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PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM
ENGENHARIA MECNICA
IM 317
PROGRAMA
AVALIAO
BIBLIOGRAFIA BSICA
4. Apostila da disciplina.
2
1 - INTRODUO
A idia de escrever este texto surgiu da constatao de que muitos dos pesquisadores
em Engenharia de Materiais no contam com uma metodologia para o planejamento
experimental que seja ao mesmo tempo til e simples.
A dificuldade de lidar com termos e conceitos de outras reas de estudo que no a
Engenharia de Materiais (como a Estatstica e a Instrumentao) somada ao problema
inicial de definir-se um modelo fsico-matemtico que represente de maneira adequada os
fenmenos que desejamos estudar.
A respeito desse tema, GOULD (1.993)1 escreve sobre a confuso comum entre
termos que apresentam sentidos vulgares e cientficos, bem como sobre a idia de
aleatoriedade:
1 GOULD (1993) - GOULD, S.J., "Dedo Mindinho e Seus Vizinhos - Ensaios de Histria Natural",
Companhia das Letras, So Paulo, 1.993, pp. 412-413.
3
GOULD um paleontlogo que trabalha com eventos cuja base de tempo geolgica
e cuja datao faz-se atravs do mtodo radioativo e assim, pode contar com aleatoriedade do
decaimento radioativo e datar um dado evento com grande preciso, sem a necessidade de
correlacionar diversos fatores, fatos e variveis para definir quando ou como um dado evento
ocorreu.
J para os pesquisadores da Engenharia de Materiais, tal soluo no possvel, pois
no contam nem com um tempo disponvel elevado, nem com a possibilidade material da
realizao de um nmero infinito de ensaios que permitisse tratar os eventos estudados como
sendo de carter simplesmente aleatrio: testar todas as variveis, em todas as faixas de
valores possveis, com um grande nmero de repeties. Assim, deve-se buscar um mtodo
que estabelea as condies adequadas para a realizao dos experimentos e para a avaliao
dos resultados obtidos.
4
mgico que normalmente no encontra justificativa estatstica em termos de desvio-padro
admissvel ou de confiabilidade desejada).
Em vrios tpicos deste estudo sero utilizados conceitos de estatstica porm, no
objetivo fundamental desta disciplina abordar com profundidade tais conceitos, apresentando-
os na medida em que se fizerem necessrios.
Outro aspecto importante do planejamento experimental a escolha adequada dos
instrumentos que permitiro monitorar os experimentos e na sua funo mais interessante,
permitir a obteno dos resultados provenientes desses experimentos.
O termo escolha reflete no s a capacidade de especificar-se um dado instrumento a
fim de adquiri-lo, mas em muitos casos, definir suas caractersticas operacionais necessrias,
projet-los, constru-los e aferi-los.
A bibliografia bsica para consulta nesta disciplina so os livros de DALLY (1993) e
de MONTGOMERY (1991) e MONTGOMERY (1994). Outras referncias consultadas para
elaborao deste texto sero relacionadas quando citadas.
5
PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS E ANLISE ESTATSTICA
DE RESULTADOS
1 - INTRODUO
6
Por exemplo, aps uma dada operao de usinagem, como determinar o nmero de
peas que devem ser controladas num lote? Qual a freqncia de controle atravs dos lotes?
Que instrumentos empregar para esse controle? Qual o critrio para aceitao ou rejeio das
peas produzidas?
Essas questes somente podem ser respondidas por quem tenha um grau razovel de
conhecimento sobre a importncia do controle para a continuidade do processo e para a
qualidade das peas, e sobre a influncia do processo, dos equipamentos, do operador e do
prprio controlador sobre os resultados desse tipo de anlise.
Outro exemplo no qual o mesmo tipo de abordagem pode ser adotada: a presena de
"chevrons" em eixos-pilotos forjados a frio. Nesse caso, fica claro a necessidade de se
controlar todas as peas de todos os lotes a fim de impedir que peas com esse defeito sejam
encaminhadas usinagem e tratamento trmico posteriores e finalmente, montagem em
caixas de transmisso.
O planejamento experimental uma ferramenta essencial no desenvolvimento de
novos processos e no aprimoramento de processos em utilizao. Um planejamento adequado
permite, alm do aprimoramento de processos, a reduo da variabilidade de resultados, a
reduo de tempos de anlise e dos custos envolvidos.
No que se refere ao projeto de produtos, o planejamento experimental permite a
avaliao e comparao de configuraes (projetos) distintas, avaliao do uso de materiais
diversos, a escolha de parmetros de projeto adequados a uma ampla faixa de utilizao do
produto e otimizao de seu desempenho.
Os conceitos descritos nos dois pargrafos anteriores podem ser resumidos em trs
termos muito empregados atualmente: qualidade, produtividade e competitividade.
7
2 - PRINCPIOS PARA O PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL
Para que os resultados obtidos de ensaios experimentais possam ser analisados atravs
de mtodos estatsticos, possibilitando elaborar-se concluses objetivas, o planejamento
experimental deve ser baseado numa metodologia tambm estatstica, que a nica forma
objetiva de avaliar os erros experimentais que afetam esses resultados.
H trs tcnicas bsicas para a definio dos ensaios num planejamento experimental:
o uso de rplicas, da aleatorizao (ou randomizao) e de blocos.
A rplica consiste na repetio de um ensaio sob condies preestabelecidas. Esta
tcnica permite obter-se uma estimativa de como o erro experimental afeta os resultados dos
ensaios e se esses resultados so estatisticamente diferentes. Ela tambm permite verificar-se
qual a influncia de uma determinada varivel sobre o comportamento de um processo,
quando a comparao feita pela mdia das amostras.
Por exemplo, pretende-se verificar como a presso afeta a velocidade de uma reao
qumica. Realiza-se ensaios em duas condies diferentes: p1 e p2 (com p1> p2 ). Num
primeiro planejamento, realiza-se um ensaio para cada condio, ou seja, sem rplica,
obtendo-se velocidades v1 e v2 respectivamente, iguais a 9,0 e 9,5. Como afirmar que o
aumento da presso acarreta um acrscimo de velocidade de reao? Tal resposta fica mais
objetiva quando realiza-se um grande nmero de ensaios (rplicas) de modo a minimizar o
erro experimental e poder comparar as mdias dos resultados obtidos nas amostras.
A aleatorizao ou randomizao uma tcnica de planejamento experimental
puramente estatstica em que a seqncia dos ensaios aleatria e a escolha dos materiais que
sero utilizados nesses ensaios tambm aleatria.
Uma das exigncias do uso da metodologia estatstica para o planejamento
experimental e para a anlise dos resultados que as variveis estudadas e os erros
experimentais observados apresentem um carter aleatrio, o que conseguido pelo emprego
desta tcnica.
Por exemplo, ao se definir para o caso do exemplo anterior (influncia da presso sobre
a velocidade de reao) trs valores para a presso e quatro rplicas para cada valor de
presso, teremos doze ensaios, como mostrado na tabela 1.
8
Tabela 1
p1 1 2 3 4
p2 5 6 7 8
p3 9 10 11 12
Caso a seqncia estabelecida para os ensaios fosse 1, 2, 3....., 9, 10, 11 e 12, qualquer
problema experimental no detectado (como por exemplo, um efeito de "warm-up" do
instrumento de medida de velocidade) poderia acarretar a invalidao de todo o procedimento
experimental.
Ao se utilizar uma seqncia aleatria (por exemplo: 8, 5, 9, 1, 12, 3, 7, 4, 11, 2, 6 e
10) os erros experimentais devidos a qualquer varivel no-controlvel (como o "warm-up"
do instrumento) seriam distribudos ao longo de todo o procedimento, aleatorizando-o e
permitindo sua anlise estatstica.
A tcnica dos blocos permite realizar-se a experimentao com uma maior preciso,
reduzindo a influncia de variveis incontrolveis. Um bloco uma poro do material
experimental que tem como caracterstica o fato de ser mais homogneo que o conjunto
completo do material analisado. O uso de blocos envolve comparaes entre as condies de
interesse na experimentao dentro de cada bloco. Na anlise com blocos, a aleatorizao
restringida seqncia de ensaios interna dos blocos e no ao conjunto total de ensaios.
