Malaria
Malaria
Malaria
FUNASA
Manual
de Terapêutica
da Malária
Manual de
Terapêutica da Malária
6a edição revisada
Editor:
Assessoria de Comunicação e Educação
em Saúde – Ascom/Pre/FUNASA.
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco N, 5º Andar
Sala 517
CEP: 70.070-040 - Brasília - DF
Distribuição e Informação:
Gerência Técnica de Malária. Assessoria de Descentralização e
Controle de Endemias (ASDCE)
Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi)
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco N, 7o Andar, Sala 713
CEP: 70.070-040 - Brasília - DF
Telefones: (0xx61) 314-6355/314-6481/321-1410/321-2203
Fax: (0xx61) 321-1410/321-2203
E-mail: [email protected]
1.1. Introduçã
Introduçãoo
Obs.: para exames com menos de 40 parasitos por 100 campos, expressar o resultado pelo número de
parasitos contados.
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Dosagem
5. Eliminação do medicamento
6. Efeitos colaterais
7. Contra-indicações
8. Superdosagem
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Uso terapêutico
§ Como hipnozoiticida
A primaquina deve ser sempre usada nas infecções naturais por P. vivax,
objetivando destruir as formas hipnozoíticas.
§ Como medicamento gametocitocida em infecções por P.
falciparum (bloqueador de transmissão)
O uso da primaquina, como gametocitocida, deve ser reservado para a
esterilização das infecções por P. falciparum em pessoas que se mudam para
4. Dosagem
6. Eliminação do medicamento
7. Efeitos colaterais
8. Contra-indicações
9. Superdosagem
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Dosagem
A quinina pode ser administrada por via oral ou endovenosa. Se não for
possível administrar tratamento oral, a primeira dose de quinina deve ser
administrada por via endovenosa, mediante infusão lenta em solução isotônica
5. Eliminação do medicamento
6. Efeitos colaterais
7. Contra indicações
- hipersensibilidade à quinina;
- cardiopatias graves com arritmia cardíaca;
- tratamento recente com mefloquina.
8. Superdosagem
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Dosagem
4. Uso terapêutico
6. Eliminação do medicamento
A doxiciclina é rápida e quase totalmente absorvida pelo sistema
gastrointestinal e sua absorção não é afetada significativamente pela presença
de alimento no estômago ou no duodeno. A concentração plasmática máxima
é alcançada em cerca de duas horas após a administração oral. Liga-se às
proteínas plasmáticas (80-90%), com uma meia-vida biológica em torno de
15-25 h. É metabolizada no fígado e excretada pela via fecal, sendo mais
lipossolúvel que a tetraciclina e se distribui amplamente pelos tecidos e flui-
dos corpóreos.
7. Efeitos colaterais
É comum a irritação gastrointestinal e ocorrem reações fototóxicas e
maior vulnerabilidade a eritema solar. Como a tetraciclina, a depressão tem-
porária do crescimento ósseo é em grande parte reversível, porém a descolo-
ração dos dentes e a hipoplasia do esmalte são permanentes. O agravamento
de disfunção renal pode ter menos possibilidade de ocorrer que com outras
tetraciclinas.
8. Contra-indicações
- hipersensibilidade conhecida às tetraciclinas;
- crianças com menos de oito anos;
- gestante;
- pessoas com disfunção hepática.
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Dosagem
5. Eliminação do medicamento
6. Efeitos colaterais
7. Contra-indicações
8. Superdosagem
1. Apresentação
Artemeter Comprimidos 50 mg
Ampolas de 1 ml 80 mg
Diidroartemisinina Comprimidos 20 mg
2. Eficácia
3. Uso terapêutico
4. Dosagem e administração
6. Eliminação do medicamento
7. Efeitos colaterais
8. Contra-indicações
9. Superdosagem
2. Eficácia
3. Dosagem
5. Eliminação do medicamento
6. Efeitos colaterais
7. Contra-indicações
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Uso terapêutico
4. Dosagem
6. Eliminação do medicamento
8. Contra-indicações
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Dosagem
5. Eliminação do medicamento
6. Efeitos colaterais
7. Contra-indicações
8. Superdosagem
1. Apresentação
2. Eficácia
3. Uso terapêutico
terapêutico
4. Dosagem e administração
A halofantrina não deve ser usada por gestantes ou lactentes, a não ser
que o benefício supere o risco potencial para a mãe, o feto ou o recém-nasci-
do. Não existem informações circunstanciadas sobre a toxicidade da
halofantrina em crianças.
