Viagem Sem Adeus (Psicografia Chico Xavier - Espirito Claudio Rogerio Alves Nascimento)
Viagem Sem Adeus (Psicografia Chico Xavier - Espirito Claudio Rogerio Alves Nascimento)
Viagem Sem Adeus (Psicografia Chico Xavier - Espirito Claudio Rogerio Alves Nascimento)
Editora
Instituição Casa da Prece e Caridade
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Pais:
Therezinha Alves do Nascimento
Raimundo Rodrigues do Nascimento
Rua Vieira de Almeida, 81 - São Paulo - SP
Irmãos:
Carlos Ronaldo do Nascimento
Carmem Radige do Nascimento
Raimundo Rodrigues Filho
Patrícia do Nascimento
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Índice
Sem Pretensões / 04
Prezado Leitor / 05
Palavras de Mãe / 06
Encontro com a Paz / 11
Outubro de 1998 / 12
Um Grande Amigo / 13
Com Carinho / 14
O Próprio Coração / 19
Amiga Fraternal / 22
Confiança na Vida / 25
De Nossa Parte / 28
Aniversário / 30
Concurso Fraterno / 31
Educandário / 32
Aprendamos a Socorrer / 35
Nossas Alegrias / 37
Trabalho e Coragem / 40
Lembranças / 42
Nossas Rosas / 45
Flores de Amor / 46
Prudência e Serenidade / 48
Nossa Família / 50
Uma Viagem / 51
Nossa Luz / 53
Telegrama / 54
Votos a Jesus / 55
Sementes / 57
Pessoas Citadas nas diversas mensagens / 59
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Sem Pretensões
Prezado Leitor
Palavras de Mãe
Este livro é mais uma prova de que a morte não existe. Uma
semana após do acidente ocorrido com meu filho, Claudinho me
apareceu pedindo que eu orasse pelo primo Francisco, desencarnado
poucos meses antes. Pareceu-me muito sofrido, mas conformado.
Outras aparições se sucederam em sonhos, recomendava-me não
chorar tanto e ter paciência com o seu pai que muito sofria...
Noventa dias após a partida do Claudinho, viajamos para Uberaba
ao encontro do respeitável Sr. Francisco Cândido Xavier, que nos
recebeu com muito carinho. Hoje, temos a satisfação de um
queridíssimo amigo.
Eu chorava muito, e nesse primeiro contato, Chico dizia-nos que
Claudinho estava presente e pedia para que me acalmasse. À noite,
na reunião do Grupo Espírita da Prece, recebi sua primeira e
confortadora mensagem. Claudinho narrava o que lhe tinha
acontecido. Na minha tristeza, foi muita alegria, não tenho palavras
para descrever.
A presença e a certeza de que meu filho vivia, mudou toda a
minha vida. Procurei vivê-la por outro prisma.
Assuntos interessantes e muitos casos surgiram com esta minha
nova visão. De família numerosa e de fervorosa crença católica,
sofri com a incompreensão dos meus familiares por minha
convicção espírita.
Mesmo assim, seguia convicta da existência do espírito após a
morte. Muitos sonhos me levaram estar com Claudinho, uma tarde
ao descansar, passei pelo sono e sonhei estar com Claudinho em
uma espécie de "aeronave", parecendo mais um elevador antigo.
Estavam lá também, Chico Xavier, e muitas outras pessoas
desconhecidas para mim. Viajávamos nessa estranha "aeronave" e
eu olhava em todas as direções, e olhando para baixo me foi
7
Outubro de 1998
Nesse mês, um certo dia, passei muito mal de saúde por ter tido
uma infecção intestinal e muitos lances de vômito, considerando que
duas horas mais tarde quando do ocorrido, eu não conseguia me
levantar estando próxima a um desmaio.
Meu marido, preocupado, às pressas chamou uma ambulância e,
graças a Deus, chegamos muito rápido ao hospital 9 de Julho. De
imediato, os médicos atendentes pensaram se tratar de um princípio
de cólera.
