ListaNAsTeoriaConsumidor SOL
ListaNAsTeoriaConsumidor SOL
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2.1) Assuma que existam apenas dois bens e suponha que o preco do bem 2 aumentou. Represente
graficamente essa mudanca. Se sabemos que o consumidor exaure toda a sua renda e prefere
consumir mais a menos, esse aumento do preco do bem 2 ira afetar o seu bem-estar de que
forma? Isso ocorrera sempre?
S: A figura e representada abaixo.
x2
6
m
p2 Mudanca na RO causada
c
c
c por um aumento no preco p2
c
c (aumenta de p2 para p2 )
c
c
m c
p2 H
H c
HH c
H c
HH c
H c
HH c
H
HH cc
H
HHc
Hcc
HH
c
H
H
c -
m x1
p1
O aumento no preco do bem 2 piora o bem-estar do indivduo caso ele consuma esse bem
2. Se ele nao consome o bem 2, entao o aumento do seu preco nao tera consequencia no seu
bem-estar. Ou seja, dado o aumento do preco de um bem, ou o bem-estar do consumidor
diminui (caso ele consuma esse bem) ou permanece o mesmo (caso nao consuma o bem),
sendo que o bem-estar do consumidor nunca aumentara com o aumento do preco de um bem.
2.2) Suponha que os precos de todos os bens aumentem na mesma proporcao. Isso e equivalente
a uma mudanca na renda? Explique.
S: Sim. Se todos os precos se alteram na proporcao t > 0 (no caso de um aumento de precos,
t > 1), entao a nova restricao orcamentaria e:
(tp1 )x1 + (tp2 )x2 + + (tpn )xn m ,
que e equivalente a seguinte equacao:
m
p 1 x1 + p 2 x2 + + p n xn ,
t
ou seja, a uma mudanca na renda na proporcao 1/t. Logo, se t for maior do que 1, temos que
esse aumento dos precos dos bem e equivalente a uma diminuicao da renda e se t for menor
do que 1, temos que ocorre uma queda nos precos, o que equivale a um aumento da renda
2.3) Suponha que o bem 1 teve o seu preco quadruplicado e o bem 2 teve o seu preco duplicado.
O que ocorre com a inclinacao da reta orcamentaria? Faz sentido dizermos que o bem 1 se
tornou relativamente mais barato do que o bem 2?
S: A inclinacao da reta orcamentaria, que antes era p1 /p2 , se tornou 4p1 /2p2 = 2p1 /p2 ,
ou seja, a inclinacao da reta orcamentaria dobrou. Isso significa que o bem 1 passou a custar
o dobro em termos do bem 2, ou seja, faz sentido dizer que o bem 1 se tornou relativamente
mais caro do que o bem 2, e nao relativamente mais barato.
2.4) Suponha que o indivduo consome apenas dois bens, em que o bem 1 e saude, medido em
termos qualidade (ou seja, quanto mais afastado da origem no eixo horizontal, melhor o
servico de saude adquirido). O governo resolve prover gratuitamente o nvel de saude x1 = s
(e apenas esse nvel e provido de modo gratuito). Represente a reta orcamentaria neste caso.
S: A reta orcamentaria apresentara uma quebra no nvel de saude x1 = s, ja que o consumidor
nao precisara pagar nada se quiser consumir esse nvel, e podera gastar toda a sua renda com
os outros bens (logo, a cesta B e uma cesta factvel, junto com todas cetas que possuem o
mesmo nvel x1 = s e x2 m/p2 ).
x2
m
6 sB
p2 @
@
@
@
@c
@
@
@
@
@
@
@
@ 1 Reta Orcamentaria
@
@
@ -
x1 = s m x1
p1
2.5) Ilustre graficamente a restricao orcamentaria para o caso de tres bens. O que ocorre com essa
restricao se a renda aumentar? E se o preco de um bem aumentar?
S: Nesse caso, a restricao e dada por um hiperplano em um grafico tridimensional. Um
aumento de renda leva a um deslocamento paralelo desse hiperplano para fora, enquanto
uma queda na renda leva a um deslocamento paralelo desse hiperplano para dentro. Ja
uma mudanca de precos implica um giro no hiperplano.
2.6) Suponha que existam apenas dois bens e o governo resolve controlar os precos desses bens
do seguinte modo: o preco e R$ 1,00 ate 5 unidades adquiridas, e o preco e R$ 2,00 para
unidades adicionais (acima das primeiras 5 unidades adquiridas). Suponha que Carlos tem
uma renda de R$ 10,00.
2.7) Suponha uma economia com dois bens, denotados por x e y. A reta orcamentaria de Maria
e pM M
x x + py y = m
M
e a reta orcamentaria de Joao e pJx x + pJy y = mJ , onde pM M J J
x /py 6= px /py .
Ou seja, o custo de mercado entre x e y para Maria e diferente do custo de mercado para
Joao. Maria e Joao decidem se casar e formar uma famlia onde a renda dos dois e gasta
em conjunto, apesar de que os precos dos bens para cada um deles continuam os mesmos de
antes.
3.1) Suponha um consumidor que tenha preferencias definidas entre cestas compostas por dois
bens do seguinte modo: se (x1 , x2 ) (y1 , y2 ) (ou seja, x1 y1 e x2 y2 ), entao x y.
a) Mostre como sao as relacoes de preferencia estrita e de indiferenca associadas a .
S: A relacao de preferencia estrita e definida a partir de como (x1 , x2 ) (y1 , y2 )
significa que vale (x1 , x2 ) (y1 , y2 ) e que nao vale (y1 , y2 ) (x1 , x2 ) (observe que nao
valer (y1 , y2 ) (x1 , x2 ) significa que ou y1 < x1 ou y2 < x2 ), entao (x1 , x2 ) (y1 , y2 )
significa que x1 y1 e x2 y2 , com pelo menos uma das desigualdades valendo de modo
estrito.
A relacao de indiferenca e definida a partir de como (x1 , x2 ) (y1 , y2 ) significa
que vale (x1 , x2 ) (y1 , y2 ) e (y1 , y2 ) (x1 , x2 ). No primeiro caso, temos que x1 y1 e
x2 y2 e no segundo caso temos que x1 y1 e x2 y2 . Portanto, (x1 , x2 ) (y1 , y2 )
significa que x1 = y1 e x2 = y2 , para a preferencia definida neste exerccio (observe entao
que a unica cesta indiferente a cesta (x1 , x2 ) e ela propria.
b) Essas preferencias sao (justifique sua resposta):
i) Completas?
S: Nao. Duas cestas tais como (x1 , x2 ) e (y1 , y2 ), com x1 > y1 e x2 < y2 nao sao
comparaveis, para o sistema de preferencias considerado. Por exemplo, (1, 2) e (2, 1)
nao sao comparaveis: nao podemos dizer qual cesta e melhor ou se sao indiferentes,
usando a regra acima.
ii) Transitivas?
S: Sim. Temos que mostrar que se a cesta x e prefervel a cesta y e a cesta y e
prefervel a cesta z, entao a cesta x e prefervel a cesta z. Note que se x y entao
(x1 , x2 ) (y1 , y2 ) e se y z entao (y1 , y2 ) (z1 , z2 ). Portanto, (x1 , x2 ) (z1 , z2 ) e,
pela definicao da preferencia , x z. Ou seja, essas preferencias sao transitivas.
iii) Monotonas?
S: Sim, por definicao (quanto mais, melhor ).
iv) Convexas?
