Estilos Liderança PDF
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RESUMO
-i-
Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
ABSTRACT
Leadership and motivation are key aspects in achieving the success of organizations. The
leaders reached a prominent role in organizations, either through strategic decision-making,
both in motivating employees.
While studies of motivation and leadership, these concepts applied to the third sector have
not been the subject of considerable research. Therefore, being the third sector provider of
social goods and services, through a logic of solidarity and under contract with the state,
with a defined hierarchical structure, issues of leadership should not be neglected.
That said, with this study we intend to assess what are the characteristics of the current
leaders and effective leaders, existing types of motivation, and the relationship established
between current leadership and motivation in the nonprofit sector.
The study revealed that the main conclusions of the current leader characteristics are
different from characteristics of effective leaders and the motivations depending on several
factors may be intrinsic or extrinsic, as in the above theory. As for motivation at work, this
is significantly correlated with most of the items current leadership, however, the
characteristics of the current leader does not show significant correlation with the leader's
role in motivating the respondents.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
RESUMEN
El liderazgo y la motivacin son aspectos claves para lograr el xito de las organizaciones.
Los dirigentes llegaron a un papel prominente en las organizaciones, ya sea a travs de
toma de decisiones estratgicas, tanto en la motivacin de los empleados.
Aunque los estudios sobre motivacin y liderazgo, estos conceptos aplicados al tercer
sector no han sido objeto de numerosas investigaciones. Por lo tanto, siendo el tercer
sector proveedor de bienes y servicios sociales, a travs de una lgica de solidaridad y bajo
contrato con el estado, con una estructura definida jerrquica, las cuestiones de liderazgo
no debe ser descuidado.
Dicho esto, con este estudio se pretende evaluar cules son las caractersticas de los
actuales dirigentes y lderes efectivos, los tipos existentes de motivacin, y la relacin que se
establece entre el liderazgo actual y la motivacin en el sector sin fines de lucro.
El estudio revel que las principales conclusiones de las caractersticas lderes actuales son
diferentes de las caractersticas de los lderes eficaces y las motivaciones en funcin de
varios factores pueden ser intrnsecas o extrnsecas, como en la teora anterior. En cuanto a
la motivacin en el trabajo, este se correlaciona significativamente con la mayora de los
dirigentes artculos actual, sin embargo, las caractersticas de la actual lder no muestra
correlacin significativa con el rol del lder en la motivacin de los encuestados.
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colaboradores
(Cury, 2005)
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colaboradores
AGRADECIMENTOS
Aos meus Pais por todos os ensinamentos e esforos, a eles devo inteiramente o que sou
hoje
Aos meus filhos, Martim e Bernardo pela fora que os seus sorrisos me transmitem, e por
inocentemente compreenderem as minhas ausncias.
Ao meu marido, que ao longo de todo o meu percurso, foi a pea basilar para a construo
do puzzle que a minha vida.
minha equipa de trabalho pela pacincia, pelo apoio demonstrado e pela aprendizagem
diria que me proporcionam.
Ao Professor Doutor Antnio Duarte pela disponibilidade.
Professora Doutora Ana Galvo pelo apoio incondicional, pelos seus sbios
conhecimentos, foi fundamental para a concretizao deste trabalho.
Finalmente, a todos aqueles que direta ou indiretamente contriburam para a concretizao
deste trabalho.
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colaboradores
LISTA DE ABREVIATURAS
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
NDICE GERAL
RESUMO ...................................................................................................................................................i
ABSTRACT ..............................................................................................................................................ii
RESUMEN ..............................................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................................v
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................................vi
NDICE GERAL ................................................................................................................................. vii
NDICE DE FIGURAS ........................................................................................................................x
NDICE DE TABELAS ......................................................................................................................xi
INTRODUO ................................................................................................................................... 12
1. LIDERANA ............................................................................................................................... 16
1.1. Conceito de Liderana ............................................................................................................ 16
1.2. Teorias da Liderana ............................................................................................................... 18
1.3. Estilos de Liderana ................................................................................................................ 21
1.3.1. Estilo Visionrio .................................................................................................................. 22
1.3.2. Estilo Coach.......................................................................................................................... 23
1.3.3. Estilo Relacional .................................................................................................................. 24
1.3.4. Estilo Democrtico ............................................................................................................. 24
1.3.5. Estilo Pressionador ............................................................................................................. 25
1.3.6. Estilo Dirigista...................................................................................................................... 25
1.4. O Lder ....................................................................................................................................... 26
1.4.1. Tipos de Lderes................................................................................................................... 27
1.4.1.1. O lder direcionado para as pessoas ............................................................................ 28
1.4.1.2. O lder direcionado para a tarefa, ou para a produo ........................................... 28
2. MOTIVAO ............................................................................................................................. 31
2.1. Conceito de Motivao ........................................................................................................... 31
2.2. Teorias da Motivao .............................................................................................................. 32
2.2.1. Teorias do Contedo .......................................................................................................... 33
2.2.1.2. Teoria dos Fatores Motivacionais e Higinicos de Herzberg ............................... 35
2.2.1.3. Teoria das Necessidades de McClelland .................................................................... 36
2.2.1.4. Teoria das Necessidades de Alderfer .......................................................................... 37
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2.2.2. Teorias de Processo ............................................................................................................ 38
2.2.2.1. Teoria da Expetativa ....................................................................................................... 39
2.2.2.2. Teoria da Equidade ......................................................................................................... 40
2.2.2.3. Teoria da Tarefa Enriquecida ....................................................................................... 40
2.2.2.4. Teoria do Resultado........................................................................................................ 41
2.2.2.5. Teoria da Fixao de Objetivos ................................................................................... 41
2.2.2.6. Teoria do Reforo ........................................................................................................... 42
2.3. Para uma Abordagem mais integral: Motivaes Intrnsecas, Extrnsecas e
Transcendentes ...................................................................................................................................... 43
2.4. Motivar com Empowerment ...................................................................................................... 44
3. TERCEIRO SETOR .................................................................................................................. 46
3.1. A importncia do Terceiro Setor em Portugal .................................................................. 48
3.2. O Terceiro Setor no Reino Unido ............................................................................................. 51
3.3. Fragilidades do Terceiro Setor em Portugal versus potencialidades do Terceiro Setor
no Reino Unido ..................................................................................................................................... 52
1. METODOLOGIA ...................................................................................................................... 56
1.1. Contextualizao da Pesquisa................................................................................................ 56
1.2. Objetivos Gerais ...................................................................................................................... 57
1.3. Questes de Investigao ....................................................................................................... 57
1.4. Tipo de Estudo ......................................................................................................................... 58
1.5. Populao e Amostra .............................................................................................................. 58
1.6. Variveis em Estudo ............................................................................................................... 58
1.7. Instrumento de Recolha de Dados ...................................................................................... 59
1.8. Procedimentos .......................................................................................................................... 60
1.9. Tratamento de dados .............................................................................................................. 60
2. APRESENTAO, ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS ..................... 62
2.1. Caracterizao dos Inquiridos ............................................................................................... 62
2.2. Resultados obtidos na escala da Motivao ....................................................................... 67
2.3. Resultados obtidos nas caratersticas da varivel liderana ............................................ 69
2.3.1. Caratersticas do Lder Atual ............................................................................................. 69
2.3.2. Respostas obtidas na caraterizao do Lder eficaz ..................................................... 71
2.4. Comparao das respostas relativas caraterizao do lder atual com a
caraterizao do lder eficaz ................................................................................................................ 73
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2.5. Resultados obtidos na relao entre a motivao do indivduo e as caractersticas do
lder atual ................................................................................................................................................. 76
2.6. Caraterizao da motivao em funo das habilitaes literrias e nmero de
valncias da instituio ......................................................................................................................... 78
2.7. Caraterizao da liderana atual em funo das habilitaes literrias e nmero de
valncias da instituio ......................................................................................................................... 82
CONCLUSES .................................................................................................................................... 88
BIBLIOGRAFIA E REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................... 92
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NDICE DE FIGURAS
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NDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuio das repostas sociais onde os inquiridos exercem funes ................ 65
Tabela 2 - Distribuio das respostas obtidas, na escala da Motivao .................................... 67
Tabela 3 - Distribuio das respostas aos itens do lder atual atravs de medidas estatsticas
descritivas ................................................................................................................................................ 70
Tabela 4 - Distribuio das respostas s caratersticas dos itens do lder eficaz atravs de
medidas estatsticas descritivas ........................................................................................................... 71
Tabela 5 - Resultados obtidos no teste no paramtrico do Sinal para comparao das
respostas dos inquiridos comuns ao lder atual versus eficaz ........................................................ 74
Tabela 6 - Resultados do coeficiente de correlao de Spearman para a motivao no
trabalho versus liderana atual .............................................................................................................. 76
Tabela 7 - Resultados obtidos na aplicao do coeficiente de correlao de Spearman para o
papel do lder atual na motivao ...................................................................................................... 77
Tabela 8 - Distribuio das respostas dos inquiridos nos itens da Motivao em funo das
habilitaes literrias (resultados do teste no-paramtrico Mann-Whitney) .......................... 79
Tabela 9 - Distribuio das respostas obtidas para a varivel Motivao em funo da
varivel nmero de respostas sociais (resultados do teste no-paramtrico Kruskall_Wallis)
................................................................................................................................................................... 81
Tabela 10 - Distribuio das respostas dos inquiridos dos itens da Liderana atual em
funo da varivel habilitaes literrias (resultados do teste no -paramtrico Mann-
Whitney) .................................................................................................................................................. 83
Tabela 11 - Distribuio das respostas dos inquiridos aos itens da varivel Liderana atual
em funo da varivel nmero de respostas socias (resultados do teste no-paramtrico
Kruskall_Wallis) .................................................................................................................................... 85
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INTRODUO
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e a equidade; e suscita nos colaboradores um sentimento de auto-eficincia e autoestima,
reduzindo o sentimento de rotina e de desmoralizao (Ramos, 2009).
Em 2010, o restaurante Noma, foi galardoado como o melhor do mundo (tendo o sido
novamente em 2011), pela lista S.Pellegrino. Um lavador de pratos, de nome Alieu, no
pode comparecer cerimnia de entrega do prmio, em Londres, uma vez que no
conseguiu o visto de entrada no Reino Unido atempadamente. Os companheiros presentes
na cerimnia, incluindo Rene Redzepsi, um prestigiado chef, envergaram uma t-shirt com
um largo sorriso de Alieu. Esta t-shirt acabou por se tornar um cone do Noma, podendo
agora ser adquirida no restaurante. A prtica do lder do Noma evidencia esprito de equipa,
algo que frequentemente desprezado nas organizaes: a ateno, a humanidade, a
considerao pelo outro (Rego & Cunha, 2012, in Revista Dirigir, n117).
Por outro lado, e havendo diversos estudos sobre liderana e motivao nas reas
empresariais, o Terceiro Sector assume menor relevo, assumindo-se somente como
Instituies de carcter no lucrativo. Contudo, cada vez mais este um sector que
obrigatoriamente tem que se adaptar s novas exigncias dos seus clientes, e comear a
nortear a sua atuao sob o ponto de vista mais empresarial (ao nvel de gesto de recursos,
pessoas, clientes, e etc), no descurando naturalmente o seu carcter social.
Para a prossecuo deste objetivo, este trabalho encontra-se organizado em duas partes,
numa primeira parte a contextualizao terica, fazendo referncia a conceitos como a
liderana e a motivao (captulo um e dois, respetivamente), bem como as teorias da
sustentao a estes conceitos, e Terceiro Setor, com uma breve resenha histrica e a
importncia deste setor em Portugal. Nesta perspetiva, e na tentativa de se explorar uma
realidade diferente da portuguesa, no captulo trs, faremos uma breve aluso s Charties
(instituies do Terceiro Setor) no Reino Unido, onde poderemos verificar que algumas
fragilidades destas instituies em Portugal, so potencialidades no Reino Unido,
nomeadamente ao nvel da formao de quadros tcnicos e dirigentes, prestao de contas,
marketing e inovao, entre outras.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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A segunda parte desta dissertao a alusiva a um estudo emprico sobre estilos de
liderana no Terceiro Setor e a respetiva repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores, no concelho de Bragana.
