Verificação Da Segurança Ao Corte de Elementos de Betão Armado

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VERIFICAO DA SEGURANA AO

CORTE DE ELEMENTOS DE BETO


ARMADO
Estudo e comparao da aplicao de diferentes
regulamentos

JORGE NUNO BARBOSA RIBEIRINHO SOARES

Dissertao submetida para satisfao parcial dos requisitos do grau de


MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAO EM ESTRUTURAS

Orientador: Professor Doutor Nelson Saraiva Vila Pouca

Co-Orientador: Eng. Jorge Amorim Nunes da Silva

SETEMBRO DE 2011
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2010/2011
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Tel. +351-22-508 1901
Fax +351-22-508 1446
[email protected]

Editado por

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO


Rua Dr. Roberto Frias
4200-465 PORTO
Portugal
Tel. +351-22-508 1400
Fax +351-22-508 1440
[email protected]
http://www.fe.up.pt

Reprodues parciais deste documento sero autorizadas na condio que seja


mencionado o Autor e feita referncia a Mestrado Integrado em Engenharia Civil -
2010/2011 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2011.

As opinies e informaes includas neste documento representam unicamente o


ponto de vista do respectivo Autor, no podendo o Editor aceitar qualquer
responsabilidade legal ou outra em relao a erros ou omisses que possam existir.

Este documento foi produzido a partir de verso electrnica fornecida pelo respectivo
Autor.
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Ao Av Soares

Os grandes Navegadores devem a sua reputao aos temporais e tempestades


Epicuro
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de deixar o meu mais profundo reconhecimento a todos os que me auxiliaram na realizao
desta dissertao, pela sua disponibilidade, dedicao e compreenso, bem como aqueles que sempre
me acompanharam ao longo da minha formao acadmica, no entanto no posso deixar de
particularizar alguns agradecimentos especiais:
Ao meu Orientador, Professor Nelson Vila Pouca, grande responsvel pelo meu interesse nas
Estruturas de Engenharia Civil, a quem quero agradecer o contributo para a realizao desta
dissertao em ambiente empresarial, pelos desafios que me colocou, pelo empenho com que
me acompanhou, pelo apoio que demonstrou e pela ajuda na reviso da dissertao. Queria
tambm agradecer pelos mais diversos ensinamentos partilhados, pelos assuntos debatidos e
pela orientao enquanto Professor e enquanto Pessoa.
Ao meu Co-orientador, Eng. Nunes da Silva, pela oportunidade que me deu ao realizar esta
tese, pelas sugestes sempre oportunas, pelos conselhos nos assuntos a tratar, pela ajuda na
reviso desta dissertao e pelo apoio incondicional nos momentos decisivos.
Ao Eng. Joo Maria Sobreira, um agradecimento especial pela disponibilidade na explicao
dos modelos, pela oportunidade que me deu ao realizar esta tese, pelo conhecimento
partilhado que em muito contribuiu para a realizao desta tese e certamente ir contribuir
para a minha vida profissional, pelas discusses sobre o Projecto e sobre Engenharia, pela
ajuda na reviso da dissertao, pelo empenho no meu acompanhamento e por todo o apoio
que sempre demonstrou.
A toda a equipa do GOP pela ajuda na integrao, pelas condies que me proporcionaram,
pelo companheirismo, pelas sugestes dadas e pelos ensinamentos partilhados.
A todos os meus colegas pela camaradagem ao longo destes anos e pelas sugestes dadas na
realizao desta tese, em especial aos meus amigos Flvio, Antnio, Anita e Z Mrio por
tudo o que passmos ao longo destes anos, pela ajuda na reviso da dissertao, pelas
sugestes e assuntos discutidos e pelo apoio que demonstraram.
famlia She-Si pelo apoio prestado, pelo conhecimento transmitido, pelas oportunidades que
me proporcionaram e pela compreenso durante a realizao desta dissertao.
Patrcia, pela sua dedicao, pela pacincia e compreenso, pelo conhecimento partilhado,
pelo apoio que sempre demonstrou e por estar sempre presente apesar da minha ausncia.
Aos meus pais e irm pelas condies que me proporcionaram, pela pacincia e compreenso,
e pelo apoio prestado.
A toda a minha famlia pela ajuda incondicional, pelas oportunidades que me proporcionaram,
pela amizade, apoio que me deram e por terem sido sempre famlia.
memria do meu Av que muito cedo me despertou para a Engenharia Civil, pela
inspirao e exemplo sempre presentes.

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RESUMO

O Beto Armado um material com um comportamento particular dada a sua heterogenidade. Este
comportamento em Estado Limite ltimo tem sido investigado ao longo dos anos, processo que
permite que os resultados obtidos por diferentes modelos sejam cada vez mais prximos da realidade.
Um dos tipos de rotura do Beto Armado a dada por Corte uma vez que se trata de uma rotura frgil,
na maioria dos casos. Neste trabalho foram focadas as roturas relativas ao Esforo Transverso e
Punoamento.
Este trabalho foi realizado em ambiente empresarial e os seus objectivos visam servir os interesses do
Gabinete. Foram objectivos deste trabalho o estudo da regulamentao relativamente aos assuntos
referidos assim como a criao de uma ferramenta de clculo que permita a aplicao destes
conhecimentos em ambiente de projecto. Posteriormente foram tambm includos nesta anlise alguns
modelos publicados por Arajo Sobreira.
De forma a atingir estes objectivos optou-se por realizar uma pesquisa bibliogrfica no sentido de
apurar o Estado da Arte actual e a sua evoluo desde as primeiras abordagens cientficas para
fundamentar a anlise e discusso dos cdigos que foram propostos e permitir acrescentar alguns
cdigos fruto da mesma. Foram tambm sumariados alguns conceitos chave para a compreenso e
interpretao da rotura por Esforo Transverso e Punoamento.
Os cdigos abordados neste trabalho foram o REBAP (1983), Eurocdigo 2 (2010), ACI (2008), DIN
(2008), BS (1997), EHE (2008), NBR (2004) e o MC10 (2010) tendo sido tambm integrado neste
trabalho os modelos de Esforo Transverso e Punoamento de Arajo Sobreira. Estes mtodos foram
descritos de forma a facilitar a consulta e aplicao por parte dos leitores, no dispensando porm a
consulta e estudos dos cdigos.
A anlise dos diferentes cdigos foi complementada com a realizao da ferramenta informtica
proposta e a respectiva validao. A ferramenta foi desenvolvida em Excel com recurso ao Visual
Basic e permite fazer a verificao da segurana em seces individuais ao Esforo Transverso e em
pilares ao Punoamento, segundo os cdigos referidos.
Com o recurso ferramenta informtica foram realizadas comparaes entre os diversos cdigos
atravs de casos simples para perceber a influncia dos diversos parmetros considerados em cada um,
para compreender melhor a abordagem destes assuntos nos diferentes pases e para poder aferir o
estado actual dos conhecimentos.
Em paralelo com este processo foram estudados os modelos propostos pelo Gabinete de forma a
poderem ser tambm comparados o que permitiu aferir o seu grau de conservadorismo em relao
tecnologia actual e tambm realizar algumas correces, nomeadamente no modelo de Esforo
Transverso.

PALAVRAS-CHAVE: Beto Armado, Estados Limites ltimos, Esforo Transverso, Punoamento,


Regulamentao.

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ABSTRACT

The Reinforced Concrete is a material with a particular behaviour because of its heterogeneity. This
behaviour in Ultimate Limit States has been investigated over the years through a process that allows
the results obtained by different models to be increasingly close to reality. One of the types of ruptures
of reinforced concrete is the failure by Shear because, in most cases, it is a brittle fracture. This thesis
focuses on Shear by Lateral Force and by Punching.
The objectives of this thesis are to study the existing codes on this theme and create a calculation tool
that allows the application of this knowledge in a project environment. This thesis was performed in a
business environment so the development of this work also aims to achieve the interest of the office in
question. Besides the analysis of the existing codes, later on it was also included the analysis of
models published by Arajo Sobreira.
In order to achieve these objectives it was decided to conduct a literature research to determine the
current State of the Art and its evolution, since the first scientific approaches, to support the analysis
and discussion of the codes that were proposed. Besides this research there was also included some
summarized key concepts for better understanding and interpretation of failure by shear.
The codes discussed in this work were REBAP (1983), Eurocode 2 (2010), ACI (2008), DIN (2008),
BS (1997), EHE (2008), NBR (2004) and MC10 (2010). Besides these codes, I introduced the models
of Resistance to Shear written by Arajo Sobreira. These methods were described in order to facilitate
its consult and application, however there is still the need to consult and study de approved codes.
The analysis of the different codes was complemented with the development of a software tool and its
validation. The tool was developed in Excel with VBA and allows you to check the security of
individual sections and shear by punching in columns, according to the codes above.
Through the use of the software tool discussed above, it was possible to make some comparisons
between the different codes by applying them all in some simple example cases. This allowed
understanding the influence of the various parameters considered in each code, the type of approach
considering different countries and the current state of the knowledge on this theme.
In parallel with this process, the Office models were the thesis was developed were studied so that
they can also be compared to the other codes, allowing the assessment of the degree of conservatism in
relation to current technology and also make some corrections, in this particular shear model.

KEYWORDS: Reinforced Concrete, Ultimate Limit States, Shear, punching shear, codes.

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NDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. I
RESUMO .............................................................................................................................. III
ABSTRACT ........................................................................................................................... V
1. INTRODUO .................................................................................................................. 1
1.1. ENQUADRAMENTO HISTRICO .................................................................................. 1
1.2. MOTIVAO E OBJECTIVOS DA DISSERTAO ...................................................... 2
1.3. ORGANIZAO EM CAPTULOS ................................................................................. 3
2. CORTE EM ESTRUTURAS DE BETO ARMADO .......................................................... 5
2.1. CONSIDERAES INICIAIS ......................................................................................... 5
2.2. FUNDAMENTOS DE CORTE EM ESTRUTURAS DE BETO ARMADO ..................... 8
2.2.1. ESFORO TRANSVERSO .......................................................................................... 9
2.2.2. TORO ................................................................................................................... 10
2.2.3. PUNOAMENTO ....................................................................................................... 10
2.3. MODELOS TERICOS ESFORO TRANSVERSO ................................................. 13
2.3.1. MODELO DE TRELIA DE MRSCH ....................................................................... 13
2.3.2. KUPFER .................................................................................................................... 14
2.3.3. KANI .......................................................................................................................... 14
2.3.4. COLLINS E VECCHIO ............................................................................................... 14
2.4. MODELOS TERICOS PUNOAMENTO ................................................................ 15
2.4.1. KINNUNEN E NYLANDER......................................................................................... 15
2.4.2. MOE .......................................................................................................................... 16
2.4.3. MUTTONI .................................................................................................................. 17
3. VERIFICAO AO CORTE MODELOS E ASPECTOS REGULAMENTARES ........... 19
3.1. CONSIDERAES GERAIS ........................................................................................ 19
3.2. ESFORO TRANSVERSO .......................................................................................... 20
3.2.1. MODELO DE ARAJO SOBREIRA ........................................................................... 20
3.2.2. MODEL CODE 2010 .................................................................................................. 27
3.2.3. REBAP (1983) ........................................................................................................... 29
3.2.4. EC2 (2010) ................................................................................................................ 30
3.2.5. ACI 318 (2008)........................................................................................................... 32

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3.2.6. DIN 1045 (2008) ........................................................................................................ 34


3.2.7. BS 8110 (1997) .......................................................................................................... 34
3.2.8. EHE (2008) ................................................................................................................ 36
3.2.9. NBR 6118 (2004) ....................................................................................................... 37
3.3. PUNOAMENTO ......................................................................................................... 39
3.3.1. MODELO DE ARAJO SOBREIRA ........................................................................... 39
3.3.2. MODEL CODE 2010 .................................................................................................. 46
3.3.3. REBAP (1983) ........................................................................................................... 48
3.3.4. EC2 (2010)................................................................................................................. 50
3.3.5. ACI 318 (2008)........................................................................................................... 53
3.3.6. DIN 1045 (2008) ........................................................................................................ 55
3.3.7. BS 8110 (1997) .......................................................................................................... 56
3.3.8. EHE (2008) ................................................................................................................ 58
3.3.9. NBR 6118 (2004) ....................................................................................................... 59
4. FERRAMENTA DE CLCULO PARA VERIFICAO AO CORTE SEGUNDO
DIFERENTES REGULAMENTOS ....................................................................................... 61
4.1. CONSIDERAES GERAIS ........................................................................................ 61
4.2. DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA .................................................................. 62
4.2.1. LINGUAGEM ............................................................................................................. 62
4.2.2. ESTRUTURA GERAL ................................................................................................ 63
4.2.2.1. ESFORO TRANSVERSO ..................................................................................... 63
4.2.2.2. PUNOAMENTO .................................................................................................... 66
4.3. FUNCIONAMENTO ...................................................................................................... 68
4.3.1. ESFORO TRANSVERSO ........................................................................................ 69
4.3.2. PUNOAMENTO ....................................................................................................... 73
4.4. EXEMPLOS DE APLICAO ...................................................................................... 76
4.4.1. RIB2011.BA.ETRANSVERSO.................................................................................... 76
4.4.2. RIB2011.BA.PUNOAMENTO .................................................................................. 79
5. ANLISE COMPARATIVA DOS DIFERENTES REGULAMENTOS E MODELOS
ESTUDADOS ...................................................................................................................... 81
5.1. CONSIDERAES GERAIS ........................................................................................ 81
5.2. ESFORO TRANSVERSO ........................................................................................... 82
5.2.1. LIMITES DE RESISTNCIA ...................................................................................... 82

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5.2.2. INFLUNCIA DA LARGURA DA ALMA NA RESISTNCIA ....................................... 84


5.2.3. ARMADURA LONGITUDINAL ................................................................................... 86
5.2.3. INFLUNCIA DO TIRANTE DE BETO NA RESISTNCIA GLOBAL ....................... 87
5.2.4. INFLUNCIA DA TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL........................................ 89
5.2.5. COMPARAO DA RESISTNCIA DO TIRANTE DE BETO COM OS RESTANTES
REGULAMENTOS ............................................................................................................... 92
5.3. PUNOAMENTO ......................................................................................................... 93
5.3.1 ANLISE DOS LIMITES DE RESISTNCIA E DO CONE DE PUNOAMENTO ....... 93
5.3.2 INFLUNCIA DA ESPESSURA DA LAJE NA RESISTNCIA SEM ARMADURA DE
PUNOAMENTO ................................................................................................................ 96
5.3.3 ESTUDO DE CASOS TERICO-PRTICOS ............................................................. 97
5.3.4 AVALIAO DE ALTURAS MNIMAS EM SAPATAS ............................................... 101
6. CONCLUSES ............................................................................................................. 103
6.1. CONCLUSES GERAIS ............................................................................................ 103
6.1.1. ESFORO TRANSVERSO ...................................................................................... 103
6.1.2. PUNOAMENTO ..................................................................................................... 108
6.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS............................................................................ 112
6.2.1. FERRAMENTA INFORMTICA ............................................................................... 112
6.2.2. ANLISE REGULAMENTAR ................................................................................... 112
6.2.3. INVESTIGAO ...................................................................................................... 113
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 115
ANEXOS ........................................................................................................................... 119

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NDICE DE FIGURAS

Figura 1. 1 Ensaio de carga ao Punoamento numa estrutura existente (1973) .................................................. 3

Figura 2. 1Sistema estrutural de Hennebique (Guandalini, 2005). ........................................................................ 5


Figura 2. 2Esquema estrutural do reforo da laje com o Sistema de Turner (Gasparini, 2002). ........................... 6
Figura 2. 3Shearband System [2] .......................................................................................................................... 7
Figura 2. 4 Tenses numa viga no fendilhada (adaptado de Leonhardt, 1977). .................................................. 8
Figura 2. 5 Esquematizao da rotura por Corte em vigas de Beto Armado (Figueiras , 2008). ........................ 9
Figura 2. 6Fendas devido ao momento torsor (Leonhardt, 1977). ....................................................................... 10
Figura 2. 7Evoluo das fissuras radiais devido ao punoamento (Walter, Miehlbradt,1990). ............................ 11
Figura 2. 8Esquema de trelia de uma viga (Faria, Vila Pouca, 1997). ............................................................... 13
Figura 2. 9Confrontao do Modelo de Mrsch com resultados experimentais (Faria, Vila Pouca, 1997). ......... 13
Figura 2. 10Esquema estrutural com Efeito de Pente (adaptado de Balzs, 2010). ......................................... 14
Figura 2. 12 Esforos de uma viga e respectivo diagrama de extenses (adaptado de Bentz, 2010). ............... 15
Figura 2. 14 Modelo estrutural prximo da rotura (adaptado de Guandalini, 2005). ............................................ 16
Figura 2. 15Clculo da resistncia ao punoamento de elementos sem armadura transversal (adaptado de
Muttoni, Ruiz, 2010) ............................................................................................................................................... 17
Figura 2. 163 modos de rotura com armadura de punoamento (adaptado de Muttoni, Ruiz, 2010) .................. 18
Figura 2. 17Verificao da segurana em elementos com armadura de punoamento (adaptado de Muttoni,
Ruiz, 2010) ............................................................................................................................................................ 18

Figura 3. 1 Esquema das diagonais cruzadas ..................................................................................................... 21


Figura 3. 2 Esquema da compatibilidade de deformaes. ................................................................................. 21
Figura 3. 3 biela intersectada por vrios tirantes. ................................................................................................ 22
Figura 3. 4 rea fissurada e diagrama de tenses no tirante transversal de beto (adaptado de Arajo Sobreira,
1980)...................................................................................................................................................................... 23
Figura 3. 5 Grandezas que influenciam a inclinao das bielas. ......................................................................... 23
Figura 3. 6 Largura da escora. ............................................................................................................................. 25
Figura 3. 7 Condies de apoio para considerar a fora de corte........................................................................ 32
Figura 3. 8 Definio do cone de punoamento (Arajo Sobreira, 1983). ........................................................... 39
Figura 3. 9 Permetro de controlo (Arajo Sobreira, 1983). ................................................................................ 39
Figura 3. 10 Esquema de Malha genrico (Arajo Sobreira, 1983). .................................................................... 41
Figura 3. 11 Definio das linhas de rotura num pilar interior (Arajo Sobreira, 1983). ....................................... 42
Figura 3. 12 Esquema de Malha em pilares de Bordo (esq.) e pilares de Canto (dir.) (adaptado de Arajo
Sobreira, 1983). ..................................................................................................................................................... 43
Figura 3. 13 Esquema de Malha em lajes sujeitas a cargas concentradas (Arajo Sobreira, 1983). .................. 44
Figura 3. 14 Exemplos de permetros de controlo em: a) pilar; b) parede; c) limites ........................................... 46
Figura 3. 15 Permetro de controlo e altura til da laje. ....................................................................................... 48
Figura 3. 16 Permetro de controlo reduzido (EC2) ............................................................................................. 51
Figura 3. 17 Disposies da armadura de Punoamento segundo o EC2 ........................................................... 53

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Figura 3. 18 Disposies da armadura de Punoamento segundo o ACI 318 ..................................................... 55


Figura 3. 19 Coeficiente de excentricidade na DIN 1045-1. ................................................................................. 55
Figura 3. 20 Permetro de controlo ....................................................................................................................... 56
Figura 3. 21 Momento e fora de corte de transferncia ...................................................................................... 57
Figura 3. 22 Disposies da armadura de Punoamento segundo a BS 8110. ................................................... 58

Figura 4. 1 Cronograma do RIB2011.BA.ETransverso ........................................................................................ 63


Figura 4. 2 Folha Menu (RIB2011.BA.Etransverso) ........................................................................................... 64
Figura 4. 3 Folha exemplo EC2 (RIB2011.BA.Etransverso)................................................................................. 64
Figura 4. 4 Folha de Projecto (RIB2011.BA.Etransverso) .................................................................................... 65
Figura 4. 5 Folha de Impresso (RIB2011.BA.Etransverso) ................................................................................ 65
Figura 4. 6 Cronograma RIB2011.BA.Punoamento ........................................................................................... 66
Figura 4. 7 Folha Resoluo Simultnea (RIB2011.BA.Punoamento) ............................................................. 67
Figura 4. 8 Folha exemplo EC2 (RIB2011.BA.Punoamento).............................................................................. 68
Figura 4. 9 Quadro 2 da folha REBAP. ............................................................................................................... 69
Figura 4. 10 Quadro 3 da folha REBAP. .............................................................................................................. 69
Figura 4. 11 Quadro 2 da folha EC2. ................................................................................................................... 70
Figura 4. 12 Quadro 3 da folha EC2. ................................................................................................................... 70
Figura 4. 13 Quadro 4 da folha EC2. ................................................................................................................... 71
Figura 4. 14 Quadro 3 da folha EHE. ................................................................................................................... 71
Figura 4. 15 Quadros 2 e 3.2 da folha Arajo Sobreira. ....................................................................................... 72
Figura 4. 16 Organograma geral de uma folha de punoamento. ........................................................................ 74
Figura 4. 17 Quadro Geometria (RIB2011.BA.Punoamento) ........................................................................... 75
Figura 4. 18 Quadro Armadura e quadro Esforos actuantes (RIB2011.BA.Punoamento) ........................... 75
Figura 4. 19 Quadro Capitel e quadro Sapatas (RIB2011.BA.Punoamento) ................................................. 76
Figura 4. 20 Quadro Novo Projecto. .................................................................................................................. 76
Figura 4. 21 Quadro Dados no REBAP. ............................................................................................................ 77
Figura 4. 22 Quadro Verificao da Segurana 1 no REBAP. ........................................................................... 77
Figura 4. 23 Dimensionamento de estribos pelo REBAP. .................................................................................... 77
Figura 4. 24 Verificao da segurana final pelo REBAP. ................................................................................... 78
Figura 4. 25 Designao da seco. .................................................................................................................... 78
Figura 4. 26 Folha de Projecto. ............................................................................................................................ 78
Figura 4. 27 Quadros de Dados. .......................................................................................................................... 79
Figura 4. 28 Quadros de resumo geral. ............................................................................................................... 79
Figura 4. 29 Quadros de Dados de armaduras de reforo ao punoamento. ...................................................... 79
Figura 4. 30 Quadro resumo do EC2. .................................................................................................................. 80
Figura 4. 31 Dimensionamento de Capitel. .......................................................................................................... 80

Figura 5. 1 Valores de VRd,mx obtidos nas seces analisadas. .......................................................................... 82


Figura 5. 2 Percentagem de armadura mnima em cada cdigo nas condies do problema. ............................ 83

