A Cultura Da Batata Doce
A Cultura Da Batata Doce
A Cultura Da Batata Doce
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M l nlstM1o d. AgrleultullI, do Aba.teclmento, d. Reforme "grin.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - EMBRAPA
Centro Naclor..l d. P..qulaa d. Horta!!".. . CNPH
Data OiliitJ~
I ' edio:
I " impressoo (1995): 5000 e)(emplares
2> impressao (2006)' 1.000 exemplares
WelingtoD Pereira /
Eng.Agr. , Ph.D., Fisiologia Vegetal Aplicada
Sumrio
Introduo........... ................................ 9
Clima .................................................. 14
Solo..................................................... 16
Cultivares ................ ............................ 18
Preparo do solo ....... ............................ 23
Adubao ................ ............................ 26
poca de plantio ................................. 30
Formas de propagao........................ 3I
Formao do viveiro .......................... 34
Espaamento....................................... 39
Mtodo de plantio .............................. 42
Tratos culturais ................................... 45
Rotao de culturas ............................ 47
Controle da soque ira .......................... 49
Irrigao .............................................. 50
Doenas .............................................. 52
Pragas ................................................. 69
Colheita .............................................. 80
Classificao e embalagem ................ 84
Coeficientes de produo ................... 86
Introduo
9
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Clima
Solo
Cultivares
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Preparo do solo
25
FIG. 2. Tnrtno pronlo p~nI o planlio. As ra-
mas dtve m ser pla nladn 110 ~llo d~
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Adubao
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a 15t1ha de raizes, a batata-doce extrai do
solo 60 a 1 J3kg de nitrognio; 20 a 45,7kg
de fsforo (P20S); 100 a 236kg de potssio
(K 20); 3 1 a 35kg de clcio (CaO) e 11 a
13kg de magnsio (MgO). Para a produo
de 30t/ha de razes, extrai 129kg.lha de N;
50kg/ha de P20S e 257kglha de K20 .
As quantidades de nutrientes extrai-
das do solo variam segundo as cultivares,
solo, clima, ciclo da cultura e principalmente
produo (considerando a parte area mais
as raizes).
Na falta de dados de pesquisa e tendo
em visla as quantidades de nutrientes ex-
tradas do solo pelas plantas. a adubao
pode ser baseada na anlise de solo, con-
forme a Tabela 4.
Pesquisas real izadas nos EUA indi-
cam Que a batata-doce bastante eficiente
na absoro de fs foro. Os solos brasileiros
so deficientes em fsfo ro, por isso ne-
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~ TABELA 4. Recomendaes de adubaio para batata-doce com base
em resultados de anlise qumica do solo.
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poca de plantio
Formas de propagao
Em termos de produtividade, no h
diferena significativa entre mudas e ramas.
Formao do viveiro
Espaamento
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Mtodo de plantio
Tratos culturais
Rotao de culturas
Irrigao
Doenas
A planta da batata-doce conhecida
pela rusticidade e possvel cultiv-la sem
52
a aplicao de agrotxicos, Mas fungos, v-
rus, nematides, micoplasmas e bactrias
utilizam-se da planta como hospedeira, Em
condies favorveis, os danos causados por
um ou mais desses patgenos podem atin-
gir nveis prejudiciais. Por isso, recomen-
da-se inspecionar periodicamente as plan-
tas no viveiro e na lavoura, para verificar a
ocorrncia de pragas e doenas e proceder
ao devido controle,
muito importante tambm conhe-
cer a origem do material de propagao (ra-
mas ou batatas) e fazer o tratamento desses
materiais antes de coloc-los no viveiro,
para evitar a introduo de pragas e doen-
as na nova rea a ser cultivada.
Doenas provocadas por fungos:
Mal-do-p (Plenodomus destruens) -
Pode causar grandes perdas e at inviabilizar
o cultivo na mesma rea por vrios anos.
53
Os sintomas aparecem inicialmente no cau-
le, ao nvel do solo (Fig. 4), como peque-
nos pontos escuros, que vo aumentando de
tamanho at tomar toda a base da planta,
que fica enegrecida. Como conseqncia, a
planta mu rcha e morre, caso no haja
brotao secundria das ramas. A infeco
pode atingir as razes tuberosas, que apo-
drecem a partir do ponto de unio do caule
com a raiz (Fig. S).
