História Da Igreja Cristã, Williston Walker
História Da Igreja Cristã, Williston Walker
História Da Igreja Cristã, Williston Walker
Z5 walker
o
Edio Especial
Volumes I e II
2- edio
Todos os direitos reservados. Copyright 1967 da ASTE
para a lngua portuguesa. Edio da JUERP mediante con-
vnio com a ASTE ,
270.02
Wal-his Walker, Williston
Historia da Igreja Crist Texto revisto por Cyril C
Richaidson, Wllhelm Pauck e Robert T. Handy, Traduo de
L>. Glnio Vergara dos Santos e N. Duval da Silva edio.
Rio de Janeiro e So Paulo, JUERP/ASTE, 1980
2 vols
CDD 270.02
VOLUME 1
Perodo Primeiro
Perodo Segundo
DA CRISE GNSTICA A C O N ST A N TI NO 79
1 O gnostieismo, 80
2 Marco, 84
3 O inontanismo,'' 86
4 A Igreja Catlica, 88
5 A importncia crescente de Roma, 93
6 Irineu, 96
7 Tertuliano e Cipriano, 08
8 Vitria da cristo! ogia do Logos no Ocidente, 103
9 A escola de Alexandria, 109
10 Igreja e Estado entre 180 e 260, 117
11 Desenvolvimento constitucional da Igreja, 121
12 O culto pblico e o calendrio eclesistico, 126
13 O batismo, 328
14 A Ceia do Senhor, 133
15 Perdo de pecados, 136
1G A composio da Igreja e o duplo padro de moralidade 140
17 Repouso e crescimento (260-303), 143
18 Foras religiosas rivais, 146
19 A luta final, 148
Perodo Terceiro
Perodo Quarto
Perodo Quinto
1 Cruzadas, 310
2 Novos movimentos religiosos, 318
3 Seitas antieelesistieas. Ctaros e valdenses A
inquisio. 322
4 Dominicanos e raneiseanos, 328
5 Incio da escolstiea, 335
6 As universidades, 34]
7 Alto escolasticismo e sua teologia, 313
8 Msticos, 354
9 Misses e derrotas, 3<8
10 Papado: apogeu e declnio, 300
11 O papado em Avinho, crtica Cisma, 368
12 Wyclif e Huss, 374
13 Concilio reformadores, 383
14 A Renascena italiana e seus papas, 390
15 Novas foras nacionais, .397
16 A Renascena e outras influncias ao norte dos Alpes, 403*
PREFCIO EDIO BRASILEIRA
A. S
PREFCIO DOS RRVISORES
Oyril C Kieliardsoir
Wilhelm Pauck
Robert T. Handy
SITUAO GERAL
vain a controlar suas aes, para o bem ou paia o mal. Grande parte
da humanidade caracterizava-se por um profundo sentido de indigni-
dade, ou de insatisfao com as condies da existncia. As formas
variadas de manifestao de sentimento religioso eram indcios da
necessidade de estabelecer melhores relaes com o espiritual e o in-
visvel, e da nsia generalizada por um socorro maior que o que os
homens podiam prestar uns aos outros.
Alm desses conceitos gerais comuns religio popular, o
mundo a que se dirigiu o cristianismo devia muito influncia es-
pecfica do pensamento grego., As idias ketnicas dominavam a in-
teligncia do Imprio Romano, mas sua influncia estendia-se to-
somente s camadas mais cultas da populao. A reflexo filosfica
dos gregos ocupou-se inicialmente com a explicao do universo f-
sico. Porm7 com Herclito de feso (cerca de 490 a.O ..), embora tudo
seja ainda considerado, em certo sentido, fsico, o universo, que est
num contnuo fluir, passa a ser considerado como formado por um
elemento gneo, a razo que penetra em todas as coisas, da qual a
alma do homem parte. A est, provavelmente, ainda que em ger-
me, o conceito de Logos, de grande importncia no pensamento grego
subseqente e na teologia crist No entanto, no sc fazia distino
entre esse elemento que d forma s coisas, e o calor ou fogo natu-
rais. Anaxgoras de Atenas (cerca de 500-428 a.C.) ensinava que
uma mente {nous) modeladora age na disposio da matria e
independente dela. Os pitagricos, na Itlia meridional, afirmavam
que o esprito material e que as almas so espritos decados e apri-
sionados em corpos materiais. Parecem ter sido levados a essa cren-
a na existncia imaterial mediante a considerao das propriedades
dos nmeros, verdades permanentes pertencentes a um mbito si-
tuado alm do da matr ia, e impossveis de serem discernidos material-
mente .
Para Scrates (470?-399 a. C , ) , o objeto primeiro do pen
samento a explicao do prprio homem, e no a do universo O
tpico de investigao mais importante a conduta do homem, isto
, a moral. A ao reta baseia-se no conhecimento, e o seu resultado
so as quatro virtudes, isto , prudncia, coragem, autocontrole e
justia, as quais, sob a forma de "virtudes naturais", viriam a
ocupar lugar proeminente na teologia crist medieval A identifi-
cao da virtude com o conhecimento, vale dizer, a doutrina de que
o conhecer leva necessariamente ao agir, transformo use num lega-
DO INCIO CKISE GNS'1'ICA 17
ANTECEDENTES JUDAICOS
1 J o o 7.49.
2 A t o s 23.6.
30 HISTRIA DA IGHK.A CRIST
3 Lucas 1 , 4 6 - 5 5 ; 68-79.
32 HISTRIA DA IGHK.A CRIST
4 Provrbios 3 . 1 9 ; 8; Salmos 33 6
DO INCIO CRISE GNS1CA 33
JESUS E OS DISCPULOS
.Taas que nela havia, a Galilia era fiei religio e s tradies he-
braicas, A populao, vigorosa e altiva, estava imbuda de intensa
esperana messinica. Ali Jesus chegou idade adulta, sem que te
nharnos um registro das experincias por ele vividas na infncia e
moeidade, A julgar, porm, pelo seu ministrio posterior, devem ter
sido anos de profunda penetrao espiritual e de "graa diante de
Deus e dos homens".
A pregao de Joo Batista o afastou da vida calma que le-
vava. Por ele foi batizado no Jordo,. Junto com o batismo veio lhe
a convico de que era designado por Deus para desempenhar papel
especfico no reino iminente a ser- instaurado pelo Filho do Homem,
personagem celestial que viria nas nuvens do cu. Saber se Jesus se
considerava efetivamente o Messias eis um problema muito deba-
tido . Seja corno for, a histria da tentao d a entender a rejeio
da idia de Messias colocada nos termos das expectativas judaicas
popular es e a r ecusa a ser vir se de mtodos polticos e egocntricos
O reino significa o governo por parte de Deus, iniciado por .Ele
mesmo, e no inaugurado pela subverso do governo romano.. o
reino dos puros de corao que reconhecem sua pecaminosidade, arre-
pendem-se e aceitam a exigncia radical do amor e as reivindicaes
do seu Pai celestial .
Depois do seu batismo, Jesus imediatamente comeou a pregar
o reino e a curar os atribulados na Galilia, grarrjeaudo desde logo
grande nmero de seguidores dentre o povo,. Reuniu ao redor de
si uni grupo pequeno de companheiros mais ntimos, os apstolos,
e ura outro, maior, de discpulos menos chegados. No possvel
dizer, ao certo, por quanto tempo se estendeu o seu ministrio.
possvel que sua durao tenha sido de um a trs anos. A oposio
a ele comeou a fazer-se sentir to logo se tornou evidente a natu-
reza espiritual da sua mensagem e clara a sua hostilidade ao farisas-
mo da poca Muitos dos seus primeiros seguidores se afastaram.
Dirigiu-se ento para o norte, na direo de Tiro e Sidom, e depois
para a regio da Cesaria de Filipe, onde os Evangelhos registram
o reconhecimento da sua misso messinica pelos discpulos. Jesus
julgava, porm, que devia pregar em Jerusalm, qualquer que fosse
c risco que isso acarretasse.. Munido de coragem herica, para l se
dirigiu, defrontando-se com hostilidade crescente., E l foi preso e
crucificado, provavelmente no ano 29 e comprovadamenfe sob o go-
verno de Pncio Pilatos (26 d C,-36). Seus discpulos se dispersa-
DO INCIO CIUSE G N STIC A 37
ram, para logo depois reunir-se outra vez, com redobrada coragem,
na alegre convico de que ele ainda vivia, tendo ressurgido dentre
os mortos. Tal foi, cm linhas muito gerais, a histria da vida da-
quele que mais profundamente influenciou a histria do mundo.
No ensino de Jesus, o reino de Deus subentende o reconhecimen-
to da soberania e paternidade de Deus.. Ns somos filhos seus, razo
por que devemos am-lo e ao nosso prximo. 3 Prximo todo aquele
a quem podemos ajudar 4 No o que fazemos agora, preciso,
portanto, que nos arrependamos, contrastados pelo nosso pecado, e
nos volvamos' para Deus. Essa, atitude de contrio e confiana (ar-
rependimento e f) acompanhada do perdo de Deus 5 O padro
tico do reino o mais elevado que se possa conceber.. ''Portanto,
sede vs perfeitos como perfeito o vosso Pai celeste".4' Implica em
atitude absolutamente enrgica em relao ao eu,7 e ilimitada dispo-
sio do perdoar em relao aos outros 8 O perdoai' aos outros con-
dio necessria para que Deus nos perdoe 9 H dois caminhos que
podemos seguir na vida: um largo e fcil, o outro estreito e rduo,
levando ou a um futuro abenoado, ou destruio 10 A atitude de
Jesus, tal como a de sua poca, era fortemente eseatolgica, Sentia
ele que, embora comeasse agora,11 o reino se manifestaria com poder
muito maior no futuro prximo O fim da presente poca no pare-
cia muito distante.12
No h dvida de que muitos desses pronunciamentos e idias
encontram paralelo no pensamento religioso da poca. Seu efeito
global, porm, foi revolucionrio. "Ele os ensinava como quem tem
autoridade, e no como os escribas".13 Jesus podia dizer que o menor
dos seus discpulos era maior do que Joo Batista14 e que o cu e a
terra passariam, mas no as suas palavras.15 Chamava a si os cansa-
dos e oferecia-lhes alivio 1G Aos que o confessassem, diante dos homens
prometia que haveria de confess-los diante de seu Pai. 17 Declarava
que ningum conhece o Pai seno o Filho e aquele a quem o Filho o
quisesse revelar 18 Proclamava-se senhor do sbado19 e o sbado era
o que, no pensamento popular, havia de mais sagrado na ler dada
por Deus ao povo judaico. Afirmava que tinha autoridade para pro-
1 Atos 2.46
2 Atos 2 44.
do incio cillsl gnstica 41
3 A t o s 6.1-6.
4 A t o s 14.23
5 Aios 1 6 .
6 Atos 3.21.
7 A t o s 2 37, 38,
42 histria da igreja crisi
8 Gaiatas 1 . 1 9 ; 2 9; A t o s 21 18.
DO INCIO O U S E GNSTCCA 43
9 Gaiatas 2.12-16.
PAULO E O CRISTIANISMO GENTLICO
quem vive, mas Cristo vive em mim'7.1 Fora-se o antigo legal isrno,
e com ele o conceito do valor da lei, Para Paulo, de ora em diante,
- nova vida consistia em servio consagrado ao Senhor exaltado, que
era tambm o Cristo presente no seu ntimo. Sentia-se preso de
grande intimidade com o Cristo ressurreto. Deus, o homem, o pe-
cado e o mundo eram agora banhados em nova luz. Seu maior desejo
era fazer a vontade de Cristo. Era seu tudo o que Cristo- tinha
conquistado. " S e algum est em Cristo, nova criatura: as coisas
antigas j passaram; eis que se fizeram novas' ,2
Numa natureza ardente como a de Paulo, tal transformao ma-
nifestava-se imediatamente em termos de ao. Pouco se sabe do
que sucedeu nos anos seguintes de sua vida Foi primeiro para a
Arbia na nomenclatura da poca, uma regio no necessariamente
muito ao sul de Damasco. Pregou naquela cidade.. Trs anos aps
sua converso, visitou rapidamente Jerusalm, esteve com Pedro e
com Tiago, o "irmo do Senhor". Durante anos trabalhou na Sria
e na Cilrcia, enfrentando perigos, sofrimentos e fraqueza fsica
No sabemos muito a respeito das circunstncias em (pie se desen-
volveu seu ministrio.. No poderia ter; deixado de pregar aos gerrtios.
E, com a crescente importncia da congregao mista de Antioquia,
era natural que fosse procurado por Barrrab, corno algum cuja
opinio poderia ser til para a resoluo do problema pendente,
Barnab, que tinha sido enviado de Jerusalm, trouxe-o de Tarso
para Antioquia, provavelmente no ano 46 ou 47 Antioquia havia-se
tornado ponto focai importante da atividade crist. Em obedincia
ordem divina segundo cria a congregao antioquiana Paulo
e Barnab da partiram em viagem missionria que os levou a Chipre,
Perga, Antioquia da Pisdia, Icnio, Listra e Derbe. Foi essa a
assim chamada primeira viagem missionria, descrita nos captulos
13 e 14 do livro de Atos. Ao que parece, esse foi o esforo evan-
gelstieo mais frutfero na histria da Igreja.. Como resultado, esta-
beleceu-se um grupo de congregaes no Sul da sia Menor, s
quais Paulo rnais tarde se dirigiria pelo nome de igrejas da Galcia,
Muitos estudiosos, porm, colocam as igrejas da Galcia em regies
mais ao norte e ao centro da sia Menor, que, segundo os documentos,
no foram visitadas por Paulo.
O crescimento da Igreja ern Antioquia e o estabelecimento de
congregaes mistas em Chipre e na Galcia fez com que assumisse
1 Glatas 2 20
2 2 Corntios 5 17
3 Alguns incidentes so enumerados ein 2 Co 11 c 12
DO INCIO CKISE GNS'1'ICA 47
4 Atos 1 5 . 1 .
5 Gaiatas 2 1 1 0 .
r Gaiatas 2 11-16
7 A t o s 15 6 2 9 .
8 A t o s 15 36-40..
48 HISTRIA DA IGHK.A CRIST
9 2 Corntios 1 . 8
DO INCIO CRI.SK GNSTICA 49
10 V. pp 58-59.
11 Romanos 8 2, 5, 13
12 Romanos 5 12 19.
13 Romanos 8 1 5 1 7 ; 1 Corntios 15.45.
50 HISTRIA DA IGHK.A CRIST
3 1 Corntios 1.26-28.
