(Beatriz) A Importancia Do Contrato de Prestacao de Servico de Maquiagem e o Codigo de Defesa Do Consumidor

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 16

A IMPORTNCIA DO CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIO DE

MAQUIAGEM E O CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR


1 2
Simone Pertusatti , Fernanda Quaresma

1 Acadmico do curso de Tecnologia em Esttica e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do


Paran (Curitiba, PR);
2 Farmacutica, Prof. Universidade Tuiuti do Paran.

Endereo para correspondncia: [email protected]


RESUMO: A maquiagem uma tcnica de embelezamento muito antiga, embora,
atualmente j existam profissionais especializados para exercer esta funo, em
especial, na maquiagem profissional, geralmente realizada em ocasies importantes
como casamento, formatura e aniversrio. Nesse sentido, importante para o
profissional da maquiagem, a elaborao de um contrato de prestao de servios,
obtendo-se a prvia da maquiagem e a documentao do servio contratado atravs
de um croqui, o qual contm as informaes necessrias para garantir a qualidade e
segurana para ambas as partes, ou seja, o fornecedor e o consumidor do servio
desejado. O objetivo deste artigo discutir a importncia de um contrato de prestao
de servio de maquiagem, utilizando como base legal, o Cdigo de Defesa do
Consumidor. A realizao deste trabalho foi feita em duas etapas, na primeira,
realizou-se pesquisa bibliogrfica em artigos e livros; A seguir, elaborou-se um
contrato e a prvia da maquiagem contratada com documentao atravs de um
croqui. O documento contratual de prestao de servios mostrou sua real finalidade
de amparar o profissional e seu cliente, evitando-se adversidade ou negligncia das
partes. O profissional Tecnlogo em Esttica e Cosmtica tem capacitao para atuar
na rea da maquiagem, e cabe a ele o conhecimento da legislao, na busca de
fornecer servios com segurana e maior satisfao para as partes envolvidas,
demonstrando profissionalismo e credibilidade.

Palavras-chave: Contrato de Maquiagem, prvia, Cdigo de Defesa do Consumidor.


_____________________________________________________________________
ABSTRACT: The makeup is a older technique of beautification, although, nowadays
there are specialized professionals to practice this function, in particular, professional
makeup, generally executed in important occasion such wedding, prom and birthday.
This way, is important for the makeup professional artist, the elaboration of service
contract, getting the prior makeup and the contracted service documentation through a
sketch, which contains all the necessary information to ensure the quality and security
for both parties, the provider and the consumer the desired service. The objective this
article is discuss the importance of a service contract of makeup, using as the legal
basis, the Code of Consumer Protection. The execution of this work was done in two
parts, first, was made a bibliographic research in articles and books; then, prepared a
contract and the prior makeup contracted with documentation through a sketch. The
contractual document service showed its real goal of supporting the professional and
your client, avoiding adversity or negligent party. The Professional Technologist in
Aesthetics and Cosmetics has capacity to act in the makeup area, and it is up to the
knowledge of the legislation, in search of provide services with security and greater
satisfaction for the parties involved, demonstrating professionalism and credibility.

Keywords: Makeup Contract, Prior, Code Of Consumer Protection.

