Histc3b3ria Do Espiritismo No Brasil
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Histc3b3ria Do Espiritismo No Brasil
Pesquisa
1 Antecedentes
No Brasil, as ideias que darão origem ao espiritismo Salão parisiense com as “mesas girantes” (revista "L'Illustration",
remontam às primeiras experiências com o chamado 1853).
“fluido vital” (magnetismo animal, mesmerismo) por
parte dos praticantes da homeopatia, nomeadamente os
médicos Benoît Jules Mure, natural de França, e João policial.[carece de fontes?]
Vicente Martins, de Portugal, que chegaram ao país em
1840 e o aplicavam em seus clientes.[2] Entre as persona- O fenômeno das mesas girantes foi noticiado pela
lidades que se interessaram pelo estudo do “fluido vital” primeira vez no país pelo jornal "O Cearense",
destacam-se José Bonifácio de Andrada e Silva, o patri- 1853.[carece de fontes?]
arca da Independência, também cultor da homeopatia, e Em Salvador, capital da Bahia, foi fundado em agosto
Mariano José Pereira da Fonseca (Marquês de Maricá), de 1857 o Conservatório Dramático da Bahia, do qual
que, em 1844, publicou uma obra com ensinamentos de participavam, entre outros, personalidades como Rui
fundo espírita.[3] O grupo mais antigo desses estudiosos Barbosa e Luís Olímpio Teles de Menezes. Foi neste
e praticantes constituiu-se no Rio de Janeiro, então capi- grupo que Teles de Menezes travou contato com os es-
tal do Império do Brasil, em torno da figura do médico e tranhos fenômenos, vindo a corresponder-se com espíri-
historiador Alexandre José de Mello Moraes,[4] sendo in- tas franceses.[5]
tegrado por Pedro de Araújo Lima (Marquês de Olinda),
Bernardo José da Gama (Visconde de Goiana), José Ce- Nas páginas da Revue Spirite, sob o título "O Espiritismo
sário de Miranda Ribeiro (Visconde de Uberaba) e outros no Brasil", Kardec informou aos seus leitores que o pe-
vultos do Segundo Reinado. riódico "Diário da Bahia" em suas edições de 26 e 27 de
setembro de 1865, trouxera dois artigos, tradução em lín-
Uma história do espiritismo no Brasil pode ser dividida gua portuguesa dos que haviam sido publicados, seis anos
em três grandes etapas: antes, pelo Dr. Amédée Dechambre (1812-1886), coor-
denador de publicação do "Dictionnaire encyclopédique
des sciences médicales". Os artigos eram transcrições da
2 O pioneirismo na Bahia "Gazette Médicale", onde aquele médico fizera uma expo-
sição semiburlesca do assunto, referindo, por exemplo,
Afirma-se que a história do espiritismo no Brasil remonta que o fenômeno das mesas girantes e falantes já havia
ao ano de 1845, quando, no então distrito de Mata de São sido referido pelo poeta grego Teócrito (300-250 a.C.),
João, na então Província da Bahia, teriam sido registra- pelo que concluía que, não sendo novo esse fenômeno,
das as primeiras manifestações.[carece de fontes?] De acordo não tinha nenhum fundo de realidade.
com Divaldo Pereira Franco, o ano teria sido 1849, tendo "Lamentamos que a erudição do Sr. Déchambre" - co-
se caracterizado por um confronto entre elementos da mentou Kardec -, "não lhe tenha permitido ir mais longe,
Igreja Católica e espíritas, com a interveniência de força porque teria encontrado o fenômeno no antigo Egito e nas
1
2 3 O DESENVOLVIMENTO NO RIO DE JANEIRO
de tradutor.
Também foi na Bahia que se registou o início da reação da
Igreja Católica, através da pastoral “Contra os erros per-
niciosos do Espiritismo”, de autoria do então arcebispo
da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, Manuel Joa-
quim da Silveira (16 de junho de 1867).[7]
Em julho de 1869, em Salvador, iniciou-se a publicação
da revista "O Écho d'Alêm-Tumulo", sob a direção de
Teles de Menezes.
Mais tarde, em novembro de 1873, fundou-se em Sal-
vador a Associação Espírita Brasileira, continuação do
“Grupo Familiar do Espiritismo” e, no ano seguinte
(1874), na mesma cidade, alguns membros dessa Associ-
ação fundaram o “Grupo Santa Teresa de Jesus”.
pios da Doutrina."
