02/06/2015

Resistncia ao cisalhamento dos solos

RESISTNCIA AO CISALHAMENTO DE SOLOS

Tenses Verticais so
tenses principais;
Dependem do histrico de
tenses que o solo foi
submetido e da
constituio do solo;

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1. RESISTNCIA AO CISALHAMENTO

Superfcie de ruptura

1. RESISTNCIA AO CISALHAMENTO

N
T
N N
T T
TA A
N
T T
T
N T
N N

Dividindo as foras T e N pela rea transversal do corpo de prova (A),

substituimos as foras pelas tenses tangencial ou de cisalhamento
(t = T/A) e pela tenso normal (s= N/A).

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Crculo de Mhor representao do estado de

tenses em um ponto

Facilmente construdo quando se tem

duas tenses principais
Ou quando se conhece a tenso normal
e cisalhante em dois planos quaisquer,
desde que as tenses normais sejam
diferentes

Crculo de Mhor representao do estado de

tenses em um ponto

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Critrio de Coulomb
No h ruptura se a tenso cisalhante no ultrapassar um valor dado pela
expresso abaixo, onde c e f so constantes do material e s a tenso
normal existente no plano de cisalhamento.

t =c+fxs

Critrio de Mohr
No h ruptura enquanto o crculo representativo do estado de tenses
se encontrar no interior de uma curva, que a envoltria dos crculos
relativos a estados de ruptura, observados experimentalmente.

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Critrio de Mohr - Coulomb

Supe que a relao entre t e s suposta linear

t = c + s tan f

t
f- ngulo de resistncia
ao cisalhamento
(ngulo de atrito)

c - intercepto coesivo (coeso)

Critrio de Mohr - Coulomb

Atrito f
Analogia com o deslizamento de um corpo sobre uma superfcie
horizontal;

Diferena pois no solo o deslocamento se faz envolvendo grande

nmero de gros que podem deslizar entre si ou rolarem acomodando-se
em vazios;

Parmetro que governa o comportamento de solos arenosos.

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Critrio de Mohr - Coulomb

Coeso c
A atrao qumica entre partculas exerce um efeito de cola.

Em solos sedimentares o atrito preponderante, mas em solos evoludos

pedologicamente a coeso real significativa.

Coeso real coeso aparente (que devido capilaridade).

Coeso real coeso obtida pelo intercepto de uma equao linear de

resistncia, por exemplo envoltria de Mohr Coulomb, que vlida
para uma faixa especfica de tenses, e apenas um modelo matemtico
para expressar a resistncia ao cisalhamento dos solos.

t = c + s tan f

Valores Tpicos de Coeso e ngulo de Atrito

Solo c' (kPa) f' oC

Arenosos Fofa 0 25-30
Densa 0 35-40
Argilosos Normalmente Adensada 0 20-25
Pr-Adensada 20-80 20-25
Residuais Jovens 10-60 30-35
Maduros 10-60 28-34
Moles (orgnicos) 0 15-25

Obs.: Ordem de grandeza!!

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2. ENSAIOS DE LABORATRIO PARA DETERMINAO

DOS PARMETROS DE RESISTNCIA AO CISALHAMENTO
(COESO E NGULO DE ATRITO)

Cisalhamento direto

Ensaio triaxial
Compresso simples

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Ensaios de resistncia ao cisalhamento

Tipos de ensaios
Compresso simples Cisalhamento direto

1

3

3 1

Ensaio triaxial

t c s tg
ou

t c ' s'tg'
=45+/2
Alfa com a horizontal o plano de menor
resistncia ao cisalhamento do solo 15

Tipos de ensaios triaxiais

Ensaio Drenagem Poropresses Parmetros Emprego

CD Permitida na fase Nulas Efetivos Anlise da resistncia ao

consolidated de adensamento cisalhamento de solos de alta
drained ou S e compresso *Aguarda-se o permeabilidade
slow) axial. tempo de
adensamento
dissipao da
poropresso.
CU Permitida Medidas na Totais e Anlise a curto e longo prazo da
consolidated somente na fase compresso efetivos resistncia ao cisalhamento de
undrained ou R de adensamento. axial solos de baixa permeabilidade
rapid) adensados (aterro aps
construo, ou rebaixamento
rpido do reservatrio de
barragem.

UU No permitida Medidas Totais Anlise a curto prazo da

unconsolidated resistncia ao cisalhamento de
undrained ou Q solos de baixa permeabilidade
quick) no adensados.

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3. RESISTNCIA DE SOLOS ARENOSOS E ARGILOSOS

3.1 - Diferenas entre o comportamento de solos arenosos e argilosos

1) Permeabilidade

Solos arenosos so normalmente analisados em termos de tenses efetivas

porque os carregamentos normalmente so drenados , portanto, as
tenses efetivas so iguais as tenses totais.

Solos argilosos podem ser estudados tanto em termos de tenses efetivas,

quanto em termos de tenses totais (Resistncia no-drenada) porque os
carregamentos normalmente so no-drenados

2) Compressibilidade e pr-carregamento

Solo arenoso
e

e Solo argiloso

s
-Solos arenosos so bem menos compressiveis do que os solos argilosos. Por
isso, no tem efeitos pronunciados de histria de tenses (presses de pr-
carregamento, variaao significativa de compressibilidade, etc.),
- Solos arenosos no tem coeso.