S: Sim, pois se x e y sao duas cestas de bens tais que x y, entao x1 y1 e x2 y2
e, portanto, x1 + (1 )y1 y1 e x2 + (1 )y2 y2 , para todo [0, 1], o que
por sua vez significa que x + (1 )y x, para todo [0, 1].
3.2) O tecnico de volei Bernardo acha que os jogadores devem ter tres qualidade: altura, agilidade
e obediencia. Se o jogador A e melhor que o jogador B em duas dessas tres caractersticas,
entao Bernardo prefere A a B. Para os outros casos, ele e indiferente entre A e B. Carlos
mede 2,08m, e pouco agil e obediente. Luis mede 1,90m, e muito agil, e muito desobediente.
Paulo mede 1,85m, e agil, e extremamente obediente.
a) Bernardo prefere Carlos ou Luis? Bernardo prefere Luis ou Paulo? Bernardo prefere
Carlos ou Paulo?
b) As preferencias do tecnico sao transitivas?
S: (a e b) Podemos descrever as caractersticas dos jogadores na tabela a seguir:
Carlos Luis Paulo
Altura 2,08 1,90 1,85
Agilidade P ouco M uito N ormal
Obediencia Obediente Desobediente M uito Obediente
E facil ver que Carlos Luis, Luis Paulo e Paulo Carlos. Portanto, as preferencias
de Bernardo nao sao transitivas (Carlos Luis, Luis Paulo mas nao ocorre Carlos
Paulo).
c) Depois de perder varios campeonatos, Bernardo decide mudar sua forma de comparar
os jogadores. Agora ele prefere o jogador A ao jogador B se A e melhor do que B nas
tres caractersticas Ele e indiferente entre A e B se eles tem todas as tres caractersticas
iguais. Para todas as outras possibilidades, Bernardo diz que nao e possvel comparar os
jogadores. As novas preferencias de Bernardo sao: completas? transitivas? reflexivas?
Justifique.
S: Completas? Nao. Por exemplo, Bernardo nao consegue mais se decidir entre Carlos
ou Luis, ja que Carlos e mais alto e mais obediente, porem menos agil do Luis.
Transitivas? Sim. Se Bernardo consegue comparar os jogadores A, B e C, e temos A
B e B C, entao podem ocorrer quatro casos:
i) A B e B C: A e B possuem as tres qualidades iguais e B e C possuem as tres
qualidades iguais. Logo, A e C possuem as tres qualidades iguais, ou seja, A C,
o que implica tambem A C.
ii) A B e B C: A e melhor do que B nas tres qualidades e B e C possuem as tres
qualidades iguais. Logo, A sera melhor que C nas tres qualidades, ou seja, A C,
o que implica tambem A C.
iii) A B e B C: A e B possuem as tres qualidades iguais e B e melhor do que C
nas tres qualidades. Logo, A sera melhor que C nas tres qualidades, ou seja, A
C, o que implica tambem A C.
iv) A B e B C: A e melhor do que B nas tres qualidades e B e melhor do que C
nas tres qualidades. Consequentemente, A sera melhor que C nas tres qualidades,
ou seja, A C, o que implica tambem A C.
Reflexivas? Sim. Para todo jogador, Bernardo e indiferente ao mesmo jogador, ou seja,
A A.
a) Calcule as utilidades marginais dos bens 1 e 2. Verifique que sao decrescentes. Qual
seria a interpretacao de utilidades marginais decrescentes?
S: As utilidades marginais sao:
Observe que:
Observe que:
x2
6
Curvas de Indiferenca
@ u(x1 , x2 ) = ax1 + bx2
@
@
@ @
@ @
@ @
@ @
@ @
@ @
@ @
@ @
@
@ @ @ @
@ @ @
@
@ @ @ @
@ @ @
@ @ @
@ @ -
x1
x2 Curvas de Indiferenca
6 u(x1 , x2 ) = min{ax1 , bx2 }
semi-reta x2 = (a/b)x1
-
x1
x2 x2
6 u(x1 , x2 ) = x1 6 u(x1 , x2 ) = x2
- -
x1 x1
x2 Curvas de Indiferenca
6 u(x1 , x2 ) = x1 x2
- - - -
-
x1
3.6) Suponha que uma pessoa esteja consumindo uma cesta de bens tal que a sua utilidade
marginal de consumir o bem A e 12 e a sua utilidade marginal de consumir o bem B e
2. Suponha tambem que os precos dos bens A e B sao R$ 2 e R$ 1, respectivamente, e que
as preferencias desse consumidor sao estritamente convexas.
a) Essa pessoa esta escolhendo quantidades otimas dos bens A e B? Caso nao esteja,
qual bem ela deveria consumir relativamente mais (nao se preocupe com a restricao
orcamentaria nesse item)?
S: Denote a cesta de bens que essa pessoa consome por x. Para essas quantidades de
bens, temos que:
u(x)/xA pA
= 6 6= 2 =
u(x)/xB pB
A TMS entre A e B e maior do que a relacao de precos entre A e B. Nesse caso, o
consumidor pode aumentar sua utilidade se consumir mais do bem A e menos do bem
B, pois no mercado ele pode trocar 2 unidades de B por uma unidade de A e tal troca
vai aumentar sua utilidade em uma razao de seis vezes.
b) A sua resposta para o item a) depende do valor da utilidade marginal. Explique.
S: Nao, depende apenas da relacao entre as utilidades marginais, que permanece a mesma
qualquer que seja a funcao de utilidade usada para representar as preferencias.
3.7) Suponha que Ana consome apenas pao e circo, e suas preferencias sao bem comportadas. Um
certo dia o preco do pao aumenta e o preco do circo diminui. Ana continua tao feliz quanto
antes da mudanca de precos (a renda de Ana nao mudou).
T
T
T
T
T
T
Q T
Q T
Q T rE
Q
QT @
QT I@
Q
TQ rE
T QQ
T Q
T Q
Q
T Q
T Q
T QQ -
pao
4.1) Suponha que existam apenas 2 bens e que a utilidade de um certo indivduo e u(x1 , x2 ) =
x0,25
1 + x0,25
2 .
max x0,25
1 + x0,25
2 s.a p 1 x1 + p 2 x2 = m
x1 ,x2
O Lagrangeano do problema e:
L = x0,25
1 + x0,25
2 + [m (p1 x1 + p2 x2 )]
(x1 ) : 0,25x0,75
1 = p1
(x2 ) : 0,25x0,75
2 = p2
() : m = p1 x1 + p2 x2
Logo,
1/3
m p m
x1 = = 2
1/3 1/3 1/3
p1
p1 1 + 1/3 p1 p1 + p 2
p2
2u1 u2 u21 u22 u11 u21 u22 = u22 u11 u21 u22
= 0,01171875 x11,5 x1,5 x0,25 + x0,25
2 1 2 ,
e sempre positiva, se (x1 , x2 ) > 0, que e o caso encontrado no item anterior. Logo a CSO
e satisfeita.
c) Mostre que as funcoes de demanda satisfazem a propriedade de adding-up, ou seja,
que p1 x1 (p1 , p2 , m) + p2 x2 (p1 , p2 , m) e de fato igual a m.
