Noções Básicas de Geomorfologia

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NoesBsicasdeGeomorfologiaProf.

LucivnioJatob

www.monografias.com

Noesbsicasdegeomorfologia
[email protected]

Resumo
Apresentao

1. Geologia,geomorfologiaegeografia
2. Estudaropresenteparacompreenderopassado
3. Opapeldaestruturageolgicanadefiniodorelevo
terrestre
4. Textocomplementar
5. Atividades
6. Algumasdefiniesbsicasparaoestudodageomorfologia
estrutural
7. Bibliografiaconsultada

RESUMO
Este trabalho apresenta um conjunto de informaes
introdutrias de Geomorfologia, destinadas a estudantes e
professoresdeGeografia.Estoreunidosdiversosresumosdeaula
utilizados pelo autor, ao longo dos ltimos anos, em disciplinas
ministradas no Departamento de Cincias Geogrficas da
Universidade Federal de Pernambuco e outros cursos de ps
graduao. So apresentadas ainda diversas definies de termos
quesodegrandeutilidadeanlisegeomorfolgicadaspaisagens.

APRESENTAO
Este texto foi redigido com o propsito de abordar, de
maneira didtica, alguns aspectos introdutrios de Geomorfologia,
paraservircomomaterialinstrucionalnocursodepsgraduaoem
GeografiadaFaintvisa,emVitriadeSantoAnto,PE,Brasil.Esto
aqui reunidos diversos resumos de aula utilizados pelo autor, ao
longodosltimosanos,emdisciplinasministradasnoDepartamento

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deCinciasGeogrficasdaUniversidadeFederaldePernambucoe
outroscursosdepsgraduao.
A primeira verso dessas notas de aulas foi impressa e
distribudapelaAssociaodosGegrafosBrasileiros,SeoRecife,
na dcada de 1980. Atualmente, a referida edio encontrase
esgotada. Na presente verso, foram feitas uma reviso e uma
atualizaodotextooriginalmenteimpresso eainclusodenovos
temasconsideradosrelevantescompreensodosfundamentosde
Geomorfologia.
Objetivandofacilitaroprocessoensinoaprendizagemdessa
cincia,procurouseexaminaralgunstemascontemplados,emgeral,
nos contedos programticos de Geomorfologia e/ou Geografia
Fsica. Foram enfatizados alguns dos principais conceitos
fundamentaisdeGeomorfologia enunciadosporWilliamThornbury,
apresentados no clssico trabalho intitulado Principles of
Geomorphology.

1
GEOLOGIA,GEOMORFOLOGIAEGEOGRAFIA
A Geomorfologia uma geocincia que estuda, de forma
racionalesistemtica,asformasderelevo,tomandoporbaseasleis
quedeterminamagneseeaevoluodessasformas.
O trabalho geomorfolgico, que pressupe do pesquisador
uma srie de conhecimentos de outras cincias, implica nas
seguintesatividades:descrio,localizaoedimensionamentodos
diversos compartimentos e feies de relevo verificados na
epigeoesfera.Almdessaspreocupaes,aGeomorfologiavoltase,
principalmente, gnese e evoluo do relevo terrestre. A
Geomorfologia,portanto,umacinciadescritivaegentica.
SeraGeomorfologiaumacinciageolgica,geogrficaou
geofsica?Ondesesitua,portanto,aGeomorfologianoquadrogeral
dascinciasdaTerra?
O geocientista francs, Jean Goguel, apresentou uma
classificaodasgeocincias,bastantesimples,quepodeservirpara
subsidiararespostaquestoanteriormenteapresentada.Paraeste
autor,ascinciasdaTerrapodemseragrupadasemtrscategorias

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distintas: a) Cincias da Geofsicas, b) Cincias Geolgicas e c)


CinciasGeogrficas.
As Cincias Geofsicas compreendem aquelas que tratam
de fenmenos terrestres, de natureza fsica, mas sob a tica da
Fsica. A Sismologia, a Meteorologia e a Hidrologia Fluvial
exemplificamessegrupodecincias.
As Cincias Geolgicas se propem reconstituio da
histriafsicadoplanetaTerra,talcomoelapodeservistaoulidanos
diversos estratos rochosos presentes na epigeoesfera. As cincias
geofsicas,emgeral, prendemseaoaspectoatualdosfenmenos
fsicos, quer os que tm uma evoluo rpida, tais como os
envoltriosfluidosealgunsfatosdalitosfera,aexemplodosabalos
ssmicoseomagnetismoterrestre,querosdecarterpermanente,
comoaaceleraodagravidade.
Podem ser mencionados diversos exemplos de Cincias
Geolgicas, algumas das quais mantm estreitos vnculos com a
Geomorfologia. A Geotectnica, a Geologia Estrutural, a
Paleontologia,aSedimentologiaeaEstratigrafia soosexemplos
maisnotveis.
Ascinciasgeolgicas,quando sededicamdescrioda
naturezadosterrenoseaoestudodasdistribuiodalitomassa,flo
com vistas interpretao de fenmenos passados, que so
reconstitudospormtodosgeohistricos.
A Geologia, quando investiga a histria da Terra,
desempenhaessatarefaatravs,sobretudo,deumaanalogiacomo
que a observao dos fatos naturais, feita de forma direta, pode
proporcionar. Por exemplo, ao se constatar que no presente
determinadas causas produzem tais efeitos, efeitos anlogos
pressupemasmesmascausas.
A Geomorfologia estuda o passado para compreender o
presente.AGeologiafazexatamenteoinverso. AGeomorfologia
procura explicar as formas atuais de relevo, que podem ser
facilmentedivisadasnapaisagem,porsuagnese,porseupassado,
s vezes muito distante. Porm, a exemplo da Geologia, a
Geomorfologia no pode avanar, a no ser a partir de uma
raciocnio analgico, que parte do presente. Essas idias, na