6. Eliminação do medicamento
7. Efeitos colaterais
8. Contra-indicações
9. Superdosagem
Observação importante:
É da maior importância que todos os profissionais de saúde
envolvidos no tratamento da malária, desde o auxiliar de saúde da
comunidade até o médico, orientem adequadamente, com uma lin-
guagem compreensível, os pacientes quanto ao tipo de medicamen-
1 º d ia 2 º e 3 º d ia s 4 º a o 7 º d ia s
1 a 2 anos 1 - 1 1/2 - 1 - 1
3 a 6 anos 1 - 2 1 - 2 - 2
7 a 11 anos 2 1 1 1 e 1/2 1 1 1 1
15 ou mais 4 2 - 3 2 - 2 -
Primaquina: comprimidos para adultos com 15mg da base e para crianças com 5mg da base. A cloroquina e a primaquina deverão ser ingeridas preferencial-
mente às refeições. Não administrar primaquina para gestantes e crianças até 6 meses de idade. Ver Tabela 10. Se surgir icterícia, suspender a primaquina.
FUNASA - dezembro/2001 - pág. 62
Tabela 2 -Esquema recomendado para tratamento das infecções por Plasmodium falciparum com quinina
em três dias + doxiciclina em cinco dias + Primaquina no 6º dia
Drog a s e Doses
Grup os 1 º , 2 º e 3 º d ia s 4 º e 5 º d ia s 6 º d ia
E t á ri o s
Q uinina Doxiciclina Doxiciclina Prima q uina
comp rimid o comp rimid o comp rimid o comp rimid o
8 a 11 anos 1 e 1/2 1 1 1
15 ou mais anos 4 2 2 3
A dose diária da quinina e da doxiciclina devem ser divididas em duas tomadas, de 12/12 horas.
A doxiciclina e a primaquina não devem ser dadas a gestantes. Neste caso, usar Tabela 7.
Para menores de 8 anos e maiores de 6 meses de idade, usar a Tabela 6.
Tabela 3 - Esquema recomendado para tratamento das infecções mistas por
Plasmodium vivax + Plasmodium falciparum com
mefloquina em dose única e primaquina em 7 dias
Drog a s e Doses
1 º d ia 2 º a o 7 º d ia s
Menor de 6 meses * - - - -
3 a 4 anos 1 - 1/2 - 2
7 a 8 anos 1 e 1/2 - 1 1 1
9 a 10 anos 2 - 1 1 1
13 a 14 anos 3 - 2 1 e 1/2 -
15 ou mais 4 2 - 2 -
Drog a s e Doses
Cloroq uina
Grup os Etá rios comp rimid o
1 º d ia 2 º d ia 3 º d ia
3 a 6 anos 1 1 1
12 a 14 anos 3 2 2
15 ou mais anos 4 3 3
Drog a s e Doses
1º, 2º e 3º d ia s 4 º d ia 5 º a o 1 1 º d ia s
Grup os Etá rios
Prima q uina
A rtesuna to A rtesuna to comp rimid o
cá p sula reta l cá p sula reta l
A d ult o Inf a ntil
1 a 2 anos 1 1 - 1
6 a 9 anos 3 (B) 1 - 2
Drog a s e Doses
1 º d ia 2 º d ia
Grup os Et á rios
Prima q uina
M ef loq uina comp rimid o
comp rimid o
A d ult o Inf a nt il
Menor de 6 meses * - -
6 a 11 meses 1/4 - 1
3 a 4 anos 1 1 -
5 a 6 anos 1 e 1/4 1 -
9 a 10 anos 2 1 e 1/2 -
13 a 14 anos 3 2 -
15 ou mais 4 3 -
Drog a s e Doses
6 a 11 meses 1/2
1 a 2 anos 3/4
3 a 6 anos 1
7 a 11 anos 1 e 1/2
12 a 14 anos 2
15 ou mais anos 3
A dose diária de quinina deve ser fracionada em 3 tomadas de 8/8 h.