O uso de blocos pode ser analisado no seguinte exemplo:
Supe-se que ao realizar-se ensaios de dureza, cada um dos dois penetradores
disponveis para o durmetro estejam fornecendo resultados distintos. Caso fosse feita uma
aleatorizao completa do conjunto de ensaios, como no exemplo anterior, diferenas
significativas de propriedades entre materiais de diversas corridas de produo poderiam
mascarar a influncia dos penetradores. Assim, utiliza-se a tcnica de blocos. Escolhe-se
materiais provenientes de uma mesma corrida e separa-se corpos-de-prova para serem
ensaiados com os dois penetradores. Desta forma, criou-se um bloco: um conjunto de corpos-
de-prova escolhidos de forma a garantir a homogeneidade do material. A aleatorizao dentro
desse bloco d-se quando escolhe-se ao acaso a seqncia como cada corpo-de-prova
ser ensaiado (primeiramente pelo penetrador no. 1 ou vice-versa).
9
2.2 - ETAPAS DO PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL E ANLISE DE RESULTADOS
2. escolha das variveis (fatores de influncia) e das faixas de valores em que essas
variveis sero avaliadas, definindo-se o nvel especfico (valor) que ser
empregado em cada ensaio. Deve-se verificar como essas variveis sero
controladas nos nveis escolhidos e como eles sero medidos. A avaliao
intensiva de diversas variveis pode ser necessria quando o estudo encontra-se
em seus estgios iniciais e no se detm uma experincia anterior, exigindo a
avaliao das variveis em diversos nveis. Quando deseja-se verificar a
influncia de uma varivel em particular, o nmero de nveis deve ser reduzido,
alm de manter-se as demais variveis influentes em nveis to constantes quanto
possvel.
10
Principalmente em processos complexos, com diversas variveis influentes, no
se deve partir de um conjunto extenso de experimentos, que envolva um grande
nmero de variveis, estudadas em diversos nveis. mais produtivo estabelecer-
se um conjunto inicial com nmero reduzido de ensaios (poucas variveis, poucos
nveis de avaliao), ir aprendendo sobre o processo e aos poucos, acrescentar
novas variveis e nveis e eliminar variveis que no se apresentem influentes.
Com essa iniciativa, reduz-se o nmero total de ensaios e o que mais importante
reserva-se os recursos para aqueles ensaios realmente importantes, que
normalmente no fornecem resultados objetivos nas tentativas iniciais;
11
3 - CONCEITOS DE ESTATSTICA
0 p( y j ) 1 para todos yj
P( y yj) p( y j ) para todos yj
p( y j ) 1
p(y )
j
todos y j
y1 y2 y11 y14
yj
12
f(y)
P(a<=y<=b)
a b
y
0 f ( y)
b
P(a y b) f ( y )dy
a
f ( y )dy 1
y p( y ) se y discreta, ou
todos y
y f ( y )dy se y contnua
Pode-se definir como o valor mdio esperado para um nmero elevado de ensaios,
ou seja E(y), tambm denominado operador do valor esperado.
A varincia 2 representa a disperso de uma distribuio e definida como:
2 ( y ) 2 f ( y )dy se y contnua, ou
2 ( y ) 2 p( y ) se y discreta
todos y
13
2 E [( y ) 2 ]
V ( y) E [( y ) 2 ] 2
y1 E ( y1 )
11. E(y1.y2) = E(y1).E(y2) = 1 . 2 12. E
y2 E ( y2 )
14
Como j discutido, os mtodos estatsticos s podem ser utilizados se as amostras
forem escolhidas aleatoriamente, ou seja, com a mesma probabilidade de serem retiradas da
populao que outras amostras.
Qualquer funo relativa aos resultados de uma amostra e que no contenha
parmetros desconhecidos denominada funo estatstica, como por exemplo as funes
mdia ( y ) e varincia (S2) da amostra. Elas so estimadores pontuais, ou estimativas,
respectivamente da mdia () e da varincia (2) da populao.
n n
yi ( yi y )2
y i 1
S2 i 1
n n 1
onde y1, y2, ..., yn representam a amostra e n o nmero de elementos da amostra. O
desvio-padro da amostra (S) comumente empregado como medida de disperso por
apresentar unidade igual das medidas (yi).
E(S2) = 2.
A expresso que determina a varincia de uma amostra, tem como numerador:
n
SS ( yi y )2
i 1
que a soma corrigida dos quadrados das observaes (yi), ou seja, a soma dos
quadrados das diferenas y1 - y , y2- y , y3 - y ,...., yn - y . Como a somatria dessas
diferenas igual a zero, somente n-1 elementos so independentes. Assim, SS tem n-1
graus de liberdade, ou = n-1, de modo que
SS
E 2
15
4 - DISTRIBUIES CARACTERSTICAS DE AMOSTRAGENS
1
f ( y) e (1/ 2 )[( y )/ ]2
- y
2
y
z
onde z N(0 , 1) e a operao dada pela equao anterior definida como padronizao de
uma varivel aleatria y.
No caso de uma amostra de tamanho n retirada de uma populao, seja finita ou
infinita, que apresenta mdia e varincia 2, se o valor mdio da amostra dado por y ,
tem-se pelo teorema do limite central que:
y
z
/ n
k 2 z12 z2 2 .... zk 2
onde k2 uma varivel aleatria que segue a distribuio chi-quadrado com k graus
de liberdade. A funo densidade de chi-quadrado :
16
1
f ( 2 ) 2 e 2 0
( k /2) 1 2 /2
k
2 k /2
n
( yi y )2
SS i 1
2n
2 2
1
z
tk
2k / k
( k 1) 2 1
f (t ) t
k ( k / 2 ) ( t / k ) 1 2 ( k 1) / 2
17
Sejam duas variveis aleatrias independentes u2 e 2v , com u e v graus de
liberdade, respectivamente. A razo
u2 u
Fu,v
2v v
u v u
u /2
F ( u 2) 1
2 v
h( F ) 0 F
u v u
u v /2
F 1
2 2 v
onde S12 e S22 so as varincias das amostras. Ou seja, a razo das varincias das
amostras segue uma distribuio F.
Caso 12 22, tem-se que
S12
2
S12 S22
F 1
pois n1 1 2
e n2 1 2
S 22 2
1
n1 1 2
2
n2 1
2
2
18
5 - DETERMINAO DO TAMANHO DA AMOSTRA
S
2
n t
Pode-se considerar que 2 represente a faixa tolerada para encontrar-se os resultados
de uma dada populao.
Exemplo: Seja uma amostra de 20 eixos usinados que aps terem seus dimetros
medidos apresentaram uma mdia y = 7,840 mm e um desvio-padro S = 0,604 mm. Se a
preciso desta estimativa de deve ser de 2%, com uma confiana de 95%, o valor de
pode ser obtido:
= (0,02).(7,840) = 0,157 mm
n = [(2,09).(0,604)/(0,157)]2 = 64,6
19
O procedimento deve ser iterativo: primeiramente obtm-se n, realizam-se novos
ensaios, recalcula-se y e S e obtm-se um novo valor n, repetindo-se esse procedimento at
que a convergncia de n.
Como mostrado, o erro de medida pode ser caracterizado por uma distribuio normal
com varincia Sy2 e esse erro pode ser minimizado pelo aumento do tamanho da amostra.
J o erro experimental sistemtico proveniente de falhas na leitura ou do desempenho
do instrumento, no uma varivel aleatria e desta forma, no pode ser avaliado por
tcnicas estatsticas.
Quando numa amostra, avalia-se que os resultados de uma ou mais rplicas so
questionveis, pode-se utilizar o procedimento de Chauvenet para rejeitar ou manter esses
resultados na anlise da amostra.
Tal procedimento especifica que um dado deve ser rejeitado caso a possibilidade de
obter-se o desvio-padro relativo a esse dado seja menor que 1/2n. Por exemplo, se n = 10,
tem-se que:
1/2n = 1/20 = 0,05, ou seja, a = 0,05 e a/2 = 0,025, ou 1 a/2 = 0,975, obtendo-se na
tabela 1 do anexo um valor de z = 1,96, como tabelado a seguir.