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verdade, esto contidas no clebre Princpio do Atualismo,


examinadomaisadiantenestasNotas.
AsCinciasGeogrficas tmcomoobjetodeestudoofato
geogrfico.AssimensinaaGeografiaClssica. Ofatogeogrfico
algoquepossuiumaestruturaextremamentecomplexaeresultada
combinaodeelementosefatoressolidrios(Andrade,1965).
So trs as escalas de complexidades da combinao
geogrfica: fsicas, combinaes fsicobiolgicas e fsicobiolgico
humanas.
Orelevoterrestre,abstraindoseacoberturavegetal, um
bom exemplo da complexidade das combinaes fsicas. Estrutura
geolgica,condiesclimticasatuaisoupretritase osprocessos
erosivosmaterializamtaiscombinaes.
Aestruturageolgicacompreende,dentreoutrosaspectos,as
forastectnicas,anaturezadasrochas,adisposiodascamadas
rochosaseosgrausderesistnciadalitomassa aosprocessosde
meteorizaoedeeroso.
As condies climticas determinam os efeitos da
meteorizaomecnicaouqumicaeosprocessosmorfoclimticos
esculturadores das paisagens geomorfolgicas continentais. Tais
processos definiro os vrios sistemas de eroso encontrados na
superfcieterrestre.
As combinaes fsicobiolgicas, que indicam o segundo
nveldaescalacrescentedacombinaogeogrfica,definemsecom
ainclusodoelementobiolgico,particularmenteavegetao.
A vegetao decorre de combinaes climticas, relevo e
tiposdesolos.Maselatambminfluenciaorelevo,oclimaeossolos.
Easolidariedadedocomplexogeogrfico(Andrade,op.cit).
Oltimonveldacombinaogeogrficoestrepresentado
pelascombinaesfsicobiolgicohumanas.Esseomaiselevado
grau de complexidade do fato geogrfico. Ainda, segundo
Andrade( op. cit, p. 328), A Geografia se consuma assim, com a
consideraodohomemnacenadanatureza.Anaturezadeuma
parte,cujascondieserecursosimpemaohomemoesquemade
seudestino.IntroduzindoohomemnascinciasdaTerra,ogegrafo
seesforaporverclaramenteessasntesedecondiesnaturaise
da presena do homem. Supera, assim, a distncia entre os

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fenmenoshumanas.Essaasuaoriginalidadeprincipal.Esseoseu
passaportelegtimocomque penetranasreasmarginais,onde
tantasoutrascinciasdaTerra,davidaedohomemseexercitam.
AGeomorfologia,noquadrogeraldasCinciasdaTerra,se
situa na interface existente entre as Cincias Geolgicas e as
Cincias Geogrficas, segundo a classificao de Goguel. Essa
cinciamantmprofundosvnculos,jassinalados,comaGeologia.
Mas tambm essencialmente geogrfica, na medida em que
depende dos conhecimentos de Climatologia, Paleogeografia,
Fitogeografia, Pedologia e Hidrografia e se fornece substanciais
informaes necessriasaoentendimentodaproduodoespao
geogrfico.
Segundo Kostenko (1975), a Geomorfologia funciona como
umaponteentreaGeografiaeaGeologia,eestudaumasriede
problemascomplexoseheterogneos,algunsdosquaisresolvemse
atravsdemtodosfisicogeogrficoseoutrosmedianteaaplicao
demtodosgeolgicos.
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ESTUDAROPRESENTEPARACOMPREENDEROPASSADO
HenriPoincar,noartigoLevolutiondeslois,publicadono
ano de 1913, em Dernires Penses, afirmou: Nada poderemos
saberdopassadosenoadmitirmosqueasleisnomudaram;seo
admitirmos, a questo ser insolvel, como, de resto, todas as
demaisquestesquesereportamaopassado. Eisofundamento
doPrincpiodoAtualismoouPostuladodoAtualismo.
Serotranscritos,aseguir,algumasanotaesdeaulafeitas
por Gilberto Osrio de Andrade e Rachel Caldas Lins, sobre o
Princpio do Atualismo, durante a disciplina Bases e Mtodos da
Geomorfologia,ministradaem1978poraquelesprofessores.
1 A Geologia reconstitui o passado a partir do presente. A
geomorfologiaexplicadesdelogoopresentepelopassado.Uma
e outra devem, portanto admitir o princpio do atualismo. De
resto, esse princpio foi, sem dvida, entrevisto desde que o
esprito humano concebeu nitidamente a causalidade como
encadeamentoconstantedefenmenos,permitindoremontarto
bemocursodotempo,comodescernele.