4 Atos 16 14.
5 7 Clemente, 1; Apocalipse 2 10, 13; 7,13, 14
6 T i a g o 1 . 2 5 ; 2 14-26
54 HISTRIA DA IGHK.A CRIST
A INTERPRETAO DE JESUS
1 Atos 3 21
2 Atos 3.18
o isaas 53.5
4 Atos 3 13 2 6 ; 4.27, 30.
5 Atos 2.32, 33; 4 10. 12
(> / Clemente, 16
56 HISlIUA DA IGREJA CRIST
34 Aos Efsios, 1
35 Aos Esmirneus, 1
36 Avs 1 rabanos, 9.
37 Aos Efsios, 20.
38 Aos Ejsios, 19, 20
61
1 V. p 44.
2 1 Co 16 15, 16.
3 1 Co 12,4-11, 28-30; 14.26-33.
4 1 Co 12 28.
5 G1 1 1, 11-16; 1 Co 14 18.
66 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
11 I Clemente, 42, 44
12 Vises, 2:4..
13 Similitude s, 9:26, 27
68 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
14 Didaqu, 15 V A y e r , op cit., p 41
15 I Clemente, 4 4 . . V . A y e r , op. cit , p 37
16 Aos Romanos, 2.
17 Aos Esmirneus, 8.
18 V Aos Filadelfos, 7, em que Incio declara que por inspirao carismtica
e no por ter conhecimento de divises que declara: " N a d a faais sem
o bispo".
DO INCIO CRISE GNSTICA 69
19 At 20 17-25
20 Didaqu, 13.
21 / Clemente, 42, 44, V Ayer, op cit., p 36, 37
10
RELAES ENTRE O CRISTIANISMO
E O IMPRIO ROM ANO
1 At 18,14-16.
2 Plnio, Cartas, 10:97. V. A y c r , op. cit., p 22
DO INCIO CRISE GNSTICA 71
OS APOLOGISTAS
2 Apologia, 12.
3 Idem, 46. V. A y e r , op.. cit,, p 72
4 Idem, 32.
DO INCIO CRISE GNSIICA 75
ij
! :
m
PERODO SEGUNDO
3 1 Co 2.6.
4 Rm 8 . 2 2 - 2 5 ; 1 Co 15 50..
5 Cl 2 . 1 5 ; E f 6 12
6 1 C o 15.47
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! INO 81
O MONTANISMO
A IGREJA CATLICA
10 Carta de Barnab, 4.
11 A os Filipen se s, 12.
12 II Clemente, 2:4.
13 Apologia, 66, 67
14 V. A y e r , op. cit... pp 117120
90 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
5 V Hermes, Vises, 2 . 4 3.
6 Eusbi, Histria Eclesistica, 5 24.16, 17, V . Ayer, op at , p 164
DA CIUSE GNOSTICA A CONSXANIINO 93
IRINILJ
i V . p. 89-
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! INO 95
TERTJTANO E CIPRIANO
8 Da Alma, 41.
9 Idem, 21.
10 Do Batismo, 10
11 Da Pacincia, 1.
12 Leitfaden zum Sludhim der Dogmcngeschichte, p 161
13 Do Arrependimento, 2, 9
14 Contra Prxeas, 2
15 Idem, 12.
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! I N O 99
a poro que cada bispo tem dada ao todo para a sua inteireza'7.21
Esta ltima frase refere-se a uma controvrsia ainda hoje existente,
sobre se Cipriano considerava todos os bispos participantes, em igual
medida, de uma autoridade episcopal comum, que era possuda indi-
vidualmente e por todos, ou se afirmava a superioridade do bispo
de Roma. certo que citava Mateus 16.18, 19.25 Considerava Pedro
o bispo tpico,, Referia-se a Roma como "a Igreja principal, de
onde se origina a unidade do sacerdcio".20 Para ele, Roma era
claramente a igreja mais eminente em dignidade, mas isso no sig-
nificava que estivesse disposto a admitir a autoridade do bispo de
Roma sobre os outros, em matria de jurisdio, ou a consider-lo
mais do que primeiro entre iguais (primus inter pares).
Voltaremos a fazer referncia importncia de Cipriano, no
desenvolvimento da doutrina de que a Ceia do Senhor um sacri-
fcio oferecido a Deus pelo sacerdote. Sua concepo da vida crist,
como a de Tertuliano, era asctica, O martrio comparado se-
mente que d fruto a cento por um; o celibato voluntrio, que
X>roduz sessenta por um..27
1 Contra Prxeas, 3
102 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
4 Cartas, 72-73:4
S Tiiplito, Homlia sobre a Heresia <ie Noeto, 1 V .Ayer, op. cit , p 177-
6 Contra Prxeas, 1 V A y e r , op cit., p 179
104 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
rador dos apstolos. Mas o mesmo e nico Deus que assim aparece
nessas relaes sucessivas e transitrias, exatamente como se pode, a
um mesmo indivduo, atribuir ttulos diferentes segundo os diversos
papis que represente. Embora tenha sido logo excomungado em
Roma, Sablio granjeou numerosos seguidores no Oriente, especial-
mente no Egito e na Lbia. No deixou de influenciar considera-
velmente o desenvolvimento do que viria a ser a cristoiogia ortodoxa.
A identificao absoluta entre Pai, Filho e Esprito Santo, por ele
proposta, foi rejeitada, mas subentendia uma noo de igualdade
que veio, por fim como, por exemplo, 110 caso de Agostinho
a suplantar a idia de subordinao do Filho e do Esprito que ca-
racterizava a cristoiogia do Eogos advogada por Tertuliano e Ata-
nsio.
8 Uem, 9:12
106 HISTRIA I)A IGREJA CRIST
9 Da Trindade, 31.
10 Idem, 27
11 Idem, 11, 24
12 Em Atansio, De Decrelis, 26
106
A ESCOLA DE ALEXANDRIA
1 Pedagogo, 1:7.
2 Slromata, 1:5- V. Ayer, op cit, p 190.
DA CRISE GNSTJCA A CONSTANIINO 109
3 Idem, 1 : 6 .
4 Idem, 7 : 1 0 .
5 Idem, 4 : 2 2 ,
6 Idem, 6 : 9 .
110 H ISTO Kl A 1)A IGREJA CRISTA
10 Idem, ibidem
11 De Principiis, 1 2.4..
12 Contra Celso, 5 : 3 9 .
13 De Principiis, 2 . 9 . 6 .
14 Idem, 1.6.2.
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! I N O 113
1 Apologiat 7
2 Tertuliano, Apologia, 4..
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! INO 117
13 E m 16.1.
14 1 T m 5.9, 10.
15 Didaqu, 1 3 ; Justino, Apologia, 67; Tertuliano, Apologia, 39 Cf. Ayer,
op. cit , pp 35, 41
16 Cartas, 6 5 1 . 1 ,
17 Cipriano, De laps6
123
3 Tertuliario, Corona, 3.
4 Carta da Igreja de Esmima sobre o Martrio de Policarpo. 18; Cipriamv
Cartas, 33-39 3; 3 6 1 2 2
5 Tertuliario, Carona, 3; Monogamia, 10
6 Caria da Igreja de Esmima, citada, 18.
125
O BATISMO
1 Joo 3 . 2 2 ; 4.1, 2.
2 V.. Sclirer, Geschichte des Jdischen Volkes, 2:569-573
3 Atos 2 3 8 ; v. tambm 2 . 4 1 ; 1 Co 12.13.
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! INO 127
pecado,4 porm, mais do que isso, acarretava uma nova relao com
Cristo5 e a participao na sua morte e ressurreio 6 Embora, ao
que parece, Paulo no considerasse o batismo absolutamente neces-
srio salvao,7 seu conceito aproximava-se da noo de iniciao
esposada pelas religies de mistrio Seus conversos em Corinto,
pelo menos, tiniram uma concepo quase mgica do rito, deixando-se
batizar ern lugar de seus amigos j falecidos, a fim de que os be-
nefcios do rito alcanassem a estes 8 Em breve o batismo passou a
ser considerado indispensvel.., O autor do quarto Evangelho atribui
a (Cristo as seguintes palavras: " E m verdade, em verdade te digo:
Quem no nascer da gua e do Esprito no pode entrai: no reino
de Deus". 9 No apndice ao Evangelho segundo So Marcos, o Cristo
r e s s u r r e t o declara: "Quem crer e for batizado ser salvo". 10 Essa
convico tornou-se cada vez mais profunda. Para Hermes (100 140),
o batismo o prprio fundamento da Igreja, a qual est edificada
"sobre as guas". 11 Mesmo para Justino (153), com todo o seu
pendor filosfico, o batismo efetua "a regenerao" e "a iluminao"..12
Na opinio de Tertuliano, ele transmite a prpria vida eterna.!-5
J ao tempo de Hermes14, e de Justino15 era generalizada a
opinio de que o batismo purificava, todos os pecados anteriores.
Tornara-se ele, ento, a exemplo das religies de mistrio, o grande
rito de purificao, iniciao e renascimento para a vida eterna.
Eis por que s podia ser recebido uma vez, O nico substituto
cabvel era o martrio, "que substitui o banhar-se rras guas da pia
batismal, quando este no se deu, e o restaura quando perdido"! 0
Entre os primeiros' discpulos o batismo era, em geral, feito "em o
nome de Jesus Cristo" 1 7 No h meno ao batismo em o nome
da Trindade no Novo Testamento, exceto no mandato atribudo a
Cristo em Mateus 28.19. Esse texto , no entanto, muito antigo.
Nele fundamentam-se o Credo dos Apstolos e o costume registrado
no Didaqu18 e em Justino 19 Os lderes cristos do sculo III con-
tinuaram a reconhecer a forma mais antiga e o batismo em nome
de Cristo era considerado vlido, embora irregular, ao menos em
26 A y e r , op. cit. p 38
27 Cartas, 75 6 9 : 1 2
28 Tertuliauo, Sobre o Batismo, 6 - 8 ; Sobre a Coroa, 3 Com referncia ao
rito romano muito semelhante, consulte-se Hi poli to, Tradio Apostlica.
21-23
29 Sobre o Batismo, 18
30 Aos Lis mime us 8 V Ayer, op, cit, p 42
31 Sobre o Batismo, 17 V A y e r , op cit , p 167.
130 IIISTJRIA DA IGREJA CRIST
32 Sobre o Batismo, 15 .
33 Cipriano, Cartas, 69-76
14
A CEIA 1)0 SENHOR
4 Tradio Apostlica, 4.
5 Contra as Heresias, 4 . 1 8 - 5 . V A y e r , op cit., pp 138, 139.
6 Romanos 12.. 1.
7 I Clemente, 44 V.. A y e r , op cit , p 37
8 Malaquias 1 . 1 1 . V Didaqu, 14.
9 Justino, Dilogo com Trifo, 4 1 ; Irineu, Contra as Heresias, 4 17 5
10 Justino, Apologia, 67. V. A y e r , op cit. p 35 Hiplito, Tradio Apos-
tlica, 28.
DA CHISE GNSTICA A CONSI I IN O .133
PEKDO DE PECADOS
1 1 Joo 1 . 9 .
2 Idem, 5,16.
3 Marcos 3. 28-29.
4 Lucas 12.10..
5 11 . V. Ayer, op. ciL, p 40,
6 Contra Marcio, 4 : 9 .
DA CRISE GNSTICA A CONS I AN ! I N O 135
1 Romanos 1 . 7 ; 1 C o 1 2 ; 2 C o 1 . 1 ; C l 1 2 .
2 P. e x . , 1 Co 5.1-13.
3 Ef 5.27,
4 11 Clemente, 13.
DA CRISE GNSUCA A CONSTAN TINO 139
5 Mi 13.24-30.
6 Hiplito, Refuiaao de Iodas as Heresias, 9:12.
7 Similitudes, 5:2, 3.
8 A Esposa, 2 : 1
9 Comentrio sobre Romanos, 3:3.
10 Mt 19.21.
11 Mt 1 9 . 1 2 ; 2 2 . 3 0 .
12 1 Co 7 8 .
140 IIISTJRIA DA IGREJA CRIST
pridos por todos os eristos, mas conferem mrito especial aos que
os praticam.. Todo o ascetismo cristo primitivo girava em torno
desses dois conceitos, que se tornaram, ao depois, os fundamentos
do monaquismo, quando este veio a surgir, por volta do fim do
sculo III. Partindo da premissa de que o clero devia dar exemplo
particularmente bom, desde a poca sub apostlica no se viam com
bons olhos as segundas npcias 13 Mais do que isso, j no comeo
do sculo III o casamento aps a admisso ao ministrio clerical no
era considerado perrnsslve 11 A. vida de celibato, pobreza e aban-
dono contemplativo das atividades do inundo eram admirados como
corporificao do ideal cristo, e tornaram-se amplamente difundidos,
embora, por enquanto, sem separao do convvio da sociedade Abri-
ra-se, assim, o caminho que levaria ao monaquismo.. Poder-se ia
aduzir que o aspecto mais lamentvel desse duplo ideal estava na
tendncia de desacorooar os esforos do cristo comum
4 Cnon 55.
5 Eusbio, Histria Eclesistica, 7 30 19
DA CRISE G N S I I C A A CONStANTTNO 143
6 V Ayer, p 291
14
DA CONTROVERTA A R I A N A ATE A
MORTE DE CONSTANTINO
mas Deus sem princpio". 1 Para rio, Cristo era, na verdade, Deus
em certo sentido, mas um Deus inferior, de modo algum uno com o
Pai em esscncia ou eternidade. Na eucarnao, esse Logos entrou
em um eorpo liumano, tomando o lugar do esprito racional humano.
No pensamento de rio, por conseguinte, Cristo no era nem perfei-
tamente Deus nem perfeitamente homem, mas um terum quid
intermdio. E isso o que torna totalmente insatisfatria a sua
concepo.