O critrio consiste no clculo da razo de desvio-padro DR para cada componente yi
da amostra, onde
yi y
DR
S
posteriormente, compara-se com uma razo padro DR0, obtida da tabela abaixo em funo
de n:
2 1,15 15 2,13
3 1,38 25 2,33
4 1,54 50 2,57
5 1,65 100 2,81
7 1,80 300 3,14
10 1,96 500 3,29
20
O componente yi ser rejeitado se DR > DR0 e mantido caso DR DR0.
Caso um componente yi seja rejeitado, ele ser removido da seqncia e os valores
de y e S2 recalculados. Esse procedimento somente ser aplicado uma vez para remover
resultados questionveis. Se muitos componentes so rejeitados, provvel que a
instrumentao seja inadequada ou que o processo estudado seja extremamente varivel.
21
7 PLANEJAMENTOS EXPERIMENTAIS
7.1 INTRODUO
22
Este procedimento consiste em analisar uma amostra aleatria, realizar um teste
estatstico apropriado e desta forma, rejeitar ou no a hiptese nula. Essa rejeio baseada
num conjunto de valores denominado regio crtica ou regio de rejeio.
Se a hiptese nula rejeitada quando na realidade ela verdadeira, comete-se um erro
do tipo I. Se por outro lado, a hiptese nula falsa e no rejeitada pelo teste, ento cometeu-
se um erro do tipo II. A probabilidade desses erros ocorrerem dada respectivamente por e
.
O procedimento geralmente adotado no teste de hipteses a definio de um valor
para a probabilidade do erro do tipo I ( ), tambm denominado de nvel de significncia do
teste, definindo-se um valor ligeiramente inferior para a probabilidade .
Como exemplo, tome-se duas amostras retiradas de distribuies, com varincias
assumidas como iguais mas desconhecidas, obtidas num planejamento totalmente
aleatorizado, para as quais deseja-se verificar-se as mdias.
O teste estatstico utilizando uma distribuio t para as observaes das duas amostras
fornece:
y1 y2
t0
1 1
Sp
n1 n2
23
7.2.2 - Definio do intervalo de confiana para mdias de populaes
P( L U) 1
y1 y2 1 2
Seja distribuda como tn +n -2. Assim,
1 1 1 2
Sp
n1 n2
y1 y2 1 2
P t / 2 ,n1 t / 2 ,n1 1 ou
1 1
n2 2 n2 2
Sp
n1 n2
1 1 1 1
P y1 y2 t / 2 ,n1 Sp 1 2 y1 y2 t / 2 ,n1 Sp 1
n2 2
n1 n2 n2 2
n1 n2
1 1 1 1
y1 y2 t / 2 ,n1 Sp 1 2 y1 y2 t / 2 ,n1 Sp
n2 2
n1 n2 n2 2
n1 n2
como intervalo de confiana para 1 - 2, com uma confiana de 100.( 1-).
24
y1 y2
t0
S 2
1 S22
n1 n2
n1 n2
S12 n1 S 22 n2
2 2
n1 1 n2 1
y1 y2
Z0
12 22
n1 n2
12 22 12 22
y1 y2 Z 2 1 2 y1 y2 Z 2
n1 n2 n1 n2
H 0: = 0
H 1: 0
25
O teste de hiptese pode ser feito pela aplicao da distribuio normal, caso a
populao seja normal com varincia conhecida, ou caso o tamanho da amostras seja
suficientemente grande. Assim,
y 0
Z0
n
y Z 2 n y Z 2 n
y 0
t0
S n
y t 2 , n 1 S n y t 2 , n 1 S n
26
Agora, considere o segundo teste de hipteses. Nesse caso, as garrafas sempre sero
aceitas a menos que H0 seja rejeitada, ou seja, conclui-se que as garrafas atendem
especificao a menos que haja uma forte evidncia em contrria.
Para o primeiro teste, existe a probabilidade de que H0 no seja rejeitada mesmo que a
mdia verdadeira seja um pouco maior que 1,4 MPa, o que implica que o fabricante deve
provar que seu produto atinge ou excede as especificaes. Esse teste poderia ser adequado se
o "garrafeiro" teve dificuldades de atender especificaes no passado, ou se as consideraes
a respeito da segurana do produto exigem que o valor de 1,4 MPa seja alcanada dentro de
uma tolerncia estreita.
Para o segundo teste, existe a probabilidade de que H0 seja aceita e as garrafas sejam
consideradas aprovadas mesmo se a mdia real seja um pouco menor que 1,4 MPa. Assim, as
garrafas somente seriam rejeitadas se houvesse uma forte evidncia de que a mdia no
excede 1,4 MPa, ou seja quando H0 for rejeitada. Esse teste assume que o desempenho do
"garrafeiro" no passado foi satisfatrio e que pequenos desvios em torno de 1,4 MPa no
apresentaro riscos de segurana.
27
Tabela 2 - Testes de mdias com populaes de varincias conhecidas
H0 : 0 | Z 0 | Z 2
H1 : 0
y 0
H0 : 0 Z0
n
H1 : 0 Z0 Z
H 0 : 0
H1 : 0 Z0 Z
H 0 : 1 2
H1 : 1 2 | Z 0 | Z 2
y1 y2
H 0 : 1 2 Z0
1
2
22
n1 n2
H1 : 1 2 Z0 Z
H 0 : 1 2
H1 : 1 2 Z0 Z
28
Tabela 3 - Testes de mdias de populaes com varincias desconhecidas
H1 : 0
y 0
H0 : 0 t0
S n
H1 : 0 t0 t ,n 1
H0 : 0
H1 : 0 t0 t ,n 1
2
1 2
2 2
y1 y 2
H 0 : 1 2 t0
1 1
Sp
n1 n2
H 1 : 1 2 n1 n2 2 | t 0 | t 2 ,
12 22
y1 y 2
H 0 : 1 2 t0
S12 S 22
n1 n2
H 1 : 1 2 t0 t ,
H 0 : 1 2
S12 S 22
2
n1 n2
H 1 : 1 2 t0 t ,
S12 n1 S 22 n 2
2 2
n1 1 n2 1
29
7.2.3 - Anlise das varincias pelo teste de hipteses
Alm do teste de hipteses para comparao de mdias, pode-se utilizar esta tcnica
tambm para a comparao das varincias, naquelas situaes em que a variabilidade de uma
populao normal deve ser verificada. Comparando a varincia da populao (2) a um
valor especificado (02), tem-se:
H0: 2 = 02
H1: 2 02
SS (n 1) S 2
02
02 02
(n 1) S 2 (n 1) S 2
2
2/ 2 ,n 1 12 ( / 2 ),n 1
Uma outra anlise pode ser feita para comparar as varincias de duas populaes com
distribuio normal, com tamanhos de amostras aleatrias n1 e n2:
H0: 12 = 22
H1: 12 22
O teste estatstico para essas hipteses feito empregando o quociente das varincias
das amostras:
S 12
F0
S 22
30
O intervalo de confiana para uma porcentagem 100(1-) dado por:
S12 12 S12
F F
S 22 1 ( / 2 ), n1 1, n2 1
22 S 22 / 2 ,n1 1, n2 1
(n 1) S 2
H 0 : 2 02 02 02 12 ,n
02 1
H1 : 2 02
H 0 : 2 02
H1 : 2 02 02 2,n 1
H 0 : 12 22 F0 F / 2 ,n1 1,n2 1 ou
S12
H1 : 2
2
F0 F0 F1
1 2
S 22 ( / 2 ),n1 1,n2 1
H 0 : 12 22
S 22
H1 : 2
2
F0 F0 F ,n2
1 2
S12 1,n1 1
H 0 : 12 22
S12
H1 : 12 22 F0 F0 F ,n1
S 22 1,n2 1
1
Obs.: F1
F , 2 , 1
, 1 , 2
31
7.3 PLANEJAMENTO ALEATORIZADO POR BLOCOS
onde, yij uma observao (ou resultado), obtida para o nvel i na rplica j, i a
mdia para o nvel i, j o efeito sobre o resultado devido j-sima rplica e ij, um erro
experimental que apresenta mdia nula e varincia i2 .