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2 AindanosculoXIX,vivaresistnciaeraopostaaessasidias.
Antesdemaisnada,graasbrevidadedotempoatribudoaos
fenmenos geolgicos. Brevidade admitida no somente pela
cronologiadeduzidadoGnesis,comotambmpelosprimeiros
experimentadores. Assim Buffon ensaiou calcular a idade da
Terra segundo a velocidade de resfriamento duma esfera
metlicaaquecidaaorubro.Outrospropuseramgeocronologias
fundadasnograudesalinidadedosoceanos,ounavelocidade
dasedimentao,ouaindanoresfriamentopresumidodoglobo.
Nos domnios da Paleontologia, s prefigurando destruies
instantneaserapossvelexplicaro fatodeTerhavidotantas
criaes sucessivas que desapareceram. Cuvier defendia essa
concepocomtodasuaautoridadecientficaem1820.
Beaumont estabeleceu a idade relativa das montanhas no
pressupostodequecadaumadelassurgirabruscamente,como
porumaespciedecataclisma.
OPrincpiodoUniformitarismopreconiza,portanto,queos
mesmosprocessoseleisfsicasqueatuamnopresente,agiramno
passado, mas no necessariamente com a mesma intensidade.
Assim, para os uniformitaristas, a Terra chegou a ser o que
medianteaaodeprocessosgraduaiseuniformes.Essaidiase
opem,assim,aosconceitoscatastrofistas.
Precisamente,oritmoeaintensidadedaatuaopretrita
dascausasatuaissoospontossobreosquaissecentraoataque
ao Princpio do Uniformitarismo. Ebvio que existiram erupes
vulcnicasmais violentas eextensasquaisquerdas registradas na
histriahumana;ostestemunhosdasaesglaciaisantigasmostram
queasgeleirasdehojesopequenasefracas,quandocomparadas
comosdeoutraspocas,eascraterasdaLuasoindciosdeuma
classedeatividadeagoraexistente.Noentanto,asleisfsicasque
regem as erupes vulcnicas, a ao dos gelos e queda de
meteoritosnomudaram,masapenasasuaintensidadevariou.
(STOKES,1969)

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OPAPELDAESTRUTURAGEOLGICANADEFINIODO
RELEVOTERRESTRE

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A estrutura geolgica um tema que no pode ser


desprezadonaanlisedagneseedaevoluodorelevoterrestre.
Elaenglobadiversosaspectosrelacionadoscrostaterrestre,alguns
dos quais apresentam uma extrema complexidade. Boa parte dos
aspectos estruturais da crosta terrestre estudada por diversas
geocincias, como por exemplo a Geotectnica, a Geologia
Estrutural,aPetrografiaeaGeomorfologiaEstrutural.
A Geomorfologia Estrutural foi, durante muitas dcadas do
sculoXX, apartedaGeomorfologiaquerecebeuamaiorateno
dos pesquisadores, mas , atualmente, vem recebendo um peso
menos nas matrizes curriculares dos cursos de Geografia,
infelizmente. Esse importante ramo da Geomorfologia analisa a
participao da estrutura geolgica na definio de alguns
compartimentosderelevosobdoisaspectosbsicos. Emprimeiro
lugar, ela examina os elementos fundamentais do arcabouo
estrutural, como por exemplo a constituio do globo terrestre, a
estruturaeadinmicadacrostaterrestre,asrochaseosgrandes
conjuntos estruturais, constituindo , assim, uma abordagem
eminentementegeolgica.Emsegundolugar,voltaseparaaspectos
mais exclusivamente geomorfolgicos, tais como as diferenas
litolgicasnumapaisagemeseusefeitosmorfolgicosouomodelado
do relevo em litomassas especficas ( calcrio, por exemplo) , ou
aindaasmorfoestruturasemreasdecolisodeplacaslitosfricas
etc.
PierreBirot(1958)consideravaqueaexplicaodorelevo
terrestre reduziase a dois princpios bsicos: a) toda regio
deprimidacompostaderochastenrasourebaixadasporesforos
tectnicos, b) toda regio elevada se compe de rochas mais
resistentesouforamlevantadasporprocessostectnicos.
Aestruturageolgicacompreende,portanto,entreoutros,os
seguintesaspectos:
diferenasdedurezadasrochas
disposiodascamadasrochosas
movimentoscrustais
falhas
fraturas
dobras

