Funcoes em Fisica e No Cotidiano Andre
Funcoes em Fisica e No Cotidiano Andre
Funcoes em Fisica e No Cotidiano Andre
E NO COTIDIANO
Dezembro de 2006
Introdução
Quando se aborda o conceito de função em matemática muitos professores da área de
exatas tratam o assunto de forma muito simplista, pois consideram o tópico de seu programa
escolar como “uma troca de variáveis entre x e y”, abordagem que explicada aos alunos pode
levá-los à algumas conclusões bem distorcidas da realidade.
O estudo de função decorre da necessidade de analisar fenômenos, descrever
regularidades, interpretar interdependências e generalizar. O conceito de uma função é uma
generalização da noção comum de "fórmula matemática". Quando duas variáveis x e y são tais
que a cada valor de x corresponde um valor bem determinado de y, segundo uma lei qualquer,
dizemos que y é função de x. [Ávila]
Funções descrevem relações matemáticas especiais entre dois objetos. Intuitivamente,
uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento x um único valor da função
f(x). Uma função pode ser vista como uma “máquina” ou “caixa-preta”, que converte entradas
válidas em saídas de forma unívoca, por isso alguns autores chamam funções ou relações
unívocas.
Devemos ter em mente que o termo função é mais abrangente e complexo do que isso
– é necessário mostrar ao aluno que esse tópico usado de forma sistemática em exatas e no seu
cotidiano – é de suma importância para o meio social, pois várias relações de mercado e
capital, engenharia, economia (micro e macro), saúde, transportes, indústrias, artes, energia,
enfim tudo isso depende de uma análise clara e objetiva da funcionalidade de um modelo ou
parâmetro a ser adotado.
“É importante oferecer à população uma escola pública de qualidade, que receba e
mantenha sob seus cuidados todas as crianças e jovens, que favoreça o acesso à cultura, à arte,
à ciência, ao mundo do trabalho, que eduque para o convívio social solidário, para o
comportamento ético, para o desenvolvimento do sentido da justiça, o aprimoramento pessoal
e a valorização da vida. O êxito desse empreendimento requer o preparo intelectual, emocional
e afetivo dos profissionais nele envolvidos” (Programa de formação Continuada Teia do
Saber).
Por essa razão, o Teia do Saber está priorizando, entre suas ações, a formação dos
educadores que atuam nas escolas. Textos e referências interdisciplinares podem e devem ser
utilizados como auxílio em uma melhor compreensão e construção efetiva do conceito em
exatas. Mas de que forma podemos iniciar o trabalho? A análise do termo função. Se o aluno
não souber ou não conhece ainda a terminologia, que ele pesquise na internet, ou em
dicionários que a escola possui ou até mesmo nas interações sobre o tema com os colegas de
classe ou seus familiares, facilitando assim uma melhor compreensão do que se está tratando.
O levantamento de hipóteses e suas possíveis estratégias de investigação/solução são
uma excelente ferramenta pedagógica a ser trabalhada pelo professor com seus alunos; é
necessário deixar que ele (aluno) construa sua rede de observações e interações para que ele
mesmo possa normatizar de forma clara e objetiva sua rede de conhecimentos, potencializando
e estimulando todas as suas qualidades cognitivas e sensoras; além de estimular sua
criatividade e lógica dedutiva. Será que um professor de exatas têm noção da dimensão e
importância desse conceito? A integração dessa linguagem nas aulas de Física e Química, do
modo como tem sido efetuada pelos seus respectivos professores, ainda deixa muito a desejar,
no que diz respeito a auxiliar o aluno a compreender as nuanças dos vários significados
envolvidos em notações semelhantes, mas usadas em contextos diversos. Neste sentido, um
Objetivos
Estudar realmente o que significa função e seus fatores, conceitos e propriedades
fundamentais não só no ensino de Matemática, Física e Química, mas abordando conceitos e
contextos ainda pouco explorados pelos professores em sala de aula para dinamizar e mostrar
aos alunos que este conceito matemático envolve mais que fórmulas e teorema abstratos.