veio a chamar-se “Grupo Ismael”, vindo a integrar-se na É nesse contexto que, no dia 6 de setembro de 1881, teve
Federação Espírita Brasileira, onde existe até aos nossos lugar o primeiro Congresso Espírita no Brasil, promovido
dias[13] pela Sociedade Acadêmica.[14] No mesmo dia, uma co-
Também em 1880, Augusto Elias da Silva, futuro fun- missão de espíritas foi recebida pelo Imperador Pedro II
dador do Reformador e da Federação Espírita Brasileira do Brasil, a quem entregou em mãos um documento com
(FEB), funda a União dos Espíritas do Brasil, a que pre- minuciosa exposição dos fatos e o pedido de que se fi-
side. zesse justiça. O Imperador, na ocasião também terá afir-
mado: "Eu não consinto em perseguição". Duas sema-
Sobre esse conturbado momento, referiu o pesquisador nas depois, a 21, a mesma comissão retornou ao palácio
Pedro Richard: a fim de conhecer da resposta às considerações emitidas
na exposição que fora entregue ao Imperador. Este afir-
"Por essa época ocorreu um fato bem significa- mou que enviara os papéis ao Ministro do Império para
tivo: Os espíritas, ou por discordância de idéias, dar solução ao caso, e tornou a afirmar, com certo ar de
ou por criminosa pretensão, criaram considerá- graça: "Ninguém os perseguirá. Mas...não queiram agora
vel número de grupos, cujos membros, em sua ser mártires."
maioria, desconheciam os preceitos mais rudi-
Embora a ordem policial jamais tenha oficialmente revo-
mentares da Doutrina. Qualquer espírita for-
gada, também não teve prosseguimento. Finalmente, em
mava um grupo, só para satisfazer a vaidade
Ofício de 10 de janeiro de 1882, dirigido a S.M. D. Pedro
de dar-lhe por título um nome que ele venerava.
de Alcântara, Imperador do Brasil, a Diretoria da Socie-
De grupos produtivos apenas se contavam al-
dade Acadêmica manifestou o seu jubilo "pelo começo da
guns, em número por demais reduzido.”
tolerância" em relação àquela Sociedade, "sinal evidente
de que estão terminadas as perseguições encetadas contra
No ano seguinte (1881), como um desdobramento do o Espiritismo e os espíritas".
“Grupo Fraternidade” foi fundado o Grupo Espírita Hu-
mildade e Fraternidade, com apoio de Francisco Rai- Essa primeira ação policial contra o Espiritismo, teve
mundo Ewerton Quadros, que viria a ser, anos mais tarde, como fruto a fundação, no Rio de Janeiro, em setembro
um dos fundadores da FEB e seu primeiro presidente (7 ou outubro de 1881, do Grupo Espírita Vinte e Oito de
de junho). O ano foi marcado, entretanto, pelo início Agosto, data que os espíritas da época quiseram fixar para
da perseguição oficial ao Espiritismo (28 de agosto). Os a posteridade.
periódicos cariocas O Cruzeiro e Jornal do Commercio, Em consequência do Congresso Espírita, veio a ser fun-
anunciaram em suas páginas, em furo de reportagem, a dado, a 3 de outubro do mesmo ano, na “Sociedade Aca-
ordem policial que proibiu o funcionamento da “Socie- dêmica”, o Centro da União Espírita do Brasil, pelo pro-
dade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade” e dos centros fessor Afonso Angeli Torteroli. A novel instituição tinha
que lhe eram filiados, tornando passíveis de sanções pe- a proposta de congregar e orientar as sociedades espíritas
nais os espíritas que contrariassem as disposições poli- a nível nacional.[15] Entre os seus associados contava-se
ciais. Nesse mesmo dia, a Sociedade reuniu-se em ses- o nome de Lima e Cirne. Esta Sociedade lançou, em Ja-
são extraordinária, a fim de tomar providências defensi- neiro de 1881 uma revista, o segundo periódico espírita
vas, caso a referida noticia fosse confirmada. Ainda nesse no Rio de Janeiro, tendo nele colaborado o Major Ewer-
mesmo dia, a Diretoria da Sociedade Acadêmica compa- ton Castro.
receu perante o Ministro da Justiça, que a recebeu com
Para marcar o primeiro aniversário da notícia sobre a
muita cordialidade, declarando que deveria ter havido al-
repressão aos espíritas, foi aberta, a 28 de agosto de
gum equivoco, e que não consentiria na perseguição de
1882, a I Exposição Espírita do Brasil, na sede da So-
ninguém.
ciedade Acadêmica, à Rua da Alfândega nº 120 sobrado.