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PARTE I
CONTEXTUALIZAO TERICA
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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1. LIDERANA
Fazer grandes coisas difcil; mas comandar grandes coisas ainda mais
difcil (Friedrich Nietzsche, citado por Fachada, 2012)
A liderana um conceito que tem sido alvo de muitos estudos, no contexto das cincias
sociais e humanas, e tem merecido uma especial e crescente ateno no mbito da Teoria
Organizacional. Apresenta uma certa complexidade na sua conceptualizao, na medida em
que possui tantas definies quantos os autores que se debruaram sobre esta problemtica,
ao longo do sculo XX e neste incio de sculo XXI. Revez (2004, citado por Machado,
2010) vai mais longe ao enunciar o conceito liderana como o mais estudado e o menos
compreendido nestas cincias.
Segundo Chiavenato (1987, citado por Machado 2010), o conceito de liderana pode ser
visto como uma qualidade pessoal ou como funo. A primeira perspetiva est na
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essncia do indivduo, sugerindo que, este rene um conjunto de caractersticas pessoais,
inatas que o habilitem qualidade de lder. Enquanto que a liderana como funo algo
que atribudo a um indivduo, nomeadamente uma posio, que lhe confere autoridade
para tomar um conjunto de decises, fazendo dele um lder.
Segundo Gauthier (s/d, citado por Silva, 2010), Liderar obter resultados atravs de
pessoas, o que significa que o requisito primordial a ser exigido dos lderes deveria ser a
competncia para lidar com pessoas. oportuno salientar as seguintes consideraes: as
pessoas so a alma, a energia, a vontade e a inteligncia das organizaes.
- O processo por meio do qual um indivduo influencia outras pessoas para conseguir que
elas faam o que o lder quer que seja feito ou influenciando um grupo a actuar no sentido
de alcanar objetivos (Oliveira, H. s/d, citado por Silva, M. 2010).
- Um processo de influncias atravs do qual o lder consegue gerar alteraes nas atitudes
e associaes dos liderados, levando-os a comprometerem-se com os objectivos e misso
da organizao (Rego, A. 1998, citado por Silva, M. 2010).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Apesar da natureza complexa de que se revestem as teorias e abordagens (alis como quase
tudo o que respeita as cincias sociais) liderana, seguidamente fazemos uma breve
descrio das mesmas, objetivando a clarificao das respetivas teorias ( Grzeszczeszyn,
2011).
Uma das primeiras teorias surge nos anos 30, a Teoria dos Traos de Liderana, a qual
enfatizava, de forma simplista, que os lderes possuem traos especficos de personalidade,
e at fsicos, que os distinguem das demais pessoas. Alguns exemplos so traos fsicos,
intelectuais, sociais (inteligncia, carisma, entusiasmo, capacidade de deciso, fora,
coragem, integridade, autoconfiana e outros). No entanto, as pesquisas no comprovaram
a eficcia de tais traos, os quais no so exclusivos de supostos lderes. Contudo, no
significa que no sejam, de certa forma, importantes, e que contribuam efetivamente, para
o exerccio da liderana.
Na mesma altura, surge a Teoria dos Estilos de Deciso dos Lderes. O foco desta teoria
centra-se mais especificamente na forma como os lderes tomam decises e as repercusses
que produzem nos ndices de produtividade e satisfao geral dos liderados. Assim, foram
identificados trs estilos de deciso o: autocrtico, em que o lder toma praticamente todas
as decises por si mesmo, minimizando a contribuio dos subordinados; o democrtico,
em que os subordinados participam na tomada de deciso; e o liberal, em que o lder
permite que a tomada de deciso seja do grupo, sendo intervenes mnimas.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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concluem que o comportamento orientado para o desenvolvimento, baseado na criao de
novas ideias e implementao de mudanas, ser uma dimenso adicional do
comportamento de lderes mais adaptada aos novos tempos.
Outro conjunto de estudos sobre liderana enfatiza que a liderana mais complexa do que
isolar traos de personalidade ou comportamentos. So as denominadas teorias
contingenciais ou situacionais de liderana.
Um destes estudos o Modelo de Fiedler (1967), o qual prope que a eficcia do grupo
depende da combinao entre o relacionamento do lder com os seus subordinados e
consequentemente, o grau de controlo e influncia exercida pelo lder.
Posto isto, existem trs fatores situacionais que influenciam a forma combinada na eficcia
da liderana: a relao entre o lder e os liderados, que representada pelo grau de
confiana, credibilidade e respeito que os subordinados tm para com o seu lder; a
estrutura da tarefa: que pressupe o grau em que os procedimentos so estabelecidos no
trabalho; o poder da posio: que se caracteriza pelo grau de influncia que um lder tem
sobre as variveis de poder, como contratar, demitir, disciplinar, promover e dar aumentos
de remunerao.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
problema) e a fora da situao (inclui politica, cultura e clima organizacional; eficincia dos
colaboradores e complexidade das funes).
Na teoria situacional h a conjugao de dois estilos de liderana, o autoritrio, quando se
trata de realizao de tarefas e o democrtico caracterstico no interesse do lder pelas
relaes humanas (Fachada, 2012).
J Hersey e Blanchard assemelham a Teoria Situacional (ou do Ciclo de Vida) com o
relacionamento entre pai e filho, pois os pais usam um estilo mais diretivo no incio da vida
dos filhos e, depois, com o amadurecimento, um estilo mais permissivo. Assim, o estilo do
lder depende do diagnstico da situao (Grzeszczeszyn, 2011).
A Teoria da Troca entre Lder e Liderados, de Graen et al.(s/d), argumenta que o lder que
tem relaes especiais com um grupo de subordinados, estes tero melhor desempenho. O
estudo defende que no incio do relacionamento, o lder implicitamente categoriza o
liderado como um de dentro ou de fora, e essa relao permanece relativamente
estvel. H evidncias de que a categorizao como um de dentro ocorre em funo de
caractersticas pessoais como sexo, idade e atitudes similares s do lder (Grzeszczeszyn,
2011).
Por sua vez, o Modelo Participao-Liderana, de Vroom e Yetton (1973), tambm enfatiza
que o lder deve ajustar o seu estilo de deciso s situaes. O estudo foi baseado num
modelo complexo de pesquisa (doze variveis contingenciais, oito tipos de problemas e
cinco estilos de liderana) para estabelecer a forma de participao no processo de deciso,
de acordo com as diferentes situaes. As concluses, indiciam que o estilo de liderana
pode ser autocrtico ou assumir formas mais participativas chegando at ao estilo
completamente consensual. Tudo ir depender da situao, devendo o comportamento do
lder ser flexvel (Grzeszczeszyn, 2011).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Alm da Liderana Carismtica, existem ainda duas abordagens de liderana que merecem
destaque. A Liderana Transformacional, em que o lder estimula esforos e inspira os
subordinados a transcenderem os seus prprios interesses para o bem da organizao.
Por outro lado, a Liderana Visionria, defende que o lder cria e articula uma viso realista,
credvel e atraente do futuro para uma organizao a partir do presente. Incita
comportamentos, talentos e recursos, para a concretizao dessa mesma viso
(Grzeszczeszyn, 2011).
Percebe-se assim que estas duas ltimas abordagens de liderana complementam e tambm
usam a abordagem carismtica. Segundo a perspetiva de Grzeszczeszyn (2011), grande
parte das teorias de liderana descritas acima pode ser encaixada na abordagem da chamada
Liderana Transacional, na qual o lder guia ou motiva os seus seguidores na direo de
metas estabelecidas, esclarecendo as exigncias do papel e da tarefa.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
De entre a vasta literatura existente, a nomenclatura variada, no que concerne aos estilos
de liderana. Contudo, e de acordo com Goleman, Boyatzis & Mckee (2002, citado por
Pais, 2006), os melhores lderes agem de acordo com um ou mais, dos seis estilos de
liderana. Esses lderes mudam de um estilo para outro conforme as circunstncias.
Goleman (2000, citado por Pais, 2006), construiu um modelo de estilos de liderana
baseado nos estudos de McClelland, dos anos 70, onde diferenciou seis tipos de estilos de
liderana: democrtico, relacional, pressionador, coach e visionrio. Assim, o autor,
apoiando-se numa base de dados mundial que abrangeu 3871 gestores, atravs da qual
avaliaram os fatores que influenciam maioritariamente, o ambiente de trabalho. Esta anlise
incidiu ainda na relao entre o estilo de liderana e os resultados financeiros, tais como os
lucros nas vendas, o crescimento dos proveitos, eficincia e a rentabilidade. Por
conseguinte, o autor, concluiu que em igualdade de circunstncias, os lideres que utilizavam
estilos de liderana com efeitos emocionais positivos conseguiam resultados financeiros
claramente melhores do que os outros lderes. Por outro lado, os lderes com melhores
resultados no recorriam somente um estilo de liderana. Contrariamente, no mesmo dia
ou na mesma semana chegavam a fazer uso dos seis estilos de liderana em funo das
necessidades.
O Modelo de Goleman (2002, citado por Pais, 2006), contempla assim os seis tipos de
liderana, contudo categorizados mediante o facto de gerarem ressonncia (inclui Estilos
Visionrio, Coach, Relacional e Democrtico) ou dissonncia (inclui estilos Pressionador e
Dirigista) nos colaboradores.
Atua como forma de mobilizar as pessoas em torno da sua viso. Adota a estratgia do
siga-me. As competncias bsicas de inteligncia emocional so a autoconfiana, empatia
e catalisador de mudana. As situaes de aplicao com melhores resultados so quando
se pretende uma nova viso ou necessria uma direo sem ambiguidades.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Goleman et al. (2002, citado por Pais, 2006), consideram que os lderes visionrios
estabelecem um caminho, no entanto do liberdade para os indivduos inovarem,
experimentarem e assumirem riscos calculados. Efetivamente, o sentimento de que esto a
trabalhar para objetivos que todos partilham, aumenta o empenho do grupo. A
transparncia tambm uma caracterstica dos visionrios, dado que para serem credveis
tm que acreditar na sua viso. A transparncia um movimento no sentido da
honestidade e da partilha de informao ou conhecimentos. O estilo visionrio uma
aptido natural dos lderes transformacionais.
A confuso entre coaching e formao deriva, em grande parte, do facto de muitas pessoas
pensarem que o coaching a actividade do coach=treinador. Efectivamente, semelhana
de um treinador, o coach tambm est centrado em que o seu coachee (cliente) obtenha bons
resultados mas, efetivamente, um coach no um formador ou treinador. O coach no
ensina, o coach facilita a identificao de potencial, a obteno ou reforo da autoestima, a
definio de objetivos e a elaborao de planos de aco para a performance do seu coachee. O
coaching conduz ao xito, autonomia, autorrealizao e performance profissional. Porque
o coaching consiste num processo de acompanhamento medida de cada pessoa, numa
dinmica de mudana facilitadora da definio e alcance de objetivos do prprio coachee e da
sua organizao, no h dois momentos de coaching iguais. Partindo de uma dinmica de
auto conscincia, de estabelecimento de metas, de elaborao e colocao em prtica de
planos de aco, o coach um elemento facilitador que favorece uma dinmica de
transformao pessoal do coachee. O coaching contm, em si mesmo, um processo de anlise,
reflexo, desafio e operacionalizao. Ao potenciar a viso, a tomada de deciso e a
concretizao, o coaching promove a mudana efetiva (Penim, 2008).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Este lder cria harmonia e constri laos emocionais. Coloca as pessoas em primeiro lugar,
e tem como competncias bsicas de inteligncia emocional a empatia e enfoca o
relacionamento e a comunicao.