S: Observe que:
1/3 1/3
p m p m
p1 x1 + p2 x2 = p1 2 + p2 1
1/3 1/3 1/3 1/3
p1 p1 + p2 p2 p1 + p2
" # " #
1/3 1/3 1/3 1/3
p p p + p2
= m 1/3 2 1/3 + 1/3 1 1/3 = m 11/3 1/3
=m
p1 + p2 p1 + p2 p1 + p2
2x1 + x2 = x1 + 2x2 x1 = x2
Nos dois argumento da funcao mnimo, temos relacoes lineares entre os dois bens: 2x1 +
x2 , no primeiro argumento, e x1 + 2x2 , no segundo argumento. A curva de indiferenca
dessa funcao, para o caso de u(x1 , x2 ) = 20, e ilustrada na figura a seguir.
x2
20
6
curva de indiferenca u = 20
*
A
A
A
A x2 > x1 x2 = x1
A
A
A
A
A
x2 < x1
A
As
20/3 H
HH
H
HH
H
HH
H
HH -
20/3 20 x1
Se p1 = 2p2 , entao o consumidor escolhe qualquer cesta (x1 , x2 ) tal que 2x1 + x2 = 20,
0 x1 20/3. Se p1 = (1/2)p2 , entao o consumidor escolhe qualquer cesta (x1 , x2 )
tal que x1 + 2x2 = 20, 20/3 x1 20. Finalmente, para quaisquer precos tais que
p1 > 2p2 , as demandas otimas sao nao consumir o bem 1 e consumir apenas o bem 2.
a) Calcule a TMS entre os dois bens. Desenhe o mapa de indiferenca desta utilidade.
S: Uma curva de indiferenca em particular pode ser encontrada fazendo-se u(x1 , x2 ) = u,
ou seja, ax1 + bx2 = u, logo ax1 + bx2 = u2 . Isto quer dizer que o mapa de indiferenca
desta utilidade tem a mesma forma do que o mapa de indiferenca para a utilidade
u(x1 , x2 ) = ax1 + bx2 . Portanto, esta utilidade tambem representa bens substitutos
perfeitos. A figura abaixo ilustra o mapa de indiferenca gerado por esta utilidade:
x2
6
Curvas de Indiferenca
@
u(x1 , x2 ) = x1 + x2
@
@
@
@
@ @
@ @
@ @ @
@ @ @
@ @
@ @ @ @
@ @
@ @ @
@ @ @
@
@ @@
@ @ -
x1
No caso em que p1 /a = p2 /b, o consumidor e indiferente entre qual dos bens comprar,
pois a TMS e sempre igual a relacao de precos dos bens. Nesse caso, o consumidor
comprara qualquer cesta (x1 , x2 ) que satisfaca a sua reta orcamentaria, p1 x1 + p2 x2 = m.
x2
6
Curvas de Indiferenca
@ u(x1 , x2 ) = x1 + x2
@ Suponha que p2 = 2, p1 = 1
@
Solucao: x1 = 100, x2 = 0
@
@ @
@ @
50 H @ @
@ @ @
H
@H @ @
@HH@ @
HH
@ @ @
H
@
@ @ @H @
H
@ @ @ H @
@ HH@
H@ E
@ @
@ @ @ H
@s
H -
100 x1
a) Desenhe o mapa de indiferenca desta utilidade. Calcule a TMS entre os dois bens.
S: Procedemos como na questao anterior: uma curva de indiferenca em particular
2
pode ser encontrada fazendo-se u(x1 , x2 ) = u, ou seja, (min{ax1 , bx2 }) = u, logo
min{ax1 , bx2 } = u. Isto quer dizer que o mapa de indiferenca desta utilidade tem
o mesmo formato do que o mapa de indiferenca da utilidade u(x1 , x2 ) = min{ax1 , bx2 }.
Portanto, esta utilidade tambem representa bens complementares perfeitos. A curva de
indiferenca e ilustrada na figura abaixo.
A TMS entre os dois bens nao esta bem-definida, pois a utilidade nao e diferenciavel.
Porem, podemos dizer que ela sera igual a 0 ou a infinito, dependendo da cesta em que
for calculada. Se a cesta (x1 , x2 ) for tal que x1 < x2 , entao T M S12 (x1 , x2 ) = +, pois
neste caso o consumidor esta disposto a trocar todo o excesso que possui do bem 2 em
relacao ao bem 1 por um acrescimo no bem 1. Se a cesta (x1 , x2 ) for tal que x1 > x2 ,
entao T M S12 (x1 , x2 ) = 0, pois neste caso o consumidor nao esta disposto a trocar bem
2 pelo bem 1, qualquer que seja a taxa de troca (a TMS e uma medida local, vale apenas
para uma vizinhanca da cesta em questao). Finalmente, se a cesta (x1 , x2 ) for tal que
x1 = x2 , entao T M S12 (x1 , x2 ) nao esta definida.
x2
6 Curvas de Indiferenca
u(x1 , x2 ) = (min{ax1 , bx2 })2
semi-reta x2 = x1
-
x1
4.5) Encontre as demandas otimas para os seguintes casos, onde > 0 e > 0:
a) u(x1 , x2 ) = x1 x2 ;
S: O Lagrangeano e L = x1 x2 + (m (p1 x1 + p2 x2 )). As CPO resultam em:
(x1 ) : p1 = x1
1 x2
(x2 ) : p2 = x1 x1
2
() : m = p1 x1 + p2 x2
S: O problema do consumidor e
1
max [ax1 + bx2 ] s.a p 1 x1 + p 2 x 2 = m
x1 ,x2 0
O Lagrangeano do problema e:
1
L = [ax1 + bx2 ] + [m (p1 x1 + p2 x2 )]
As CPO resultam em:
1 1
(x1 ) : [ax1 + bx2 ] 1 ax1
1 = p1
1 1
(x2 ) : [ax1 + bx2 ] 1 bx1
2 = p2
() : m = p1 x1 + p2 x2
Logo,
1
p21 m
x2 = 1
b
1
a
p11 + p21
Substituindo x2 de volta em x1 , obtemos as funcoes de demanda dos dois bens:
1 1
p11 m p21 m
x1 (p1 , p2 , m) = 1 e x2 (p1 , p2 , m) = 1
+ ab 1 p21 b
1
p11 a
p11 + p21
No caso em que a = b e, em particular, a = b = 1, as demandas sao:
1
1
1 1
p p
x1 (p1 , p2 , m) = 1
m e x2 (p1 , p2 , m) = 2
m
1 1 1 1
p1 + p2 p1 + p2
1
Se usarmos a notacao r = 1 , podemos escrever as demandas como:
pr1 pr2
x1 (p1 , p2 , m) = m e x2 (p1 , p2 , m) = m
p1+r
1 + p1+r
2 p1+r
1 + p1+r
2
O Lagrangeano do problema e:
L = x0,5 0,5
1 + x2 + [m (p1 x1 + p2 x2 )]
5.2 Suponha que a utilidade de Bernardo seja u(x1 , x2 ) = min{x1 , x2 }. Suponha que os precos
do bem 1 e do 2 sejam p1 = R$ 1 e p2 = R$ 1 e que a renda de Bernardo seja R$ 120.
a) Quais sao as quantidades consumidas de cada bem por Bernardo? Qual a utilidade que
ele obtem?
S: Vimos que as funcoes de demanda para esta utilidade sao:
m
x1 (p1 , p2 , m) = x2 (p1 , p2 , m) =
p1 + p2
Para os precos e a renda dados, temos que x1 = x2 = 60. A utilidade obtida e U = 60.
b) Se o governo instituir um imposto sobre o consumo do bem 1 de modo que o seu preco
aumente para p1 = R$ 2, quais serao as quantidades consumidas por Bernardo dos dois
bens? Qual a utilidade de Bernardo agora?
