Cartilha Agua Da Chuva Intranet PDF
Cartilha Agua Da Chuva Intranet PDF
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GUA PLUVIAL
CONCEITOS E INFORMAES GERAIS
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Presidente (Diretoria Executiva) Diretores Financeiros (Diretoria Executiva)
OLAVO MACHADO JUNIOR - PRESIDENTE EDSON GONALVES DE SALES 1 Diretor Financeiro
BRUNO MELO LIMA - 2 Diretor Financeiro
Vice-presidentes (Diretoria Executiva) RMULO RODRIGUES ROCHA 3 Diretor Financeiro
AGUINALDO DINIZ FILHO
ALBERTO JOS SALUM Diretoria
CARLOS MRIO DE MORAES ALBA LIMA PEREIRA Diretora
EDWALDO ALMADA DE ABREU AMADEUS ANTNIO DE SOUZA Diretor
FLVIO ROSCOE NOGUEIRA ANDR LUIZ MARTINS GESUALDI Diretor
JOS BATISTA DE OLIVEIRA ANTNIO EDUARDO BAGGIO Diretor
JOS FERNANDO COURA CARLOS ALBERTO HOMEM Diretor
LINCOLN GONALVES FERNANDES EDUARDO CARAM PATRUS Diretor
LUIZ FERNANDO PIRES EVERTON MAGALHES SIQUEIRA Diretor
ROMEU SCARIOLI FRANCISCO SRGIO SILVESTRE Diretor
RICARDO VINHAS CORRA DA SILVA JEFERSON BACHOUR COELHO Diretor
TEODOMIRO DINIZ CAMARGOS JOS ROBERTO SCHINCARIOL Diretor
VALENTINO RIZZIOLI LEOMAR PEREIRA DELGADO Diretor
VICENTE DE PAULA ALEIXO DIAS LDIA ASSUNO LEMOS PALHARES Diretora
MARCELO LUIZ VENEROSO Diretor
Vice-presidentes Regionais (Diretoria Executiva) MARCOS LOPES FARIAS Diretor
ADAUTO MARQUES BATISTA PEDRO GOMES DA SILVA Diretor
ADSON MARINHO ROBERTO DE SOUZA PINTO Diretor
AFONSO GONZAGA ROLAND VON URBAN Diretor
EVERTON MAGALHES SIQUEIRA SCHEILLA NERY DE SOUZA QUEIROZ Diretora
FRANCISCO JOS CAMPOLINA MARTINS NOGUEIRA SEBASTIO ROGRIO TEIXEIRA Diretor
HAYLTON ARY NOVAES
JOO BATISTA NUNES NOGUEIRA Diretoria Adjunta
LUCIANO JOS DE ARAJO BRUNO MAGALHES FIGUEIREDO Diretor Adjunto
NAGIB GALDINO FACURY CSSIO BRAGA DOS SANTOS Diretor Adjunto
ROZNI MARIA ROCHA DE AZEVEDO CSAR CUNHA CAMPOS Diretor Adjunto
DELVANRIA DOS REIS PIRES REZENDE Diretora Adjunta
JOS MARIA MEIRELES JUNQUEIRA 2 Diretor-secretrio HEVERALDO LIMA DE CASTRO Diretor Adjunto
MARCO ANTNIO SOARES DA CUNHA CASTELLO BRANCO 3 Diretor-secretrio HYRGUER ALOSIO COSTA Diretor Adjunto
JNIO GOMES LEMOS Diretor Adjunto Superintendncia de Desenvolvimento Industrial
JORGE FILHO LACERDA Diretor Adjunto ADAIR EVANGELISTA MARQUES Superintendente
JOS BALBINO MAIA DE FIGUEIREDO Diretor Adjunto
JOSELITO GONALVES BATISTA Diretor Adjunto Realizao
LEONARDO LIMA DE VASCONCELOS Diretor Adjunto Fundao Estadual de Meio Ambiente FEAM
LCIO SILVA Diretor Adjunto DIOGO SOARES DE MELO FRANCO Presidente
MRCIO MOHALLEM Diretor Adjunto
MRIO MORAIS MARQUES Diretor Adjunto Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento
MAURO SRGIO DE VILA CUNHA Diretor Adjunto ANTNIO HENRIQUE DOS SANTOS Diretor
NELSON JOS GOMES BARBOSA Diretor Adjunto
RICARDO ALENCAR DIAS Diretor Adjunto Gerncia de Produo Sustentvel
ANTNIO AUGUSTO MELO MALARD Gerente
Conselho Fiscal
FBIO ALEXANDRE SACIOTTO Conselheiro Fiscal Efetivo Elaborao
MICHEL ABURACHID Conselheiro Fiscal Efetivo Gerncia de Produo Sustentvel FEAM
RALPH LUIZ PERRUPATO Conselheiro Fiscal Efetivo LEIDIANE SANTANA SANTOS Analista Ambiental