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Figura 5. 3 Percentagem de armadura necessria para atingir VRd,max na seco S1. ........................................ 83
Figura 5. 4 Quantificao de VRd,max atravs da quantidade de armadura mnima. ............................................. 84
Figura 5. 5 Comparao dos valores de VRd,c com o aumento da largura da alma (A). ....................................... 85
Figura 5. 6 Comparao dos valores de VRd,c com o aumento da largura da alma (B). ....................................... 85
Figura 5. 7 Tenses mdias nos estribos em vigas com diversas relaes b/b 0 (Leonhardt, 1977). ................... 86
Figura 5. 8 Esquema, em planta, do tirante de beto. ......................................................................................... 86
Figura 5. 9 Incrementos de VRd,c com o aumento da armadura longitudinal. ....................................................... 87
Figura 5. 10 Resistncia global ao esforo transverso. ....................................................................................... 88
2
Figura 5. 11 Variao de VRd com a percentagem de armadura transversal na seco 0.20x0.40 m . ............... 90
Figura 5. 12 Distribuo da resistncia em VRd,c e VRd,s na seco 0.35x0.70 com w=0.125%. ........................ 91
Figura 5. 13 Resistncia do beto ao punoamento no pilar P3. ......................................................................... 94
Figura 5. 14 Percentagens de VRd,c em relao a VRd,max no pilar P3. .................................................................. 95
Figura 5. 15 N de estribos necessrios para atingir VRd,max no pilar P3. ............................................................. 95
Figura 5. 16 Comparao da resistncia VRd,c dos diversos cdigos no caso 1. ................................................. 99
Figura 5. 17 Comparao da resistncia VRd,c dos diversos cdigos no caso 2. ............................................... 100
Figura 5. 18 Comparao das alturas de sapata tendo em conta diferentes presses do terreno. ................... 101

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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

NDICE DE QUADROS
Quadro 3. 1 Equaes referentes aos nveis de aproximao ............................................................................ 28
Quadro 3. 2 Momentos distribudos ..................................................................................................................... 45

Quadro 5. 1 Relao entre as resistncias globais dos diversos mtodos e a resistncia do EC2. .................... 88
Quadro 5. 2 Resistncia do tirante de beto. ....................................................................................................... 92
Quadro 5. 3 Tabela com o quociente entre VRd de cada regulamento sobre VRd do EC2 variando a espessura da
laje. ........................................................................................................................................................................ 96
Quadro 5. 4 Resultados do Caso 1. ..................................................................................................................... 98
Quadro 5. 5 Resultados do Caso 2. ..................................................................................................................... 99

Quadro 6. 1 Parmetros que influenciam a resistncia ao Esforo Transverso................................................. 104


Quadro 6. 2 Resumo dos mtodos menos conservativos em cada caso. ......................................................... 108
Quadro 6. 3 Parmetros que influnciam a resistncia ao Punoamento. ........................................................ 108
Quadro 6. 4 Resumo dos mtodos menos conservativos em cada caso. ......................................................... 112

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

SMBOLOS E ABREVIATURAS

A rea [m2]
Acr rea fissurada que encolve os tirantes de ao [m2]
Ag rea da seco de beto [m2]
Ap rea de armadura de pr-esforo [m2]
Asw rea de armadura transversal [m2]
E Mdulo de elasticidade [kPa]
Fa Fora exercida na armadura longitudinal [kN]
Fc Fora de compresso no beto [kN] ou Resistncia do Beto [kN]
Fs Fora no tirante de ao [kN]
Fsw Fora no estribo [kN]
Ix Momento de Inrcia [m4]
l Comprimento do vo da laje [m]
MEd - Valor de clculo do momento flector actuante [kNm]
NEd - Valor de clculo do esforo axial actuante [kN]
Nu Carga axial normal seco transversal [kN]
Sx Momento Esttico [m3]
Vb Esforo resistente de clculo do reforo com barras inclinadas (BS) [kN]
Vc Resistncia nominal ao corte proporcionada pelo beto [kN]
Vccd Valor de clculo da componente de esforo transverso da fora de compresso, no caso de um
banzo inclinado [kN]
Vcd Termo corrector da trelia de Mrsh [kN] ou participao do beto na resistncia [kN]
VcnRd Resistncia de clculo do tirante de beto no reforado [kN]
VEd - Valor de clculo do esforo transverso actuante [kN]
Vn Resistncia nominal ao corte [kN]
VRd Fora resistente de clculo [kN]
VRd,c Valor de clculo do Esforo Transverso/ Punoamento Resistente (beto) [kN]
VRd,int Esforo resistente do integrity reinforcement [kN]
VRd,s Valor de clculo do Esforo Transverso/ Punoamento Resistente (tirante) [kN]
Vs Resistncia nominal ao corte proporcionada pela armadura de reforo [kN]
VSd Valor de clculo do esforo transverso actuante [kN]
Vtd Valor de clculo da componente de esforo transverso da fora na armadura de traco, no caso
de um banzo inclinado [kN]

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vu Fora majorada de corte na seco [kN]


Vw Resistncia das armaduras ao esforo transcerso [kN]
Vy Esforo transverso actuante na pea [kN]

a Distncia da carga concetrada at ao extremo da pea [m]


b Largura da pea [m]
b0 Permetro de controlo (ACI) [m]
bap Largura da escora num apoio de extremidade [m]
bw Largura efectiva da pea [m]
d Altura til da pea [m]
dg dimetro do maior agregado [mm]
e excentricidade [m]
fck Resistncia caracterstica do beto compresso [kPa]
fctd Valor de clculo da tenso de rotura do beto traco simples [kPa]
fctm Valor mdio da tenso de rotura do beto traco simples [kPa]
fyk - Resistncia caracterstica do ao traco [kPa]
fywd Tenso de cedncia de clculo da armadura transversal [kPa]
h altura total da seco [m]
mRd momento resistente de clculo mdio por unidade de comprimento [kNm/m]
mSd momento actuante de clculo mdio por unidade de comprimento [kNm/m]
p carga uniformemente distribuida na pea [kN/m]
rs distncia entre o centro do pilar e o ponto de momento radial nulo [m]
s espaamento entre bielas [m]
sw Espaamento entre armaduras [m]
u Permetro de controlo [m]
v Esforo transverso de clculo na seco transversal (BS) [kPa]
vc Esforo transverso de clculo no beto, corrigido para esforos axiais (BS) [kPa]
vc Esforo transverso de clculo no beto (BS) [kPa]
vSd - Valor de clculo da tenso de corte actuante [kPa]
z Brao do binrio das foras interiores [m]

Inclinao que o tirante de ao faz com o eixo da viga []


cw Coeficiente que tem em conta o estado de tenso do banzo comprimido

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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Inclinao que a escora faz com o eixo da viga no modelos de Arajo Sobreira []
c Coeficiente parcial relativo ao beto
s Coeficiente parcial relativo ao ao
Ftd Fora de traco adicional na armadura longitudinal devida ao esforo transverso [kN]
esu Extenso ltima do ao traco [adimensional]
ex extenso da pea a metade da altura do elemento [adimensional]
- Inclinao das bielas relativamente ao eixo da viga []
l Quantidade de armadura longitudinal [adimensional]
b - Resistncia de clculo do beto compresso [kPa]
bt - Resistncia de clculo do beto traco simples [kPa]
cp tenso de compresso no beto devida a um esforo normal ou ao pr-esforo [kPa]
sw - Resistncia de clculo do ao traco [kPa]
Tenses de Corte [MPa]
dimetro dos vares

ACI - American Concrete Institute


CEB - Comisso Europeia do Beto
CSCT - Critical Shear Crack Theory
EC2 Eurocdigo 2
ELU Estado Limite ltimo
EUA Estados Unidos da Amrica
FEUP Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
FIB - Fderation Internationale du Bton
FIP - Fderation Internationel de la Prcontrainte
GOP Gabinete de Organizao e Projectos
LNEC Laboratrio Nacional de Engenharia Civil
MC10 Model Code 2010
MCFT - Modified Compression Field Theory
PCA Portland Cement Association
REBA Regulamento de Beto Armado
REBAP - Regulamento de Beto Armado e Pr-Esforado
VB Visual Basic
VBA Visual Basic for Applications

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1
1. INTRODUO

1.1. ENQUADRAMENTO HISTRICO


O beto um material utilizado na construo civil h milhares de anos, sendo em primeiro lugar
utilizado na construo de pavimentos atravs da mistura de argila, areia, cascalho e gua. Os
primeiros vestgios da utilizao deste material datam de cerca de 5600 a.C. segundo Stanley (1982).
As Civilizaes Antigas (Egpcia, Mesopotnica, Persa, Fencia, entre outras) utilizavam o beto em
fundaes, pavimentos e paredes, no entanto foi a Civilizao Romana que teve a iniciativa de
explorar este material como elemento estrutural sendo utilizando tanto em Edifcios como em Obras
de Engenharia. Um exemplo destes edifcios o Panteon em Roma realizado no sc.II a.C. (Appleton
J., 2011).
Em 1824 foi criada a primeira patente de cimento Porthland apresentado por Joseph Aspdin, a partir
da o beto passou a ter uma maior aplicao na construo civil sendo Joseph Monier um dos
principais pioneiros da utilizao do Beto Armado com as suas patentes para casas, tubagens e pontes
em arco nas dcadas de 60 e 70 do sc. XIX (Appleton J., 2011).
No final do sc. XIX F. Hennebique criou um sistema estrutural em Beto Armado introduzindo
estribos verticais em vigas. Este tipo de soluo para resolver os problemas de Corte permitiu a
construo de edifcios com lajes de beto apoiadas em vigas e pilares. Foi a partir desta abordagem
que na primeira dcada do sc. XX surge o modelo de trelia proposto por Mrsch, as solues
estruturais com capitis e as primeiras lajes fungiformes. tambm nesta poca que elaborado em
Frana o 1 Regulamento de Beto Armado de que h registo, que foi traduzido para portugus com o
ttulo: As Instrues Francesas para o Formigo Armado. Paralelamente foi criada nos Estados
Unidos da Amrica a Association of Cement Users actualmente designada por American Concrete
Institute (ACI).
Em 1922 criada em Portugal a primeira disciplina de Beto Armado na Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP) leccionada pelo Professor Theotonio Rodrigues e na dcada seguinte
publicado o Regulamento de Beto Armado. tambm por esta altura que se publicam os primeiros
ensaios de Punoamento por C. Bach e O. Graf. (Guandalini, 2005).
Nos anos 40 realiza-se a primeira tese de Doutoramento em Portugal neste domnio pelo Professor
Joaquim Sarmento na FEUP e criado o Laboratrio Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Nos anos 50 formaram-se a Fderation Internationel de la Prcontrainte (FIP) e a Comisso Europeia


do Beto (CEB) que no final deste sc. se fundiram formando a Fderation Internationale du Bton
(FIB) (Appleton J., 2011).
durante os anos 60 que o Beto Armado atinge o seu explendor em Portugal enquanto elemento
estrutural com a construo da Ponte Arrbida projectada pelo Professor Edgar Cardoso com a
colaborao do Eng. Arajo Sobreira scio fundador do Gabinete de Organizao e Projectos (GOP).
tambm nesta dcada que decorre o primeiro programa de construo de grandes barragens em
Portugal e actualizado o regulamento de beto armado (REBA) no qual se abordam as anlises
relativas aos estados limites.
Na dcada de 70 formalmente constitudo o GOP quando o Eng. Arajo Sobreira oferece sociedade
ao seu filho Eng. Joo Maria Sobreira. Em paralelo com a actividade de projectista o Eng. Arajo
Sobreira com a colaborao do Eng. Joo Maria Sobreira elaboraram uma colectnea de estudos
relativos ao comportamento do Beto Armado nos quais se enquadram os fenmenos de rotura por
esforo transverso e punoamento.
Nos anos 80, publicado o mais recente regulamento portugus de Beto Armado o REBAP,
regulamento que ir ser substitudo definitivamente em 2012 pelo Eurocdigo.

1.2. MOTIVAO E OBJECTIVOS DA DISSERTAO


O corte no beto armado um assunto que alvo de estudo e discusso desde finais do sc. XIX e
uma rea do conhecimento que se encontra em constante actualizao. Dada a necessidade de
actualizao e ao aparecimento de novas abordagens a este problema preconizadas pelo primeiro Draft
do Mode Code realizado em 2010 foram enquadrados neste estudo os aspectos relativos ao corte por
punoamento em situaes de laje e sapatas de beto armado e os aspectos relativos ao corte por
esforo transverso em elementos lineares de beto.
Esta dissertao foi realizada em ambiente empresarial, resultante de um protocolo de cooperao
realizado em 2011 entre o Mestrado Integrado em Engenharia Civil da FEUP e o GOP com sede no
Porto.
Uma vez que num futuro prximo entrar em vigor o regulamento Europeu e devido necessidade de
comparar os mtodos de clculo com instituies de reputao mundial aceites para o projecto na
maior parte do globo foi proposto o estudo e aplicao da regulamentao internacional especfica
verificao de segurana de problemas concretos de estruturas de beto armado para se poder fazer a
comparao da aplicao dos diferentes cdigos. Os mtodos englobados neste trabalho foram os
propostos pelo GOP.
Como foi referido, neste gabinete foram realizados estudos relativamente ao corte em estruturas de
beto armado, este estudo foi feito com o recurso a mtodos analticos, atravs do estudo da
regulamentao e alguns ensaios realizados em obra (ver Figura 1.1). Os modelos estudados e
comparados foram o modelo de Resistncia ao Corte do Beto Armado de Arajo Sobreira (1980)
assim como o modelo de Estado Limite ltimo de Punoamento do mesmo autor (1983), no entanto
o modelo de Esforo Transverso foi alvo de uma reviso efectuada durante a realizao desta
dissertao.

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 1. 1 Ensaio de carga ao Punoamento numa estrutura existente (1973) [1]

Para facilitar a aplicao deste conhecimento em ambiente de projecto, este trabalho teve ainda como
objectivo o desenvolvimento de uma ferramenta de clculo que permita a avaliao da segurana
relativa ao Corte (Esforo transverso e Punoamento) efectuada com base nas disposies dos diversos
regulamentos estudados. Neste estudo no foram englobados os aspectos relativos s combinaes de
aces, sendo apenas feita uma breve referncia, a estes aspectos uma vez que esta uma rea vasta e
que poderia afastar esta dissertao dos seus objectivos. Tambm no foi englobado, neste estudo, a
comparao dos regulamentos relativamente ao punoamento em sapatas uma vez que a sua discusso
implica uma anlise particular que se enquadraria numa tese que aborde especificamente este assunto.
Assim o presente trabalho centrou-se fundamentalmente no estudo do esforo transverso em vigas e
lajes e no estudo do punoamento em lajes.

1.3. ORGANIZAO EM CAPTULOS


De forma a expor o trabalho realizado de acordo com os objectivos propostos, optou-se por organizar
a sua estrutura em 6 captulos e 2 anexos de forma a sistematizar os assuntos tratados.
O captulo dois surge fruto de uma intensa pesquisa bibliogrfica atravs da qual se procurou
enquadrar os fundamentos de Corte no Beto Armado de forma a sintetizar o conhecimento nesta rea.
Procurou-se tambm introduzir modelos tericos com o objectivo de facilitar a compreenso dos
modelos de clculo que do origem s disposies regulamentares.
Para o captulo trs so descritos os regulamentos e os modelos que foram alvo de comparao nesta
dissertao e que esto presentes na ferramenta informtica desenvolvida no mbito deste trabalho.
Procurou-se aplicar os regulamentos mais recentes assim como algumas das diferentes interpretaes
do Corte segundo diversos autores. Encontra-se tambm enquadrado neste captulo a descrio dos
modelos de Arajo Sobreira, o primeiro Draft do Model Code (2010) assim como a informao
necessria aplicao dos diferentes regulamentos propostos.
O desenvolvimento da ferramenta de clculo encontra-se exposto no captulo quatro, no qual so
explicados os princpios que levaram realizao da mesma, algumas das suas instrues de
funcionamento e exemplos de aplicao, exemplos estes que so completados nos anexos A.1 e A.2.
No captulo cinco est retratada a anlise comparativa entre os regulamentos e os modelos propostos
no que diz respeito ao Esforo Transverso e Punoamento. Os resultados foram obtidos com o recurso
ferramenta de clculo RIB2011 e so apresentados comentrios a cada caso estudado.

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Por fim, no captulo seis so resumidas as concluses gerais resultantes do trabalho desenvolvido e so
enumeradas algumas sugestes para desenvolvimentos futuros.

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

2
2. CORTE EM ESTRUTURAS DE BETO ARMADO

2.1. CONSIDERAES INICIAIS


Nesta seco so abordados de forma sucinta os fenmenos fsicos que envolvem o Corte,
nomeadamente os modos de rotura e os mecanismos resistentes do Beto Armado no que diz respeito
ao esforo transverso, punoamento e tambm toro uma vez que este ltimo um caso particular
da rotura por corte. No entanto a sua descrio no ser to exaustiva uma vez que no objecto de
estudo deste trabalho.
Com o objectivo de compreender melhor os mtodos propostos nos diferentes regulamentos e cdigos
abordados neste trabalho fez-se uma pesquisa bibliogrfica de alguns modelos tericos. Alguns destes
modelos so expostos neste captulo no entanto no so aprofundados uma vez que a sua comparao
no se enquadra nos objectivos desta dissertao.
Nos pargrafos seguintes so referidos os desenvolvimentos no conhecimento do Corte de forma
cronolgica. Pretende-se enunciar um resumo das contribuies dadas por investigadores, construtores
e projectistas nesta rea.
1892- F. Hennebique criou um sistema estrutural em beto armado introduzindo estribos verticais nas
vigas permitindo a construo de edifcios com lajes de beto apoiados em vigas e pilares (Figura 2.1).

Figura 2. 1Sistema estrutural de Hennebique (Guandalini, 2005).

1902- Mrsch props um modelo de trelia que simula o comportamento de uma viga de beto armado
(Averbuch, 1996).

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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1906- Turner patenteou, nos Estados Unidos da Amrica, aquele que foi o primeiro sistema de apoio
de laje sobre capitis reforando a laje com armadura nas quatro direces como se encontra
esquematizado na Figura 2.2 (Gasparini, 2002).

Figura 2. 2Esquema estrutural do reforo da laje com o Sistema de Turner (Gasparini, 2002).

1908- O investigador, construtor e projectista R. Mailart comeou a reforar as lajes ortogonalmente


para distribuir as cargas em todas as direces. Tal avano permitiu o desenvolvimento das primeiras
lajes fungiformes uma vez que no se recorria a vigas. Para resolver os problemas derivados do
punoamento Maillart aumentou a espessura da laje na zona dos pilares.
1913- Foram feitos os primeiros ensaios de rotura ao corte por punoamento nos E.U.A. por
H.N.Talbot. Estes ensaios permitiram comparar a tenso de corte resultante do punoamento com a
tenso admissvel pelo beto (Mirzaei Y., 2006).
1938- Na Alemanha C. Bach e O. Graf realizaram ensaios em lajes carregadas por foras concentradas
que permitiram calcular as tenses uniformes de corte e fixar um permetro de controlo para o clculo
das mesmas (Guandalini, 2005).
1946- C. Forsell e A.Holmberg realizaram uma centena de ensaios na Sucia e estabelecem uma
equao para o clculo da tenso de corte tendo em conta a espessura da laje e fixando o permetro de
controlo a uma distncia de metade da altura til da mesma (Guandalini, 2005).
1956- R. Elnster e E.C. Hognestad (E.U.A.) introduziram um parmetro que permite relacionar a
resistncia flexo da laje sobre o pilar e a resistncia ao corte por punoamento determinando assim
a armadura longitudinal de reforo (Widianto et al, 2009).
1960- S. Kinnunen e H. Neylander criam, na Sucia, um modelo fsico de punoamento que simula o
comportamento real da estrutura, baseado no ngulo de rotao da laje na rotura (Leonhardt et al,
1977).
1961- Nos E.U.A. J. Moe efectuou estudos de lajes com aberturas prximas do cone de punoamento.
Estes estudos permitiram concluir que a resistncia ao punoamento funo da raiz quadrada da
resistncia compresso do beto, das dimenses do pilar e da altura til da laje(Widiano et al, 2009).
Este autor fez tambm estudos referentes a carregamentos assimtricos fazendo a distino entre
pilares de bordo e pilares interiores (Melges, 2001).
1966- Yitzhaki realizou ensaios de elementos com armadura de punoamento constituda por barras
dobradas (Melges, 2001).

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1976- Nielsen e Braestrup propuseram um modelo baseado na teoria da plasticidade, assumindo que o
beto um material plstico, o critrio de falha baseado na lei de Coulomb e concluram que a
tenso resistente do beto inferior at ento considerada (Staller, 2001).
1980- J. Arajo Sobreira publica uma teoria para explicar a discrepncia entre os resultados
experimentais e os resultados do modelo de Mrsch baseado na compatibilidade de deformaes dos
elementos concluindo que o equilibrio dado existncia de um tirante vertical de beto (Araujo
Sobreira, 1980).
1982- Shehata realizou ensaios em elementos pr-esforados ao punoamento. Este autor props em
1985 um novo modelo que aborda o punoamento composto por bielas comprimidas e tirantes radiais
(Staller, 2001).
1983- J. Arajo Sobreira publica, em Portugal, a Teoria do Estado Limite de Rotura de Punoamento.
Esta teoria baseia-se num mecanismo de rotura idntico ao de esforo transverso e precedido de pela
formao de vigas de seco varivel em largura apoiando-se nos cones de punoamento. Esta Teoria
permite calcular a resistncia ao punoamento em lajes sujeitas a carregamentos simtricos e
assimtricos atravs do clculo das excentricidades da resultante das cargas aplicadas no pilar (Araujo
Sobreira, 1983).
1987- Bazant e Cao idealizaram um modelo baseado na mecnica da fractura, tendo em conta a
dissipao de energia na laje e no um estado limite plstico (Staller, 2001).
1987- Marti e Schlaich prope um modelo de bielas e tirantes no qual se forma uma malha composta
por estes elementos ligados por articulaes e dispostos de maneira a simular a direco as tenses
(Averbuch, 1996).
1990- Elgabry e Ghali apresentam uma metodologia de projecto para o reforo da armadura de
punoamento com conectores tipo pino (Staller, 2001).
1994- P. Mentrey prope uma expresso analtica para determinar a resistncia ao punoamento
baseada em simulaes numricas. Este modelo tem em conta um tirante vertical de beto que rompe
devido aos campos de tenses de corte que envolvem o pilar (Guandalini, 2005).
1996 Hallgren modifica o modelo de Kinnunen e Nylander introduzindo um critrio baseado na
mecnica da fractura (Guandalini, 2005).
2000- Pilakoutas introduz um novo sistema de reforo denominado Shearband System que consiste
na utilizao de estribos dobrados criando vrios ramos (Figura 2.3) (Trautwein, 2006).

Figura 2. 3Shearband System [2]

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

2003- Martinelli criou um programa computacional, baseado numa teoria elastoviscoplstica, que
atravs de elementos finitos tridimensionais determina os esforos de corte que originam o
Punoamento (Martinelli, 2003).
2005- Muttoni e Guandalini propem um modelo baseado na abertura da fenda crtica e na rotao da
laje introduzindo um coeficiente que tem em conta a rugosidade da fenda (Guandalini, 2005).
2010- Ruiz e Muttoni realizam diversos ensaios com diferentes tipos de reforo permitindo identificar
os mais eficientes e tambm fundamentar e completar o modelo proposto em 2005 (Ruiz et al, 2010).

