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Geofix Fundaes
Estacas Escavadas de Grande Dimetro e/ou Barrete
Estacas escavadas ou barretes so estacas executadas de forma circular ou retangular, moldadas in loco e executada
com concretagem submersa. Embora relativamente recente (seu desenvolvimento ocorreu no final da dcada de 60), o
processo impactou a tcnica de escavaes e fundaes.
O sucesso se deve a diversos fatores: a multiplicidade de suas aplicaes; o desenvolvimento de equipamentos de

escavaes e de centrais de processamento de lama; a disponibilidade de bentonita para emprego industrial.
As estacas escavadas e barretes possuem grande resistncia e pequena deformabilidade, o que as coloca como a
soluo mais indicada para suporte de escavaes.
Vantagens
Elementos de fundao, transmitindo cargas e camadas mais profundas
Execuo sem as vibraes e o rudo inerente cravao de estacas de fundao ou escoramento
Possibilidade de atravessar camadas de grande resistncia
Execuo rpida
MTODO EXECUTIVO E CUIDADOS NA EXECUO
Fases executivas
A sequncia executiva compreende as fases de:
1. Colocao da camisa-guia ou execuo da mureta-guia
2. Perfurao, com o simultneo preenchimento com lama bentontica ou lama
3. Colocao da armao, aps desarenao ou troca da lama bentontica ou
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4. Concretagem
5. Descarte da lama bentontica
AO ESTABILIZANTE DA LAMA
A lama produzida na trincheira durante o processo de escavao e deve mant-la estvel at o seu enchimento com o
concreto ou a argamassa prevista. A lama empregada uma suspenso de bentonita (montmorilonita de sdio), que
apresenta propriedades tixotrpicas, ou seja, tem um comportamento fluido quando agitada mas capaz de formar um
gel quando em repouso. O uso da bentonita na perfurao de poos de petrleo bastante antiga e sua primeira
aplicao na engenharia de fundaes foi na perfurao de estacas. Para uso no processo de paredes moldadas no solo,
suas caractersticas precisam ser controladas logo aps a mistura, durante seu fornecimento na trincheira e
imediatamente antes da concretagem. A Federation of Piling Specialists (FPS, 1975) recomenda o seguinte controle da
lama bentontica para fornecimento na trincheira:
ITEM A SER MEDIDO LIMITES DOS RESULTADOS A 20 MTODO DE ENSAIO
Peso especfico Menor que 1,02 e 1,03 g/ml Balana de densidade de lama
Viscosidade 33 a 35s Cone Marsh
Resistncia ao Cisalhamento
(resistncia do gel de 10 minutos) 1,4 10 N/m Shearometer
pH 9,5 12,0 Papel indicador
Antes da concretagem, importante verificar o grau de contaminao da lama por partculas do solo em suspenso. Esta
contaminao provoca um aumento de peso especfico da lama, prejudicando a qualidade da concretagem. Recomenda-
se que, nesta ocasio, o peso especfico medido na balana de lama no ultrapasse 1,3 g/ml.
Uma das funes bsicas da lama criar uma pelcula impermevel nas paredes da escavao, chamada ' cake', formada
pela penetrao da lama nos vazios do solo. Esta pelcula permite que a lama exera empuxo contra as paredes da
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escavao, para estabiliz- la. A espessura da penetrao vai depender da diferena entre o nvel da lama na trincheira e
o nvel d'gua no terreno (deve ser no mnimo 1,5 m) , da permeabilidade do solo e da viscosidade da lama. A penetrao
excessiva da lama inconveniente para a estabilidade da trincheira e, em solos de permeabilidade muito alta (k> 1 cm/s),
pode haver perda de lama, impossibilitando a utilizao do processo das paredes moldadas nestes solos. Em argilas
intactas, no h formao de 'cake', porm, sem prejuzo para o processo de estabilizao. A lama tem por funo ainda
impedir o desprendimento de gros de areia das paredes da trincheira.
DETALHAMENTO DAS ESTACAS
A execuo de estacas e barretes moldados no solo constitui em tcnica bastante especializada, envolvendo grande
mecanizao. Assim, importante que o projetista esteja familiarizado com esta tcnica e que discuta com o executor
todos os aspectos da obra, para que o projeto conduza a uma simplicidade de operaes no canteiro. Mesmo atendidas
estas recomendaes, so frequentes modificaes no projeto, impostas pelo desenvolvimento dos trabalhos.
A seguir, so discutidos alguns aspectos da tcnica das estacas e barretes no solo, no que diz respeito ao seu
detalhamento nos projetos.
necessrio que todo o painel seja concretado continuamente, sem interrupo. Assim, a capacidade de fornecimento de
concreto precisa ser considerada na escolha do comprimento do painel.
CONCRETAGEM
A Concretagem, do tipo submersa, feita atravs de um tubo que atinge o fundo do painel, munido de um funil de boca. O
concreto deve ser bastante plstico e expulsar a lama a partir do fundo da estaca devido sua maior densidade. O tubo
composto de elementos enroscados que so dispensados medida que o enchimento se desenvolve. Nenhum mtodo
mecnico empregado na compactao do concreto.
O concreto a ser utilizado deve ser de grande trabalhabilidade (19 a 21 cm no 'slump-test') e um consumo de cimento
elevado ( no menos que 350 kg/m) para possibilitar resistncias de 10 mpa em corpos de prova com 7 dias e de 18 mpa
com 28 dias.
ARMADURA
As particularidades que se apresentam na disposio das barras da armadura, e, s vezes, a deficiente aderncia entre a
armadura e o concreto lanado sob suspenso de bentonita exigiro uma cuidadosa ancoragem dos ferros. As barras
verticais devero ficar por fora e as horizontais, por dentro. O espaamento livre entre os ferros, dever ser de no mnimo
10cm entre faces dos ferros e no mximo de 20cm.
Dever ser evitada a concentrao de ferros. Em princpio, devem ser empregadas barras de ao com mossas e
salincias, por oferecerem uma aderncia melhor.
As armaduras (gaiolas) devero ser calculadas para os esforos. Nestas condies o construtor dever ter todo o cuidado
na confeco da gaiola, principalmente nos ferros da suspenso (alas) para que estas tenham as posies devidas
(indicadas no projeto) de modo que a gaiola tenha a verticalidade necessria para sua fcil penetrao na escavao.
O ao a ser empregado dever ser soldvel, com garantia de qualidade (CA-50A). Para estes aos especiais, os valores
limites estabelecidos nas normas tcnicas, devero ser obedecidas com segurana e comprovados por meio de atestado
de anlise para cada fornada, isoladamente. Cada partida de ao dever ter uma etiqueta, assinalando o nmero de
fornada, e ser armazenada separadamente.
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Possibilidade de atravessar camadas de grande resistncia

MTODO EXECUTIVO E CUIDADOS NA EXECUO

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1. Colocao da camisa-guia ou execuo da mureta-guia

2. Perfurao, com o simultneo preenchimento com lama bentontica ou lama

3. Colocao da armao, aps desarenao ou troca da lama bentontica ou

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ITEM A SER MEDIDO LIMITES DOS RESULTADOS A 20 MTODO DE ENSAIO

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