S: Para o novo preco do bem 1, temos que as funcoes de demanda descritas no item
anterior mostram que x
1 = x2 = 40. A utilidade obtida agora e U
= 40.
c) Suponha que o governo abandone a ideia do imposto sobre o consumo do bem 1 e decida
taxar a renda do consumidor por um valor que resulte no mesmo montante que obteria
com o imposto descrito no item anterior. Quais as novas quantidades consumidas dos
dois bens? Qual a utilidade de Bernardo agora?
S: Pelo item anterior, considerando o novo preco, serao vendidas 40 unidades do bem 1.
O governo arrecada entao R$ 40, ja que arrecada R$ 1 por unidade vendida. Instituindo
um imposto de renda neste valor, a nova renda do consumidor sera R$ 80. As demandas
dos dois bens serao portanto x1 = x2 = 40, as mesmas quantidades obtidas no item
anterior com o imposto sobre o consumo do bem 1. Evidentemente, a utilidade obtida
agora e a mesma do item anterior, U = 40.
d) Explique intuitivamente a razao do princpio Lump Sum neste exemplo nao resulta numa
utilidade maior para Bernardo no caso do imposto de renda do que no caso do imposto
sobre o consumo.
S: Como a utilidade e do tipo Leontief, em que nao ha possibilidade de substituicao
entre os bens e eles devem ser consumidos em proporcoes fixas, ao substituir o imposto
sobre o consumo pelo imposto sobre a renda, o consumidor continua tendo que consumir
as mesmas quantidades dos dois bens, ja que nao ha possibilidade de substituicao entre
eles. Isso implica que os dois tipos de impostos, neste caso, levam ao mesmo nvel de
bem-estar para o consumidor.
5.3 Suponha que a utilidade de Ana seja u(x1 , x2 ) = x1 x2 . Suponha que os precos do bem 1 e do
2 sejam p1 = R$ 2 e p2 = R$ 2 e que a renda de Ana seja R$ 600.
a) Quais sao as quantidades consumidas de cada bem por Ana? Qual a utilidade que ela
obtem?
S: Vimos que as funcoes de demanda para esta utilidade sao:
m m
x1 (p1 , p2 , m) = e x2 (p1 , p2 , m) =
2p1 2p2
Para os precos e a renda dados, temos que x1 = x2 = 150. A utilidade obtida e
U = 1502 = 22.500.
b) Se o governo instituir um subsdio sobre o consumo do bem 1 de modo que o seu preco
diminua para p1 = R$ 1, quais serao as quantidades consumidas por Ana dos dois bens?
Qual a utilidade de Ana agora?
S: Para o novo preco do bem 1, temos que as funcoes de demanda descritas no item
anterior mostram que x
1 = 300 e x2 = 150. A utilidade obtida agora e U
= 300
150 = 45.000.
c) Suponha que o governo abandone a ideia do subsdio sobre o consumo do bem 1 e decida
repassar um montante fixo para Ana de modo que resulte no mesmo gasto para o governo
que o esquema de subsdio anterior gerava. Quais as novas quantidades consumidas dos
dois bens? Qual a utilidade de Ana agora?
S: Pelo item anterior, considerando o novo preco, serao consumidas 300 unidades do bem
1. O gasto do governo com o subsdio e R$ 300, ja que o governo paga R$ 1 por unidade
vendida do bem 1. Instituindo uma tranferencia de renda neste valor, a nova renda do
consumidor sera R$ 900. As demandas dos dois bens serao portanto x1 = x2 = 225. A
utilidade obtida agora e U = 225 225 = 50.625, maior do que a obtida com o programa
de subsdio.
Logo, o consumidor esta melhor na situacao sem o subsdio. Portanto, Rafael estaria
melhor se o governo nao interferisse no aumento de preco do bem 1.
x2
6
m
p2 Q
e Q
eQ
e QQ
e Q
e Q
e sE
Q Q
Q Q
Q e Q
Q E
Q
Q e Qs
Q e Q
Q e Q
es
Q Q
Q Q
E Q
eQ
Q
Q
eQ Q
Q
e QQ Q
e Q Q
e Q Q
Q-
m m x1
p1 p1
e) Relacione a sua resposta para esta questao com o princpio Lump Sum.
S: Novamente, a transferencia de renda no valor do gasto com o subsdio aumenta a
utilidade mais do que o subsdio com o bem aumentaria. Isso o esperado, segundo o
princpio Lump Sum.
NA 6 ELASTICIDADES
6.1) Derive as agregacoes de Engel e Cournot para o caso de n bens. Reescreva essas agregacoes
em termos de elasticidades. Interprete (por exemplo, e possvel que todos os bens que um
indivduo consuma sejam bens inferiores? Por que? Se um indivduo consome n bens, no
maximo quantos bens podem ser inferiores? Justifique sua resposta).
S: Derivando a Lei de Walras para o caso de n bens, dada por :
s1 1 + s2 2 + + sn n = 1 ,
(a) Todas as elasticidades-renda podem ser iguais a um. Nesse caso, um aumento da renda
leva a um aumento na mesma proporcao do consumo de todos os bens (se a renda
aumentou em 10%, o consumo de cada bem aumenta em 10%).
(b) Se i > 1 para algum bem i, entao deve existir algum bem j diferente do bem i tal
que j < 1: se a fracao da renda consumida do bem i aumentou mais do que propor-
cionalmente a renda, o consumo de algum outro bem j tera que aumentar menos do que
proporcionalmente a renda.
(c) No maximo n 1 bens podem ser inferiores (se todos os bens sao inferiores, entao a
elasticidade-renda i sera negativa para todo bem i = 1, 2, . . . , n. Como si 0 (si
e a fracao da renda gasta com o bem i), entao se todas as elasticidades-renda forem
negativas, a igualdade acima nao sera verificada).
Outra implicacao que pode ser tirada da equacao (1) e a reacao dos gastos nos outros bens
devido a uma mudanca no preco do bem i: essa reacao depende da elasticidade-preco de i.
Se a demanda do bem i e elastica, entao quando o preco do bem i diminui, o gasto com os
outros bens diminui tambem.
6.2) Suponha a existencia de n bens. Usando a propriedade de homogeneidade das funcoes de
demanda Marshalliana, mostre que as elasticidades-preco e renda de um dado bem i satisfazem
a seguinte igualdade:
X n
i + ij = 0, (2)
j=1
para todo t > 0. Dividindo a igualdade acima por xi (tp, ty), fazendo t = 1 e reescrevendo
(3) em termos de elasticidades obtemos a expressao desejada:
n
X
ij + i = 0 , valida para todo i = 1, . . . , n .
j=1
6.3) Suponha que a elasticidade-renda da demanda per capita de cerveja e constante e igual a
3/4 e a elasticidade-preco e tambem constante e igual a 1/2. Os consumidores gastam,
em media, R$ 400,00 por ano com cerveja. A renda media anual destes consumidores e R$
6.000,00. Cada garrafa de cerveja custa R$ 3,00.
a) Se o governo pretende desestimular o consumo de cerveja pela metade, qual deve ser o
aumento no preco da cerveja que alcancaria esta meta?
S: Elasticidade-preco constante e igual a 1/2 significa que um aumento em 10% no preco
leva a uma reducao na quantidade demandada em 5%. Logo, um aumento no preco em
100% levaria a reducao almejada pelo governo de 50% na quantidade consumida de
cerveja. Cada garrafa de cerveja passaria entao a custar R$ 6,00.
b) Suponha que o governo estimou um aumento da renda media anual no proximo ano
de R$ 3.000,00. O governo deseja manter o nvel de consumo de cerveja constante no
proximo ano, usando um imposto sobre o preco da cerveja. Qual deve ser o aumento no
preco da cerveja no proximo ano para que o seu consumo nao se modifique, dado que a
previsao de aumento de renda se realize?