2.2. FUNDAMENTOS DE CORTE EM ESTRUTURAS DE BETO ARMADO


Um elemento estrutural pode estar sujeito a 4 tipos de esforos externos: esforo axial, esforo
transverso, momento flector e momento torsor. No enquadramento do beto armado, estes esforos
originam esforos internos na pea que podem diferir caso esta esteja em estado fendilhado ou no
fendilhado. Enquanto o elemento se encontra em estado no fendilhado, isto , desenvolve numa
faceta do seu interior tenses normais e tangenciais que variam com a rotao da mesma segundo o
crculo de Mohr. Para um dado ngulo as tenses tangenciais so nulas enquanto que as tenses
normais so mximas sendo que numa direco corresponde s tenses de traco e
perpendicularmente a essas tenses de compresso. Estas tenses correspondem s tenses principais
de traco e compresso que so as tenses que segundo Leonhardt (1977) realmente esto instaladas
no elemento (ver Figura 2.4), sendo as restantes resultantes do sistema de eixos definido, isto , so
apenas auxiliares de clculo.

Figura 2. 4 Tenses numa viga no fendilhada (adaptado de Leonhardt, 1977).

As tenses de corte podem ser quantificadas segundo a equao 2.1.

Vy S x (2.1.)
( y) ( y)
I xb

Pode-se ento concluir que as tenses tangenciais dependem da geometria da pea e do esforo
transverso a que a mesma est sujeita.

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Com o aumento dos esforos externos, o valor das tenses principais aumenta at que a tenso
principal de traco atinge o valor da tenso resistente traco do beto originando a fissurao na
direco das tenses principais de compresso. Nesta fase, necessrio atender ao estado de
fendilhao e a estabilidade do elemento depende da colocao de armadura para resistir a estes
esforos.
Para se verificar a segurana necessrio ter em conta o Estado Limite ltimo da pea, logo
necessrio analisar o elemento no estado fendilhado. Quanto aos mecanismos resistentes ao corte, a
sua determinao de quantificao complexa devido ao mecanismo de formao das fendas e
quantificao do atrito que mobilizam assim como a sua contribuio no modelo de resistncia global
(Faria, Vila Pouca, 1997). Para dar resposta a estes fenmenos tm-se desenvolvido ao longo dos anos
diversas teorias baseadas em resultados empricos ou em mtodos analticos.

2.2.1. ESFORO TRANSVERSO


Como foi referido, o esforo transverso tem uma contribuio importante para a rotura por corte assim
como na formao de fendas. Geralmente as fendas iniciam-se nas fibras inferiores do beto, so
perpendiculares ao eixo da pea quando estas so provocadas por flexo e desenvolvem-se num plano
oblquo ao eixo do elemento devido aco do esforo transverso segundo Faria e Vila Pouca (1997).
Segundo Figueiras (2008) a rotura por corte em vigas pode ter as designaes indicadas na figura 2.5.

Figura 2. 5 Esquematizao da rotura por Corte em vigas de Beto Armado (Figueiras, 2008).

Quanto ao mecanismo de resistncia ao esforo transverso em elementos de beto armado pode-se


salientar o efeito de engrenagem nas faces rugosas das fendas que mobiliza o atrito entre as mesmas, o
efeito de ferrolho que se desenvolve nas armaduras longitudinais que absorvem o esforo de corte e o
efeito de consola que equilibra as foras referidas assim como as foras que se desenvolvem ao longo
da armadura longitudinal (Faria, Vila Pouca, 1997).
Em elementos com armadura de esforo transverso o mecanismo resistente composto pelas
armaduras que atravessam as fendas diagonais que evitam a progresso das fissuras para a zona
comprimida permitindo que haja uma parcela maior de beto no fendilhado que resiste compresso
e ao corte. A armadura tambm contribui para a reduo da abertura das fendas permitindo uma maior

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

engrenagem dos agregados. Esta ao envolver a armadura longitudinal tambm contribui para o
aumento do efeito de cavilha (Faria, Vila Pouca, 1997).

2.2.2. TORO
A toro pode ser definida como um momento que actua na direco normal ao eixo longitudinal de
uma pea. Em estruturas de Beto Armado possvel identificar dois tipos de toro: a toro de
equilbrio quando esta contribui para o equilbrio esttico da pea e a toro de compatibilidade
quando o momento torsor resulta da compatibilidade de deformaes da estrutura (Faria, Vila Pouca,
1997).
Segundo o modelo adoptado pela regulamentao em vigor a resistncia ao momento torsor num
elemento de Beto pode ser definida por uma seco oca eficaz atravs da sua linha mdia. Desta
forma, possvel determinar as tenses tangenciais equivalentes ao momento torsor actuante nas
paredes desta seco. A resultante destas tenses tangenciais o esforo de corte em cada parede da
mesma.
Em Estado Limite ltimo, possvel observar fendas de traco que se dispe segundo hlices tal
como na Figura 2.6.

Figura 2. 6 Fendas devido ao momento torsor (Leonhardt, 1977).

Considerando que cada parede est sujeita ao esforo transverso, o funcionamento toro segundo
este modelo assemelha-se ao funcionamento ao esforo transverso em cada face da viga, no entanto
importante referir que segundo Arajo Sobreira (1980) a interpretao deste fenmeno no a mesma
uma vez que considerado que o beto no interior da pea, isto , o beto no interior da seco oca
tambm contribui para a resistncia.

2.2.3. PUNOAMENTO
O punoamento um tipo de rotura por Corte em estruturas de Beto Armado que ocorre em
elementos sujeitos a uma grande concentrao de esforos, o que correntemente pode ocorrer na
envolvente dos pilares onde se apoiam lajes ou em sapatas.
A rotura por punoamento normalmente caracterizada pelo aparecimento de um cone de rotura,
formado a partir da rea carregada e cuja geratriz faz ngulos com o plano da laje que pode diferir em
lajes e sapatas segundo Leonhardt (1977).
Relativamente a pilares interiores de uma laje carregada simetricamente e sem armadura de
punoamento o mecanismo de rotura consiste na formao de fendas radiais de flexo que se estreitam
na direco do pilar como possvel observar na Figura 2.7 e, na direco normal a estas fendas

10
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

podem-se identificar fendas tangenciais resultantes de momentos tangenciais. No processo de rotura


por punoamento possvel identificar uma fase elstica que termina com a primeira fenda tangencial
junto ao pilar na face superior da laje; de seguida surgem fendas radiais junto ao permetro do pilar
que se propagam at ao limite da laje como possvel observar na figura 2.7; a partir desta fase a laje
comea a sofrer maiores deformaes devido ao corte formando-se fendas inclinadas ao longo da
espessura da laje que se agrupam numa fenda maior que, ao intersectar a superfcie da laje provoca a
rotura completa (Guandalini, 2005).

Figura 2. 7 Evoluo das fissuras radiais devido ao punoamento (Walter, Miehlbradt,1990).

sabido que quanto maior a excentricidade do carregamento maior o momento flector na ligao,
logo maior a aco sobre a estrutura nomeadamente nas ligaes entre os pilares e a laje. tambm
necessrio ter em conta a influncia das aces horizontais, pois estas acrescem o momento flector nas
ligaes dos elementos. Em edifcios correntes os momentos resultantes de aces verticais podero
no ser condicionantes, no entanto, numa anlise ssmica estas aces podero ter influncia directa na
resistncia ao punoamento devido excentricidade provocada.
Uma rotura local por punoamento pode dar origem a uma rotura gradual nos pilares circundantes uma
vez que estes ficam sujeitos carga que era suportada pelo pilar no qual se deu a rotura por
punoamento. Este tipo de rotura pode assim provocar o colapso total da estrutura.
Quanto aos mecanismos de resistncia ao punoamento pode-se citar como principais parmetros a
geometria e posio do pilar, a altura til da laje, o efeito de escala, o momento flector actuante, o tipo

11
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

de carregamento, a resistncia do beto, a taxa de armadura longitudinal e a armadura transversal de


punoamento.
Em pilares circulares as lajes apresentam uma maior resistncia ao punoamento do que em pilares
rectangulares devido concentrao de tenses nos cantos podendo fazer diminuir o permetro de
controlo. Em pilares rectangulares alongados a resistncia ao punoamento pode ser menor porque as
tenses concentram-se nos lados menores deste. Quanto posio dos pilares pode-se afirmar que a
resistncia ao punoamento em pilares interiores maior do que em pilares de bordo que por sua vez
maior do que nos pilares de canto quando estes pilares esto sujeitos ao mesmo esforo axial resultante
das cargas na laje. Isto justifica-se com a excentricidade provocada pelas cargas que geralmente mais
acentuada nos pilares de bordo e de canto.
Resultados experimentais mostram que a partir de determinada espessura a influncia da altura til da
laje deixa de ser significativa, concluindo-se que a altura da pea condiciona o atrito entre os
agregados, isto que o atrito entre os agregados mais eficiente em lajes com uma altura menor. Esta
limitao deve-se ento a um efeito de escala entre a altura til da laje e o dimetro dos agregados
segundo Fusco (1984).
A armadura de flexo tambm influencia a resistncia ao Punoamento, sendo que o aumento da sua
taxa proporcional ao aumento da resistncia do cone, no entanto s at uma taxa de armadura de 2%
segundo os cdigos.
Existem diferentes tipos de reforo com armadura para aumentar a resistncia ao Punoamento:
Soluo de reforo por estribos a mais comum, feita de forma idntica s vigas comuns pode
ser efectuado com vrios ramos e atravs da inclinao dos estribos.
A soluo com vares inclinados consiste no prolongamento da armadura superior que fica
ancorada na face inferior da laje. necessrio ter em conta que estes vares tambm absorvem
os esforos de flexo o que diminui a sua capacidade para absorver os esforos de corte. Esta
soluo no eficiente em pilares de bordo e de canto.
O reforo da ligao com shearheads consiste em embeber no beto perfis metlicos. Este
tipo de reforo revela-se dispendioso uma vez que necessria uma maior quantidade de
material e necessrio efectuar as ligaes nos perfis.
A introduo de fibras no beto no visa directamente aumentar a sua resistncia ao corte mas
sim ter um maior controlo da fissurao. Como exemplo de fibras utilizadas temos os
seguintes materiais: ao, materiais sintticos, carbono e fibras naturais. A resistncia resultante
ao punoamento difcil de quantificar e as normas actuais no permitem calcul-la, no
entanto o Draft do Model Code 2010 j introduz um procedimento de clculo para quantificar
a sua resistncia (Proena, 2003).
A utilizao de conectores tipo perno idntico ao usado nas estruturas mistas de ao e beto.
So fceis de instalar e no interferem na colocao das restantes armaduras. A ancoragem
mecnica dos pinos de tal forma satisfatria que possibilita que seja atingida toda a sua
capacidade de resistncia na rotura (Melges, 2001).
O sistema shearband consiste num conjunto de faixas metlicas que podem ser dobradas de
vrias formas. Nestas faixas metlicas so realizados furos para melhorar a sua ancoragem ao
beto. Segundo os seus autores este sistema apresenta a vantagem de simplificar o seu
posicionamento e pode ser calculado atravs dos regulamentos em vigor (Pilakoutas, Ioannou,
2000).

12
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

2.3. MODELOS TERICOS ESFORO TRANSVERSO


2.3.1. MODELO DE TRELIA DE MRSCH
Este modelo reduz uma viga de beto em estado limite ltimo (modelo de rotura) a um modelo de viga
rotulada (trelia), formada por dois banzos ligados por bielas comprimidas e tirantes. Assim, a
resistncia da viga ao esforo transverso definida custa dos esforos de compresso e traco
instalados naqueles elementos.
A analogia clssica de Mrsch baseia-se nos trs pressupostos seguintes: banzos paralelos; diagonais
comprimidas a 45; diagonais de traco inclinadas de em relao horizontal como indicado no
esquema da Figura 2.8.

Figura 2. 8Esquema de trelia de uma viga (Faria, Vila Pouca, 1997).

Nesta figura Fcw corresponde fora na escora e Fsw fora no estribo e podem ser determinadas
atravs do equilbrio esttico. Este modelo revelou-se muito conservativo quando comparado com
resultados experimentais, apresentando valores dspares. Na figura 2.9 pode-se observar o acrscimo
de resistncia resultante dos resultados experimentais (Faria, Vila Pouca, 1997).

Figura 2. 9 Confrontao do Modelo de Mrsch com resultados experimentais (Faria, Vila Pouca, 1997).

Atravs das diferenas obtidas foram propostas vrias modificaes Teoria de Mrsch, no entanto
importante reter que a maior parte das teorias propostas tem em conta este esquema de trelia.

13
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

2.3.2. KUPFER
Em 1962 Kupfer introduziu uma modificao ao modelo de trelia de Mrsch atravs do pressuposto
de que a inclinao das escoras no seria necessariamente de 45 e que poderia variar. Esta variao
implica um maior ou menor esforo na escora pelo que Kupfer estabeleceu os seguintes limites:

0.25 tg 1.0 (2.2.)

Este limite foi estabelecido tendo em conta o princpio do trabalho mnimo (Widianto et al., 2009).

2.3.3. KANI
O modelo proposto por Kani em 1964 pressupe a formao de um arco atirantado e com o beto da
parte inferior do arco fissurado formando o efeito de pente.

Figura 2. 10 Esquema estrutural com Efeito de Pente (adaptado de Balzs, 2010).

Este esquema estrutural consiste na formao de um arco atirantado suportado por um tirante
horizontal que, quando se d a fissurao do beto por flexo suportado pela armadura longitudinal
da viga. Na formulao desta teoria Kani determinou o momento crtico que faria romper o beto por
traco formando um pente e relacionou o mesmo com a geometria da pea.

2.3.4. COLLINS E VECCHIO


O modelo de corte proposto por estes autores, chamado de Modified Compression Field Theory
(MCFT), salienta a importncia da contribuio do beto para a resistncia ao esforo transverso.
Segundo os autores a resistncia dada por uma parcela devida ao beto e outra devida ao ao, sendo
a parcela de resistncia devida ao beto dada por:

f ck (2.3.)
VRd ,c k v bw z
c

Nesta equao o coeficiente kv determinado a partir da interaco entre os agregados na fenda o que
leva a que a resistncia seja directamente proporcional a abertura da mesma calculada atravs das

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

variveis correspondentes ao espaamento entre fendas e extenso perpendicular s mesmas (Bentz


et al., 2006).
A determinao da extenso feita a partir da carga aplicada ou do esforo resistente, do pr-esforo
existente ou no, das propriedades do material e da armadura de flexo entre outros. Na figura 2.12
encontram-se esquematizadas algumas foras resultantes deste processo. tambm importante referir
que esta extenso se refere extenso a meio da seco da pea de forma a intersectar apenas as
fendas devido ao esforo transverso (Bentz, 2010).

Figura 2. 11 Esforos de uma viga e respectivo diagrama de extenses (adaptado de Bentz, 2010).

Neste modelo a resistncia VRd,c determinada tendo em conta o coeficiente kv. A determinao deste
coeficiente depende da taxa de armadura transversal a adoptar para a viga, sendo o mesmo dependente
unicamente da extenso na seco, ex, no caso de ser armado. Se o elemento no for armado kv
dependente de ex e da rugosidade da fenda quantificada a partir do coeficiente kdg na qual entra o
parmetro dg que diz respeito ao dimetro mximo dos agregados do elemento. A extenso da seco
permite tambm, segundo os autores, determinar o ngulo da inclinao das bielas que no influencia
directamente a resistncia VRd,c mas sim a capacidade resistente dos estribos. As equaes
simplificadas propostas neste modelo so de seguida apresentadas:

29 7000 x (2.4.)

0.4 1300 (2.5.)


kv Se w 0
1 1500 x 1000 0.7k dg z

0.4 f ck (2.6.)
kv Se w 0.08
1 1500 x f yk

48 (2.7.)
k dg 1.15
16 d g

2.4. MODELOS TERICOS PUNOAMENTO


2.4.1. KINNUNEN E NYLANDER
O modelo de clculo sugerido por estes autores apenas abrange situaes de pilares centrais em lajes
fungiformes uma vez que assenta no princpio de que a distribuio dos momentos axissimtrica em

15
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

relao ao pilar. Tambm considera que a laje tem um comportamento linear elstico, infinitamente
grande e est apoiada da mesma forma em todas as direces.
Segundo Kinnunen S. e Nylander H. (1960), nas circunstncias referidas no pargrafo anterior o
diagrama de momentos nulo em torno do pilar ao longo de um permetro circular de dimetro 0.44L
em que L o vo da laje. Este modelo aplicvel a elementos com e sem armadura transversal e
envolve parmetros como a rotao da laje na rotura, a geometria do cone de punoamento, a tenso
do beto na rotura e a taxa de armadura longitudinal.
O clculo da resistncia ao punoamento feito a partir de uma estimativa inicial da altura da zona
comprida, y, a partir da qual se desenvolve a fissura crtica (ver Figura 2.14). Para determinar esta
resistncia necessrio calcular a altura y a partir de um processo iterativo no qual se procura fazer
convergir o valor da resistncia final calculado a partir da resistncia compresso do beto e a
inclinao do cone de punoamento com o valor calculado a partir da rotao da laje, do raio plstico e
a posio da fissura de punoamento (Leonhardt, Mnnig, 1977).

Figura 2. 12 Modelo estrutural prximo da rotura (adaptado de Guandalini, 2005).

2.4.2. MOE
O modelo de Moe (1963) tem em conta 2 tipos de rotura para definir a resistncia ao punoamento
sendo o primeiro correspondente rotura unicamente devido ao momento flector transmitido pelo
pilar e o segundo relacionando o momento flector com a capacidade resistente da laje ao corte.

VRd V (2.8.)
a Rd 1
Vshear V flex

O parmetro a corresponde a um coeficiente para calibrar o modelo segundo trabalhos experimentais,


VRd corresponde capacidade resistente do elemento ao punoamento, Vshear o esforo de corte
actuante no permetro de controlo e V flex corresponde ao binrio das foras provocado pelo momento
flector na ligao pilar laje.

16
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Moe afirmou que a resistncia ao punoamento no proporcional resistncia do beto, mas sim
sua raiz quadrada. Esta observao ainda hoje apresentada nos Cdigos Americanos e no Model
Code 2010 (Widianto et al, 2009).
Pode-se ento afirmar que a maior contribuio de Moe neste campo ter conseguido relacionar o
momento flector com a capacidade resistente ao punoamento. Este modelo est na origem do
procedimento regulamentar do ACI-318 de 1963.

2.4.3. MUTTONI
O modelo de Muttoni (2008) assenta na hiptese de que a resistncia ao corte de elementos sem
armadura transversal depende da espessura do elemento e da rugosidade da fenda provocada que se
desenvolve ao longo da escora junto ao apoio. O mecanismo de rotura proposto por este autor assenta
na Critical Shear Crack Theory (CSCT).
O esforo resistente pode ser calculado tendo em conta a rotao da laje no instante da rotura que por
sua vez funo das tenses actuantes e o atrito provocado pelos agregados na fenda. A expresso
geral deste modelo toma a seguinte forma:

f c f w, d g
Vr (2.9.)

b0 d v

Em que Vr a fora resistente, b0 o permetro de controlo, d v a altura til da laje, f c a


resistncia compresso do beto, w a largura da fenda e d g o tamanho mximo dos agregados.

A resistncia ao punoamento de acordo com este mtodo dada pela interseco da curva resultante
da equao 2.9 com a curva que relaciona o esforo actuante com a rotao da laje.

Figura 2. 13 Clculo da resistncia ao punoamento de elementos sem armadura transversal (adaptado de


Muttoni, Ruiz, 2010)

A curva da rotao da laje pode ser determinada por integrao analtica (Muttoni, 2008), atravs de
mtodos simplificados como o apresentado no MC10 (Muttoni, 2008), ou ainda atravs de elementos
finitos (Vaz Rodrigues, 2007).

17
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Em elementos com armadura de punoamento esta teoria permite verificar a segurana em trs zonas:
na regio fora da zona reforada, dentro da zona reforada e entre a zona de reforo e o pilar.

Figura 2. 143 modos de rotura com armadura de punoamento (adaptado de Muttoni, Ruiz, 2010)

No permetro exterior armadura de punoamento a verificao de segurana faz-se da mesma forma


que o caso de no haver armadura de punoamento. A fora resistente ao punoamento dentro da zona
reforada dada pela soma da contribuio do beto, VRd,c, e a contribuio da armadura transversal,
VRd,s.

VRd VRd ,c VRd , s (2.10.)

Segundo esta teoria, a contribuio do beto para a resistncia ao punoamento no constante como
feito na maioria dos regulamentos mas sim dependente da quantidade de armadura transversal sendo
a sua variao observvel na Figura 2.17.

Figura 2. 15 Verificao da segurana em elementos com armadura de punoamento (adaptado de Muttoni,


Ruiz, 2010)

18
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

3
3. VERIFICAO AO CORTE
4. MODELOS E ASPECTOS REGULAMENTARES

3.1. CONSIDERAES GERAIS


Neste captulo so expostos os modelos e cdigos cuja metodologia e resultados foram comparados
neste trabalho e integrados na ferramenta de clculo desenvolvida.
Como foi referido os modelos de Arajo Sobreira foram desenvolvidos nos anos 80 do sc. XX, no
entanto durante o desenvolvimento desta dissertao a parte referente ao modelo de esforo transverso
foi actualizada.
A escolha dos regulamentos abordados neste trabalho visou, fundamentalmente, cobrir os requisitos
propostos pelo GOP que visavam a integrao de regulamentos mundialmente reconhecidos e realizar
comparaes entre estes e cdigos mais antigos com os quais muitos projectistas se encontram
familiarizados. A integrao do Draft do Model Code de 2010 teve como objectivo a comparao dos
resultados regulamentares com as novas metodologias propostas neste cdigo.
Para se proceder anlise destes regulamentos distinguiu-se a forma como so quantificadas as aces
atravs das suas combinaes assim como os coeficientes de comportamento dos materiais. So
tambm expostas as diferenas no que diz respeito verificao da segurana ao esforo transverso e
ao punoamento sendo que, neste captulo, apenas so enunciadas as caractersticas fundamentais
compreenso do algoritmo que permite o cumprimento dos regulamentos. Para que esta anlise se
tornasse mais completa foi enquadrado um ponto referente s disposies construtivas de cada
regulamento tendo em conta os aspectos relacionados com os assuntos abordados.
Para a quantificao das aces segundo a norma portuguesa necessrio recorrer ao Regulamento de
Segurana e Aces para Estruturas de Edifcios e Pontes (RSA) que define como coeficientes parciais
referentes ao ao para armaduras, s , 1.15 e para o beto, c , 1.5.

A equao base para a elaborao das combinaes fundamentais de aces definida pela equao
3.1.