..
to, em leses no limbo e pedolos foliares .
Essa doena s tem importncia eco-
nmica quando cultivares suscetveis, como
a Brazlndia Roxa, so plantadas sob con-
dies de temperatura e um idade altas.
Mesmo assim , a cu ltura, quando bem
conduzida, produz excesso de folhagem ,
que normalmente compensa a queda e o
amarelecimento de parte das fo lhas. Em vi-
veiro, a doena pode ser controlada com
pulverizaes semanai s , alternadas. de
Iprodione, Clorotalonil e Mancozeb.
Mancha-parda (Phy/losticta bata-
tas) - De ocorrncia pouco freqente, essa
doena ataca somente as folhas , formando
manchas arredondadas com bordas marrons
e centro cor de palha, onde podem ser ob-
servados pequenos pontos negros, que so
estruturas do fun go. s vezes, as leses fi-
cam rasgadas ou se desprendem, deixando
a fo lha furada .
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Ceratocystisfimbriata, Diplodia gossypina
e Colletrotrichum spp.
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Fazer viveiro para produo de mudas, a
partir de mudas sadias, selecionadas;
Eliminar as plantas que possam ainda apa-
recer doentes no viveiro;
Plantar cultivares resistentes e bem adap-
tadas regio;
Retirar as ramas a partir do meio em di-
reo ponta das ramas, evitando aque-
las prximas ao colo da planta-me;
Tratar as ramas com thiabendazole a 1%
do princpio ativo por litro de gua,
imergindo-as durante cinco minutos,
quando o viveiro for feito com mudas
oriundas de campo comercial;
Fazer tratamento sanitrio do viveiro com
fungicidas e inseticidas, para controlar os
insetos e patgenos causadores de doen-
as e evitar a contaminao do material
de plantio;
Evitar o plantio em local muito mido ou
mal drenado;
66
Adubar as plantas de fonna balanceada,
evitando principalmente o excesso de ni-
trognio.
Distrbios fisiolgicos
Rachaduras - so causadas por alta
umidade do solo, seguida por longos pero-
dos de seca; temperatura baixa na fase de
fonnao e crescimento de razes tuberosas;
cultivares suscetveis; espaamento muito
largo; e aplicao de adubo qumico em
excesso (sais solveis em excesso provo-
cam alta presso osmtica, provocando r-
pida dessecao dos tecidos superficiais da
raiz e conseqentes rachaduras).
O controle feito evitando mudanas
bruscas na umidade do solo, fazendo adu-
bao equilibrada e adotando espaamentos
adequados para cada cultivar e situao.
Cultivares suscetveis no devem ser plan-
tadas.
67
Escaldadura - provocada por ex-
posio das raizes ao solou geadas. As ba-
tatas com escaldadura devem ser
consumidas logo aps a colheita, porque no
suportam armazenamento.
Corao-duro - a polpa permane-
ce dura aps o cozimento. Ocorre quando
as razes ficam expostas a temperaturas in-
feriores a IO'C.
Decomposio interna - a polpa
fica esponjosa e decompe-se. Ocorre quan-
do as batatas ficam expostas a temperaturas
do solo inferiores a IO' C.
Fasciao - achatamento do caule,
provocado por fatores desconhecidos. O
controle feito com a eliminao de plan-
tas com esse distrbio.
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Pragas
Broca-da-raiz Euscepes
postfasciatus (Coleoptera, Curculionidae):
os adultos medem de 3 a 5mm de compri-
mento, tm colorao geral marrom ou cas-
tanha, apresentam mancha clara e transver-
sal sobre os litros ou asas e lembram ca-
runchos ou gorgulhos com tromba curta. O
inseto pode aparecer durante todo o ciclo
da cultura. Aps o acasalamento, as fmeas
fazem a postura em pequenos orifcios lo-
calizados na base do caule da planta ou di-
retamente sobre as razes. Os ovos so bran-
cos e colocados individualmente, Aps sete
a dez dias, as larvas eclodem (Fig. 11), So
de cor branca, ligeiramente encurvadas e
podas (sem patas), danificam as razes in-
terna e externamente, no campo e durante o
armazenamento, desvalorizando-as para o
comrcio, As galerias causadas pelas larvas
69
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FlG. 12. Danos causados pela broca-da-raz.