1
1. INTRODUO
Alguns relatos bblicos indicam que por volta do ano 500 a.C algumas
mulheres j tinham o habito de pintar a regio ao redor dos olhos (JEQUITI,
2011).
Nas sociedades primitivas, os homens e as mulheres usavam extratos
de plantas e de animais, alm de misturas de terras e pedras modas para
pintar o rosto e o corpo e, assim, adorar Deuses, enfeitar-se para festas,
marcar passagem de fases importantes da vida, invocar poderes mgicos e
estabelecer hierarquias sociais (CEZIMBRA, 2005).
A natureza sempre foi prdiga fornecedora de matria-prima para a
cosmtica, aafro, hena, terra vermelha, Kohl (carvo), fuligem, ndigo, frutas
silvestres roxas e vermelhas e outros produtos esto presentes na maquiagem
das mulheres da antiguidade (VITA, 2009).
A utilizao de substncias qumicas pelo homem, para fins cosmticos,
tem seus primeiros indcios na pr-histria (aproximadamente no ano 30000
a.C.), quando os homindeos utilizavam, por exemplo, corantes para a
realizao de pinturas em rochas (arte rupestre), pinturas corporais e at
mesmo tatuagens. Substncias oleosas e perfumes na forma de unguentos e
incensos tambm foram utilizados, bem como materiais para maquiagem
(SARTORI, LOPES e GUARATINI, 2011).
O fato que para atender uma demanda cada vez maior de pessoas,
principalmente mulheres, que desejavam se enfeitar com produtos para pintar o
rosto, a maquiagem foi sendo desenvolvida e aperfeioada atravs dos sculos
(JEQUITI, 2011).
O setor de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosmticos tem
mostrado grande expanso no mercado mundial e considerado um bom foco
de investimento. De acordo com dados da Associao Brasileira de Indstria
de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosmticos (ABIHPEC).
O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking do mercado mundial desses
produtos, ultrapassando a Frana e estando atrs apenas dos Estados Unidos
e Japo (DAUDT,2013).
Atualmente, devido uma economia cada vez mais complexa, os
melhores mecanismos para proteger os consumidores de atitudes abusivas e

2
desleais por parte dos fornecedores, esto na informao e conscincia acerca
dos direitos consumistas. Portanto faz-se necessrio a canalizao de
esforos, por meio de prticas do Estado integrado sociedade, para que cada
indivduo conhea plenamente seus direitos e os faa valer nas relaes de
consumo (DIAS, 2006).
Dentro desse entendimento, ressalta-se que em maro de 1991 entrou
em vigor a Lei n 8.078/90, que mais conhecida como Cdigo de Defesa do
Consumidor. Esta lei veio para proteger as pessoas que fazem compras ou
contratam algum servio. Antigamente no existia uma lei que protegesse as
pessoas que comprassem um produto ou contratassem qualquer servio
(CARTILHA DO CONSUMIDOR, 1999)
Hoje os cosmticos so produzidos com alta tecnologia e, mais do que
enfeitar, tratam a pele com agentes hidratantes e protetores contidos em suas
formulas. o profissional que pretende atuar na rea de maquiagem de
extrema importncia que entenda toda a fundamentao terica da
maquiagem, bem como os produtos disponveis no mercado, tcnicas e
tambm qual o melhor mtodo se deve utilizar (CEZIMBRA, 2005).
O mercado de cosmticos envolve muito mais do que valores
monetrios, uma vez que vende tambm (alm de produtos fisicamente
palpveis), desejos e sensaes. As relaes do cotidiano tornaram-se
negociaes complexas envolvendo identidades, status e aspiraes pessoais
que vo alm das relaes de consumo enquanto simples processo de compra
e venda (VICENTIN, 2008).
Nesse sentido, o objetivo deste artigo discutir a importncia de um
contrato de prestao de servio de maquiagem, utilizando como base legal, o
Cdigo de defesa do consumidor.

O CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)


Consumidor toda pessoa; fsica, jurdica ou coletividade, que adquire
ou utiliza produtos em benefcio prprio, sendo aquele que busca a satisfao
de suas necessidades atravs de um produto ou servio, sem ter o interesse
de repassar esse servio ou produto a terceiros (IBRADEC, 2011).

