FGV - Concurso
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Os diferentes tipos de textos devem-se, principalmente, s diferenas de
finalidade/funo e ao pblico destinatrio de cada um deles.
didticos, textos cientficos em geral, manuais de instruo, receitas culinrias, bulas de remdio, cartas comerciais
etc.
Exemplos de textos literrios: poemas, romances literrios, contos, novelas, letras de msica,
Perceba que existem publicaes que veiculam textos dos dois tipos. Os jornais e as revistas, por exemplo, que,
alm de notcias e reportagens, contm fotos, desenhos, charges, passatempos, receitas, resenhas, sinopses,
Os concursos apresentam questes interpretativas que tm por
finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve
compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de necessitar de um
bom lxico internalizado. Para ler e entender bem um texto basicamente
deve-se alcanar os dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a
1 de 7 interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato
com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e
prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe
destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir
a ideia central de cada paragrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual,
finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve
compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de necessitar de um
bom lxico internalizado. Para ler e entender bem um texto basicamente
deve-se alcanar os dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a
interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato
com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e
prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe
destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir
a ideia central de cada paragrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual,
favorecendo o entendimento.
No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva, h
limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fim de responder s
interpretaes a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao daquele texto
com outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte da poca em que o
autor viveu. Se no houver est viso global dos momentos literrios e dos escritores, a
interpretao pode ficar comprometida. Aqui no se podem dispensar as dicas que
aparecem na referncia bibliogrfica da fonte e na identificao do autor.
Exemplo:
Porquinho-da-ndia
4 de 7 Estrutura:
Estrutura:
Tipos de Personagens:
- Em 1 pessoa:
Exemplo:
Batia nos noventa anos o corpo magro, mas sempre teso do Jango Jorge, um que foi
capito duma maloca de contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibiroca.
Esse gacho desabotinado levou a existncia inteira a cruzar os campos da fronteira; luz
do Sol, no desmaiado da Lua, na escurido das noites, na cerrao das madrugadas...;
ainda que chovesse reinos acolherados ou que ventasse como por alma de padre, nunca
errou vau, nunca perdeu atalho, nunca desandou cruzada!...
(...)
Aqui h poucos coitado! pousei no arranchamento dele. Casado ou doutro jeito,
afamilhado. No nos vamos desde muito tempo. (...) Fiquei verdeando, espera, e fui
dando um ajutrio na matana dos leites e no tiramento dos assados com couro.
(J. Simes Lopes Neto Contrabandista)
- Em 3 pessoa:
Exemplo:
Devia andar l pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram de borboleta. Por isso no
pde defender-se. E saiu rua com ar menos carnavalesco deste mundo, morrendo de
vergonha da malha de cetim, das asas e das antenas e, mais ainda, da cara mostra, sem
mscara piedosa para disfarar o sentimento impreciso de ridculo.
(Ilka Laurito. Sal do Lrico)
Narrador Objetivo: no se envolve, conta a histria como sendo vista por uma cmara ou
filmadora.
Tipos de Discurso:
Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente para o personagem, sem a sua
interferncia.
Exemplo:
Caso de Desquite
Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem diz, sem lhe passar diretamente a
palavra.
Exemplo:
Frio
O menino tinha s dez anos.
Quase meia hora andando. No comeo pensou num bonde. Mas lembrou-se do
embrulhinho branco e bem feito que trazia, afastou a idia como se estivesse fazendo uma
coisa errada. (Nos bondes, quela hora da noite, poderiam roub-lo, sem que percebesse;
e depois?... Que que diria a Paran?) Andando. Paran mandara-lhe no ficar
observando as vitrines, os prdios, as coisas. Como fazia nos dias comuns. Ia firme e
esforando-se para no pensar em nada, nem olhar muito para nada.
Exemplo:
A Morte da Porta-Estandarte
Que ningum o incomode agora. Larguem os seus braos. Rosinha est dormindo. No
acordem Rosinha. No preciso segur-lo, que ele no est bbado... O cu baixou, se
abriu... Esse temporal assim bom, porque Rosinha no sai. Tenham pacincia... Largar
Rosinha ali, ele no larga no... No!
E esses tambores? Ui! Que venham... guerra... ele vai se espalhar... Por que no est
malhando em sua cabea?... (...) Ele vai tirar Rosinha da cama... Ele est dormindo,
Rosinha... Fugir com ela, para o fundo do Pas... Abra-la no alto de uma colina...
Narrativa e Narrao
- um texto figurativo, isto , opera com personagens e fatos concretos (o texto "Porquinho-
da-ndia" preenche tambm esse requisito);
- as mudanas relatadas esto organizadas de maneira tal que, entre elas, existe sempre
uma relao de anterioridade e posterioridade (no texto "Porquinho-da-ndia" o fato de
ganhar o animal anterior ao de ele estar debaixo do fogo, que por sua vez anterior ao
de o menino lev-lo para a sala, que por seu turno anterior ao de o porquinho-da-ndia
voltar ao fogo).
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