Tecfix EP

Boletim Tcnico

Tecfix EP Reviso Julho 2011

Adesivo para ancoragem base de resina epxi

Descrio
Tecfix EP um produto bicomponente disposto numa bisnaga com cmaras independentes, projetada para realizar a mistura adequada dos
constituintes imediatamente no momento da aplicao. Tecfix EP um produto pr-dosado, base de epxi isento de estireno, no retrtil,
destinado ancoragem de barras de ao, chumbadores, tirantes e parafusos de fixao, em estruturas de concreto, rocha ou alvenaria. Adere a
substratos midos e devido elevada resistncia mecnica conferida ancoragem requer perfuraes de menores dimenses, tanto na
profundidade quanto no dimetro do furo, gerando maior produtividade e economia devido ao menor consumo na obra.
Usos

Para ancoragem permanente de barras de ao, chumbadores, tirantes e parafusos de fixao, em concreto, rocha ou alvenaria, tanto na
posio horizontal quanto na vertical
Vantagens

Fcil de aplicar, apresenta um misturador esttico que proporciona a mistura ideal no momento da aplicao

Rpido ganho de resistncia

Pode ser aplicado sobre superfcies secas ou midas

No retrtil

Resistente a vibraes

Garantia e confiabilidade na execuo de ancoragens em perfuraes verticais voltadas com a abertura para baixo

Agilidade da obra com a perfurao de menores profundidade e dimetro

Proporciona grande economia devido ao alto rendimento do material

Produto atxico, no agressivo ao meio ambiente
Instrues de uso
Critrios de projeto
O projetista de estruturas ou de recuperao estrutural deve observar as caractersticas e propriedades da resina de ancoragem para
dimensionar de forma precisa e segura. Os parmetros a serem considerados no dimensionamento da ancoragem qumica so os seguintes:
- Propriedades do concreto de substrato;
- Propriedades do ao da barra, chumbador ou elemento a ser ancorado;
- Desempenho da resina de ancoragem ou adesivo;
- Dimetro da barra;
- Espaamento das ancoragens;
- Profundidade de ancoragem.
Devido ao nmero de variveis, no possvel ensaiar em laboratrio todas as condies de servio. Portanto, interessante poder determinar
as cargas de trabalho por intermdio do clculo dos esforos envolvidos. O clculo para se determinar as cargas de servio para as barras leva
em considerao a profundidade de ancoragem e a qualidade do concreto, indicada pela resistncia compresso do material. O valor da carga
determinada pelo clculo um indicativo da carga de servio, que deve ser confirmada por ensaios de campo no local da aplicao.

L *
Fwork = (1)
*100
Onde:
Fwork - carga de servio, em kN
- coeficiente de aderncia da resina
- dimetro do furo ou perfurao, em mm
L - profundidade de ancoragem, em mm
A Tabela 1 apresenta os coeficientes de aderncia para concretos com resistncia compresso e ao estrutural CA-50.
Tabela 1 - Coeficiente de aderncia Tecfix EP.
Tipo de Ao Concreto C20 e C25 Concreto C35 e C45
CA-50 1,51 1

A carga de servio assim calculada deve ser ento reduzida em considerao s distncias da borda, ao espaamento da ancoragem,
temperatura e outras circunstncias que reduzem a capacidade de suporte do substrato. Para barras muito finas a carga de servio no deve
exceder a carga de ruptura terica do ao utilizado, devendo-se limitar a carga de servio ao valor da carga de ruptura terica dividido por 4,
sendo este o coeficiente de segurana.
Para armaduras, a carga de servio tambm no deve exceder a carga de ruptura terica do ao, no entanto, o coeficiente de segurana passa
a ser de 1,15. As barras de ao estrutural consideradas neste texto so as de uso comum na construo civil brasileira, denominadas CA-50.
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A Tabela 2 mostra as foras mximas de trao, ou seja, a carga mxima de ruptura trao, utilizando o ao para construo CA-50,
relacionando quatro classes de concreto, comprimentos de ancoragem mnimos e mximos e dimetros da barra e do furo distintos.
Tabela 2 - Capacidade de carga para Ao Estrutural CA-50
Concreto C20 e C25 Concreto C35 e C45
Dimetro da barra Dimetro do furo
(mm) (mm) L mn. F mn. L mn. F mn.
L mx. (mm) F mx. (kN) L mx. (mm) F mx. (kN)
80 5,30 80 8,0
8 10
330 21,87 219 21,87
100 7,95 100 12,00
10 12
429 34,13 284 34,13
120 12,72 120 19,20
12 16
463 49,13 312 49,13
160 21,19 160 32,00
16 20
660 87,39 437 87,40
200 33,11 200 50,00
20 25
824 136,52 546 136,52
250 46,36 250 70,00
25 28
1000 185,43 712 199,40
280 59,34 320 102,40
28 32
1120 237,35 800 256,00

Com os dados da Tabelas 2 pode-se avaliar a resistncia oferecida pela resina. Para outros dimetros, recomenda-se estimar a resistncia pelo
clculo descrito anteriormente e executar ensaios para comprovar os valores calculados, lembrando que outras variveis podem influenciar no
desempenho final do sistema. Dois outros parmetros devem ser considerados na avaliao estimativa da capacidade de suporte trao do
sistema de ancoragem. O primeiro se refere ao limite de proximidade da perfurao face do concreto, ou seja, borda do elemento estrutural.
Esta distncia define o fator multiplicativo de reduo do limite de distncia 1. O segundo se refere distncia entre as perfuraes,
denominado espaamento de ancoragem, estabelecendo-se o fator multiplicativo 2.