S: Como a elasticidade-renda da demanda cerveja e constante e igual a 3/4 e um aumento
na renda de R$ 3.000,00 sobre uma renda de R$ 6.000,00 corresponde a um aumento
de 50% na renda, o aumento no consumo de cerveja sera de 3/4 50% = 37,50%. Pelo
mesmo motivo explicado no item a) acima, o aumento no preco da cerveja necessario
para anular o efeito do aumento de renda e de 2 37,50% = 75%. Cada garrafa de
cerveja passaria entao a custar R$ 5,25.
NA 7 MINIMIZACAO DE DISPENDIO
Mais rigorosamente, note que se m < p2 , o consumidor nao consegue comprar a quan-
tidade p2 /p1 do bem 1 (pois p1 x1 = p2 > m). Logo, as demandas dos bens 1 e 2 sao
completamente definidas por:
M p2 /p1 se p2 m M m/p2 1 se p2 m
x1 (p1 , p2 , m) = e x2 (p1 , p2 , m) =
m/p1 se p2 > m 0 se p2 > m
min p1 x1 + p2 (u ln(x1 ))
x1 0
L = p1 x1 + p2 x2 + (u x1 x21 )
(x1 ) : p1 = x1
1 x21
(x2 ) : p2 = (1 )x1 x
2
1
() : u = x1 x2
A funcao de dispendio e:
Para o caso p1 /a = p2 /b, qualquer cesta (x1 , x2 ) tal que ax1 + bx2 = u e solucao do
problema. A funcao dispendio e:
np p2 o np p o
h h 1 1 2
e(p1 , p2 , u) = p1 x1 + p2 x2 = min u, u = min , u.
a b a b
c) Utilidade Leontief: u(x1 , x2 ) = min{ax1 , bx2 }, a, b > 0.
S: Este e outro caso onde nao podemos usar o metodo de Lagrange, agora por que a
funcao de utilidade nao e diferenciavel. Vamos novamente resolver o problema usando
intuicao economica. O problema que queremos resolver e:
Intuitivamente, o consumidor tem que consumir ambos os bens em quantidades tais que
ax1 = bx2 , ja que os bens sao complementares perfeitos, de modo que alcance a utilidade
u. Por isso, as demandas Hicksianas sao:
u u
xh1 (p1 , p2 , u) = e xh2 (p1 , p2 , u) =
a b
A funcao dispendio e:
u u p1 p2
e(p1 , p2 , u) = p1 xh1 + p2 xh2 = p1 + p2 = + u.
a b a b
1
d) Utilidade CES: u(x1 , x2 ) = [ax1 + bx2 ] , a, b > 0, < 1, 6= 0.
S: O Lagrangeano deste caso e:
1
L = p1 x1 + p2 x2 + (u [ax1 + bx2 ] )
A funcao de dispendio e:
e(p1 , p2 , u) = p1 xh1 + p2 xh2 ,
onde devemos substituir as demandas pelos dois bens para obter a expressao final do
dispendio, como funcao dos precos e do nvel de utilidade.
7.3) Resolva os seguintes itens para cada uma das funcoes de utilidade elencadas no exerccio
anterior.
b.4) (CES) e/p1 = xh1 (p1 , p2 , u). Neste caso, a conta e mais complicada.
c) Cheque se a propriedade de simetria e satisfeita.
d) Ilustre graficamente a funcao dispendio como funcao do preco do bem 1, todas as outras
variaveis constantes. Interprete economicamente o formato de cada grafico em termos
da possibilidade de substituicao do consumo dos dois bens.
S: Vamos denotar as funcoes dispendios apenas como funcao do preco do bem 1, a fim
de ilustrar graficamente o dispendio como funcao do preco deste bem.
c.1) (Cobb-Douglas) e(p1 ) = Kp1 , onde K = (1 )1 p1 2 u. O formato estrita-
mente concavo da funcao dispendio indica que o efeito substituicao entre os dois
bens nao e nulo. Se o preco do bem 1 aumentar, por exemplo, o consumidor sub-
stituira parte do consumo deste bem por consumo do outro bem, aumentando seu
gasto em uma proporcao menor do que se nao alterasse sua escolha de consumo com
a mudanca do preco.
c.2) (Linear) e(p1 ) = min {p1 /a, p2 /b} u. O formato da funcao dispendio indica uma
quebra. Se o preco do bem 1 se altera dentro da regiao de precos onde o bem
continua relativamente mais barato do que o bem 2 (p1 /a < p2 /b), entao o aumento
do dispendio e linear e nao ha nenhuma substituicao de consumo o indivduo
continua consumindo apenas o bem 1. Porem, se p1 /a for maior do que p2 /b, entao
aumentos subsequentes de precos deste bem nao afetarao a funcao dispendio, ja que
se p1 /a > p2 /b entao o consumidor esta consumindo apenas o bem 2.
Gasto Gasto
p1
, pb2 u
6 6 e(p1 ) = min a
e(p1 ) = Kp1
r
-
-
p1 p2 p1
b
item a item b
c.3) (Leontief) e(p1 ) = Ap1 +B, onde A = u/a e B = (p2 /b)u. O formato linear da funcao
dispendio indica que nao existe possibilidade de substituicao entre os dois bens
(efeito substituicao nulo). Se o preco do bem 1 aumentar, por exemplo, o dispendio
mnimo necessario para se alcancar determinado nvel de utilidade aumentara na
mesma proporcao.
c.4) (CES) Podemos escrever e(p1 ) = f (p1 ) e mostrar que f 0 (p1 ) > 0 e f 00 (p1 ) < 0. Logo,
a funcao dispendio e estritamente concava, indicando que o efeito substituicao entre
os dois bens nao e nulo (similar ao item a) acima).
Gasto Gasto
6 e(p1 ) = Ap1 + B 6
e(p1 ) = f (p1 )
- -
p1 p1
item c item d
NA 8 EQUACAO DE SLUTSKY
8.1) Suponha que os unicos bens que Renata consome sao guarana e pao e que as preferencias de
Renata sao estritamente convexas.
a) Entre janeiro e fevereiro, o preco do guarana sobe (e nada mais muda). Ilustre em um
mesmo grafico as escolhas otimas de Renata nos dois meses (denote por J a escolha otima
em Janeiro e por F a escolha otima em fevereiro), representando o consumo de pao no
eixo vertical e o consumo do guarana no eixo horizontal (mantenha essa convencao para
o resto do exerccio).
S: Como apenas o preco do guarana mudou, a reta orcamentaria se altera, e a escolha
do consumidor se altera, conforme mostra a figura abaixo.
Pao
6
m
p2 Q
SQ
S Q
S QQ
S Q
Q J
S
F
q Qq
S Q
S Q
Q
S Q
S Q
Q
S + Q
S Q
Q
S Q -
m m Guarana
p1 p1
b) Em marco, o preco do guarana volta ao mesmo nvel de janeiro, porem a renda de Renata
diminui em um montante tal que agora ela alcanca o mesmo bem-estar de fevereiro. Ilus-
tre a escolha otima de Renata em marco (denote essa escolha otima por M ) juntamente
com as outras duas escolhas otimas de Renata.
S: O ponto chave e que a diminuicao da renda de Renata em marco e tal que ela mantem
a mesma utilidade que obteve em fevereiro. Portanto, as escolhas otimas representadas
pelos pontos F e M estao sobre a mesma curva de indiferenca. A figura abaixo ilustra
essa situacao.