Entretanto, no dia 30 de agosto, um Oficial de Justiça O programa comemorativo, organizado pela própria So-
apresentou à Sociedade Acadêmica a contra-fé do man- ciedade, intitulava-se “Festa do Espiritismo no Brasil”
dado de intimação do 2º Delegado de Polícia do Muni- e estendeu-se até 3 de setembro. Os seus visitantes
cípio da Corte, mandado que suspendia e vedava as reu- tiveram a oportunidade de apreciar variados trabalhos
niões da dita Sociedade, alegando que ela não se achava mediúnicos, como psicografias em caracteres normais,
legalmente constituída. De imediato, a Diretoria da So- taquigráficos e telegráficos, em línguas estrangeiras (até
ciedade Acadêmica expediu ofícios ao Chefe de Polí- orientais), psicopictografias, cópias da correspondência
cia e ao Ministro da Justiça, Conselheiro Manuel Pinto da Sociedade Acadêmica com associações espíritas es-
de Souza Dantas, demonstrando a arbitrariedade daquela trangeiras, jornais e revistas espíritas da Europa e da
medida. Uma comissão, da qual faziam parte o Dr. América, obras espíritas diversas, retratos de vultos do
Antônio Pinheiro Guedes, Carlos Joaquim de Lima e Espiritismo de vários países e, também livros e jornais
Cirne e o Dr. Joaquim Carlos Travassos, entrou em con- contrários à Doutrina. Na ocasião foi lançado ainda o jor-
tato com o Chefe de Policia, que, apesar de a ter recebido nal "O Renovador", pelo Major Salustiano José Monteiro
com amabilidade, nada resolveu, dando a entender que a de Barros e pelo Prof. Afonso Angeli Torteroli. Poucos
ordem vinha de autoridade superior.
3.2 O período Republicano 5
meses depois, surgiria o "Reformador", sob a direção de • a visita do médium de efeitos físicos estadunidense
Augusto Elias da Silva (21 de janeiro de 1883). Para a Henry Slade (1835-1905) ao Brasil.[20]
ideia da publicação deste último pesou a Carta Pastoral
combatendo o espiritismo, publicada em 1882 pelo bispo É neste momento que se reorganiza e instala nas depen-
do Rio de Janeiro, que motivou respostas por parte do dências da FEB o Centro da União Espírita do Brasil em
médico Antônio Pinheiro Guedes. sua segunda fase, com Bezerra de Menezes como presi-
Será Elias da Silva quem promoverá, ao final desse ano dente e, depois, Elias da Silva (1893)[nb 2] . Foi ainda Be-
(27 de dezembro de 1883)[16] , em sua própria residência, zerra de Menezes quem incorporou à FEB o “Grupo dos
a reunião preparatória de rearticulação do movimento no Humildes”, depois denominado “Grupo Ismael”. Após
Município da Corte, dada a manifesta incompreensão en- a proclamação da República, o Grupo Espírita Fraterni-
tre os componentes das diversas entidades espíritas então dade incorporar-se-à, por sua vez também, à FEB.
aí existentes:[17] o “Centro da União Espírita do Brasil”, o Figuras proeminentes do movimento republicano, como
“Grupo dos Humildes”, o “Grupo Espírita Fraternidade” Joaquim Saldanha Marinho (1816-1895) e Quintino
e a “Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade”. Bocaiuva (1836-1912) tinham simpatia pela doutrina
Como fruto desse entendimento, será fundada, a 1 de ja- espírita.[21] No meio literário destacam-se, como crí-
neiro de 1884, a Federação Espírita Brasileira, conside- tico, Machado de Assis (1839-1908); o espírita Manuel
rada como a “Casa de Ismael”, com o objetivo de federar de Araújo Porto-Alegre (1806-1879) - que realizou ses-
todos os grupos através de "um programa equilibrado ou sões de psicografia em Paris e escreveu uma peça teatral
misto" e que difundisse por todos os meios o Espiritismo, ("Os Voluntários da Pátria") onde estão presentes elemen-
principalmente pela imprensa e pelo livro.[18][19] tos espíritas -;e como simpatizantes Castro Alves (1847-
A 17 de agosto de 1885, em uma sala na rua da Alfân- 1871) - que pretendeu escrever uma obra de cunho espí-
dega, a FEB inaugurou o ciclo de conferências públicas rita que seria o poema final de “Os Escravos” -, Augusto
que se destacará, tendo entre os seus oradores os nomes dos Anjos - que coordenava sessões espíritas e psicogra-
de Elias da Silva, Bittencourt Sampaio e outros pioneiros fava em sua cidade natal -, António Castro Lopes (1827-
do Espiritismo no país. O aumento do afluxo de público 1901), poeta e filólogo, e Alexandre José de Mello Mo-
fará com que essas palestras se transfiram para o Salão raes (1816-1882), médico, historiador e político. [22][6]
da Guarda Velha (na rua de igual nome, atual Av. 13 de Fora do Município da Corte, destacou-se neste período
Maio) onde, a 16 de agosto de 1886, o Dr. Adolfo Be- a fundação, no Recife, do jornal espírita “A Cruz”, por
zerra de Menezes proclamará publicamente as suas con- Júlio César Leal (6 de julho de 1881), primeiro periódico
vicções espíritas diante de mais de mil pessoas (1.500 ou espírita da capital pernambucana.
duas mil, conforme as fontes).