Se fizermos a anlise da diferena entre os pares:
dj y1 j y2 j j 1, 2, ...., n
d E dj
E y1 j y2 j
E y1 j E y2 j
1 j 2 j 1 2
O teste da hiptese nula H0: 1=2 pode ser feito pela diferena por pares d, ou seja,
H0: d = 0
H 1: d 0
O teste estatstico feito com
32
d 1 n
t0 onde d dj a mdia das diferenas da amostra e
Sd n n j 1
12 2 12
n 2 n n
1
d d d2 d
j j n j
j 1 j 1 j 1
S o desvio padro das diferenas da amostra
d n 1 n 1
(Tratamento)
. . . ... . . .
. . . ... . . .
onde yij o j-simo elemento obtido no tratamento (nvel) i. Esses elementos podem
ser definidos pelo modelo estatstico linear:
i 1,2,... a
y ij i ij
j 1,2,... n
33
onde a mdia geral, comum a todos os tratamentos, i um parmetro que define
o efeito de cada tratamento e ij um componente devido a erros aleatrios. O objetivo deste
estudo avaliar os efeitos dos tratamento e estim-los, atravs do teste de hipteses
apropriadas. Para esse teste, assume-se que os erros do modelo utilizado so normalmente e
independentemente distribudos com mdia zero e varincia 2 igual para todos os
tratamentos.
Esse modelo denominado anlise de varincia de um fator nico e para que a anlise
seja objetiva necessrio que o procedimento experimental seja completamente aleatorizado.
A anlise dos efeitos dos tratamentos pode ser feita de duas maneiras. Na primeira, os
tratamentos foram escolhidos de forma especfica e desta forma, o teste de hipteses refere-se
s mdias dos tratamentos e as concluses extradas sero aplicveis somente aos nveis
considerados na anlise, no podendo ser estendidos a outros nveis no analisados. Nesse
caso, tem-se a anlise de um modelo de efeitos fixos.
J quando os tratamentos analisados representam uma amostra aleatria de uma
populao de tratamentos, pode-se estender as concluses da anlise feitas para essa amostra,
para todos os outros tratamentos da populao. Nesse caso, testa-se hipteses e tenta-se
estimar a variabilidade de i assim, tem-se a anlise de um modelo de efeitos aleatrios ou de
um modelo de componentes de varincia.
Neste caso, os efeitos dos tratamentos i so definidos como desvios a partir da mdia
geral, de modo que
a
i 0
i 1
n
yi . yij yi . yi . n i 1,2,..., a
j 1
a n
y.. yij y.. y.. N
i 1 j 1
onde N = a.n o nmero total de observaes e y.. representa a mdia geral de todas as
observaes.
34
A mdia estimada do i-simo tratamento dada por
E ( yij ) i i , i 1, 2, ..., a . Ou seja, consiste da mdia geral somada ao efeito
do tratamento i .
O teste de hipteses feito para verificar se as mdias dos tratamentos so iguais:
H0 : 1 = 2 = ... = a
H1 : i j (pelo menos para um par i,j)
ou,
H0 : 1 = 2 = ... = a = 0
H1 : i 0 (para pelo menos um i)
a n 2
SS T y ij y ..
i 1 j 1
a n a n 2
2
yij y .. yi . y .. y ij yi .
i 1 j 1 i 1 j 1
ou
a n a a n
2 2
yij y .. n yi. y.. y ij yi.
2
i 1 j 1 i 1 i 1 j 1
a n
2 yi . y .. y ij yi .
i 1 j 1
n
y ij yi. yi. nyi . yi. n yi. n 0
i 1
Assim,
35
a n 2 a a n 2
yij y .. n yi. y .. y ij yi.
2
i 1 j 1 i 1 i 1 j 1
Como se observa na expresso acima, a soma corrigida dos quadrados - que representa
a variabilidade dos dados - representada pela somatria dos quadrados das diferenas entre
as mdias dos tratamentos e a mdia geral de todos elementos, adicionada somatria -
dentro dos tratamentos - dos quadrados das diferenas entre as observaes e as mdias dos
tratamentos.
Assim,
SST = SSTratamentos + SSE
onde SSTratamentos denomina-se soma dos quadrados devidos aos tratamentos (entre
tratamentos) e SSE denominada soma dos quadrados devidos ao erro (dentro dos
tratamentos). SST apresenta N-1 graus de liberdade, SSTratamentos apresenta a-1 e SSE, N-a
graus de liberdade.
SS E
Assim, uma estimativa da varincia dentro de cada um dos tratamentos e
N a
SSTRATAMENTOS
, a estimativa da varincia entre os tratamentos.
a 1
Para a anlise estatstica das hipteses apresentadas no item 7.3.1, tem-se que SST uma
soma de quadrados de variveis aleatrias normalmente distribudas, SST/2, SSE/2 e
SSTRATAMENTOS/2 so distribudas como chi-quadrado respectivamente, com N-1, N-a e
a-1 graus de liberdade, se a hiptese nula H0 : i = 0 for verdadeira. Nesse caso, aplicando-
se o teorema de Cochran (N-1 = N-a + a-1) tem-se que SSE/2 e SSTRATAMENTOS/2 so
variveis aleatrias chi-quadrado independentes.
Se a hiptese nula verdadeira, ou seja, no h diferena entre as mdias dos
tratamentos, a razo
SS TRATAMENTOS a 1
F0
SS E N a
36
F0 F ,a 1, N a
tratamentos S
Erro (dentro dos SSE N-a SSE/(N-a) SSTRATAMENTOS a 1
F0
tratamentos) SS E N a
Total SST N-1
a ni
y ..2
SS T yij2
i 1 j 1 N
e
a
yi2. y ..2
SS TRAT
i 1 ni N
Deve-se preferir o uso de tratamentos com amostras de tamanhos iguais pois a hiptese
de que as varincias sejam iguais para todos os tratamentos mais facilmente verificada
quando ni = n e tambm porque a capacidade do teste maximizada nessa situao.
37
a
C ci y i .
i 1
a
ci 0 para tratamentos com n iguais
i 1
a
n i ci 0 para tratamentos com n diferentes
i 1
a 2
ci y i .
SS C para tratamentos com n iguais
i 1
a
n c i
2
i 1
a 2
ci y i .
SS C para tratamentos com n diferentes
i 1
a
nc i i
2
i 1
Um contraste testado comparando-se SSC com SSE/(N-a) que deve ser distribudo
como F,1,N-a caso a hiptese nula seja verdadeira, ou seja, com:
SS C
F0
SS E ( N a)
O uso de contrastes ortogonais um caso particular deste mtodo, que oferecem testes
independentes para as mdias dos tratamentos. Dois contrastes {ci} e {di} so ortogonais se
38
a
ci d i 0 para tratamentos com n iguais
i 1
ou
a
n i ci d i 0 para tratamentos com n diferentes
i 1
Exemplo: Para o exerccio 12, ser construdo o quadro de anlise de varincia com
modelo de efeitos fixos, verificado se as condies de tratamento trmico afetam a
propriedade mecnica da liga e comparadas as mdias dos diversos tratamentos, usando-se
contrastes que sero verificados quanto ortogonalidade, ou seja, se so independentes
entre si.
N= n.a N =16
Como F0 > F0.05,3,12 tem-se que a hiptese nula rejeitada, ou seja, os tratamentos
39
a
O primeiro teste a ser feito verificar se a condio ci 0 satisfeita para todos
i 1
os contrastes:
Para C1, tem-se: 1 -1 +0 +0 = 0. Para C2, tem-se: 1 +0 -1+0 = 0. Para C3, tem-se: 0
+1 +0 -1= 0. Para C4, tem-se: 1 -1 +1 -1 = 0. Para C5, tem-se: -1 +2 -1 +0 = 0. Ou seja,
1, 12, assim, pode-se concluir que existe diferena significativa entre as mdias dos
tratamentos 1 e 2.