1 De Principiis1 prefcio
2 lomus cid Antiochenos, 3 V A y e r , op cit , p 350
168 IIISTJRIA DA IGREJA CRIST
3 R Seeberg, Text fook of lhe Hiitory of Doerines, trad. ingl , vol I, p 232
170 IIISTJRIA DA IGREJA CRIST
rnido por um tal Crestes, que deu o ttulo de imperador ao seu filho
Rinulo, alcunhado "Augstulo". O exrcito na Itlia era composto
de soldados recrutados principalmente dentre as tribos germnicas
menores, entre as (piais os rgios e hrulos, e exigia agora um tero
da terra, Orestes rechaou a exigncia e o exrcito amotinou-se, em
476, sob a liderana do general germano Odoacro, que foi proclamado
rei, Essa data comumente considerada o fim do imprio romano.
Na realidade, porm, sua significao foi diminuta Rrnulo Augs-
tulo foi deposto. Desde errto no houve nenhum imperador no Oci-
dente at os dias de Carlos Magno., Mas Odoacro e seus contem-
porneos no tinham a mnima idia de que o imprio romano tinha
chegado ao fim. Reinou na Itlia, tal como os visigodos governavam
a Frana meridional e a Espanha, na qualidade de sdito nominal
do imperador romano que ocupava o trono de Constantinopla.
A soberania de Odoacro na Itlia terminou em 493, com a luta
contra os novos invasores germanos, a saber, os ostrogodos, coman-
dados por Teodorico Sob o governo deste novo conquistador ensaiou-
se uma fuso realmente notvel de instituies romanas e germnicas,
Teodorico reinou em sua capita], a (idade de Haveria, at sua morte,
em 526. O reinado ostrogodo na Itlia chegou ao firrr por fora
das longas guerras travadas, entre 535 e 555, durante o reinado de
Justiniano, por Belisrio e Narses, os quais reconquistaram para
o imprio uma Itlia devastada.. Nessa mesma poca (534), resta-
beleceu-se a autoridade imperial na frica do Norte, pondo fim ao
reino dos vndalos. No foi longo, porm, o perodo de paz na
Itlia. Entre 568 e 572, nova invaso germnica, desta feita a dos
lombardos, deu incio a uma hegemonia que havia de durar por
dois sculos. Senhores j do Norte da Itlia, regio a que empres-
taram o nome, os lombardos, no entanto, no conseguiram conquistar
Roma e a parte meridional do pas, nem Ravena, sede do exarcado
imperial, antes do sculo V I II. Roma, por conseguinte, permaneceu
vinculada ao imprio sediado em Constantinopla. Mas a distncia
desta ltima era to grande, e to prximos se encontravam os lom-
bardos, que se tornava praticamente impossvel o controle efetivo
por parte de Constantinopla circunstncia altamente favorvel ao
crescimento do poder poltico do bispo de Roma..
O CRESCIMENTO DO PARADO
O MONAQUJSMO
1 Mateus 19 21.
182 IIISTJRIA DA IGREJA CRIST
meios para certificar nos de sua exatido. Para esse mosteiro Bento
produziu a sua Regra e nele morreu, por volta de 547 O ltimo
acontecimento de sua vida, a respeito do qual dispomos de dados
concretos, foi o seu encontro com o rei ostrogodo fotila. que se deu
em 542.
famosa Regra de Bento 2 evidencia um profundo conhecimento
da natureza humana e o gnio romano para a organizao Concebe
o mosteiro como urna guarnio permanente, autnoma e financei-
ramente emancijrada, de soldados de Cristo. Seu chefe o abade, a
quem se deve obedincia implcita O abade, no entanto, obrigado
a consultar todos os irmos no que diga respeito a questes graves
que a todos atinjam, e os monges mais velhos no que se refira a
problemas de menor importncia.. Ningum pode tornar-se monge
sem ter experimentado a vida do mosteiro durante um ano. Uma
vez admitido, porm, os votos so irrevogveis Para Bento, a ado-
rao indubitavelmente o principal dever do monge Os ofcios
comunitrios dirios ocupam no mnimo quatro horas do dia, divi-
didas em sete perodos. Quase a mesma nfase se d ao trabalho..
"O cio o inimigo da alma". Eis por que prescreve ele o trabalho
manual no campo e a leitura. A leitura deve ocupar um certo
espao de tempo cm cada, dia, variando segundo as estaes do ano.
Durante a Quaresma livros especficos devem ser de leitura obriga-
tria, prevendo-se providncias para que tal seja feito.. Disposies
como essas fizeram, de cada mosteiro beneditino que se propusesse
a um mnimo de fidelidade ao fundador, um centro de trabalho e
possuidor de uma biblioteca. Foi inestimvel o valor- de tais ruedidas
no que diz respeito educao das naes germnicas c preser-
vao da literatura Eram, porm, traos secundrios em c o n t r a o
com o objetivo principal de Bento, a saber, a adorao No geral,
a Regra de Bento caracteriza-se por grande moderao e bom senso
no que tange s exigncias referentes alimentao, ao trabalho e
disciplina. Trata se de urna vida severa, mas de modo algum
impossvel para o homem piedoso comum.,
No sistema beneditino, o rnonaqusmo ocidental primitivo encon-
tra sua melhor expresso. Sua Regra disseminou-se pouco a pouco.
Foi levada pelos missionrios romanos para a Inglaterra e a Ale-
manha. S no sculo YH penetrou na Frana, mas ao tempo de
Carlos Magno j se tornara praticamente universal. Com a Regra
AMBRSIO K CRISSTOMO
5 Idem, p 496
6 Cnon 1
192 HISTRIA DA IGREJA CRISI
7 A y e r , vp cit , pp 498-501.
8 A y e r , op. cit,, p 502.,
9 Idem, ibid
A IGREJA IK) ESTADO IMPERIAL 193
14 V. L o o f s , Nestoriana, p 171
15 A y e r , op. cit , p 507.
16 A y e r , o/>. cit,, p 509,
196 HISTRIA DA IGREJA CRISI
que tenha afirmado ou afirme outra opinio que no essa, seja neste,
seja errr outro qualquer tempo, seja em Caicednia, seja ern qualquer
outro snodo, esse ns anatematizamos", Deixava-se aberta assim a
possibilidade de afirmar que o credo de Caicednia era errneo.. O
resultado no foi a paz, mas maior confuso, Embora muitos morrof-
sitas o aceitassem, os mais extremados seguidores dessa linlia de pen-
samento recusararn-se a levar em considerao o HenoUcon De outro
lado, a s romana, vendo sua ortodoxia e seu prestgio atacados por
esta efetiva rejeio de Caicednia, excomungou Accio e rompeu
relaes com o Oriente. O cisma continuou at 519, quando o Impera-
dor Justino reafirmou a autoridade de Caicednia, em circunstncias
tais que aumentavam o prestgio do papado, 4 mas que, por outro
lado, s ser viram para afastar ainda mais o Egito e a Sria
O sucessor de Justino, o grande Justiniano (527-565), mais do
que qualquer um dos demais imperadores do Oriente, conseguiu
transformar-se ern senhor da Igreja. Seu evidente sucesso no campo
militar restituiu ao Imprio, por algum tempo, o controle da Itlia e
da frica do Norte.. A Igreja tornou-se ento praticamente um de-
partamento do Estado. Mais do que em qualquer outra poca anterior-,
o paganismo foi proibido e perseguido.. Justiniano a princpio mante-
ve-se francamente simptico a Caicednia. Sua imperatriz, Teodora,
porm, tinha tendncias rrronofisitas.. Em breve suspendeu-se a perse-
guio aos monofisitas, que havia caracterizado os primeiros anos do
seu reinado. Sendo ele mesmo um dos telogos mais capazes dessa
poca, Justiniano procurou seguir uma poltica eclesistica que inter-
pretasse o credo de Caicednia, de tal forma que, embora tecnica-
mente preservasse a sua integridade, vedasse o surgimento de
qualquer teoria antioquiana ou "nestorlarra", harmonizando plena-
mente assim o seu significado com a teologia de Cirilo de Alexandria
Por melo desse artifcio, o imperador procurou aplacar os monofisi-
tas e, ao mesmo tempo, satisfazer as exigncias dos orientais em
geral, quer "ortodoxos", quer monofisitas, sem ofendei demais a
Roma e o Ocidente mediante urrra rejeio cabal das decises de
Caicednia. Da o estabelecimento de uma ortodoxia cirilo-calcedo-
niana ter-se transformado no objetivo pretendido por Justiniano.
Tratava-se, evidentemente, de uma tarefa dificlima. No conseguiu
satisfazer os monofisitas em geral. No entanto, foi bem sucedido no
seu esforo de fazer da interpretao ciriliana do credo de Caiced-
nia a nica posio "ortodoxa". Picou permanentemente desacredita-
5 Contra Gtatnm3 14
A IGREJA IK) ESTADO IMPERIAL 205
uma longa carta esclarecedora, como, anos antes, o fizera Leo I com
o seu Tomo Sob os auspcios do imperador, reuniu-se em Constant-
nopla, em 680 e 681, o Sexto Concilio Geral, o qual declarou que
Cristo tem "duas Vontades naturais... no contrrias uma o u t r a . . .
mas sua vontade humana segue, no como se resistisse ou relutasse,
mas antes, como sujeita sua vontade divina e onipotente". Conde-
nou tambm Srgio e outros dentre os seus sucessores no patriarcado
de Constantnopla, Ciro de Alexandria e o Papa Honrioz1 Pela
terceira vez Roma triunfava sobre o Oriente dividido em questes de
definio teolgica. Nieia, Calcednia e Constantnopla foram, todas,
vitrias romanas. Importa reconhecer tambm que a vontade humana
era elemento necessrio completa e perfeita humanidade de Cristo,
sempre defendida pelo Ocidente, junto com a perfeita divindade. A
controvrsia monotelita implicava num problema de espiritualidade,
A vontade, ou "energia", era considerada um atributo da natureza,
e a afirmao da vontade humana de Cristo significava que a huma-
nidade do Salvador dispunha dc liberdade. Essa idia contrariava a
posio monofisita ou monotelita, que, preocupada com a nfase na
unidade da existncia de Cristo, considerava a humanidade um mero
instrumento passivo do Logos. O problema diz respeito a algo que
se encontra no mais profundo da vida crist. Consiste ele em saber-
se se o elemento divino age atravs da vontade humana, ou a suprime.
Tal como definida em Constantnopla, a doutrina eqivalia a uma
concluso lgica extrada da definio de Calcednia. Com essa deci-
so, findavam as controvrsias eristolgicas, no que dizia respeito
decretao de doutrina.
Embora o Sexto Concilio Geral tenha sido, como vimos, uma
vitria ocidental, teve uma espcie de apndice que, em certo sentido,
constituiu-se em derrota para o Ocidente. Tal como o concilio dos
"trs captulos" (553), no promulgou cnones dseiplinares. Para
faz-lo, Justiniano II (685-695, 704-711) convocou um concilio que
se reuniu em Constantnopla, em 692, chamado, segundo a sala aboba-
dada em que se reuniu a mesma que abrigara o concilio de 680 e
681 - Segundo Concilio Trullano ou Concilium Quini-sextum, por
haver completado a obra do quinto e sexto conclios gerais. Estavam
presentes exclusivamente representantes da Igreja Oriental, a qual
ainda hoje o considera como complemento do concilio de 680 e 681,
embora sua validade no seja aceita pela Igreja de Roma. Renova-
ram-se muitos dos antigos cnones, mas muitas das novas deliberaes
contraditavam a prtica do Ocidente. Eiel ao disposto em Calcednia,
5 Idem, pp 673-679,
212 HISTRIA DA IGREJA CRISI
6 Idem, pp 694-697
10
DESENVOLVIMENTO CONSTITUCIONAL DA IGREJA
4 Idem, p 360..
5 Idemt p 283
6 Idam, p 280
216 HISTRIA DA IGREJA CRISI
7 Cartas, 14:5.
A IGREJA IK) ESTADO IMPERIAL 217
8 Atos, 8 , 1 4 1 7
10
O CULTO PBLICO E AS ESTAES SACRAS
1 A g o s t i n h o , Sermes, 159:1.
2 Contra VigiUmcio, 6.
~3 Idem, 7
A IDADE ML; Dl A ATE () F I M DA QUESTO DAS INVESTIDORAS 223
4 Cl 2.18.
5 A t 17.34
224 HISTRIA DA IGREJA CRISI
6 Cariou 7.
7 P e x . , o snodo de Elvira, Canon 36, a D. 305.
8 De Spiritu Sane to, 45
10
10 Idem, 9 10-12.
A IDADE ML; Dl A ATE () F I M DA QUESTO DAS INVESTIDORAS 233
11 De Trinitale, 7 . 6 12,
12 Idem, 4 21 30
13 Idem, 8, prefcio.
14 Idem, ibid.
15 Idem, 5.9-
16 Idem, 10.12,
17 Idem, 9 . 2 .
18 Idem, 15 17 29.
A IDADE ML; Dl A ATE () F I M DA QUESTO DAS INVESTIDORAS 235
19 Hnchiridion, 35
20 Idem, 48.
21 Confissoes, 10 43.
22 De correctio&e el gratia, 33.
23 A Cidade de Deus, 14 26 T r a d u o brasileira dc Oscar Pais Leme; So
P a u l o : Livraria das Amricas, 1961
24 De natura et gratia, 33,
25 Enchiridion, 11.
26 A Cidade de Deus, 1 3 . 2
27 Idem, 14.15.
236 HISTRIA DA IGREJA CRISI
28 Idem, 13.14
29 Romanos 5 12 .De peccalorum merilis et rmissi-one. 1..K) 11.
30 De bono conjwjuU, 1 27..
31 De. gratia Christi et de peccato originali_. 34.
32 Idem, ibid-
33 Enchiridion, 107
34 Idem, 100 V. A y e r , op. cit, p 442,
35 A y e r , op. cit., p 442.
36 De praedeslinalione sanetorum, 3.
37 De correctione et gratia, 3,
A IDADE ML; Dl A ATE () F I M DA QUESTO DAS INVESTIDORAS 237
45 Idem, 2 0 . 9
46 Mas no De baptismo 5 28 ele afirma claramente que "muitos que parecem
estar fora ( d a I g r e j a ) na realidade esto dentro".