19
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

S d 1.5Gk 1.5Qk ,1 Qk ,i 0,i (3.1.)

em que S d corresponde aco de clculo, Gk corresponde parcela das aces permanentes, Qk ,1


s aces variveis definida como aco de base e Qk ,i corresponde s restantes aces variveis que
devem ser afectadas de um coeficiente 0,i que se encontra tabelado neste regulamento no captulo
VIII e depende do programa do edifcio.
Segundo os Eurocdigos 0 e 1 as disposies so idnticas norma portuguesa com a excepo do
coeficiente a aplicar s cargas permanentes que deixa de ser 1.5 e passa a ser 1.35.
As normas DIN e a EHE, seguem integralmente as disposies do Eurocdigo. A norma BS8110 de
1997 prope diferentes coeficientes de afectao do material e de agravamento de cargas. A norma
Britnica sugere como coeficientes de comportamento para o ao de 1.05, para estribos 1.4 e para a
resistncia ao corte sem armadura de esforo transverso 1.25, enquanto que os restantes coeficientes
mantm-se. Quanto aos coeficientes aplicveis s combinaes de aces, a BS8110 define um
coeficiente de 1.4 para cargas permanentes e de 1.6 para as sobrecargas, no entanto, quando se
considera a cargas permanentes com sobrecargas e aco do vento os coeficientes devero ser todos
1.2.
A norma Brasileira, NBR6118, fixa os coeficientes parciais referentes aos materiais nos valores 1.4 e
1.5 nas peas de beto em casos gerais e em condies desfavorveis respectivamente. O coeficiente
parcial relativo ao ao das armaduras para beto ou pr-esforo mantm-se igual a 1.15.
No que diz respeito s combinaes de aces a NBR 6118 define um coeficiente de 1.4 para cargas
permanentes e para a aco de base das sobrecargas, sendo 1.2 o coeficiente a aplicar s restantes
sobrecargas que no devem ser afectadas pelo factor .

O ACI-318 tem uma abordagem diferente no que diz respeito quantificao das aces em estruturas
de Beto Armado. Esta norma no sugere a aplicao de coeficientes parciais relativos aos materiais,
no entanto aplica um coeficiente, , aos modelos de clculo adoptados e varia de modelo para
modelo. No que diz respeito ao Corte este coeficiente de 0.75 para situaes correntes e deve afectar
a parcela dos esforos resistentes. Na quantificao das aces o ACI defina coeficientes de segurana
de 1.2 a 1.4 para cargas permanentes, consoante a combinao em anlise, e cerca de 1.6 para
sobrecargas, sendo que este valor depende do tipo de sobrecarga.

3.2. ESFORO TRANSVERSO


3.2.1. MODELO DE ARAJO SOBREIRA
Esta teoria referente ao estado limite de rotura ao esforo transverso engloba os casos de esforo
transverso combinado com flexo simples, flexo composta, compresso (pr-esforo) e com traco.
Em sntese, a teoria de rotura aqui exposta baseia-se na hiptese de que a parcela devida ao beto
resulta da mobilizao de tirantes transversais de beto, quer pela compatibilizao da deformao
vertical das diagonais cruzadas do esquema em trelia de Mrsch, quer pela formao de um esquema
estrutural atirantado que a existncia de armadura longitudinal possibilita, distinto do esquema em
trelia de Mrsch e independente da armadura transversal que este normalmente exige. Estes dois

20
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

esquemas estruturais coexistiro na medida em que as armaduras de que dependem forem


convenientemente dimensionadas e as condies de apoio, carga e vo o permitam. Em virtude da
fissurao que toda a armadura embebida no beto origina, a parcela Vcd no constante em elementos
armados transversalmente e o seu valor inversamente varivel com a percentagem desta armadura.
O modelo estrutural estudado assenta no modelo clssico constitudo por um banzo comprimido e um
traccionado ligado entre si por diagonais comprimidas e traccionadas designadas de escoras e tirantes.
Em estado limite ltimo formam-se fendas com a direco das escoras que tero de ser intersectadas
pelos tirantes (constitudos por armaduras envolvidas por beto colaborante).

Para que o esquema estrutural funcione, o afastamento mximo entre os tirantes z


2
cot cot ,
em que corresponde inclinao das bielas relativamente ao eixo da pea, garantindo que todas as
fissuras so intersectadas por armaduras podendo no espaamento s existir mais do que um varo. A
varivel diz respeito inclinao dos tirantes de ao e s ao espaamento entre o incio da escora (na
parte inferior da viga) e a sua primeira interseco com um tirante de ao. de salientar que a
grandeza s que figura neste modelo corresponde a cerca de s/2 na teoria de Mrsch.

Figura 3. 1 Esquema das diagonais cruzadas

A compatibilidade de deformaes feita a partir da projeco vertical dos deslocamentos resultantes


da solicitao da escora (com ndice c) e do tirante (com ndice t).

Figura 3. 2 Esquema da compatibilidade de deformaes.

Da compatibilizao de deformaes obteve-se a seguinte relao geral entre a fora na escora e a


fora no tirante:

21
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Ac Ec z t sin 2
Fc Ft (3.2.)
At Et z c sin 2

Em que:

Ac z bw cot cot sin (3.3.)

15 2

cot cot z
eq
At (3.4.)
s

em que eq corresponde rea de beto associado ao tirante. A rea fissurada que envolve os tirantes
de ao, Acr, definida atravs de eq cujo dimetro considerado cerca de 15 vezes o dimetro do
prprio varo (ver Figura 3.4).
Segundo Arajo Sobreira (1980) considerando que o mdulo de elasticidade do tirante igual ao do
beto imediatamente antes da fissurao e conjugando as equaes (3.2), (3.3) e (3.4) origina uma
constante, K0.

zti

sin bw s zcn 1 i
3
K0 (3.5.)
sin 2 15eq 2 n

Em que os valores de zt e zc dependem do nmero de tirantes que intersectam a escora. Na Figura 3.3
esquematizado um exemplo em que a biela intersectada por 4 tirantes.

Figura 3. 3 biela intersectada por vrios tirantes.

Globalmente o esforo resistente, VR, dado pela equao (3.5) segundo Arajo Sobreira (1980).

VR Ft K 0 sin sin (3.6.)

22
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

O esforo resistente global resulta da combinao da resistncia dada pela armadura transversal com a
resistncia do tirante de beto, que permite equilibrar a rigidez dos tirantes (de ao e de beto) com a
rigidez da biela. Segundo o autor, o tirante de beto condicionado pelos tirantes de ao na medida em
que estes provocam a fissurao do beto que envolve o varo impedindo que este seja solicitado
traco. Logo, a existncia de uma maior rea de armadura transversal provoca uma diminuio da
seco do tirante de beto. A Figura 3.5 esquematiza esta separao, as fissuras do beto envolvente
dos vares terminam quando o alongamento unitrio do beto o correspondente tenso fctm.

Figura 3. 4 rea fissurada e diagrama de tenses no tirante transversal de beto (adaptado de Arajo Sobreira,
1980)

Outro factor que determina a resistncia ao esforo transverso o tirante formado pela armadura
longitudinal constitudo pela armadura de flexo. Se, por hiptese, no existir mais nenhuma armadura
as traces sobre a fendilhao inclinadas de tero de ser absorvidas pela armadura horizontal e pelo
banzo comprimido como indicado na Figura 3.5. Nos apoios simples a descompresso deste banzo
total, passando a biela a constituir o seu prolongamento, j num apoio contnuo a descompresso ser
apenas parcial.

Figura 3. 5 Grandezas que influenciam a inclinao das bielas.

Esta variao de resistncia condicionada pela resistncia ao esmagamento da biela comprimida que
fica mais solicitada medida que o ngulo diminui.
Em elementos com armadura de esforo transverso o valor de pode ser calculado a partir da
seguinte expresso:

p l b p hb
tan 2 tan 0 (3.7.)
2 Fa bw Fa bw

23
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Logo, a armadura longitudinal permite a formao de uma biela comprimida, com arranque a partir do
apoio da viga. Conforme a inclinao desta biela, isto , conforme a maior ou menor percentagem de
armadura longitudinal, e tambm conforme a forma de seco (em T ou rectangular) e o tipo de carga
(uniforme ou concentrada), pode formar-se um esquema estrutural identificvel com um arco
atirantado ou com uma viga trelia. Na prtica o esquema que deve ser considerado o esquema em
trelia uma vez que a probabilidade de ocorrerem carregamentos concentrados nas estruturas ,
geralmente, grande e no compatvel a formao do arco atirantado.
A partir dos princpios referidos anteriormente, possvel calcular a resistncia ao esforo transverso,
com e sem armadura transversal, atravs das instrues que se seguem.
Em vigas sem armadura transversal a resistncia global ao esforo transverso a dada pelo tirante de
beto e pode ser quantificada atravs da equao (3.8).

Vcnrd z b f ctd cot (3.8.)

O valor de calculado a partir da equao 3.7 e dado pelo produto de I II III IV que so
coeficientes que atendem respectivamente ao ondulado do diagrama de tenses no tirante vertical de
beto (ver Figura 3.4), a influncia de z neste mesmo ondulado, a contribuio da existncia de um
estado biaxial de tenses na resistncia do tirante e, por fim, devido existncia de cargas
concentradas (Arajo Sobreira, 1980).

I 0.84 (3.9.)

2.4 d 0.65
3

II (3.10.)
2.2 1.0
5
III 0.8 (3.11.)
4


IV 1 0.05 a d 1 (3.12.)

Na equao de III , corresponde ao quociente entre o vo adjacente e o vo em estudo. Se o valor


de Vcnrd no for superior ao esforo actuante na seco necessrio dimensionar armadura de esforo
transverso.
Em vigas com armadura de esforo transverso a resistncia do tirante, isto a resistncia ao esforo
transverso dada pela soma das equaes (3.13) e (3.14).

Vc bw 2s Acr
z
cot f ctd (3.13.)
2s

24
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Asw
Vw z a cot cot sin (3.14.)
2s

Neste caso, composto pelo produto entre III e IV , uma vez que o diagrama das tenses do
tirante praticamente plano, isto porque no depende de z mas sim do afastamento s entre os tirantes
de ao Arajo Sobreira (1980). No entanto, para que tal relao se verifique, necessrio que sejam
respeitados os afastamentos mximos, isto , deve haver sempre um tirante de ao a intersectar cada
biela. O valor de Acr corresponde rea fissurada ao longo de um comprimento 2s e pode ser
calculado pela expresso 3.15.

f syd
Acr Asw 1 Acr (3.15.)
f ctm

em que o valor de Acr corresponde ao acrscimo da rea fissurada devido ao recobrimento das
armaduras de esforo transverso. De forma simplificada, o valor adoptado de 15% se forem
considerados recobrimentos na ordem dos 4 a 5 dimetros e vares com dimetros nominais de 8 ou
10 mm.
A partir desta anlise tambm possvel calcular a resistncia mxima suportada pelo tirante de beto
e pela escora, isto a soma de Vc e Vw no dever ser superior a Fc,max e o valor de Vc no dever ser
superior a Ft,max.

Ft ,max bt bw z cot (3.16.)

Fc,max b bw bap sin (3.17.)

em que b diz respeito resistncia do beto compresso e bt resistncia traco do mesmo. Na


Figura 3.6 encontra-se esquematizada a grandeza bap que corresponde largura da escora num apoio
de extremidade.

Figura 3. 6 Largura da escora.

De seguida apresentado um exemplo com o objectivo de facilitar a compreenso da aplicao deste


modelo.

25
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Exemplo de clculo
Neste exemplo considerou-se uma viga biencastrada com uma carga uniformemente distribuda de 120
kN/m com vo de 6 m e uma seco de 30x60 cm2 com um recobrimento de 3.5 cm. Foi tambm
considerado um beto B30 (fctd=1.2 MPa, fctm=2.5 MPa e fcd=16.7 MPa) e uma classe de ao A400.

O esforo transverso actuante considerado foi de 360 kN e um momento positivo a meio vo de 270
kNm resultante de uma redistribuio dos momentos nos apoios. A armadura de flexo a meio vo
seria de 620 considerando-se assim que se teria uma armadura inferior no apoio de 420 (12.56 cm2).

1- Clculo sem armadura de esforo transverso:

Vcnrd > VSd

Com:

z = 0.495 m;
bw = 0.30 m;
I = 0.84,
II = 0.65 (ver equao 3.10.)
Admitindo que os vos adjacentes so iguais III = 1.0
Logo = 0.55.

O valor de pode ser calculado a partir da expresso 3.7 considerando os seguintes valores:

p = 120;
b = bw = 0.30;
l = 6.0;
Fa = 348000 x 12.56x10-4 = 437.3 kN;
Obtm-se = 26

Vcnrd = 0.495 x 0.30 x 0.55 x 1200 x 2.0 = 196 < 360 kN (equao 3.8)

Logo, necessrio dimensionar armadura de esforo transverso

2- Clculo de armadura de esforo transverso:

Considerando 2 ramos de estribos perfazendo um total de 14 estribos a intersectar a escora e


considerando ainda uma rea de estribos 8.

VRd = Vc + Vw

26
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

s = z (cot + cot ) / 2=0.495 x 2/2

Asw/2s = 7.03 cm2/m

Vw = 0.495 x 7.03x10-4 x 348000 x 2.0 = 242 kN (equao 3.14)

Acr = 0.15

Acr = 7.03x10-4 x 348/2.5 (1+0.15) = 0.113 m2 (equao 3.15)

= 1.0 x 0.65

Vcd = 0.495/1.0 x 2.0 x 0.65 x 1200 (0.3 x 1.0 0.113) = 144 kN (equao 3.13)

VRd = 144 + 242 = 386 kN > 360 kN

Ft,max = 1200 x 0.3 x 0.495 x 2.0 = 356 kN > 144 kN (equao 3.16)

Fc,max = 16700 x 0.3 (0.6 x 0.495) x sin(26) = 651 kN > 386 kN (equao 3.17)

3.2.2. MODEL CODE 2010


O Model Code permite diferentes patamares de rigor de clculo materializados em 4 nveis. O rigor
vai aumentando segundo os nveis levando a resultados menos conservativos. O nvel I de
aproximao o aconselhado para o projecto de novas estruturas, o nvel II apropriado tanto para o
projecto de novas estruturas como para a verificao de elementos existentes, o nvel III corresponde a
casos especiais devido a carregamentos particulares ou estruturas que necessitam de uma anlise mais
detalhada, o nvel IV corresponde a uma anlise no linear (FIB, 2010).
A verificao de segurana segundo o MC10 feita atravs da seguinte verificao:

VRd VRd ,c VRd ,s VEd (3.18.)

Segundo o Model Code 2010 possvel efectuar o clculo atravs de 3 nveis de aproximao que
influenciam o clculo atravs de k c e k v . As diferenas no clculo destes parmetros podem ser
observadas no Quadro 3.1.

27
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 3. 1 Equaes referentes aos nveis de aproximao

Nvel 1 Nvel 2 Nvel 3

36 20 10'000 x 45 29 7'000 x
1 1 1
30 3
30 3
30 3
kc 0.5 0.5 0.55 0.55 0.55 0.55
ck
f ck
f ck
f

0.4
kv 0.15 0
1 1500 x

Este cdigo prope equaes diferentes para elementos com uma percentagem de armadura transversal
nula, no entanto fixada uma armadura mnima de esforo transverso correspondente a
f ck
0.12 100 .
f yk

O clculo de x implica que haja um momento actuante na pea de pelo menos VEd z e dado por:

M ed
Ved 0.5 N ed Ap f p 0
x z
2E s As E p Ap
(3.19.)

em que Ap corresponde rea de armadura de pr-esforo e fp0 a tenso nos cordes quando se d a
descompresso do beto.
Depois de escolher o nvel de aproximao pretendido possvel calcular as grandezas relacionadas
com a verificao de segurana. O valor de VRd ,c pode ser calculado atravs da seguinte expresso:

f ck
VRd ,c k v z bw (3.20.)
c

k v , um coeficiente que varia de acordo com o nvel de aproximao pretendido (ver quadro 3.1).
No caso de ser necessria armadura de esforo transverso, VRd , s dado por:

Asw
VRd , s z f ywd cot cot sen (3.21.)
sw

A fora resistente de clculo tem o seguinte limite superior:

28
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

f ck cot cot
VRd ,max k c bw z (3.22)
c 1 cot 2

k c um coeficiente que depende do nvel de aproximao pretendido e da percentagem de armadura


longitudinal existente (ver quadro 3.1).
Atravs do MC10 tambm possvel calcular Ftd que corresponde ao acrscimo de fora nas
armaduras longitudinais.

VEd V
cot cot Rd ,c cot cot
(3.23.)
Ftd
2 2

3.2.3. REBAP (1983)


A determinao do valor do esforo transverso resistente segundo o REBAP feita com base na teoria
da trelia de Mrsch corrigida.
O esforo transverso actuante determinado com base no diagrama de esforo transverso, no entanto
nas zonas junto aos apoios a partir de uma distncia 2d possvel reduzir o esforo referido aplicando-
2d
lhe um coeficiente de em que a corresponde distncia entre o eixo do apoio e a resultante das
a
cargas.
O esforo transverso resistente, V Rd , obtido pela expresso:

VRd Vwd Vcd (3.24)

Vcd 1bw d (3.25)

Em que 1 um valor tabelado e tem como base a resistncia traco do beto. Caso o elemento
M0
esteja sujeito flexo composta deve-se multiplicar ao valor de Vcd um factor 1 em que M 0
M sd
corresponde ao momento de descompresso da pea e M sd ao momento actuante.

O valor de Vwd pode ser calculado pela expresso:

29
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Asw
Vwd 0.9d f syd 1 cot sen (3.26)
s

Tambm deve ser tido em conta o seguinte limite superior:

VRd 2 bw d (3.27)

Em que 2 um valor tabelado.


A verificao da segurana cumprida se VSd VRd .

Quanto armadura de esforo transverso este documento refere que deve abranger a armadura
longitudinal, pela parte exterior e a sua percentagem mnima, calculada pela equao (3.28), deve ser
superior a 0.16 para S235, 0.10 para S400 e 0.08 para S500.

Asw
w 100 (3.28)
bw s sin

Quanto ao espaamento entre estribos o REBAP estabelece limites de acordo com o esforo actuante
como possvel observar nas equaes (3.29) a (3.31).

1 (3.29)
Vsd 2 bw d s 0.9d s 0.30
6
1 2
2 bw d Vsd 2 bw d s 0.5d s 0.25 (3.30)
6 3
2
Vsd 2 bw d s 0.3d s 0.20
3 (3.31)

3.2.4. EC2 (2010)

A determinao do esforo actuante, VEd , depende da geometria do elemento e da aplicao da carga.


Para cargas concentradas aplicadas a uma distncia inferior a 2d do apoio deve ser aplicado um
coeficiente de reduo definido na clusula 6.2.2. (6) do EC2 que no fundo traduz o mesmo princpio
referido no REBAP, com a diferena de este ser aplicado ao esforo actuante em vez do esforo
resistente. A aplicao deste coeficiente implica que a armadura longitudinal esteja convenientemente
amarrada no apoio. O valor de VEd deve satisfazer o seguinte limite:

30
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

f
VEd 0.5bw d 0.6 1 ck f cd (3.32)
250

Se a condio da equao (3.33) se verificar o elemento apenas ter de ser reforado com a armadura
mnima de esforo transverso.

VRd ,c VEd (3.33)

Em que VRd ,c pode ser determinado por:

3/ 2
200 200
VRd ,c 0.12 1 100 l f ck 1 / 3 bw d 0.035 1 f ck
1/ 2
bw d
d
d

(3.34)

em que o l considerado no deve ser superior a 0.02. Em elementos sujeitos a compresso axial
deve-se somar tenso correspondente VRd ,c um factor igual a k1 cp .

Sendo necessrio reforar o elemento com armadura de esforo transverso necessrio ter em conta as
seguintes condies:

VRd , s VEd (3.35)

Asw
VRd , s z f ywd (cot cot ) sin (3.36)
s
VRd VRd , s Vccd Vtd (3.37)

cot cot
VRd ,max cw bw z 0.6 f cd (3.38)
1 cot 2

sendo correspondente ao ngulo formado pelas escoras e o eixo da viga, a sua co-tangente no deve
ser superior a 2.5 nem inferior a 1. Na expresso (3.37), Vccd corresponde ao valor de clculo da
componente de esforo transverso da fora de compresso, no caso de um banzo comprimido
inclinado, enquanto que Vtd diz respeito ao fora na armadura de traco no caso de um banzo
traccionado inclinado.
A armadura transversal mnima em vigas segundo o EC2 dada por:

31
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Asw 0.08 f ck
bw sin (3.39)
s min f yk

O espaamento longitudinal mximo dos estribos em vigas dado por 0.75d 1 cot enquanto que o
espaamento transversal mximo, isto , a distncia mxima entre ramos do mesmo estribo de 0.75d
e no deve ser superior a 0.60 m.

3.2.5. ACI 318 (2008)


Segundo o ACI a verificao de segurana dada pelas seguintes equaes:

0.75 Vn Vu (3.40)

Vn Vc Vs (3.41)

em que Vn corresponde ao esforo actuante e Vu ao esforo resistente ao esforo transverso. Vc e Vs


so valores de resistncia referentes ao beto e ao ao, respectivamente.
O valor do esforo actuante a considerar no clculo encontra-se a uma distncia d da zona crtica em
apoios comprimidos e face do apoio em apoios traccionados ou com cargas concentradas aplicadas a
uma distncia inferior a d tal como indica a Figura 3.7.

Figura 3. 7 Condies de apoio para considerar a fora de corte.

A grandeza Vc pode ser calculada pela equao 3.75 admitindo que no se trata de um elemento em
beto leve e que o mesmo se encontra sob os esforos de flexo e corte.

V d
Vc 0.16 f c 17 l u bw d 0.29 f ck bw d (3.42)
Mu

32
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vu d
em que Mu corresponde ao momento actuante e no deve ser maior que 1. Em elementos sujeitos
Mu
a esforo transverso com compresso a expresso de Vc calcula-se pela seguinte forma:

N
Vc 0.171 u f c bw d
Ag
(3.43.)

Em elementos solicitados traco deve-se multiplicar N u por 0.29.

Em elementos pr-esforados o valor de d dado pela distncia entre a fibra extrema comprimida e o
centro de gravidade dos cordes de pr-esforo, no havendo necessidade de ser inferior a 0.8h.
O valor de Vc dado pela expresso:

V d
Vc 0.05 f c 4.8 u bw d (3.44.)
Mu

Este valor no deve ser superior a 0.42 f ck bw d nem inferior a 0.17 f ck bw d . No entanto o ACI
permite uma abordagem mais aprofundada deste assunto no seu ponto 11.3.3.
Quando necessrio dimensionar armadura, a contribuio da mesma na resistncia feita atravs de
V s que por sua vez dado por:

Aw f ywd sin cos d


Vs (3.45.)
s

O espaamento longitudinal mximo entre estribos definido neste regulamento como d em


2
elementos sem pr-esforo e 0.75h em elementos pr-esforados excepto em casos em que a fora
resistente do ao superior a 4 f ck bw d . Neste caso os valores atrs anunciados passam para metade.

Quanto armadura mnima, no ACI 318, apenas necessria quando o esforo actuante superior a
0.375Vrd ,c tomando os valores das equaes (3.46) e (3.47) caso contenha elementos pr-esforados
ou no, respectivamente.