3
A legislao que trata das relaes de consumo o Cdigo de Defesa
do Consumidor, Lei 8.078/90. O regime jurdico de proteo do consumidor
aplicvel a toda atividade que se constitua relao de consumo. O Cdigo de
Defesa do Consumidor no traz a definio de relao de consumo, mas define
seus participantes, o consumidor e o fornecedor, e o seu objeto, a aquisio de
produtos e servios.
A seguir, referido Cdigo define fornecedor como toda pessoa fsica ou
jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, que desenvolvem
atividades de produo, montagem, criao, construo, transformao,
importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou
prestao de servios. Portanto para que uma pessoa seja classificada como
fornecedora, faz-se necessrio que esta detenha a prtica habitual de uma
profisso ou comrcio (atividade), como tambm fornea o servio mediante
remunerao (IBRADEC, 2011).
De acordo com o Cdigo, no Art. 6, So direitos bsicos do
consumidor: I - a proteo da vida, sade e segurana contra os riscos
provocados por prticas no fornecimento de produtos e servios considerados
perigosos ou nocivos; II - a educao e divulgao sobre o consumo
adequado dos produtos e servios, asseguradas a liberdade de escolha e a
igualdade nas contrataes; III - a informao adequada e clara sobre os
diferentes produtos e servios, com especificao correta de quantidade,
caractersticas, composio, qualidade, tributos incidentes e preo, bem como
sobre os riscos que apresentem; IV - a proteo contra a publicidade
enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como
contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos
e servios; V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam
prestaes desproporcionais ou sua reviso em razo de fatos supervenientes
que as tornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva preveno e
reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos; VII - o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas
preveno ou reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
ou difusos, assegurada a proteo Jurdica, administrativa e tcnica aos
necessitados; VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a

4
inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do
juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinrias de experincias
Como se pode notar, o Cdigo garante ao consumidor a proteo e a
segurana nas relaes de consumo. Dentro do contexto da prestao de
servio de maquiagem, o referido Cdigo ressalta a necessidade de contrato
do servio. Este contrato um documento que tem por objetivo deixar claro
para ambos, consumidor e fornecedor do servio, o objeto contratado.
Sendo a maquiagem um servio contratado, cabe tambm conceituar
servio, que para o Cdigo qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira, de
crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista
(IBRADEC, 2011).
Contrato um acordo por escrito que duas ou mais pessoas fazem.
Quando se faz um contrato, so relacionados os direitos e os deveres do
fornecedor e do consumidor. As regras estabelecidas nos contratos so
chamadas clusulas. Todo contrato deve ter: letras em tamanho de fcil leitura;
linguagem simples; as clusulas que limitem os direitos do consumidor bem
destacadas (CARTILHA DO CONSUMIDOR, 1999).
O cdigo orienta, em seu artigo 31:
A oferta e apresentao de produtos ou servios devem assegurar
informaes corretas, claras, precisas, ostensivas e em lngua
portuguesa sobre suas caractersticas, qualidades, quantidade,
composio, preo, garantia, prazos de validade e origem, entre outros
dados, bem como sobre os riscos que apresentam sade e segurana
GRVFRQVXPLGRUHV(BRASIL, 1990).
Assim, os servios ofertados devem ter orientaes claras e seguras,
as quais devero estar no contrato firmado entre as partes envolvidas,
consumidor e fornecedor. Como exemplo pode-se citar o contrato por adeso,
No Art. 54, do CDC (1990) explica que o contrato de adeso aquele
que o fornecedor entrega j pronto ao consumidor. O consumidor no tem
possibilidade de discutir as clusulas ou regras do contrato, que foram
redigidas pelo fornecedor. Este tipo de contrato foi elaborado pelo profissional

5
para a realizao deste trabalho, as clausulas esto de acordo com o CDC, e
nelas estabelecem todos os deveres e direitos das partes envolvidas. Tal
contrato passa a existir a partir do momento em que o consumidor assina o
formulrio padronizado que lhe apresentado pelo fornecedor.

O PROFISSIONAL DA BELEZA.

O profissional deve ter boa capacidade de relacionamento interpessoal


para poder lidar com os clientes, saber compreender crises emocionais e
identificar situaes de estresses. O maquiador pode sugerir, fazer
advertncias e dar indicaes. Na maquiagem a personalidade do cliente deve
ser considerada (CEZIMBRA, 2005).
A busca permanente pela qualidade de produto, servios e de vida fez
com que o mercado de trabalho esteja cada vez mais exigente e cheio de
pessoas aptas a desempenhar o mesmo papel. (SOUZA, 2004).
O profissional da beleza um profissional liberal. A responsabilidade
civil do profissional liberal uma exceo quanto responsabilidade civil
(teoria objetiva) adotada pelo Cdigo de Defesa do Consumidor, uma vez que o
pargrafo 4., do art. 14 HVWDEHOHFH TXH A responsabilidade pessoal dos
profissionais liberais ser apurada mediante a verificao de culpa GHVVD
forma, se no ficar provado que o dano nasceu em razo da negligncia,
imprudncia ou impercia do esteticista, este no ser condenado a indenizar
seu cliente (MORAES C.A e MORAES L.R, 2011).