Pao
6
m
p2 Q
S Q
S Q
S QQ
S Q
S Q
Q qJ
Q S Q
Q F
Q Sq Q
QS Q
Q Q
SQ qM Q
Q
SQQ Q
S Q Q
Q
S QQ Q
S Q Q
Q Q
S QQ -
m m Guarana
p1 p1
8.2) A utilidade de Carlos e u(x1 , x2 ) = min{x1 , x2 }. A renda de Carlos e R$ 20, e os precos dos
bens 1 e 2 sao R$ 1 e R$ 1. Suponha que o preco do bem 1 aumentou para R$ 2.
x2
6
m A
@ A Preco do bem 1 aumentou
p2 A@ A Efeito Substituicao e nulo
A @ A
A @ A Efeito Total = Efeito Renda
A @ A
A @ A
A @A
A @A s E
A @
A
A A@
As A@
E A A @
A A @
A A @
A A @
AA @@ -
x1
8.3) Assuma que a utilidade de Maria e u(x1 , x2 ) = ln(x1 ) + x2 . Suponha que a renda de Maria e
R$40, e os precos dos bens 1 e 2 sao R$ 1 e R$ 1. Suponha que o preco do bem 1 aumentou
para R$ 2. Encontre o efeito total desse aumento na demanda de Maria pelo bem 1 e pelo bem
2. Decomponha esses dois efeitos em efeito substituicao Hicksiano e efeito renda. Interprete
intuitivamente o seu resultado.
S: Na solucao do Exerccio 2 da NA 6 obtivemos que:
M p2 /p1 se p2 m M m/p2 1 se p2 m
x1 (p1 , p2 , m) = e x2 (p1 , p2 , m) =
m/p1 se p2 > m 0 se p2 > m
x1 = x1 x1 = 0,5
Neste caso, o efeito renda para o bem 1 e nulo, todo o efeito da mudanca de precos e efeito
substituicao. Isso e intuitivamente esperado: a demanda do bem 1 nao depende da renda,
quando a renda e grande o suficiente. Logo, uma mudanca de precos altera a demanda do
bem 1 apenas pelo efeito substituicao, ja que nao existe efeito renda para este bem.
a) Encontre as funcoes de demanda Marshallianas dos dois bens e as fracoes da renda gastas
com cada bem.
S: Pela identidade de Roy, temos que:
1/2 1/2
v(p1 , p2 , m)/p1 50(2/3)(p1 p2 )2/31 m(1/2)p1 p2 m
xM
1 (p1 , p2 , m) = = 1/2
= ,
v(p1 , p2 , m)/m 50(p1 p2 )2/3 3p1
1/2 1/2
v(p1 , p2 , m)/p2 50(2/3)(p1 p2 )2/31 mp1 2m
xM
2 (p1 , p2 , m) = = 1/2
= .
v(p1 , p2 , m)/m 50(p1 p2 )2/3 3p2
p 1 xM
1 (p1 , p2 , m) 1 p 2 xM
2 (p1 , p2 , m) 2
s1 = = e s2 = =
m 3 m 3
b) Encontre a funcao dispendio desse consumidor. Use o lema de Shephard para encontrar
as demandas Hicksianas dos dois bens.
S: Usando a relacao de dualidade v(p1 , p2 , e(p1 , p2 , u)) = u obtemos:
" #2/3
1 1 1/3 2/3
v(p1 , p2 , e(p1 , p2 , u)) = 50 e(p1 , p2 , u) = u e(p1 , p2 , u) = p p u
1/2
p1 p2 50 1 2
xM
1 m xh1 1 5/3 2/3 xM
1 1
= 2, = p p2 u , =
p1 3p1 p1 225 1 m 3p1
Entao:
" #2/3
xh1 (p1 , p2 , v(p1 , p2 , m)) M
M x1 1 5/3 2/3 1 m 1
x1 = p p2 50 1/2 m
p1 m 225 1 p 1 p2 3p1 3p1
2m m m xM
1 (p1 , p2 , m)
= 2
2
= 2
= ,
9p1 9p1 3p1 p1
NA 9 BEM-ESTAR
u(x1 , x2 ) = x21 x2 ,
9.2) Suponha dois bens com precos positivos (p1 > 0 e p2 > 0). A renda do consumidor e denotada
por m > 0 e a sua utilidade e:
u(x1 , x2 ) = x1
max x1 s.a p 1 x1 + p 2 x2 = m
x1 ,x2 0
Apenas o bem 1 traz utilidade a esse consumidor. Portanto, ele comprara apenas esse
bem. As demandas Marshallianas sao, portanto:
m
x1 (p1 , p2 , m) = e x2 (p1 , p2 , m) = 0
p1
min p1 x1 + p2 x2 s.a x1 = u
x1 ,x2 0
x1 (p1 , p2 , u) = u e x2 (p1 , p2 , u) = 0
m2
v(p1 , p2 , m) = ln
4p1 p2
(m V C)2 m2
ln = ln V C = 1000 (1 2) = 414,21
412 411
e(p1 , p2 , u)2
ln = u e(p1 , p2 , u) = 2 p1 p2 eu/2
4p1 p2
9.4) Considere a mesma funcao de utilidade do exerccio anterior, e suponha que a renda do
indivduo e R$ 1.000, o preco do bem 1, p1 = 1 e o preco do bem 2, p2 = 1. Suponha tambem
que o preco do bem 2 aumentou para R$ 2.
Logo o efeito substituicao de Hicks consiste numa queda de 146 unidades, e o efeito
renda, numa queda de 104 unidades.
c) Calcule o valor de uma compensacao de Slutsky. Mostre que essa compensacao, que
mantem o poder de compra original, aumentara o bem-estar do indivduo. Seria possvel
que a utilidade do indivduo fose menor do que a original com esse tipo de compensacao?
Justifique sua resposta.
S: O valor da compensacao de Slutsky e de R$ 500,00, pois esse valor permite que o
indivduo, aos novos precos p1 = R$ 1 e p2 = R$ 2, possa adquirir a cesta original,
x1 = 500 e x2 = 500. Com essa compensacao, o indivduo ira consumir x1 (1, 2, 1500) =
1500/2 = 750 e x2 (1, 2, 1500) = 1500/4 = 375. Sua utilidade agora e u1 = ln(750
375) = ln(281.250), maior do que a utilidade original u0 = ln(5002 ) = ln(250.000). Nao
e possvel que, com uma compensacao de Slutsky, a utilidade fique menor do que a
inicial, ja que com essa compensacao ele sempre podera comprar a cesta otima original.
Logo sua utilidade sera sempre igual ou maior do que a inicial (se a utilidade for bem-
comportada, podemos garantir que sera maior).
d) Calcule o valor de uma compensacao de Hicks. Mostre que essa compensacao mantem
o nvel de utilidade constante, e e menor do que a compensacao de Slutsky.
S: A compensacao de Hicks e o valor que mantem a utilidade constante apos a mudanca
de precos. Logo, ela e igual ao valor da variacao compensadora calculada na questao 28,
item c), R$ 414,21. Para verificarmos que ela mantem o nvel de utilidade constante,
primeiro observe que com esta compensacao, as demandas serao x1 (1, 2, 1414,21) =
1414,21/2 717 e x2 (1, 2, 1414,21) = 1414,21/4 = 354. Sua utilidade agora e u1 =
9.5) A utilidade de Letcia e u(x, y) = min{x, y}. Letcia recebe R$ 200 de salario por mes. Os
precos dos dois bens que Letcia consome sao px = py = 1. O chefe de Letcia quer transfer-
la para outra cidade. Letcia gosta das duas cidades igualmente. Porem, na nova cidade, os
precos sao px = 1 e py = 2. Letcia diz que mudar para a outra cidade e tao ruim quanto
um corte no salario de A reais. Ela diz tambem que nao se importa de se mudar caso receba
um aumento de B reais. Calcule e compare A e B. Qual a relacao de A e B com a variacao
compensadora e a variacao equivalente?