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litomassasespecficas.
As diferenas de dureza das rochas vo desempenhar um
papelfundamentalnumprocessosgeomorfolgicodestacado,que
a eroso diferencial. A eroso diferencial um processo erosivo
eminentementeseletivo.Elafazsemaisenrgicaemrochasfrgeis
e mas suave em rochas mais resistentes. Essa modalidade de
erososeletivatemcomoprincipalmritoressaltarasdiferenasde
durezadomaterialrochoso.
A eroso diferencial depende dos seguintes fatores: a) a
consistnciadarochamaisoumenoscompacta edesuatextura.
Por exemplo, os calcrios e as argilas so mais facilmente
desagregveispelosfiletesdguadoqueosgranitos;b)doestado
de fraturamentoda rocha;o sistema dediaclasamentofacilita uma
concentraodaredededrenagemeda infiltraodasguas;c)o
graudepermeabilidadedarocha.
Ascamadasrochosas,sobretudoassedimentares,dispem
se nas paisagens geomorfolgicas horizontalmente ou de forma
subhorizontalainclinada.Naperiferiadeumasinclise,quenofoi
arqueada,ascamadassomaisinclinadasdoquenocentro.Neste,
ascamadassomaishorizontais.Essefato,denaturezaestrutural,
contribui para a existncia de cuestas, na periferia da bacia
sedimentar e de chapadas e chapades no centro. H notveis
exemplos dessa influncia estrutural na bacia sedimentar do Meio
Norte.
As reas intensamente fraturadas, quando situadas nas
imediaes de corpos rochosos no fraturados, respondem, em
geral,comoreasdeprimidas.Ointensofraturamentocolaborapara
quehajaumamaiorinfiltraodasguase,conseqentemente,uma
maior intemperizao qumica dos materiais rochosos. Esses
materiais,assimalterados,tornamsepresafcilparaosprocessos
erosivossubseqentes.
Os quartzitos, rochas decorrentes da metamorfizao do
arenito,so,namaioriadoscasos,maisresistentesaointemperismo
eerosodoquediversasoutrasrochas.Nocasodequartzitosmais
homogneosefortementecimentadospelacristalizaodaslica,o
relevoresultantequasesemprerepresentadoporcristaselevadas
e alongadas, segundo aorientao tectnica. Se esses quartzitos

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sofriveis,podemocuparposiodevalesouregiesrebaixadas.E
,nocasodeseacharemdispostosdemaneirahorizontal,podemdar
relevostabulares.OsdoiscasospodemservisualizadosnaRegio
NordestedoBrasil.
Os diques de diabsio e de andesito, dependendo da
qualidade das rochas encaixantes, possuem comportamentos
geomorfolgicos distintos. Se as rochas encaixantes so mais
resistentes, os diques condicionam a formao de vales, em
decorrnciadaremooefetivadasrochasgneasbsicas.Se,por
outrolado,asrochasencaixantessomenosresistentesepassveis
dedesgasterpido,osdiquesconstituemelevaesquesedispem
deformagrosseiramenteparalela.
A superimposio de um rio sobre um ncleo de
determinadas rochas, sem seguir alinhamentos tectnicos, um
indicador de movimento epirogentico ( soerguimento de massa
continental).
Osfatoresestruturaisdorelevopodemser,deformabastante
sinttica,agrupadosemduasgrandescategorias:fatorestectnicose
fatoreslitolgicos.
Osfatorestectnicoscorrespondemsforastectnicas,de
carter endgeno, que edificam o relevo mediante deformao da
litomassa. Ocasionam intensos dobramentos, falhamentos,
subsidncias,basculamentoseexaltaes.Paracompreenderesses
fatores,fazsenecessrioumconhecimentodosgrandestraosda
teoriadaTectnicadePlacas1,umdosmaisimportantesparadigmas
damodernaGeologia.
ParaateoriadaTectnicadePlacas,alitosferaencontrasse
subdivida em fragmentos, que se movem entre si, denominados
placas litosfricas. A zona de interao entre as placas litosfricas
definemse por convergncia litosfrica, divergncia litosfricas e
falhasdetransformao.

1
ParaentendermaioresdetalhesdateoriadaTectnicadePlacas,podese
consultar o trabalho A Dinmica das Placas Litosfricas, escrito por
LucivnioJatob,eeditadopeloDepartamentodeCinciasGeogrficasda
UFPE,em2002.

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Aszonasdeconvergnciasoasreasondesedacoliso
de placas. Nestas reas configuramse morfoestruturas do tipo
trincheiraocenicae/ousistemasorogenticos.
Aszonasdedivergncia soaqueleslimitesondeseda
separaodeplacaslitosfricas.Exemplificamnaasmorfoestruturas
chamadasdorsaisocenicas,cujoexemplomaisprximoaDorsal
doAtlntico.
Aszonasdefalhadetransformaosooslimitesaolongo
dosquaisasplacasdeslizam.NoOestedosEstadosUnidos,afalha
deSantoAndrumbomexemplodesselimitedeplacaslitosfricas.
Osfatoreslitolgicosresultamdamaioroumenorresistncia
dos corpos rochosos aos processos erosivos, conforme foi
anteriormente assinalado. Esses fatores podem determinar
plataformasestruturaisderelevo,comoporexemploobordodeuma
camadamaisdura,destacadapelaerosodiferencial.NaFigura4,
mostramseesquemasilustrativosdeescarpaslitolgicas.
Osfenmenostectnicosinfluenciamtambm,edemaneira
significativa,osprocessosdesedimentao,quesoimportantes
anlisemorfoestruturaldaspaisagensgeomorfolgicas.Sobreesse
assunto,huminteressantetrabalho,escritoem1974porBenjamim
BleydeBritoNeves,publicadonoBoletimdoNcleodoNordesteda
SociedadeBrasileiradeGeologia,n2. Encontramsetranscritosa
seguirtrechosdesseartigo,seguidosdeumaatividadeprtica,que
poderserlevadaaefeitoemsaladeaula.