2. MATERIAIS E MTODOS
MATERIAIS
Para a elaborao do croqui e da maquiagem, foram utilizados os
seguintes materiais: Leno umedecido (Ricca), tnico facial (Eudora),
hidratante facial (Nivea), primer facial (Mary Key), base cremosa (Revlon),
p facial (Mary Key), blush (Jordana),corretivo (Danni) fixador de sombra
(Nyx), sombras (Mary Key, naked2, The Balm), delineador
(Maybelline), mascara de clios (Revlon), clios postio (Crme #747L) e
batom (Quem disse Berenice).

6
Para a fotografia foi utilizadas uma maquina fotogrfica digital para
registro das imagens, Fujifilm 10mega pixels, fujinon zoom lens 3x f=6.3 18.9
mm 1:3.1-5.6.
Por fim, para a realizao do croqui, usou-se papel Tracing Pad
MTODOS
Esse trabalho foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira etapa foi
realizada uma reviso bibliogrfica com base nas Normas Tcnicas:
elaborao e apresentao de trabalho acadmico-cientfico/Universidade
Tuiuti do Paran, a partir de peridicos e literaturas cientficas relacionadas ao
tema. Utilizou-se banco de dados Scielo, Lilacs, Medline, Pubmed e Science
Direct. Os artigos selecionados foram publicados, entre os anos de 2005 a
2011. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave em algumas
combinaes: Contrato de Maquiagem, prvia, Cdigo de Defesa do
Consumidor.
Na segunda etapa foi realizado um trabalho prtico demonstrando a
tcnica de elaborao de croqui para a prvia de maquiagem em noivas,
amparado por um contrato de servio de maquiagem. Foi selecionada uma
modelo voluntria, a qual assinou um termo de consentimento livre e
esclarecido (Em anexo).
Na referida modelo voluntria, realizou-se a prvia da maquiagem de
noiva. Aps a finalizao da tcnica foi elaborado o croqui, onde a maquiagem
foi transferida no papel Tracing Pad e anexada junto ao contrato de prestao
de servio de maquiagem.
A seguir, apresenta-se o passo a passo dos procedimentos realizados,
a partir de um protocolo elaborado pela pesquisadora:

7
Protocolo bsico para a prvia de maquiagem:
Etapa 1 leno umedecido, para a higienizao da pele.

Etapa 2 tnico facial, para equilibrar o pH da pele.

Etapa 3 hidratante facial.

Etapa 4 corretivo, fixador de sombras, sombras, delineador,

clios postio e mascara de clios.

Etapa 5 primer, base e p facial.

Etapa 6 batom.

3. RESULTADOS E DISCUSSO
Observou-se primeiramente a personalidade da modelo, Hallawell (2009)
IDODO aspecto mais importante na construo da imagem pessoal a relao
do rosto com o senso que cada pessoa tem da prpria identidadee com base
nestes dados discutiu-se as cores e tonalidades de pigmentos e sombras para
a elaborao da maquiagem.
Aps esta etapa, iniciou-se a tcnica, com a correo das sobrancelhas,
aplicao de corretivo em toda a plpebra e fixador na plpebra mvel, com
finalidade de prepara-la para a aplicao da sombra.
Em seguida realizou-se o degrade1 de sombras marrons no cncavo, para dar
efeito de esfumado e suavizar o olhar, sombra da cor perola no canto interno
dos olhos, no meio um marrom cintilante e no canto externo marrom escuro
para dar profundidade nos olhos e levantar o olhar.
A seguir, a aplicou-se o primer visando a preparao da pele para o
recebimento da base, a qual corrigiu as imperfeies,
Na sequencia, aplicou-se o p, o qual neutralizou o excesso de brilho na face.
Finalizou-se com a colocao dos clios postios, mscara de clios e batom
nos lbios.
O modelo de documento ser feito um contrato de adeso, onde as
clusulas so elaboradas pelo fornecedor do produto, no caso especifico de