Este estilo de liderana adequa-se para resolver conflitos na equipa ou para motivar as
pessoas em perodos de stress, tendo um efeito altamente positivo na comunicao
(Goleman, 2000, citado por Pais, 2006). Os indivduos so incitados a partilhar as ideias e a
inspirao. A flexibilidade tambm incrementada, sendo que o lder no impe regras
rgidas para a forma como os subordinados devem fazer o seu trabalho. dada liberdade
aos subordinados para cumprirem a sua misso da forma que consideram mais eficaz.
Este tipo de liderana fomenta o bom relacionamento e a estima entre a equipa, originando
um ritmo de trabalho progressivo e seguro. Emergem grandes marcas de afinidade
interpessoal, conseguindo como consequncia bons nveis de produo / resultados.
Toda a equipa coopera nas decises e decide sobre a distribuio das tarefas e cada
elemento decide com quem trabalhar. Em conjunto, planeia as medidas e prticas para
alcanar os objectivos. As orientaes so determinadas pela equipa, embora esta solicite
pareceres tcnicos ao lder, indicando este, vrias opes para a equipa analisar.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
O lder esfora-se por ser um elemento igual aos outros da equipa e quando critica ou
elogia objectivo cingindo-se aos factos. Favorece e provoca o debate entre a totalidade
dos elementos (Silva, 2010).
O lder coloca elevados padres de desempenho aos colaboradores, exigindo que executem
mediante as suas recomendaes e no imediato. No que concerne s competncias bsicas
de inteligncia emocional prendem-se com a conscincia moral, orientao para a realizao
de objectivos e iniciativa (Pais, 2006).
Este estilo de liderana surte feitos positivos quando se pretendem resultados rpidos de
uma equipe que possui elementos competentes e motivados.
Existe um tipo de lder que d o exemplo e apresenta elevados nveis de desempenho, com
necessidade de fazer cada vez mais e melhor. Deteta rapidamente os empregados com
baixo desempenho e pede-lhes que melhorem. Contudo, a m aplicao deste estilo de
liderana, aquando da sua excessiva aplicao ou em contextos desajustados, poder fazer
com que a equipe se sinta demasiado pressionada. Estes lderes no traam linhas de
orientao claras, assumindo que os colaboradores sabem o que fazer. Alm disso, no
raramente, os mesmos centram-se nos objetivos descurando que dependem da equipe para
atingir os objetivos (Pais, 2006).
Este estilo de liderana exige concordncia imediata, estando orientado para a consecuo
de objetivos, iniciativa e autocontrolo. As situaes em que o estilo funciona melhor so
numa crise, para inverter o curso dos acontecimentos. Este estilo considerado por
Goleman (2000b, citado por Pais, 2006) o menos eficaz na maior parte das situaes. O
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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lder impede a gerao de ideias, na sua equipa, havendo por isso uma evaporao do
sentido de responsabilidade. As pessoas perdem iniciativa e no se sentem parte integrante
para a realizao dos resultados. A liderana dirigista tambm mostra os seus efeitos no
sistema de recompensas. A maioria dos colaboradores com elevado desempenho est
motivada por algo que representa muito mais do que o dinheiro procura a satisfao que
advm da realizao de um trabalho bem feito. O estilo dirigista ofusca este tipo de orgulho
e destri a motivao das pessoas, pois no lhes oferece uma misso partilhada. Esta perda
diminui o envolvimento e pode levar as pessoas a abandonarem o seu emprego. Assim, o
estilo dirigista deve ser unicamente utilizado em situaes nas quais o mesmo se torne
imperativo, como o caso daquelas em que a empresa se encontra mergulhada numa crise.
Nestes casos, o estilo dirigista poder romper com hbitos de gesto ineficazes e
impulsionar as pessoas a seguirem maneiras diferentes de desempenhar o seu trabalho. Este
estilo tambm se pode mostrar eficiente quando aplicado a colaboradores que apresentam
problemas recorrentes e que no foram solucionados com a aplicao dos restantes estilos
de liderana (Pais, 2006).
1.4. O Lder
Segundo Warren Bennis (2009, citado por Silva, 2010, p.16), os lderes so pessoas
capazes de se expressar na sua totalidade. Ou seja, eles conhecem e reconhecem o que so,
quais so as suas mais-valias e fraquezas, como podem otimizar estas mais-valias e
compensar as suas limitaes. Sabem tambm o que querem, porque o querem, e como
podem comunicar aquilo que querem aos outros, de forma a conseguirem a cooperao e
suporte. Depois, eles sabem como atingir os seus objetivos. A chave para a plenitude da
autoexpresso entender-se a si prprio e ao mundo, e a chave para perceber
aprendendo atravs da sua prpria vida e da experincia.
Randall (2004, citado por Silva, 2010), identifica sete categorias de m liderana, que so:
incompetncia, rigidez, propenso ao exagero, indiferena, corrupo, escassez de esprito e
maldade. As organizaes cujo lder tenha uma ou mais destas categorias, sofrero no
mnimo duras dificuldades, ou no mximo desintegrar-se-o. Estes lderes tiveram a
capacidade de persuadir outros a seguirem-nos, frequentemente, porque simplesmente
tinham a posio e o ttulo de lder. de extrema importncia fazermos aqui uma distino
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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entre lder e gestor. Para Pina e Cunha et al. (2005, citado por Silva, 2010), os lderes
procuram agir sobre a situao, inovam, questionam-se sobre o qu e o porqu, tm
perspetivas a longo prazo, so originais, as suas competncias no podem ser
ensinadas/aprendidas.
De acordo com Sousa & Monteiro (2010) para liderar fundamental que haja interao
entre o lder e o liderado. Em funo desta interao, a liderana pode ter dois modelos de
orientao, havendo a possibilidade de ser mais orientada para as pessoas ou para as
tarefas.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Este lder sensvel aos problemas dos outros, preocupando-se genuinamente com as
pessoas da sua equipa, quanto ao modo como estas executam as tarefas e ao seu bem-estar
e motivao. O objetivo est mais orientado para as pessoas, no se refletindo diretamente
na produtividade e lida com as pessoas como seres humanos e no como autmatos.
Verifica-se a satisfao dos liderados, que se representa numa melhor unio de grupo.
Este lder tem como prioridade a realizao de aes, estando a produtividade dependente
do estilo de liderana para a tarefa. Tem como objetivo desenvolver a organizao,
enaltecendo os resultados e os lucros. Verifica-se uma maior preocupao com as tarefas
do que com as pessoas que as exercem, podendo a unio de grupo e da satisfao dos
liderados ficar diminuda, isto ser colmatado se for dado aos subordinados um voto de
confiana.
Uma liderana autoritria ter consequncias negativas, no entanto uma liderana diretiva e
estruturada ter um efeito mais positivo na produo.
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O estilo de liderana e a direo escolhida tm de estar moldadas a cada pessoa ou equipa e
ao em causa. Em diversas tarefas, a mesma pessoa pode apresentar mais eficincia com
estilos de liderana diferentes. Assim, a liderana mais arte do que cincia. Nessa arte, o
lder tem de aplicar a sua experincia e o seu bom senso para decidir quando, como, e com
quem deve usar cada um dos estilos (Estanqueiro, 1992).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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2. MOTIVAO
Num contexto altamente competitivo e mutvel, como a sociedade atual, um dos maiores
desafios que se coloca s organizaes, motivar os seus recursos humanos, levando-os
assim a atingir elevados padres de comprometimento e desempenho organizacional.
Dado que, a competitividade das empresas depende em grande parte dos recursos
humanos da organizao, da cooperao e da colaborao internas, torna-se uma questo
de sobrevivncia para qualquer organizao, motivar as pessoas, faz-las sentirem-se
confiantes e implicadas na dinmica, para alcanar os objetivos propostos e o sucesso
organizacional.
O estudo da motivao tem sido, ao longo dos anos, uma das reas em que mais pesquisas
tm sido desenvolvidas, j que, a noo de motivao um conceito fulcral para a
compreenso do comportamento humano. No entanto, apesar dos inmeros estudos
realizados, no existe uma definio consensual e absoluta.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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virtualmente, a tudo o que as pessoas fazem, sentem ou dizem (Fachada, 2012, p. 292).
Posteriormente, vrios psiclogos adotaram outra terminologia, em detrimento do termo
instinto, tais como motivo, necessidade e impulso (Fachada, 2012).
De acordo com Fachada (2012), existe uma sequncia motivacional, em que a necessidade
gera o impulso ou o motivo. Este mobiliza as energias do sujeito no sentido de procurar o
objeto ou objetos que satisfaam a necessidade, atingindo, por isso, o objetivo; a saciedade
ou a satisfao.
Contudo, muitos tm sidos os autores que se tm debruado sobre este conceito, existindo
mltiplas definies:
A motivao consiste na vontade de uma pessoa desenvolver esforos com vista
prossecuo dos objetivos da organizao. (Mondy, Sharplin e Premeaux, citado por
Ramos, 2009);
Um estado interno que canaliza o comportamento no sentido de metas e objetivos.
(Steiner, citado por Ramos, 2009);
Toda a classe de impulsos, desejos, necessidades e foras semelhantes; e dizer que um
gestor motiva os seus subordinados significa que ele desenvolve as aes que espera que
venham a satisfazer aqueles desejos, impulsos e necessidades dos seus colaboradores,
induzindo-os a atuar da forma desejada. (Koontz, citado por Ramos, 2009).
A literatura sugere vrias teorias sobre motivao, nomeadamente: a Teoria dos Impulsos
de Thorndike (1911) e Hull (1943), mais orientadas para explicar o porqu da ocorrncia do
que j aconteceu, passando pelas Teorias da Expectativa de Lewin (1935) e Tolman (1948),
explicando os desempenhos no efeito multiplicativo dos conceitos de expectativa e de
valncia. No entanto, Vroom (1964) que aplica esta ltima teoria ao contexto de
motivao no trabalho.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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No se pretendendo, fazer uma descrio exaustiva das teorias, iremos agrupar os estudos
em trs categorias: os que se centram no objeto da motivao, denominadas de Teorias de
Contedo; os que se debruam na forma como se exprime a motivao, denominadas
Teorias de Processo; e finalmente, os estudos que se debruam sobre o porqu da
manuteno dos comportamentos motivacionais, designadas por Teorias de Resultado
(Ferreira, Neves & Caetano2001).
Esta perspetiva prioriza a compreenso dos fatores internos aos indivduos, e explicativos
da forma de agir. Assim sendo, uma necessidade corresponde a um estado intrnseco ao
indivduo, capaz de induzir ao, visando alcanar resultados. Uma vez satisfeita a
necessidade deixa de causar tenso, desconforto, ansiedade, no estimulando o
comportamento. Contudo, nem sempre ocorre a satisfao da necessidade, o que provoca
frustrao, tenso... (Ferreira, Neves & Caetano2001)
Dentro desta categorizao, assumimos como teorias fundamentais: a Hierarquia das
Necessidades de Maslow; a Teoria dos Fatores de Motivadores e Higinicos de Herzberg e
a Teoria dos Motivos de McCleland (Ferreira, Neves & Caetano2001).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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As necessidades agrupam-se de acordo com uma hierarquia princpio da hierarquia.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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de fraqueza, de dependncia e de desamparo, que podem conduzir desmotivao por
parte do indivduo.
O gestor que pretenda motivar os seus colaboradores deve ter em ateno o grau de
satisfao das suas necessidades. Maslow indica que a maior parte das pessoas apresenta
maior ateno s necessidades sociais e de estima, dado que, em geral as primrias se
encontram satisfeitas. Defende tambm, que o gestor que d mais importncia s
necessidades de autorrealizao e rejeita um tipo de liderana autocrtica mais eficaz, uma
vez que este estilo de liderana frustra as necessidades do ego e de estima dos
subordinados.