Fwork p = 1 * 2 * Fwork (2)

Onde:
Fwork-p - carga de servio reduzida, em kN
1 - limite de distncia, admensional
2 - espaamento da ancoragem, admensional
Fwork - carga de servio, em kN
Em situaes em que h uma srie de perfuraes prximas entre si e das bordas do elemento estrutural, deve-se corrigir a estimativa original
da capacidade de suporte trao com o uso da equao 2 indicada e utilizando-se os fatores multiplicativos da Tabela 3. Os fatores
multiplicativos so determinados em funo da profundidade de ancoragem L, ou seja, uma vez estimada a carga e a profundidade de
ancoragem com o uso da equao 1, pode-se considerar a influncia da distncia da perfurao e da proximidade desta em relao s bordas e
modificar o projeto quando necessrio, considerando uma perda da capacidade portante.
Tabela 3 - Fatores de reduo para correo da capacidade de carga em situaes de furos muito prximos entre si e das bordas.
Limite de distncia 0,6L 0,7L 0,8L 0,9L 1,0L 1,1L 1,2L
1 0,48 0,55 0,65 0,70 0,80 0,90 1,00
Onde: L = profundidade de ancoragem
Espaamento de ancoragem 0,5L 0,6L 0,7L 0,8L 0,9L
2 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00

Preparo e execuo das perfuraes

A perfurao pode ser executada de trs modos: (a) com perfuratrizes rotativas, (b) com coroas diamantadas, neste caso devem ser
escareados, ou (c) realizando furos pr-moldados com configurao em cauda de pombo invertida. Aps a execuo dos furos de fundamental
importncia retirar todo o p e os materiais soltos, preferencialmente com jato de ar filtrado ou gua. Utilizando o padro das bitolas disponveis
para a construo civil, a diferena entre o dimetro da barra e o dimetro do furo deve ser de apenas um dimetro padro, ou seja, para barras
de ancoragem com dimetro de 12,5 mm, por exemplo, o furo deve ter 16 mm (medida padronizada para as barras de ao CA-50), ou para
barras de ancoragem com bitola de 16 mm, o furo deve apresentar 20 mm de dimetro. Devido elevada resistncia mecnica de Tecfix EP, as
profundidades de ancoragem podem ser calculadas com dimenses muito inferiores, gerando um enorme ganho de produtividade, velocidade na
execuo e economia de equipamentos e de materiais.
Preparo das barras de ao
As barras, chumbadores, tirantes e parafusos de fixao devem apresentar-se limpos, isentos de graxas, leos e produtos de corroso. Aps a
limpeza, no manusear o metal na regio de ancoragem. De preferncia proteger as extremidades das barras at o momento da ancoragem.
Mistura
realizada no momento da aplicao pelo prprio sistema da embalagem. Acoplar o bico helicoidal na ponta da bisnaga de Tecfix EP, inserir
esta no Aplicador Tecfix EP e bombear o adesivo, at observar-se a sada do fluido lubrificante que deve ser descartado. No momento em que
se observar a vertncia do produto homogneo com consistncia pastosa, introduzir o bico nas perfuraes para incio da aplicao.
Aplicao
A superfcie do concreto pode estar seca ou mida. Tecfix EP deve ser bombeado continuamente para dentro dos furos de ancoragem com o
uso do Aplicador Tecfix EP, sempre do fundo para a borda. A barra deve ser inserida sob presso e com leve movimento de giro, at atingir a
profundidade determinada em projeto. A barra deve ser mantida na posio at o endurecimento da resina, que varia conforme a temperatura
ambiente.
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Consumo terico aproximado

O clculo do consumo para a resina de ancoragem qumica Tecfix EP pode ser realizado atravs da equao 3 disposta a seguir.

C=
( furo
2 2
)
barra * * L * N
(3)
4000
Onde:
C - consumo da resina em mL
furo dimetro do furo ou perfurao em mm
barra dimetro da barra em mm
L profundidade de ancoragem, em mm
N nmero de perfuraes
As Tabelas 4 e 5 apresentam o consumo calculado para as situaes de ancoragem descritas no item Critrios de projeto.

Tabela 4 Consumo para ao estrutural CA-50 e concretos C20 e C25.

