Projeto Estrutural - Letícia2
Projeto Estrutural - Letícia2
Projeto Estrutural - Letícia2
Generalidades
Concreto armado:
Vantagens:
- Moldavel;
- Resistente;
- Baixo custo;
- Manutenção reduzida;
- Comportamento bom em incêndio;
- Resistência ao choque e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes
mecânicos.
Desvantagens:
- Peso próprio elevado;
- Custo de formas para moldagem;
- Fissuração;
- Baixa resistência a tração;
- Reforma praticamente impossível.
Concepção estrutural:
O desenvolvimento do projeto estrutural deverá obedecer às prescrições da ABNT NBR
6118:2014 – “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, devendo nesta fase
contemplar os seguintes itens:
Qualidade e durabilidade:
A estrutura deve alcançar a vida útil prevista, para o ambiente existente, com a
manutenção especificada, dentro das condições de carregamento impostas.
É muito importante identificar o grau de agressividade do ambiente, onde a estrutura
será implantada, a fim de fixarmos a qualidade do concreto de cobrimento que deverá
ser utilizado e também os cobrimentos mínimos a serem adotados para garantir a
perfeita proteção das armaduras ao longo do tempo.
Exigências:
Escolha correta do tipo de ambiente e seu grau de agressividade;
Intenção de vida útil da estrutura projetada;
Escolha da classe de resistência do concreto;
Especificação dos cobrimentos das peças estruturais
Especificação da relação água/cimento do concreto.
Materiais
Ações externas
Concepção estrutural
Análise estrutural:
Estruturas protendidas
Efeitos globais de 2ª ordem
Imperfeições e efeitos de 2ª ordem locais
Variações térmicas e retração
Esforços transmitidos para as fundações
Modelo TQS
Tipo de estrutura: Concreto armado/protendido
Modelo estrutural: modelo de vigas, pilares, flexibilizado conforme critérios.
Características:
- O edifício será modelado por um pórtico espacial mais os modelos dos pavimentos
(vigas continuas ou grelhas).
- O pórtico será composto apenas por barras que simulam as vigas e pilares da
estrutura, com o efeito de diafragma rígido das lajes devidamente incorporado.
- Os efeitos oriundos das ações verticais e horizontais nas vigas e pilares serão
calculados com o pórtico espacial. Nas lajes, somente os efeitos gerados pelas ações
verticais serão calculados.
- Nos pavimentos simulados por grelha de lajes, os esforços resultantes das barras de
lajes sobre as vigas serão transferidas como cargas para o pórtico espacial, ou seja, há
uma certa integração entre ambos os modelos (pórtico espacial e grelhas).
- Para os demais tipos de modelo de pavimento, as cargas das lajes serão transferidas
para o pórtico por meio de quinhões de carga.
- A flexibilidade das ligações viga-pilar, a separação de modelos específicos para
avaliações ELU e ELS, bem como seus respectivos coeficientes e não-linearidade
físicas, são controlados por critérios gerais do Pórtico-TQS.
Integração solo-estrutura:
SISEs – Sistema Integrado Solo Estrutura
O SISEs recebe do TQS o modelo espacial da estrutura, as reações na fundação para
cálculo de CRVs e CRHs e possivelmente fundações lançadas no Modelador. O cálculo
das fundações pode levar em consideração o modelo global da estrutura.
O sistema TQS recebe do SISEs a fundação dimensionada, e um modelo refinado de
fundações para análise global junto com o pórtico espacial da estrutura.
Cobrimentos:
Lajes em geral: inferior e superior: 2 cm
Vigas: 3,0 cm
Pilares: 3,0 cm
Fundações: 2,5cm
Cobrimento de elementos em contato com o solo:
Vigas e lajes: 2,5cm
Pilares: 4cm
Verificação de cobrimentos mínimos:
Maior altura de bainha: 60mm
Maior bitola de viga/pilar: 25mm
Maior bitola de lajes: 12,5mm
Vento:
Velocidade básica: V0=37m/s (Poços de Caldas)
É a velocidade de uma rajada de 3 segundos, excedida em média uma vez em 50 anos
a 10 metros acima do terreno, em campo aberto e plano. Varia com a região da
edificação, segundo o mapa de isopletas.
Fator do terreno: S1=1,00
Fator topográfico, que leva em consideração as variações do relevo do terreno.
Categoria de rugosidade: S2=lV
Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal,
industrial ou urbanizada.
Classe da edificação: S2=A
Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou
vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m.