Elias da Silva funda, em 1887 o Grupo Espírita Sete de
Março, que se manterá em atividade até 1890. 3.2 O período Republicano
Nos agitados dias que se estenderão da Abolição da Es-
cravatura no Brasil (1888) até à proclamação da Repú- Com a Proclamação da República do Brasil (15 de no-
blica (1889), destacam-se: vembro de 1889), a 22 de dezembro a FEB congratula-se
com o Governo Provisório pelo advento do novo regime.
Entretanto, estando o país ainda sem uma Constituição, o
• a série de artigos sobre a Doutrina Espírita publi-
Decreto nº 847, de 11 de outubro de 1890, promulgou o
cada em O Paiz, periódico de maior circulação da
Código Penal da República. Este diploma, de inspiração
época.[nb 1] Com o nome de “Estudos Filosóficos
positivista, associava a prática do Espiritismo a rituais de
- Espiritismo”, os artigos saíram regularmente aos
magia e curandeirismo, conforme expresso em seu Artigo
domingos, no período de 23 de outubro de 1887
157, que rezava:
a dezembro de 1893, assinados sob o pseudónimo
“Max”.
"É crime praticar o Espiritismo, a magia e seus
• a mensagem do espírito de Allan Kardec no “Grupo sortilégios, usar de talismãs e cartomancias,
Espírita Fraternidade”, conclamando os espíritas à para despertar sentimentos de ódio ou amor, in-
harmonia (1888); e culcar cura de moléstias curáveis ou incuráveis,
enfim, para fascinar e subjugar a credulidade
• a decisão de Bezerra de Menezes - que por meio de pública. Pena: prisão celular de 1 a 6 meses e
artigos e conselhos pregava a necessidade de maior multa de 100$000 a 500$000."
compreensão entre os espíritas - depois de muito
instado, assumir a direção da FEB, sucedendo a Os espíritas protestaram junto a Campos Sales, então Mi-
Ewerton Quadros, que a administrara de 1884 a nistro da Justiça, sem sucesso. O relator do Código, João
1888, e que, como militar, fora transferido para a Batista Pinheiro, limitou-se a afirmar que o texto referia-
então Província de Goiás. se à prática do chamado “baixo Espiritismo”. Em 22 de
6 3 O DESENVOLVIMENTO NO RIO DE JANEIRO
dezembro de 1890, Bezerra de Menezes, enquanto presi- instituição, permaneceu no cargo até vir a falecer, em
dente do “Centro da União Espírita do Brasil”, oficiou ao 1900.
Presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca,
acerca do novo Código Penal.
Preocupado com possíveis focos de resistência ao regime,
o Governo autorizou a polícia a invadir reuniões e resi-
dências à procura de opositores. Como consequência, em
1891, na cidade do Rio de Janeiro, vários espíritas che-
garam a ser detidos. Perseguidos e proibidos de se reuni-
rem, os poucos centros espíritas então existentes viram-
se na contingência de fecharem as suas portas, a fim de
que não incorressem nas penas da Lei. A própria FEB
foi obrigada a suspender a publicação de sua revista, o
“Reformador” neste momento. Será nesse contexto, en-
tretanto, que Bezerra de Menezes funda o Grupo Espí-
rita Regeneração (18 de fevereiro de 1891), a “Casa dos
Benefícios”[nb 3] .
Em 1893, no auge da segunda Revolta da Armada, o Go-
verno endureceu ainda mais o regime. Os espíritas apre-
sentaram um novo protesto ao Congresso Nacional contra
o Código Penal, uma vez mais em vão, de vez que a co-
missão revisora do Código não atendeu às reivindicações
formuladas por aqueles. Vitimado por dificuldades exter-
nas e internas, o Reformador deixou de circular no último Aristides Spinola.
trimestre daquele ano. O “Grupo Espírita Fraternidade”,
após ter alterado os seus estatutos passando a denominar-
se “Sociedade Psicológica Fraternidade”, Revolta da Ar- Nesse interím, em 28 de agosto de 1897 o “Centro da
mada, extinguiu-se, e, no Natal desse mesmo ano, Be- União Espírita de Propagada do Brasil” reúne-se em
zerra de Menezes encerrou a série “Estudos Filosóficos” “Congresso Espírita Permanente”, homenageando a “So-
que vinha publicando no O Paiz. ciedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade”, objeto de
tentativa de perseguição aos espíritas em 1881. Todavia,
No ano seguinte (1894), com o abrandamento da situa- o “Centro” desaparece no mesmo período do Congresso.