1
Variao de cores que vai da mais forte mais suave. Fonte: www.dicionarioinformal.com.br

8
maquiagem, de acordo com o Art. 54 do CDC. A primeira parte contem as
informaes do contratante e do contratado, sendo estas, nome completo,
numero de identificao de CPF e RG, endereo fsico e meio de contato de
ambos. E em seguida especificando o objeto do contrato.
A segunda parte dividida em cinco clusulas, sendo a primeira obtendo
informaes dos produtos e servios prestados.
Na segunda clusula, define o local para ser realizada a prvia e a
cerimnia, onde a hora, a data de ambas informada, tambm a localizao,
como nome da rua, nmero do local, bairro, cidade, estado e CEP.
Os valores ficam especificados na terceira clusula, que informa o valor
total e os acrscimos, tambm os prazos e as formas de pagamento esto
includos nesta clusula. Dito isto em base no Art. 52 do CDC, onde fala que no
fornecimento de produtos ou servios que envolva pagamento do consumidor,
o fornecedor dever inform-lo sobre o preo do produto ou servio em moeda
corrente nacional, acrscimos legalmente previstos, soma total a pagar.
A clusula quarta, informa as advertncias, uma vez que em caso de
desistncia, o contratante s tem direito de recebimento dos valores j pagos,
se o aviso for entre sete dias da assinatura do contrato, onde no Art. 49 explica
que o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de
sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou servio. Se o
consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente
pagos sero devolvidos de imediato. Tambm informa a substituio de um
profissional competente se houver desistncia por parte do contratado por
motivos de fora maior contra a sua vontade, como em casos de enfermidade.
A quinta e ultima clusula estabelece o total acordo das partes, nos servios
descritos no contrato e o recolhimento das assinaturas.

4. CONSIDERAES FINAIS
Neste artigo foi discutido a importncia de um contrato de prestao de
servio de maquiagem, utilizando como base legal, o Cdigo de defesa do
consumidor.
Apresentou-se uma prvia de maquiagem de noiva, amparado com um
contrato de prestao de servio, de acordo com o Cdigo de Defesa do

9
Consumidor mostrando assim, os direitos e deveres do profissional contratado
e do cliente contratante.
O trabalho realizado teve um resultado positivo, pois se demonstrou a
importncia de um contrato para os sujeitos envolvidos, enfatizando a
segurana e credibilidade dos servios. Consegue-se, atravs de um
documento, no caso, o contrato, descrever exatamente o que deve ser feito,
prevenindo situaes de desconforto para ambas as partes.
Para a contratante, o contrato lhe assegura a qualidade do servio
desejado, uma vez que, na prvia de maquiagem, , deve-se descrever
detalhadamente o que deseja, evitando assim, as no conformidades e
decepes com o resultado final da maquiagem, no dia do casamento, por
exemplo. Para o contratado, passa-se profissionalismo e evita situaes de
negligncia por parte do contratante. Logo, consegue-se finalizar a prestao
de servio e receber os pagamentos previamente contratados.
Esta rea da maquiagem, na qual o profissional Tecnlogo em Esttica
est apto a atuar, em funo da grade curricular, est em expanso, e cabe
aos profissionais envolvidos, conhecerem a legislao vigente, visando uma
segurana para as partes envolvidas e a satisfao dos servios realizados,
alm de reconhecimento profissional.

10
5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ABDI, Abihpec, Sebrae, II Caderno de Tendncias. Higiene Pessoal,


Perfumaria e Cosmticos, Vol. 2. Disponvel em:
<http://www.abihpec.org.br/2011/08/caderno-de-tendencias-2011-3/>, Acesso
em 24/09/2014.

BRASIL. Lei n 8078, de 11 de setembro de 1990. Dispe sobre a proteo do


consumidor e d outras providncias. Disponvel em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil 03 leis/l8078.htm>. Acesso em 17 set. 2014

CARTILHA DO CONSUMIDOR. Departamento De Proteo E Defesa Do


Consumidor. Copyright 1999.