Cálculos:
Vento:
Vk=S1.S2.S3.V0
Carga do vento:
Q=0,613.Vk²
Combinações:
Fd= Vg.Fg+𝝲q(Fq+ψ.Fq)
Ações:
Viga = Flexão simples
Pilar = Flexão composta
N = (Ainfl. x q)/104
Ac = (4.N)/fck
Sendo:
Ainfl = quinhão de carga
q = carregamento no pilar, em média 11Kn/m². (No pórtico um pilar deve receber pelo
menos de 10 a 15 toneladas por andar.)
N = carga total no pilar
Fck = Kn/cm²
Ac = área do pilar (deve ser ≥ 360 cm²)
Obs.: na cobertura multiplica a carga por 0,7, pois a carga é menor.
Viga = Ly/11
Sendo:
Ly= maior vão na viga.
Deve ser usado de 10 a 12,5, sendo 10 para C25 e 12,5 para C50.
Como C35 será usado 11 % do vão.
Laje = Lx/40
Sendo:
40 = Recomendação prática
Lx = menor vão da laje
Dimensionamento da viga
- Cálculo do momento:
a) Altura útil
d’ = c + φt + φl /2+ ycg
b) Momento fletor
O momento limite para armadura simples é dado por:
Kc,lim -> valor de Kc correspondente ao limite entre os domínios 3 e 4 (ver Tabela 1.1
de PINHEIRO, 1993)
Pode-se usar armadura simples, para Md,máx ≤Md,lim, ou armadura dupla, para
Md,máx até um valor da ordem de 1,2 ⋅Md,lim, no caso de aço CA-50.
Para valores maiores de Md,máx , pode ser necessário aumentar a seção da viga.
c) Força cortante
A máxima força cortante VSd , na face dos apoio, não deve ultrapassar a força cortante
última VRd2 , relativa à ruína das bielas comprimidas de concreto, dada por:
VRd2 = 0,27 αv2 fcd bw d
αv2 = (1 - fck / 250) , fck em MPa ou αv2 = (1 - fck / 25) , fck em kN/cm2
fcd → resistência de cálculo do concreto
bw → menor largura da seção, compreendida ao longo da altura útil
d → altura útil da seção, igual à distância da borda comprimida ao centro de gravidade
da armadura de tração
VSd,mín = Vsw,mín + Vc
VSw,mín = (Asw/S).0,9.d. fywd (senα + cosα)
Asw= 𝞺.bw.S.senα
S=espaçamento longitudinal (entre estribos)
𝞺 = (0,2.fctm)/fywk
Fctd= (0,21.fck^(2/3))/𝝲c
Fywd= resistência do aço
Vc= 0,6.fctd.bw.d
Camada superior:
Md2=Md-Md1
Calcula o d’’
𝑀𝑑2
𝐴𝑠2 =
𝑓𝑦𝑑(𝑑 − 𝑑′′ )
As=As1+As2
𝑀𝑑2
𝐴𝑠 ′ =
𝜎𝑠′(𝑑 − 𝑑")
𝛽𝑥. 𝑑 − 𝑑"
𝜀𝑠 ′ = . 𝜀𝑐𝑢
𝛽𝑥. 𝑑
𝜎𝑠 ′ = 𝐸𝑠. 𝜀𝑠′
Dimensionamento do Pilar:
Pilar: Tem a principal função de receber as ações atuantes nos diversos níveis e
conduzi-las até as fundações.
Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos edifícios são
os responsáveis por resistir as ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade
global da estrtura.
As lajes recebem as cargas permanentes (peso próprio, revestimentos etc.) e as
variáveis (pessoas, máquinas, equipamentos etc.) e as transmitem para as vigas de
apoio.
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas das lajes, recebem
também cargas de paredes dispostas sobre elas, além de cargas concentradas
provenientes de outras vigas, levando todas essas cargas para os pilares em que
estão apoiadas.
Características geométricas:
Dimensões mínimas:
19 cm
Comprimento equivalente:
𝐼
𝑖=√
𝐴
Índice de esbeltez:
𝑙𝑒
𝜆=
𝑖
- Os pilares internos são os pilares que admitem compressão simples, ou seja, em que
as excentricidades iniciais podem ser desprezadas.
- Nos pilares de borda, a excentricidade inicial em uma direção. Para seção quadrada
ou retangular, a excentricidade inicial é perpendicular à borda.
- Pilares de canto são submetidos a flexão oblíqua. As excentricidades iniciais ocorrem
nas direções das bordas.