ção política, Augusto Elias, em conjunto com Fernandes
Figueira e Alfredo Pereira, inicia uma campanha finan- Em 1904 já circulavam no país nada [23]
menos que 19 pe-
ceira para subsidiar os projetos da FEB. O Reformador riódicos dedicados ao espiritismo.
voltou a circular. Em 15 de abril de 1905 a sede da FEB, então à rua
Os historiadores do movimento registam que, à época, do Rosário 97, no centro histórico da cidade, foi visi-
vivia-se uma cisão ideológico-doutrinária entre os cha- tada por funcionários da Diretoria Geral de Saúde Pú-
mados “laicos” ou “científicos”, representados pelo Prof. blica, que lavraram autos de infração contra o médium
Angeli Torteroli, que defendiam o aspecto científico do Dr. Domingos de Barros Lima Filgueiras, por exercício
espiritismo; e os “místicos”, pelo Dr. Bezerra de Mene- ilegal da Medicina. No processo, aberto contra o então
zes, que defendiam o aspecto religioso. Desse modo, em presidente da FEB - Leopoldo Cirne - e o médium Do-
4 de abril de 1894 o “Centro da União Espírita” muda o mingos Filgueiras, ambos foram absolvidos.
seu nome para Centro da União Espírita de Propaganda A nova sede da FEB, na Rua do Sacramento (atual Ave-
no Brasil, sob a direção do Prof. Angeli Torteroli, com nida Passos), foi inaugurada a 10 de dezembro de 1911.
sede à Rua Silva Jardim nº 9. À sua Diretoria pertenciam
A 1 de maio de 1912 é fundado, na cidade do Rio de
nomes como os de Júlio César Leal[nb 4] e Bezerra de Me-
Janeiro, o jornal espírita semanal Aurora, por Inácio Bit-
nezes, que dela se retirou em 1896, diante da campanha
tencourt, seu responsável por mais de três décadas. Sob a
de insultos pessoais que contra ele se desencadeara, por
sua presidência será fundado, em 1919, o Abrigo Tereza
ser considerado um místico, que não se dava ao trabalho
de Jesus, tradicional obra assistencial que chegou aos nos-
de raciocinar.[nb 5] .
sos dias.
Diante da renúncia de Júlio César Leal à presidência da
O papel centralizador da FEB a nível nacional foi questi-
FEB, após sete meses no cargo, devido à profunda crise
onado, na década de 1920, com a fundação da Liga Espí-
administrativo-financeira e ideológica vivida pela institui-
rita do Brasil por Aurino Barbosa Souto (31 de março de
ção, Bezerra de Menezes, a 3 de agosto de 1895, aceita
1926), que também tinha a mesma proposta. Como rea-
assumir mais uma vez o cargo. No exercício de suas fun-
ção, reuniu-se no mesmo ano, pela primeira vez, o Con-
ções, imprimiu orientação evangélica aos trabalhos da
selho Federativo da FEB.
7
O "Jornal do Brasil" publicou entrevista com o escritor Aflitos, em 26 de agosto de 1894, primeira socie-
Coelho Neto (7 de junho de 1923), anteriormente intran- dade espírita em Pernambuco.[27]
sigente adversário do Espiritismo, mas que a ele se con-
verteu após ter participado, na extensão do seu escritório, • No Recife, a fundação da Federação Espírita Per-
de uma conversa ao telefone entre a sua neta, falecida em nambucana (8 de dezembro de 1904);
tenra idade, e a mãe dela.[24] Nesse mesmo ano, proferiu
• Em Minas Gerais, a fundação da União Espírita Mi-
um discurso sobre a sua adesão à doutrina espírita, no Sa-
neira, tendo Antônio Lima como seu primeiro pre-
lão da Guarda Velha, no Rio de Janeiro.[25] Nesse mesmo
sidente, o início da atuação, na região do Triângulo
ano, o serviço de mediunidade receitista da FEB atingiu
Mineiro, de Eurípedes Barsanulfo (1904), e o início
o seu mais alto número de consultas, com quase 400 mil
da militância espírita de Cairbar Schutel, que funda
pessoas atendidas.[26]
um centro espírita e dá início à publicação de "O
Fora do Distrito Federal, destacam-se, neste período: Clarim" (1905), periódico que continua a ser publi-
cado até aos nossos dias;
O ano de 1939 foi marcado pela realização do I Congresso cia uma série de livros que abordam a vida no plano es-
Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas. piritual. A primeira obra, "Nosso Lar" foi lançada no
[33]
Nesta década inicia-se ainda a atuação do médium Rio de Janeiro no ano seguinte (1944). Nesse mesmo
Francisco Peixoto Lins, carinhosamente referido apenas ano (1944), D. Catarina Vergolino de Campos, viúva
como “Peixotinho”. do escritor Humberto de Campos (falecido em 1934),
abriu processo contra a FEB e contra o médium Fran-
A década encerrou-se com a reforma do Código Penal, cisco Cândido Xavier, visando receber direitos autorais
que deixou de criminalizar explícitamente a prática do sobre as mensagens psicografadas atribuídas ao seu fi-
Espiritismo (1940). Ainda assim, no ano seguinte (1941), nado marido[34] . Também nesta cidade, e neste ano, foi
todos os centros espíritas da então capital federal foram fundada a Cruzada dos Militares Espíritas (10 de dezem-
suspensos por portaria da polícia, do mesmo modo que bro de 1944).