Apesar do reconhecimento por parte de vrios gestores, algumas crticas foram apontadas
ao longo dos anos. Para Lashey & Lee-Ross (citado por Ramos em 2009), a Teoria das
Necessidades de Maslow est fundamentada numa lgica intuitiva, no entanto testes
empricos aplicados a esta teoria foram limitados e estudos recentes mostram que o seu
poder de previso pode ser ambguo. No entanto, a Teoria das Necessidades de Maslow
continua a ser a teoria de motivao mais conhecida em todo o mundo, devido sua
abordagem, de apela ao senso-comum e de fcil aplicao.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Este mtodo de investigao ficou conhecido por incidente crtico. Herzberg identificou
duas classes distintas de fatores considerados importantes para o comportamento das
pessoas no trabalho: fatores higinicos e fatores motivacionais.
Os fatores higinicos englobam o salrio, benefcios sociais, clima organizacional, tipo de
chefia, condies fsicas e ambientais de trabalho, as polticas e prticas de gesto da
empresa, as relaes interpessoais. Os fatores motivacionais incluem a realizao pessoal, o
reconhecimento, o desenvolvimento, o crescimento da responsabilidade, o prprio
trabalho (Fachada, 2012).
De acordo com McClelland (citado por Ferreira, Neves & Caetano2001), existem trs
impulsos bsicos que apresentam uma grande variao entre as pessoas e as motivaes
para o desempenho: a necessidade de realizao, a necessidade de poder e a necessidade de
afiliao. A primeira necessidade prende-se com o facto de querer ser bem sucedido; a
necessidade de poder reflete-se no desejo de controlar e influenciar o comportamento dos
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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outros indivduos; quanto necessidade de afiliao consiste no desejo de ser estimado
pelo grupo de pertena.
Por conseguinte, o comportamento das pessoas condicionado por tais motivos, que
embora estes possam ser apreendidos, tm caractersticas que se assemelham aos traos de
personalidade, so consistentes ao longo do tempo, em mltiplas situaes e resistentes
mudana. Uma limitao apontada a esta teoria prende-se com a variabilidade as
necessidades inter e intraindividuais, em diferentes lugares e tempo.
A teoria das necessidades de Clayton Alderfer (1972) defende que a motivao dos
trabalhadores pode ser explicada em funo da satisfao das suas necessidades
hierarquicamente agrupadas em pirmide. Apesar da concordncia de Alderfer com
Maslow, na definio da teoria, Aldefer apresenta trs aspetos discordantes da teoria de
Maslow: Em primeiro lugar, Alderfer defende apenas trs nveis hierrquicos de
necessidades, obtidos por via de agrupamento das necessidades institudas por Maslow. Os
trs nveis de necessidades so, da base para o topo, existncias (que engloba as
necessidades fisiolgicas e de segurana); relacionamento (necessidades sociais de
Maslow); e crescimento (engloba as necessidades de estima e de autorrealizao de
Maslow).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Os trs nveis de hierarquizao das necessidades, - Existence, Relatedness e Growth - atribuiu
o nome como geralmente conhecida a teoria - ERG.
Em segundo lugar, Alderfer refere que, apesar de um modo geral, a emergncia de uma
necessidade se verifique depois de satisfeitas as necessidades de nveis inferiores podem
acontecer casos em que os trabalhadores ativem necessidades de nveis mais elevados, sem
terem satisfeito as necessidades de nveis inferiores.
Por ltimo, Alderfer defende que a satisfao de um nvel inferior no faz inevitavelmente
emergir uma necessidade de nvel superior, podendo mesmo verificar-se que todas as
necessidades podem ser ativadas em simultneo. Defende tambm que quando as
necessidades de um nvel elevado so frustradas, as necessidades de um nvel inferior
retomam, mesmo que j tenham sido satisfeitas.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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uma teoria cognitiva, segundo a qual cada indivduo um decisor racional na questo da
quantidade de esforo que despende na situao de trabalho, para obter as recompensas
desejadas. Autores representativos desta teoria so Vroom (1964) e Lawer (1986). Esta
teoria assenta em trs pressupostos:
A importncia que assume para o indivduo o resultado que pode ser conseguido na
sequncia do trabalho;
A relao desempenho-recompensa ou o grau em que o indivduo acredita que
determinado desempenho conduzir obteno de um resultado desejado;
A ligao esforo-desempenho ou a probabilidade percebida pelo indivduo de que
despendendo determinado esforo, conduzir a um desempenho (Ferreira, Neves
& Caetano 2001).
Como qualquer outra teoria tambm esta tem limitaes. As questes metodolgicas e
problemas de medida originaram resultados divergentes. No entanto, segundo estudos, a
teoria funciona com maior capacidade preditora em termos motivacionais a nvel individual
e em pessoas com locus de controlo interno, do que a nvel interindividual.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Segundo Adams (1965, citado por Ferreira, Neves & Caetano2001), esta teoria assenta no
facto do indivduo experimentar certas discrepncias no que concerne ao seu ganho
comparativamente ao de outros. O seu esforo no trabalho funo do resultado da
comparao com o esforo despendido por outros indivduos significativos e que
funcionam como termo de comparao.
Existem quatro elementos a destacar nesta teoria:
A pessoa que se compara;
A outra pessoa com quem comparada;
Os inputs ou recursos da pessoa (escolaridade; inteligncia; experincia);
Os outputs (pagamentos; benefcios; condies de trabalho).
Assim, esta teoria sugere que a pessoa constri um rcio, com base na comparao entre os
seus inputs e os seus outputs, de outro significativo, que faz um trabalho semelhante.
De acordo com Lawler (1994, citado por Ferreira, Neves & Caetano 2001), as pessoas que
possuem tarefas enriquecidas percecionam uma importante relao entre fazer bem o seu
trabalho e um sentimento de desenvolvimento pessoal, autoconsiderao e competncia.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Assim sendo, preconiza-se que a conceo da tarefa e o desenho do posto de trabalho
sejam estimulantes para o bom desempenho das funes (Ferreira, Neves & Caetano 2001).
Do ponto de vista motivacional, esta abordagem sugere que a recompensa (intrnseca) e
consequentemente a motivao para a tarefa, ocorre quando o trabalhador aprende que em
termos individuais executou corretamente as funes que lhe foram atribudas.
Este modelo sugere assim o efeito das variveis moderadoras na relao entre as
caractersticas do trabalho e os resultados alcanados, o que permite explicar, por exemplo,
a diferena de resposta motivacional de indivduos com uma elevada fora de necessidade
de desenvolvimento, da de indivduos com uma reduzida fora das suas necessidades no
que concerne definio dos postos de trabalho, esta teoria d um enorme contributo para
o enriquecimento e alargamento do contedo dos postos de trabalho.
Trata-se assim de encontrar uma resposta para diversas escolhas por parte dos indivduos,
enfatizando os aspetos individuais e fatores situacionais que levam uma pessoa a optar por
uma ao ao invs de outra.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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intensidade desta fora tanto maior quanto mais desafiadores forem os objetivos/metas
estabelecidas (os objetivos fceis revelam uma intensidade mais reduzida de ndice
motivacional).
Contrapondo a teoria dos objetivos, a teoria do reforo, defende que o que controla o
desempenho so os reforadores, ou seja, o comportamento funo das suas
consequncias, sendo que por reforo, entende-se qualquer consequncia resultante de um
comportamento.
So vrios os tipos de reforos existentes (positivo, negativo, extino e punio) para gerir
a motivao das pessoas na situao de trabalho, bem como os sistemas diversificados de
uso de tais reforos.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Tais sistemas de recompensa possuem duas componentes: tempo em que ocorre o reforo
do comportamento desejado e a frequncia com que administrado o reforo. O reforo
pode ser aplicado de acordo com um intervalo fixo de tempo, e administrado com uma
frequncia fixa tambm.
Esta teoria simples e clara e tem sido alvo de diversos estudos empricos de validao.
Contudo, a sua focalizao no indivduo e problemas metodolgicos de aplicao,
constituem uma restrio limitativa ao seu uso generalizado. Ainda assim, quando aplicada
em programas de modificao de comportamentos em contexto organizacional, beneficia
de aplicao conjunta de processos de aprendizagem social e dos princpios da equidade,
salvaguardadas as necessidades especficas dos indivduos (Ferreira, Neves & Caetano,
2001).
Segundo Prez Lpez (1990: 15 17, citado por Ferreira, 2010), uma teoria da motivao
tem de ter sempre em conta que as pessoas, ao atuarem, podem mover-se por trs tipos de
motivos: (1) extrnsecos: que impelem o indivduo para a ao por causa dos resultados
externos que resultam dela, ou seja, pela reao do meio ao (trabalhar para obter um
salrio, um reconhecimento, uma promoo, etc.); (2) intrnsecos: que conduzem
execuo de uma ao pela compensao que a prpria ao proporciona ao sujeito
(satisfao psicolgica, autorrealizao, satisfao do dever cumprido); (3) transcendentes:
que levam a atuar pelas consequncias que a ao pode ter para outras pessoas,
independentemente da possvel reao a respeito do agente (trabalhar para ser til Ptria,
para servir os clientes, para melhorar as condies familiares).
O mais normal que em qualquer ao estes trs motivos estejam presentes, mas,
naturalmente, o peso de cada um destes tipos de motivos diferente para cada pessoa;
haver sempre profissionais para os quais os honorrios detm um maior peso do que a
satisfao do seu pblico, sendo que isto vlido para as diversas aes de qualquer ser
humano.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Ainda segundo o mesmo autor, a qualidade motivacional de uma pessoa determinada pela
sensibilidade que ela tem para atuar tendo em conta cada um dos trs tipos de motivos.
Podemos dizer que uma pessoa muito humana quando tem em linha de conta o que
acontece s outras pessoas e quando est sempre disposta a ajud-las - tal significa que na
sua motivao existe um grande peso da motivao transcendente. Pelo contrrio,
podemos afirmar que uma pessoa muito egocntrica, ou pouco humana quando busca
somente a satisfao prpria nas suas aes, sem se preocupar com os prejuzos que a sua
ao possa provocar nos outros.
Para que as pessoas possam ser empenhadas no que fazem, necessrio oferecer-lhes
motivos suficientemente nutritivos para que faam o que se espera delas. Se as pessoas no
acreditarem no que fazem no iro ceder nos seus desejos e necessidades pelo bem-estar
dos outros.
Segundo Stein (s/d, citado por Ferreira, 2010), o estudo das motivaes humanas e as
repercusses que estas infligem na capacidade de eficcia, eficincia e at consistncia
formam a dimenso da organizao.
Para o indivduo, o empowerment a nvel pessoal vivido com satisfao no trabalho, eficcia
no trabalho desenvolvido, e um comportamento inovador (Spreitzer, 1995; Spreitzer,
Kizilos, and Nason 1994). Em relao ao impacto do empowerment na performance
motivacional, este afeta tanto a iniciativa como a persistncia da realizao de uma tarefa
individual (Bandura, 1997, citado por Ramos, 2009). Como tal, este processo permite aos
lderes definir objetivos de desempenho mais elevados para os seus colaboradores, com
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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confiana que sero aceites. O processo de empowerment tambm permite aos responsveis
atenuar o impacto desmoralizante associado a mudanas organizacionais e mobilizar os
colaboradores da organizao a contrair as dificuldades associadas mudana. Por ltimo, a
experincia de team-building nas organizaes sugere que as tcnicas de empowerment podem
desempenhar um papel crucial no desenvolvimento do grupo e desempenho da tarefa. O
empowerment est geralmente associado a um conjunto de tcnicas de gesto ou atos de
partilha de poder com os outros. Por exemplo, a ideia de delegao e de descentralizao
do processo de deciso h muito que equiparada com a noo de empowerment (Ramos,
2009).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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3. TERCEIRO SETOR
Elas so incontveis, espalhadas pelos quatro cantos do planeta, existindo nos mais
diversos contextos nacionais. Atuam em campos variados como os de arte e cultura,
educao, recreao, sade, assistncia social, defesa de direitos humanos, minorias,
feminismo, ambientalismo, desenvolvimento comunitrio, fortalecimento de organizaes
de baseAcionam agentes com trajetrias e valores os mais diversificados. So mercado
de trabalho e tambm terreno de ao voluntria. Mobilizam grande quantidade de recursos
materiais, de origens to diversas quanto governos, indivduos, famlias, empresas, igrejas,
fundaes, associaes. Na maioria so pequenas, embora frequentemente o seu mbito de
atuao possa ultrapassar fronteiras nacionais. De natureza privada, no so empresas,
atuando em benefcio do pblico, no so rgos do governo. So as chamadas
organizaes sem fins lucrativos. (Landim, 1993, citado por Bose, 2004)
A partir das ltimas dcadas do sc. XX, tem sido atribudo especial relevo a um conjunto
de Organizaes de carcter associativo, cooperativo ou mutualista, geralmente includas
no que habitualmente se designa por Terceiro Setor.