JOS TADEU FEU FILGUEIRAS Conselheiro Fiscal Suplente
ROBERTO REVELINO DA SILVA Conselheiro Fiscal Suplente Reviso
ROMEU SCARIOLI JNIOR Conselheiro Fiscal Suplente Gerncia de Produo Sustentvel FEAM
ANTNIO AUGUSTO MALARD Gerente
Delegado Representante junto a CNI
OLAVO MACHADO JUNIOR Universidade Federal do Esprito Santo Departamento de Engenharia Ambiental
Delegado Representante junto CNI Efetivo RICARDO FRANCI GONALVES Professor
ROBSON BRAGA DE ANDRADE
Delegado Representante junto CNI Efetivo Colaborao
FRANCISCO SRGIO SOARES CAVALIERI Gerncia de Meio Ambiente Sistema FIEMG
Delegado Representante junto CNI Suplente ADRIANO SCARPA TONACO
PAULO BRANT BRENO AGUIAR DE PAULA
Delegado Representante junto CNI Suplente
NDICE
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GUA, RECURSO A PRESERVAR APROVEITAMENTO DE GUA PLUVIAL
UMA PRTICA SIMPLES PARA A CONSERVAO
DOS RECURSOS HDRICOS
No cumprimento de sua misso de apoiar, estimular, induzir e propagar pr-
ticas sustentveis na indstria mineira, a Federao das Indstrias de Minas
Gerais FIEMG coloca disposio de empresas e empresrios a publicao Com o cenrio de escassez hdrica e de restrio do uso de gua no estado de
Aproveitamento de gua Pluvial Conceitos e Informaes Gerais, idealizada Minas Gerais, h a necessidade da divulgao e orientao da adoo de pr-
e editada em parceria com a Fundao Estadual de Meio Ambiente FEAM. ticas que busquem fontes alternativas de abastecimento. Com essa preocupa-
Ao assim agir, move-nos a crena de que o integral e racional aproveitamento o, a Fundao Estadual do Meio Ambiente FEAM desenvolveu a cartilha
dos recursos naturais se destaca entre os principais atributos de uma indstria Aproveitamento de gua Pluvial, com a colaborao da Federao das In-
comprometida com o principio da sustentabilidade como base de gerao de dstrias de Minas Gerais FIEMG, por meio da parceria existente desde 2013.
crescimento econmico, empregos de qualidade e bem-estar para a populao.
Esta cartilha tem como pblico-alvo a indstria, mas tambm pode ser utilizada
A gua, sabemos todos, um recurso estratgico para o setor produtivo. Fonte como referncia para a coleta de gua de chuva em edifcios, casas e outras
de energia, importante modal de escoamento de produo e insumo sempre construes.
presente na atividade produtiva, a gua nos convoca a aperfeioar aes de
gesto em prol da sua conservao e uso racional. Nesse cenrio, reforado A cartilha apresenta e descreve os componentes e o funcionamento de um
por um conjunto de alertas como a escassez hdrica e a cobrana pelo uso da sistema de aproveitamento de guas pluviais, desde a concepo do projeto,
gua, a sua utilizao assume carter crtico para atividades produtivas de passando pelo dimensionamento, at os cuidados na sua operao. Espera-
toda natureza. Assim, com esta publicao, cumprimos FEAM e FIEMG a mos que com esse material as empresas se engajem na causa da conserva-
misso de potencializar a excelncia da indstria mineira na rea ambiental. o de recursos hdricos, e passem a adotar o sistema de aproveitamento de
gua de chuva.