todos templos afro-brasileiros. No Rio de Janeiro, foi
fundada a Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio Ainda em 1944 Cornélio Pires publica a obra "Coisas
de Janeiro (11 de junho de 1941), tendo como primeiro D'Outro Mundo", de tema espírita. Viria a publicar ou-
presidente o Dr. Levindo Gonçalves de Mello. tra obra espírita em 1947 - "Onde estás, oh Morte?" e,
após o seu falecimento, prosseguiria o trabalho literário
No contexto da Segunda Guerra Mundial, a partir de através da psicografia de Francisco Cândido Xavier.
1943, o escritor Monteiro Lobato realiza sessões espíritas
em sua residência. Essas sessões, que tinham como mé- Em 1945 foi fundado o Hospital Espírita Pedro de Al-
dium a sua esposa, Dona Purezinha, e eram realizadas cântara, no Rio de Janeiro. Nesse ano iniciou-se, em São
com o método do copo, foram registadas pelo próprio Paulo, por iniciativa das suas federações, um novo pro-
escritor e publicadas postumamente na obra "Monteiro cesso pela unificação do movimento espírita no país, que
Lobato e o Espiritismo". No período de 1946 a 1947 dará lugar, em 1947, ao Primeiro Congresso Espírita do
Estado de São Paulo, pró-unificação. No ano seguinte
chegaram inclusive a ser realizadas sessões na Argentina,
durante viagens do escritor para aquele país. (1948, ainda em São Paulo, tem lugar o Congresso Espí-
rita Centro-Sulino, também pró-unificação.
Com o fim do Estado Novo, a Constituição brasileira de
1946 garantiu ampla liberdade religiosa no país.
No estado da Bahia, ao final da década, iniciou-se o tra-
balho assistencial de Divaldo Pereira Franco. Este, jun-
tamente com um grupo de colaboradores, fundou em
Salvador o Centro Espírita Caminho da Redenção (7 de
setembro de 1947) onde, no ano seguinte, sob a orienta-
ção do espírito Auta de Souza, iniciou a “Caravana Auta
de Souza”, para o atendimento a famílias necessitadas (9
de setembro de 1948).
Dada a movimentação paulista em favor da unificação,
tem lugar, no Rio de Janeiro, o evento mais importante
do período: a aprovação dos dezoito itens do Pacto Áu-
reo, considerado o mais importante documento do movi-
mento espírita no país (5 de outubro de 1949). O docu-
mento tinha a finalidade de unificar as federações esta-
duais em torno da FEB. No ano seguinte (1950) foi esta-
belecido o Conselho Federativo Nacional, composto pelo
representantes das referidas entidades adesas. Ainda em
1950 partiu do Rio de Janeiro para a Região Nordeste do
Brasil, a chamada Caravana da Fraternidade, integrada,
entre outros, por Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da
Silva e Leopoldo Machado. Como resultado, ampliou-se
o número das federações estaduais no país.
Em termos de divulgação, realizou-se em 1949 o II Con-
gresso Espírita Pan-Americano, na cidade do Rio de Ja-
neiro, promovido pela Liga Espírita do Brasil.
A década de 1990 foi marcada pela constituição, em ou- • O Último Romance de Balzac (2010), dirigido por
tubro de 1992, do Grupo de Estudos Avançados Espíritas, Geraldo Sarno, baseado na obra psicografada por
um grupo de estudos e divulgação de notícias virtual, que Waldo Vieira intitulada "Cristo Espera por Ti" e na
trouxe o movimento espírita para a Internet. obra “O Avesso de um Balzac Contemporâneo”, de
No plano editorial, a literatura espírita popularizou- Osmar Ramos Filho.
se com os chamados “romances espíritas”, através de
autores como Vera Lúcia Marinzeck ("Reconciliação", • As Mães de Chico Xavier (2011), dirigido por
1990; "Violetas na Janela", 1993) e Zíbia Gasparetto Glauber Filho e Halder Gomes, com roteiro dos
("Vencendo o Passado", 2008). A popularidade al- mesmos diretores baseado no livro "Por Trás do Véu
cançada por esses autores, bem como os lucros obti- de Ísis", de Marcel Souto Maior.
dos com as vendagens das obras, entretanto, desper-
tou polémica junto aos adeptos mais ortodoxos da dou- • O Filme dos Espíritos (2011), dirigido por André
trina espírita, sob o argumento de desinteresse pelos au- Marouço e Michel Dubret, com roteiro livremente
tores clássicos (e consequente quebra de vendagem de baseado em "O Livro dos Espíritos".