TEXTOCOMPLEMENTAR
SedimentaoeTectnica
BenjamimBleydeBritoNeves
O estudo da sedimentao ligada tectnica tem sido
abordadopordiversosautoresconsoanteprismasosmaisdiversos,
desde meados do sculo passado, tanto na Europa (Bertrand, em
1897;Haug,em1900)comonosEstadosUnidos(Hall,1859;Dana,
3m1873), consubstanciando uma ampla , crescente e polmica
bibliografia.
De uma forma ou de outra, um vnculo inalienvel entre a
Sedimentaoea Tectnicareconhecidopraticamenteporquase

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todososautores.Todasedimentao,viaderegra,temumacausa
tectnica,aindaqueremotaoumesmodiscutvel.
Ocampomaiordasdissensesquanto`aclassificaodos
elementos e ambientes tectnicos e quanto aos efeitos reais
transmitidosaossedimentos.
Naanlisedossedimentosantigos,oefeitodatectnicatem
umregistromaispondervel,enquantoqueosambientesgeogrficos
da deposio transparecem como meros complementos de uma
conjunodefatoresmaisfundamentais.
Nainvestigaodosambientesesedimentosmaisrecentes
e atuais, as propriedades sedimentares parecem intimamente
controladas to somente pelos agentes geolgicos da deposio.
Desta observao tem resultado conceitos que a tectnica no
necessariamenteestevepresentenaformaodemuitosdepsitos
sedimentares(Krumbein,Sloss&Dapples,1949)
Importnciadatectnicanasedimentao
Generalidades
ATectnicaSedimentarseocupado estudodetalhadodas
relaes entre o Tectonismo e as caractersticas dos sedimentos
acumulados, sendo um ramo relativamente novo e em
desenvolvimentoentreascinciasgeolgicas.
Otectonismo,sendocompreendidocomoocomportamento
estrutural de um elemento ou parte da crosta terrestre durante ou
entremaioresciclosdesedimentao,eabrangendoareafonteeo
ambientedesedimentao(mbitogeogrficodaacumulao).As
causasdotectonismo, adistribuiodeseuselementos,ograude
intensidadeemcadaetc,tudoformaumaparteimportanteevarivel
emcontrolandoanaturezaeespessuradossedimentosacumulados.
Se analisarmos as variveis determinantes das
caractersticasdeumarochasedimentar,poderemosmelhorestimar
aimportnciadotectonismo.Consideraremosasvariveis:
a)naturezadorochafonte;
b)expressotopogrficaerelevodareafonte;
c) distribuio dos elementos tectnicos na fonte e na rea de
deposio;
d)intensidadedotectonismoemcadaelementotectnico;

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e) agentes geolgicos que transportam os detritos ao stio da


deposio;
f)padrodeambientenareadeposicional;
g)fatorclima.
Logicamente, um ou mais destes fatores podem se tornar
dominantes, em detrimento dos demais, de acordo com
condicionamentoslocais.
Geralmente, deve ser esperada alguma combinao entre
gruposdestesfatorescomaspropriedadessedimentares,refletindo
a.
Os fatores c) e d() so claramente pertinentes da trama
tectnica regional (Ambiente Tectnico), com ligao direta
indiscutvel.
Osfatores(a)e(b)podemtambmestarligadosdiretamente
aoambientetectnicoregional,conformejdemonstrouKrynine,eo
que facilmente dedutvel e ser abordado na anlise do
comportamento e da evoluo dos diferentes ambientes tectnicos
propostos.Arochafontepodeserdeprocednciaexterna,podeser
doprpriostiodesedimentao,remobilizado,dependendodafase
evolutivaedotipodeambientetectnico.Aexpressotopogrficae
relevo da rea fonte traduz termos de intensidade tectnica,
epirognicaouorognica.
Os fatores (e) e (f) esto mais ligados ao ambiente de
sedimentao no sentido geogrficogeomrfico da definio, mas
tambm so afetados pelo tectonismo que pode modificar
amplamenteonveldebaseregional,sobreoqualtemcontrole.A
influncia do tectonismo nos processos ambientais quanto ao
tempoqueelepossapermitiraatuaodestesprocessos,ousejaa
velocidade da passagem das partculas atravs da superfcie
deposicional. Quando estapassagemrpida,ossedimentosso
soterradosbruscamenteenooperadospelosagentesambientais.
Quando a passagem lenta ou muito gradativa, os sedimentos
podem ser selecionados e mesmo modificados de acordo com os
processosfsicosequmicosdoambiente.
Ofatorclima,consideradoemseparado,podesuperimporse
a todos os demais fatores, afetando o grau de intemperismo das