Numa situao em que se deseja verificar um fator que apresenta um grande nmero de
nveis possveis e seleciona-se aleatoriamente alguns destes nveis para anlise, diz-se que
esse fator aleatrio. Como a escolha foi feita aleatoriamente, as concluses extradas a
partir dos resultados obtidos nos nveis analisados, podem ser estendidas para toda a
populao de nveis. Nesse caso, assume-se que essa populao infinita ou suficientemente
grande para ser considerada infinita.
O modelo estatstico linear pode ser novamente utilizado.
i 1,2,... a
yij i ij
j 1,2,... n
V y ij 2 2
40
SST = SSTratamentos + SSE
permanece vlida.
O teste de hipteses feito para a verificao da varincia dos efeitos dos tratamentos
(2):
H0 : 2 0
H1: 2 0
SS TRATAMENTOS a 1
F0
SS E N a
E MS TRAT 2 n 2
e
E MS E 2
2 MS E e
MS TRAT MS E
2
n
No caso de amostras desiguais, n substitudo por
a
ni2
1 a
n0 ni
i 1
a 1 a
ni
i 1
i 1
41
Se as observaes distribuem-se como NID, a razo (N-a)MSE/2 distribuda como
N a.
2
N a MSE N a MSE
2
2 2,N a 12 2,N a
L 2 U
1 L
2
2
1 U
onde
1 MS TRAT 1
L 1
n MS E F 2 ,a 1, N a
1 MS TRAT 1
U 1
n MS E F1 2 , a 1, N a
Nesse tipo de planejamento, tem-se por objetivo avaliar a influncia dos tratamentos
para uma dada varivel de influncia, bloqueando-se uma fonte de variabilidade, que deseja-
se eliminar.
Como exemplo, teramos a verificao de penetradores (tratamentos) na medio de
dureza de materiais distintos. Assim, os materiais seriam bloqueados.
O planejamento definido como completo pois cada bloco contm todos os
tratamentos e, aleatorizado dentro dos blocos.
Nesse estudo, tem-se a tratamento e b blocos, com o seguinte modelo estatstico:
i 1,2,... a
y ij i j ij
j 1,2,... b
42
a
onde a mdia da populao, i o efeito do tratamento i, ( i 0 ) j o efeito
i 1
b
do bloco j ( j 0)
j 1
H0 : 1 = 2 = ... = a
H1 : i j (pelo menos para um par i,j)
ou,
H0 : 1 = 2 = ... = a = 0
H1 : i 0 (para pelo menos um i)
Tambm define-se as seguintes somatrias:
b a a n
yi . yij y. j yij y.. yij
j 1 i 1 i 1 j 1
yi . yi . b i 1,2,..., a
y. j y. j a j 1,2,..., b
y.. y.. N N a. b
43
Somatria de quadrados Graus de liberdade
a b 2 a b
y ..2
SS T y ij y .. SS T y ij N-1
2
i 1 j 1 i 1 j 1 N
yi . y ..
a a 2 2
i 1 i 1 b N
y. j y ..
b b 2 2
j 1 j 1 a N
SS E
Assim, uma estimativa da varincia do conjunto total de dados,
a 1. b 1
SSTRATAMENTOS SS BLOCOS
, a estimativa da varincia dentro de cada um dos tratamentos e ,a
a 1 b 1
estimativa da varincia dentro de cada um dos blocos.
Para a anlise estatstica das hipteses, tem-se que SST uma soma de quadrados de
variveis aleatrias normalmente distribudas, SST/2, SSTRATAMENTOS/2, SSBLOCOS/
2 e SS /2so distribudas como chi-quadrado respectivamente, com N-1 , a-1, b-1 e (a-
E
1).(b-1) graus de liberdade, se a hiptese nula H0 : i = 0 for verdadeira.
Nesse caso, aplicando-se o teorema de Cochran (N-1 = a-1+b-1+(a-1).(b-1)) tem-se
que SSE/2, SSBLOCOS/2 e SSTRATAMENTOS/2 so variveis aleatrias chi-quadrado
independentes.
Se a hiptese nula verdadeira, ou seja, no h diferena entre as mdias dos
tratamentos, a razo
SS TRATAMENTOS a 1
F0 para os tratamentos, ou
SS E a 1 b 1
SS BLOCOS b 1
F0 para os blocos
SS E a 1 b 1
Caso a hiptese nula seja rejeitada (os tratamentos tm influncia), pode-se verificar a
influncia de cada tratamento atravs de comparaes mltiplas, com o uso de contrastes.
Nesse caso, o procedimento idntico ao usado no modelo de efeitos fixos, apenas
empregando-se:
a 2
ci y i .
SS C
i 1
a
b ci2
i 1
Um contraste ser testado comparando-se SSC com SSE/((a-1).(b-1)) que deve ser
distribudo como F,1,(a-1).(b-1) caso a hiptese nula seja verdadeira, ou seja, com:
SS C
F0
SS E a 1. b 1
45
planejamento (ou replicado r vezes), e assim, existem N = a.r = b.k observaes. J o
nmero de vezes que cada par de tratamentos aparece no mesmo bloco dado por (que
deve ser inteiro):
r k 1
a 1
i 1,2,... a
y ij i j ij
j 1,2,... b
y ..2 y. j y..
a b b 2 2
SS T y ij 2
SS BLOCOS
i 1 j 1 N j 1 k N
a
k Qi
2
1 b
SSTRAT( ajust.) i 1
onde Qi yi . nij y. j
.a k j 1
46
SSE = SST - SSTratamentos(ajustado) - SSblocos
SST apresenta N-1 graus de liberdade, SSTRAT (ajust.), a-1, SSBLOCOS, b-1 e SSE
tem N-a-b+1 graus de liberdade.
O teste estatstico apropriado para verificar a influncia dos efeitos dos tratamentos
SS TRAT .( ajust .) a 1
F0
SS E N a b 1
F0 F ,a 1,N a b 1
Este planejamento til quando tem-se por objetivo eliminar duas fontes de
variabilidade, bloqueando duas direes.
Como exemplo, assuma-se um estudo em que deseja-se determinar a influncia da
formulao sobre a quantidade de energia liberada num processo. Assim, tem-se a energia
como varivel de resposta e a formulao como varivel de influncia. Porm, as
formulaes podem ser preparadas por operadores diversos com diferentes matrias-primas, o
que configura duas fontes de variabilidade que se deseja eliminar.
O quadrado latino consiste de um arranjo quadrado p x p, onde os tratamentos (nveis)
da varivel de influncia so representados por letras latinas maisculas (A, B, C,....), sendo
que cada letra s pode aparecer uma nica vez em cada linha e coluna.
As linhas e colunas do quadrado so ocupadas pelos nveis das fontes de variabilidade
bloqueadas. Se denomina-se padro um quadrado latino que tem a primeira linha e a primeira
coluna com os nveis em ordem alfabtico, tem-se que um arranjo quadrado latino 3 x 3
poder apresentar somente uma combinao, enquanto que um arranjo 4 x 4 apresentar 4
combinaes, um 5 x 5 ter 56 e um 7 x 7 ter 16.942.080.
Alguns exemplos:
4x4 5x5
A B D C A D E B C
B C A D D A C B E
C D B A C B A C D
D A C B E C D A B
47
No caso do exemplo do arranjo 4 x 4, aps sortear os tratamentos para o nvel 1 da
fonte das linhas, ao iniciar o sorteio dos tratamentos para a segunda linha, o tratamento A
seria separado para a primeira coluna, o tratamento B para a segunda, o D para a terceira,
restando conseqentemente, o tratamento C para a quarta coluna. O procedimento repete-se
para as demais linhas, restringindo cada vez mais o nmero de tratamentos possveis de
sortear-se para cada coluna.
Este planejamento tem seus resultados analisados pelo seguinte modelo estatstico:
i 1,2,... p
y ijk i j k ijk j 1,2,... p
k 1,2,... p
48
Somatria de quadrados Graus de liberdade
p p p
y 2
SS T y ijk 2 N-1
...
i 1 j 1 k 1 N
y. j . y ...
p 2 2
SS TRAT p-1
j 1 p N
yi .. y ...
p 2 2
SS LINHAS p-1
i 1 p N
y ..k y ...
p 2 2
SS COLUNAS p-1
k 1 p N
Novamente, para a anlise estatstica das hipteses, tem-se que SST uma soma de
quadrados de variveis aleatrias normalmente distribudas, SST/2, SSTRATAMENTOS/2,
SSLINHAS/2, SSCOLUNAS/2 e SSE/2so distribudas como chi-quadrado
respectivamente, com N-1 , p-1, p-1, p-1 e (p-2).(p-1) graus de liberdade, se a hiptese nula
H0 : i = 0 for verdadeira.