Tabela 8 - Esquema alternativo para tratamento das infecções por Plasmodium falciparum de crianças, com
cápsulas retais de artesunato em 4 dias, e dose única de mefloquina no 3º dia e primaquina no 5o dia
Drog a s e Doses
Grup os Et á rios
1 º e 2 º d ia s 3 º d ia 4 º d ia 5 º d ia
Drog a s e Doses
1º, 2º e 3º d ia s 4 º d ia 5 º d ia 6 º a o 1 1 º d ia s
Grup os Etá rios
Prima q uina Prima q uina
Q uinina Doxiciclina Doxiciclina Doxiciclina
comp rimid o comp rimid o
comp rimid o comp rimid o comp rimid o comp rimid o
( A d ult o ) ( A d ult o )
8 a 11 anos 1 e 1/2 1 1 1 1 1
15 ou mais anos 4 2 2 2 2 2
A dose diária de quinina e de doxiciclina deve ser fracionada em duas tomadas de 12/12 horas.
Não usar doxiciclina e primaquina em gestantes. Nesses casos, usar a Tabela 7 e ver a Tabela 10.
Para menores de 8 anos usar as Tabelas 2 ou 6 deste manual.
Tabela 10 - Esquema de prevenção de recaída da malária por Plasmodium
vivax, com cloroquina em dose única semanal, durante 3
meses*
Pe s o Id a d e N úmero d e comp rimid os (150
(kg ) mg /b a se) p or sema na
36 e mais 11 e + anos 2
* Esquema recomendado para pacientes que apresentam recaídas após tratamento correto, e para gestantes
e crianças menores de 1 ano. Só deve ser iniciado após o término do tratamento com cloroquina em 3 dias.
2. Segunda Escolha
Quinina Endovenosa Quando o paciente estiver em condições de
ingestão oral e a parasitemia estiver em declínio,
Infusão de 20-30 mg do sal de dicloridrato utiliza-se a apresentação oral de sulfato de qui-
de quinina/kg/dia, diluída em solução nina, na mesma dosagem, a cada 8 horas, Man-
isotônica (de preferência glicosada, a 5 ou ter o tratamento até 48 horas após a negativação
10%) (máximo de 500 ml), durante 4 horas, da gota espessa (em geral 7 dias).
a cada 8 horas, tendo-se o cuidado para a
infusão correr em 4 horas.
3. Terceira Escolha
Quinina endovenosa associada à
Clindamicina endovenosa
A quinina na mesma dose do item anterior Esquema indicado para gestantes.
até 3 dias. Simultaneamente, administrar a
clindamicina, 20 mg/kg de peso, dividida em 2
doses, uma a cada 12 horas, diluída em solução
glicosada a 5 ou 10% (15 ml/kg de peso),
infundida, gota a gota, em uma hora, por 7 dias.
Observação: Os derivados da artemisinina têm se mostrado muito eficazes e de ação muito rápida na
redução e eliminação da parasitemia. Assim, é necessário que estes medicamentos sejam protegidos de
seu uso abusivo e indicados fundamentalmente para casos graves e complicados. Em gestantes, o
esquema terapêutico específico preferencial é a associação quinina e clindamicina endovenosa (item
3), pela sua eficácia e inocuidade para a mãe e para o feto.
4.1. Definição
Para que se tenha uma idéia bem segura da eficácia, tolerância e toxicidade
de qualquer medicamento, é necessário que todo profissional de saúde esteja
conscientizado do seu verdadeiro papel no atendimento ao paciente para o
restabelecimento e manutenção da saúde, bem como para enfrentar eventual
reaparecimento da doença. Caso se observe qualquer anormalidade na resposta
terapêutica aos antimaláricos, recomenda-se entrar em contato com os Centros
de Referência para Tratamento de Malária, listados no Anexos 2 e 3.