De uma forma simplista, o Terceiro Sector pode ser definido como o conjunto de
organizaes, que no sendo pblicas, perseguem objetivos sociais e que sendo privadas,
no tm fins lucrativos. As designaes e os critrios utilizados refletem no s a grande
variedade de formas que assumem face a diferentes contextos histricos e sociais, como
tambm, as posies assumidas pelos diversos atores e grupos sociais envolvidos (Almeida
2011).
Von Mises (1949, citado por Almeida, 2011), um dos primeiros autores a debruar-se sobre
o individualismo metodolgico definiu-o atravs da premissa de que um coletivo social no
tem existncia nem realidade fora das aes dos seus membros individuais, ou seja, o social
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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s pode ser percebido a partir daquela que a nica unidade de anlise possvel o
individuo.
O Terceiro Setor fornece determinado tipo de bens e servios de carcter social, atravs de
uma lgica solidria, muitas vezes em regime de contratualizao com o Estado. Sendo
denominado como setor no lucrativo constitudo por entidades organizadas (tendo
alguma estrutura e regularidade nas suas operaes), particulares (pois institucionalmente
so independentes do estado, embora recebam apoios financeiros do mesmo), no
distribuidoras de lucro (pressupe-se que aquando de excedente financeiro dever haver
reinvestimento) autogovernadas (pois tm rgos dirigentes internos) e voluntrias (ser
membro, participar ou contribuir quer com tempo, quer com dinheiro, no exigido por
lei) (Franco et al. 2005).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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funciona como um ponto de encontro entre as diferentes noes. Por conseguinte, apesar
das evidenciadas vantagens face aos seus concorrentes, o conceito de terceiro setor
claramente, limitado pois refora o caracter residual presente nas teorias econmicas
dominantes que, em termos gerais, argumentam que as organizaes do terceiro setor
surgem em consequncia das falhas do mercado e do estado. Assim, o terceiro setor que
no se enquadra o mercado, nem no Estado, define pela negativa, um largo conjunto de
organizaes, que no fundo possuem uma identidade prpria, uma lgica de
funcionamento especfica e um lugar central nos processos de governao das sociedades
contemporneas (Almeida, 2011).
Desta forma, passaremos a uma breve descrio da realidade das IPSSs em Portugal, e as
Charties no Reino Unido, e respetiva comparao em termos de funcionamento.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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O estatuto das IPSSs concedido s instituies constitudas sem finalidade lucrativa, por
iniciativa de particulares, com o propsito de dar expresso organizada ao dever moral de
solidariedade e de justia entre os indivduos (Decreto lei n 119/83 de 25 de fevereiro). As
IPSS representam a larga maioria das organizaes do terceiro setor existentes nas reas de
apoio social e tm como principais reas de atuao a terceira idade, infncia e juventude e
deficincia. As relaes entre o Estado e as IPSS esto reguladas por meio de acordos de
cooperao, atravs dos quais se assegura a concesso de prestaes sociais (Almeida,
2011).
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A evoluo do terceiro setor no reino Unido, inicia-se atravs das relaes de proximidade
entre o Estado e a Igreja, assente no princpio da caridade e da solidariedade, atravs das
Charties, sendo que o papel do Estado era mnimo e regulador, e a sua interveno era
limitada aplicao da Lei dos Pobres. At ao sc. XVIII a Igreja administrava as Charties
locais e as escolas para educao dos pobres, desenvolvendo tambm esquemas pioneiros
de segurana social.
A partir da segunda metade do sc. XIX, com a entrada na Revoluo Industrial houve
mudanas profundas que atingiram os aspetos da vida social e econmica do Reino Unido,
potenciando ainda mais o desenvolvimento do terceiro setor.
Nos incios do sc. XX, sob influncia do partido Trabalhista, da Sociedade Fabiana e
tambm devido maior presso da classe trabalhadora, assistiu-se uma grande viragem do
papel do Estado. Por conseguinte, atravs de importantes reformas legislativas a promoo
do bem-estar e o alvio da pobreza passaram do setor voluntrio para o Estado (Almeida,
2011).
Os campos da sade e da manuteno de rendimentos passaram desta forma, a ser
fornecidos pelo Estado, mas muitos outros permaneceram no terceiro setor, como por
exemplo a educao e os servios sociais (organizaes ligadas promoo do bem-estar,
ao aconselhamento, s atividades socioculturais e de lazer, aos grupos de auto- ajuda e
investigao mdica).
Nos anos 80 e 90, num contexto cultural baseado no mercado, as charties de maior
dimenso tornam-se cada vez mais empresariais, adotando atitude mais agressivas para a
obteno de financiamento desenvolvem formas alternativas na busca de maiores
rendimentos. As mutualidades, as associaes de habitao, bem outras organizaes
seguem tambm esta linha (Taylor, 2004, citado por Almeida, 2011).
A partir de 2006 at atualidade tem-se assistido avarias mudanas, salientando-se o
aparecimento de uma nova rede de relaes que conectam as organizaes do terceiro setor
com agncias e organismos semiautnomos (Deakin, 2001, citado por Almeida, 2011).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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Na maioria dos casos, a falta de qualificao dos quadros dirigentes, bem como a o baixo
grau de profissionalizao dos recursos humanos, nomeadamente ao nvel da gesto,
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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contribuem para esta fragilidade. As consequncias deste dfice ao nvel da gesto so
particularmente importantes, j que a liderana tende a ser bastante centralizada na figura
do dirigente. Acresce ainda, a existncia de baixos salrios como um dos fatores
explicativos para a pouca profissionalizao deste setor.
Paralelamente, a realidade das Charties, tambm neste ponto, bem diferente da realidade
portuguesa, a maior aproximao ao mercado explica, em parte, uma maior exigncia ao
nvel da transparncia na prestao de contas. Contudo, no significa, que no existam
alguns indcios de que, por vezes, as organizaes no produzem informao suficiente
acessvel e relevante para o pblico, apesar da confiana pblica estar relativamente elevada.
Salienta-se que muitas so as Charties que tm vindo a desenvolver formas inovadoras de
gesto para melhorar a prestao de contas (Strategy Unit, 2002, citado por almeida em
2011).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
pode ser reduzida ao aspeto econmico. Efetivamente, ela comporta aspetos sociais e
polticos que podem resultar numa maior coeso do sistema social, no significando que as
diversas componentes deste sistema no tenham autonomia e simultaneamente, por vezes,
objetivos contraditrios (Almeida, 2011).
O facto de as organizaes do terceiro setor atuarem nas mesmas reas que o setor privado
reflete-se nomeadamente, na sua maior capacidade de competitividade e inovao, na
utilizao diversificada de fontes de financiamento, no maior recurso ao marketing e no
grau mais elevado de profissionalizao dos seus quadros de pessoal (uma importante
caracterstica do terceiro setor anglo-saxnico), uma realidade bastante distante da realidade
portuguesa, conforme se pode verificar pelo exposto anteriormente.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
PARTE II
Estudo Emprico
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
1. METODOLOGIA
Refere ainda que, na fase metodolgica que se determinam os mtodos a utilizar para
obter as respostas s questes de investigao colocadas e s hipteses formuladas.
O presente estudo tem como principal objetivo avaliar os estilos de liderana e motivao
exercidos no terceiro sector, no concelho de Bragana.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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inqurito (na ausncia do diretor tcnico ser preenchido pela pessoa imediatamente
abaixo, hierarquicamente, da direo).
Com o intuito de perceber a relao entre as variveis, foram formuladas algumas questes
de investigao, fundamentadas na reviso bibliogrfica, efetuada na primeira parte deste
trabalho.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
1.5. Populao
A nossa populao constituda por todos os Diretores Tcnicos das IPSSs do Concelho
de Bragana, o que equivale a 45 indivduos.
Por se tratar de uma populao reduzida, decidiu-se inquirir a totalidade da mesma, tendo-
se obtido 33 respostas.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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O estudo da referida autora, contou com uma amostra de 354 observaes, com um nvel
de preciso de 5% e um grau de confiana de 95 %.
O questionrio (anexo II) encontra-se dividido em trs partes: a Parte I constituda por 5
questes que correspondem caracterizao do respondente (gnero, estado civil,
habilitaes literrias, tipo de instituio e respostas sociais desenvolvidas).
A Parte II inclui 17 questes que pretendem avaliar a motivao, das quais 15 esto
diretamente relacionadas com os fatores de motivao do inquirido; 1 sobre o seu nvel de
motivao e 1 sobre a importncia que atribu ao seu lder. Foi usada a escala quantitativa
discreta, a variar de 1 (discordo totalmente) a 6 (concordo totalmente).
Finalmente a Parte III constituda por 33 questes que aludem s caractersticas do lder
atual e do lder eficaz (originando 66 respostas, no total). Numa primeira fase o inquirido
(diretor tcnico) deve classificar as caractersticas e comportamentos que o seu lder atual
apresenta (sendo o lder atual o seu superior hierrquico, ou seja, no caso das IPSSs ser o
Presidente da Direo; nas Fundaes, o fundador, e nas Misericrdias, o Provedor), e
numa segunda fase classificar os comportamentos que, no seu entender, so importantes
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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para um lder eficaz (ou lder ideal). Foi tambm utilizada a escala quantitativa discreta, a
variar de 1 (muito mau) a 6 (muito bom), para as caractersticas do lder atual; e 1 (nada
importante) a 6 (muito importante) para as caractersticas do lder eficaz.
Propositadamente, a escala varia entre 1 e 6, como forma de evitar uma resposta
intermdia.
1.8. Procedimentos
Foi elaborado um pedido de autorizao (anexo I) para aplicao dos questionrios, sendo
remetido conjuntamente com o instrumento de recolha de dados. Dos 45 questionrios
aplicados, 22 foram remetidos por correio, tendo sido utilizado como critrio para esta
forma de aplicao a distncia das instituies, e 23 questionrios foram entregues em mo,
e recolhidos posteriormente. O perodo de aplicao decorreu durante os meses de Maio e
Junho de 2012, tendo obtido resposta a 33 questionrios, o que se traduz numa taxa de
resposta de 73%.
A anlise estatstica dos dados relativo ao estudo desenvolvido foi realizada atravs do
programa informtico Statistical Package for the Social Sciences SPSS for Windows, verso 20.0.
Na primeira fase, com vista a descrever e a caracterizar a amostra em estudo, foi realizada
uma anlise descritiva dos dados em funo da natureza das variveis em estudo. Recorreu-
se s medidas estatsticas: frequncias absolutas, frequncias relativas, mdia, desvio padro,
mnimo, mximo, mediana e grficos de barras de forma a descrever as caractersticas:
sociodemogrficas, da instituio, da motivao, da liderana atual e eficaz.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
com o facto de se tratar de variveis ordinais, como tambm pela reduzida dimenso da
amostra (n=33). Quando as amostras tm uma distribuio que no normal o recurso aos
testes no paramtricos o mais conveniente (uma vez que os testes paramtricos exigem
uma distribuio normal) (Cao, 2010; Maroco, 2007; Guimares & Cabral, 1997).