Viabilizada pela produtiva parceria entre uma entidade de classe FIEMG e
um rgo pblico atuante no campo da normatizao e fiscalizao ambiental Boa leitura!
FEAM , este trabalho fortalece a atuao cooperativa entre todos os atores
envolvidos em uma agenda positiva para o desenvolvimento sustentvel da DIOGO MELO FRANCO
PRESIDENTE DA FUNDAO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE FEAM
indstria mineira.
Boa Leitura!
OLAVO MACHADO
PRESIDENTE DO SISTEMA FIEMG
O QUE O SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE
GUA PLUVIAL?
TELHADO
CALHA
FILTRO
RESERVATRIO RESERVATRIO DE
DE DESCARTE ARMAZENAMENTO
11
NORMAS E LEGISLAES APLICADAS AO
importante ressaltar que as tcnicas de aproveitamento de gua APROVEITAMENTO DE GUA DE CHUVA
de chuva abordadas nessa cartilha tm como objetivo os usos no
potveis da gua.
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MANUAL DO DIMENSIONAMENTO
1. DETERMINAO DA DEMANDA
GUA PLUVIAL
15
ndices pluviomtricos da localidade, bem como de uma an- A rea de captao a projeo do telhado na horizontal.
lise de viabilidade econmica do sistema.
O material do telhado influencia na qualidade da gua captada
e no coeficiente de escoamento, como apresentado a seguir. Os
2. DETERMINAO DA REA DE CAPTAO valores de coeficiente de escoamento mais prximos de 1 so
mais indicados para a captao de gua de chuva, pois indicam
A rea de captao pode ser qualquer superfcie impermeabi- uma perda menor de gua na captao.
lizada, dando-se preferncia aos telhados que possibilitem a
captao da gua com melhor qualidade. Telhados com alguma Tipos e caractersticas dos materiais constituintes dos telhados
inclinao facilitam a captao de gua de chuva e reduzem
as perdas. Tipo Coeficiente de Observaes
escoamento
A determinao da rea de captao deve preferencialmente Folhas Maior que Qualidade da gua excelente. A superfcie
seguir as diretrizes da ABNT NBR 10844:1989 Instalaes pre- de ferro 0,90 excelente e, nos dias quentes, a alta
galvanizado temperatura ajuda a esterilizar a gua.
diais de guas pluviais.
Telha 0,60 a 0,90 Se vitrificada, apresenta melhor quali-
cermica dade. Caso contrrio, pode apresentar
mofo. Pode existir contaminao das
Recomenda-se que o ponto de captao esteja prximo ao ponto junes das telhas.
de uso, para diminuir os custos com encanamento e bombeamento.
Telhas de 0,80 a 0,90 Telhas novas podem contribuir para guas
cimento coletadas de boa qualidade. No existe
amianto nenhuma evidncia de que a ingesto da
gua que passe por essas telhas cause
algum efeito cancergeno. Levemente
porosas, o que diminui o coeficiente de
Determinando a rea de captao escoamento. Quando velhas, podem
apresentar lodo e rachaduras.
Telhado de uma gua Telhado de duas guas
Orgnico 0,20 Qualidade da gua ruim (>200 CF/100ml).
5m 5m (Sap) Pouca eficincia da primeira chuva. Alta
10 m
3m 5m turbidez devido presena de matria
orgnica dissolvida e em suspenso.
50 m
Fonte: Lopes, 2012 apud Thomas e Martinson, 2007.
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3. D
ETERMINAO DO NDICE PLUVIOMTRICO para qual mtodo de dimensionamento vai ser utilizado, pois em
alguns mtodos, os dados de precipitao so mensais ou anuais.