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rochas fontes, a maturidade dos sedimentos, a formao de


evaporitosetc.Algunsfatorescondicionamestavariveltambmao
processamentoglobaldacrosta,estandoelesubordinadoaumafase
evolutivadosambientestectnicos,oquepodeserumpontodevista
exagerado,masquenopodeserdesprezado(Beloussov,1965).
No fosse o tectonismo, a superfcie da Terra no seria
perturbada por movimentos ascendentes e descendentes, e a
sedimentaocessaria. Atectnicaacausadestesmovimentos
oscilatrios;erosoeseuprocessocomplementar,asedimentao,
sopartesdeumprocessomaiordegradao,quejuntostendemao
desenvolvimentodeumasuperfcieplana.
Anlisegenricadasprincipaisinfluncias
Vimosanteriormenteque,segundoamaioriadosautores,e
de acordo com os itens abordados, que a tectnica parece ser a
causaprincipaldasedimentao.
Enfaticamente, mais importante ainda que a tectnica
influenciadiretamenteasintensidadesdeerosoesedimentaoe
por conseguinte controla tipo de sedimentao e os produtos
sedimentares.
A tectnica devido a seu efeito no relevo e tambm na
intensidadedeeroso,exerceumcontroleimportantenamaturidade
do sedimento. A intensidade de sedimentao funo tanto da
intensidade do suprimento como da intensidade de subsidncia, e
ambos so funo do tectonismo regional. O balano entre
sedimentaoesubsidnciadeterminaseosedimentodepositado
abaixoouacimadonveldebaseregional. Assim ,astexturase
estruturasdossedimentossotambmtectonicamentecontroladas,
eainda,ageometriadasunidadesdesedimentao.
1Ainflunciadatectnicanamaturidadedossedimentos
bastante enfatizada por Pettijohn (1957), consoante abordagem j
levadaaefeitoporKrynine(1935),anteriormente.Orelevo,maisque
oclima,geralmente ofator determinantenocontedofeldsptico
deumsedimento,ouseja,seumaisusualndicedematuridade. E
seorelevoumprodutodotectonismo(epirognicoouorognico),a
maturidade dos sedimentos derivados de uma determinada rea
constituiindicativodeatividadetectnica.Relevoselevadosresultam

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em remoo ou eroso de materiais no completamente


intemperizados, promovendo ento a formaco de sedimentos
feldspticos e outros igualmente imaturos. Relevos moderados
podemconduzir,poroutrolado,acompletadestruioqumicados
feldspatos,eaproduoatdesedimentosquartzosos.
2Atexturaeaestruturadossedimentosestosubordinadas
`atectnica,comojfrisamos,atravsdarelaoentreaintensidade
dasedimentaoquefunodasintensidadesdosuprimentoeda
subsidncia. Esta talvez seja a principal influncia do tectonismo
sobreossedimentosefoianalisadaporBarrell(1917),queestendeu
o conceito de subsidncia a todos os tipos de sedimentao
(anteriormenterestritoaoconceitodegeossinclinaldeHall).
Barrell definiu o nvel de base como a superfcie (de
equilbrio)naqualnemaerosonemasedimentaotomamlugar.
Ouseja,quesomenteadepressodasuperfcieabaixodonvelde
base permite acumulao de sedimentos at o nvel voltar a ser
alcanado, e que elevaes acima do nvel crtico produzem a
eroso. Assim, a sedimentao controlada pela subsidncia da
superfciededeposiomaisquequalqueroutrofator.
Mas,asubsidnciadescontnua,emgeral,interrompidapor
numerosas oscilaes , e varivel, de acordo com o ambiente
tectnico considerado (geossinclinais e plataforma). Assim sendo,
tambm o ser a sedimentao, o que comprova o sem nmero
freqentes de diastemas, inconformidades e lacunas nas colunas
estratigrficasdetodasasbaciassedimentares.
Das diferentes combinaes de subsidncia (tectonismo) e
sedimentao teremos diferentes produtos de sedimentao, em
termosdetextura,estruturaemesmocomposiomineralgica
3 Quanto `a geometria externa de um corpo de rochas
sedimentares, a influncia da tectnica, conquanto facilmente
inteligvel, est tambm numericamente demonstrada por Sloss
(1962), que postulou a seguinte equao: Forma= f(Q,R,D,M), na
qualQaquantidadededetritossupridosnaunidadedetempo,R
a intensidade da subsidncia ( valor receptor), D a disperso
( material removido do stio de deposio) e M a textura e
composiodomaterialdesuprimento.

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OsfatoresQ,ReDestodiretamenteligados`aintensidade
dotectonismo,conformejanalisados,eofatorMtemimplicao
diretacomR(ecomotectonismoemgeral,demodoindireto).
(Texto extrado do Bol. do Ncleo do Nordeste da SBG,
n2,Recife,1974)

ATIVIDADES
Apsaleituradotexto,respondaasquestesenumeradasa
seguir:
1 Expliqueafrase : Todasedimentao, via deregra, tem uma
causatectnica,aindaqueremotaoumesmodiscutvel.
2Emquesentidoanaturezadarochafonteinfluencianocarterdos
depsitossedimentares?
3Emquesentidoaexpressotopogrficadareafonteinfluenciaos
depsitossedimentares?
4ExpliqueafraseOsfatoresagentesgeolgicosquetransportam
os detritosaostio da deposio e padrodeambientenarea
deposicional estomaisligadosaoambientedesedimentaono
sentido geogrficogeomrfico da definio, mas tambm so
afetadospelotectonismoquepodemodificaramplamenteonvelde
baseregional,sobreoqualtemcontrole.
5Explique afrase:astexturaseestruturasdossedimentosso
tambm tectonicamente controladas, e ainda, a geometria das
unidadesdesedimentao.