10
A CONTROVRSIA I* EL AGI AN A
GREGRIO MAGNO
1 Cartas, 5 20.
2 V. A y e r , op. cit., pp 592, 595
A IO A DE MEDIA AT O F I M DA QUESTO DAS INVESTIDOR AS 249
4 Moralia, 33 21.
5 Idem, 16 51
6 Vises, 3 . 7 .
7 Cartas, 51 55.20
8 Enchiridion, 6 9 ; A Cidade de Deus, 21 26,
9 Dilogos, 4.30
A IDADE MEDIA A I E O FIM DA t.U i.Sf M) DAS INVESIIlH li \S 251
A Idade Media
OS.FRANCOS E O PAPADO
CARLOS MAGNO
A IDADE MEDIA ATE O 1IM 1)A QUESTO DAS INVESTIU URAS 269
i
i
l
i
|
INSTITUIES ECLESISTICAS
MOVIMENTOS DE REKORMA
2 At 8 18-24.
3 Apocalipse 2 6, 14, 15.
A IDADE MDIA ATE F I M DA QIJESTAO DAS INVESIIDURAS 285
HILDEBRANDO E HENRIQUE IV
A IGREJA GREGA
APS A CONTROVRSIA ICONOCLASTA
Fim da Idade Md
( ll / \ 1)AS
1 M t 19 21.
2 M t 10.
3 Provavelmente de Mt 5.3.
F I M I)A IDADE MDIA 323
DOMINICANOS E FRANCISOANOS
2 Mt 10.7-14.
3 Testamento,
330 HISTRIA DA IGREJA CRISI
4 Ap 14.6.
INCIO DA ESCOLSTICA
ainda que concorde com velha opinio crist, no era a do seu tempo,
No era Abelardo menos individual, ainda que decididamente moder-
no, ern seu conceito da expiao, Como Anselmo, negava qualquer
resgate pago ao diabo.. Ao mesmo tempo energicamente recusava a
doutrina da satisfao de Anselmo. Segundo o ponto de vista de
Abelardo, a encamao e a morte de Cristo so a mais alta expresso
do amor de Deus aos homens, e seu efeito despertar em ns o amor.
Ainda que passvel de muitas crticas do ponto de vista de sua poca,
Abelardo foi um esprito profundamente estimulante. Foram poucos
os seus seguidores diretos; grande foi, porm, sua influncia indireta,
e foi de enorme alcance o impulso que deu ao mtodo dialtico na
investigao teolgica.
Uma combinao do uso moderado do mtodo dialtico com inten-
so misticismo neoplatnico se encontra na obra de Hugo de S Vtor
(1097-1141). Alemo de nascimento, sua vida foi serena. A por
1115 ingressou no mosteiro de S Vtor, perto de Paris, onde chegou
a ser diretor de sua escola. Homem pacfico e modesto, de profunda
cultura e piedade, notvel foi sua influncia. Gozou da amizade
ntima de Bernardo. Possivelmente suas obras mais significativas
foram o comentrio da Hierarquia Celestial do Pseudo-Dionsio, o
Areopagita (p 225) e seu tratado Sobre os Mistrios da F (De
saerwmeniis Chnstiane fidei).. De modo verdadeiramente mstico
descreveu o progresso espiritual corno ocorrendo em trs estgios
cogitao, a formao de conceitos atravs dos sentidos; meditao,
investigao intelectual desses conceitos; contemplao, penetrao
intuitiva ern seu sentido mais ntimo. Nesta ltima consiste a verda-
deira viso mstica de Deus e a compreenso dc todas as coisas nJRle,
No sendo um gnio original como Abelardo ou Hugo, mas
homem de grandes servios intelectuais prestados ao seu tempo, tendo
sido honrado at a Reforma, foi Pedro Lornbardo, o "Mestre das
Sentenas" (?-1160). Nascido erri circunstncias humildes, rro Norte
da Itlia, Pedro estudou ern Bolonha e Paris, auxiliado pelo menos
em parte pela generosidade de Bernardo. Em Paris por fim'se tornou
professor de teologia, na escola de Notre Dame, e rro final da vida foi
bispo da s parisiense, em 1159 . No se tem certeza se foi aluno de
Abelardo, rrras as obras deste evidentemente muito o influenciaram.
Estudou sob a direo de Hugo de S. Vtor e muito ficou devendo a
este mestre Entre 1147 e 1150 escreveu a obra que lhe deu fama -
Quatro Livros de Sentenas Conforme o costume de ento, reuniu
citaes dos Credos e dos Pais sobre diversas doutrinas crists. A
novidade foi que intentou explic-las e interpret-las pelo mtodo
338 HISTRIA DA IGREJA CRISI
AS UNIVERSIDADES
MSTICOS
alma reta que produz obras boas.. A questo mais importante que
a alma entre em seu mximo privilgio a unio com Deus.
Talvez o mais eminente discpulo de Eckhart tenha sido Tauler
(1300 ?-1361), pregador dominicano que durante muito tempo tra-
balhou em Estrasburgo - de onde era provavelmente natural
e em Colnia e Basilia. Na Alemanha a poca era particularmente
difcil. A longa querela pelo imprio entre Frederico da ustria
e Lus da Baviera, e a interferncia papal no caso, trouxeram tanta
confuso poltica como religiosa A peste bubnica de 1348-1349,
conhecida na Inglaterra como a "morte negra", devastava a popu-
lao, Neste trgico tempo, Tauler foi pregador de esperana e seus
sermes desde ento tm sido difundidos. Nesses sermes h muitos
pensamentos "evanglicos", que despertaram a admirao de Lutero
e fizeram fosse vrias vezes dito que Tauler foi protestante antes do
protestantismo Dava ele bastante nfase religio interior e vital,
e condenava a dependncia de cerimnias externas e obras mortas.
Sua posio era de vero seguidor de Eckhart, com idntica nfase
mstica sobre a unio com o divino, com o "nascimento interior de
Deus". Mas evitou as extremadas declaraes de Eckhart (que le-
varam ao rumo do pantesmo) ; declaraes que tiniram recebido a
condenao da Igreja.. Menos prtico, mas representante muito
influente das mesmas tendncias foi o asceta dominicano Henrique
Suso (1295 M 3 6 6 ) , cujos escritos, especialmente o TAvreto sobre a
Sabedoria Eterna, muito contriburam para a difuso deste ponto
de vista mstico..
MISSES E DERROTAS
3 H e n d e r s o n , pp 430 432.
F I M I ) A IDADE MDIA 361
W Y C L I F E HUSS
CONCLIOS REFORMADORES
1 Robinson, 1: 511.
384 HISTRIA DA IGREJA CRISI
2 Robinson, 1: 513
3 Robinson, I: 512
FIM I)A IDADE MDIA 385
como eles foi Pico de Mirndola (1403 1494), cujo interesse pelo
hebraico e conhecimento da Cabala viriam a influir era lieuehlin.
A critica histrica foi desenvolvida por Loureno Valia (1405-
1457) que, cerca de 1440, demonstrou a falsidade da Doao de
Constantino (p 154) e negou fossem os apstolos os autores do
Credo Apostlico. Criticou a ilegitimidade dos votos rnonsticos e,
em 1444, lanou os fundamentos dos estudos do Novo Testamento
com a comparao da Vulgata com o texto grego
Examinando as datas, fica comprovado qne o movimento renas-
centista na. Itlia estava em pleno desenvolvimento antes da queda
de Constantinopla, em 1453. Em meados do dcimo quinto sculo
dominava a classe culta dos italianos. No geral, sua atitude para
com a Igreja era de indiferena.. Revivia amplamente o ponto de
vista pago, e procurava reproduzir- a vida da Antigidade tanto
em seus vcios como em suas virtudes. Poucos perodos da histria
da humanidade foram to arrogantemente pagos como o da Renas-
cena italiana.
O movimento renascentista ganhou asas com a grande inveno
de Joo Gutenberg, de Mogneia, a por 1450 a impr esso com
tipos mveis. Com rapidez espalhou-se esta arte, e no s ps ao
alcance de muitos os livros que at ento haviam sido propriedade
de uns poucos, mas ainda, pela multiplicao de cpias, tornou
indestrutveis os resultados dos estudos. Mais de trinta mil publi-
caes a p a r e c e r a m antes de 1500.
Sem mencionar seus servios arte, impossvel citar o Renas-
cimento. Ant.es de ser sentida sua influncia na Itlia, na verdade
houve um comeo de melhores coisas. Cimabue ( 1 2 4 0 3 0 2 ? ) , Giotto
(1267?-1337) e Era Anglico (1387-1455) pertenciam poca do
Pr-Renascentismo. E fizeram obra notvel. Com Masaccio (1402-
1429), Pilipo Lipp (1406-1469), Botticelli (1444-1510) e Ghirlan-
dajo (1449-1494) avanou a pintura pelo conhecimento melhor da
perspectiva, mais fidelidade anatmica, melhores arranjos de grupos
at a plenitude de Leonardo da Vinci (1452-1519), Rafael Sanzio
(1483-1520), Miguel ngelo Buonarrotti (1475-1564) e seus grandes
companheiros.. A escultura recebeu impulso semelhante com a obra.
de Ghiberii (1378-1455) e Donatelo (1386-1466) ; enquanto a arqui-
tetura foi transformada por Brunelleschi (137.9-1446), Brainante
(1444 514) e Miguel ngelo. A maior parte da obra desses artis-
tas, ainda que inspirada em motivos clssicos, foi posta a servio
da Igreja
F I M DA IU\I)f. MDIA 391
VOUJME II
Perodo Sexo
A REFORMA
A REFORMA
13
LTJTERO E OS COMEOS DA REFORMA
relao pessoal eora Deus podia trazer a salvao, tal ensino pareceu
destrutivo da verdadeira religio. Como Tetzel se aproximava
fora d lie negada eu t rada na Saxnia Lutero pregou contra o abuso
das indulgncias. E em 31. de outubro de 1517 afixou ria porta da
Igreja do castelo de WIttenberg, que servia para colocar boletins da
universidade, suas paia sempre memorveis Noventa e Cinco Teses.2
Consideradas em si mesmas, deveras maravilhoso que elas
tenham servido de fagulha para provocar a exploso. Foram apresen-
tadas para discusso acadmica . No negavam o direito do papa de
conceder indulgncias. Punham, no entanto, em duvida sua eficcia
no purgatrio e faziam evidentes os abusos do ensino corrente
abusos que implicariam no repdio delas x^lo papa quando informa-
do. Ainda, porm, que estivessem longe de apresentar em toda a
plenitude o pensamento de .Lutero, certos princpios eram nelas
evidentes, os quais, se desenvolvidos, seriam revolucionrios quanto
s prticas eclesisticas da poca. Arrependimento no um ato,
mas um hbito mental de toda a vida. O verdadeiro tesouro da
Igreja a graa perdoadora de Deus. O cristo procura, no evita
a disciplina divina, " Todo cristo que sente verdadeira compuno
tem direito plena remisso da pena e da euljia, mesmo sem cartas
de perdo " Na inquieta condio da Alemanha, era um aconteci-
mento da maior significao que um lder religioso respeitado, se
bem que humilde, tivesse falado ousadamente contra um grande
abuso. E elas correram por toda a extenso do imprio.
5 Kidd, pp 31-32.
6 Kidd, pp 33-37.
7 Ibid., pp 37-39.
8 Ibid , p 40
9 Ibid, p 39
A Ri-iFORMA 421
10 Kidd, pp 41-44.
11 Ibid.., pp 44-45
422 HISTRIA DA IGREJA CRISI
12 Jbid., pp 74 79,.
13 Robinson, Leituras 2 : 6 6 68.
14 Totalmente traduzido em W a c e c Buchheim I idher's Primary Works,
pp 17-92.
A Ri-iFORMA 423
mais alto tribunal de sua nao. E dera eabal prova de sua intimora-
ta coragem , A opinio de seus julgadores ficou dividida. No entanto,
se pela sua forte e, no juzo deles, infundada afirmao, perdeu o
imperador e os bispos, ao mesmo tempo fez impresso favorvel
sobre muitos nobres alemes e, felizmente, sobre o eleitor Frederico.
.Este prncipe, embora julgando Lutero por demais atrevido, confir-
mou sua determinao de que dano algum viria ao reformador . O
resultado parece uma derrota para Lutero. TJm ms aps haver
partido a caminho de casa, foi formalmente posto sob interdio
imperial, mesmo (pie j tivessem se retirado muitos membros do
Reichstag. Deveria ser preso a fim de ser punido e seus livros quei-
mados 17 Tal interdito nunca foi formalmente anulado, e at o fim
da vida Lutero esteve debaixo da condenao imperial.
Estivesse a Alemanha controlada por forte autoridade central,
a carreira de Lutero logo teria terminado em martrio. Mas, por isso
mesmo, nenhum edito imperial seria posto em execuo contra a
vontade de um forte governador territorial, e Frederico, o Sbio,
mais unia vez salvou Lutero. No querendo sair abertamente ern sua
defesa, talvez temendo tal atitude, i'ez que mos amigas o prendessem
quando regressava a Worms e, em segredo, o levassem ao castelo de
Wartburgo, perto de Eisenaeh. Durante meses seu esconderijo foi
desconhecido; mas que estava vivo e participando dos azares da luta
sua pena brilhante logo demonstrou. Seus ataques s prticas roma-
nas aumentaram de intensidade No entanto, o mais durvel fruto
desse perodo de retiro.forado foi sua traduo do Novo Testamento.
Comeou-a em dezembro de 1521 e a publicao se deu em setembro
do ano seguinte Lutero, porm, no foi o primeiro tradutor das
Escrituras para o alemo. As primeiras tradues haviam sido feitas
da Vulgata, e eram duras e grosseiras. O trabalho de Lutero no
foi meramente traduzir do grego, para o que se baseou nas obras de
Erasmo. Seu trabalho era fcil de ler e foi criador do idioma. Essa
traduo grandemente determinou o linguajar que mareou a futura
literatura alem o da chancelaria saxnica do tempo elaborado
e polido por um mestre da expresso popular. Poucos servios maio-
res do que esta traduo foram prestados ao desenvolvimento da vida
religiosa duma nao, Mas nem com toda sua deferncia pela Pala-
vra de. Deus, deixava Lutero de ter suas normas prprias de crtica.
Estas foram a base da relativa clareza com que ensinava sua interpre-
tao da obra de Cristo e o mtodo da salvao pela f . Julgados
18 E x c e r t o s em K i d d , Documentos, pp 90 94.
13
SEPARAES E D J VISES
Melanchton foi algo afetado por eles, ainda que sua influncia tenha
sido considerada com exagero. Na verdade eles contriburam para
aumentar a confuso.1
Mudanas assim rpidas, seguidas por um ataque popular s
imagens, muito desagradaram ao eleitor Frederico, o Sbio, e pro-
vocaram protestos dos prncipes alemes e das autoridades imperiais.