Era um adiantado processo de desidratação, a ponto dos médicos
suporem eu não estar mais enxergando. Mas estava lúcida, e achava
estar só, por não perceber pela minha sensibilidade a presença do
meu mentor espiritual.
Os médicos preocupados com a minha situação, pediram
autorização para a família, para uma transfusão de sangue. Lembrei
uma amiga havia falecido por uma transfusão com sangue
contaminado.
Com fé da presença do Claudinho, falei a ele: - Me ajuda, eu não
vou tomar esse sangue, é muito perigoso. O médico responsável
estava com o frasco do sangue em suas mãos; passou-o para o
colega, que por sua vez, passou-o para outro, e assim, esse frasco foi
passando de mão em mão, e dessa forma, acabou retornando ao
banco.
Os profissionais médicos que lá estavam para o trabalho, passaram
a cobrar com certa insistência o sangue, obrigando o médico
responsável, responder que deixassem o sangue de lado e que ele
resolveria o que fazer. Fiquei uma semana hospitalizada, mas não
precisei fazer a transfusão de sangue, conforme a orientação médica.
Feliz com a alta hospitalar, e a presença de meu filho Claudinho
ali despedindo-se com a sua costumeira frase: com o agradecimento
13
Um grande amigo
Com Carinho
com as leis que nos regem. Agradeço todo o esforço de seu carinho,
procurando resignar-se com a ocorrência que me separou do corpo
físico e estou realmente muito grato a meu pai pela segurança com
que buscou aceitar a minha partida.
Realmente, a nossa provação foi muito difícil para ser contornada,
entretanto, podemos observar que todos os fatores desencadeantes
do acidente de que fui vítima, se entrelaçaram nas raízes da lógica.
De tanto ler o noticiário acerca de violência e de tanto anotar os
assaltos que se ampliam por tantas maneiras diferentes, veio-me à
idéia de entrar na posse de arma em que baseasse a minha defesa
pessoal, em circunstâncias perigosas e inesperadas.
Comprei o revolver que mais se parecia a uma peça de museu, à
vista de minha inexperiência no assunto. Coloquei a peça em minha
pasta de serviço, mais no propósito de recuperá-la, através de
rigorosa limpeza, que de usá-la por mim mesmo.
A aquisição me passou pela cabeça por assunto banal que não me
pedia qualquer consideração especial. Longe me achava de pensar
que o apetrecho se voltaria contra mim, sem o concurso de minhas
próprias mãos.
Era sexta-feira e imaginava como seria o repouso domingueiro,
quando busquei a companhia do nosso Luiz Antônio, a fim de
trocarmos opiniões sobre negócios habituais.
Tudo seguia com espontaneidade em nosso encontro de escritório,
quando a pasta caiu no piso da sala e a disparada se processou, fatal.
Lembro-me apenas de que fui atingido pelo projétil que rompera o
próprio revestimento da bolsa para alcançar-me e coloquei a mão no
peito, experimentando uma dor aguda que, sem demora, se
converteu em mim, no assombro que me prostrou. Quis reagir, falar,
perguntar, observar com mais clareza o que se passava, no entanto,
creio que perdia sangue à medida que adquiria o torpor que me pôs
em branco as menores linhas do pensamento...
16
O Próprio Coração
Amiga Fraternal
Confiança na Vida
meu nome. Mãezinha, sou eu mesmo quem lhe fala, com a certeza
de que é o seu coração de mãe que me assimila e entende. Meu
objetivo com esta carta é para rogar-lhes alegria e confiança na vida.
Deus está conosco em todas as situações e lugares e não há motivo
para que nos encarceremos em tristeza e desânimo.
Com o afeto e a gratidão que cultivam em mim, peço ao papai
Raimundo e a você, querida mamãe Therezinha, receberem todo o
amor, com o reconhecimento constante do filho que lhes pertence
em nome de Deus.