33
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

bw s
Av ,min 0.062 f ck (3.46)
f yw

Ap f p s d
Av ,min (3.47)
8 f yw d bw

3.2.6. DIN 1045 (2008)


A verificao da segurana para elementos sem armadura de esforo transverso feita da mesma
forma que no EC2, com a excepo de um coeficiente presente na equao (3.34) com o valor de 0.12
que na DIN de 0.10 e do coeficiente referente a peas comprimidas k1 que na generalidade dos
casos no EC2 toma o valor 0.15, na DIN de 0.12 e esta parcela subtrada e no somada como no
EC2.
Quando necessrio dimensionar armadura de esforo transverso o valor de VRd ,s calculado da
mesma forma que no EC2. No que diz respeito escolha da inclinao da escora necessrio ter em
conta os limites impostos pela equao (3.49) na qual o valor de VRd ,ci dado por:


VRd ,ci 0.24 f ck
1/ 3
1 1.2 cd bw z (3.48.)
f cd

em que cd corresponde ao quociente entre a fora resultante de compresso de clculo, NEd, sobre a
rea da seco do elemento, Ac.
Neste regulamento o valor de VRd ,max dado pela equao (3.38) e a cot deve respeitar o seguinte
limite:

1.2 1.4
cd
f cd (3.49.)
0.58 cot 3.0
V Rd ,ci
1
V Ed

No que diz respeito s disposies construtivas em vigas a DIN segue os pressupostos do EC2.

3.2.7. BS 8110 (1997)


A British Standard aborda este problema em tenses e no em foras, sendo assim necessrio
converter o esforo actuante numa tenso.

34
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

V
v (3.50.)
bw d

Este valor no deve ser superior a 5 MPa ou a 0.8 f ck com fck em MPa.

Uma vez quantificado o esforo actuante, necessrio calcular a tenso resistente do beto dada pela
expresso (3.51).

1/ 3
A 400
1/ 3 1/ 4
f
vc 0.632 ck 100 sl
25 bw d d (3.51.)

Se v for inferior a metade da tenso v c no necessria armadura de esforo transverso, se esta


estiver compreendida no intervalo 0.5vc ; vc 4 apenas necessrio aplicar a armadura mnima (ver
ponto 2.3.4.5), caso o valor de v ultrapasse este intervalo necessrio dispor armadura de esforo
transverso. Em elementos comprimidos deve ser feita uma correco parcela v c :

N V h
v' c vc 0.6 (3.52.)
Ac M

A armadura de esforo transverso pode ser constituda por vares inclinados e por estribos desde que a
percentagem referente resistncia dos vares inclinados no valor total referente armadura no
exceda os 50%.
O esforo resistente dado pelos vares inclinados dado por:

Asw
Vb (0.95 f ywd )(cos sin cot )(d d ' ) (3.53.)
sw

em que d corresponde distncia entre o varo superior e a face superior do elemento. A armadura
transversal dada por:

Asv bv (v vc )
(3.54.)
sv 0.95 f yv

35
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Em relao ao espaamento entre estribos esta norma define que o espaamento longitudinal mximo
de 0.75d enquanto que o espaamento transversal entre ramos no dever ser superior a 0.15 metros.
A armadura mnima dada pela equao:

0.4bw s w
Asw (3.55)
0.95 f ywd

3.2.8. EHE (2008)


A verificao da segurana segundo a EHE feita de forma idntica ao EC2, salvo algumas excepes
uma vez que tambm permite aplicar o MCFT.
Nos casos em que no necessrio aplicar armadura de esforo transverso, a equao a aplicar para a
verificao de segurana a (3.34), isto o clculo de VRd,c, substituindo o coeficiente 0.035 por 0.05.
A verificao da segurana em elementos com armadura de esforo transverso dada pela equao
(3.56).

Vu 2 Vcu Vsu (3.56.)

sendo que:

Vsu z sin cot cot Aw f ywd (3.57.)

200
Vcu 0.10 1 100 l f ck 1 / 3 bw d
d (3.58.)

Para o clculo de z deve ser tido em conta que este no dever se superior a 0.9d. O coeficiente
pode ser calculado por:

2 cot 1
se 0.5 cot cot e (3.59.)
2 cot e 1
cot 2
se cot e cot 2 (3.60.)
cot e 2

36
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

sendo e o ngulo de referncia da inclinao das fissuras e pode ser calculado pelo mtodo geral e
um mtodo simplificado. O mtodo simplificado consiste em determinar a extenso no centro da
seco e correlacionar a mesma com o ngulo das fissuras atravs das equaes:

e 29 7 x (3.61.)

Md
Vrd 0.5 N d Ap p 0
x z 1000 (3.62.)
2E s As E p Ap

Segundo este regulamento o valor limite dos esforos resistentes, Vu1 dado por:

cot cot
Vu1 k 0.6 f cd bw d (3.63.)
1 cot 2

Sendo k um coeficiente que depende do esforo axial no elemento e toma o valor de 1 para estruturas
sem esforo axial, para outros casos de carga pode ser consultado na seco 44.2.3.1 deste
regulamento.
Esta norma, tal como a DIN, igual ao EC2 no que diz respeito s disposies construtivas.

3.2.9. NBR 6118 (2004)


A verificao da segurana segundo a NBR 6118 feita satisfazendo as equaes (3.64) e (3.65).

VSd VRd , 2 (3.64.)

VSd VRd ,3 Vc Vsw (3.65.)

Na determinao dos esforos actuantes a NBR permite uma abordagem no caso de elementos com
um momento e tem inrcia varivel tal como o EC2, no entanto esta norma fixa uma frmula para a
quantificao dos mesmos:


Vsd - Vsd,red M sd / z Vsd ,red cot / 2 tan c M sd / z Vsd ,red cot / 2 tan t (3.66.)

Quanto ao esforo transverso a NBR 6118 prope 2 modelos de clculo. O modelo I fixa o ngulo da
escora a 45 e desenvolve-se da seguinte forma:

37
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

f
VRd , 2 0.271 ck f cd bw d (3.67.)
250
Asw
Vsw 0.9d f ywd sin cos (3.68)
s

O valor de final de Vc depende da natureza dos esforos: se o elemento estiver traccionado este valor
0; se estiver sujeito flexo simples 0.6 f ctd bw d ; se se tratar de flexo composta necessrio
M0
multiplicar ao valor da flexo simples 1 em que M 0 corresponde ao momento de
M sd
descompresso.
O Modelo II consiste numa abordagem de escoras com inclinao varivel, podendo variar entre
30 e 45. Este semelhante ao Modelo I diferindo apenas no clculo de VRd , 2 e Vsw .

f
VRd , 2 0.541 ck f cd bw d sin 2 cot cot (3.69)
250
Asw
Vsw 0.9d f ywd cot cot sin (3.70)
s

Segundo a NBR6118 o espaamento longitudinal das armaduras deve respeitar o seguintes limites:

Vsd 0.67VRd ,mx s 0.6d s 0.30


(3.71)
Vsd 0.67VRd ,mx s 0.3d s 0.20

Quanto ao espaamento transversal, as disposies so:

Vsd 0.20VRd ,mx s d s 0.80


(3.72)
Vsd 0.20VRd ,mx s 0.6d s 0.35

38
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

3.3. Punoamento
3.3.1. MODELO DE ARAJO SOBREIRA
Segundo Arajo Sobreira (1983) o modelo de rotura por punoamento assenta num mecanismo de
rotura que consiste no alargamento da zona de apoio do pilar formando um cone de punoamento
precedido pela formao de vigas de seco varivel em largura apoiadas nos cones de punoamento e
que servem de apoio s lajes existentes.
Segundo este modelo cone de punoamento definido a partir do ngulo da fissura de corte fixado em
30 em lajes correntes. A altura, y, que define a altura da zona comprimida junto ao apoio resulta de
um processo iterativo, no entanto o valor considerado dado pelo produto da altura til da laje, d, por
0.38. Os valores geomtricos que definem o cone de punoamento cuja formao est na base da
teoria de rotura de Arajo Sobreira so apresentadas na Figura 3.8, na qual se evidenciam as grandezas
de b, f e que so as grandezas utilizadas directamente no clculo.

Figura 3. 8 Definio do cone de punoamento (Arajo Sobreira, 1983).

Nesta figura, f uma grandeza que influencia directamente a resistncia do tirante de beto e diz
respeito distncia entre o centro do pilar e o ponto mdio da seco da escora no topo da laje.
O permetro de controlo a partir do qual determinado o esforo actuante situa-se a uma distncia de
0.5d do bordo do pilar equivalente, como indicado na Figura 3.9.

Figura 3. 9 Permetro de controlo (Arajo Sobreira, 1983).

39
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Para situaes sem armadura de punoamento, a verificao da segurana em estado limite ltimo
feita por:

VRd VSd (3.73.)

Vcnrd VSd (3.74.)

VRd 4 e c f cd sen (3.75.)

Vcnrd 4.48 f d fctk (3.76.)

Sendo VSd a fora de clculo actuante na laje; , e e c so dados pelas relaes trigonomtricas a
partir da Figura 3.8; f cd a resistncia de clculo compresso do beto e o produto dos
coeficientes das equaes (3.9) a (3.12) da seco 3.2.1 desta dissertao.
A resistncia ao punoamento com armadura deve cumprir a seguinte verificao:

VRd Vcd Vwd (3.77)

Vcd f ctd 8 f d Acr (3.78.)

Vwd Asw sw (3.79.)

em que Asw corresponde rea de armadura a dispor e sw tenso de cedncia da armadura de


reforo.
Este modelo contempla de forma exaustiva os casos em que o carregamento no simtrico, isto ,
quando o carregamento excntrico provocando um momento flector na ligao. Nestes casos Arajo
Sobreira (1983) prope uma reduo da resistncia ao punoamento, assim como um agravamento dos
esforos actuantes dado por:

1 2e cos( )
V ' Rd VRd (3.80.)
f
VSd
V ' Sd V ' Rd (3.81.)

f
(3.82.)
f 2e cos( )

40
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

V ' Rd e V ' Sd representam a fora resistente e actuante finais respectivamente um ngulo dado por
d
(ver Figura 3.7) e e representa, em mdulo, a excentricidade da carga.
2f
Como foi atrs referido, este modelo apoia-se no pressuposto de que as lajes estaro apoiadas em vigas
fictcias que formam prticos com os pilares, logo as excentricidades podem ser calculadas atravs dos
momentos flectores no pilar. Para tal proposto um mtodo baseado na distribuio de cargas
definidas pelas linhas de rotura (ver Figura 3.11), a partir das quais se obtm o momento flector
resultante entre lajes aplicando o mtodo de Cross e fazendo o mesmo tipo de raciocnio na cabea do
pilar em anlise, considerando os momentos das 4 vigas fictcias (ver Figura 3.10). Sobreira define um
Mtodo Rigoroso que traduz estas operaes de forma simplificada atravs de um esquema de malha
que pode ser assimtrica.

Figura 3. 10 Esquema de Malha genrico (Arajo Sobreira, 1983).

Na figura possvel identificar o pilar C que se trata do pilar em anlise e os pilares adjacentes A, A,
B e B.
Tome-se como exemplo um esquema de pilar interior com a geometria definida pela Figura 3.11.

41
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 3. 11 Definio das linhas de rotura num pilar interior (Arajo Sobreira, 1983).

Segundo a disposio sugerida na Figura 3.11 podemos calcular os momentos parciais segundo as 4
direces da forma abaixo apresentada segundo o mtodo rigoroso de Arajo Sobreira (1983).

0.625K 3 K ' 3 K ' 2 K K 3 3 (3.83)


M CA K l p
K 2 8

0.625K ' '3 K ' 3 K ' 2 K ' ' K ' 3 3 (3.84)


M CA' K ' ' l p
K ' ' 2 8

K 3 K'' K ' '3 K ' ' 4 l 3 p (3.85)


M CB K K ' '
2 8 2 8
3
M CB' 1.35K '3 l p
(3.86)

Nestas equaes, os Ks so determinados de acordo com a Figura 3.11 e definem as relaes de


comprimento l das lajes, o parmetro corresponde ao grau de encastramento da respectiva laje
variando entre 24 quando est totalmente encastrada e 16 quando tem total liberdade de rotao, p
corresponde carga uniformemente distribuda na laje.
Caso se tratassem de pilares de bordo ou de canto a configurao da malha seria como descrito na
Figura 3.12.

42
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 3. 12 Esquema de Malha em pilares de Bordo (esq.) e pilares de Canto (dir.) (adaptado de Arajo
Sobreira, 1983).

A partir dos momentos iniciais, possvel determinar os momentos nas duas direces M AA ' e M BB '
subtraindo as parcelas do mesmo alinhamento.
Este mtodo tambm aplicvel a cargas concentradas fazendo as devidas adaptaes. Se tivermos em
conta a distribuio de cargas definida na Figura 3.13, aplicando o mtodo das linhas de rotura pode-se
deduzir a carga linear uniforme originada por uma carga concentrada sobre uma das quatro linhas de
apoio por:

2m n
p an (3.87)
l Bn

Em que o momento unitrio, mn , definido por:

K K KB KA
Pn mn A A B B (3.88)
A B K A B K B A

43
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 3. 13 Esquema de Malha em lajes sujeitas a cargas concentradas (Arajo Sobreira, 1983).

Os momentos parciais so dados por:

2 p an ( K anl ) 2
M AA 'P (3.89)

2 p Bn ( K Bn l ) 2
M BB 'P (3.90)

Tendo em conta as rigidezes relativas entre vos contguos possvel fazer a distribuio dos
momentos que resultam no equilbrio dos momentos segundo AA e BB. Esses valores podem ser
calculados atravs do Quadro 3.2.

44
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 3. 2 Momentos distribudos

M AA ',dist M BB ',dist

K'' K''
Pilares Interiores M AA ' M BB '
' K K'' ' K '
K''
Pilares de Bordo M AA' M BB '
' K '

Pilares de Canto M AA' M BB '

O coeficiente ' corresponde ao grau de encastramento da laje, variando entre 0.75 e 1.0 neste caso.

Os pilares de bordo e de canto originam momentos segundo as direces AA e BB que, quando


considerados no clculo, devem ser subtrados aos momentos M AA ' e M BB ' .

A partir destes momentos as excentricidades podem ser obtidas pelas seguintes equaes:

M AA ',dist
e p , AA '
Kl 2
(3.91)

M BB ',dist
e p , BB '
Kl 2
(3.92)

e p e 2 p , AA' e 2 p , BB ' (3.93)

A excentricidade provocada pelo carregamento da laje no deve ser confundida com a excentricidade
provocada por cargas horizontais nos pilares que originam momentos que devem ser adicionados para
a determinao da excentricidade global.
Segundo este autor a armadura longitudinal tem um papel importante no equilbrio dos momentos e
deve ser quantificada da seguinte forma:

l ,inf l l ,sup (3.94)

Vsd
l ,sup (3.95)
4.7 f d sd
VSd

l (3.96)
4.7 f d sd

45
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

3.3.2. MODEL CODE 2010


No que diz respeito ao punoamento, o MC10 define que o permetro de controlo a partir do qual se
determina a fora de corte actuante dista da face do pilar 0.5d. Em paredes o permetro no se deve
alongar mais do que 1.5d a contar a partir do cunhal (Figura 3.14) e no total o permetro de controlo
no deve exceder 12d. Em zonas com aberturas a uma distncia menor ou igual a 5d do pilar no deve
ser considerada a parte do permetro de controlo entre as duas tangentes abertura traadas desde o
centro da rea carregada.

Figura 3. 14 Exemplos de permetros de controlo em: a) pilar; b) parede; c) limites

Em carregamentos excntricos o valor do permetro de controlo ajustado em funo do valor da


projeco das foras de corte provocadas pela excentricidade.

V Ed
b0 (3.97.)
v perp,d ,max

em que b0 o permetro de controlo e v perp,d ,max o valor mximo da projeco da fora de corte
perpendicular ao permetro de controlo, isto , corresponde tenso mxima de corte instalada no
cone de punoamento originada pelo momento flector na ligao.
Neste tipo de carregamentos o MC10 leva aplicao de um coeficiente ao valor de VRd,s dado por:

1
ke (3.98.)
1 e
b

Em que e a excentricidade e b o dimetro do crculo que define o permetro de controlo. Em


situaes em que o quociente entre o vo em estudo e o vo adjacente for inferior a 25%, k e pode
tomar os valores de 0.90, 0.70 e 0.65 para pilares interiores, de bordo e de canto respectivamente.
A contribuio do beto na resistncia pode ser obtida pelas seguintes expresses:

46
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

f ck
VRd ,c k d b0 (3.99.)
c
1
k 0.6
1.5 0.6 d k dg (3.100.)

48
k dg (3.101.)
16 d g

o parmetro que define a rotao da laje e pode ser definido consoante o nvel de rigor
pretendido. O clculo da rotao da laje para o nvel I feito de acordo com uma anlise linear elstica
sem uma redistribuio de foras e dada por:

rs f yd
1.5 (3.102.)
d Es

O nvel II de aproximao recomendvel quando se pretende fazer uma redistribuio de momentos


e a sua rotao dada por:

1.5
r f yd msd
1.5 s (3.103.)
d Es m Rd

No nvel III de aproximao o coeficiente 1.5 das equaes (3.102) e (3.103) pode ser substitudo por
1.2 se o clculo do momento tiver por base uma anlise elstica.
A fora de clculo da contribuio da armadura transversal dada por:

VRd , s Asw k e sd sin (3.104.)

A sw corresponde rea de estribos necessria situada entre 0.35d e d e sd dado por:

E s
sd f ywd (3.105.)
6

O limite superior imposto pelo MC10 pode ser calculado atravs da seguinte equao:

47
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

f ck f ck
VRd ,max k sys k b0 d b0 d
c c (3.106.)

O coeficiente k sys toma o valor de 2, neste regulamento, no entanto investigaes mais recentes
permitiram definir esta constante consoante o tipo de reforo que utilizado, sendo de 2.5 para
estribos, 2 para vares dobrados, 2.6 para lajes pr-esforadas e 3.0 para conectores tipo perno (Ruiz,
Muttoni, 2010).
Na verificao fora da zona de reforo, a segurana feita como se no existisse armadura de
punoamento e o permetro de controlo mantm-se a 0.5dv do ltimo permetro de reforo conforme
indicado na Figura 3.15.

Figura 3. 15 Permetro de controlo e altura til da laje.

O Intigrity reinforcement deve ser feito quando no colocada armadura de punoamento ou


quando a laje pouco dctil. Este reforo feito ao nvel das armaduras longitudinais inferiores
atravs do clculo de VRd ,int .


VRd ,int Asi f yd
d
22int

3
su

sin
(3.107.)

em que int diz respeito aos dimetros a utilizar no Intigrity Reinforcement e esu corresponde
extenso do ao em Estado Limite ltimo.

3.3.3. REBAP (1983)


No que diz respeito ao corte por punoamento o clculo da fora resistente dado por:

48
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

VRd Rd u (3.108)

v Rd 1.6 d 1 d (3.109)

em que u a superfcie crtica que envolve o pilar definindo um permetro a uma distncia 0.5d do
bordo do pilar. Neste caso VRd expresso em kN/m.
Esta metodologia apenas aplicvel em casos em que a zona em causa no esteja a uma distncia
superior a 5d de um bordo livre.
O valor de clculo da tenso actuante, VSd , em carregamentos sem excentricidade dado por:

VSd
Sd (3.110)
u

Se o carregamento for excntrico a tenso actuante para pilares rectangulares e circulares


respectivamente:

ex e y
1 1.5
Vsd
sd
u bx b y
(3.111)

Vsd 2e
sd 1

u d0 (3.112)

Em que ex e e y so o mdulo das excentricidades segundo as duas direces, bx e b y so as


dimenses do contorno crtico e d 0 corresponde ao dimetro do pilar.

No caso de ser necessria armadura de punoamento, esta calculada a partir da contribuio de VRd
dada por:

4
VRd Asw f yd sin (3.113)
3

Este valor no deve ser superior a 1.6 vezes o valor a calcular pela expresso (3.108).
Quanto s disposies construtivas o REBAP especifica que a armadura de punoamento deve ser
disposta desde o permetro carregado at, pelo menos, a um permetro situado a 1.5d do permetro
referido. O espaamento entre vares no deve ser superior a 0.75d.

49
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

3.3.4. EC2 (2010)

Quanto ao punoamento, o Eurocdigo refere que o permetro de controlo u1 dista da rea carregada
de 2d no entanto a resistncia ao punoamento dever ser verificada face da zona carregada e, caso
haja armadura de punoamento, em permetros a uma distncia tambm superior a 2d.
Em reas carregadas junto a aberturas (distncia menor que 6d) no deve ser considerada a parte do
permetro de controlo entre as duas tangentes abertura traadas desde o centro da rea carregada.
A tenso provocada pelas aces actuantes, Ed ,pode ser calculada por:

V Ed
Ed (3.114)
ui d

em que o coeficiente que tem em conta a excentricidade.


Em pilares interiores e com excentricidade numa direco, dado por:

M Ed u1
1 k (3.115)
Vsd W1

k um coeficiente que depende das dimenses do pilar e W corresponde distribuio de tenses


tangenciais e os seus valores esto disponveis na seco 6.4.3. do EC2.
Em pilares circulares interiores pode ser simplificado segundo a seguinte expresso:

e
1 0.6 (3.116)
D 4d

em que D o dimetro do pilar.


Em pilares com excentricidade nas duas direces toma o valor:

1/ 2
e e x
2 2

1 1.8 y

x by
b (3.117)

Em pilares de bordo com excentricidade para o interior da laje na direco normal ao seu bordo
dada por:

50
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

u1 u
k 1 e (3.118)
u1* W1

Em que u1* o permetro de controlo reduzido (ver Figura 3.16).

Figura 3. 16 Permetro de controlo reduzido (EC2)

Quando a excentricidade est para o exterior da laje segundo a mesma direco temos:

M sd u1
1 k (3.119)
Vsd W1

Em pilares de canto o valor de dado pelo quociente entre o comprimento do permetro caso se
trate de um pilar interior pelo permetro do pilar de canto considerado.
De forma simplificada pode-se considerar este coeficiente 1.5 para pilares de canto, 1.4 para pilares de
bordo e 1.15 para pilares interiores, caso o comprimento dos vos dos tramos adjacentes no
ultrapasse 25%.
A tenso resistente ao punoamento sem armadura, vRd ,c , em lajes dada por:

v Rd ,c 0.12 k (100 l f ck )1 / 3 vmin (3.120)

vmin 0.035 k 1.5 f ck


0.5
(3.121)

200
k 1 (3.122)
d

51
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Em que l a percentagem de armadura longitudinal e no deve ser superior a 0.02.