S: Essa utilidade representa bens complementares perfeitos. Letcia ira sempre igualar os
argumentos da funcao de mnimo que representa sua utilidade, evitando desperdcios. Por-
tanto, x = y . Substituindo essa igualdade nas duas restricoes orcamentarias (cidade original
e cidade nova), obtemos:
A funcao de dispendio e:
e(p1 , p2 , u) = (1 )1 p1 p21 u
xM h
1 (p, m) = x1 (p, v(p, m)) e xh1 (p, u) = xM
1 (p, e(p, u))
Observe que:
1
xh1 (p, v(p, m)) p1 p21 (1 )1 p 1
= 1 1 p2 m
1
m
= = xM1 (p1 , p2 , m)
p1
E tambem:
(1 )1 p1 p21 u
xM
1 (p, e(p, u)) = = 1 (1 )1 p1
1 p1
2 u
p1
1
= p1 p21 u = xh1 (p1 , p2 , u)
1
Observe que:
e) Verifique a equacao de Slutsky para o bem 2, dada uma mudanca no seu preco.
S: Derivando a demanda Marshallina e a demanda Hicksiana para o bem 2, em relacao
ao seu preco, e derivando a demanda Marshalliana em relacao a renda, obtemos:
xM xh2 xM
2 m 1 2 1
= (1 ) 2 , = p1 p2 u , = (1 )
p2 p1 p2 1 m p2
Entao:
xh2 (p, v(p, m)) xM
2 (p, m)
xM
2 (p, m) = p1 p21 (1 )1 p 1
1 p2 m
p2 m 1
m 1
(1 ) (1 )
p2 p2
m m
= (1 ) 2 (1 )2 2
p2 p2
m m
= (1 ) 2 ( (1 )) = (1 ) 2
p2 p2
xM
2 (p, m)
=
p2
Ou seja,
V C < EC < V E ,
o que deveramos esperar, ja que o bem 2 e normal.
x2
6 Curvas de Indiferenca
n o
u(x1 , x2 ) = min x1 , x2
Caminho de Expansao da Reta: dado por x2 = x1
-
x1
xM
i (p, m) xhi (p, u ) xM
i (p, m)
= xM
i (p, m) ,
pi pi | {z m }
| {z } | {z }
efeito total efeito substituicao efeito renda
divide o efeito total em efeito substituicao e efeito renda. Vamos analisar o caso do bem
1 e usar as demandas Hicksiana e Marshalliana obtidas para o bem 1 acima. Temos
entao que:
xM1 2 m
Efeito Total: =
p1 (p1 + p2 )2
xh1
Efeito Substituicao: =0
p1
xM
1 2 m
Efeito Total: xM1 = ,
m (p1 + p2 )2
Logo, obtemos V C < EC < V E, relacao esperada entre as medidas, ja que o bem 1 e
normal.
NA 10 PREFERENCIA REVELADA
10.1) Suponha que existam apenas 3 bens e que um certo indivduo escolhe as cestas xi = (xi1 , xi2 , xi3 )
aos precos pi = (pi1 , pi2 , pi3 ), i = 1, 2, 3 (logo, existem tres observacoes de consumo desse
indivduo), onde:
NA 11 RENDA ENDOGENA
max x0,5
1 x2
0,5
s.a. p1 x1 + p2 x2 = p1 e1 + p2 e2
x1 ,x2
L = x0,5 0,5
1 x2 + (p1 e1 + p2 e2 p1 x1 p2 x2 )
b) Suponha que os precos dos dois bens sejam p1 = p2 = 1. Calcule a demanda otima nesse
caso. O consumidor e vendedor lquido de algum dos bens?
S: Observe primeiro que para esses precos, a renda do consumidor e p1 e1 + p2 e2 = 3.
Usando o item a), temos que:
3 3
x1 (1, 1, 3) = = 1,5 e x2 (1, 1, 3) = = 1,5 .
2 2
Logo, o consumidor e vendedor lquido do bem 1 e comprador lquido do bem 2.
c) Suponha que o preco do bem 1 diminui de 1 para p1 = 0,9. O que ocorre nesse caso com
o bem-estar do consumidor?
S: Quando o preco do bem 1 se altera, a renda do consumidor tambem se altera. Nesse
caso, a nova renda e p1 e1 + p2 e2 = 2,8. Portanto, as novas demandas sao:
2,8 2,8
x1 (0,9; 1; 2,8) = = 1,555 e x2 (0,9; 1; 2,8) = = 1,4 .
2 0,9 2
O consumidor era vendedor lquido do bem 1, cujo preco diminuiu e ele continuou a
ser vendedor lquido desse bem. Podemos garantir entao que o seu bem-estar diminui.
Vamos verificar essa afirmacao:
d) Suponha agora que o preco do bem 1 diminui de 1 para p1 = 0, 1. O que ocorre nesse
caso com o bem-estar do consumidor? Compare com o item anterior.
S: Novamente, a alteracao no preco do bem 1 altera a renda do consumidor tambem.
Nesse caso, a nova renda e p1 e1 + p2 e2 = 1,2. Portanto, as novas demandas sao:
1,2 1,2
x1 (0,1; 1; 1,2) = =6 e x2 (0,1; 1; 1,2) = = 0,6 .
2 0,1 2
O consumidor era vendedor lquido do bem 1, cujo preco diminuiu e ele passou a ser
comprador lquido do bem. Nesse caso, nao podemos garantir se o seu bem-estar diminui
ou aumenta a priori. Vamos calcular o que ocorre com o bem-estar do consumidor:
c
6 inclinacao: 0, 5
R$ 14,50 H
H
HH
HHsE
H
R$ 7,50 H
HH
H
HH
@ inclinacao: 1
@
@
@
@
@
@
@
@ -
14 19 24 l
b) O governo muda a forma do imposto: agora toda a renda esta sujeita a um imposto de
25%. Carlos trabalha mais ou menos ou a mesma quantidade de horas agora? O governo
coleta mais ou menos receita sobre o imposto de Carlos agora?
S: O ponto crucial para obtermos a nova reta orcamentaria de Carlos e para solucionar-
mos o item e observar que o novo imposto coleta o mesmo valor que antes (R$ 2,50), se
Carlos continuasse trabalhando 10 horas. Portanto, a nova reta orcamentaria passa pela
antiga escolha otima de Carlos, representada pela cesta E na figura abaixo. Como as
preferencias sao bem-comportadas, a nova cesta de equilbrio, representada pela cesta
E na figura abaixo, deve estar em uma curva de indiferenca mais alta do que a original.
Graficamente, obtemos que agora Carlos trabalha mais e consome mais, obtendo, como
resultado lquido em termos de seu bem-estar, um nvel maior de utilidade. Como Carlos
trabalha mais do que 10 horas, o novo imposto coleta mais de R$ 0,25, o valor coletado
com o imposto na situacao original.
c
6
c
c
HHc E
Hcsc
HH
s
c
H
HH
c
E c H
cHH
c HH
c
c @
c @
c @
c @
c
c@
c@
c@
c@
cc
@ -
19 24 l
NA 12 ESCOLHA INTERTEMPORAL
12.1) Suponha que Paulo tem R$ 1000 hoje e espera receber R$ 1000 em um ano. Paulo nao tem
outra renda, e ele pode poupar ou pegar emprestado a uma taxa de juros de 25% ao ano.
a) Qual o maximo que Paulo pode gastar no ano que vem? Qual o maximo que Paulo pode
gastar hoje?