Nesse caso, aplicando-se o teorema de Cochran (N-1 = p-1+p-1+p-1+(p-2).(p-1)),
onde N = p2, tem-se que SSE/2, SSLINHAS/2, SSCOLUNAS/2 e SSTRATAMENTOS/2
so variveis aleatrias chi-quadrado independentes.
Se a hiptese nula verdadeira, ou seja, no h diferena entre as mdias dos
tratamentos, a razo
SS TRATAMENTOS p 1
F0 para os tratamentos.
SS E p 1 p 2
F0 F , p 1, p 1 . p 2
49
Os testes com as fontes das linhas e das colunas perde objetividade estatstica visto que
durante o planejamento eles foram bloqueados, ou seja, tiveram sua aleatoriedade restrita.
A grande desvantagem do planejamento quadrado latino com quadrados pequenos (3 x
3 ou 4 x 4) o pequeno nmero de graus de liberdade associado. Para evitar esse problema,
usa-se replicar os experimentos. Essa rplica pode ser feita de trs modos distintos:
1. usando combinaes com os mesmos nveis das fontes (linhas e colunas) em
cada rplica;
2. alternando nveis das fontes em cada rplica, fixando o nvel da linha e alterando
o nvel da coluna, ou vice-versa, para cada combinao;
3. usando diferentes nveis de linhas e colunas para cada rplica.
O quadro de anlise para o caso (a) tem o ndice representando as rplicas, assim cada
resultado identificado por yijkl, ou seja, a observao na linha i, no tratamento j, na coluna k
e na rplica l. Com n rplicas para cada conjunto i, j, k tem-se um nmero total de
observaes N = np2.
SS T y ijk 2 N-1
....
i 1 j 1 k 1 l 1 N
p
y. j .. 2 y.... 2
SS TRAT p-1
j 1 np N
p
yi ... 2 y.... 2
SS LINHAS p-1
i 1 np N
p
y..k . 2 y.... 2
SS COLUNAS p-1
i 1 np N
n
y...l 2 y.... 2
SS RPLICAS n-1
i 1 p2 N
50
7.8 - PLANEJAMENTO QUADRADO GRECO-LATINO
COLUNAS
LINHAS 1 2 3 4
1 A B C D
2 B A D C
3 C D A B
4 D C B A
i 1,2,... p
j 1,2,... p
y ijkl i j k l ijkl k 1,2,... p
l 1,2,.... p
51
Somatria de quadrados Graus de liberdade
p p p p
y ....2
SS T y ijkl 2
N-1
i 1 j 1 k 1 l 1 N
p
y. j .. 2 y.... 2
SS TRAT ( latinas ) p-1
j 1 p N
p
y ..k .2 y .... 2
SS TRAT ( gregas ) p-1
k 1 p N
p
yi ... 2 y ....2
SS LINHAS p-1
i 1 p N
p
y ...l 2 y .... 2
SS COLUNAS p-1
l 1 p N
F0 F , p 1, p 1 . p 3
onde
SS TRATAMENTOS p 1
F0 para os tratamentos (letras latinas).
SS E p 1 p 3
52
7.9 - PLANEJAMENTO FATORIAL
Fator B
nveis B1 B2
Fator A A1 A1B1 A1B2
A2 A2B1 -
Fator B
nveis B1 B2
Fator A A1 A1B1 A1B2
A2 A2B1 A2B2
Analisando dois casos distintos, pode-se analisar a interao das variveis pelo PF:
53
caso 1
Fator B
nveis B1 B2
Fator A A1 20 30
A2 40 52
caso 2
Fator B
nveis B1 B2
Fator A A1 20 40
A2 50 12
B1
B2
B1
A1 A2 A
Observa-se que os dois fatores interferem na vida das baterias, mas que eles no
interagem.
J no caso 2, representado pela figura abaixo, observa-se novamente que os fatores
afetam a vida mas, tambm, que eles interagem, pois o efeito de A depende do nvel de B.
54
y
ij
B1
B2
B1 B2
A1 A2 A
yijk i j ij ijk
Fator B
nveis 1 2 3 ... b
2 : : : : :
Fator A 3
a ya11,ya12,...,ya1n yab1,yab2,...,yabn
55
O teste de hipteses busca definir se as variveis tm ou no influncia e tambm se
sua interao afeta a varivel de resposta. Assim, esse teste fica:
a b n
y ...2
SS T y ijk abn - 1
2
i 1 j 1 k 1 abn
a
yi .. 2 y... 2
SS A a-1
i 1 bn abn
b y. j . 2 y... 2
SS B b-1
j 1 an abn
a b yij . 2 y... 2
SS AB SS A SS B (a-1)(b-1)
i 1 j 1 n abn
Novamente, para a anlise estatstica das hipteses, tem-se que SST uma soma de
quadrados de variveis aleatrias normalmente distribudas, SST/2, SSA/2, SSB/2, SSAB/
2 e SSE/2so distribudas como chi-quadrado respectivamente, com N-1 , a-1, b-1, (a-1)(b-
1) e ab(n-1) graus de liberdade, se a hiptese nula H0 : i = 0, ou j = 0, ou ()ij = 0 for
verdadeira.
Assim, tem-se
SS A a 1 SS B b 1
F0 ou F0 ou
SS E a.b.( n 1 ) SS E a .b.( n 1 )
SS AB a 1 .(b 1)
F0
SS E a.b.(n 1)
56
A hiptese nula ser rejeitada se F0 > F,x,ab(n-1), com x = a-1, b-1 ou (a-1).(b-1),
concluindo-se que os fatores influenciam a resposta e que sua interao tambm tem
influncia.
Temperaturas ( F)
15 70 125
1 130 155 34 40 20 70
74 180 80 75 82 58
Tem-se: SST = 77647, SSMAT = 10684, SSTEMP = 39119, SSINTER = 9614 e SSE
= 18230,75, com GLMAT = 2, GLTEMP = 2, GLINTER = 4 e GLERRO = 27.
Assim, tem-se F0 MAT = 7.91, F0 TEMP = 28.97 e F0 INTER = 3.56. Com = 0.05,
tem-se F0.05,2,27 = 3.35 e F0.05,4,27 = 2,73, que so menores que os valores de F0
encontrados. Desta forma, pode-se concluir que tanto o material quanto a temperatura
influem na vida das baterias e que esses dois fatores apresentam uma interao
estatisticamente importante e que tambm afeta essa vida.
Para definir-se qual o melhor material (aquele que leva maior vida) deve-se utilizar
de contrastes, como apresentado para a anlise do modelo de efeitos fixos.
k
7.9.2 - Planejamento fatorial 2
57
Como h somente dois nveis para anlise de cada fator, assume-se que a varivel de
resposta apresente comportamento linear entre esses nveis.
O modelo estatstico, o teste de hipteses e as somatrias dos quadrados das diferenas
so idnticas s do planejamento fatorial geral, assumindo-se a =2 e b = 2.
Os nveis podem ser quantitativos ou qualitativos.
Os nveis so representados por: + mximo e - mnimo.
A e B representam os efeitos das variveis de influncia. A representao do ensaio
com a significa que usou-se o nvel mximo de A (+). J b representa o uso do nvel mximo
de B (+).
Neste caso, para 2 nveis, o nmero de graus de liberdade igual a 1. Aumentando-se o
nmero de rplicas (n), tem-se maior objetividade na anlise pois F0 tambm aumenta.
Fator A
nvel baixo nvel alto
Fator B nvel alto b ab
nvel baixo (1) a
No caso de um planejamento 3k, tem-se trs nveis: mnimo (0), intermedirio (1) e
mximo (2).
