Providências Preliminares e Julgamento Conforme o Estado Do Processo

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 2

PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO

PROCESSO

Findo o prazo para a apresentação da contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as


providências preliminares disciplinadas pelo CPC.

Caso o réu não apresente contestação e não sendo caso de aplicação dos efeitos da revelia,
o juiz ordenará que o auto especifique as provas que pretenda produzir, caso ainda não as tenha
indicado. Vale destacar que ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às
alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos
processuais indispensáveis a essa produção.

Na hipótese de apresentação de contestação por parte do réu e tendo sido apresentado


fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15
dias, sendo permitido a produção de prova, a fim de evitar cerceamento de defesa.

Na hipótese de o réu alegar qualquer das matérias previstas no art. 337 (preliminares), o
juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 dias, também sendo facultado a produção de
prova.

Caso o juiz constate a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, este


determinará a sua correção em prazo nunca superior a 30 dias.

Cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade delas, o juiz


proferirá julgamento conforme o estado do processo, nos termos do art. 354 e seguintes do CPC.

Na fase de saneamento e organização do processo, o juiz pode proferir 04 espécies de


decisões, sendo que somente em 01 o processo terá continuação para a fase seguintes
(instrutória/probatória): a) extinção sem resolução do mérito; b) extinção com resolução do
mérito; c) julgamento antecipado do mérito e; d) saneamento e organização.

Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas no art. 485 do CPC, o juiz proferirá sentença
que extinguirá o processo sem resolução de mérito.

Nos casos em que o juiz decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de


prescrição ou decadência ou homologar o reconhecimento da procedência do pedido formulado
na ação ou na reconvenção; transação ou a renúncia à pretensão formulada na ação ou na
reconvenção, este proferirá sentença com resolução do mérito.

Nestas duas hipóteses de extinção (com e sem resolução do mérito), a decisão pode dizer
respeito a apenas parcela do processo, que será impugnável por meio de agravo de instrumento.

Ainda na fase saneadora, o juiz poderá julgar antecipadamente o pedido, proferindo


sentença com resolução do mérito, quando a) não houver necessidade de produção de outras
provas e; b) o réu for revel, ocorrer o efeito da revelia e não houver requerimento de produção
de provas.
Inovação do NCPC, permitiu-se o julgamento antecipado parcial do mérito, quando um
ou mais dos pedidos ou parcela deles a) mostrar incontroverso (o pedido, não os fatos), hipótese
que o juiz proferira sentença com fundamento no art. 487, III, ‘a’ e; b) estiver em condições de
imediato julgamento.

Neste último caso, a decisão poderá ser líquida ou ilíquida, podendo a parte, desde logo,
liquidar ou executar a decisão, independentemente de caução, ainda que haja recurso interposto.
A requerimento da parte ou a critério do juiz, a liquidação ou o cumprimento poderá ocorrer
em autos suplementares. Ademais, destaque-se que a decisão é impugnável mediante agravo de
instrumento, desprovido de eficácia suspensiva.

Não ocorrendo qualquer das hipóteses acima, o processo terá seguimento, proferindo o
juiz decisão saneadora do feito, devendo: a) resolver as questões processuais pendentes, se
houver; b) delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos; c) definir a distribuição do ônus da prova; d)
delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito e; e) designar, se necessário,
audiência de instrução e julgamento.

Você também pode gostar