Concreto C20 e C25
Dimetro da barra Dimetro do furo
(mm) (mm) L mn. Consumo por furo Quantidade de furos
L mx. (mm) (cm ou mL) por embalagem de 400 mL
80 2,26 177,00
8 10
280 7,91 50,00
100 3,45 115,00
10 12
366 12,64 31,00
120 10,55 38,00
12 16
428 37,65 10,00
160 18,10 22,00
16 20
562 63,53 6,00
200 35,33 11,00
20 25
702 123,99 3,00
250 31,20 12,00
25 28
775 96,73 4,00
320 60,29 6,00
28 32
800 150,72 2,50

Quando h mais de uma situao de ancoragem, ou seja, quando h mais de um dimetro de barra ou variam os comprimentos de ancoragem,
deve-se calcular por nmeros de furo para cada situao e somar o volume total. Para obter o nmero de peas da resina de ancoragem, deve-
se dividir o volume total, em mL, por 400. Caso seja necessrio calcular o consumo em kg, a densidade de Tecfix EP 1.500 kg/m. Para
situaes intermedirias pode-se interpolar os dados ou utilizar a equao 3 para a determinao do consumo da ancoragem qumica.
Tabela 5 Consumo para ao estrutural CA-50 e concretos C35 e C45.
Concreto C35 e C45
Dimetro da barra Dimetro do furo
(mm) (mm) L mn. Consumo por furo Quantidade de furos
L mx. (mm) (cm ou mL) por embalagem de 400 mL
80 2,26 177,00
8 10
219 6,19 50,00
100 3,45 115,00
10 12
284 7,85 31,00
120 10,55 38,00
12 16
312 27,43 10,00
160 18,09 22,00
16 20
437 49,40 6,00
200 35,33 11,00
20 25
546 96,43 3,00
250 31,20 12,00
25 28
712 88,87 4,00
320 60,29 6,00
28 32
800 150,72 2,50

Tabela 6 Consumo para ao estrutural CA-50 e concretos C45 e C55.

Concreto C45 e C55
Dimetro da barra Dimetro do furo
L mn. Consumo por furo Quantidade de furos
(mm) (mm)
L mx. (mm) (cm ou mL) por embalagem de 400 mL
80 2,26 177,00
8 10
179 5,06 50,00
100 3,45 115,00
10 12
233 8,05 31,00
120 14,07 38,00
12 16
255 22,42 10,00
160 18,09 22,00
16 20
358 40,47 6,00
200 35,33 11,00
20 25
447 78,95 3,00
250 31,20 12,00
25 28
582 72,64 4,00
320 60,29 6,00
28 32
773 145,63 2,50
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importante levar em considerao uma determinada perda de material, devido principalmente ao excesso que pode ser lanado nas
perfuraes, o que pode ocorrer no incio das atividades, j que necessrio calibrar o nmero de movimentos de bombeamento da resina para
garantir a quantidade correta a ser aplicada em cada perfurao. Esta perda pode variar tambm em funo de erros nas dimenses das
perfuraes. A perda mdia de 5 a 10% pode ser considerada no clculo do consumo final.
Propriedades e caractersticas
Consistncia: Pastosa
3
Massa especfica: 1,500 kg/dm
o
Tempo em aberto a 5 C : 30 minutos
Tempo em aberto a 10 oC : 15 minutos
Tempo em aberto a 15 oC: 12 minutos
Tempo em aberto a 20 oC: 10 minutos
o
Tempo em aberto a 25 C: 6 minutos
Tempo em aberto a 30 oC: 4 minutos
o
Tempo em aberto a 35 C: 3 minutos
Perodo de liberao para carga a 5 oC: 8 horas
Perodo de liberao para carga a 10 oC: 6h30
Perodo de liberao para carga a 15 oC: 5 horas
o
Perodo de liberao para carga a 20 C: 3h30
Perodo de liberao para carga a 25 oC: 2h45
Perodo de liberao para carga a 30 oC: 2 horas
Perodo de liberao para carga a 35 oC: 1h45
Temperatura de aplicao: -10 a 30 oC

Fornecimento e armazenagem
Tecfix EP fornecido em bisnagas de 400 mL.
Mantendo-se em local seco, ventilado e na embalagem original lacrada, sua validade de 12 meses.
Precaues
As medidas de higiene e de segurana do trabalho e as indicaes quanto ao fogo, limpeza e disposio de resduos devem seguir as
recomendaes constantes na FISPQ do produto.

IMPORTANTE: O rendimento e o desempenho do produto dependem das condies ideais de preparao da

superfcie/substrato onde ser aplicado e de fatores externos alheios ao controle da ANCHORTEC, como uniformidade da
superfcie, umidade relativa do ar e ou de superfcie, temperatura e condies climticas, locais, alm de conhecimentos
tcnicos e prticos do aplicador, usurio e outros. Em funo destes fatores, o rendimento e performance podem apresentar
variaes.