Os dados de precipitao podem ser obtidos no site HIDROWEB da
ANA (Agncia Nacional das guas), no link http://hidroweb.ana.
gov.br/. O site est sendo atualizado e na pgina inicial possvel 4. CALHAS E CONDUTORES
ter acesso a um Guia Rpido de navegao, clicando no cone
O dimensionamento das calhas e condutores deve preferencialmente
, localizado ao final da pgina, do lado direito. O Guia Rpido
seguir as diretrizes da ABNT NBR 10844:1989, caso o empreen-
apresenta todas as instrues necessrias para o usurio obter
dimento no o possua. Os passos para o dimensionamento so:
as informaes no HIDROWEB.
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Alm do correto dimensionamento das calhas importante que 5. FILTRO AUTOLIMPANTE
elas possuam dispositivos para reteno dos slidos grosseiros,
tais como folhas, gravetos, pedaos da superfcie de coleta. A A reteno de slidos grosseiros tambm pode ser realizada por
instalao de telas ou grades uma maneira simples e eficaz para meio de filtros autolimpantes, que podem ser fabricados local-
a remoo desse tipo de material. mente ou adquiridos no mercado. Sua funo remover slidos
grosseiros (galhos, folhas, fezes secas de animais, etc.) que por-
ventura tenham sido carreados pela chuva logo aps o incio da
precipitao. Seu dimensionamento deve ser realizado com base
na rea de filtrao, o que normalmente realizado previamente
e informado pelos fornecedores no segundo caso.
ENTRADA DE ENTRADA DE
GUA DE CHUVA GUA DE CHUVA
RIPAS
GUA LIMPA
Proteo de calhas para evitar acmulo de detritos. Fonte: 3P Technik. Ilustrao adaptada.
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6. GUA DE LIMPEZA DO TELHADO (GUA DA Assim, o volume descartado (Vdescartado) corresponde ao volume til
PRIMEIRA CHUVA) dos reservatrios de descarte.
O descarte da primeira gua de chuva responsvel por promover Vrias tcnicas so empregadas para o descarte desta gua de
a limpeza da superfcie de captao e desviar essa gua de pior lavagem do telhado. O tamanho da rea de captao e, conse-
qualidade do reservatrio de armazenamento. quentemente, o volume descartado determinam a melhor tcnica a
ser empregada. Entre as tcnicas empregadas destaca-se o tonel
O volume de gua descartado depende do tamanho da rea de para descarte e o reservatrio com boia.
captao, sendo normalmente adotado o descarte de 1 a 2 mm CONDUTOR
VERTICAL
de chuva para cada metro quadrado. A ABNT NBR 15527:2007
recomenda adotar 210mm
m por metro quadrado nos casos
5m em
5 m que o SEGUE PARA
3m 5m O RESERVATRIO
projetista no disponha de informaes que justifiquem
50 m a adoo
de outro valor. ESFERA
DISPOSITIVO
O procedimento mais simples para descartar o volume da primeira DE DESCARTE
COM GUA
chuva a utilizao de reservatrios de descartes com limpeza
automtica. ORIFCIO
DE SADA
VLVULA
DE CRIVO
BOIA AUTOMTICA
ENTRADA DE GUA DE NVEL
DE CHUVA NO
RESERVATRIO
1 mm de chuva 1 m de telhado 1 litro de gua RESERVATRIO
DE AUTOLIMPEZA
LIMPEZA
RESERVATRIO DE
Descartar 60 litro GUA DE CHUVA
Reservatrio de descarte com torneira-boia.
30 m de telhado 2 mm de gua de gua de chuva
Fonte: DACACH, 1990. Ilustrao adaptada.
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7. R
ESERVATRIO DE ARMAZENAMENTO
Freio dgua:
dispositivo que reduz a velocidade
de entrada da gua no reservatrio e
impede a ressuspenso dos slidos
sedimentados no fundo da cisterna.
Permite tambm que a gua mais FREIO DGUA
ao fundo seja oxigenada, evitando
anaerobiose no reservatrio.
Reservatrio de armazenamento com freio dgua, sifo-ladro e sistema
flutuante de captao da gua.