Assim sendo, para comparao dos resultados das caratersticas do lder atual com o lder
eficaz recorreu-se ao teste do Sinal (os resultados em estudo so emparelhados). No estudo
da relao entre motivao e liderana atual utilizou-se o coeficiente de correlao R de
Spearman, pois este coeficiente mede a intensidade da relao entre variveis ordinais (at
0,39 correlao fraca; de 0,40 a 0,69 correlao moderada; de 0,70 a 0,89 correlao forte,
superior a 0,90 correlao muito forte). Para a comparao dos resultados obtidos
relativamente s habilitaes literrias para a Motivao e tambm para Liderana atual
recorreu-se ao teste no paramtrico Mann-Whitney, uma vez que se dispe de duas
amostras independentes de variveis ordinais e de pequena dimenso. Na comparao dos
resultados obtidos relativamente ao nmero de respostas sociais oferecidas pela instituio
para a Motivao e tambm para Liderana atual recorreu-se ao teste no paramtrico
Kruskal-Wallis, uma vez que se dispe de trs amostras independentes de variveis ordinais
e de pequena dimenso.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Inquiriram-se 33 indivduos, sendo 87,88% (29) do sexo feminino e os restantes 12,12% (4)
do sexo masculino (grfico circular da figura 1).
De acordo com a anlise do grfico da distribuio dos inquiridos por estado civil (figura 2)
verifica-se que a maioria dos inquiridos, 57,58% (19) so casados ou em unio de facto,
33,3% (11) so solteiros e 9,09% (3) esto divorciados ou separados.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Relativamente distribuio dos inquiridos por habilitaes literrias (figura 3) tem-se que a
maioria dos indivduos, 48,48% (16) possuem licenciatura, 30,30% (10) so ps-graduados,
15,15% (5) so mestres e apenas um possui doutoramento, assim como um dos inquiridos
tem apenas o 12 ano.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Estes resultados so justificados pelo elevado nmero de Centros Sociais e Paroquiais, que
surgiram pela iniciativa de particulares, e dos quais dado o seu carcter religioso, e por
inerncia de cargo, os respetivos presidentes so sacerdotes.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Valncia n n %
No 24 72,7
Lar 33
Sim 9 27,3
No 20 60,6
Centro de dia 33
Sim 13 39,4
No 19 57,6
SAD 33
Sim 14 42,4
No 26 78,8
Creche 33
Sim 7 21,2
No 25 75,8
Jardim de Infncia 33
Sim 8 24,2
No 29 87,9
CAO 33
Sim 4 12,1
No 32 97,0
Residncia autnoma 33
Sim 1 3,0
No 21 63,6
Outra 33
Sim 12 36,4
Relativamente resposta social lar tem-se que para 27,3% (9) dos inquiridos esta valncia
existe na instituio onde exercem funes. No caso de Centro de Dia so 39,4% (13) dos
inquiridos que indicaram esta resposta social na instituio onde trabalham. A valncia
SAD foi indicada por 42,4% (14) dos inquiridos como fazendo parte da instituio que
representam. Por sua vez a resposta social creche foi indicada por 21,2% (7) inquiridos. No
caso do Jardim-de-infncia foram 24,2% (8) os inquiridos que referiram esta valncia. Por
sua vez a valncia CAO foi indicada por 12,1% (4) dos inquiridos como fazendo parte da
instituio que representam. A residncia autnoma apenas foi referida por um inquirido.
O outro tipo de valncia foi indicado por 36,4% (12) dos inquiridos como fazendo parte da
instituio onde exercem funes.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Quanto s respostas sociais na rea da deficincia, assumem menor expresso.
De uma forma geral, as instituies com mais do que uma resposta social, e com rea de
atuao na terceira idade, detm: Lar e SAD; Lar; SAD e Centro Dia; Centro Dia e Lar;
SAD e Centro Dia, ou somente uma destas.
Finalmente uma Instituio que integra as respostas sociais de Lar; Centro Dia; SAD;
Jardim de Infncia e outras.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
De forma a realizar o estudo das escalas utilizadas em funo desta varivel procedeu-se
sua operacionalizao, ou seja, consideraram-se trs grupos para o nmero de valncias: o
grupo representante de uma valncia, o grupo de duas valncias e um terceiro grupo
representativo de trs ou quatro valncias.
Desvio
Itens Mnimo Mximo Mediana Mdia
padro
Valorizo ter oportunidade de progredir na carreira 4 6 6 5,61 0,66
Valorizo a lealdade dos responsveis para com os
4 6 6 5,79 0,55
empregados
Valorizo que o salrio seja adequado funo 4 6 6 5,67 0,69
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Por sua vez, os itens que em termos mdios apresentam menor valorizao so: Valorizo
um trabalho de prestgio e status ( X =4,36); Valorizo ter maior responsabilidade no trabalho
( X =5,21) e Valorizo a disponibilidade de tempo para a resoluo de problemas pessoais ( X =5,24),
refira-se tambm que so estes itens os que apresentam menores valores de mediana.
De modo geral pode-se afirmar que os inquiridos se sentem motivados face as atividades
que exercem no local de trabalho onde esto inseridos. Quanto motivao relativamente
ao trabalho: Sinto-me motivado relativamente ao meu trabalho verificou-se uma valorizao
mdia de 5,30 pontos o que traduz forte motivao embora o valor mnimo observado seja
de 2 pontos e o mximo de 6 pontos. Analogamente tambm se verifica forte valorizao
do item O meu lder tem um papel importante para a minha motivao cujo valor mdio
observado foi de 5,42 pontos.
Posto isto, e ainda que a dimenso da nossa amostra no seja suficientemente numerosa,
para poder extrapolar concluses, nesta populao em concreto, aparentemente, podemos
admitir que o processo de motivar com empowerment se encontra presente.
Por outro lado, isto permite-nos ainda concluir que os inquiridos, aparentemente,
valorizam de igual modo, ainda que com valores mdios diferenciados, as motivaes
intrnsecas e as motivaes
Analisando todas as observaes, estas sugerem-nos tambm que a maioria das teorias da
motivao (Teorias de Contedo; Teorias de Processo e Teorias de Resultado) so deveras
importantes na explicao desta varivel, uma vez que as motivaes, a manuteno das
mesmas e o que destas resulta assumem uma grande valorizao por parte dos
respondentes.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Tabela 3 - Distribuio das respostas aos itens do lder atual atravs de medidas
estatsticas descritivas
Desvio
Itens Mnimo Mximo Mediana Mdia
padro
Ter autoconfiana 2 6 5 5,12 1,08
Ter uma viso 2 6 5 5,03 1,16
Ser agente de mudana 2 6 5 4,67 1,24
Ser dominante 1 6 4 4,21 1,62
Delegar responsabilidades aos colaboradores 2 6 5 4,79 1,29
Ser controlador 1 6 4 3,73 1,40
Definir a estrutura da organizao 1 6 5 4,67 1,34
Estabelecer as regras da organizao 2 6 5 4,61 1,17
Ser uma fonte de inspirao 1 6 5 4,24 1,48
Motivar os colaboradores 1 6 5 4,61 1,50
Dar orientaes especficas 1 6 5 4,45 1,39
Definir os objetivos a alcanar 1 6 5 4,36 1,45
Dar ateno personalizada aos colaboradores 1 6 5 4,45 1,44
Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores 1 6 5 4,64 1,41
Tentar fazer o que a maioria deseja 1 6 4 4,18 1,31
Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas 1 6 5 4,42 1,23
Consultar os colaboradores aquando da tomada de deciso 1 6 5 4,27 1,35
Permitir que os colaboradores tomem as suas decises 1 6 5 4,21 1,29
Valorizar o relacionamento interpessoal 1 6 5 4,73 1,28
Valorizar o aspeto tcnico do trabalho 2 6 5 4,70 1,13
Decidir de forma totalmente centralizada 3 6 4 4,27 1,01
Relacionar-se de forma confiante com os subordinados 1 6 5 4,64 1,25
Relacionar-se respeitosamente com os subordinados 1 6 5 4,91 1,28
Envolver os colaboradores na definio de objetivos 1 6 5 4,67 1,34
Envolver os colaboradores na preparao de decises 1 6 5 4,52 1,37
Resolver conflitos 1 6 5 4,58 1,35
Encorajar a cooperao 1 6 5 4,64 1,32
Ser carismtico 1 6 5 4,30 1,42
Centrar-se na produo 1 6 5 4,33 1,27
Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos 2 6 5 4,70 1,26
Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores 1 6 5 4,58 1,48
Recompensar os bons desempenhos dos colaboradores 1 6 5 4,21 1,49
Relacionar-se de forma formal com os colaboradores 1 6 4 4,12 1,27
Pela anlise da tabela 3 tem-se que os itens mais valorizados pelos inquiridos, em termos
mdios, na caraterizao do lder atual foram: Ter autoconfiana ( X =5,12); Ter uma viso
( X =5,03) e Delegar responsabilidades aos colaboradores ( X =4,79). Por conseguinte, e por
analogia aos tipos de lder e estilos de liderana apresentados na fundamentao terica,
podemos constatar no que se refere ao tipo de lder, o lder atual de igual modo orientad o
para a tarefa e para as pessoas. Relativamente, aos estilos de liderana, as caractersticas
referenciadas coadunam-se com o estilo visionrio, existindo um caminho pr-estabelecido,
no entanto os indivduos tm liberdade para inovarem, experimentarem e assumirem riscos
- 70 -
Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
calculados. Efetivamente, o sentimento de pertena est bem patente, aumentando por
conseguinte o empenho do colaborador (Goleman et al., 2002, citado por Pais, 2006).
Por sua vez os itens que em termos mdios apresentam menor valorizao na caraterizao
do lder atual so: Ser controlador ( X =3,73); Relacionar-se de forma formal com os
colaboradores ( X =4,12); Tentar fazer o que a maioria deseja ( X =4,18); Ser dominante
Contudo, e de modo geral pode-se afirmar que os inquiridos sentem confiana, apoio e
expetativa no lder atual da instituio onde exercem as suas atividades. No entanto, refira-
se que existe alguma discordncia de respostas comparativamente ao que foi observado na
escala de motivao, pois os valores obtidos para o desvio padro foram todos superiores
aos valores observados na mesma escala.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Ser uma fonte de inspirao 3 6 6 5,45 0,87
Motivar os colaboradores 3 6 6 5,82 0,58
Dar orientaes especficas 3 6 6 5,70 0,64
Definir os objetivos a alcanar 3 6 6 5,61 0,66
Dar ateno personalizada aos colaboradores 3 6 6 5,45 0,87
Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores 3 6 6 5,58 0,75
Tentar fazer o que a maioria deseja 1 6 5 4,67 1,36
Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas 3 6 6 5,30 0,92
Consultar os colaboradores aquando da tomada de
3 6 6 5,45 0,83
deciso
Permitir que os colaboradores tomem as suas decises 3 6 5 5,21 0,93
Valorizar o relacionamento interpessoal 3 6 6 5,58 0,87
Valorizar o aspeto tcnico do trabalho 3 6 6 5,21 1,02
Decidir de forma totalmente centralizada 2 6 4 4,39 1,34
Relacionar-se de forma confiante com os subordinados 2 6 6 5,45 0,83
Relacionar-se respeitosamente com os subordinados 3 6 6 5,73 0,67
Envolver os colaboradores na definio de objetivos 3 6 6 5,61 0,75
Envolver os colaboradores na preparao de decises 3 6 6 5,48 0,91
Resolver conflitos 2 6 6 5,73 0,76
Encorajar a cooperao 2 6 6 5,64 0,82
Ser carismtico 3 6 6 5,18 0,98
Centrar-se na produo 1 6 5 4,76 1,37
Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos 2 6 6 5,24 1,03
Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores 2 6 6 5,70 0,81
Recompensar os bons desempenhos dos colaboradores 2 6 6 5,45 1,06
Relacionar-se de forma formal com os colaboradores 1 6 5 4,52 1,39
Pela anlise da tabela 4 verifica-se que os inquiridos deste estudo assumiram que as
principais caractersticas de um lder eficaz devem ser: Motivar os colaboradores ( X =5,82);
Ter uma viso ( X =5,79); Relacionar-se respeitosamente com os subordinados ( X =5,73);
Resolver conflitos ( X =5,73); Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores ( X =5,70); Ter
autoconfiana ( X =5,67) e Dar orientaes especficas ( X =5,70). tambm para estes itens
que se observa menor disperso de opinies (menores valores de desvio padro). De modo
geral verificou-se que a perceo de um lder eficaz pelos inquiridos deve ser um indivduo
com capacidade de decidir, orientar, colaborar, partilhar e valorizar.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
enquanto parte integrante da organizao, com todas as variveis inerentes mesma e
simultaneamente a componente pessoal, social e familiar (Milar & Yoshida, 2007).