Ainda que Lutero viria a apoiar, nos trs ou quatro anos que se
seguiriam, muitas das mudanas que Karlstadt e Zunglio fizeram,
de momento percebeu que sua causa estava em perigo por causa
desse radicalismo extremado.. O governo da cidade pediu o seu re-
torno. O eleitor proibiu, por razes polticas. Mas em 6 de maro
de 1522 mais uma vez Lutero estava em Wittenberg, onde morou
desde ento. Oito dias de pregao demonstraram seu poder, Pro-
clamou que o Evangelho consiste no reconhecimento do pecado, no
perdo atravs de Cristo e no amor ao prximo. As alteraes pro-
yocadoras do tumulto tinham motivos externos.. S deviam ser efe-
tuadas em considerao aos fracos E Lutero dominou a situao,.
Karlstadt perdeu toda a influncia e teve de abandonar a cidade.
Muitas das mudanas foram, de momento, abandonadas e a velha
ordem do culto largamente restabelecida. Assim Lutero mostrou
decidida atitude conservadora. Opunha-se no apenas aos romanistas,
como at ento, mas tambm aos revolucionrios que andavam, como
lhe pareceu, por demais rpidos.. Comearam as divergncias no
prprio jjartido reformista. No entretanto, no se pode duvidar da
sabedoria de .Lutero, Sua atuao fez que vrias autoridades o
olhassem com simpatia; como algum que, mesmo condenado em
Worrns, era realmente um poder em tempos tumultuosos E continuou
tendo especialmente o favor de seu prncipe eleitor, sem o qual sua
causa, ainda agora, naufragaria.
1 K i d d , pp 94-104.
430 HISTRIA DA IGREJA CRISI
2 Kidd, pp 105-121.
A Ri-iFORMA 431
3 Kidd, pp 121-13.3,
432 HISTRIA DA IGREJA CRISI
5 Kidd, pp 174-179
434 HISTRIA DA IGREJA CRISI
6 Kidd, pp 133-151.
A Ri-iFORMA 435
7 K i d d , pp 179-180,
8 Ibid,, p 180
9 Kidd, p 182
436 HISTRIA DA IGREJA CRISI
10 Ibidpp 183-185.
11 K i d d , pp 185193.
12 Ibid , pp 193-202.
13 Ibid, pp 222 230
A Ri-iFORMA 437
1 K i d d , pp 374 380.
2 K i d d , pp 384 387
A RI-IFORMA 441
5 Ibid, pp 424-441.
6 Kidd, pp 441-450
7 lbid.t pp 459 464
A RI-IFORMA 443
8 K i d d , p 469
9 ibid, p 470
A ITRI-OUMA 445
10 Ibid. , pp 47 S 476
3
AN ABATI ST AS
1 Kidd, p 451.
2 Ibid, p 452
A BEFOKMA 447
7 Ibid.., pp 293-294
8 Ibid.., p 296.
9 Ibid., pp 298-300
10 Kidd, p 301
458 HISTRIA DA IGREJA CRISI
11 Kidd, pp 302-304.
A RI-IFORMA 459
cupao pela salvao de sua alma sem, contudo, melhorar seu com-
portamento. Durante anos alimentou a idia de contrair um segundo
casamento como soluo x , a r a suas perplexidades.. Grandes vultos
do Antigo Testamento praticaram a poligamia, fim parte alguma
do Novo estava ela proibida. Por que ele tambm no a podia
praticar? Tais pensamentos foram incentivados por seu encontro
com Margarida von der Saale, encantadora filha de dezessete anos
de urna dama da pequena corte de sua irm. A me consentiu mas
sob a condio de que o eleitor e o Duque da Saxnia e alguns
outros mais fossem informados de que seria um casamento de fato..
Sua primeira esposa tambm concordou. O prprio Filipe estava
convicto da correo do passo que ia dar.. Queria, porm, para dar
uma satisfao opinio pblica, a aprovao dos telogos de Wit-
tenberg. Ento chamou Butzer, de Estrasburgo, a (piem em parte
persuadiu c em parte assustou com ameaas de dispensa do impe-
rador ou do papa,. Butzer concordou com seu plano. E Filipe o
enviou como mensageiro a Lutero e Melanchton e ao eleitor da Sa-
xnia, a fim de que apresentasse o caso como coisa abstrata, sem
mencionar a pessoa com quem se projetava o casamento. Em 10 de
dezembro de 1539 Lutero e Melanchton deram seu parecer, declarando
que a poligamia era contrria lei inicial da criao, que Cristo
aprovara. Entanto, um caso especial exigia muita vez tratamento
no conforme a regra geral. Se Filipe no podia reformar sua vida,
era melhor casar como propunha do (pie continuar na vida que
levava. No entretanto, o casamento deveria ser feito em absoluto
segredo, de modo que a segunda esposa parecesse ser to-somente
uma concubina O conselho era totalmente mau, ainda que os re
formadores de Wittenberg parecessem estar movidos por sincero anelo
de beneficiar a alma de Filipe.
15 Kidd, pp 355-356
A HE FOR MA 465
16 Kidd, pp 363-364
466 HISTRIA DA IGREJA CRISI
PASES ESCANDINAVOS
1 Kidd, p 234.
2 Kidd, pp 322-328.
3 Ibid,, pp 328-335.
A RI-IFORMA 469
4 Kidd, pp 155-164.
470 HISTRIA DA IGREJA CRISI
1 Kidd, PP 477-481,
2 Kidd, pp 481-482
3 Ibid , pp 483-489
4 Ibid., p 489
472 HISTRIA DA IGREJA CRISI
5 I b i d , pp 489-491.
6 ibid, pp 491-492,
7 Ibid , pp 492-494.
A RI-IFORMA 473
8 Kidd, pp 494-500
9 Ibid., pp 500-504.
10 Kidd, pp 504 508.
11 Ibid., pp 508-512
12 Ibid , pp 512 519.
474 HISTRIA DA IGREJA CRISI
13 Ibid., pp 519-521.
14 Ibid,, p 544.
3
JOO CAL VI NO
2 Ibid , pp 524-525.
3 Ibid , pp 525 526.
4 Ibid., pp 526-528.
5 Kidd, pp 528-532.
6 Ibid, pp 532-533.
478 HISTRIA DA IGREJA CRISI
10 Ibid, pp 568-572.
11 Ibid.., pp 573-575.
12 Kidd, p 577.
13 Ibidpp 577-580.
482 HISTRIA DA IGREJA CRISI
14 Ibid,, pp 583-586.
15 Kidd, pp 586-589.
16 Ibid,, pp 589-603.
17 Ibid., p 647.
18 Excertos, K i d d , pp 604 615.
A RI-IFORMA 483
19 Kidd, pp 15-628
484 HISTRIA DA IGREJA CRISI
20 K i d d , pp 641 645..
A RI-IFORMA 485
tanto, por mais odioso que o processo e seu trgico fim. agora nos
paream, foi para Calvino uma grande vitria Livrou as igrejas
suas de qualquer imputao de falta de ortodoxia coin referncia
doutrina da Trindade, enquanto os oponentes de Calvino arruina-
vam-se procurando dificultar a punio de algum que o sentir geral
da poca condenava*
Logo melhorou a situao de Calvino.. As eleies de 1554 lhe
foram francamente favorveis e as do ano seguinte ainda mais. Em
janeiro de 1555 obteve o reconhecimento permanente do direito de
o Gonsislru) proceder excomunho sem a interferncia governa
mental 21 O governo, agora de maioria calvinista, passoo, no mesmo
ano, a assegurar' sua posio, admitindo considervel nmero de re-
fugiados com direito de voto. Pequena revolta tarde de 16 de
maio de 1555, promovida pelos adversrios de Calvino, foi usada como
motivo para executar e banir seus lderes como traidores. Da para
frente o partido favorvel ao reformador passou a ser senhor nico
de Genebra. Berna era ainda hostil, mas urrr inimigo de ambas as
uniu. Foi isso quando Emanuel Philibert, Duque de Sabia, derrotou
os franceses favorecendo a Espanha, em 1557, em St Quentin.. Da
pde reclamar seu ducado, no momento em grande parte na posse
da Pratica Tudo isso fez surgir, em janeiro de 1558, a "aliana
perptua" na qual, pela primeira vez, Genebra ficou no mesmo p
de igualdade com sua aliada, Berna. Assim, livre dos mais angus-
tiantes perigos, na cidade e no exterior, Calvino coroou sua obra
com a fundao, ern 1559, da "Academia Genehrina" na realidade
a Universidade de Genebra22 como desde h muito se tornou. E
ela, de imediato, se tornou no maior centro de ensino teolgico das
comunidades reformadas, afora as luteranas, e o grande seminrio
de onde numerosos ministros foram enviados no somente . Eran.a,
mas, ainda que em menor nmero, aos Pases Baixos, Inglaterra,
Esccia, Alemanha e Itlia.
21 Kidd, p 647
22 Ibid, p 648
486 HISTRIA DA IGREJA CRISI
23 K i d d , p 651.
3
A REVOLTA INGLESA
opinio das universidades Fim 1530 i'oi isso feito, mas com
xito apenas parcial; mas comeara uma amizade entro o rei e Cran-
rner, que teria, enormes conseqncias,
Ao favorvel do papa ento no era mais esperada, Henrique,
pois, resolveu contar com o sentimento nacional de hostilidade ao
poder estrangeiro e sua prpria habilidade desptica ou para romper
completamente com o papado ou amea-lo de tal modo (pie acedesse
aos seus desejos,. Em janeiro de 1531 acusou todo o clero de violao
do velho estatuto de Ptoemunire, de 15;25, por ter reconhecido a
autoridade de Wolsey corno legado papal autoridade que ele,
Henrique, reconhecera e aprovara. No s extorquiu grande soma
como preo do perdo, mas ainda a declarao, pelas assemblias
que reuniram os clrigos, de que com respeito Igreja da Inglaterra,
era ele "nico e supremo senhor, e, at onde a lei de Cristo permite,
supremo cabea". Nos comeos de 1532, sob forte presso real, o
parlamento sancionou uma lei que proibia o pagamento de todas as
anatas a Roma, exceto com o consentimento do rei."1 Em maio se-
guinte, numa convocao, relutantemente o clero concordou no
apenas em no criar novas leis eclesisticas sem permisso real mas
ainda em submeter todas as existentes a uma comisso indicada
pelo rei.2 Em 25 de janeiro de 1533 secretamente Henrique casou
com Ana Bolena Em fevereiro o parlamento proibiu qualquer apelo
a Roma.3 Usando a proibio condicional das anatas, conseguiu do
Papa Clemente V I I a confirmao de sua nomeao de Thomas
Cranmer como arcebispo de Canturia. Cranmer foi sagrado ern
30 de maro. Em 23 de maio este reuniu um tribunal e formalmente
declarou nulo e sem valor o casamento de Henrique com Catarina.
Em 7 de setembro Ana Bolena teve uma filjia, a Princesa Isabel,
que veio a ser rainha..
Enquanto isso se passava, Clemente V I I preparara uma bula,
em 11 de julho de 1533, ameaando Henrique de excomunho. A
resposta do rei foi urna srie de leis obtidas ern 1534 do p a r l a m e n t o .
Por elas foram proibidos quaisquer pagamentos ao papa; todos os
bispos seriam eleitos por indicao do rei; todos os juramentos de
obedincia ao papa, licenas romanas e outros reconhecimentos da
autoridade papal eram nulos,4 As duas convocaes ento formal-
5 Ibid , pp 251-252
>6 Ibid , pp 243-244.
Z Gee e Hardy, pp 257-268.
A RI-IFORMA 491
8 G e e e TIardy, p 275
9 Ibid,, pp 303 319.
A RI-IFORMA 493
11 Gee e I l a r d y , pp 322-328
12 Ibid.., pp 328-357.
13 Ibid, pp 366-368
14 Ibid., pp 358-366
A UIFORMA 495
que foi deveras impopular por ser considerado uma ameaa de do-
mnio estrangeiro
A reconciliao com Roma foi postergada. Entanto bispos e
outros clrigos de tendncias reformistas foram demitidos e vrios
dos mais distintos protestantes fugiram para o continente, Calvinu
os recebeu calorosamente, enquanto os luteranos com frieza, pois os
consideravam herticos por causa da questo da presena fsica de
Cristo na Ceia do Senhor. O motivo por que se retardava a recon-
ciliao era o receio de que fossem arrebatadas de seus atuais pos-
suidores as confiscadas propriedades da Igreja. Sob a declarao
de que esta no seria a poltica papal, o Cardeal Regraldo Pole
(1500-1558) foi admitido rra Inglaterra. O parlamento votou a res-
taurao da autoridade papal e, a 30 de* novembro de 1554, Pole
<leclarou ele e a nao absolvidos de heresia Ento o parlamento
passou a renovar as velhas leis contra a heresia17 e a abolir a legis-
lao eclesistica de Henrique "V'11'I, assim restaurando a Igreja
posio em que estava em 1529, salvo no referente s suas ex-pro-
priedades, que a lei confirmou na posse de seus atuais possuidores
Comearam mais uma vez severas perseguies A primeira
vtima foi John Rogers, prebendrio de s. Paulo, queimado em
Londres a 4 de fevereiro de. 1555 A atitude do povo, que o aclamou
quando ia para a fogueira, foi de mau pressgio para essa poltica
Antes, porm, do fim do ano, setenta e cinco pessoas foram queimadas
em vrios lugares da Inglaterra, Dentre elas as mais notveis foram
os ex-bispos Hugo Latimer e Nieolau Ridley, cuja herica atitude
no dia da morte 16 de outubro causou profunda Impresso
entre o povo. Outra vtima importante nesse ano foi John Hoopcr,
ex-bispo de Gloueester e Woreester, Maria estava resolvida a destruir
o maior dos clrigos anti-romanos o Arcebispo Cranmer-. No
era ele do mesmo estofo herico de Latimer, Ridley, Ilooper e Rogers
Em 25 de novembro de 1555 foi excomungado por sentena de Roma
e logo aps Pole foi feito arcebispo de Canturia. E Cranmer se
encontrava ante um dilema., file afirmara, desde sua nomeao por
Henrique VIII, que o rei era suprema autoridade na Igreja da
Inglaterra. Seu protestarrtismo era real, mas o novo soberano era
catlico romano. Nessa hora de angstia ele se submeteu e declarou
que reconhecia a autoridade papal agora estabelecida por lei. Maria
no pensava poupar o homem que declarara sem valor o casamento
de sua me, Cranmer devia morrer. Era esperado que por uma
17 Ibid , p 384.
18 Ibid., pp 385-415
498 HISTRIA DA IGREJA CRISi
A REFORMA ESCOCESA
1 Kidd, p 691
A Ri-iFORMA 503
2 btd, p 696.