seus títulos).[carece de fontes?] Isso não impediu, entretanto,
o surgimento de autores de sucesso como Elisa Mas-
• E a Vida Continua... (2012), dirigido por Paulo Fi-
selli ("Nada fica sem Resposta", 2001); Mônica de Cas-
gueiredo, com base na obra homônima psicografada
tro ("Gêmeas", 2009); Marcelo Cezar ("O Amor é para
por Francisco Cândido Xavier.
os Fortes", 2010); Robson Pinheiro ("Tambores de An-
gola") e Rubens Saraceni (estes dois últimos também
classificados como literatura umbandista), entre outros. No Brasil, de acordo com o último censo demográfico
de autoria do IBGE, realizado em 2010, no mesmo ano
Em 1995 tem lugar o Congresso Espírita Mundial, em haviam 3,8 milhões de adeptos da Doutrina Espírita, e
Brasília, com 3000 inscrições. No mesmo também são os espíritas são o segmento social com maior renda e
fundadas a Associação Médico-Espírita do Brasil e a escolaridade.[48]
Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas.
Os espíritas têm sua imagem fortemente associada à prá-
Em 1999 houve um escândalo envolvendo as acusações tica da caridade. Eles mantêm em todos os estados bra-
contra o médium Rubens Farias Jr., ampliando a polé- sileiros asilos, orfanatos, escolas para pessoas carentes,
mica em torno da atuação da entidade Dr. Fritz.[45] creches e outras instituições de assistência e promoção
O final da década foi marcado pela fundação da social. Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, é uma
Associação Médico-Espírita Internacional (AME-I)[46] e personalidade bastante conhecida e respeitada no Bra-
da Associação Brasileira de Magistrados Espíritas. sil. É o autor francês mais lido no país, seus livros já
venderam mais de 25 milhões de exemplares em todo o
O século XXI, para o movimento no país, trouxe o ad-
território brasileiro. Se forem contabilizados os demais
vento da televisão espírita, com os canais Rede Visão
livros espíritas, todos decorrentes das obras de Kardec,
(2004) e TV Mundo Maior (2006).
o mercado editorial brasileiro espírita ultrapassa 4.000
O final da primeira década do século foi marcado pela títulos já editados e mais de 100 milhões de exempla-
utilização do cinema como meio de divulgação. Desse res vendidos.[49] Os livros espíritas lideram o ranking dos
modo, vieram a público[47] : mais vendidos nas principais livrarias do país.[50]
8.6 Conscienciologia [6] Tiago Cordeiro. Allan Kardec e o espiritismo, uma religião
bem brasileira (14/10/2014). Aventuras na História - Guia
do Estudante. Página visitada em 18/11/2014.
Surgiu em meados da década de 1960, com o fim da
parceria entre os médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, [7] PALMEIRA, Vivian. “Curiosas Histórias do Espiri-
quando este último iniciou pesquisa própria com o que tismo”. in: "Universos Espírita", nº 49, ano 5, 2008. pp.
denominou projeção da consciência. 8-12.
14 10 REFERÊNCIAS
[8] PALMEIRA, Vivian. “Curiosas Histórias do Espiri- [23] GIUMBELLI, Emerson. “Kardec nos Trópicos”. in Re-
tismo”. in: “Universos Espírita”, nº 49, ano 5, 2008. pp. vista de História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, ju-
8-12. nho de 2008, p. 14-19.
[9] RIBEIRO, Gérson. O Kardecismo em São Paulo. Consul- [24] Cronologia Espírita: 1914-1945 Tempos de Comoções in
tado em 12 Dez 2010. Cronologia Espírita 1857-1869 in Grupo de Estudos Avançados Espíritas. Visitado em 4 Jun
GEAE, consultado em 12 Dez 2010. 2011.
[10] Juvanir Borges de Souza, em palestra intitulada Primór- [25] CURY, Aziz. Legado de Bezerra de Menezes. ISBN
dios do Movimento Espírita no Brasil, proferida durante a 978857513091-9
Conferência Espírita Brasil-Portugal (Salvador (BA), 16 a
19 de março de 2000), atribui a obra “Os Tempos são che- [26] GIUMBELLI, Emerson. “Kardec nos Trópicos”. in Re-
gados” à autoria do professor Lieutaud e a tradução de “O vista de História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, ju-
Espiritismo na sua expressão mais simples”, ao também nho de 2008, pp. 14-19.
professor Alexandre Canu, referindo que o nome deste úl-
timo como tradutor apenas figurou na terceira edição da [27] AURÉLIO, Dâmocles. História do Espiritismo em Per-
obra, publicada em 1862. nambuco (vol. I: 1853-1900). 1991.
