Trabalho Processo Tributário - Oficial
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Trabalho Processo Tributário - Oficial
Teresina-PI
2017.
SUMRIO
1 CONSIDERAES INICIAIS.
COSIDERAES FINAIS
REFERENCIAS
1 CONSIDERAES INICIAIS.
O presente trabalho tem por objetivo principal analisar o processo judicial tributrio
como um todo, abordando diversos aspectos inerentes s suas caractersticas gerais coincidentes
com outros ramos do Direito e tambm aquelas especficas desta rea, de modo a construir um
entendimento maior a respeito deste tpico. Para isso, sero verificados os mais destacados
direitos, garantias e princpios inerentes ao processo judicial tributrio, tratando cada um deles
de forma explicativa e exemplificativa.
O estudo ser continuado tratando das formas de aes existentes dentro dessa espcie
processual, bem como dos tipos de execuo do mesmo. Antes de abordar os princpios
peculiares ao processo judicial aplicados em matria tributria, o primeiro debate ser destinado
anlise dos princpios processuais constitucionais, uma vez que estes, por possurem carga
hierrquica superior, se sobrepem aos demais princpios do sistema jurdico, mesmo porque
no raro os constitucionais, por serem um dos pilares do nosso ordenamento jurdico,
influenciam os demais.
Todos os meios de prova lcitos so aceitveis no processo judicial tributrio, visto que
as partes podem alegar tudo que seja til sua defesa. As principais aes que partem de
iniciativa do sujeito passivo da obrigao tributria so: ao anulatria de dbito tributrio,
ao declaratria, ao de consignao em pagamento, mandado de segurana e a ao de
repetio de indbito.
Outros princpios constitucionais gerais aplicados ao processo judicial tributrio sero
abordados a seguir. O princpio do devido processo legal, que est previsto no art. 5, LIV da
CF/88 e aduz que ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal. Essa funo de preservar direitos e garantias, se torna efetiva na medida em que o devido
processo legal no possui carter apenas de direito pblico subjetivo (das partes), mas assume
importncia como medida que legitima o prprio exerccio da jurisdio.
Para que o processo seja devido e justo, ele deve respeitar as normas do sistema
jurdico, garantindo-se s partes tratamento igualitrio, bem como o respeito ao princpio do
contraditrio e a ampla defesa, que esto previstos no art. 5, LV, da CF/1988 e dispe que aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o
contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. No mbito do direito
tributrio, o princpio hora tratado exerce forte influncia nem sempre notadas
Ela pode ser proposta tanto na forma positiva, para que seja reconhecida uma iseno
ou anistia, quanto na forma negativa, para no pagar o tributo, em razo de violao a um direito
(ilegalidade ou inconstitucionalidade). O rito a ser seguido o ordinrio e o artigo que a
fundamenta o art. 4, I, CPC, e pode ser cumulada com a ao de repetio do indbito
tributrio.
A tutela antecipada pode (e deve) ser pedida. No somente nesta ao, mas na maioria,
para impedir a exao indevida. Especificamente, na ao declaratria, se o cliente estiver na
iminncia de sofrer o lanamento ou qualquer ato lesivo, devido a relao que visar declarar
inexistente, poder requerer a antecipao dos efeitos da tutela jurisdicional. Ter, obviamente,
apresentar os requisitos do art. 273, do CPC, fumus boni juris e o periculum in mora alm da
no irreversibilidade do pedido.
Por fim, conclui-se ser amplamente favorvel a doutrina, assim como a jurisprudncia,
sobre a possibilidade da concesso da tutela antecipada na Ao Anulatria de Dbito Fiscal,
ainda que independentemente de depsito integral do crdito tributrio, desde que presentes os
requisitos legais.
5 MANDADO DE SEGURAN NO DIREITO TRIBUTRIO
O contribuinte tem no Mandado de Segurana uma excelente ferramenta da qual faz uso
para arredar procedimentos ilegais da tributao, vigiando de perto a legalidade e a
constitucionalidade do tributo exigido, bem como dos atos posteriores de membros da
administrao fazendria. Em matria tributria, o Mandado de Segurana muito requisitado
pelo contribuinte, mais incidentemente na forma preventiva, quando se debate a respeito da
ilegalidade ou inconstitucionalidade de determinadas regras que visam a exigncia ou
majorao de tributos, indevidamente, donde o que se pretende a no obrigao do
contribuinte a um pagamento de exao por vias imprprias e ao arrepio da lei.
Ento, como visto, o Mandado de Segurana, por ato comissivo ou omissivo do coator,
pode ser declarado preventivo quando da ameaa de leso e repressivo quando da efetiva leso.
O impetrante, titular do direito no Mandado de Segurana, pode ser individual (pessoa fsica,
pessoa jurdica, rgo pblico) ou coletivo (partido poltico com representao no Congresso
Nacional; organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em
funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados) ou ainda de parte do Ministrio Pblico, em nome prprio ou em nome daqueles
cujos interesses sociais, por fora da funo que exerce, cumpre-lhe defender.
Observe-se que h exceo no caso de contribuinte, posto que este considerado pelo
STJ e pelo STF, individualizado e disponvel e no se confunde com os interesses dos
consumidores, que so coletivos.
Nesse sentido, a Lei Complementar 104/2001 que acrescentou o inciso V ao artigo 151
do Cdigo Tributrio Nacional, evidenciando que tambm a concesso de liminar e de
antecipao de tutela em outras aes e no apenas em Mandado de Segurana diligencia a
suspenso da exigibilidade do crdito tributrio.
A tutela preventiva, por seu turno, aquela que se opera antes, com a finalidade de evitar
que seja concretizada a ameaa de leso a um direito, tendo em vista que seria incuo um
sistema jurdico que de um lado assegura direitos fundamentais, mas, de outro, no detm
instrumentos eficazes que os ponham a saldo de qualquer ameaa, o que certamente impediria
o acesso eficaz e efetivo Justia.
Esta tese j foi acolhida pelo Tribunal Regional Federal da 5a. Regio, em julgado cuja
ementa diz:
Com esse entendimento, muito difcil conseguir argumentar algo em sentido contrrio
pois so estes Tribunais que decidem em ltima instncia matrias constitucionais e causas
relativas a Lei Federal, respectivamente. E, apesar de no existir smula vinculante, tanto
mais fcil para os Magistrados quanto para os demais juristas, seguirem tal posicionamento
deixando de analisar seu fundamento.
5 CONSIDERAES FINAIS
BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional.
7. ed. So Paulo: Saraiva, 2012.
THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil - Vol. I, II, III e IV - 53.
Ed. So Paulo: Editora Forense. 2012.