3 Kidd, p 690.
4 Ibid., p 697
504 HISTRIA DA IGREJA CRISi
5 Kidd, pp 698-700.
6 Ibid , pp 700, 704 707; Schaf, Credos da Crisiandade, 3:437:479
7 Ibid., pp 701, 702..
8 Ibid , p 707
A EIL.FOKMA 505
Edimburgo, onde Maiia ficou com ele durante parte de sua ltima
tarde. Na madrugada de 10 de fevereiro de 1567 a casa foi pelos
ares, e o corpo de Daruley foi encontrado perto.. A opinio pblica
acusou Bottrwell do assassinato, e era crena generalizada, provavel-
mente justa, de que Maria seria tambm responsvel lm tudo ela
cumulou de honras a Botlrwell e ele foi absolvido por uma farsa
processual. A 24 de abril Bothwell encontrou Maria numa de suas
viagens e f-la prisioneira com a conivncia dela mesma, conforme
geralmente se dizia. Era ele casado, mas se divorciou a 3 de maio,
acusando a esposa de adltera No dia 15 desse mesmo mes casou
com Maria, segundo o rito protestante
Como j foi visto (pp 399 400, vol I) gerao anterior ao rom-
pimento de Lutero com Roma, a Espanha apresentou vigorosa obra
reformadora, empreendida pela Rainha Isabel e pelo Cardeal Xirnenes.
Nessa obra se aliavam o zelo por um clero mais moral e mais culto;
a supresso de abusos reconhecidos; os estudos bblicos para os ca-
pacitados, no para o povo, com inflexvel ortodoxia segundo padres
medievais; e a represso da heresia pela inquisio, lisse movimento
daria vida e vigor ao reavi vamento romanista, muita vez, ainda que
incorretamente, chamado Contra-Reforma. Quando Lutero deu incio
sua obra, fora da Espanha tinha tal movimento pouca repercusso.
Em realidade, o declnio da Igreja Romana era mais que evidente
na debilidade com (pie se ops ela ao protestantismo no decorrer do
primeiro quarto de sculo da Reforma, e na incapacidade dos prprios
papas de sentirem a real gravidade da situao e colocarem seus inte-
resses como chefes da Igreja acima de suas preocupaes como prn-
cipes italianos sem maior significao.. Ainda que Adriano VI (1522-
1523) tenha demonstrado verdadeiro zelo reformador no sentido
espanhol, ainda (pie Ineficaz, durante seu curto e infeliz pontificado,
nem seu predecessor, Leo X (1513-1521), ou seu sucessor^ Clemen-
te V i l (.1523-1534), sob qualquer aspecto, foram lideres religiosos.
E, note-se, as ambies polticas deste ltimo materialmente contri-
buram para a expanso do protestantismo.
2 Ibid, 3:93-180.
530 HISTRIA DA IGREJA CRISi
por vezes se tem afirmado pelas notas e papis de seu tio, exte-
riormente Fausto se conformava Igreja Romana e viveu na Itlia
de 1563 a 1575. Dali passou para Basilia at ir, em 1578, paia a
Transi lvni a, por sugesto de Biandrata, No ano seguinte estava na
Polnia, onde residiu at morrer, ern 1604.
2 Ibid, 3:550-597,
A Ri-iFORMA 543
mas perdoar sem fazer evidente o apreo que tem por Sua lei seria,
desprezar essa lei. Da, a morte de Cristo no foi pagamento pelo
pecado do homem que perdoado gratuitamente - mas um
tributo santidade do governo divino, mostrando que Deus, mesmo
relevando a pena, vindica a majestade de Seu divino governo Nesse
sentido, o sacrifcio de Cristo no uma injustia. o divino tri-
buto lei ofendida. Como um sbio governador terreno, pode Deus
oferecer perdo, nos termos que escolher, a todos quantos o queiram
receber; por exemplo, na base da f e do arrependimento. C ine-
gvel quo engenhosa esta teoria.. Ela mitiga a dificuldade dos
armirrianos causada pela sua afirmao de que Cristo morreu por
todos. Se tal sacrifcio foi por todos e rro to-somente pelos eleitos,
e foi pagamento da pena do pecado, por que, ento, rro so todos
salvos? Crotius responde negando o pagamento da pena.. E deu
tambm, em rplica aos socinianos, razo definida, para o grande
sacrifcio. Entanto, de todas as teorias da expiaeo, esta a mais
teatral e a menos satisfatria, porque a mensagem do Evangelho
esta: ern algum sentido verdadeiro, Cristo morreu no pela justia
em geral, mas por mnu.
10
ANGLICANISMO, PITRITANISMO E AS IGREJAS LIVRES
NA INGLATERRA. EPISCOPALISMO E
PRESBITER1ANISMO NA ESCCIA
2 Instituio, 4:3, 8
A Ri-iFORMA 547
4 G e e o H a i d y , pp 4 9 2 - 4 9 8
Nesses anos nova posio puritana foi tomada por Henry Jac
(1568-1624), que fora membro da congregao de Robinson, em
Eeydeu; por "Wiiliam Ames (1576-1633), preeminente telogo exilado
ira Holanda, e por Williaru Bradshaw (1571-1618), pesado escritor
puritano. Esses homens formularam os princpios da posio inde
pendente ou congregacrorral no separatista, da qual diretamente
proveio o moderno congregacionaismo Empenhados em evitar a
separao da Igreja da Inglaterra, trabalharam a favor de um sistema
nacional de igrejas eongregaconais estabelecidas.. Henry Jae fundou
urna igreja em Southwark, em 1616, a primeira eongregacional que
ainda existe.
A Ri-iFORMA 553
18 G e e c H a r d y , pp 632-640.
19 Ibid , P P 6 4 1 - 6 4 4 .
A RI-IFORMA 563
A T R A N S V h A N 'i' A O A O D O CfiLS T I A N I S M O
RARA A AMRICA
nada tem a fazer eom o seu funcionamento, que o desmo havia afir-
mado. Queria substitu-lo por uma atividade espiritual divina uni
versai constante.. Ainda que esta concepo de Berkeley tenha sem-
pre gozado de elevado respeito filosfico, muito sutil e contrria s
evidncias dos sentidos do homem mdio
UNITARISMO NA INGLATERRA
E NA AMRICA
P1 E TISMO NA A L EMA N H A
Tais planos para o cultivo de uma vida crist mais frvida fo-
ram expostos por Spener em Pm desideria, de 1675. Descreveu os
principais males da poca como sendo a interferncia do governo, o
mau exemplo de alguns clrigos indignos, as controvrsias religiosas,
as bebedic.es, a imoralidade e a ambio dos leigos. Como meio de
reforma ele preconizava a formao de crculos nas congregaes
598 HISTRIA DA IGREJA CRISI
ZINZENDOKF E O M0RAV1ANISM0
O GRANDE D E S P B E T A M ENT O
field, este no auge de seu jovem entusiasmo Por toda parte mul-
tides ficavam suspensas s suas palavras, desmaiando e corn clamores
ouvindo seus sermes. Com a expanso do despertamento, cerrtena-
res de pessoas foram transformadas de modo permanente. As con-
dies espirituais de muitas comunidades foram mudadas, Mas na
Nova Inglaterra o despertamento foi to controvertido como nas
colnias centrais, Whitefield por vezes denunciou os que com ele
no concordavam como incorrversos, mas vrios que sofreram sua
influncia foram ainda mais censurados e julgados sem caridade O
reavivamento foi mais adiante perturbado pela demolidora atividade
do instvel James Daverrport (1716-1757), que pronunciou discursos
palavrosos, no devidamente preparados, nos quais atacava, citando
nomes, muitos dos ministros dirigentes corno no convertidos For
maram-se igrejas congregacioriais separadas. Em protesto, as " Ve-
lhas Luzes", sob a direo do pastor da Primeira Igreja de Boston,
Charles Chauney (1705-1787), atacou as "Novas Luzes", que viam
no reavivamento uma obra de Deus. A reao contra o desperta-
mento contribuiu para a difuso do arminianismo e, por fim, do pen-
samento unitrio entre o eongregacionalismo. Foram tais as reaes
co \tra o despertamento que ele no mais foi potente fora no estabe-
lecimento de igrejas congregacionais depois do meio do sculo, ainda
qu permaneceu enraizado entre os batistas, que ento rapidamente
se espalhavam na Nova Inglaterra, aproveitando-se grandemente do
seu modelo.
O Grande Despertamento espalhou-se tambm nas colnias do
sul. contribuindo para o desenvolvimento dos corpos dissidentes. Nos
anos de 1740 a 50 o presbiterianismo rapidamente se difundiu na
Virgnia e no Sul, principalmente pela ardente pregao de Samuel
D avies (1723-1761). Logo depois de 1750, os reavivamentos entre
os batistas foram trazidos Virgnia pelos seus pregadores da Nova
Inglaterra, que organizaram muitas Igrejas Batistas Separadas,
diante da oposio dos Kegulares. Forte entusiasmo emocional foi
criado per tais reavivamentos e perseguies da parte das autoridades
coloniais s sei viram par a incr ementar a causa. Muito embora seja
verdade que o Grande Despertamento como fenmeno da maior pro-
poro nas colnias se diga haja terminado quando os interesses da
revoluo se fizeram absorventes, nos meios batistas e metodistas os
motivos dele continuaram muito fortes..
O metodismo tarde comeou a ser introduzido na Amrica
rro antes de 1766. Mais ou menos nesse tempo, Filipe Embury
(1728-1.773) e Robert Strawbridge (?-1781) comearam as atividades
O CRISTIANISMO MODLRKO 625
1892), que passou para Roma em 1851, e foi feito cardeal em 1875.
Grande excitaro foi causada cm 1850 pelo restabelecimento na
Inglaterra, pelo Papa Pio I X , do episcopado diocesano, vago desde
a Reforma.. Manning se fez apoiador ultrarnontano extremado das
pretenses papais, diferindo de Ncwman que foi sempre moderado
e que, mesmo sendo o mais eminente dos ingleses catlicos romanos,
s chegou ao eardinalato ern 1879.
Estas passagens para Roma terminaram o 'Movimento de Oxford
como tal, mas o partido anglo-catlico emergiu dessa tempestade
sob a capaz liderana de Pusey, e de modo rpido assumiu impor-
tante papel dentro da Igreja Estabelecida. Como suas modificaes
doutrinrias foram aceitas, prcocupou-se cada vez mais com o
"enriquecimento" da liturgia pela introduo de usos que o protes-
tantismo abandonara. Essas mudanas encontraram muita oposio
popular e legal, mas as modificaes desejadas pelos ritualistas
foram largamente asseguradas- Observando algum o movimento
anglo-catlico errar se no reconhecei' seu profundo zelo religioso.
No somente ele trouxe nova nfase catlica ao culto e teologia da
Igreja, mas tambm demonstrou genuna dedicao aos pobres, aos
abandonados e aos sem Igreja. E muito tem feito para reconquis-
tar o impacto da Igreja sobre as classes inferiores. Em 1860 foi
organizada a Unio da Igreja Inglesa para apoiar a f e a prtica
da alta Igreja e expandir a influncia deste significativo desperta-
mento dentro da Igreja da Inglaterra.
A Igreja estatal protestante irm da Irlanda, sempre uma
anomalia pois o gpverno sustentava uma Igreja da minoria da popu
lao, perdeu a posio de estabelecida em 1869., Sua marcha,
porm, no foi muito alterada pela mudana.
O dcimo nono sculo foi mareado por firme expanso e cres-
cente proliferao do ho-conformismo, para o que a influncia
evanglica foi forte. Provavelmente no comeo do sculo o nmero
de ativos no-conformistas ultrapassava o de anglicanos praticantes.
O rnetodismo, por exemplo, aumentou de quatro vezes de 1800 a
1860, ainda que tenha perdido gente com as faces cismticas.
Outros grandes e crescentes corpos no-conformistas foram os con-
gregacionais e os batistas, enquanto quaeres e unitrios perma-
neceram corno pequenas minorias e o presbiterianismo foi reavivado
principalmente pela migrao da Esccia. O esforo no-eorrfor-
mista se dirigiu s classes mdias.. Ele produziu pregadores de
grande poder e possuiu seus eruditos e trabalhadores sociais, mas
O CRISTIANISMO MODLRKO 665
O P R O T E S T A N T T S I O A M E R I C A N O
NO SCULO X I X
no eram realmente novos Foi o uso desses meios num mtodo em-
pregado para dar resultado que os fez novos. Apesar da oposio
dos que temiam o einocionalismo de fronteira e o evangelismo de "no-
vos meios", rapidamente Finney invadiu as cidades do Oriente do
pas. Seus mtodos j testados logo passaram a ser amplamente acei-
tos e copiados. A intensidade e freqencla dos reavivamentos decli-
nou na dcada de 1840, mas reacendeu-se em novo crescendo em
1857-58, quando um reavivarnento amplamente nacional atingiu mi-
lhares nas igrejas. Reunies para orao diria, alm das "horas
imprprias", e liderana leiga foram fatores deste pice na histria
dos reavivamentos.
O P R O T E 8 T A N T SMO A M E R I C A N O
NO SCULO X I X
no eram realmente novos. 'Foi o uso desses meios num mtodo em-
pregado para dar resultado que os fez novos. Apesar da oposio
dos que temiam o emoeionalismo de fronteira e o evangelismo de "no
vos meios", rapidamente Finney invadiu as cidades do. Oriente do
pais. Seus mtodos j testados logo passaram a ser amplamente aeei
tos e copiados. A intensidade e freqencia dos reavivamentos decli-
nou na dcada de 1840, mas reacendeu-se em novo crescendo em
1857-58, quando um reavivamento amplamente nacional atingiu; mi-
lhares nas igrejas. Reunies para orao diria, alm das "horas
imprprias", e liderana leiga foram fatores deste pice na histria
dos reavivamentos.
t a igreja mrmon foi organizada rio ano de 1830, ern Fayette, Nova
York. Mas logo seus membros foram largamente recrutados nas
cercanias de Kirtland, Ohio. Foi nesse lugar que Brighain Young
(1801.-1877) se filiou a essa igreja,. Em 1838 os chefes mrmons
se mudaram para Missouri, e em 1840 fundaram Nauvoo, Illinois.