S: Hoje: R$ 1000+R$ 1000/1,25 = R$ 1800. Ano que vem: R$ 1000(1,25)+R$ 1000=R$ 2250.
b) Suponha que Paulo toma emprestado R$800 e consome R$1800 hoje. Quanto ele tera
para consumir no ano que vem?
S: 0 (se ele tomar R$ 800 emprestado hoje, dada a taxa de juros de 25% a.a., ele tera
que pagar R$ 1000 no ano que vem).
c) Desenhe a reta orcamentaria de Paulo, entre consumo hoje (eixo x) e consumo ano
que vem (eixo y). Qual e a inclinacao dessa reta? Qual a interpretacao economica
dessa inclinacao?
S: Vamos denotar por c1 o consumo hoje e por c2 o consumo amanha. A figura e:
c2
6
c2
6
R$ 2.250
@
@
@
@
@
@
R$ 1.000 @q
@
@
@
@
@
@
@ -
R$ 1.000 R$ 1.800 c1
f) Suponha que Paulo usa o seu dinheiro conforme o item e), quando a taxa de juros for
25%. Porem a taxa de juros aumentou hoje para 50%. Paulo altera o seu consumo hoje?
Ele esta melhor ou pior do que antes?
S: Nesse caso Paulo esta melhor. O aumento da taxa de juros faz com que Paulo passe a
poupar para consumir no segundo perodo, pois antes ele estava consumindo exatamente
as suas dotacoes de cada perodo.
g) Decomponha a mudanca no consumo de Paulo ocorrida no item f) em efeito substituicao
e efeito renda. Determine, se possvel, as direcoes do efeito substituicao e do efeito renda.
S: O efeito substituicao e sempre negativo: como a taxa de juros subiu, o consumo hoje
se tornou mais caro em relacao ao consumo amanha. O efeito renda pode ser negativo,
o que significa que o aumento da taxa de juros eleva a renda disponvel.
12.2) Suponha um modelo com dois perodos, onde o indivduo pode escolher o consumo hoje (c1 ),
o consumo amanha (c2 ), e a quantidade de lazer que consome (l). O indivduo pode trabalhar
no primeiro perodo, onde recebe um salario igual a w1 por unidade de tempo trabalhada. Ele
possui H unidades de tempo para dividir entre trabalho e lazer. O indivduo tambem pode
poupar no primeiro perodo (ou pegar emprestado) a uma taxa de juros igual a r. Finalmente,
o individuo nao tem nenhuma outra fonte de renda, a nao ser a gerada pelo o seu trabalho
(ele sotrabalha no primeiro perodo). A utilidade e dada por:
Perodo 1: c1 + s = (H l)w
Perodo 2: c2 = (1 + r)s
O Lagrangeano do problema e:
c2
L = u(c1 ) + u(c2 ) + v(l) + (H l)w c1 ,
1+r
onde e o multiplicador de Lagrange. As CPOs resultam em:
(c1 ) : u0 (c1 ) =
1
(c2 ) : u0 (c2 ) =
1+r
(l) : v 0 (l) = w
c2
() : c1 + = (H l)w
1+r
d) Suponha que o governo introduz um imposto sobre o consumo do primeiro perodo,
com alquota 1 , e um imposto sobre o consumo do segundo perodo, com alquota 2 .
Reescreva o problema do consumidor para esse caso e derive as CPO desse problema.
S: Nesse caso, o problema do consumidor se torna:
(1 + 2 )c2
max u(c1 ) + u(c2 ) + v(l) s.a. (1 + 1 )c1 + = (H l)w
c1 ,c2 ,l 1+r
O Lagrangeano e portanto:
(1 + 2 )c2
L = u(c1 ) + u(c2 ) + v(l) + (H l)w (1 + 1 )c1 ,
1+r
onde e o multiplicador de Lagrange. As CPO agora resultam em:
(c1 ) : u0 (c1 ) = (1 + 1 )
(1 + 2 )
(c2 ) : u0 (c2 ) =
1+r
(l) : v 0 (l) = w
(1 + 2 )c2
() : (1 + 1 )c1 + = (H l)w
1+r
e) Mostre que se as duas alquotas sao iguais, o imposto nao distorce a escolha intertemporal
de consumo, porem distorce a escolha entre consumo e lazer, desestimulando a oferta de
trabalho.
S: Dividindo as CPOs para c1 e c2 obtidas no item d) acima, obtemos:
u0 (c1 ) (1 + 1 )
0
= (1 + r)
u (c2 ) (1 + 2 )
Se 1 = 2 , entao temos que:
u0 (c1 )
= 1 + r,
u0 (c2 )
exatamente a mesma relacao de escolha intertemporal de consumo para o caso onde nao
existe imposto.
Dividindo as CPO para c1 e l em (d), obtemos:
u0 (c1 ) (1 + 1 )
0
= ,
v (l) w
diferente da relacao de escolha entre consumo e lazer hoje para o caso onde nao existe
imposto (u0 (c1 )/v 0 (l) = 1/w). Como (1 + 1 ) > 1, e u00 < 0, v 00 < 0, entao o nvel de
consumo hoje cai em relacao ao nvel de lazer.
NA 13 INCERTEZA
13.1) Considere as loterias g = (0,60 10000; 0,40 1000) e h = (0,50 10000; 0,50 2800). Se um
consumidor esta indiferente entre estas duas loterias, entao pode-se afirmar que ele e neutro
ao risco. Verdadeiro ou falso? Justifique.
S: Observe que:
Eg = 0,6 10.000 + 0,4 1.000 = 6.400 e Eh = 0,5 10.000 + 0,5 2.800 = 6.400
Como os valores esperados dessas duas loterias sao iguais, entao se ele e indiferente a elas, o
indivduo e neutro ao risco.
U Eu (g) = a + bU Ev (g) 45 = a + 5b
U Eu (h) = a + bU Ev (h) 42,5 = a + 4,5b
b) Suponha que a funcao de utilidade da riqueza de um indivduo seja u(w) = log10 (w)
(logaritmo na base 10). O indivduo possui um carro no valor de R$ 100.000,00. Existe
uma probabilidade de 10% de ocorrer um acidente e o carro passar a valer R$ 10.000,00.
Calcule a utilidade esperada deste indivduo.
S: Existem dois estados da natureza relevantes neste caso: 1) carro e roubado e 2) carro
nao e roubado, com probabilidades de ocorrencia de 10% e 90%, respectivamente. A
utilidade esperada e:
O equivalente de certeza da loteria g, denotado por ECg , e o valor tal que o indivduo
seja indiferente entre este valor dado com certeza e a loteria g. Logo:
p
ECg = U E(g) = 5,65 ECg 31,92 .
a) Calcule o preco esperado destas acoes. Calcule o retorno esperado destas acoes.
S: Os precos esperados das acoes A e B, EpA e EpB , respectivamente, sao:
b) Se o indivduo investir toda a sua renda na acao A, qual sera a sua utilidade esperada?
Qual sera a utilidade esperada se ele investir toda a renda na acao B?
S: Se o indivduo investir toda a renda na empresa A, ele compra 10 acoes. Se investir
toda renda na empresa B, ele compra tambem 10 acoes. As utilidades esperadas sao:
U E(A) = 0,5 400 + 0,5 50 13,54
U E(B) = 0,5 400 + 0,5 50 13,54