Em sapatas esta equao deve ser multiplicada por 2d/a em que a a distncia desde a face do pilar at
superfcie de controlo.
Quando se trata de sapatas necessrio retirar ao esforo actuante a reaco provocada pelos impulsos
do terreno originando uma fora til actuante, VEd ,red . Isto quando a aco no possui excentricidade,
pois quando a aco excntrica VEd ,red dado por:

VEd ,red M Ed u
v Ed 1 k (3.123)
u d VEd ,red W

Em que k o coeficiente que tem em conta as dimenses do pilar e W similar a W1 mas referente ao
permetro de controlo u.
Em sapatas a resistncia ao punoamento sem armadura transversal dada por:

v Rd ,c 0.12 k (100 f ck )1 / 3 2d / a vmin 2d / a (3.124)

A resistncia ao punoamento de lajes e sapatas com a respectiva armadura de punoamento :

Asw 1
v Rd ,cs 0.75 VRd ,c 1.5 d f ywd ,ef sen
sr u1 d (3.125)

f ywd ,ef 250 0.25d f ywd (3.126)

Em que Asw a rea de um permetro de armaduras de punoamento em torno do pilar, s r o


espaamento radial dos permetros de armaduras de punoamento, f ywd ,ef o valor de clculo da
tenso efectiva de cedncia das armaduras e o ngulo entre as armaduras de punoamento e o
plano da laje. Dispondo armadura de punoamento o seu permetro exterior medido distncia de 1.5d
VEd
do ltimo permetro de reforo no deve ser inferior a .
v Rd ,c d
O Eurocdigo estabelece tambm a verificao ao corte de um permetro de controlo face do pilar. A
tenso actuante neste permetro nunca dever ser maior que:

f
v Rd ,mx 0.3 1 ck f cd (3.127)
250

52
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quanto s disposies construtivas relativamente ao punoamento o EC2 impe como limites a


disperso de armadura a 1.5d tal como no REBAP e um espaamento longitudinal tambm igual ao
regulamento referido. Na Figura 3.17 o valor de k recomendado de 1.5.

Figura 3. 17 Disposies da armadura de Punoamento segundo o EC2

Quando necessria armadura de punoamento, a rea mnima de um ramo de um estribo dada pela
expresso:

Asw,min
1.5 sin cos 0.08 f ck (3.128)

( sr st ) f yk

3.3.5. ACI 318 (2008)

Quanto ao punoamento, o ACI 318 fixa o valor de Vc o valor mnimo dado entre as equaes (3.129)
a (3.131).

2 (3.129)
Vc 0.171 f ck b0 d

d (3.130)
Vc 0.083 2 s f ck b0 d
b0

Vc 0.33 f ck b0 d (3.131)

Nestas expresses corresponde ao quociente entre o lado maior do pilar e o lado menor, b0 o
permetro crtico que se situa a uma distncia de 0.5d do pilar e s um coeficiente que tem em conta

53
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

a localizao do pilar na laje sendo 40 em pilares interiores, 30 em pilares de bordo e 20 em pilares de


canto.
Em carregamentos excntricos o momento a considerar no pilar consiste no momento proveniente da
laje multiplicado por um coeficiente v dado pela expresso:

1 (3.132)
v 1
2 b1
1
3 b2

em que b1 e b2 correspondem s dimenses dos lados do permetro de controlo. De seguida possvel


calcular as tenses actuantes no cone de punoamento pelas equaes:

Vu v M u c (3.133)
vu1
Ac j
Vu v M u c' (3.134)
vu 2
Ac j

Os valores de c/j podem ser calculados pela aplicao do ponto R.11.11.7.2 do ACI 318.
No caso de ser necessrio reforar a laje com armadura de punoamento, V s no deve ser inferior a
0.17 f ck b0 d , VRd tem que ser inferior a 0.5 f ck b0 d e V s calculado pela equao

Av (3.135)
Vs f ywd sin
s

Neste caso Av corresponde rea de estribos que necessrio colocar ao longo de um permetro de
controlo.
Relativamente s disposies construtivas a armadura de punoamento deve obedecer s disposies
da Figura 3.18.

54
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 3. 18 Disposies da armadura de Punoamento segundo o ACI 318

3.3.6. DIN 1045 (2008)


Segundo esta norma o permetro de controlo a partir do qual so determinados os esforos actuantes
definido a 1.5d do pilar.
As excentricidades so acauteladas por um coeficiente e apenas pode ser calculado em situaes
em que a relao entre vo adjacentes no seja superior a 0.8 nem inferior a 1.25. Nestes casos este
coeficiente toma os valores explicitados na Figura 3.19.

Figura 3. 19 Coeficiente de excentricidade na DIN 1045-1.

O clculo de VRd ,c para elementos sem armadura de punoamento feito da mesma forma do que na
equao (3.113) (EC2) substituindo o coeficiente 0.12 por 0.14. Em sapatas esta expresso deve ser
multiplicada por um factor k que consiste no quociente entre o comprimento do permetro crtico
calculado a 1.5d pelo permetro crtico calculado a 1.0d, este coeficiente no deve ser inferior a 1.2.
Em elementos com armadura de punoamento VRd no deve ser superior a 1.5 VRd ,c .

55
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Na verificao da segurana ao punoamento com armadura de punoamento a DIN 1045-1 define a


verificao dentro e fora da zona que ser armada, sendo a primeira no permetro 0.5d qual
corresponde a equao (3.136) e consequentemente uma quantidade de armadura. Os restantes
permetros armados devero satisfazer a equao (3.137) e no exterior da zona com armadura de
punoamento a equao a aplicar na verificao da segurana a (3.138).

K s Asw sin f ywd (3.136)


v Rd v Rd ,c
u
K s Asw sin f ywd d (3.137)
v Rd v Rd ,c
u sw

0.29l w (3.138)
v Rd 1 v Rd ,c
3.5d

Na a DIN o espaamento mximo entre a face do pilar e o primeiro permetro reforado no deve ser
inferior a 0.5d assim como a distncia entre permetros.

3.3.7. BS 8110 (1997)

O clculo do esforo actuante deve ser feito segundo a equao (3.51) substituindo o parmetro bw
pelo permetro crtico rectangular distncia de 0.75d da face do pilar ou mltiplos deste. A tenso
mxima admissvel deve ser calculada considerando o permetro junto face do pilar e no deve
exceder 5MPa ou 0.8 f ck .

Figura 3. 20 Permetro de controlo

O algoritmo de clculo para a verificao da segurana similar ao realizado para o esforo transverso
variando porm a forma de clculo da armadura que toma a seguinte expresso:

56
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

(v vc )ud
A sw sin
0.95 f ywd
(3.139)

No entanto quando a tenso actuante se situa entre 1.6 v Rd ,c e 2 v Rd ,c a frmula aplicar ser:

5(0.7v vc )ud
A sw sin
0.95 f ywd
(3.140)

Caso o valor seja superior a 2 vrd ,c o modelo a adoptar deve ser devidamente justificado.

As excentricidades devem ser contabilizadas no esforo transverso actuante atravs da equao:

1.5M t
V Vt 1.25 (3.141)
Vt

em que M t e Vt correspondem ao momento e fora de corte de transferncia respectivamente.

Figura 3. 21 Momento e fora de corte de transferncia

57
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

No que diz respeito s aberturas, estas devem reduzir o permetro de controlo quando situadas a uma
distncia inferior a 6d da face do pilar. Este desconto deve ser feito recorrendo mesma metodologia
que foi enunciada no EC2.
No que diz respeito s disposies construtivas a BS 8110 define que em cada zona de corte espaada
de 1.5d deve existir 2 permetros de estribo espaados, no mximo, de 0.75d tal como indica a Figura
3.22.

Figura 3. 22 Disposies da armadura de Punoamento segundo a BS 8110.

3.3.8. EHE (2008)


Quanto ao punoamento as disposies do EHE so idnticas ao EC2 com a excepo do clculo do
valor de vmin que deve ser feito atravs da equao (3.121) substituindo o coeficiente 0.035 por 0.05.
Quanto ao factor a EHE no sugere nenhuma modificao caso no hajam momentos de
transferncia assumindo de forma simplificada 1.15 em pilares interiores, 1.4 em pilares de bordo e
1.5 em pilares de canto tal como no EC2.
Esta norma tal como a DIN igual ao EC2 no que diz respeito s disposies construtivas.

58
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

3.3.9. NBR 6118 (2004)


A verificao da segurana ao punoamento deve ser feita em 3 permetros diferentes: junto ao pilar,
distncia 2d e distncia 2d do ltimo permetro de armaduras de punoamento.
A verificao da segurana nos permetros de controlo dada por, respectivamente:

f ck
sd Rd 2 0.27 1 f cd (3.142)
250

sd Rd 1 0.13 1 20 d 100f ck 1 / 3 (3.143)


Caso seja necessria armadura de punoamento a verificao da segurana dada por:

20 d Asw f ywd sin


sd Rd 3 0.101 100 f ck 1 / 3 1.5
d s ud (3.144)

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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

60
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4
5. FERRAMENTA DE CLCULO PARA VERIFICAO AO
CORTE SEGUNDO DIFERENTES REGULAMENTOS

4.1. CONSIDERAES GERAIS


No clculo estrutural, na generalidade dos casos, necessrio realizar o dimensionamento dos
elementos cumprindo as normas do pas no qual a obra ser licenciada. O algoritmo de clculo varia
de acordo com o regulamento de cada pas assim como as expresses matemticas inerentes. Por estes
e outros motivos a aplicao dos diferentes regulamentos requer o seu estudo e a aplicao em
projecto implica uma certa disponibilidade de tempo que na maioria dos casos no existe.
Este obstculo pode ser ultrapassado com o recurso a uma ferramenta de clculo que permita de forma
sistemtica abordar o mesmo problema segundo as diferentes normas. No entanto importante referir
que a aplicao deste tipo de ferramentas no substitui o conhecimento que necessrio ter para
aplicar estes regulamentos.
Para a realizao de uma ferramenta aplicvel em projecto necessrio ter em conta que deve ser
flexvel ao ponto de poder ser utilizada de acordo com a metodologia de cada utilizador podendo
assim ser organizada da forma que o mesmo achar mais adequada. Pelas mesmas razes, o facto de
esta ferramenta permitir a verificao rpida dos clculos atravs da variao dos parmetros
envolvidos permite ao utilizador uma maior preciso e rapidez nos clculos. Para que a ferramenta
possa ter desenvolvimentos futuros mais til a utilizao de um programa com linhas de cdigo
facilmente acessveis para que possa ser alvo de intervenes para o melhoramento das suas utilidades.
De forma a responder da melhor forma aos princpios referidos nos pargrafos anteriores optou-se por
criar uma ferramenta recorrendo ao Microsoft Excel explorando as aplicaes do Visual Basic (VBA).
Esta opo tem como vantagens no s corresponder aos princpios referidos mas tambm o facto de
ter uma maior abrangncia de aplicaes que podem ser feitas atravs deste programa no que diz
respeito a desenvolvimentos futuros da mesma.
Uma vez que se pretendeu abordar 2 tipos de corte (esforo transverso e punoamento) e ambos so
abordados de forma distinta consoante o regulamento em causa, optou-se por realizar dois
Workbooks distintos para que os seus dados no sejam confundidos. Estes Workbooks apesar de
terem os mesmos princpios de funcionamento foram elaborados de formas distintas uma vez que a

61
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

experincia da realizao do primeiro permitiu adquirir experincia prtica para a elaborao do


segundo.
De forma a evitar a ocorrncia de erros na utilizao desta ferramenta procurou-se que o utilizador seja
obrigado a tomar decises durante o clculo e a validar as mesmas, no entanto o utilizador poder
simplificar o clculo tornando-o mais rpido ignorando os parmetros intermdios.
Sumariamente pode-se dizer que ambos os Workbooks se destinam ao cumprimento das
especificaes dos cdigos anunciados no captulo 3 sendo que o RIB2011.BA.ETransverso refere-se
ao esforo transverso e destina-se verificao da segurana especfica de seces de vigas ou lajes. O
RIB2011.BA.Punoamento trata o punoamento e permite realizar verificaes referentes a um pilar
com ou sem capitel e a sapatas ou ensoleiramentos gerais. Esta ferramenta no efectua combinaes de
aces pois este tipo de clculo pode ser mais til se for desenvolvido em separado de forma a poder
comunicar no s com estas aplicaes mas tambm a outras idnticas referentes a assuntos diferentes
(ROBOT, SAP2000, folhas de Excel, entre outras). Assim o input de esforos implica a introduo de
esforos finais devidamente majorados.

4.2. DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA


4.2.1. LINGUAGEM
O Visual Basic (VB) insere-se numa programao orientada por objectos baseada na linguagem de
programao BASIC. Este tipo de programao permite que um conjunto de instrues e de objectos
que interagem entre si, onde cada elemento preserva a sua individualidade e desempenha um papel
especial na execuo de uma tarefa. O VBA um subconjunto do VB desenvolvido para actuar em
conjunto com as aplicaes do Microsoft Office (Loureiro, 2007).
Neste tipo de programao o Excel um objecto denominado por Application, um livro um
Workbook e uma folha de clculo uma Worksheet. A aplicao VBA torna-se particularmente til
no desenvolvimento de Macros no sentido em que permite a edio das mesmas para efectuar tarefas
mais complexas.
Na utilizao do VBA podemos distinguir 3 tipos de mtodos:
Mtodos tipo A quando executam uma tarefa e no necessitam de parmetros para o fazer
Mtodos tipo B quando executam uma tarefa com base em parmetros
Mtodos tipo C executam uma tarefa e retornam valores com base em argumentos de
entrada
No desenvolvimento desta ferramenta foram utilizados fundamentalmente mtodos tipo A e tipo B
com o recurso a Form Controls (controlos desenhados para a realizao de tarefas) de forma a poder
avaliar os parmetros existentes na folha de clculo antes de poder validar os mesmos. Estas funes
foram utilizadas tambm com o objectivo de organizar os resultados para facilitar a sua utilizao e
permitir detectar possveis incoerncias nos mesmos.
A programao em BASIC no a mais veloz, no entanto a velocidade de execuo das Macros
suficiente quando enquadrada no tipo de utilizao que se pretende. Apesar disso na ferramenta
relativa ao punoamento evitou-se utilizar estas rotinas devido necessidade de realizar mais iteraes
no clculo.

62
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

De forma a no haver alteraes despropositadas na ferramenta, esta encontra-se bloqueada sendo


apenas possvel editar as clulas de cor. As clulas de preenchimento obrigatrio tm cor cinzenta
enquanto que as clulas opcionais esto representadas de cor acastanhada. Para fazer alteraes no
cdigo necessrio introduzir a palavra-chave RIBEIRINHO para desbloquear as folhas de clculo.

4.2.2. ESTRUTURA GERAL


4.2.2.1. Esforo transverso
A folha relativa ao esforo transverso permite, como j foi referido, fazer a verificao da segurana
na seco pretendida atravs do REBAP, EC2, DIN, EHE, ACI, BS, NBR, pelo mtodo de Sobreira e
pelo MC10. Para alm destas utilidades a ferramenta permite guardar numa base de dados as
informaes referentes a cada seco calculada relativamente a determinado projecto e criar uma folha
para impresso.

Figura 4. 1 Cronograma do RIB2011.BA.ETransverso

Esta ferramenta composta por uma folha Menu (ver Figura 4.2) inicial que permite actualizar os
dados sobre o projecto e o seu autor assim como escolher o regulamento para a realizao do clculo.

63
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 4. 2 Folha Menu (RIB2011.BA.Etransverso)

As worksheets referentes a cada regulamento so compostas por diversos quadros sendo o primeiro
referente aos dados gerais sobre a seco a analisar. O objectivo desta organizao que o utilizador
recorra os quadros pela ordem indicada nos quais poder ser necessrio introduzir dados adicionais
consoante as condies a que a seco est sujeita (ver Figura 4.3) . De uma forma geral estes quadros
seguem a seguinte sequncia:
1. Definio de esforos actuantes
2. Verificao da segurana sem armadura de esforo transverso
3. Dimensionamento de estribos
4. Verificao da segurana

Figura 4. 3 Folha exemplo EC2 (RIB2011.BA.Etransverso)

64
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

No final do clculo em cada regulamento possvel validar aquele transferindo os dados principais
para outra Woorksheet referente aos dados do projecto (ver Figura 4.4).

Figura 4. 4 Folha de Projecto (RIB2011.BA.Etransverso)

Assim que os clculos estejam finalizados possvel gerar uma folha de impresso com os mesmos tal
como se pode observar na figura 4.5.

Figura 4. 5 Folha de Impresso (RIB2011.BA.Etransverso)

65
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

4.2.2.2. Punoamento
A folha relativa ao punoamento tem uma estrutura diferente do esforo transverso. Esta constituda
por uma folha inicial onde possvel introduzir os dados gerais relativamente ao problema em causa e
obter alguns resultados.

Figura 4. 6 Cronograma RIB2011.BA.Punoamento

Uma vez que a uniformizao de parmetros relativamente aos diferentes regulamentos implica
aumentar a margem de erro possvel, na execuo dos clculos optou-se por criar diferentes quadros,
cada um referente a um regulamento nos quais constam os resultados gerais de cada metodologia, os
avisos referentes aos erros relativos aos dados introduzidos e algumas clulas onde podem ser
introduzidos dados adicionais. Nesta mesma folha possvel encontrar uma tabela resumo que
disponibiliza as informaes relativas a cada regulamento utilizando a mesma soluo de armadura o
que permite uma comparao directa mas superficial dos regulamentos disponveis (ver Figura 4.7).
Nesta tabela as linhas aparecem a cinzento caso haja parmetros essenciais em falta, a azul caso haja
irregularidades nas disposies construtivas ou nos limites de resistncia/verificao da segurana e a
branco se todos os parmetros estiverem correctos e se se verificar a segurana segundo o mtodo em
causa.

66
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 4. 7 Folha Resoluo Simultnea (RIB2011.BA.Punoamento)

Os dados apresentados nos quadros referentes aos regulamentos so calculados atravs de uma
worksheet referente a cada cdigo, nas quais possvel obter a informao detalhada do clculo
efectuado (ver Figura 4.8). Estas worksheets encontram-se organizadas em quadros tal como na
ferramenta de esforo transverso e em formato de impresso com a seguinte ordem geral:
1. Definies geomtricas e permetro crtico
2. Definio de esforos actuantes
3. Verificao da segurana sem armadura de punoamento
4. Dimensionamento de armadura de punoamento
5. Verificao da Segurana

67
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 4. 8 Folha exemplo EC2 (RIB2011.BA.Punoamento)

A estrutura da worksheet referente ao modelo de Punoamento de Arajo Sobreira diferente das


restantes uma vez que esta folha j tinha sido elaborada pelo GOP e no se introduziram modificaes
mesma. Esta worksheet incorpora o punoamento em lajes, ensoleiramentos gerais e sapatas.

4.3. FUNCIONAMENTO
Prentende-se nesta seco transmitir algumas instrues simples de funcionamento das ferramentas
com o sentido de facilitar a sua utilizao e tambm informar sobre algumas simplificaes adoptadas.

68
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

4.3.1. ESFORO TRANSVERSO


Menu
No menu inicial possvel alterar o projecto a partir do qual se pretende realizar o clculo. Atravs do
boto Novo Projecto o programa apaga todo o contedo da folha de projecto e solicita ao utilizador
para inserir os dados do novo projecto.
Os restantes botes funcionam como atalho para as folhas que anunciam.

REBAP
No quadro Dados as clulas referentes classe de beto e classe de ao devem ser escritas de
acordo com o regulamento em causa uma vez que serve como ponte para a importao de dados na
realizao do clculo. A clula Viga refere-se designao dada viga no Projecto e cuja seco ir
ser calculada, esta clula apenas tem um contributo na organizao da folha de projecto. O parmetro
alfa refere-se inclinao dos estribos em relao ao eixo da viga.
No quadro 2 encontra-se um Command Button que, quando premido, permite obter o VRd numa viga
e se deixar de ser seleccionado efectua o clculo como se de uma laje se tratasse (ver Figura 4.9).
Sempre que so feitas alteraes a montante deste clculo este boto deve ser seleccionado na opo
pretendida.

Figura 4. 9 Quadro 2 da folha REBAP.

No quadro 3 o valor designado por eficincia refere-se ao excesso ou defeito de Asw/s calculado
atravs da armadura escolhida relativamente ao resultado terico calculado no quadro 2 (ver Figuras
4.9 e 4.10).

Figura 4. 10 Quadro 3 da folha REBAP.

69
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Por fim, no ltimo quadro o rcio corresponde ao quociente entre o VRd,final e VSd isto , se este valor
for inferior a 100% no verificada a segurana e se for superior a 100% possvel ter uma
quantificao percentual do excesso de resistncia relativamente ao valor do esforo actuante inserido.

EC2
Esta folha apresenta uma particularidade em relao anterior no que diz respeito ao input de dados.
Premindo o boto Viga no rectangular ficam disponveis novos parmetros relativos seco em
estudo que podem ser teis em casos como vigas em T pr-esforadas.
No quadro 2 o utilizador tem a opo de calcular uma viga pr-esforada admitindo que no h
fissurao da pea seleccionando o respectivo option Button (Ver figura 4.11).

Figura 4. 11 Quadro 2 da folha EC2.

Caso o utilizador pretenda fazer uma abordagem em estado fissurado apenas ter de considerar o
esforo axial a introduzir no quadro 1 e no considerar a viga como pr-esforada no quadro 2. Mais
uma vez este boto dever ser premido sempre que se fizerem alteraes a montante deste clculo.
No quadro 3 possvel descontar ao esforo actuante as reaces resultantes da variao de inrcia de
uma pea sujeita a um momento flector. Este momento flector deve ser inserido como vector e no
como valor absoluto.

Figura 4. 12 Quadro 3 da folha EC2.

70
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

No quadro 4 so acrescentadas as informaes relativas ao comprimento de amarrao a l ( e ao


acrscimo de traco Ftd na armadura longitudinal consequentes do clculo de armadura de esforo
transverso tal como se pode observar na Figura 4.13 (clusulas 9.2.1.3.(2) e 6.2.3.(7) do EC2).

Figura 4. 13 Quadro 4 da folha EC2.

DIN
A folha de clculo deste regulamento idntica do EC2 excepto na seleco do factor cotan que
deve obedecer a um limite superior calculado pela equao 3.80.

EHE
A diferena entre esta folha e as duas anteriores consiste na obrigatoriedade de, no quadro 3, inserir o
momento actuante na seco em estudo para que se possa aplicar o MCFT (ver Figura 4.14). Este
momento necessrio para o clculo de e cujo clculo resulta de um processo iterativo que deve ser
realizado pelo utilizador atravs da alterao da clula VRd,iterativo. Este processo pode ser ignorado se
o utilizador adoptar, de forma simplificada, por escolher e,manual.

Figura 4. 14 Quadro 3 da folha EHE.

71
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ACI
Nesta folha de clculo imprescindvel seleccionar, no quadro 2, o tipo de clculo que se pretende que
o programa faa atravs do valor de Vc. Mais uma vez esta opo deve ser sempre seleccionada
quando so feitas alteraes a montante deste clculo.

BS
Na folha das British Standards possvel dimensionar barras dobradas em conjunto com os estribos.
Para tal necessrio escolher, atravs da Scroll Bar do quadro 4, a percentagem da resistncia que
os vares inclinados iro ter na soluo global de armadura.

NBR
Tal como no ACI, na NBR necessrio escolher o estado de tenso da pea aps a escolha do modelo
a adoptar e premir este boto cada vez que se fazem alteraes a montante deste clculo.

Arajo Sobreira
No quadro 2 desta worksheet o clculo de Vcnrd e o clculo do esquema estrutural interno da viga
feito com base nos bacos propostos por Arajo Sobreira (1980). Nesta folha tambm acrescentada,
no quadro 3.2, o dimensionamento da armadura longitudinal necessria verificao da segurana
(ver Figura 4.15).