Ainda que o I/ivro de Mirnon ordene a monogamia, Smith procla-
mou ter recebido uma revelao, em 1843, estabelecendo a poligamia
A hostilidade, popular levou ao seu assassinato pelo populacho, no
ano seguinte. Ento a igreja caiu sob a liderana de Brighain
Young, organizador e chefe de grande habilidade. Sob seu comando,
os mrmons seguiram para Salt Lake, em Utah, e uma comunidade
de grande prosperidade material foi ali inaugurada Em virtude
da presso governamental, em 1890 a poligamia foi oficialmente
abandonada. Eles tm sido missionrios infatigveis, conquistando
muita gente ira Europa e levando sua Igreja alm dos mares Seu
sistema de superviso econmica e social tem sido notvel.. Seu
sistema teolgico sem par se baseia sobre trs fontes de revelao:
a Bblia, o Livro de Mrmon e os livros registradores das revelaes
diretas e progressivas, alegadas terem sido recebidas de Deus por
Joseph Smith, especialmente o Doutrinas e Pactos Alm da prin-
cipal Igreja de Jesus Cr isto dos Santos dos ltimos Dias, com o
seu quartel-general errr Salt bake City, Utah, h inmeros grupos
menores cora seu centro em Independence, Missouri,
No perodo entre a Guerra Civil e a primeira Guerra Mundial,
a nfase reavivadora do protestantismo americano foi continuada
fortemente. Dwight L. Moody (1837-1899), evangelista leigo, foi
seu expoente mais importante. Organizador iiifatigvel e pregador
agressivo, Moody foi urna fora pondervel na vida protestante.
Seus mtodos de reavivarnento foram largamente copiados e seu
entusiasmo missionrio significativamente contribuiu para a conti-
nuao do crescimento da obra missionria no estrangeiro Mas a
atmosfera intelectual do sculo passado foi de rpidas mudanas,
e muitas opinies novas de modo rpido cambiaram idias acaricia-
das pelos protestantes conservadores. O impacto das revolues no
pensamento cientfico e histrico refez os conceitos dominantes
da natureza do mundo e sua histria. Os que eram sustenteulo
das idias bblicas tradicionais sobre a criao foram abalados, de
um lado, pelas novas idias oriundas dos gelogos e, de outro, pela
critica bblica. Muitos protestantes reagiram, firmando-se com rigi-
dez em suas opinies sobre a infalibilidade da. Bblia. E organiza-
ram uma srie de importantes conferncias bblicas para defende-
O CRISTIANISMO MODERNO 687
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Academia platnica, vol- I, 391 405 Alexandria, escola de, vol I, 109-116
A^ao Catlica, vol, 11, 291, 293, 294 Alexis, patriarca, vol II, 300
Adalgag", arcebispo, vol I, 306 Alfredo, o Grande, vol I, 276
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" A d i a p h o r a v o l . JI, 58 Aliana das Igrejas Reformadas, eu-
Adriano, imperador, voi I, 45 feixando o sistema presbiteriano no
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Afi? inao dos Sete Sacramento y AIen, Ethan, desta, vol II, 187
vol II, 82 Alleu, Guilherme de, vol II, 117
Afonso I X , de Leo, vol. I, 362 Allsted, vol 1.1, 26
gato, papa, vol I, 211 " Algoivol- I, 103
Agrcola, Rodolfo, vol I, 404 Amadeu da Saboia, vo! I, 388
Aidano, vo! I, 257 Arnabrico de Bena, vol C, 357
AIH, Pedro d ' , vol I 383; v o l II, Ambrsio de Milo, vol I, 187-188
11 231
Ainsworth, Henrique, separatista, vol
Ames, William, telogo, vol II, 146
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"Amigos de Deus", voi I, 355
Agostinho de Canturia, vol I, 259
Arnon, Hans, vol II, 47
Agostinho de HIpona, vol- I 231-245,
Amsdorf, Nicolau vou, voi II, 12 22
270, 275, 277, 335, 353, 374, 403,
58, 122, 123
409; vol. II, 10, 167
Ana de Cleves, vol II, 87
Agostiniano, misticismo, vol II, 11
Ana, rainha da .Inglaterra, vol II, 159
Agostinianos, eremitas, vol. II, 10
Anabatistas, vol II, 32, ' 40-47 116,
Agostinismo, vol I, 275-276
Alarico vol. I, 176 142, 146, 188
Alba, Duque d ' , vol.. II, 113 Anacleto II, papa, vol 1, 319
Alberico, vol. I, 280-281 Anatas, vol I, 371
Alberto Magno, vol I, 329, 343, 344 Anaxgoras, vol I, 18
Alberto da Prssia, vol II, 28 Andersson, Laureritinius, vol II, 63
Alberto de Brandem burgo, vol II, 12 Andrewes, Lancelote, bispo vol II.
Alberto V, Duque da Haviera, vol I I, 145, 149
124 Anglo-catolicismo, vol II 149, 206,
Albigenses, vol. I, 322 256, 257, 261, 277
AIbornoz, voL 1, 372 Angouleme, Margarida d ' , vol II, 70
Alcal de Henares Universidade de, Anieeto, papa, v o l I, 94
Anjos, culto dos, vol.. F, 225
vol. I, 400
Annet, Peter, desta, vol. II, 186
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A n o de Colnia, vol. I, 295
Alcuno, vol I, 270, 335
A riscar io, vol. I, 278
Aleander, Girolarno, vol II, 18,
Anselmo, telogo, arcebispo de Can-
Aleixo, imperadores: I, vol.. I 311;
turia, vol. , 302, 336, 345, 346;
III, vol I, 315 vol II, 11, 136
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Alexandre, bispo, vol. I, 157, 159 Antigo Testamento, vol T, 405
Alexandre de Hales, vol I, 343 349, Antoco I V , Epifnio, vol. I, 30
350 Antioquia escola de. vol I, 145, 193-
Alexandre Magno, vol I, 20, 29 194
Alexandre, papas: II, vol. I, 294, 295, Antioquia, igreja primitiva de, v o l 1,
296, 349 (Anselmo de Lucca) ; III, 46
762 HISTRIA 1)A IGREJA CRIST o crIstianismo moderno 741
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Batismo, vol I, 65, 128-132, 347; vol Bblia, vol. I, 325, 326, 369, 375, 376
II, 17, 44, 164; e Confirmao, vol 381, 408; vol II, 25, 42, 132
I, 218-219; infantil, vol II, 40 Biddle, John, unitrio, vol II, 188
" B a t i s m o dos crentes", vol II, 44, Biel, Gabriel, vol II, 11
147 Bigamia, vol II, 55
Batistas, vol. II, 146, 157, 174, 175, Bilson, Thomas, bispo, vol. II, 143
176, 177, 218, 222, 228, 231, 258, Bispos, primitivos, vol. I, 44; monr-
270, 273, 277 301 quicos, vol. I, 67-71; desenvolvi-
Baumc, Pedro de la vol II, 66 mento catlico, vol I, 88-89; Ci-
Baur, Fernando Cristiano, historiador priano a respeito dos, vol I, 101
e crtico bblico, vol II, 245. 246. 122; sculos IV e V, vol I, 217-
249, 250 219. V tb Igreja
Baxter, Ricardo, puritano, vol II, Blair, Tiago, vol 11, 173
154, 191 Blaurock, Jorge, vol. II, 41, 43
Bayly, Lewis, puritano, vol II, 191 Boas obras vol I, 354
Beaton, Davi, vol. II, 95 Boaventura,' vol. I, 334, 344, 354
Beaton, Tiago, vol. II, 95 Bobadilla, Nicolau, vol 11, 105
Boccacio, vol. I, 391
Bec, vl. I, 336
Bocio, vol I, 335
Beeket, Thomas, vol , 361
Beda, vol. I, 261, 335 Bomia, vol. I, 377. 378, 380, 381;
Beecher Lyman, congiegaclonal, vol vol. f l , 124
Bogornilos, vol I, 305, 322
II, 270, 272, 274
Rogue, Davi, missionrio, vol II, 225
Begardos, vol I, 333
Bohler, Peter, rnoraviano vol II, 208,
Bgue, Lamber to de, vol- I, 333
210
Beguioay, vol I, 333
Bhme, Jac, vol II, 130
Belga, confisso, vol. 1?, 112
Bolena, Ana, vol II, 83, 84
Belisrio, general, vo I, 178
Roleslau I, rei, vol. I, 307
Bellamy, Joseph, telogo, vol 11, 221
Bolonha, vol f, 341
Bengel, Johanu Albrecht, estudioso
Bolsec, Jerniino Hermes, vol II, 77
das Escrituras, vol II, 195, 237
Bonald, Louis Gabriel Ambroise dc,
Bento de Aniane, vol. I 7 285
Bento de Nrsia, vol.. I, 184, 185, 285 ultramoritauo, vol. II. 287
Bento, papas: V, vol I, 283; V I I I , Bonifcio, missionrio, vol I, 263, 264
vol.. I, 283; I X , vol 1, 284, 288; Bonifcio, papas: II, vol I, 247;
X , vol I, 294; X I , vol. I, 366; V I U , vol I, 364, 366; I X , vol. I,
X I I I , vo. I, 373, 384, 385; XI V, 373
vol II, 283, X V , vol 1, 367; vol Booth, William, Exrcito de Salva-
II, 292 o, vol tl, 260
Berengrio, vol I, 336 Bora, Catarina von, vol. II, 28
Berkelev, Jorge, filsofo e bispo, vol. Brgia, Csar, vol I, 394, 395
Brgia, Lucrcia, vol. I. 394
II, 182 Bris, rei dos blgaros, vol I, 279
Berna, vol II, 65-68 Boston, Thomas, telogo escocs, v o b
Bernardo de Clara vai, vol. I, 313. 11, 205
314, 318-320, 338, 339; vol II, 10, Bousset, Wilhelni (citao), vol. I.
11 52
Bernardo de Saxe-Weimar vol I , Bouvines, vol. I, 362
128 Bownde, Nicolau, sabatista, vol. II.
Bertio de Cluny, vol. I, 286 147
Berquin, Lus de, vol I, 408; vo. II, Bradford, William, governador, vol.
70 II, 146, 147
Berta, rainha, vol. !, 259 Bradshaw William, telogo, vol. II,
Berthelier, Phihbert, vol II, 66 146
Bru/e, Pedro de, cardeal, vol II, Bradwardne, Thomas, vol. 1, 374
283 Brahe, Tycho, astrnomo, vol II, 166
Bessarion, vol 1, 387, 388, 391 Braidl, Claus, vol. II, 47
Beukelssen, Joo, vol. II, 53 Rray, Guy de, vol II, 112
764 HISTRIA 1)A IGREJA CRIST o crIstianismo moderno 741
Bray, Thomas, anglicano, vol II, 173 Carey, William, missionrio vol I I ,
Brent, Charles H, bispo, vol II, 308 225, 262
Bretanha, primeiras misses, vol I, Carlomano, vol I, 263, 268
256-261 Ca rol i, P e d r o , vol. II, 75
Brewster, W i l l i a m , ancio, vol i I, Carpzov, Johann Benedict, telogo,
146, 147 vol II, 193, 194
Brionnet, Guilherme, vol 1 408; Carrol, John, arcebispo, vol II, 231
vol 11, 70 Cartas de Homens Obscuros, vol II,
Brggs, Charles A , estudioso das 9
Escrituras, vol, II, 281 Cartwright, Edmund, inventor, vol.
Brgida, vol. I, 186 II, 203
Browne, Roberto, separatista, vol II, C a r t w n g h t , Thomas, puritano, vol
141-142 II, 140, 141
Bruno, Giordano, vol i, 404 Casamento do clero, vol I, 213
Bubnica, peste, vol I, 355 Castellio, Sebastio, vol II, 78
Bueer. Martinho vol. 11, 14, 36 44, Catarina dc A r a g o . vol II, 82. 83,
49, 50, 51, 54, 55, 72, 74, 75, 89 84
Bud, Guilherme, vol I, 408 Catarina de Sena, santa, vol I. 372,
Bugenhagen, Johann, vol II, 22, 37, 395, 396
49, 62 Ctaros, vol. I, 322-327
Bulgakov, Srgio, telogo, vol II, 301 Catecismo, vol II, 7 6 ; de R a k o w ,
Bullinger, Henrique, vol 11, 39, 4 3 vol II, 132; Menor, vol II, 31
Burghley, I.ord, vol H, 92 Catecmenos, vol I, 126
Bushnell Ilorcio, telogo, vol II, Cativeiro bablnico, vl 1, 3 6 6 ; vol
274
11, 17
Butlcr, Joseph, bispo c telogo vol Catlica, v Igreja..
II, 183, 203 Cavaleiros de So Joo, vol I, 313
Cavaleiros Teutnicos, vol i, 314;
Cabala, vol,, 1, 408 vol II, 30
Calixto, papas: II, vol I 303; I I I , Cecil, Guilherme, vol 11, 92
vol 1, 393, 394
Cecil, Richard, evanglico, vol II,
Cajetano, vol, II, 14
213
Calvinismo, vol .11, 134 144, 149-152,
Ceciliano, vol I, 155
164, 212, 232
Ceia do Senhor, v Eucaristia.