Sifo-ladro: Fonte: www.ecohabitatbrasil.com.br. Ilustrao adaptada.
elimina impurezas da superfcie da
gua na cisterna, impede a entrada
de insetos e animais e evita a entrada Alm dos dispositivos citados anteriormente importante que o
de gases das galerias pluviais.
reservatrio possua um sistema de realimentao com gua po-
tvel. Esse sistema permite o enchimento da cisterna com gua
Sistema flutuante
de captao da gua: potvel durante os perodos de escassez de gua de chuva.
deve ser conectado sada da gua
e ficar instalado na parte superior
do reservatrio, pouco abaixo do
nvel da gua, no ponto onde ela est
mais limpa. Sua funo garantir a Ateno: a gua potvel no deve ser misturada gua de chuva.
captao da gua mais limpa, sem O enchimento do reservatrio com gua potvel s deve ocorrer
as impurezas da superfcie e das
partculas depositadas no fundo. quando todo o volume de gua de chuva captado estiver esgotado. As
canalizaes devem ser diferenciadas e o reservatrio deve possuir
um registro para separar gua potvel de gua pluvial.
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Cuidados com o reservatrio: 7.2. Dimensionamento
A entrada da gua e o extravasor devem ser protegidos por Mtodo V = 0,05 * P * A Mtodo simples. Pode resultar no
telas para evitar a entrada de insetos e pequenos animais no Prtico superdimensionamento do reser-
Ingls vatrio.
tanque;
Mtodo Pr- V = min(D;P) * 0,06(6%) Mtodo simples. Pode resultar em
tico Alemo reservatrios subdimensionados.
Deve ser estanque, no possuir vazamentos e suportar o peso
Mtodo Aze- V = 0,042 * P * A * T Mtodo simples. Dificuldade para
da gua quando cheio; vedo Neto determinar ms com pouca chuva.
O Netuno, alm de dimensionar o reservatrio superior (opcio- O reservatrio de armazenamento o componente do sistema de
nal) e inferior, apresenta como resultados: o potencial de eco- aproveitamento de gua pluvial que demanda maior ateno do
nomia de gua potvel, o volume de gua pluvial extravasado, projetista, pois seu correto dimensionamento determina a viabili-
anlises econmicas do sistema considerando o custo do metro dade tcnica e econmica do projeto.
cbico da gua potvel, a taxa de esgotamento sanitrio, custos
de construo e operacionais, entre outros fatores. Dimensionando o reservatrio de armazenamento com o Netuno
Os dados de entrada do programa so: dados dirios de preci- 1 passo: baixar os dados de pluviometria e organiz-los em pla-
pitao, rea de captao, demanda total de gua de chuva, nilha do Excel, salvando no formato CSV (Valores Separados por
coeficiente de escoamento superficial e volume do reservatrio Vrgula). O arquivo com dados de precipitao deve estar em
superior e inferior. formato de vetor-coluna, ou seja, um dado por linha. Abrir esse
arquivo na aba Carregar dados de precipitao.
O volume do reservatrio como dado de entrada serve como um
ponto de partida da anlise, porque o programa tambm solicita 2 passo: preencher os campos: Descarte escoamento ini-
valores intermedirios de volumes, sendo realizada uma compa- cial, rea de captao, Demanda total de gua, Nme-
rao entre os valores e retornando o volume mais indicado para ro de moradores. No caso das indstrias, preencher o cam-
o reservatrio. po de Nmero de moradores com 01 e colocar a demanda
diria de gua de chuva.
O download do programa Netuno est disponvel no endereo ele-
trnico http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/netuno.
28 29
ms, bem como a demanda de outra fonte de gua, o volume ex-
Observao: o Netuno foi concebido para dimensionamento de re- travasado do reservatrio e outras informaes.
servatrios residenciais, por isso solicita demanda em litros per ca-
pita/dia. Entretanto, o programa pode ser utilizado para dimensio- O exemplo a seguir refere-se a um empreendimento hipottico,
namentos na indstria. Nesse caso, o preenchimento desse campo
com os seguintes dados de entrada:
leva em considerao a demanda diria de gua de chuva, ou seja, o
projetista/empreendedor deve levantar todos os pontos de consumo
que vo ser substitudos pela gua de chuva e somar as vazes de Local: Belo Horizonte, Estao Pluviomtrica cdigo: 1943055.
consumo desses pontos. Dados pluviomtricos de 1/1/2000 a 1/7/2015;
Descarte inicial: 2 mm;
rea de captao: 500 m2;
3 passo: determinar o percentual da demanda total a ser subs- Demanda total de gua: 2.000 l/dia;
tituda pela gua pluvial. Fazer um levantamento de todo o con- Coeficiente de escoamento: 0,9.