CEZIMBRA, Marcia. Maquiagem: Tcnicas Bsicas, Servios Profissionais


e Mercado de Trabalho. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2005.

DAUDT, Renata M. et al. A nanotecnologia como estratgia para o


desenvolvimento de cosmticos. Cienc. Cult. [online]. 2013, vol.65, n.3, pp.
28-31. ISSN 0009-6725.

DIAS, J. C. GUIA DO CONSUMIDOR BRASILEIRO, 2006. Disponvel em:


<http://www.guiasfacil.com.br/cartilha>. Acesso em: 25 set. 2014.

JEQUITI. Maquiagem sem Segredos. So Paulo, Diadema: Just Editora,


2011.

MORAES, Alexandre Carlos e MORAES, Lilian Rosana dos Santos.


Responsabilidade Civil Dos Profissionais Da Beleza. Maring 2011.

Normas Tcnicas: elaborao e apresentao de trabalho acadmico-cientfico/


Universidade Tuiuti do Paran. - 2. Ed. Curitiba : UTP, 2006. 98 p. ISBN 85-
88959-16-X.

11
ROQUE, Nathaly Campitelli A prestao de servios e o Cdigo de Defesa
do Consumidor: Os cuidados que devem ser tomados pelo fornecedor
.Scientia FAER, Olmpia - SP, Ano 2, Volume 2, 1 Semestre. 2010

SARTORI, Lucas Rossi; LOPES, Norberto Peporine e GUARARTINI, Thais.


Qumica No Cuidado Da Pele. So Paulo, Sociedade Brasileira De Qumica,
2010.

SOUZA, Adlia Norma. Marketing Pessoal: Etiqueta No Trabalho Como


Diferencial Competitivo No Trabalho. Florianpolis 2004.

SOUZA, Alexandre Luiz. Resciso De Contrato De Trabalho: Verbas


Rescisrias E Calculo. Florianpolis 2007.

SPENCER, Kit. Maquiagem: Os Segredos Dos Profissionais. Marco Zero


2012.

VICENTIN, Diego. Potncia para o consumo. In: SBPC, LABJOR, Consumo.


Revista mensal eletrnica de jornalismo cientfico ComCincia, Nmero 99,
10/06/2008. Disponvel em:
<http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&tipo=dossie>. Acesso em:
14/09/2014.

VITA, Ana Carlota. Histria da Maquiagem, da Cosmtica e do Penteado:


Em Busca da Perfeio. So Paulo: Anhembi Morumbi, 2009.

12
ANEXOS:
CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS
PRODUO DE NOIVA

CONTRATANTE: _________________________________________________,
noiva de ______________________________________________. Residente na
rua _____________________________, no bairro _________________,Curitiba,
Paran, portadora da cdula de identidade RG n ______________________ e
inscrita no CPF sob n _______________________.
Celular: ( ) ___________________.
E-mail: __________________________________________.

CONTRATADA: _______________________, Brasileira, Esteticista, residente


________________________________, N______, bairro:____________________,
Curitiba, Paran, CEP: ______________________, portadora da cdula de
identidade RG n ____________ e inscrita no CPF sob n _____________.
Telefone: _______________.
E-mail: ______________________________.

Objeto do Contrato:

Prestao de servios profissionais de esteticista para execuo de


maquiagem de noiva em seu dia de casamento.

Clusula Primeira: Dos servios

As partes declaram e aceitam que a prestao dos servios profissionais aqui


contratados para a maquiagem da CONTRATANTE em seu dia de casamento em
local a ser definido pela CONTRATANTE com antecedncia mnima de 15 dias da
data da cerimnia.
Tambm est inclusa nesta contratao, uma sesso prvia de maquiagem no
endereo profissional da CONTRATADA, em data a ser combinada num prazo
mximo de at 30 (trinta) dias antes da cerimnia.
Os produtos, materiais e equipamentos necessrios realizao dos servios
contratados sero de qualidade reconhecida pelo mercado e de fornecimento da
CONTRATADA.