Refira-se que so tambm estas as caractersticas com menor valor de mediana e maiores
disperses.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Analisando a figura 6 verifica-se que a relevncia das caractersticas do lder atual est de
modo geral abaixo do definido para lder eficaz, com exceo dos itens: ser dominante; ser
controlador e decidir de forma totalmente centralizada, caractersticas estas que so
predominantes nos lderes atuais, mas que no so valorizadas para os lderes eficazes.
Par Par
ET VP ET VP
atual /eficaz atual /eficaz
L1 -2,887 0,007** L18 -4,197 0,000***
L2 -3,241 0,001** L19 -3,472 0,000***
L3 -3,425 0,001** L20 -2,675 0,002**
L4 -1,664 0,146 L21 -,734 0,804
L5 -3,179 0,002** L22 -3,862 0,000***
L6 -,716 0,999 L23 -3,597 0,000***
L7 -3,346 0,001** L24 -3,672 0,000***
L8 -3,635 0,000*** L25 -3,804 0,000***
L9 -3,878 0,000*** L26 -4,239 0,000***
L10 -4,111 0,000*** L27 -4,200 0,000***
L11 -4,290 0,000*** L28 -3,132 0,004**
L12 -4,076 0,000*** L29 -2,175 0,008**
L13 -3,317 0,001** L30 -2,583 0,007**
L14 -3,485 0,000*** L31 -3,501 0,000***
L15 -2,302 0,041* L32 -3,778 0,000***
L16 -4,128 0,000*** L33 -2,303 0,092
L17 -4,091 0,000***
ET Estatstica de teste de Wilcoxon; VP valor de prova do teste
*-significncia a 5%; **-significncia a 1%; *** significncia a 0,1%
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
L8 - Estabelecer as regras da organizao L25 - Envolver os colaboradores na preparao de decises
L9 - Ser uma fonte de inspirao L26 - Resolver conflitos
L10 - Motivar os colaboradores L27 - Encorajar a cooperao
L11 - Dar orientaes especficas L28 - Ser carismtico
L12 - Definir os objetivos a alcanar L29 - Centrar-se na produo
L13 - Dar ateno personalizada aos colaboradores L30 - Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos
L14 - Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores L31 - Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores
L15 - Tentar fazer o que a maioria deseja L32 - Recompensar os bons desempenhos dos colaboradores
L16 - Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas L33 - Relacionar-se de forma formal com os colaboradores
L17 - Consultar os colaboradores aquando da tomada de deciso
Pela anlise da referida tabela tem-se que para um nvel de significncia de 0,1% que as
diferenas observadas nos itens: Ser uma fonte de inspirao; Motivar os colaboradores; Dar
orientaes especficas; Definir os objetivos a alcanar; Preocupar-se com as necessidades dos
colaboradores; Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas; Consultar os colaboradores
aquando da tomada de deciso; Permitir que os colaboradores tomem as suas decises; Relacionar-se de
forma confiante com os subordinados; Relacionar-se respeitosamente com os subordinados; Envolver os
colaboradores na definio de objetivos; Envolver os colaboradores na preparao de decises; Resolver
conflitos; Encorajar a cooperao; Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores; Recompensar
os bons desempenhos dos colaboradores, so estatisticamente significativas. Tem-se resultados
anlogos, mas para os nveis de significncia de 1% e 5% para os itens: Ter autoconfiana;
Ter uma viso; Ser agente de mudana; Delegar responsabilidades aos colaboradores; Dar ateno
personalizada aos colaboradores; Valorizar o relacionamento interpessoal; Valorizar o aspeto tcnico
do trabalho; Tentar fazer o que a maioria deseja; Centrar-se na produo; Concentrar-se em
alcanar os objetivos estabelecidos; Relacionar-se de forma formal com os colaboradores,
respetivamente. Os restantes itens: Ser dominante; Ser controlador e Decidir de forma
totalmente centralizada no apresentam relevncia estatstica para as diferenas observadas.
De modo geral, pode-se afirmar que as caratersticas valorizadas para o lder eficaz so
consideravelmente superiores s caratersticas identificadas, para o lder atual.
Contudo, verifica-se, e conforme postulado por Goleman (2000, citado por Pais) que a
conjugao de vrios tipos de liderana em momentos diferentes mais eficaz, que os
inquiridos valorizam vrios tipos de caractersticas de lder, e por conseguinte diferentes
tipos de liderana.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Variveis r VP
Motivado no Trabalho/Ter autoconfiana 0,216 0,226
Motivado no Trabalho/Ter uma viso 0,221 0,217
Motivado no Trabalho/Ser agente de mudana 0,363 0,038*
Motivado no Trabalho/Ser dominante 0,254 0,154
Motivado no Trabalho/Delegar responsabilidades aos colaboradores 0,543 0,001**
Motivado no Trabalho/Ser controlador 0,110 0,542
Motivado no Trabalho/Definir a estrutura da organizao 0,504 0,003**
Motivado no Trabalho/Estabelecer as regras da organizao 0,537 0,001**
Motivado no Trabalho/Ser uma fonte de inspirao 0,454 0,008**
Motivado no Trabalho/Motivar os colaboradores 0,485 0,004**
Motivado no Trabalho/Dar orientaes especficas 0,432 0,012*
Motivado no Trabalho/Definir os objetivos a alcanar 0,490 0,004**
Motivado no Trabalho/Dar ateno personalizada aos colaboradores 0,399 0,021*
Motivado no Trabalho/Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores 0,485 0,004**
Motivado no Trabalho/Tentar fazer o que a maioria deseja 0,421 0,015*
Motivado no Trabalho/Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas 0,515 0,002**
Motivado no Trabalho/Consultar os colaboradores aquando da tomada de
0,445 0,009**
deciso
Motivado no Trabalho/Permitir que os colaboradores tomem as suas decises 0,510 0,002**
Motivado no Trabalho/Valorizar o relacionamento interpessoal 0,403 0,02*
Motivado no Trabalho/Valorizar o aspeto tcnico do trabalho 0.478 0,005**
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Motivado no Trabalho/Decidir de forma totalmente centralizada 0,192 0,283
Motivado no Trabalho/Relacionar-se de forma confiante com os subordinados 0,384 0,027*
Motivado no Trabalho/Relacionar-se respeitosamente com os subordinados 0,426 0,014*
Motivado no Trabalho/Envolver os colaboradores na definio de objetivos 0,305 0,085
Motivado no Trabalho/Envolver os colaboradores na preparao de decises 0,415 0,016*
Motivado no Trabalho/Resolver conflitos 0,359 0,040*
Motivado no Trabalho/Encorajar a cooperao 0,387 0,026*
Motivado no Trabalho/Ser carismtico 0,593 0,000***
Motivado no Trabalho/Centrar-se na produo 0,389 0,027*
Motivado no Trabalho/Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos 0,386 0,027*
Motivado no Trabalho/Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores 0,417 0,016*
Motivado no Trabalho/Recompensar os bons desempenhos dos
0,504 0,003**
colaboradores
Motivado no Trabalho/Relacionar-se de forma formal com os colaboradores 0,216 0,142
r Coeficiente de correlao de Spearman; VP valor de prova do teste
*-significncia a 5%; **-significncia a 1%; *** significncia a 0,1%
Variveis r VP
Papel do lder/Ter autoconfiana 0,081 0,656
Papel do lder/Ter uma viso -0,268 0,132
Papel do lder/Ser agente de mudana 0,093 0,607
Papel do lder/Ser dominante 0,115 0,522
Papel do lder/Delegar responsabilidades aos colaboradores -0,179 0,319
Papel do lder/Ser controlador -0,286 0,107
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Papel do lder/Definir a estrutura da organizao -0,063 0,728
Papel do lder/Estabelecer as regras da organizao -0,079 0,661
Papel do lder/Ser uma fonte de inspirao -0,011 0,951
Papel do lder/Motivar os colaboradores -0,026 0,884
Papel do lder/Dar orientaes especficas 0,010 0,958
Papel do lder/Definir os objetivos a alcanar 0,083 0,647
Papel do lder/Dar ateno personalizada aos colaboradores 0,017 0,923
Papel do lder/Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores 0,029 0,872
Papel do lder/Tentar fazer o que a maioria deseja -0,009 0,960
Papel do lder/Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas 0,060 0,739
Papel do lder/Consultar os colaboradores aquando da tomada de deciso -0,037 0,838
Papel do lder/Permitir que os colaboradores tomem as suas decises -0,080 0,658
Papel do lder/Valorizar o relacionamento interpessoal -0,001 0,997
Papel do lder/Valorizar o aspeto tcnico do trabalho 0,051 0,779
Papel do lder/Decidir de forma totalmente centralizada 0,099 0,584
Papel do lder/Relacionar-se de forma confiante com os subordinados -0,040 0,823
Papel do lder/Relacionar-se respeitosamente com os subordinados -0,251 0,159
Papel do lder/Envolver os colaboradores na definio de objetivos -0,087 0,631
Papel do lder/Envolver os colaboradores na preparao de decises -0,123 0,495
Papel do lder/Resolver conflitos -0,159 0,377
Papel do lder/Encorajar a cooperao -0,205 0,252
Papel do lder/Ser carismtico -0,095 0,600
Papel do lder/Centrar-se na produo 0,284 0,109
Papel do lder/Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos 0,029 0,874
Papel do lder/Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores -0,213 0,235
Papel do lder/Recompensar os bons desempenhos dos colaboradores -0,032 0,861
Papel do lder/Relacionar-se de forma formal com os colaboradores -0,016 0,928
r Coeficiente de correlao de Spearman; VP valor de prova do teste
*-significncia a 5%; **-significncia a 1%; *** significncia a 0,1%
Ainda que, e de acordo com o observado na tabela 6, exista correlao positiva entre a
motivao no trabalho e a maioria das caratersticas do lder atual, a anlise da presente
tabela revela que as caractersticas do lder atual no apresentam correlao significativa
com o papel do lder na motivao dos inquiridos para trabalharem. Ou seja, as
caratersticas do lder atual ainda que influenciem, no so liminarmente decisivas na
motivao dos colaboradores, existindo outro tipo de motivaes para os inquiridos.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
De forma a realizar o estudo das escalas utilizadas em funo desta varivel procedeu-se
sua operacionalizao, ou seja, consideraram-se dois grupos para as habilitaes literrias:
at licenciados (inclui os 16 licenciados e o indivduo com 12 ano) e os que tem grau
superior licenciatura (ps-graduados, mestres e doutorado).