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ALGUMASDEFINIESBSICASPARAOESTUDODA
GEOMORFOLOGIAESTRUTURAL
Sero apresentadas, a seguir, de forma bastante sinttica,
algumas definies e conceitos que consideramos necessrios a
uma melhor compreenso de vrios assuntos que comumente so
abordadosnaanlisemorfoestruturalaspaisagens.
1Antclise estrutura de plataforma, tipo arco, com configurao
assimtrica,compostaderochassedimentaresestendidasapartirde
umcentro.
2 Sinclise grande estrutura negativa dos crtons. As camadas
sedimentares possuem inclinaes suaves para o centro da bacia.

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(Sinnimobaciasedimentar,baciatectnica).Napartecentraldas
sincliseafloramossedimentosmaisjovens,nasmargens,osmais
antigos..
3 Anticlinrio Grandes conjuntos de estruturas anticlinais.
Originamsepordobramentosregionais.
4Astenosfera Camada viscosa e plstica do manto superior.
Localizase sob os continentes a uma profundidade de mais ou
menos100km.afontedosmovimentoscrustais.
5 Arco Insular Sistema montanhoso submarino cujos cumes
elevamsesobreonveldomar,formandocadeiadeilhasemarco.
Associamsestrincheirasocenicas.
6 Batlito grande corpo intrusivo com contatos bruscos e uma
grande espessura. Possui uma rea superior a 100 km2. Tem
composiogranitide.Afloraemdecorrnciadefaseserosivas.
7CinturoAtivomaiorelementoestruturaldatectonosferaquese
estende no interior dos continentes e oceanos. Apresenta uma
notvel atividade tectnica. Exemplificamno: dorsais ocenicas,
sistemasorognicoseastrincheirassubmarinas.
8CorrentesdeConvecodoMantoCirculaolenta demassas
domantodaTerra.
9 Crton elementobsicodaestruturadoscontinentes.Apresenta
um regime tectnico estvel. Possui a seguinte estrutura: piso
inferior , com rochas gneas e metamrficas; piso superior com
rochassedimentaresevulcnicas.Noscrtonsaatividadevulcnica
muitofraca.Noscrtonspredominamrelevosrelativamenteplanos
emontanhaserodidas.Todasasplataformascontinentais,ouseja,
crtons,surgiramnolugardosgeossinclinaisdeidademaisantiga.
As rochas originadas durante a prhistria geossinclinal das
plataformasintegramseuembasamentodobradoouescudo.Como
regra geral, so intensamente dobrados e mais ou menos
metamorfizados; em sua composio tomam parte essencial as
formaesmagmticas,tantoefusivascomointrusivas;entreestas
ltimassoespecficososgranitos..Nocasodepredominncia,no
embasamento,derochasaltamentemetamorfizadasgnaisses,xistos
cristalinos o embasamento denominase cristalino. Este caso
comumnasplataformasantigas.Oembasamentoestrecobertode
massas rochosas no metamorfizadas sedimentares e em alguns

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trechosvulcnicas,emgeralfracamentealteradas,dispostasquase
quehorizontalmente.(JAIN,V.E.Geotectnicageneral,1)
10 Dorsais Conjunto de sistemas montanhosos submarinos na
zonaaxial.Apresentamdepressesconhecidascomorifts.
11 Escudos a maior estrutura positiva dos crtons. Apresentam
vastosafloramentosderochasprcambrianasefortemetamorfismo,
granitizaoerochasdobradaseintensamentefalhadas.
12FossaTectnicazonadeafundamentotectnico,delimitadapor
falhasparalelas.Essaexpresso,algumasvezesempregadacomo
sinnimo:graben.
13 LitosferaacamadargidaexternadaTerra.Eamaisrgida
do planeta. limitada na parte inferior por uma zona de baixa
velocidade, que vem sendo definida, convencionalmente, por uma
superfcieisotrmicade13001400C.Alitosferamcondutorade
calor. Transmite o calor recebido pela astenosfera, atravs da
conveco,porconduoeirradiao.
Alitosferadefinidapelacrostacontinentalepelacrostaocenica,
alm da parte no convectiva do manto. A poro ocenica da
litosferaformadadamesmamaneiraemtodoomundo,sendomais
homognea, e tem sido ( e pode ser) reciclada continuamente no
manto. A poro continental da litosfera resiste ao processo de
subduoporsuanaturezafsica,altamentevariveleproduto
debilhesdeanosdeevoluo.
(...)Alitosferanomonoltica,sendoconstitudaporumcontexto
composto de vrios segmentos, em natureza, espessura e
constituio, sendo estes considerados grandes (>100000000km),
intermedirios (10000000 1000000km) e pequenos ( <
1000000km),chamadosdeplacaslitosfricas.Entreossegmentos
pequenos,almdasmicroplacas(segmentosquedevemTerpelo
menos uma margem ativa) e microcontinentes ( balizados
integralmente por margens passivas), destacamse os chamados
blocos(algumtipoderigidezinterna)eterrenos.Estesltimosso
deformados internamente durante as orogneses e geralmente
afastados da sua posio original por extenses muitas vezes
superiores sua maior dimenso ( por conveno). Esta
conceituao (placas grandes, intermedirias e pequenas,
microcontinentes,blocos,terrenos,etc)muitocontrovertidaainda