[11] "Revue Spirite", julho de 1864, p. 213 [28] Almeida, A. A. S., & Lotufo Neto, F. (2005). History
of ‘Spiritist madness’ in Brazil. History of Psychiatry, 16,
[12] Na raiz da divergência encontrava-se a apreciação/estudo 5–25
da obra Os Quatro Evangelhos de Jean-Baptiste Rous-
taing: por afinidade ideológica, a quase totalidade dos [29] ISAIA, Artur Cesar. “Loucura Coletiva?". in Revista de
“místicos” defendiam-na, enquanto que a maioria dos História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, junho de
“científicos” repudiavam-na. in: QUINTELLA, Mauro. 2008, p. 20-25.
História do Espiritismo no Brasil.
[30] RIBEIRO, Leonídio; CAMPOS, Murilo de. O espiritismo
[13] Reformador, agosto de 1973. no Brasil. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1931.
[14] QUINTELLA, Mauro. História do Espiritismo no Brasil. [31] A prática do espiritismo, em suas diversas vertentes, desde
[15] QUINTELLA, Mauro. História do Espiritismo no Brasil. 1934 era coibida pela Secção Especial de Costumes e Di-
O mesmo autor indica que a edição de Novembro da re- versões do Departamento de Tóxicos e Mistificações do
vista da Sociedade Acadêmica apresenta uma relação de Rio de Janeiro, que também lidava com as questões liga-
instituições filiadas até aquele mês. das ao alcoolismo, jogos ilícitos, drogas e prostituição.
[16] Reformador, 1924, p. 497. [32] GIUMBELLI, Emerson. “Kardec nos Trópicos”. in Re-
vista de História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, ju-
[17] A proposta era a de fundar-se uma instituição ideologica- nho de 2008, p. 14-19.
mente neutra, que não fosse nem “mística”, nem “cientí-
fica”. QUINTELLA, Mauro. História do Espiritismo no [33] Até então eram muito vagas as ideias de como seria a vida
Brasil. cotidiana no plano espiritual. A série prosseguiu com
a recepção de "Os Mensageiros (1944), "Missionários
[18] QUINTELLA aponta ainda que: "Para comprovar a neu- da Luz" (1945), "Obreiros da Vida Eterna" (1946), "No
tralidade da nova sociedade, os científicos Angeli Torteroli Mundo Maior" (1947), "Libertação" (1949), "Entre a
e Joaquim Távora são convidados a se cadastrarem como Terra e o Céu" (1954), "Nos Domínios da Mediunidade"
sócios-fundadores." (Op. cit.) (1955), "Ação e Reação" (1957), "Mecanismos da Me-
diunidade" (1960), "E a Vida Continua..." (1968).
[19] O Reformador de 1 de janeiro de 1884, assim referiu o
fato: "Acha-se em via de organização a Federação Espí- [34] Este processo, que se celebrizou pela sua originalidade,
rita Brasileira. Fitando o largo horizonte da propaganda foi movido no sentido de obter uma declaração, por sen-
escrita, acreditamos que prestará serviços da máxima im- tença, acerca de se daquela obra mediúnica "era ou não do
portância para a vulgarização dos princípios filosóficos do 'Espírito' de Humberto de Campos", e, em caso afirmativo,
Espiritismo." que se aplicassem as sanções previstas em Lei. O assunto
causou muita polêmica, tendo ocupado espaço nos princi-
[20] O médium foi visitado, numa casa de pensão onde se hos-
pais periódicos do país à época. Em 23 de agosto de 1944,
pedara na Glória, por uma comissão da Federação Espí-
por sentença do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz
rita Brasileira, composta por Bezerra de Menezes, Anto-
de Direito em exercício na 8ª Vara Cível do antigo Distrito
nio Sayão, e outros, tendo Slade fornecido provas incon-
Federal, a ação foi julgada improcedente. O recurso, im-
testáveis de sua mediunidade.
petrado no Tribunal de Apelação do antigo Distrito Fe-
[21] GIUMBELLI, Emerson. “Kardec nos Trópicos”. in Re- deral, manteve a sentença original, tendo sido relator o
vista de História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, ju- ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa. (TIMPONI,
nho de 2008, p. 14-19. Miguel. A Psicografia ante os Tribunais).
[22] PALMEIRA, Vivian. “Curiosas Histórias do Espiri- [35] FULLER, John Grant. Arigo: Surgeon of the Rusty
tismo”. in: "Universos Espírita", nº 49, ano 5, 2008. pp. Knife. New York: Thomas Y. Crowell, 1974. [prefácio
8-12. por Henry K. Puharich, MD] ISBN 0690005121
15
[50] Leitores de Fé. Revista Época, 26 junh. 2009. Consul- • História Ilustrada do Espiritismo no Brasil in CP-
tado em 23 julh de 2013. DOC Espírita
16 13 LIGAÇÕES EXTERNAS
14.2 Imagens
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