P = m g, onde P(g)
Isso gerou muita discussão em sala de aula, e trabalhamos situações problema para que
os alunos observassem que além da definição teórica ser bastante clara o mesmo acontecia
com os cálculos. Muitos disseram: “Ah, então quando vou almoçar em restaurante onde a
comida é vendida por quilo, a placa onde mostra o “peso” do prato está errada?”. Sim, o que é
indicado, na verdade, é a massa do prato.
O trabalho realizado com os alunos de 3º ano foi mais prático, pois muitos já haviam
estudado o conceito de função. O trabalho inicial foi em relação ao nível de intensidade
sonora, cuja unidade é db (decibel), em homenagem a Alexander Graham Bell. Inicialmente
distribui um texto falando a respeito do perigo que são hojes as boates e shows de música
eletrônica (raves, rock, , etc...) onde, em determinados locais a intensidade sonora chega ao
nível alarmante de 140db, nível sonoro que corresponde a um avião de passageiros decolando.
A função matemática que descreve o fenômeno físico é uma equação logarítmica.
[Gaspar]
β = 10 log I/I0
onde I0 corresponde ao menor nível de intensidade que o ouvido humano pode captar.
I0 = 10-12 W/m2 (no SI)
pH = - log [H+]
pOH = - log[OH-]
A metodologia adotada foi o trabalho sempre em grupo para que cada aluno pudesse
socializar suas idéias com os demais após o término das atividades, e uma posterior correção
dos exercícios e discussão dos eixos temáticos abordados durante as atividades. Procurei
intervir o mínimo possível, a não ser em casos de uma terminologia muito técnica. Nos anexos
estão os textos na íntegra trabalhados em sala de aula, assim como os que foram pesquisados
por conta própria pelos alunos.
Referências
http://www.deguara.com.br/ - Programa de formação Continuada Teia do Saber.
http://pt.wikipedia.org/
http://www.fc.unesp.br/pos/revista/pdf/revista8vol1/a1r8v1.pdf
http://ucsnews.ucs.br/ccet/deme/emsoares/inipes/funcquad.html
www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u11045.shtml - 25k –
novaescola.abril.com.br/noticias/jan_06_13/index.htm - 15k
Carvalho, Maria Tereza de Lima. Apostila da aula Teia do Saber: O conceito de função.
Gaspar, Alberto. Física: Ondas, Óptica e Termodinâmica. Editora Ática, 2000. 2ª edição
Ávila, Geraldo. Cálculo I: funções de uma variável. Editora LTD, 1994, 6ª edição.
Durante um mês, o cardápio da escola passou por uma reformulação, aprovada pelos
estudantes. “Eles degustaram cada alimento e votaram no que acharam mais saboroso”, conta
Adriana. Palestras sobre alimentação saudável e a energia que o corpo precisa para crescer
também fizeram parte do projeto. Além disso, os alunos passaram por uma avaliação que
incluiu a medição de peso e altura de cada um. Ao fim de cada trimestre, a avaliação vai se
repetir e eles vão aprender a ler e interpretar gráficos antropométricos (isto é, que contêm
medidas do corpo humano).
10s2 + 7s + kc + 1 = 0,
onde kc é uma constante do processo, obtida através da construção de gráficos experimentais.
• Lançamento de Projéteis: quando se lança um objeto no espaço (pedra, tiro de
canhão,...) visando alcançar a maior distância possível, tanto na horizontal como na vertical, a
curva descrita pelo objeto é aproximadamente uma parábola, se considerarmos que a
resistência do ar não existe ou é pequena. O lançamento de projéteis é modelado por uma
função quadrática porque é um movimento acelerado pela ação do campo gravitacional.
• Queda Livre: na queda livre dos corpos, o espaço ( s ) percorrido é dado em função
do tempo ( t ), por uma função quadrática s(t) = 4,9 t2 em que a constante 4,9 é a metade da
gravidade que é 9,8 m/s2 .