Figura 4. 15 Quadros 2 e 3.2 da folha Arajo Sobreira.

72
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Eng. Joo Maria Sobreira


O esquema desta folha de clculo bastante diferente dos restantes uma vez que esta folha foi
desenvolvida pelo Eng. Joo Maria Sobreira no GOP e no foram feitas alteraes, para que a sua
metodologia pudesse ser convenientemente comparada.
Para utilizar esta folha necessrio ter em conta o nmero de estribos que intersectam a escora e no o
seu espaamento genrico como feito nas restantes folhas. Nesta folha p corresponde carga
uniformemente distribuda na viga, Fa diz respeito fora de traco na armadura longitudinal e b
corresponde largura do banzo comprimido da viga.
A verificao da segurana feita a partir do 3 quadro no qual so inseridos os parmetros referidos
nos pargrafos anteriores.

Model Code 2010


Esta folha permite realizar o clculo segundo os 3 nveis de aproximao. A escolha do nvel de
informao condiciona o n de parmetros necessrios no clculo e feito a partir do quadro 1 da
ferramenta.

4.3.2. PUNOAMENTO
O procedimento de clculo nas folhas referentes a cada regulamento feito da forma apresentada no
organograma da figura 4.16 apresentado de seguida.

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 4. 16 Organograma geral de uma folha de punoamento.

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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Na folha de Resoluo automtica possvel inserir a maioria dos dados necessrios resoluo dos
problemas de punoamento pelos diversos cdigos, no entanto existem alguns parmetros que podem
ser inseridos nas worksheets referentes a cada regulamento.
No quadro referente geometria os parmetros de nome C1 e C2 referem-se s dimenses do pilar
quando se trata de um pilar rectangular em que C1 o lado normal ao vector do maior momento
flector actuante (ver Figura 4.17). Caso o pilar seja circular o seu dimetro deve ser colocado na clula
que indicada e as clulas C1 e C2 devem permanecer vazias. Os parmetros L x e Ly dizem
respeito s distncias do pilar em causa aos pilares adjacentes ortogonais em relao a este. A sl,x e
Asl,y correspondem armadura longitudinal superior que atravessa o pilar nas duas direces do
plano da laje.

Figura 4. 17 Quadro Geometria (RIB2011.BA.Punoamento)

No quadro referente armadura St corresponde ao espaamento transversal entre estribos e Sr ao


espaamento entre permetros de estribos. Nos esforos actuantes a Resultante vertical no pilar
corresponde totalidade dos esforos normais laje tendo em conta a rea de influncia do pilar,
M,trans diz respeito ao momento que absorvido pelo pilar e Ned corresponde ao pr-esforo na
laje (ver Figura 4.18).

Figura 4. 18 Quadro Armadura e quadro Esforos actuantes (RIB2011.BA.Punoamento)

O quadro Sapatas permite realizar o desconto das tenses do solo nos esforos actuantes e o
preenchimento destes parmetros altera o clculo dos regulamentos para as especificaes referentes a
sapatas. O quadro referente ao Capitel permite efectuar as verificaes nos permetros necessrios
segundo o EC2, DIN, EHE e NBR. Para os restantes regulamentos sugere-se que se altere a altura til
da laje no quadro Geometria tendo em conta os respectivos permetros necessrios verificao
(ver Figura 4.19).

75
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 4. 19 Quadro Capitel e quadro Sapatas (RIB2011.BA.Punoamento)

De uma forma geral, em todos os regulamentos quando seleccionado um pilar de bordo ou um pilar
de canto o permetro considerado e do permetro de um pilar interior respectivamente. Esta
simplificao pode ser corrigida inserindo o permetro em u,manual. Ainda sobre este assunto,
importante salientar que os descontos feitos ao permetro de controlo, pelo facto de este ser mais
extenso do que o regulamento o permite, so feitos automaticamente com o consequente aviso.
No quadro referente ao REBAP devem ser inseridos os momentos na laje caso existam, uma vez que
este regulamento tem em conta as excentricidades provocadas pela totalidade do momento na laje.
No EC2 o valor de pode ser ajustado atravs de ,manual. Na DIN, uma vez que apenas
considerado quando existe uma regularidade na malha de pilares definida, tambm se pode aplicar a
mesma metodologia referida em relao ao EC2. O n de ramos do permetro mais prximo da face do
pilar cujo clculo obrigatrio na DIN tambm feito a partir do quadro individual do regulamento.
O quadro referente ao ACI a clula momento corresponde ao momento total na laje. No quadro onde
se encontram os clculos efectuados segundo o mtodo de Arajo Sobreira encontram-se trs imagens
com o objectivo de explicar a notao adoptada neste mtodo.
Na verificao da segurana ao punoamento segundo o Draft do Model Code 2010, o valor de rs
adoptado corresponde a 22% do vo mximo considerado. Se este valor no corresponder ao
pretendido pode ser inserido manualmente em rs,manual.

4.4. EXEMPLOS DE APLICAO


4.4.1. RIB2011.BA.ETRANSVERSO
Este exemplo tem como objectivo expor um exemplo prtico analisado atravs da ferramenta
desenvolvida e tambm permitir uma primeira aproximao ao potencial utilizador.
Para este exemplo considerou-se uma viga simplesmente apoiada com um vo de 6 m e com uma
carga uniformemente distribuda de clculo de 100 kN/m. A seco em estudo tem as dimenses de
0.25x0.60 m2, uma armadura longitudinal de 12.5 cm2 e um esforo transverso actuante de 300 kN.
Em primeiro lugar inseriram-se as designaes do projecto conforme indica a Figura 4.20.

Figura 4. 20 Quadro Novo Projecto.

76
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

De seguida comeou-se por realizar o clculo da seco pelo REBAP inserindo os dados da seco no
quadro indicado na Figura 4.21.

Figura 4. 21 Quadro Dados no REBAP.

Ao inserir estes dados e o esforo actuante a ferramenta permitiu realizar a primeira verificao da
segurana onde se pode verificar a necessidade de uma armadura de 9.15 cm2/m conforme indica a
Figura 4.22.

Figura 4. 22 Quadro Verificao da Segurana 1 no REBAP.

De seguida procedeu-se ao dimensionamento da armadura de esforo transverso tendo em conta os


limites de espaamento e a armadura mnima e com uma eficincia terica prxima dos 100 % (ver
Figura 4.23).

Figura 4. 23 Dimensionamento de estribos pelo REBAP.

77
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

De seguida feita a verificao da segurana final com a armadura dimensionada e ajustado o d (ver
Figura 4.24).

Figura 4. 24 Verificao da segurana final pelo REBAP.

Premindo o boto Validar Clculo so registados na folha de projecto os dados essenciais da seco
analisada depois de ser designada a seco (Figura 4.25).

Figura 4. 25 Designao da seco.

No anexo A.1 encontram-se os exemplos resolvidos pelos restantes regulamentos. Na folha de


projecto encontram-se todos os elementos calculados e possvel, relativamente a uma seco,
conhecer o esforo actuante a que est sujeita, o esforo resistente com armadura de esforo transverso
e respectiva armadura, as dimenses da seco, a viga em que se encontra, o regulamento com que foi
calculada e a data em que foi validada ou revista (ver Figura 4.26).

Figura 4. 26 Folha de Projecto.

Neste caso o regulamento que permitiu uma soluo de estribos mais econmica, em termos de
dimensionamento foi o EC2.

A partir da folha de projecto possvel realizar a impresso sendo elaborada uma folha final.

78
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

4.4.2. RIB2011.BA.PUNOAMENTO
Para este exemplo considerou-se um pilar central quadrado com 0.40 m de lado que serve de apoio a
uma laje com uma malha de pilares quadrada com 6 m de vo e uma altura til de 0.26 m. Os esforos
actuantes considerados foram uma fora resultante no cone de punoamento de 800 kN, e momentos
flectores ortogonais de 80 e 85 kNm. Considerou-se tambm uma classe de beto de C25/30 e uma
armadura longitudinal em malha quadrada com 13.4 cm2/m.
Na folha de resoluo simultnea foram introduzidos os dados referentes geometria do elemento
como indicado na Figura 4.27.

Figura 4. 27 Quadros de Dados.

Depois de inserir os dados apresentada na folha resumo (ver Figura 4.28) as solues de estribos a
adoptar, que disposta a partir do quadro Armaduras apresentado na figura 4.29.

Figura 4. 28 Quadros de resumo geral.

Figura 4. 29 Quadros de Dados de armaduras de reforo ao punoamento.

79
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

De seguida, necessrio percorrer os diversos quadros para verificar se existe algum incumprimento
nos pressupostos dos cdigos que se pretende analisar. Neste caso optou-se por efectuar a resoluo
pelo EC2, encontrando-se a resoluo pelos restantes cdigos no anexo B.2.

Na Figura 4.30 encontra-se o quadro resumo com as verificaes devidamente corrigidas.

Figura 4. 30 Quadro resumo do EC2.

A partir deste quadro seria possvel corrigir o permetro de controlo assim como o efeito das
excentricidades traduzido pelo factor .

Em alternativa ao dimensionamento de estribos poder-se-ia ter optado por reforar a ligao atravs de
um capitel. Na figura 4.31 encontra-se resumida a verificao da segurana com capitel a partir do
EC2.

Figura 4. 31 Dimensionamento de Capitel.

80
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

5
6. ANLISE COMPARATIVA DOS DIFERENTES
REGULAMENTOS E MODELOS ESTUDADOS

5.1. CONSIDERAES GERAIS


Para se proceder a uma anlise mais aprofundada dos regulamentos no basta ter em conta as suas
expresses matemticas, torna-se necessrio comparar toda a metodologia de clculo uma vez que as
solues de dimensionamento podem ser condicionadas por diversos factores.
A estratgia adoptada, tendo em conta os recursos disponveis, passou por estudar diversos casos
alguns mais prticos devido aos pressupostos referidos no pargrafo anterior e outros mais tericos de
forma a comparar alguns parmetros de forma mais explcita.
Neste captulo optou-se por no se estudar nenhum caso de uma estrutura real uma vez que envolveria
uma discusso extensa cujas solues de dimensionamento passam pela aplicao das concluses a
retirar deste captulo.
Devido s especificidades das duas situaes em anlise (Esforo Transverso e Punoamento) optou-
se por distinguir ambos os fenmenos em diferentes seces de texto onde se procurou fazer um
enquadramento de cada assunto estudado, apresentar resultados e comentrios. Nos diversos casos so
descritos, de uma forma geral, os resultados obtidos resumidos por grficos ou quadros sntese. Os
grficos completos assim como as tabelas de resultados podem ser consultadas nos anexos B.1 e B.2
referentes ao Esforo Transverso e Punoamento, respectivamente.
Neste captulo no so abordados com detalhe os casos de punoamento em sapatas uma vez que a sua
discusso implica uma anlise particular e que se enquadraria numa tese especfica uma vez que o
desenvolvimento deste trabalho encaminhou-se para o punoamento nas lajes.
De forma a facilitar as comparaes entre cdigos e entre valores, procurou-se tornar as grandezas
envolvidas em valores adimensionais. tambm importante referir que nos casos estudados no foi
tida em considerao a influncia das combinaes de aces uma vez que a estratgia seguida visava
o estudo dos modelos em Estado Limite ltimo considerando assim o mesmo valor no que diz respeito
aos esforos actuantes. Considerou-se tambm que os resultados influenciados pelas combinaes de
aces iriam ser inconclusivos no que diz respeito ao modelo de clculo de cada cdigo e que este
assunto teria uma perspectiva de desenvolvimento paralela mas no coincidente com os objectivos
desta dissertao. Porm pode-se afirmar que os resultados que se iriam obter tornariam os
regulamentos mais antigos mais conservativos em relao aos cdigos actuais uma vez que os

81
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

coeficientes de segurana tm vindo a diminuir, no entanto a comparao entre o Eurocdigo e o ACI


no to directa sendo necessrio fazer uma comparao pormenorizada.
De forma simplificada faz-se referncia ao MC10 consoante o seu nvel de aproximao, isto MC10
I corresponde ao nvel 1 de aproximao MC10 II ao nvel 2 e MC10 III ao nvel 3. Quando se faz
referncia ao MC10 sem qualquer ndice trata-se de um critrio geral, igual nos diferentes nveis de
aproximao.
A realizao dos clculos com vista composio deste captulo foi feita atravs das ferramentas de
clculo desenvolvidas, o que permitiu no s que o processo fosse mais rpido, mas tambm testar a
ferramenta para que se pudessem realizar correces e melhorar a sua aplicao.

5.2. ESFORO TRANSVERSO


5.2.1. LIMITES DE RESISTNCIA
O objectivo deste caso foi obter numericamente o campo de aplicao dos mtodos analisados no que
diz respeito s resistncias mnima (condicionada pela armadura mnima) e mxima.
Para abordar este caso consideraram-se 5 seces (S1 a S5) rectangulares e sem pr-esforo, que
mantm uma altura til de 0.45 m de forma a manter o espaamento entre bielas e fez-se variar a
largura da alma criando relaes de b/h de 0.4 a 0.8 de S1 a S5 respectivamente. A classe de beto
utilizada foi C20/25 e a classe de ao de S500. Procurou-se tambm utilizar uma inclinao da escora
mxima de forma a poder aumentar o valor de VRd,max.
O nvel III de aproximao do MC10 no consta neste caso uma vez que a sua aplicao neste
contexto apresenta resultados inconclusivos devido necessidade de acrescentar variveis ao
problema.

Resultados Obtidos
Pela observao do grfico da figura 5.1 constata-se que o limite superior de aplicao mais elevado
na EHE e no REBAP e menos elevado na BS apesar dos valores serem relativamente prximos. de
salientar a diferena entre a EHE e o EC2 que so dois regulamentos com uma metodologia idntica.

1000
Vrd,mx (KN)

800

600

400

200

S1 S2 S3 S4 S5

Figura 5. 1 Valores de VRd,mx obtidos nas seces analisadas.

82
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quanto armadura transversal mnima a BS e o MC10 impe uma quantidade superior em relao aos
restantes cdigos (cerca de 60% em relao ao EC2) enquanto que o ACI menos exigente neste
aspecto (cerca de 15% em relao ao EC2) como possvel observar na Figura 5.2.

0,12

w,min (%)
0,10

0,08

0,06

0,04

0,02

0,00
REBAP EC2 DIN EHE BS ACI NBR MC10

Figura 5. 2 Percentagem de armadura mnima em cada cdigo nas condies do problema.

Quanto percentagem de armadura transversal qual corresponde VRd,max pode-se observar que estas
percentagens no chegam a atingir valores de 1% (ver Figura 5.3).

1,00
w (%)

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
REBAP EC2 DIN EHE BS ACI NBR MC10 I MC10 II

Figura 5. 3 Percentagem de armadura necessria para atingir VRd,max na seco S1.

O ACI e a BS no impe um esforo resistente global mximo, no entanto no ACI so impostos


limites superiores de Vc e Vs enquanto a BS impe um valor mximo para o esforo actuante.
No grfico da Figura 5.4 so apresentados os valores correspondentes quantidade de armadura
necessria para atingir o valor de VRd,mx contabilizado a partir da armadura mnima, isto , o nmero
de vezes da armadura mnima de cada regulamento a que corresponde o valor de VRd,mx.

83
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

,max / ,min 14
12
10
8
6
4
2
0
REBAP EC2 DIN EHE BS ACI NBR MC10 I MC10 II

Figura 5. 4 Quantificao de VRd,max atravs da quantidade de armadura mnima.

Comentrio
Em relao aos valores de VEd,max do EC2 e da EHE verificou-se que s so condicionantes em
comparao com VRd,max, quando so adoptadas seces de beto com reas reduzidas (prximas dos
0.08 m2).
As expresses de VRd,max sugerem que este valor est relacionado com o esgotamento da resistncia
das escoras compresso. Este valor est relacionado, entre outros parmetros, com z ou d em alguns
casos uma vez que a largura da escora no apoio calculada em funo desta grandeza.

5.2.2. INFLUNCIA DA LARGURA DA ALMA NA RESISTNCIA


Neste caso pretende-se evidenciar a importncia da largura da alma na resistncia da pea ao esforo
transverso, analisando em pormenor a contribuio do beto.
Na abordagem a este problema manteve-se a taxa de armadura longitudinal fixa e utilizou-se uma viga
com uma altura de 0.6 m fazendo variar a largura efectiva da alma de 0.2 a 0.5 m. A classe de beto
utilizada foi de C30/37. A taxa de armadura longitudinal considerada foi de 1%.
Pelo facto de a aplicao do mtodo de Arajo Sobreira ser condicionada pelo comprimento do vo e
pelo tipo de cargas que actuam sobre a estrutura, considerou-se a possibilidade da formao do
esquema atirantado (SOBR1), o esquema em trelia sem armadura (SOBR2) e a parcela da resistncia
do beto com armadura de esforo transverso considerando um recobrimento de 3 cm e uma armadura
de 2r 8//0.15 (SOBR3).
Para facilitar a comparao entre mtodos estes foram apresentados em funo dos resultados obtidos
pelo EC2, isto cada um corresponde ao quociente entre o valor obtido pelo mtodo em causa sobre o
valor obtido pelo EC2.

Resultados Obtidos
No grfico da Figura 5.5 possvel observar as diferenas nos resultados entre o EC2, a DIN e os
restantes mtodos sendo na maioria dos casos mais do dobro. No entanto, com o aumento da seco na
BS obtm-se valores inferiores aos do EC2. Em relao ao mtodo de Arajo Sobreira o esquema
atirantado apresenta valores de Vcnrd muito superiores aos restantes e possvel identificar que a

84
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

parcela Vcnrd com armadura de esforo transverso (SOBR3) inferior para almas mais esbeltas
apresentando um incremento significativo com o aumento da espessura da alma.
3,25
Vrd,c / Vrdc,ref

REBAP
2,75 EC2
ACI
2,25 DIN1
BS
1,75 EHE
NBR
1,25 SOBR2
MC10 III
0,75 MC10 I
0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 bw (m)

Figura 5. 5 Comparao dos valores de VRd,c com o aumento da largura da alma (A).

7
Vrd,c / Vrdc,ref

EC2
6
SOBR1
5
SOBR2
4 SOBR3
3
2
1
0
0,20 0,30 0,40 0,50 bw (m)

Figura 5. 6 Comparao dos valores de VRd,c com o aumento da largura da alma (B).

Comentrio
A diferena nos valores de VRd,c notria entre o EC2 e a maior parte dos cdigos sendo neste cdigo
bastante inferiores. de salientar que no EC2 o valor de VRd,c no utilizado como termo corrector da
trelia de Mrsch servindo apenas para limitar o esforo actuante at ao qual possvel utilizar a
armadura mnima, isto , no clculo de estribos a largura da alma no tem qualquer influncia. Desta
forma no comprovado o aumento da resistncia ao corte devido ao aumento da largura da alma
como indica a Figura 5.7.

85
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Figura 5. 7 Tenses mdias nos estribos em vigas com diversas relaes b/b 0 (Leonhardt (1977)).

Os resultados da figura 5.8 evidenciam a influncia da resistncia do tirante de beto que aumenta com
a seco da pea devido diminuio da rea fissurada, efeito que no explicado nos cdigos.

Figura 5. 8 Esquema, em planta, do tirante de beto.

Em relao s normas europeias h uma grande semelhana na equao que permite calcular VRd,c
variando apenas um coeficiente (CRd,c) que no considerado como um valor fixo apesar de serem
sugeridas recomendaes para a sua escolha. A EHE permite valores de V Rd,c superiores ao EC2
enquanto que na DIN se obtm valores inferiores.
Para peas comprimidas na DIN o aumento da compresso no elemento provoca uma diminuio da
resistncia VRd,c ao contrrio das restantes normas. Por outro lado na DIN o nvel de compresso da
pea no influencia VRd,mx ao contrrio do EC2.

5.2.3. ARMADURA LONGITUDINAL


O objectivo deste estudo foi quantificar os ganhos de resistncia em VRd,c com o aumento da taxa de
armadura longitudinal.
Para estudar este caso foi adoptada uma seco de viga de 0.30x0.60 m2 com uma classe de beto de
C20/25 e uma classe de ao S500 fazendo variar a armadura longitudinal de 316 correspondente a

86
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

uma taxa de armadura longitudinal de 0.3% at 8 25 que corresponde a uma taxa de armadura de
2.2%. Para a aplicao do mtodo de Arajo Sobreira corrigido considerou-se um vo de 6 m e uma
armadura transversal de 2r 8//0.20 com um recobrimento de 4 cm.
Neste estudo no so englobados o REBAP, a NBR, os nveis I e II do MC10 e a NBR uma vez que
no tm em conta este parmetro.

Resultados Obtidos
O grfico da figura 5.9 indica que o MC10 III e a BS so os cdigos que permitem maiores ganhos de
resistncia com o aumento da taxa de armadura longitudinal permitindo acrscimos de cerca de 40%.

70
Vrd,c (KN)

EC2
60
ACI
50
DIN
40
BS
30
EHE
20
MC10 III
10
0
l (%)
0,25 0,75 1,25 1,75 2,25

Figura 5. 9 Incrementos de VRd,c com o aumento da armadura longitudinal.

Com o mtodo de Sobreira o aumento de armadura permitiu incrementos de resistncia significativos


motivados pela variao da inclinao das bielas (ver Anexo B.1).

Comentrios
A partir dos resultados obtidos concluiu-se que o aumento da taxa de armadura longitudinal influencia
a resistncia ao esforo transverso segundo os cdigos considerados, no entanto este aumento de
resistncia no se verifica a partir de taxas de armadura superiores a 2% segundo os cdigos
analizados. Na BS e no ACI este limite no existe sendo que no ACI fica condicionado a Vc,max.
O facto de se reforar a armadura longitudinal de traco provoca uma diminuio da inclinao da
escora junto ao apoio o que justifica este aumento de resistncia considerado pelos cdigos, no entanto
este efeito faz diminuir a resistncia da escora ao esmagamento. Este aspecto toma especial relevncia
nos regulamentos que se baseiam no modelo de escoras com inclinao varivel uma vez que o valor
de VRd,c no permite determinar um ngulo de inclinao da escora para calcular V Rd,max. O facto de a
BS no impor nenhum limite superior pode provocar uma rotura por esmagamento da biela.

5.2.3. INFLUNCIA DO TIRANTE DE BETO NA RESISTNCIA GLOBAL


De forma a comparar a existncia de um tirante de beto com a interpretao que os cdigos principais
fazem da resistncia do beto, optou-se por analisar a resistncia ao esforo transverso com seces

87
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

com uma altura til de 0.95 m fazendo variar a espessura da alma de forma a obter-se uma maior rea
de tirante. Foi tambm considerada uma situao de laje com 0.30 m de espessura de forma a verificar
a necessidade de armadura de esforo transverso.
Neste caso considerou-se uma classe de beto de C25/30, e uma classe de ao S500. A armadura
considerada foi de 2r 8//0,20. As larguras da alma estudadas foram de 0.20 m at 0.50 m.