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elongedoconsensual,tendoaquisidoadotadasasdesignaesde
Condie ( 1989) e Berckemann & Hs ( 1982). O nmero da
segmentao da litosfera muito grande, e sua identificao vem
sendo acrescida na proporo que se intensifica o conhecimento
geolgicoegeofsico,sendoincorretopensaremnmeropequenoe
finitodeplacas.
No contexto das placas grandes., ocorre litosfera de natureza
continental e ocenica ( s vezes apenas ocenica), nos demais
segmentosgeralmenteumououtrotipodelitosferapredominante,
precisando ficar claro que mesmo nos segmentos da litosfera h
variaeslateraisdecomposio,estruturaecomportamentomuito
importantes.Nocasodossegmentoscadavezmenores,umstipo
delitosferacostumaocorrer.
(BenjamimBleyB.NevesCrtonseFaixasMveis)
14 Sistema Montanhoso srie de elevaes mais ou menos
extensas,unidasemgruposmontanhososseparadospordepresses
intermontanas e vales fluviais. ABSBER (1975) classifica as
montanhas, segundo a origem em: montanhas de dobramento,
montanhas dmicas, montanhas de blocos falhados, montanhas
vulcnicas,escarpasdefalha,escarpasdeerosoeminimontanhas.
Eisasdefinies apresentadaspeloautor(op.cit,p.30e31)para
essasformasderelevo:
Montanhasdedobramentos:cordilheirasoriundasdodobramento
decamadasoriginalmentedepositadasnofundodosmares.Apsos
dobramentos,ascamadasdobradasso soerguidasamilharesde
metrosdealtura,sulcadas pelosriose,svezes,porgeleirasde
altitude(exemplo:Andes,Alpes,Himalaia).
Montanhas dmicas: so camadas deformadas em forma de
abbadas.Apsaaodedemoradosprocessoserosivos,osdomos
podem dar origem a montanhas semicirculares, com cristas
serrilhadas e abruptas para o interior das depresses dmicas e
encostassuavesinclinadasparaoexteriordaantigaabbada.Nas
pores centrais de alguns domos foram descobertas jazidas de
petrleoemprofundidade.
Montanhas de blocos falhados: pores da crosta terrestre
soerguidas em blocos, a diferentes alturas ( exemplo: Mantiqueira,
Bocaina).

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Montanhas vulcnicas: cones vulcnicos, extintos ou ativos,


formadospeloacmulodelavasecinzasemtornodecraterasde
vulces.
Minimontanhas:readepequenaaltituderelativa,pormcomforte
graudeacidentao.
15Relevoscontroladosporsubsidncia:essasmorfoestruturas
sofremumanotvelinflunciadatectnicaextensionale,tambm,da
tectnicaplstica..Soencontradas,nessegrupo,asseguintes
morfoestruturas:relevosplanosdebaciassinclinais,grabens,fossas
intermontanasoudepiemonte.
16Rifts : somorfoestruturasdecartertectnico,relativamente
estreitas e com grande extenso. Tm origem a partir de uma
tectnicaextensionalouporfenmenosdenaturezatermotectnica.
UmgranderifteencontradonafricaOriental,maisespecificamente
naregiodosgrandeslagosafricanos.

BIBLIOGRAFIACONSULTADA
ABSBER,A.N.FormasdeRelevo.SoPaulo:Edart,1975
ANDRADE,G.O.DECursodeiniciaoaoestudodaGeografiaem
grausuperior.Bol.Geogr.,RiodeJaneiro,AnoXXIV,n185,
IBGE,1965.
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UniversitairesdeFrance,1958.
CASTRO, Cludio de . & JATOB, Lucivnio. Litosfera. Minerais,
Rochas,Relevo.Recife:EditoraUniversitria,2004
DERRUAU,Max.Geomorfologia.Barcelona:Ariel,1966.
HUBP, J.L. Las estructuras mayores del relieve. Mexico: UNAM,
FacultaddeIngeneria,1986.
KOSTENKO, N.P. Geomorfologia Estructural. Mxico: UNAM,
FacultaddeGeografia,1975.
THONRBURY,W.D.PrincpiosdeGeomorfologia.BuenosAires:ed.
Kapelusz,1960

1PaseciudaddenacimientoDelautor:Brasil,Pesqueira
2Titulo:NoesBsicasdeGeomorfologia
3Pas:Brasil

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4Ciudadyfechacorrespondentealtrabajo:Recife,5dedeciembre
de2006
5Brevebiografiadelautor:LucivanioJatobegegrafo,mestreem
GeografiapelaUFPE,Brasil,ondeexerceocargodeProf.Adjunto.
LecionaasdisciplinasGeomorfologia,ClimatologiaeMetodologiado
Ensino de Geografia, nos cursos de Geografia da UFPE, desde
1977. E autor de vrios livros didticos, tais como Introduo
Geomorfologiae Litosfera.Minerais,RochaseRelevo.Atualmente
ministracursosdepsgraduaoemdiversasinstituiesdeensino
SuperiordoBrasil.
Para estabelecer contato com o autor, escrever para o seguinte
endereo:[email protected]

LucivnioJatob
(Prof.AdjuntodoDepto.DeCinciasGeogrficasdaUniversidade
FederaldePernambuco,Brasil)
[email protected]
Recife
2006

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