Exemplo de um planejamento fatorial 2k: deseja-se estudar como o tempo de uma
reao afetado por dois fatores, a concentrao de reagente (A) e a quantidade de
catalisador (B).
Assumindo dois nveis para A, 15% (-) e 25% (+) e dois nveis para B, 2 medidas (+) e
1 medida (-) e cada experimento foi replicado 3 vezes, tem-se:
Rplicas
Combinao I II III Total
A -B - 28 25 27 80
A+B- 36 32 32 100
A-B+ 18 19 23 60
A+B+ 31 30 29 90
58
100 80
O efeito de A no nvel mnimo de B a (1) n 6,6 . Ou seja, ao
3
passar a concentrao de 15 para 25%, o tempo aumenta de 6,6 unidades.
90 60
J o efeito de A no nvel mximo de B ab b n 10 , representando
3
um aumento de 10 unidades de tempos.
O efeito mdio do fator A dado pela mdia dos dois efeitos apresentados e
representado por:
1 a (1) ab b
A
2 n n
1
A a (1) ab b
2n
1 ab a b (1)
B
2 n n
1
B ab a b (1)
2n
1
AB ab b a (1)
2n
1
AB ab (1) a b
2n
59
1
A 90 100 60 80 8.33
2.3
1
B (90 60 100 80) 5
2.3
1
AB (90 80 100 60) 167
.
2.3
ab a b (1)
2
SS A DOF 1
n.4
ab b a (1)
2
SS B DOF 1
n.4
ab (1) a b
2
SS AB DOF 1
n.4
2 2 n
y ...2
SS T y ijk2 DOF 4n 1
i 1 j 1 k 1 4. n
SS E SS T SS A SS B SS AB DOF 4(n 1)
com
MS A MS B MS AB
F0 ou F0 ou F0
MS E MS E MS E
60
8. A METODOLOGIA DE TAGUCHI
Este texto foi extrado do item 12.5, pp. 414-433 do livro de Montgomery.
A metodologia proposta por Genechi Taguchi, no incio da dcada de 80, apresenta trs
objetivos principais:
O termo robusto pode ser aplicado para produtos e processos que apresentem
desempenho compatvel com a qualidade exigida e que sejam relativamente insensveis aos
fatores que sejam de difcil controle.
Segundo Taguchi, existem trs estgios no desenvolvimento de um produto ou
processo: o projeto do sistema (system design), o projeto dos parmetros (parameter design)
e o projeto das tolerncias (tolerance design).
O uso de mtodos estatsticos para o planejamento experimental especialmente
importante nos dois ltimos estgios, favorecendo a obteno de produtos e processos
robustos, insensveis a fatores incontrolveis que possam influenciar seu desempenho.
A metodologia de planejamento experimental proposta por Taguchi pode ser
apresentada no exemplo descrito a seguir.
Deseja-se escolher um mtodo de montagem que permita maximizar a fora necessria
para arrancar um conector de elastmero montado em um tubo de nylon.
Foram identificadas quatro variveis de influncia, que podem ser controladas nas
operaes rotineiras do processo, e trs fontes de variabilidade que so incontrolveis, ou
seja, que no se pode ou no se deseja controlar durante as atividades de rotina. Essas
variveis e fontes, e seus respectivos nveis, esto mostradas na tabela seguinte.
De acordo com a metodologia de Taguchi, dois planejamentos so empregados para o
projeto dos parmetros: um arranjo ortogonal L9 para as variveis de influncia, em que as
linhas representam cada ensaio realizado nas condies definidas pelos nveis (1, 2 e 3)
definidos para essas variveis. Esse arranjo L9 ir acomodar as quatro variveis com trs
nveis cada em nove ensaios.
61
Variveis de influncia Nveis
A = Interferncia dimensional Baixo Mdio Alto
B = Espessura da parede do conector Fina Mdia Espessa
C = Profundidade de montagem Rasa Mdia Profunda
D = Porcentagem de adesivo no conector Baixa Mdia Alta
Fontes de variabilidade
E Tempo de secagem do adesivo 24 horas 120 horas
F Temperatura de secagem do adesivo 72 F 150 F
G Umidade relativa na secagem do adesivo 25% 75%
62
Arranjo ortogonal L9 Arranjo ortogonal L8
Variveis FONTES
Ensaio A B C D Ensaio E F ExF G ExG FxG e
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
2 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2
3 1 3 3 3 3 1 2 2 1 1 2 2
4 2 1 2 3 4 1 2 2 2 2 1 1
5 2 2 3 1 5 2 1 2 1 2 1 2
6 2 3 1 2 6 2 1 2 2 1 2 1
7 3 1 3 2 7 2 2 1 1 2 2 1
8 3 2 1 3 8 2 2 1 2 1 1 2
9 3 3 2 1
Fontes
Resultados de fora de arrancamento
Ensaio
O mtodo de Taguchi prope que se analise a resposta mdia para cada combinao no
arranjo interno, e que a variabilidade seja analisada escolhendo uma razo sinal-rudo (SN)
apropriado. Trs razes SN padro so amplamente empregadas:
63
y2
SN T 10. log
S2
2) A quanto maior melhor SNL, usada quando se deseja maximizar os resultados, que
o caso deste exemplo:
1 n
1
SN L 10. log
n i 1 yi2
3) A quanto menor melhor SN S, usada quando se deseja minimizar os resultados:
1 n
SN S 10. log yi2
n i 1
64
B M A F M E
R M P B M A
B M A F M E
R M P B M A
65
B
M
M
A
Ross, Phillip J., Taguchi techniques for quality engineering: loss function,
orthogonal experiments, parameter and tolerance design, New York, McGraw-Hill, 1988,
Tombo 620.0045 R733t BAE.
66
9 - EXERCCIOS
3) O volume preenchido por uma mquina automtica para latas de refrigerantes apresenta-se
normalmente distribudo com uma mdia de 12,4 cm3 e desvio-padro igual a 0,1 cm3.
5) Uma fibra sinttica usada na fabricao de carpetes apresenta tenso de resistncia trao
que normalmente distribuda com mdia igual a 7,55 MPa e desvio-padro igual a 0,35
MPa. Qual a probabilidade de que uma amostra de 6 fibras apresente uma tenso mdia que
exceda 7,575 MPa? Qual seria essa probabilidade se a amostra contivesse 49 fibras?
7) Uma amostra aleatria n1 = 16 foi retirada de uma populao normal com mdia igual a 75
e desvio-padro igual a 8. Uma segunda amostra aleatrio n2 = 9 foi retirada de uma outra
populao normal com mdia 70 e desvio-padro igual a 12. Determine:
9) O dimetro de uma esfera de rolamento foi medido por doze inspetores, cada um deles
usando dois tipos diferentes de calibres. Os resultados obtidos foram
1 2,65 2,64
2 2,65 2,65
3 2,66 2,64
4 2,67 2,66
5 2,67 2,67
6 2,65 2,68
7 2,67 2,64
8 2,67 2,65
9 2,65 2,65
10 2,68 2,67
11 2,68 2,68
12 2,65 2,69
68
Usando = 0,05, defina se existe uma diferena significativa entre as mdias das
populaes representadas pelas duas amostras.
10) A tenso limite de resistncia de uma liga metlica deve ser no mnimo igual a 150 MPa.
Estudos prvios indicaram que o desvio padro da tenso igual a 3 MPa. Uma amostra
aleatria de 10 corpos-de-prova foi ensaiada e a tenso mdia observada foi de 148 MPa.
Considerando um valor de = 0,05, pode-se considerar aceitvel a liga analisada? Qual o
intervalo de confiana para uma porcentagem de 95%?
11) Estabelea um teste para verificar se a modificao das condies de tratamento trmico
de uma dada pea metlica acarreta melhoria de sua resistncia mecnica.