Nome: Registro
Endereço completo:
Medicamentos prescritos:
Data do início do tratamento: / /
Acompanhamento do Tratamento
Tomou
Algum sintoma
Dia Data Parasitemia corretamento o Qual?
novo?
medicamento?
14
21
28
35
42
4-aminoquinolinas
Cloroquina:
⇒ comprimidos contendo 250 mg de difosfato, sulfato, dicloridrato
ou cloridrato de cloroquina, equivalente a 150 mg de cloroquina
base;
⇒ ampolas contendo 5 ml de uma solução de cloridrato, difosfato
ou sulfato de cloroquina, com um conteúdo de 40 mg de
cloroquina base por ml. Esta apresentação injetável não tem sido
recomendada, pelo alto risco de efeitos cardiotóxicos agudos e
graves.
8-aminoquinolinas
Primaquina:
⇒ comprimidos contendo 8,8 mg de fosfato ou difosfato de
primaquina, equivalente a 5 mg de primaquina base;
⇒ comprimidos contendo 26,4 mg de fosfato ou difosfato de
primaquina, equivalente a 15 mg de primaquina base.
Quinolinometanóis
Quinina:
⇒ comprimidos contendo 500 mg de dicloridrato, cloridrato,
bissulfato ou sulfato de quinina;
⇒ ampolas contendo 500 mg de dicloridrato de quinina em 5 ml de
água bi-destilada.
Fenantrenometanóis
Halofantrina:
⇒ comprimidos de 250 mg de cloridrato de halofantrina, equiva-
lente a 233 mg de halofantrina base;
⇒ suspensão oral contendo 100 mg de cloridrato de halofantrina,
equivalente a 93,2 mg de halofantrina base, em 5 ml (correspon-
dente a 20 mg de sal por ml).
Tetraciclinas
Tetraciclina:
⇒ cápsulas contendo 250 mg de cloridrato de tetraciclina (primei-
ra opção);
⇒ cápsulas contendo 500 mg de cloridrato de tetraciclina.
Doxiciclina:
⇒ comprimidos de hidrato ou hidrocloridrato de doxiciclina, con-
tendo 100 mg de substância base.
Lincosamidas
Clindamicina:
⇒ cápsulas contendo 150 mg de clindamicina base sob a forma de
cloridrato ou hidrocloridrato;
⇒ comprimidos contendo 300 mg de clindamicina base sob a for-
ma de cloridrato ou hidrocloridrato;
⇒ ampolas de 2 ml com 150 mg/ml.
Manaus - AM
Nome da Instituição: Fundação de Medicina Tropical do Amazonas
Setor Responsável: Gerência de Malária
Endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 - Bairro Dom Pedro
CEP: 69040-000 - Manaus – AM
Médico Responsável: Dra. Graça Alecrim
Telefones: (0XX-92) 238.1711/238.5364/238.1146
Equipe médica: Dra. Graça Alecrim
Dr. Wilson Alecrim
Dr. Eucides Batista
Dr. Ana Luisa Guerra
Dr. Bernardino Albuquerque
Dra. Vera M Silva
Brasília - DF
Nome da Instituição: Universidade de Brasília
Setor Responsável: Núcleo de Medicina Tropical
Endereço: Campus Universitário - Asa Norte
CEP: 70919-970 - Brasília – DF
Médico Responsável: Dr. João Barberino Santos
Telefones: (0XX-61) 273.5008/272.2824/273.6758/273.4771/273.2811/
347.4979
Equipe médica: Dra. Vanize Macêdo
Dr. Cleudson Castro
Dr. João Barberino
Dr. Gustavo Romero
Dra. Elza Noronha
Dra. Celeste Silveira
Minas Gerais:
Centro de Pesquisas René Rachou
Laboratório de Malária
Av. Augusto de Lima 1715 – Barro Preto
CEP: 30.150-002 – Belo Horizonte – MG
Dra. Antoniana U. Krettli e Dra. Luzia H. Carvalho
(0xx) 31 295-3566 Ramal 170 e 171
Copidesque:
Waldir Rodrigues Pereira - Projeto Vigisus