• Antenas Parabólicas e Radares: quando um satélite artificial é colocado em uma
órbita geoestacionária, ele emite um conjunto de ondas eletromagnéticas que poderão ser
captadas pela antena parabólica ou radar, uma vez que o feixe de raios atingirá a antena que
tem formato parabólico e então ocorrerá a reflexão desses raios exatamente para um único
lugar denominado foco da parábola.
• Faróis de Automóveis: se colocarmos uma lâmpada no foco de uma parábola e esta
emitir um conjunto de raios luminosos que venham a refletir sobre um espelho parabólico de
um farol, os raios refletidos sairão todos paralelamente ao eixo que contém o foco e o vértice
da parábola.
Em anexo, alguns problemas envolvendo funções quadráticas:
• Nos esportes: num campeonato de futebol, cada clube vai jogar duas vezes com
outro, em turno e returno. Assim, o número p de partidas do campeonato é dado em função do
número n de clubes participantes, conforme vemos na tabela seguinte:
2 2(2-1)=2
3 3(3-1)=6
4 4(4-1)=12
5 5(5-1)=20
.... .....
n n(n-1)
História
Joost Bürgi, um relojoeiro suíço a serviço do Duque de Hesse-Kassel, foi o primeiro a
formar uma concepção sobre logaritmos. O método dos logaritmos naturais foi proposto pela
primeira vez em 1614, em um livro intitulado Mirifici Logarithmorum Canonis Descriptio,
escrito por John Napier, Barão de Merchiston na Escócia, quatro anos após a publicação de
sua memorável invenção. Este método contribuiu para o avanço da ciência, e especialmente a
astronomia, fazendo com que cálculos muito difíceis se tornassem possíveis. Anterior à
invenção de calculadoras e computadores, era uma ferramenta constantemente usada em
observações, navegação e outros ramos da matemática prática. Além de sua imensa utilidade
na realização de cálculos práticos, os logaritmos também têm um papel muito importante em
matemática teórica.
razão entre os números dos quais eles são tomados, de forma que uma série aritmética de
logaritmos corresponde a uma série geométrica de números. O termo antilogartimo foi
introduzido no final do século XVII e, apesar de nunca ter sido usado muito na matemática,
persistiu em coleções de tabelas até não ser mais usado.
Napier não usou uma base como a concebemos hoje, mas seus logaritmos eram na base
1/e. Para facilitar interpolações e cálculos, é útil fazer a razão r na série geométrica próximo
de 1. Napier escolheu r = 1 − 10 − 7 = 0.999999, e Bürgi escolheu r = 1 + 10 − 4 = 1.0001. Os
logaritmos originais de Napier não tinham log 1=0, ao invés disso tinham log 107 = 0. Desse
modo se N é um número e L é seu logaritmo tal qual calculado por Napier, N = 107(1 − 10 −
7 L
) . Uma vez que (1 − 10 − 7) é aproximadamente 1 / e, L é aproximadamente 107log1 / eN / 107.
Considerações finais
Com os resultados apresentados neste artigo, pretendemos chamar a atenção sobre as
formas com que tem sido veiculada a linguagem matemática nas escolas do Ensino Médio,
principalmente pelos professores de Matemática. Mas salientamos também, que a integração
dessa linguagem nas aulas de Física e Química, do modo como tem sido efetuada pelos seus
respectivos professores, ainda deixa muito a desejar, no que diz respeito a auxiliar o aluno a
compreender as nuanças dos vários significados envolvidos em notações semelhantes, mas
usadas em contextos diversos. Neste sentido, um maior intercâmbio entre os responsáveis pelo
ensino de Física, Química e Matemática, no Ensino Médio, faz-se necessário para o
esclarecimento destes pontos.
Por outro lado, este intercâmbio, por si só, não garantirá o aprofundamento dos
significados envolvidos nestes enfoques variados, se a formação destes professores, seja ela
inicial ou continuada, não promover a adequada reflexão sobre estes fatores.