14) Uma pequena amostra (n<20) de medidas para determinao do coeficiente de arrasto
CD de uma asa esto mostrados abaixo:
69
0,043 0,052 0,050 0,049 0,053 0,055 0,047 0,046 0,049 0,051
15) Numa tecelagem h um grande nmero de teares. Supe-se que cada tear apresente a
mesma produo de tecido por minuto. Para investigar essa hiptese, cinco teares foram
escolhidos aleatoriamente e suas produes medidas em ocasies diferentes, obtendo-se os
seguintes dados:
16) Vrios fornos de uma forjaria so usados para aquecimento de tarugos. Supe-se que
todos os fornos operam na mesma temperatura, embora suspeite-se que isso no ocorra na
prtica. Trs fornos foram selecionados aleatoriamente e suas temperaturas foram medidas
em aquecimentos sucessivos, fornecendo os seguintes resultados:
Forno Temperatura
1 491,50 498,30 498,10 493,50 493,60
2 488,50 484,65 479,80 477,35
3 490,10 484,80 488,25 473,00 471,85 478,65
70
a) Existe uma variao significativa de temperatura entre os fornos?
b) Estime os componentes de varincia para esse modelo.
a a
17) Mostre que a varincia da combinao linear ci yi . 2
nici2 .
i 1 i 1
18) Uma varivel aleatria que apresenta-se normalmente distribuda, tem mdia
desconhecida e varincia conhecida igual a 2 = 9. Determine o tamanho de amostra
necessrio para obter-se um intervalo com 95% de confiana para a mdia, sendo que o
comprimento total desse intervalo deve ser igual a 1,0.
19) Duas mquinas so usadas para preencher garrafas com um volume lquido de 160 ml. Os
processos de preenchimento so assumidos como normais, com desvio padro de 0,15 para a
primeira mquina e 0,18 para a segunda. A engenharia de qualidade suspeita que ambas
mquinas preenchem o mesmo volume lquido, mesmo que esse volume no seja igual a 160
ml.
Uma amostra aleatria foi tomada para cada mquina, obtendo-se:
Mquina 1 Mquina 2
160,3 160,1 160,2 160,3
160,4 159,6 159,7 160,4
160,5 159,8 159,6 160,2
160,5 160,2 160,1 160,1
160,2 159,9 159,9 160,0
20) Dois tipos de plsticos so aplicados para uso na fabricao de calculadoras. A tenso
limite de resistncia importante para essa aplicao. Sabe-se que os desvios-padro so
iguais para os dois plsticos ( 1 = 2 = 1,0 MPa). A partir de amostras aleatrias com n1 =
10 e n2 = 12, obteve-se y1 165,2 MPa e y 2 155,0 MPa. O fabricante no ir adotar o
plstico nmero 1 a no ser que seu limite de resistncia seja superior ao do plstico 2 em
pelo menos 10 MPa. Baseado nas informaes das amostras, eles devem usar o plstico 1?
Construa um intervalo de 99% de confiana para a mdia da tenso limite de resistncia.
71
21) Um artigo do Journal of Strain Analysis (vol. 18, no.2, 1.983), compara diversos
procedimentos para prever a tenso limite de cisalhamento de um dado componente metlico.
Foram obtidos dados experimentais para nove diferentes componentes, utilizando dois dos
procedimentos, como segue:
O procedimento empregado influi nos resultados da tenso limite? (Use a tcnica de
comparao por pares - blocos).
H0 : 1 2
H0 : 1 2
72
a) O tipo de recobrimento afeta a condutividade? Use = 0,05.
b) Estime a mdia geral e os efeitos dos tratamentos.
c) Determine o intervalo de confiana de 95% ao estimar a mdia do tipo de
recobrimento nmero 4.
d) Assumindo que o tipo 4 est atualmente em uso, quais suas recomendaes para o
fabricante que deseja reduzir a condutividade?
24) Discuta as situaes que mais se adequam ao uso dos seguintes planejamentos
experimentais:
a) totalmente aleatorizado
b) aleatorizado por blocos
c) aleatorizado por nveis
25) Dois catalisadores foram analisados para determinar como afetam um determinado
processo.
Atualmente, o catalisador nmero 1 est em uso. O catalisador 2, mais barato, poder
ser adotado se no apresentar diferenas significativas em relao ao nmero 1. Considerando
os resultados a seguir:
1 91,5 89,2
2 94,2 91,0
3 95,4 93,2
4 91,8 97,2
5 89,1 --
26) Dois diferentes ensaios analticos podem ser empregados para determinar o nvel de
impurezas em aos ligados. Seis corpos-de-prova foram ensaiados usando ambos
procedimentos, sendo os resultados mostrados a seguir:
73
Corpo-de-prova Procedimento nmero 1 Procedimento nmero 2
1 1,2 1,4
2 1,3 1,7
3 1,5 1,5
4 1,4 1,3
5 1,7 2,0
6 1,8 2,1
Qual o erro aceito para afirmar-se que ambos procedimentos oferecem resultados iguais?
27) Ensaios foram realizados para determinar se a temperatura de queima afeta a densidade
de um tipo de tijolo refratrio. Foram definidas quatro temperaturas de ensaio e os resultados
so mostrados a seguir:
Temperatura Densidade
( C)
100 21,8 21,5 21,7 21,6 21,7
125 21,7 21,4 21,5 21,6 --
150 21,9 21,9 21,8 21,5 21,6
74
Ambiente
Ar gua Sal e gua
2.29 2.06 1.90
2.47 2.05 1.93
10 2.48 2.23 1.75
2.12 2.03 2.06
2.65 3.20 3.10
Freqncia 2.68 3.18 3.24
1 2.06 3.96 3.98
2.38 3.64 3.24
2.24 11.00 9.96
2.71 11.00 10.01
0.1 2.81 9.06 9.36
2.08 11.30 10.40
75
Carro
Aditivo 1 2 3 4 5
1 17 14 13 12
2 14 14 13 10
3 12 13 12 9
4 13 11 11 12
5 11 12 10 8
32) Num processo qumico estudado, h duas variveis mais importantes: a presso e a
temperatura. Trs nveis de cada um desses fatores so selecionados, e um planejamento
fatorial com duas rplicas foi realizado. Os dados so apresentados a seguir. Pede-se para
analisar os dados e concluir sob que condies operaria o processo.
Presso
33) Johnson e Leone (Statistics and Experimental Design in Eng. and Phis. Sciences, Wiley,
1.977) descrevem um experimento para investigar o empenamento de chapas de cobre. Os
dois fatores estudados foram a temperatura e a composio das chapas. A varivel de resposta
medida foi o grau de empenamento, como segue com duas rplicas para cada combinao:
Temperatura 40 60 80 100
50 17 20 16 21 24 22 28 27
75 12 9 18 13 17 12 27 31
100 16 12 18 21 25 23 30 23
125 21 17 23 21 23 22 29 31
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34) Quais informaes voc exigiria que constassem das especificaes tcnicas de um
instrumento para pesquisa cientfica? Justifique sua resposta.
35) Um artigo da American Industrial Hygiene Association Journal (vol. 37, 1.976, pp.
418-422) descreve um teste utilizado para detectar a presena de impurezas em amostras
retiradas de quatro operrios. Comparou-se a influncia do procedimento de teste, a partir de
ensaios realizados por um estagirio, por um tcnico e no laboratrio. Os resultados de
concentrao de impurezas em ppm so mostrados a seguir:
Operrio
Teste 1 2 3 4
Estagirio 0.05 0.05 0.04 0.15
Tcnico 0.05 0.05 0.04 0.17
Laboratrio 0.04 0.04 0.03 0.10
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38) Um processo qumico foi avaliado usando cinco bateladas de matria-prima, cinco
concentraes de cido, cinco tempos de permanncia (A, B, C, D, E) e cinco concentraes
de catalisador ( , , , , ), obtendo os seguintes resultados:
Concentrao de cido
Matria-prima 1 2 3 4 5
1 A = 26 B = 16 C = 19 D = 16 E = 13
2 B = 18 C = 21 D = 18 E = 11 A = 21
3 C = 20 D = 12 E = 16 A = 25 B = 13
4 D = 15 E = 15 A = 22 B = 14 C = 17
5 E = 10 A = 24 B = 17 C = 17 D = 14
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9 - ANLISE DE UM ARTIGO CIENTFICO CONSIDERANDO O PLANEJAMENTO
EXPERIMENTAL E A ANLISE DOS RESULTADOS
6) Qual foi o mtodo estatstico empregado? Foi realizado algum teste estatstico? Qual?
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