Clusula Segunda: Locais

A prvia e produo da noiva realizada no local a ser combinado por ambas s


partes, s: ________ horas do dia _____/_____/_______, localizada na Rua
_________________________ n________, Bairro__________________, Curitiba,
Paran, CEP__________________.

A Cerimnia de casamento ser realizada s ________ horas do dia ___/____/____,


Na Igreja: _____________________, situada
_______________________________ Fotgrafo: _______________ Cinegrafista:
_____________________.

Clusula Terceira: Valor

O valor total deste contrato de R$__________________________________, que


ser pago da seguinte forma:
Entrada de 30% (trinta por cento) do valor total, para o fechamento do contrato,
sendo este referente R$_________________________________.
O valor de R$__________________________, referente 70% (setenta por cento)
restantes do valor total deve ser pago no prazo mximo de 24 (vinte e quatro) horas
antes da data estipulada em contrato, em caso de pagamentos vista em dinheiro.
Em casos de pagamentos por transferncia bancria, deposito bancrio, ou cheque
o prazo mximo de 72 (setenta e duas) horas antes da data estipulada em
contrato, a fins de confirmao de compensao do pagamento.
Adicionais se necessrio: Hospedagens e translado intermunicipais, estaduais, etc.
sero antecipadamente ressarcidos pelo CONTRATANTE CONTRATADA.
Para assistncia da cerimnia, festa e at o final da sesso de fotos dever ser a
esteticista, previamente contratada em adicional aos valores acima. O valor desde j
pactuado entre as partes para esta assistncia de R$ _________ por hora de
permanncia disposio da noiva.
Cada produo extra custar R$ _______________________.

Clusula Quarta: Adversidades

Em caso de desistncia, o aviso deve ser feito no prazo de sete dias aps a
assinatura do contrato, caso contrrio o valor de entrada no ser devolvido.
Em caso de fora maior e situaes alheia a vontade do CONTRATADO,
especialmente em situaes de enfermidade, a qual possa ficar impedida de
comparecer na data do evento, esta se compromete a encaminhar profissional com
qualificao e competncia para realizar os trabalhos, sempre mediante aviso prvio
encaminhado a CONTRATANTE.

Clusula Quinta

As partes desde j elegem a Comarca de Curitiba-PR em detrimento a qualquer


outra, para eventuais disputas judiciais em razo deste contrato.
E por estarem assim de total acordo neste documento, assinam em duas vias de
igual teor e forma, para que produzam os seus jurdicos e legais efeitos.
Curitiba, _____ de __________ de 2014

_____________________________ _______________________________
Assinatura do contratante Assinatura da testemunha

_____________________________
Assinatura da contratada
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificao
Ttulo do Projeto: A Importncia Do Contrato De Maquiagem De Noiva Para O
Profissional Da Maquiagem.
Pesquisador Responsvel: Simone Pertusatti. R.G:5.281.389-4
Instituio a que pertence o Pesquisador Responsvel: Universidade Tuiuti do
Paran.
Telefones para contato: (41) 95554339 e (41) 84810623.
Nome do voluntrio: Adriane Cristina de Souza.
Idade: 20 anos, R.G: 10.452.867-8

26U HVWiVHQGRFRQYLGDGR D DSDUWLFLSDUGRSURMHWRGHSHVTXLVD A Importncia


Do Contrato De Maquiagem De Noiva Para O Profissional Da Maquiagem GH
responsabilidade do pesquisador: Simone Pertusatti.

Este projeto tem como objetivo mostrar a importncia de um contrato para o


profissional da maquiagem, neste caso em especifico para noiva. Para a elaborao
deste, se faz necessrio uma modelo para a realizao da maquiagem, onde sua
participao ser voluntaria, no havendo nenhum tipo de risco ou desconforto.

Eu, Adriane Cristina de Souza, RG n 10.452.867-8 declaro ter sido informado e


concordo em participar, como voluntrio, do projeto de pesquisa acima descrito.
Curitiba, 22 de setembro de 2014.

____________________________________
Adriane Cristina de Souza

____________________________________
Testemunha

Você também pode gostar