Claudinho
17.12.1982
28
De Nossa Parte
Aniversário
Concurso Fraterno
Educandário
refúgio novo, fiquem por lá, muito e muito tempo, sem que ninguém
da família venha a partilhar o retângulo de terra que escolheram para
meu Monte.
Sei que não fizeram isso por vaidade e sim por muito amor e
compreendo a ocorrência.
Mamãe Therezinha, a nossa Karlinha muitas vezes me interpreta
os pensamentos de simpatia e dedicação fraterna para com o nosso
Luiz Antônio, não porque ela ame de modo mais profundo ao pai
amigo, mas porque a criança intuitivamente sabe onde está a
necessidade maior de alguém e o nosso Luiz Antônio se reconhece,
muitas vezes, órfão de amor e compreensão.
Não sei, mas tenho a esperança de que ele e a nossa Carmem
Radige restabeleçam a união. Quem sabe?
Um irmão, mesmo desencarnado, não dispõe do direito de
interferir nas resoluções dos irmãos que ficaram no mundo, ainda
assim não perco as esperanças.
Eles se amam com afeição verdadeira e, com a bênção de Jesus,
tudo pode voltar ao reajuste.
Dom Júlio continua a nos auxiliar a todos com o zelo de um pastor
devotado e fiel.
Ele vem amparando ao nosso Raimundinho, ao nosso Carlos
Ronaldo, à nossa Carmem a nossa Patrícia e prossegue a me inspirar
renovação nas tarefas do IDEAL que ele e nós consideramos por
santuário de bênçãos.
Querida Mãezinha, continuo contando com a sua serenidade e
coragem.
As lutas em família, de certo modo, se assemelham às provas de
um educandário e agradeço as belas notas que o seu querido coração
tem obtido em paciência e compreensão, duas matérias difíceis para
qualquer pessoa.
Estou feliz vendo o meu pai Raimundo operoso e forte na fé em
34
Aprendamos a Socorrer
Nossas Alegrias
Trabalho e Coragem
Lembranças
do que fizeram.
A memória desarquivou muitos fatos da luta que experimentei,
mas em todos eles me encontrei pensando no bem e orando sempre
pela bondade de todos.
Mãezinha Therezinha, reconhecido que me vejo, peço aos
mensageiros de Jesus, façam por mim os agradecimentos que não
sei fazer. Peço-lhe seja dito aos amigos Sr. Amadeu e Dona Júlia,
que é uma felicidade ver a nossa querida jovem feliz e realizada no
lar que Deus lhe confiou. Já sei que ela será sempre a excelente
esposa e devotada mãe que já sabe ser. O aniversário do papai
Raimundo me acordou para lembranças que se me fazem
especialmente queridas.
À querida Carmem Radige, a irmã carinhosa e abnegada, não
posso prometer o filho que ela deseja, mas envio os meus votos para
que Jesus conceda a ela um companheirinho ou uma
companheirinha para a Karla.
Ao Ronaldo, os meus parabéns pela família que vem organizando.
A Camila, o Dudu, o meu querido afilhado, são conquistas que
honram o querido irmão, dando-lhe forças novas para viver e
trabalhar com mais confiança no coração.
A Pati está bem e está conosco em pensamento. Mãezinha
Therezinha, fale ao Ronaldo de nossa expectativa. Será ele feliz com
a bênção de Deus, recebendo mais um filhinho no lar. Com a
palavra filhinho não estou fazendo previsão, mas pode ser uma
menina bonita e inteligente venha ao nosso encontro. Sobre o nosso
Raimundinho, as nossas preocupações são iguais. Estamos fazendo
o possível para vê-lo estimulado ao trabalho, sem lembranças
amargas depois do assalto de que foi vítima. Pior foi a pancada de
bola que o estimado irmão levou sem perceber. Estamos na
incumbência de dar esperanças para que ele se refaça e se torne
corajoso como sempre. O carro, sem dúvida se foi à maneira de
44
Nossas Rosas
Flores de Amor
Prudência e Serenidade
Nossa Família
Uma Viagem
Nossa Luz
Telegrama
Votos a Jesus
Sementes
Um poema