Calvino, Joo, vol. I, 319; vol II,
Celestino I, papa, vol I, 196
39, 47, 54, 68-80, 91, 96 99, 105,
Celibato do clero, vol I, 217, 300
III, 121
Cameronianos vol. II, 158 Celso, vol I, 113
Campbell, Alexandre, " d i s c p u l o " , vol. Celta, monaquismo, vol 1, 186
Celtes, Conrado, vol I, 404; vol II,
II, 275
33
Campbell, Thomas, " d i s c p u l o " vol
Cerdo, vol t, 84
II, 275
Cesarini, Juliano, vol. I, 386, 388
Campeggio, Loureno, vol. II, 28-50 Cesrio de A r i e s , vol I, 247
Cano, Melchior, vol I 4 0 0 ; vol II, Clialmers, T h o m a s , t e l o g o escocs,
107
vol II, 261
Cnone do N o v o Testamento, vol I,
Champion, Edmundo, vol II, 117
85, 91-92, 97
Chandieu, A n t n i o de la Roche, vol-
" C a n n i c a " , lei, vol. I, 366
11, 111
Canossa, vol I, 299
Channing, W i l l i a m Ellery, unitrio,
Canstein, baro von, Sociedade Bbli-
vol II, 274
ca, vol II, 194, 224
Canuto, rei, vol. I, 306 Chaleaubrand, Franois Ren de r o -
Capadcios, telogos, vol. I, 170-173 mntico, vol II, 287
Capito, W o l f g a n g , vol II, 36, 44 Chauncy, Charles, congregacional, vol
Caraccioli, Galeazzo, vol II, 103 II, 218
Caraffa, Gian P i e t i o , vol II, 102, Chemnitz, Martinho, vol II, 123
103 Chicago Lambeth, quadriltero de,
Cardeais, vol 1, 289-290, 295 vol II, 308
NDICE HEMISSIVO 765
H e l w y s , I boinas, batista, vol l i , 146 Homoouos, vol i, 108, 159 160 166-
Hengstenber, Ernest Wilhelra, telo- 167
go, vol. II, 247, 264 H o n r i o , imperador, vol I, 244
Henrique, Duque de Guise, vol II, H o n r o , papas: I, vol. I, 211. 2 1 2 ;
114, 115, 119 II (antipapa), vol I, 295; I I I , vol
Henrique, imperadores: II, vol. I, 283 I, 329
111, vol. I, 284, 287-288, 292; I V , H o o k e r , Ricardo, anglicano vol II,
vol I, 291, 295 296 297-301, 377; 143
V, vol. I, 302-303, 377; V I , vol I, H o o k e r , I boinas, puritano, v o l 11,
361 362 150
Henrique, o Passarinheiro, vol I, 281 Hooper, John, vol II, 85, 91
Henrique, reis da F r a n a : II vol. II pital, Miguel de 1', vol II, 112
59, 9 7 ; I I I , vol. II, 115, 116, 119; Hopkins, Samuel, telogo vol II, 221
I V , vol II, 119 124 H o r t , Fentou John Anlhony, estudioso
Henrique, reis da Inglaterra: I, vol das Escrituras, vol II, 255
I. 302; II, vol. I, 360; V I I , vol. I s i o de Crdova, vol I, 158, 164
397; V I I I , vol I, 398, 408; vol. II, Hospitalrios, vol I, 313
56, 81, 82-88, 90, 138 H o w a r d , Catarina, vol II, 87
Henrique " d e Lausana", vol I, 320 H o w a r d . John, filantropo, vol II, 223
Henrique de Navarra, vol II, 114 llubriiacr, Baltasar, vol Q, 40, 41,
115, 119 42, 43, 46
Hughes, H u g o Price, Cristianismo
flenoticon de Zeno, vol. I, 204
social, vol II, 261
i l e p b u r n , Tiago Conde de Bohwell,
Hugo, o Branco, vol l, 290
voi H, 100
H u g o de Cluny vol I, 287
Herclio, imperador, vol. I, 210, 211
H u g o de Fleury, vol. I, 302
i l e r c l i t o de feso, vol I 18, 22
H u g o de So Vtor, vol I, .339, 340,
Herbert Kduardo, de Cherbury, deis -
346, 354
ta, vol. H , 180
Huguenotes, vol II, 111-112
Herder, Johann Gottfried vou, romn-
Humanismo, vol. I, 403
tico, "vol H, 242, 254
Humberto, cardeal, vol I, 290, 291,
Heresia, vol. I, 226
293, 295
Heresia, leis contra a vol. II, 42
Hume, Davi, filsofo, vol II, 183,
Hermes de Roma, vol I, 61, 64, 68,
184, 185, 215, 239, 240
69, 136
Humiliati, vol I, 325
Herodes Agripal, vol I, 44
Humphrey, Loureno, puritano, vol-
Hcrodes Antipas, vol I, 32
Herodes, o Grande, vol T, 32 II. 139
Herodianos, vol I, 32 Huntingdon, Selina, coiuiessa de, vol
Herrmann, Wlhelru, telogo, vol H, II, 212, 214
252, 268 Huntington, William Reed, anglicano,
Hesicastas, v o l I, 304 vol I 308
Hcks, Elias, qaacre, vol II, 276 Huss, John, vol I, 378-381, 385;
H i l r i o de Poitiers vol I, 165-167, vol II, 15
227 Hut, Hans, vol. l , 46
Hildebrando, v. Gregrio V I I , papa H.utten, Ulrich von, vol. II, 9, 16
H i n c m a r de Reinis, vol. I, 275 l-futter, Jac, vol II, 46
Hinos, vol II, 24 "Hutterita, Irmandade", vol. II, 46
Hi p li to de R o m a , vol I 90, 106-107, Hypostasis, vol.. I, 169. 171
112, 118
Hobart, 'John H e n r y , bispo, vol. II. Ibas de Edessa, vol I, 198, 207
277 cones, venerao de, vol I, 213-214,
Hoehstraten, Jac, vol. I I , 8 226
H o d g k i n , John, vol II, 93 Iconoclasta, Controvrsia, vol. 1, 213-
H o e n , Cornlio, vol 11, 37 215, 271
H o f f m a i m Melchior, vol I I , 45, 46, Igreja, Cipriano, vol. I, 101, 122;
52 constituio nos sculos IV c V,
Holland, H e n r y Scott, Cristianismo vol. I, 216-219; desenvolvimento ca-
social, vol 260 tlico, vol. 1, 88-92; episcopado,
772 HISTRIA 1)A IGREJA CRIST o crIstianismo moderno 741
Misso do Interior da China, vol. II, Murton, John, batista, vol II, 146
262 Mynster, J P, bispo, voi i l , 265
Misses, vol. II, 194, 199, 224, 262,
267, 271, 282, 291, 304, 305 Nacionalismo, vol. I, 366, 397-402
Mistrio, religies de, vol, I, 26-27, Naes, vol 1, 385
62, 128 Napoleo I I I , imperador, v o l II, 289
Misticismo, vol I, 344, 354-357 395- Npoles, vol I, 394
-396; vol II, 44 Natal, comemorao do vol i, 222-
Mil frcnnender Sorr/e, vol II, 293 -223
Mitras, v o l I, 26, 27, 146 Naumann, Krederico, cristianismo so-
Modernismo, vol, II, 292 cial, vol 11, 267
Moffat, Robert, missionrio, vol II, Neander, Joaquim, pietista, vol. II,
262 195
Mogila Peter, uietropolita, vol 11, Neander, Johann August Wilhelm,
296 historiador, v o l II, 247
Mohac/., vol II, 30 Neoplatonismo, v o l I, 20, 146, 233,
Monaquismo, vol l, 182-186, 285-288 234
V tb Ascc.lismo Nero, imperador, vol I, 54, 72
Monarquianismo: dinmico, vol. I, Nestorana, igreja, vol I, 358; vol. 11,
103-105; modalista, vol. I, 105-106 302
Mongol C, vol. I, 358 Nestorianismo, vol I, 194-202
Mnica, vol I, 231, 234 Nestrio. vol. I, 194-202, 245
M.oaoisisino, vol. I, 203-212 Nevin, John W, telogo, vol II, 277
Monofisitas, vol II, 302 Newman, John .Henry, cardeal, vol
Monotelismo, vol 1, 212 II 256, 257
Montanisrno, vol. I, 86-87, 98, 103, Newton, Isaque, cientista, v o l H, 166
121 Newton, John, evanglico, vol II, 213,
Montano, vol.. I, 68, 86-87 214
Monte Atos, v o l II, 299 Nieia, Primeiro Concilio Geral, v
Monte Sla Ines, mosteiro, vol I, Concilio
357 " N i c e n o " , credo, vol. I, 172, 201
M o o J y , Dwight 1.., evangelista v o l Nicoaismo, vol I, 286
II, 259, 280, 306 Nicolau de Ancira, vol. I, 223
Morvia, vol II, 42, 46 Nicolau de Cletnanges, vol. 1, 384
Moravianismo vol. II, 197, 198, 199, Nicolau de Cusa, vol. I, 267, 403, 404,
200, 202, 207, 209, 210, 231 408
Moravianos, vol I, 381 Nicolau de Hereford, vol. I. 376
More, Ana, evanglica, vol II, 214 Nicolau, papas: I, vol I, 277-278; II,
More, Thomas, vol I, 406; vol 11, vol I, 294; V , vol I, 389 393, 394
81, 84 Nicolau de Tquio, bispo, voi. II, 299
Moritz da Saxnia, vol. II, 57. 58 Nicon, patriarca, vol, II, 297
Mormonismo, vol. 11, 279 Niebuhr, Barthold Georg, historiador,
Morrison Robert, missionrio, vol vol II, 249
II, 262' Niebuhr, Reinhold, telogo vol II,
Mortaliuyn nimos, vol II, 304 312
Msheini, Johann Lorentz voa, his- Nikolsburgo, vol . II, 46
Ninian, vol. I, 257
toriador, v o l 11, 235
Nitschinann, Davi, moraviano vol II,
Mott, John Raleigh lder ecumnico, 199, 207
vol. II, 305 Noalles, Louis Antoinc de, cardeal,
Mhlberg, vol II, 57 vol II, 284
Mulilenberg, I l e n r y Melchior, lute- Nobili, Roberto dc, vol. JI, 109
rano, v o l II, 219, 231 Noeto, vol. I, 105
Mller, George, irmos de Plymouth, Nogaret, Guilherme, vol. I, 365
vol II, 260 Nominalismo, vol I, 335, 337, 352
Mnster, revoluo de, vol. II, 52 A* on abbiamo bisogno, vol. 11, 293
Mnzer, Toms, vol II, 26, 27, 44, 47 Noruega, vol II, 61-64
Murray, John, universalista, vol. II, Northumberland, duque de, vol. II,
232 89-90
NDICE HEMISSIVO 777
Universidade de Salamanca, vol II, vol. I, 291; III, vol. I, 301; IV,
105 v o l I, 360
Universidades, vol I, 341-343, 404; Vtor, So, vol. I, 339
vol. II, 95 Vitorino, voh I, 233
Untereyck, T e o d o r o , pietista, v o l II, Vittoria, Francisco de, v o l I, 400
195 Vladimir I, gro-duque, vol. I, 307
Unterwalden, vol. 11, 38 Voet, Gisbert, telogo, vol. II, 191
Urbano, papas: II, vol I, 293, 301, Voltaire, vol. II, 186, 187, 285
311, 349; I V , vol. I, 363; V / v o l Vulgata, vol. I, 230, 376, 392, 409;
I, 372; V I , vol I, 372; V I U vol. v o l II, 20
II, 284
Uri, vol II, 38 Waldrada, concubina de Lotrio II,
Urscio de Singidunum, vol. I, 165 vol I, 278
Ursinus, Zacarias, vol II, 122 Waldshut, vol. II, 41
Utraquistas, vol. I, 381 Wallensteiri Albrecht von, vol II,
126-128
Valdenses, v o l I, 322-327, 330, 382; Walpot, Pedro, vol II, 47
vol. II, 66 Ware, Henry, unitrio, vol. II, 274
Valds, Joo, v o l II, 103 Wartburgo, castelo de, vol. 11, 20
Valente, imperador, vo I, 169-172 Watt, James, inventor, v o l 11, 203
Valente de Mursa, vol I, 165 Watts, Isaque, hinologista, vol II,
Valentiniauo, imperadores: I, vol I, 204
169; I!, vol. 1, 187; I I I , vol I, Webb, Thomas, metodista, vol U,
177, 197 219
Valentino, vol I, 82 W e d g w o o d , Josias, inventor, vol II,
Valeriano, Imperador, vol I, 120 203
Valia, Loureno, vol. I, 392 Weld, T e o d o r o Dwight, abolicionis-
Vasey, Thomas, metodista, v o l II, ta, v o l II, 273
230 Wesley, Charles, metodista, vol. 11,
Vatable, Francisco, v o l II, 70 205, 208, 209, 212
Vaticano, biblioteca do, vol. 1, 393 Wesley, Johri, metodista, v o l II, 136,
Vaticano, concilio, vol.. II, 289 204-214, 219, 222-224, 230, 237
Velhos Catlicos, vol II, 289, 303 Wesley, Samuel, anglicano, vol. 11,
Velhos Crentes, vol II, 297, 301 204, 205
Velichkovsky, Paisi, abade, vol. II, Wesley, Susana, me dc John e
298 Charles, vol II, 205
Venceslau da Bomia, v o l I, 379, 380 Westcott, Brooke Foss, bispo e es-
Veneza, vol I, 315, 358 tudioso das Escrituras, v o l II, 255,
Venn, Henry, evanglico, vol. II, 223 260
Venn, John, evanglico, vol. II 225
Westminster, assemblia de, vol II,
Verdun, tratado de, v o l 1, 274
151, 152
Verrngli, Pedro Martire, vol II, 103
/-' ia antiqua, v o l I, 352 Westminster, confisso de, v o l TI,
Via moderna, vol I, 352 152, 159, 174, 217
Vicente de Lrins, vol I, 246 Westphal, Joaquim, v o l II 122
Vida e Obra, Conferncia Crist Wettstein, Johann Jakob, estudioso
Universal sbre, Estocolmo ( 1 9 2 5 ) , das Escrituras, vol. II, 237
vol. II, 307 Whatcoat, Rchard, metodista, vol.
Vigilncio, v o l I, 230 II, 230
Viglio, papa, vol.. I, 207 Whitc, William, bispo, v o l II, 229
Vinet, Alexandre, vol II, 266 Whitefield, Jorge, evangelista, vol
Viret, Pedro, vol. II, 74 II, 205, 206, " 209, 212, 217, 218,
Virglio, missionrio, vol. I, 258 222, 232
Virtudes crists, v o l I, 345 Whitgift, Joo, arcebispo de Cantu-
Virtudes naturais, v o l I, 346 ra, v o l II, 140, 143, 145
Visigodos, vol. 1, 174-176, 179 Wibert de Ravena, antipapa, vol I,
Vtor Emanuel II, rei da Itlia, vol. 300, 301
II, 289, 290 Wichern, Johann Ilinrich, misso in-
Vtor, papas: I v o l I , 95, 104; II, terna, vol II, 265
784 ilISRIA DA IGREJA CRIST