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A segunda opo de dimensionamento mais interessante. O para sua situao. Deve-se atentar para a faixa de valores na
projetista informa o volume mximo do reservatrio e o valor in- qual um pequeno aumento da capacidade do reservatrio resulte
termedirio para anlise. Por exemplo, se o valor do intervalo for em maior ganho de economia da gua potvel (%). O volume ideal do
de 1.000 litros, sero feitas simulaes de 0, 1.000, 2.000, 3.000, ..., reservatrio estar nessa faixa. E a verificao do volume esco-
30.000 litros. lhido pode ser realizada por meio da Anlise Econmica. Nes-
sa aba, o projetista informa o volume do reservatrio, o valor das
tarifas de gua e esgoto, inflao, custos com a construo do
reservatrio e encanamentos, entre outros. Por meio dessa an-
lise possvel definir o volume ideal para o reservatrio, fazendo
testes com diferentes valores de volume.
32 33
8. TRATAMENTO DA GUA PLUVIAL Filtrao
Elimina material
Filtro autolimpante Antes do tanque
O grau de tratamento da gua pluvial coletada depende do seu suspenso
uso futuro. Para alguns usos industriais, como lavagem de ve- Carvo ativado Na torneira
Remove cloro
e melhora o sabor
culos, asperso de vias e irrigao paisagstica, em geral, no
Filtro lento de areia Tanque separado Remoo de partculas
necessrio nenhum tratamento.
Desinfeco
Entretanto, recomenda-se que no incio da operao do sistema Fervura/destilao Antes do uso Elimina microrganismos
gua, a fim de detectar possveis anormalidades, como aumento Aps carvo ativado
Luz Ultravioleta e/ou filtro, antes da Elimina microrganismos
da turbidez e cor, presena de pequenas folhas indicativos de torneira
que os sistemas de reteno de materiais grosseiros no esto Ozonizao Antes da torneira Elimina microrganismos
funcionando adequadamente. Fonte: Texas Guide to Rainwater Harvesting, 1997.
Algumas medidas de preveno e que objetivam melhorar a qua- O Group Raindrops (2002) ressalva que, se a gua de chuva no
lidade da gua captada podem ser adotadas ao longo de todo o for utilizada para fins potveis como beber, cozinhar e tomar ba-
sistema, como apresentado a seguir. nho, no necessria a desinfeco. Este tipo de tratamento au-
mentaria os custos e exigiria do usurio uma permanente manu-
Tcnicas de tratamento de gua de chuva em funo da teno. Entretanto, para outros usos da gua j existem algumas
localizao recomendaes sobre o tratamento necessrio, como mostrado
a seguir.
Mtodo Localizao Resultado
Gradeamento
Previne entrada de
Calhas e tubos
Telas e grades folhas e outros detritos
de quedas
no tanque
Sedimentao
Sedimenta matria
Sedimentao No tanque
particulada
34 35
50 m
36 37
DICAS PARA MANUTENO DO SISTEMA
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Reservatrio de primeira chuva: dever ser limpo com fre- Referncias Bibliogrficas
quncia trimestral, removendo-se todo o lodo e detritos nele
depositado. A abertura da vlvula de fundo de maior dimetro
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. NBR 15527: Apro-
escoar todo o seu contedo em direo ao sistema de dre- veitamento de gua de chuva em reas urbanas para fins no potveis. Rio de
nagem da edificao. Janeiro, 2007. 12 p.
40 41
SICOLINO, L. P.; FURTADO, N. Manual de operao e manuteno do sistema
de aproveitamento de gua de chuva. Fundao para o Desenvolvimento da
Educao FDE, So Paulo, 2015.
42 43
www.fiemg.com.br