Classificação da esbeltez:
De acordo com o índice de esbeltez (λ), os pilares podem ser classificados em:
• pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
• pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90
• pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140
• pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200
A NBR 6118:2003 não admite, em nenhum caso, pilares com λ superior a 200.
Excentricidade inicial:
A excentricidade inicial, oriunda das ligações dos pilares com as vigas neles
interrompidas, ocorre em pilares de borda e de canto.
A partir das ações atuantes em cada tramo do pilar, as excentricidades iniciais no topo
e na base são obtidas com as expressões:
Os momentos no topo e na base podem ser obtidos no cálculo do pórtico, usando, por
exemplo, o programa Ftool (MARTHA, 2001). Segundo a NBR 6118:2014, pode,
também, ser admitido esquema estático apresentado abaixo:
Para esse esquema estático, pode ser considerado, nos apoios extremos, momento
fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes
estabelecidos nas seguintes relações:
Excentricidade acidental:
Momento mínimo:
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo.
Excentricidade de forma:
Esbeltez limite:
Dimensionamento do Laje:
Lx = menor vão
Ly = maior vão
Se:
ly/lx≤2 – laje armada em duas direções
ly/lx≥2 – laje armada em uma direção
Nas lajes armadas em duas direções, as duas armaduras são calculadas para resistir
os momentos fletores nessas direções.
As denominadas lajes armadas em uma direção, na realidade, também têm armaduras
nas duas direções. A armadura principal, na direção do menor vão, é calculada para
resistir o momento fletor nessa direção, obtido ignorando-se a existência da outra
direção. Portanto, a laje é calculada como se fosse um conjunto de vigas-faixa na
direção do menor vão.
Na direção do maior vão, coloca-se armadura de distribuição, com seção transversal
mínima dada pela NBR 6118:2003. Como a armadura principal é calculada para resistir
à totalidade dos esforços, a armadura de distribuição tem o objetivo de solidarizar as
faixas de laje da direção principal, prevendo-se, por exemplo, uma eventual
concentração de esforços.
Reações de apoio:
Momento fletor:
Acha Kc
Acha Ks
Flecha:
Na verificação da flecha de uma laje, considera-se: a existência de fissuras; o
momento de inércia; as flechas imediatas, diferida e total; e os valores limites.
Existência de fissuras:
Com a diminuição da intensidade do carregamento, as fissuras podem até
fechar, mas nunca deixarão de existir.
Carregamento a considerar:
Portanto, o momento fletor ma na seção crítica resulta:
ma = md,rara = mr
flecha limite:
alim=lx/250
Ancoragem reta:
𝐴𝑠(𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜). 𝑙𝑏
𝐴𝑠𝑔 =
𝑙𝑏𝑑𝑖𝑠𝑝 − 𝑐 − 𝜙𝑔 + 10𝜙𝑔
Verificações:
Estados limites:
Os estados limites podem ser estados limites últimos ou estados limites de serviço. Os
estados limites considerados nos projetos de estruturas dependem dos tipos de
materiais de construção empregados e devem ser especificados pelas normas
referentes ao projeto de estruturas com eles construídas.
Os estados limites de serviço decorrem de ações cujas combinações podem ter três
diferentes ordens de grandeza de permanência na estrutura:
a) combinações quase permanentes: combinações que podem atuar durante grande
parte do período de vida da estrutura, da ordem da metade deste período;
b) combinações frequentes: combinações que se repetem muitas vezes durante o
período de vida da estrutura, da ordem de 105 vezes em 50 anos, ou que tenham
duração total igual a uma parte não desprezível desse período, da ordem de 5%;
c) combinações raras: combinações que podem atuar no máximo algumas horas
durante o período de vida da estrutura.
Critérios Blevot
Cálculo da tensão biela-pilar: A tensão biela-pilar será calculada como uma força
centrada (reação máxima da estaca, multiplicada pelo número de estacas menos o
peso próprio do bloco) no topo do bloco.
Armação da laje:
As denominadas lajes armadas em uma direção, na realidade, também têm armaduras
nas duas direções. A armadura principal, na direção do menor vão, é calculada para
resistir o momento fletor nessa direção, obtido ignorando-se a existência da outra
direção. Portanto, a laje é calculada como se fosse um conjunto de vigas-faixa na
direção do menor vão. Na direção do maior vão, coloca-se armadura de distribuição,
com seção transversal mínima dada pela NBR 6118 (2001). Como a armadura
principal é calculada para resistir à totalidade dos esforços, a armadura de distribuição
tem o objetivo de solidarizar as faixas de laje da direção principal, prevendo-se, por
exemplo, uma eventual concentração de esforços.