Vimos, em nossa pesquisa junto aos professores de Matemática, que a linguagem
utilizada em sala de aula está mais próxima daquela que eles próprios experimentaram quando
alunos do nível escolar médio, do que dos significados que se pretendiam atingir em seus
cursos de Licenciatura. Assim, embora saibamos que esta não seja a solução para estes
problemas, entendemos que projetos de formação continuada que integrem esses professores
com seus colegas de outras áreas do saber, incluindo, aí, a Física e a Química, poderiam
auxiliar muito na superação de obstáculos evidenciados em sua linguagem matemática, bem
como na conscientização dos mesmos a respeito de futuros obstáculos que poderiam surgir
com seus alunos.
Fica, então, em aberto, este novo desafio: colocar em prática as propostas de
interdisciplinaridade dos novos Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio (Brasil, 1998),
integrando- as na formação dos professores, buscando destacar os significados da linguagem
matemática, nas diversas áreas do saber que a utilizam.
Função
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Para outros significados de Função, ver Função (desambiguação).
O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de "fórmula
matemática". Funções descrevem relações matemáticas especiais entre dois objetos, x e y=f(x).
O objeto x é chamado o argumento da função f e o objeto y que depende de x é chamado
imagem de x pela f.
Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento x um
único valor da função f(x). Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula, um
relacionamento gráfico entre diagramas representando os dois conjuntos, e/ou uma regra de
associação, mesmo uma tabela de correspondência pode ser construída; entre conjuntos
numéricos é comum representarmos funções por seus gráficos, cada par de elementos
relacionados pela função determina um ponto nesta representação, a restrição de unicidade da
imagem implica em um único ponto da função em cada linha de chamada do valor
independente x. Este conceito é determinístico, sempre produz o mesmo resultado a partir de
uma dada entrada (a generalização aos valores aleatórios é chamada de função estocástica).
Uma função pode ser vista como uma "máquina" ou "caixa preta" que converte entradas
válidas em saídas de forma unívoca, por isso alguns autores chamam as funções de relações
unívocas.
O tipo de função mais comum é aquele onde o argumento e o valor da função são
ambos numéricos, o relacionamento entre os dois é expresso por uma fórmula e o valor da
função é obtido através da substituição direta dos argumentos. Considere o exemplo
f(x) = x2
que resulta em qualquer valor de x ao quadrado.
Uma generalização direta é permitir que funções dependam não só de um único valor,
mas de vários. Por exemplo,
g(x,y) = xy
recebe dois números x e y e resulta no produto deles, xy.
De acordo com o modo como uma função é especificada, ela pode ser chamada de
função explícita (exemplo acima) ou de função implícita, como em
x f(x) = 1
que implicitamente especifica a função
f(x) = 1 / x
Vimos que a noção intuitiva de funções não se limita a computações usando apenas números e
nem mesmo se limita a computações; a noção matemática de funções é mais geral e não se
limita a situações envolvendo números. Em vez disso, uma função liga um "domínio"
(conjunto de valores de entrada) com um segundo conjunto o "contra-domínio" (ou
codomínio) de tal forma que a cada elemento do domínio está associado exactamente um
elemento do contra-domínio, o conjunto dos elementos do contra-domínio que são
História
Como um termo matemático, "função" foi introduzido por Leibniz em 1694, para
descrever quantidades relacionadas a uma curva; tais como a inclinação da curva ou um ponto
específico da dita curva. Funções relacionadas à curvas são atualmente chamadas funções
diferenciáveis e são ainda o tipo de funções mais encontrado por não-matemáticos. Para este
tipo de funções, pode-se falar em limites e derivadas; ambos sendo medida da mudança nos
valores de saída associados à variação dos valores de entrada, formando a base do cálculo
infinitesimal.
A palavra função foi posterioirmente usada por Euler em meados do século XVIII para
descrever uma expressão envolvendo vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a definição
de funções, os matemáticos foram capazes de estudar "estranhos" objetos matemáticos tais
como funções que não são diferenciáveis em qualquer de seus pontos. Tais funções,
inicialmente tidas como puramente imaginárias e chamadas genericamente de "monstros",
foram já no final do século XX, identificadas como importantes para a construção de modelos
físicos de fenômenos tais como o movimento Browniano.
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