de
uma sequência didática obedece a um
esquema em que são distintos os seguintes
componentes de forma sequenciada:

Apresentação da situação;
Produção inicial;
Módulo 1,
Módulo 2,
Módulo “n”;
Produção final.
A apresentação da situação visa expor aos
alunos, de forma detalhada, a tarefa de
expressão oral ou escrita que será realizada
e prepará-los para uma produção inicial, do
gênero que será trabalhado em módulos até
se chegar à produção final que se deseja. A
importância desse início está na construção
de uma situação de representação e na
definição da atividade de linguagem que
será executada.
O segundo elemento do esquema, a
primeira produção, oral ou escrita, permite
ao professor avaliar os conhecimentos dos
alunos em relação ao gênero proposto e
que capacidades precisam ser
desenvolvidas.
Ela serve para os professores se situarem
em relação à representação que os alunos
fazem da situação de comunicação, do
gênero a ser estudado.
Os módulos se constituem nas atividades e
exercícios, em que fazendo uso dos
instrumentos necessários os alunos vão
aprimorando o seu domínio do gênero textual
em estudo. Nessa etapa, o ensino se faz de
forma sistematizada e aprofundada.
Nos módulos são trabalhados os problemas
detectados na avaliação inicial. Diferenciando-
se em módulos, atividades de produção são
decompostas, de modo que diferentes
problemas sejam abordados, um a um,
separadamente.
Sequência didática: sistematização e monitoramento das ações
rumo a novas aprendizagens
Juliana de Melo Lima
Telma Ferraz Leal
Rosinalda Teles

No momento do planejamento das


sequências, é preciso, ainda, levar em
consideração outras dimensões como: o
tempo destinado, as etapas de
desenvolvimento, os tipos de atividades, as
formas de organização dos alunos, os
recursos didáticos para utilização, as formas
de avaliação.
Ao planejar cada etapa da sequência é
necessário monitorar as etapas anteriores para
se ter um maior direcionamento das atividades
seguintes, possibilitando vivências
diversificadas, sejam elas de organização dos
alunos, dos tipos de atividades, a exemplo de
leituras em voz alta, compartilhada ou
silenciosa, ou atividades de produção textual em
duplas, individualmente, coletiva.
Ler depoimento coletado por
Ribeiro, Azevedo e Leal (2011)
(p. 25)
Princípio interacionista:
Esse tipo de proposta busca que os alunos
possuam uma regulação maior sobre sua própria
aprendizagem. Desse modo, os alunos se tornam
mais responsáveis pelas atividades escolares. Essa
regulação vinculada principalmente nos momentos
de avaliação torna-se rica, pois haverá um maior
envolvimento nas atividades de reflexão sobre os
modos de participação. A motivação em participar
dos diferentes momentos também é outro
importante princípio desenvolvido nessa proposta.
Nesse sentido, “a explicitação da proposta do
trabalho aos alunos, tendo em vista o
levantamento das expectativas diante do que
será fruto de aprendizagem e o
desenvolvimento do processo através de um
plano de ação e negociações possíveis, é um
momento importante da sequência”. Assim
como mapear os conhecimentos dos alunos,
atividades diagnósticas, num processo
avaliativo.
Organização do trabalho pedagógico por meio de
sequências didáticas
Adelma Barros-Mendes
Débora Anunciação Cunha
Rosinalda Teles

Ler SD (Sequência Didática)


apresentada na p. 25.
Proposta de uma professora para o
3º ano do EF
RESUMINDO:
PROJETOS DIDÁTICOS SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Trabalho com gêneros integrando Trabalho com gêneros integrando
diferentes áreas do conhecimento. diferentes áreas do conhecimento.
INTERDISCIPLINARIDADE. INTERDISCIPLINARIDADE.
Tem um PRODUTO FINAL. Não tem necessariamente um PRODUTO
FINAL.
O PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO e O PLANEJAMENTO DIDÁTICO das
AVALIAÇÃO se dão de forma atividades e a ordem do plano geral é
COMPARTILHADA, ou seja, as crianças CENTRADO NO PROFESSOR, ou seja, é
participam da organização geral do ele quem monitora o processo todo,
trabalho de modo mais direto. As sabendo quais atividades articular ,
crianças tem mais autonomia de ação e quais atividades vem antes de outra e o
o que está em jogo é mais a EXTENSÃO nível de APROFUNDAMENTO do
do conteúdo do que seu conteúdo selecionado é maior.
aprofundamento.
Aprendendo mais
Sugestão de 4 textos – vide p. 45-46

Sugestões de atividades para os encontros em


grupos – vide p.47

Compartilhando– vide p.31

Aprendendo mais
Sugestão de 4 textos – vide p. 40 - 43

Sugestões de atividades para os encontros em


grupos – vide p.44- 47

Obrigado!
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