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preto-brilhante, com listras brancas e escu-
ras nos litros. Os danos causados pelo adul-
to e pela larva dessa espcie so semelhan-
tes queles causados pela D. speciosa.
O controle obtido com o plantio de
cultivares resistentes, como a Brazlndia
Roxa.
Vaquinha ou bicho-alfinete -
Sternocolaspis quatuordecimcostata
(Coleoptera, Chrysolimedae): um besou-
ro de cor verde-metlica, medindo de 7 a
1Omm de comprimento. O adulto se alimen-
ta das folhas, deixando-as rendilhadas. A
fmea faz a postura dos ovos no solo e as
larvas fazem pequenos furos superficiais nas
raizes da batata-doce.
Para o controle, recomenda-se o plan-
tio de cultivares re s istentes , como a
Brazlndia Roxa.
Besouro ou larva-arame
Conoderus sp. (Coleoptera, Elateridae): os
73
besouros tem colorao castanha o u mar-
rom, corpo alongado e achatado e medem
de 15 a 25mm. As larvas so de cor mar-
rom-clara o u escura. cilndricas. fonemen-
te quitinizadas (duras, parecendo couraa).
pouco flex veis. medindo ate 20mm de com-
primento (Fig. 14). Fazem furos de at 5mm
de dimetro. relati vamente profundos. di-
minuindo o valor comercial das razes e fa-
cil itando a entrada de fungos e bactrias .
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FIG. 14. urva-anmt: pro\'ou furos nl balala.
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Essa praga pode ser controlada com
o plantio de cultivares resistentes, como a
Brazlndia Roxa.
Broca-do-coleto - Megastes pusialis
(Lepidoptera, Pyralidae): os adultos so
mariposas pardo-escuras e medem at
45mm de envergadura. As temeas deposi-
tam os ovos no caule e hastes da planta, pr-
ximo rea de insero das razes. As lar-
vas eclodem e penetram no interior das ra-
mas, escavando galerias que podem abrigar
mai s de uma lagarta. As larvas alcanam 40
a 50mm de comprimento e tm colorao
predominantemente rosada, com pontua-
es dorsais negras. Geralmente, as larvas
empupam dentro das hastes (Figs. 15 e 16).
Quando a infestao da broca do co-
leto ocorre no incio da cultura, em nvei s
populacionais elevados, pode haver uma
reduo no nmero de plantas. Se o ataque
75
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for grande, os danos sero facilmente reco-
nhecidos devido ao murchamento e
secamento das ramas, que se partem e se
destacam facilmente quando examinadas.
Eventualmente, a lagarta danifica as razes
da batata-doce.
O plantio de mudas ou ramas produ-
zidas em viveiros a forma mais eficiente
de controle.
Outros insetos como besourinhos,
pulges , bicho-bolo (Dyscinetus sp.) ,
cigarrinhas, lagarta-rosca e outras lagartas
da folhagem causam danos eventuais, de
importncia econmica secundria. caros
tambm podem ocorrer, mas os prejuzos
causados so pequenos. As formigas
cortadeiras (savas) cortam a rama da bata-
ta-doce nos primeiros dias aps o plantio,
provocando falhas no pegamento das ramas
)U mudas. Estas formigas so controladas
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Colheita
Coeficientes de Produo
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os de cada fator em sua regio, na poca de
plantio.
A unidade de mo-de-obra dias/ho-
mem (d/h), isto , quantos dias um homem
levaria para realizar o trabalho. Dessa for-
ma pode-se calcular quantas dirias deve-
ro ser pagas para realizar o servio.
A unidade de trabalho de mquinas
hora/trator (h/tr).
As quantidades das unidades de tra-
balho e insumos (adubos, corretivos,
pesticidas, batata-semente, ramas, embala-
gens), apresentadas nas tabelas so basea-
das no sistema recomendado nesta publica-
o. Entretanto, h fatores que podem vari-
ar conforme a regio, sistema de produo
adotado por cada produtor e condies de
clima de cada ano agrcola. Por isso, sem-
pre necessrio adaptar a tabela a cada situa-
o.
88
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F:'
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89
Endereos atualizados
[mbrapa Hortalias
Rodov ia BR-60, Km 9
Fazenda Tamandu
Ca ixa Posta l 2 18
CE P 70359-970 Brasilia, DF
Fone: (6 1) 3385-9000
Fax: (6 1) 3556-5744
[email protected]
www.c nph .cmbrapa .br