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
M3 - Valorizo que o salrio seja adequado funo M12 - Valorizo ter maior responsabilidade no trabalho
M13 - Valorizo um ambiente de trabalho onde exista confiana e
M4 - Valorizo ter um trabalho seguro
respeito
M5 - Valorizo ter boas condies de trabalho M14 - Valorizo um bom relacionamento com os colegas de trabalho
M6 - Valorizo o apreo e reconhecimento pelo trabalho
M15 - Valorizo um bom relacionamento com os seus superiores
realizado
M7 - Valorizo ter um trabalho interessante M16 - Sinto-me motivado relativamente ao meu trabalho
M8 - Valorizo o sentimento de estar envolvido M17 - O meu lder tem um papel importante para a minha motivao
M9 - Valorizo uma disciplina adequada
Pela observao da tabela verifica-se que os inquiridos com grau acadmico mas elevado
(neste caso detentores dos graus de Mestre e Professor Doutor) atribuem, em termos
mdios, maiores valorizaes nos itens da motivao: Valorizo ter um trabalho seguro;
valorizo ter boas condies de trabalho, valorizo uma disciplina adequada; valorizo a disponibilidade
de tempo para a resoluo dos problemas pessoais; valorizo um trabalho de prestgio e status; valorizo
ter maior responsabilidade no trabalho; valorizo um ambiente de trabalho onde exista confiana e
respeito; valorizo um bom relacionamento com os colegas; valorizo um bom relacionamento com os
meus superiores e o meu lder tem um papel importante na minha motivao, ou seja, atribuem
maior importncia s motivaes externas e fatores motivacionais identificados por
Herzberg (1950, citado por Fachada, 2012). Recorrendo ainda, Teoria das Necessidades
de Maslow (1970, citado por Fachada, 2012), as necessidades de segurana e de estima
esto tambm presentes. Nos itens, Valorizo a lealdade dos responsveis para com os empregados;
Valorizo que o salrio seja adequado funo; Valorizo o apreo e reconhecimento pelo trabalho
realizado; Valorizo um ambiente de trabalho onde exista confiana e respeito, so os indivduos
licenciados que demostraram maior valorizao mdia. assim notria a congruncia com
o postulado na Teoria das Necessidades de Maslow, ao nvel das necessidades de segurana
e sociais, bem como com as motivaes intrnsecas, e ainda com os fatores higinicos
identificados por Herzberg,. Tambm de acordo, com a aplicao do teste Mann-Whitney e
a um nvel de significncia de 5%, as diferenas observadas no apresentam relevncia
estatstica.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Pela observao da tabela 9 verifica-se que os inquiridos que geralmente atribuem maior
valorizao aos itens da motivao so os que exercem atividades em instituies com duas
valncias. Assim sendo, os itens: Valorizo ter oportunidade de progredir na carreira; Valorizo a
lealdade dos responsveis para com os empregados; Valorizo ter boas condies de trabalho; Valorizo
o apreo e reconhecimento pelo trabalho realizado; Valorizo o sentimento de estar envolvido; Valorizo
uma disciplina adequada; Valorizo a disponibilidade de tempo para a resoluo de problemas pessoais;
Valorizo um ambiente de trabalho onde exista confiana e respeito; Valorizo um bom relacionamento
com os colegas de trabalho; Valorizo um bom relacionamento com os seus superiores; e Sinto-me
motivado relativamente ao meu trabalho, caractersticas presentes nos fatores motivacionais
presentes na Teoria dos Fatores Motivacionais e Higinicos identificados por Herzberg, em
termos mdios mais valorizados pelos inquiridos que trabalham em instituies com duas
valncias. Por outro lado, os inquiridos que trabalham em instituies com trs ou quatro
respostas sociais valorizam, fundamentalmente, os fatores higinicos identificados por
Herzberg, os quais inclui: Valorizo que o salrio seja adequado funo; Valorizo ter um
trabalho seguro; Valorizo um trabalho de prestgio e status; O meu lder tem um papel importante
para a minha motivao. Nos restantes itens: Valorizo ter um trabalho interessante e Valorizo
um trabalho de prestgio e status, que de acordo com a Teoria das Necessidades de Maslow, se
enquadram nas necessidades de autorrealizao, verificou-se igualdade na valorizao mdia
atribuda pelos inquiridos que trabalham em instituies com duas valncias e os que
trabalham em instituies com trs ou quatro valncias. Em termos mdios, as menores
valorizaes foram sempre obtidas pelos inquiridos que exercem atividade em instituies
com uma s valncia.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
do teste no paramtrico Mann-Whitney que permite comparar duas amostras
independentes.
Tabela 10 - Distribuio das respostas dos inquiridos dos itens da Liderana atual
em funo da varivel habilitaes literrias (resultados do teste no-paramtrico
Mann-Whitney)
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
L10 - Motivar os colaboradores L27 - Encorajar a cooperao
L11 - Dar orientaes especficas L28 - Ser carismtico
L12 - Definir os objetivos a alcanar L29 - Centrar-se na produo
L13 - Dar ateno personalizada aos colaboradores L30 - Concentrar-se em alcanar os objetivos estabelecidos
L14 - Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores L31 - Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores
L15 - Tentar fazer o que a maioria deseja L32 - Recompensar os bons desempenhos dos colaboradores
L16 - Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas L33 - Relacionar-se de forma formal com os colaboradores
L17 - Consultar os colaboradores aquando da tomada de deciso
ainda oportuno analisar os itens da liderana mais valorizados pelos inquiridos, mediante
o seu grau acadmico.
Surge assim que, para os indivduos licenciados as caratersticas mais importantes dos
lderes atuais so ter autoconfiana; delegar responsabilidades aos seus colaboradores; relacionar-se
respeitosamente com os seus subordinadose preocupar-se com as necessidades dos colaboradores. Posto
isto, estes indivduos valorizam particularmente as caratersticas inerentes ao estilo de
liderana relacional.
Por seu lado, os indivduos com grau acadmico superior atribuem maior relevncia aos
itens: ter autoconfiana; ter viso; relacionar-se respeitosamente com os subordinados e envolver os
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
colaboradores na definio de objetivos, categorizando os seus lderes atuais com o estilo de
liderana visionrio.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Pela observao da tabela verifica-se que os inquiridos que geralmente atribuem maior
valorizao aos itens da liderana atual so os que exercem atividades em instituies com
duas valncias. Assim sendo, os itens: Ter autoconfiana; Ter uma viso; Estabelecer as regras
da organizao; Ser uma fonte de inspirao; Motivar os colaboradores; Dar orientaes
especficas; Preocupar-se com as necessidades dos colaboradores; Tentar fazer o que a maioria deseja;
Valorizar o relacionamento interpessoal; Valorizar o aspeto tcnico do trabalho; Relacionar-se de
forma confiante com os subordinados; Relacionar-se respeitosamente com os subordinados; Resolver
conflitos; Encorajar a cooperao; Ser carismtico; Centrar-se na produo; Concentrar-se em
alcanar os objetivos estabelecidos; Reconhecer os bons desempenhos dos colaboradores e Relacionar-se
de forma formal com os colaboradores so em termos mdios mais valorizados pelos inquiridos
que trabalham em instituies com duas valncias. Os itens: Ser agente de mudana; Ser
dominante; Ser controlador; Definir a estrutura da organizao; Definir os objetivos a alcanar;
Dar ateno personalizada aos colaboradores; Consultar os colaboradores aquando da tomada de
deciso; Permitir que os colaboradores tomem as suas decises; Decidir de forma totalmente
centralizada; Envolver os colaboradores na definio de objetivos e Recompensar os bons desempenhos
dos colaboradores, so em termos mdios mais valorizados pelos inquiridos que trabalham
em instituies com trs ou quatro valncias. Nos restantes itens: Delegar responsabilidades
aos colaboradores; Apoiar os colaboradores na realizao das suas tarefas e Envolver os colaboradores
na preparao de decises, verificou-se igualdade na valorizao mdia atribuda pelos
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
inquiridos que trabalham em instituies com duas valncias e os que trabalham em
instituies com trs ou quatro valncias. Em termos mdios, as menores valorizaes
foram sempre obtidas pelos inquiridos que exercem atividade em instituies com uma s
valncia.
Finalmente, de referir que os inquiridos que trabalham em instituies com uma e/ou
duas respostas sociais caraterizam o seu lder atual como relacional. J os inquiridos que
exercem funes em instituies com um maior nmero de respostas sociais (3 ou 4
respostas sociais), e portanto de maior dimenso, enquadram o seu lder atual no estilo
visionrio.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
CONCLUSES
Com o presente estudo, que objetivava conhecer os estilos de liderana exercidos pelos
lderes atuais, e as caractersticas desejveis para os lderes eficazes, bem como os tipos de
motivao presentes no terceiro setor, pretende-se que sirva como linha norteadora para a
mudana.
Posto isto, foi possvel responder aos objetivos propostos inicialmente, bem como s
questes de investigao em estudo.
Dos objetivos estipulados para a prossecuo deste trabalho, temos como primeiro
objetivo: conhecer as caractersticas mais dominantes nos lderes existentes nas IPSSs do
concelho de Bragana. De acordo com as respostas dos inquiridos, as caractersticas dos
lderes atuais so condizentes com os itens ter autoconfiana; ter uma viso e delegar
responsabilidades nos colaboradores. Recorrendo fundamentao terica utilizada para a
realizao deste trabalho verifica-se que o estilo visionrio portanto dominante.
assim sugerido pelos inquiridos que o lder eficaz deve assumir um papel de mediador,
empreendedor e simultaneamente respeitar e motivar a equipa de trabalho.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
ambiente de trabalho onde exista confiana e respeito; valorizo um bom relacionamento com os colegas de
trabalho e valorizo um bom relacionamento com os meus superiores, pelo que se pode constatar
que as motivaes extrnsecas so predominantes no mbito de atuao dos inquiridos.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
J os inquiridos com um grau acadmico inferior valorizam sobretudo as motivaes
intrnsecas e os fatores higinicos de Herzberg, tais como salrio, clima organizacional,
benefcios sociais e polticas e prticas de gesto.
Por outro lado, de referir que os inquiridos que trabalham em instituies com uma e/ou
duas respostas sociais caraterizam o seu lder atual como relacional. J os inquiridos que
exercem funes em instituies com um maior nmero de respostas sociais (3 ou 4
respostas sociais), e portanto de maior dimenso, enquadram o seu lder atual no estilo
visionrio.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
colaboradores
Contudo, a liderana dos recursos humanos tem adquirido destaque como rea prioritria
de ateno, em funo da necessidade cada vez maior dessas organizaes atuarem com
competncia, com eficcia e com eficincia.
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Estilos de liderana no Terceiro Setor e repercusso nos nveis de motivao dos
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ANEXOS
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Anexo I: Pedido de autorizao para a realizao da investigao emprica
Ex.mo(a) Senhor(a)
Dada a importncia que este setor assume no nosso Pas, quer em termos de
empregabilidade quer em termos de apoio populao, parece-nos
fundamental compreender estes aspetos.
Respeitosamente,
________________________________
Cristiana do Nascimento
Anexo II: Questionrio
Inqurito
No mbito da dissertao de mestrado este inqurito tem como objectivo estudar questes
relacionadas com a motivao e a liderana no terceiro setor.
Os autores do questionrio comprometem-se com o anonimato e confidencialidade das
respostas, que sero utilizadas apenas para este fim.
1. Sexo
Masculino Feminino
2. Estado Civil
Descreva o seu grau de concordncia perante cada uma das seguintes afirmaes assinalando
com um crculo uma opo de 1 (discordo totalmente) a 6 (concordo totalmente).
discordo concordo
totalmente totalmente
Valorizo ter oportunidade de progredir na 123456
carreira
Valorizo a lealdade dos responsveis para 123456
com os empregados
Valorizo que o salrio seja adequado 123456
funo
1) A forma como avalia o seu lder actual em cada caracterstica, escolhendo uma opo de 1 (muito mau) a 6 (muito bom).
2) O grau de importncia que atribui a cada caracterstica no perfil do lder que considera eficaz/ideal, escolhendo uma opo de 1 (nada
importante) a 6 (muito importante).