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3.2 Fatores que influenciam a resistncia de solos arenosos

e enat
Densidade Relativa D (%) 100 (
r
max

)
e
max emin

Dr(%) Denominao

0-15 Muito fofa

15-35 Fofa

35-65 Mdia

65-85 Densa

85-100 Muito Densa

A resistncia aumenta com o aumento da densidade relativa

Comportamento Tpico

f'p f'r Quanto mais densa maior a diferena

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Distribuio Granulomtrica

Areia Areia
Argila Silte Fina Mdia Grossa Pedregulho Argila Silte Fina Mdia Grossa Pedregulho
100 100

90 90

80 80

70 70

Porcentagem Passante
Porcentagem Passante

60 60

50 50

40 40

30 30

20 20

10 10

0 0
1.0E -04 1.0E -03 1.0E -02 1.0E -01 1.0E+00 1.0E+01 1.0E -04 1.0E -03 1.0E -02 1.0E -01 1.0E+00 1.0E+01

Dimetro das Partculas (mm) Dimetro das Partculas (mm)

Distribuio Granulomtrica Uniforme Distribuio Granulomtrica No-Uniforme

Distribuio Granulomtrica Uniforme Cu = D60/D10 (coeficiente de uniformidade)
Cu < 6 e 1<= Cc =<3 Cc = (D30)2/(D10*D60) (coeficiente de curvatura)

Areias Uniformes tem ngulo de atrito menor que areias no-uniformes

(bem graduada)

Formato das Partculas

Partculas arredondadas Partculas angulares

Areias com partculas arredondadas tem ngulo de atrito menor que

areias com partculas angulares

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RESUMO
(ordem de grandeza da variao
do ngulo de atrito)

Fofa Densa

Uniforme 30 37
Arredondado
Bem-Graduado 34 40
Arredondado
Uniforme 35 43
Angular
Bem-Graduado 39 45
Angular

Necessidade de correlacionar com resultados de ensaios de campo, uma

vez que difcil conseguir amostras indeformadas.

Peck, Hanson and Thornburn, 1967

26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48

f
0
10
20
30
N
40 SPT
Fofa Muito Densa
50 Mdia
60 Densa
70
80

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3.3 Fatores que influenciam a resistncia de solos argilosos

Solicitaes drenadas (lentas)

- Condies de drenagem

Solicitaes no-drenadas (rpidas)

Lembrar que a resistncia funo das tenses efetivas.

Em condies drenadas as tenses efetivas so iguais as tenses totais
Em condies no-drenadas para se determinar as tenses efetivas temos
que determinar o valor das poro-presses

Se as poro-presses forem pouco precisas melhor

trabalhar com as tenses totais, envoltria de tenses
totais e parmetros totais de resistncia

Deve-se trabalhar com a envoltria representativa do

problema pior condio de campo

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- Histria de Tenses

Solos argilosos normalmente adensados e saturados no tem coeso.

Solos argilosos pr- adensados e saturados tem coeso por que as foras
atrativas entre as partculas predominam.

Pr-adensados
Normalmente adensados

- Envoltria de Resistncia de Solos Argilosos Naturais

t NA
f'

PA

c'
s PA' s'

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Comportamento Tpico em Condies drenadas

Comportamento Tpico em Condies No-Drenadas

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Relao entre parmetros drenados (efetivos) e no-drenados (totais)

t
f'

s'3 s 3 s'3 s'1 s 1 s 3 s'1 s1 s'

u1 u1

u2 u2

f' f Qdo as poro-presses na ruptura so positivas

Relao entre parmetros drenados (efetivos) e no-drenados (totais)

f' f Qdo as poro-presses na ruptura so negativas

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t UU

Su

s
0 100 200

t UU

Su

38
Sempre o s
mesmo
crculo

Exerccios
#1. Em uma caixa de cisalhamento direto, com 36 cm2 de rea, foram obtidos os valores a seguir,
durante ensaios em amostras indeformadas de argila arenosa.

Determinar: (a) a coeso

(b) o ngulo de atrito interno do solo

Ensaio Fora de cisalhamento

Fora vertical, N
(ou amostra) mxima, T
# (kgf) (kgf)
1 9 12,5
2 18 15,5
3 27 18,5
4 sconf 36 22,5
5 45 25,5

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Soluo:
Com a rea da amostra so calculadas as tenso normal e tangencial, e traado o grfico abaixo, de
onde se obtm os valores de c e .

Fora de
Fora cisalhamento mxima
vertical N T s t
(kgf) (kgf) (kgf/cm2) (kgf/cm2)
0,75
9 12,5 0,25 0,35
0,70
18 15,5 0,50 0,43 0,65
27 18,5 0,75 0,51 0,60
36 22,5 1,00 0,63 0,55
45 25,5 1,25 0,71 0,50

t (kgf/cm2)
0,45
0,40
= arctg (t / s) 20 0,35 t = 0,25 + 0,37 s
0,30 R = 0,9973
0,25
c = 0,25 kgf/cm2 0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40
s (kgf/cm2)

Exerccios
#2. Calcular a resistncia ao cisalhamento da amostra indicada no perfil abaixo, sabendo que num
ensaio triaxial foram obtidos os seguintes valores para:

Perfil do terreno

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Soluo:
a) Com os valores da tabela acima, determina-se a envoltria de cisalhamento da amostra dessa
argila arenosa

PROVA
*** COMPASSO ***

Soluo:
(b) Resistncia ao cisalhamento da amostra indicada no perfil

2
c 56 kN / m
f 0.35 rad
s 20 5 18 1

t c s tan f

2
t 99.07 kN / m

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