Resultados Obtidos
A partir do grfico da figura 5.10 possvel observar que apesar da variao da seco a resistncia
global no EC2 mantm-se, apresentando valores na ordem dos 450 kN enquanto que pelos restantes
mtodos a resistncia aumenta com o aumento da seco.
No caso referente laje (ver ltima coluna do Quadro 5.1) verifica-se que no mtodo de Sobreira e no
MC10 a resistncia superior aos restantes.

1000
Vrd (KN)

800

600

400

200

0
REBAP EC2 ACI A.Sobr. MC10 III
b=0,20 b=0,30 b=0,40 b=0,50

Figura 5. 10 Resistncia global ao esforo transverso.

No quadro 5.1 esto contabilizadas as resistncias obtidas segundo os diferentes mtodos, onde se
pode realar o facto de em seces a partir de cerca de 0.40 m de largura da alma o Eurocdigo torna-
se o cdigo mais conservativo em relao aos restantes, com a excepo do ACI. tambm de
salientar que na situao de laje a resistncia dada pelo MC10 e pelo mtodo de Arajo Sobreira
significativamente superior do que o ACI, REBAP e EC2.

Quadro 5. 1 Relao entre as resistncias globais dos diversos mtodos e a resistncia do EC2.

bw 0,2 0,3 0,4 0,5 1,0


REBAP 0,71 0,86 1,01 1,16 1,09
EC2 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
ACI 0,64 0,77 0,90 1,03 1,15
A.Sobr. 1,09 1,44 1,60 1,62 1,56
MC10 III 0,98 1,23 1,47 2,02 1,59

88
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Comentrio
Neste caso possvel identificar que a maioria dos mtodos atribui directamente ao beto uma parcela
da resistncia ao esforo transverso. Pelo facto de o EC2 ignorar esta parcela origina que este cdigo
seja mais conservativo em peas com seces de maior rea, inclusivamente mais conservativo que o
REBAP que o regulamento em vigor em Portugal desde 1983.
O facto de os valores de VRd,c do EC2 serem baixos em relao aos restantes mtodos implica que em
situaes de laje seja, por vezes, necessrio reforar a mesma com armadura de esforo transverso, o
que inviabiliza a formao do arco atirantado nas lajes. De facto, se tivermos em conta os resultados
obtidos pelos restantes mtodos analisados, a resistncia ao esforo transverso atravs da resistncia
do beto aumenta significativamente principalmente no MC10 e no mtodo de Sobreira o que indica
que se poder formar o arco atirantado podendo assim, na maioria dos casos desprezar a armadura de
esforo transverso. Se se observar os resultados obtidos no MC10 para vigas com uma espessura
elevada o valor da resistncia ao esforo transverso aumenta significativamente e esse aumento resulta
do aumento da parcela VRd,c uma vez que a armadura considerada a mesma. No mtodo de Sobreira
s foi possvel obter estes resultados (aproximadamente constante em espessuras elevadas) atravs da
diminuio da quantidade de armadura longitudinal para que as bielas aumentassem a inclinao, na
prtica estes resultados iriam conduzir a valores de resistncia, VRd,c, superiores.
O ACI apresenta resultados mais conservativos do que os restantes mtodos uma vez que no
considera a influncia da inclinao das bielas na resistncia ao esforo transverso. No entanto nas
lajes, esta resistncia superior ao EC2.
Pela anlise dos resultados pode-se verificar que o MC10 e o mtodo de Sobreira apresentam
resultados idnticos apesar de se basearem em princpios diferentes, sendo o MC10 baseado em
mtodos empricos e o mtodo de Sobreira baseado em mtodos analticos.

5.2.4. INFLUNCIA DA TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL


O principal objectivo deste caso foi avaliar a resistncia que possvel obter segundo os diferentes
cdigos para uma seco e uma taxa de armadura transversal fixas.
Neste caso foram adoptadas seces com uma classe de beto de C25/30 e uma classe de ao S500. A
taxa de armadura longitudinal utilizada foi de 1% com a excepo do mtodo de Arajo Sobreira
corrigido no qual se fez variar a taxa de armadura uma vez que esta tem influncia directa na
inclinao das bielas. As taxas de armadura transversal consideradas foram de 0.125% (1.6 min do
EC2), 0.25% (3.1 min do EC2) e 0.5% (6.3 min do EC2). O critrio de escolha destes valores tem em
conta a armadura mnima e a resistncia mxima permitidos pela globalidade dos regulamentos. As
seces adoptadas foram de 0.20x0.40, 0.25x0.50 e 0.35x0.70 m2.
Procurou-se obter valores mximos de resistncia considerando a mnima inclinao da escora
possvel para cada caso.
Para facilitar a comparao de resultados tomou-se o esforo resistente calculado atravs do EC2
como referncia, VRd,ref, sendo o rcio correspondente ao quociente entre este valor e o valor
calculado em cada regulamento.

89
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Resultados Obtidos
No grfico da figura 5.11 possvel observar que para baixas taxas de armadura o MC10I, a BS, a
DIN e o ACI so mais conservadores do que o EC2 enquanto que o MC10 II, o MC10 III, a NBR e a
EHE levam a solues mais econmicas de armadura chegando-se a obter um rcio de 1.3 para a EHE.
Com o aumento da taxa de armadura transversal a tendncia que se verifica que os restantes mtodos
se tornam mais conservadores em relao ao EC2 do que para baixas taxas de armadura. Estes valores
tendem a estabilizar uma vez que com o aumento da taxa de armadura torna-se necessrio diminuir a
inclinao das bielas.

1,4
Vrd,ref / Vrd

1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5

2
Figura 5. 11 Variao de VRd com a percentagem de armadura transversal na seco 0.20x0.40 m .

Com o aumento da seco os regulamentos tendem a reduzir os valores de resistncia em relao ao


EC2. Estes valores podem ser consultados no anexo B.1.
Em relao s percentagens da resistncia referentes ao ao e ao beto o EC2, a DIN e o MC10II
consideram a resistncia toda em VRd,s, os restantes regulamentos apresentam percentagens idnticas
quando se varia a rea da seco mantendo a taxa de armadura. medida que a taxa de armadura
transversal aumenta a percentagem da resistncia referente ao beto diminui. A EHE um caso
particular uma vez que para baixas taxas de armadura tem em conta a parcela de beto que vai
diminuindo medida que se aumenta a taxa de armadura transversal at ao ponto desta parcela ser
nula considerando neste caso o modelo de escoras de inclinao varivel. Esta norma a que atribui
maiores percentagem de resistncia a VRd,c chegando a atingir cerca de 60% para baixas taxas de
armadura (ver Figura 5.12), para taxas de armadura mais elevadas o ACI o cdigo que considera este
valor mais alto (cerca de 30%).
Quanto aos valores de cotan utilizados a tendncia de aplicao diminuir com o crescimento da taxa
de armadura transversal.

90
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
40 100 39 100 45 39 61 46 60 100 55
80%

60%

40%

20%
60 0 61 0 55 61 39 54 40 0 45
0%

Vrd,c Vrd,s

Figura 5. 12 Distribuo da resistncia em VRd,c e VRd,s na seco 0.35x0.70 com w=0.125%.

Em relao ao modelo de Arajo Sobreira corrigido, os resultados so bastante menos conservativos


do que o EC2 principalmente para baixas taxas de armadura. Para seces de 0.35x0.70 a resistncia
da escora chega mesmo a ser esgotada.

Comentrio
De uma forma geral pode-se afirmar que o EC2, a DIN e o MC10 II baseiam-se no modelo das bielas
de inclinao varivel enquanto que o REBAP, o ACI e a BS consideram uma inclinao da biela de
45 tal como Mrsch, acrescentando uma parcela de resistncia para corrigir este modelo. O MC10 III
permite o clculo da inclinao da biela pelo MCFT e o MC10 I consiste numa simplificao do
MC10 III. A NBR permite a escolha do ngulo da biela mas atribui sempre uma parte da resistncia ao
beto condicionada pelo estado de tenso na pea. A EHE engloba a aplicao dos modelos
mencionados neste pargrafo levando a solues mais econmicas de dimensionamento a utilizao do
MCFT para baixas taxas de armadura com cotan=1 e utilizando o mtodo das bielas de inclinao
varivel para vigas com maiores taxas de armadura. A aplicao do MCFT na EHE origina um
processo iterativo no qual se deve fazer convergir a resistncia da soluo final de dimensionamento
com o valor da inclinao da biela calculado.
No mtodo de Arajo Sobreira possvel verificar a diminuio da resistncia do tirante de beto com
o aumento da quantidade de armadura transversal chegando mesmo a ser s o ao a contribuir para a
resistncia ao esforo transverso.
Pode-se ento concluir que os regulamentos baseiam-se em 3 modelos: trelia de Mrsch corrigida, o
mtodo das bielas de inclinao varivel e o MCFT. De uma forma geral o MCFT conduz a resultados
mais econmicos para baixas taxas de armadura, seguindo-se da trelia de Mrsch corrigida enquanto
que para elevadas taxas de armadura o 2 modelo menos conservativo. No entanto para seces com
reas elevadas nomeadamente para espessuras de alma superiores a 0.4 m o modelo de escoras com
inclinao varivel torna-se menos econmico sendo o MCFT e o mtodo de Sobreira os que do
origem a resultados menos conservativos.

91
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

5.2.5. COMPARAO DA RESISTNCIA DO TIRANTE DE BETO COM OS RESTANTES REGULAMENTOS


O objectivo deste caso foi verificar a armadura necessria verificao de segurana pelos diversos
cdigos e que, segundo o modelo de Sobreira, no necessitaria de armadura de esforo transverso.
Neste caso foi considerada uma seco de 0.25x 0.50 m2 com um beto da classe C25/30 e uma classe
de ao S500. Foram escolhidas diferentes relaes de L/d de forma a possibilitar a formao de
diferentes esquemas estruturais. Considerou-se que as vigas se encontram sujeitas a uma carga
uniformemente distribuda de forma a ser possvel formar-se, segundo Arajo Sobreira, o arco
atirantado e considerou-se ainda a resistncia Vcnrd como o esforo actuante a calcular pelos restantes
regulamentos, sendo assim a carga distribuda varivel de acordo com a resistncia obtida pelo mtodo
de Arajo Sobreira.

Resultados Obtidos
No quadro 5.2 possvel observar que na maioria dos casos estudados necessrio utilizar mais
armadura do que a armadura mnima. Para relaes de L/d de 10 e 12.2 o esquema estrutural
considerado no mtodo de Sobreira o esquema em trelia e nestes casos os resultados obtidos
aproximam-se dos regulamentares. Para relaes de L/d de 5 e 8 forma-se o esquema estrutural
atirantado e neste caso os resultados diferem bastante dos regulamentares admitindo uma viga sujeita a
uma carga uniformemente distribuda.
Quadro 5. 2 Resistncia do tirante de beto.

L/d L Vcnrd Asl,min (%)

5 2,25 438,75 1,28


SOBREIRA

8 3,6 202,5 0,59

10 4,5 112,5 0,53

12,2 5,5 112,5 0,53

L/d 5 8 10 12,2
Ved 438,75 202,5 112,5 112,5
REBAP 2r12//0,10 2r8//0,10 As,min As,min
EC2 2r10//0,10 2r8//0,20 2r6//0,20 2r6//0,20
DIN 2r12//0,125 2r8//0,15 2r6//0,25 2r6//0,25
EHE 2r10//0,125 2r8//0,15 2r6//0,25 2r6//0,25
ACI 2r10//0,125 2r8//0,15 As,min As,min
BS 4r10//0,125 2r10//0,175 As,min As,min
NBR 2r12//0,10 2r8//0,20 As,min As,min
MC10 I Vrd,mx 2r8//0,15 As,min As,min
MC10 II 2r12//0,125 2r6//0,15 As,min As,min
MC10 III 2r12//0,125 2r8//0,20 As,min As,min

92
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Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Comentrios
Segundo Arajo Sobreira, o esquema estrutural interno da pea depende das cargas que lhe so
aplicadas e da relao entre o vo e a altura til da mesma. O esquema em trelia forma-se quando a
relao de L/d aumenta sendo que neste caso a resistncia condicionada pelos tirantes de beto.
Apesar destes resultados indicarem que no seria necessrio utilizar armadura mnima de esforo
transverso deve ser tida em conta uma vez que tem uma contribuio importante para o bom
funcionamento das estruturas em servio diminuindo a fendilhao devido s cargas e devido a
fenmenos como a fluncia e a retraco.

5.3. PUNOAMENTO
5.3.1 ANLISE DOS LIMITES DE RESISTNCIA E DO CONE DE PUNOAMENTO
O objectivo deste caso foi avaliar a aplicabilidade dos cdigos tendo em conta os limites de resistncia
e comparar a resistncia que possvel obter no cone de punoamento resultante da variao da seco
do pilar e da classe de beto.
De forma a estudar a influncia destes parmetros considerou-se uma laje com uma altura til de 0.26
m e diferentes pilares todos circulares com dimetros que variam entre 0.2 e 0.6 metros com intervalos
de 0.1 designados por P1 a P5 respectivamente. As classes de beto consideradas foram C20/25 (1),
C25/30 (2) e C30/37 (3).
Para tornar os resultados mais perceptveis foram calculados os valores de V Rd,c e VRd,max ou VEd,max
procurando estabelecer uma relao percentual entre os mesmos, determinando-se posteriormente o
nmero de ramos necessrios em 10 para atingir a resistncia mxima permitida. Estes resultados
encontram-se no anexo B.2. Neste captulo optou-se por expor apenas os resultados do pilar P3, com
um dimetro de 0.40 m, com uma classe de beto de C25/30 de forma a fazer uma comparao directa
entre os cdigos.

Resultados Obtidos
No REBAP o aumento da seco do pilar permitiu incrementos de V Rd at cerca de 50%. O aumento
da classe de beto de C20/25 para C30/37 permite ganhos de resistncia de cerca de 24% nos diversos
pilares. Neste caso foi possvel observar que o aumento da classe de beto pode permitir ganhos de
resistncia superiores ao aumento da seco do pilar em 10 cm. Quanto aos limites superiores no
REBAP estes originam uma percentagem referente a VRd,c seja cerca de 63% o que corresponde a
solues de armadura de 4 a 9 ramos por permetro para lajes com a altura til considerada.
No EC2 os ganhos de resistncia provocados pelo aumento da seco do pilar so cerca de 25% no
total, j a alterao da classe de beto permite um crescimento da resistncia de 13%. Neste cdigo o
valor de VRd,c corresponde a cerca de 15% do valor de VRd,mx, valores que diminuem com o aumento
da classe de beto para 11%. Quanto ao nmero de ramos por permetro que este limite diz respeito a
solues de armadura que variam entre 32 e 62 ramos.
Na EHE os ganhos de resistncia so idnticos aos do EC2, variando a percentagem de V Rd,c em
relao a VRd,max uma vez que os valores de VRd,c so um pouco superiores aos do EC2.

93
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

As condies deste caso limitam a aplicao da DIN uma vez que o permetro de controlo sempre
superior ao limite imposto o que conduz a valores de resistncia constantes com o aumento da seco
do pilar correspondentes a 67% de VRd,max que se traduzem em 16 ramos por permetro.
Na NBR o aumento da seco do pilar e da classe de resistncia permite ganhos idnticos aos do EC2.
Quanto ao valor de VRd,mx no contexto deste problema no foi calculado uma vez que depende do
esforo actuante.
Quanto ao ACI o aumento da seco do pilar permitiu um aumento de resistncia total de cerca de
54% e o aumento da classe de beto cerca de 18%. O valor de Vn,max corresponde sempre ao dobro de
Vc e traduz-se em quantidades de armadura que variam entre 11 e 24 ramos.
Na BS o aumento da seco do pilar permite ganhos de resistncia de 22%, j o aumento da classe de
beto permite crescimentos na ordem dos 6%. O ganho de resistncia com o aumento da classe de
beto apenas se verifica para classes a partir de C30/37. Os limites superiores neste caso no foram
determinados pela mesma razo dos da NBR.
No mtodo de Arajo Sobreira o aumento da seco do pilar permite ganhos de resistncia de cerca de
45% enquanto que o aumento da classe de beto permite aumentar a resistncia do cone de
punoamento em cerca de 20%. Quanto aos limites superiores este mtodo baseia-se no esgotamento
do cone de punoamento e diminui em relao resistncia do tirante de beto com o aumento da
seco do pilar.
O MC10 permite ganhos de resistncia de cerca de 50% com o aumento total da seco do pilar e de
18% com o aumento da classe de beto. Quanto ao valor de V Rd,max verifica-se que a percentagem do
reforo de armadura dever ser igual participao do beto e traduz-se em valores entre 5 e 12
ramos.
Quanto ao caso em que se confrontam os diversos mtodos observou-se que a resistncia do cone de
punoamento ao esmagamento bastante superior no MC10 em relao ao EC2.
So apresentados nas figuras 5.13 a 5.15 os resultados obtidos no caso do pilar P3. No caso da figura
5.13 os valores obtidos esto em funo dos resultados obtidos no EC2 e dizem respeito contribuio
do beto na resistncia do cone de punoamento.

1,6
Vrd

1,4

1,2 1,3
1,2
1,0 1,1 1,1
1,0
0,8 0,9
0,6 0,7 0,7 0,7
0,4

0,2

0,0
REBAP EC2 EHE DIN NBR ACI BS Sobreira MC10

Figura 5. 13 Resistncia do beto ao punoamento no pilar P3.

94
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Relativamente percentagem da resistncia VRd,c em relao a VRd,max o REBAP e a DIN impe que a
contribuio do beto deve ser sempre superior do ao enquanto que o ACI e o MC10 fixam este
valor em metade e o EC2 e a EHE permite que a contribuio do ao seja muito superior tal como
demonstrado na figura 5.14.

100%
Vrd

90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
REBAP EC2 EHE DIN ACI Sobreira MC10
Vrd,c Vrd,mx

Figura 5. 14 Percentagens de VRd,c em relao a VRd,max no pilar P3.

Na figura 5.15 exposto o nmero de ramos com um dimetro de 10 mm que necessrio ter, em
cada permetro, para esgotar a resistncia do cone de punoamento no caso do pilar P3.

50
N de ramos

45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
REBAP EC2 EHE DIN ACI Sobreira MC10
ramos 10

Figura 5. 15 N de estribos necessrios para atingir VRd,max no pilar P3.

95
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Comentrios
Os ganhos de resistncia verificados com o aumento da seco do pilar devem-se sobretudo ao
aumento do permetro crtico. Nos cdigos em que a distncia de verificao inferior o aumento da
seco permite acrscimos no permetro superiores e o consequente aumento de resistncia. A
definio do permetro crtico tem influncia na distribuio das tenses de corte no cone de
punoamento tornando as mesmas maiores ou menores se a distncia entre o permetro e a face do
pilar for menor ou maior respectivamente. Tendo em conta que o permetro crtico define o cone de
punoamento, segundo os regulamentos a inclinao do cone pode variar entre 26.6 (2d) e 63,4
(0.5d). Tendo em conta este princpio os resultados obtidos no EC2, na EHE e na NBR so
contraditrios uma vez que o limite superior de resistncia maior do que os restantes e a inclinao
do cone admitido inferior, isto , o cone ao ser mais inclinado aproxima o valor da sua tenso
mxima para que ela rompa por esmagamento do beto.
A aplicao de limites superiores gerais no permetro de controlo obriga a fazer a distino entre o
corte por punoamento do corte por esforo transverso, mas em pilares circulares interiores esta
distino pode no existir uma vez que se forma um cone axissimtrico se no houver excentricidade
no carregamento sendo assim um caso de corte por punoamento. Este critrio no permite melhorar o
desempenho da estrutura ao punoamento na DIN atravs do aumento da seco do pilar uma vez que
o permetro condicionado pelo permetro mximo permitido, obrigando a alterar a espessura da laje.

5.3.2 INFLUNCIA DA ESPESSURA DA LAJE NA RESISTNCIA SEM ARMADURA DE PUNOAMENTO


Neste caso adoptou-se um pilar circular com um dimetro de 0.4 m e uma classe de beto C25/30. As
alturas consideradas variam entre 0.20 e 0.8 m. Procedeu-se ao clculo da resistncia do beto para a
laje comparando os resultados com os fornecidos pelo EC2.

Resultados Obtidos
No que diz respeito aos valores de resistncia o REBAP, a DIN e a BS so mais conservativos do que
o EC2 enquanto que o ACI, Sobreira e EHE apresentam valores de VRd,c mais elevados. A NBR
apresenta resultados menos conservativos para baixas espessuras e mais conservativos para maiores
espessuras em relao ao EC2.
Quadro 5. 3 Tabela com o quociente entre VRd de cada regulamento sobre VRd do EC2 variando a espessura da
laje.

d REBAP EC2 EHE DIN NBR ACI BS Sobreira MC10

0,2 0,8 1,0 1,1 0,7 1,1 1,2 0,7 1,0 0,8
0,25 0,8 1,0 1,1 0,7 1,1 1,3 0,7 1,0 0,3
0,3 0,8 1,0 1,2 0,8 1,1 1,3 0,7 1,0 0,3
0,4 0,8 1,0 1,3 0,8 1,1 1,4 0,6 1,0 0,4
0,6 0,8 1,0 1,4 0,9 1,1 1,6 0,5 1,1 0,5
0,8 0,8 1,0 1,4 0,9 1,0 1,6 0,4 1,1 0,5

96
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Comentrios
A aplicao deste exemplo permite concluir que o efeito de escala menos expressivo no EC2, na
NBR e na BS.
O aumento da expessura da laje de 0.20 para 0.30 m permite um aumento de VRd de cerca de 40%
sendo assim o tipo de reforo que permite maiores acrscimos de resistncia.

5.3.3 ESTUDO DE CASOS TERICO-PRTICOS


Nesta subseco so apresentados dois casos sendo ambos referentes a um pilar interior no qual se
considerou =1.15 com diferentes solues de pilares sendo P1 com 300 (dimetro de 0.3 m) at P4
com 600 (dimetro de 0.6 m). A classe de beto adoptada foi de C25/30 com uma soluo de laje
macia e uma classe de ao de S500 com o reforo em 10.
No caso 1 foi considerada uma laje com uma espessura de 0.25 m na qual aplicada uma carga
uniformemente distribuda de clculo de 21 kN/m2 suportada por uma malha de pilares de 6.0x6.0 m2.
Para dimensionar a armadura longitudinal recorreu-se ao mtodo dos prticos equivalentes do EC2. O
esforo axial de clculo considerado no pilar foi de 869 KN.
No caso 2 a carga distribuda considerada foi de 26 kN/m2 numa laje de 0.40 m de espessura apoiada
numa malha de pilares de 8.0x8.0 m2. A determinao das armaduras longitudinais foi feita da mesma
forma que no caso 1.
Nos quadros apresentados, p refere-se ao n de permetros, r o n de ramos por permetro e sr diz
respeito ao espaamento entre permetros.

Resultados Obtidos
Para o caso 1 no foi possvel aplicar o REBAP, a DIN e o MC10 uma vez que o valor de VRd,max no
o permitiu, tambm no foi possvel aplicar a NBR para o Pilar P1. Quanto s solues de
dimensionamento o modelo que permitiu solues mais econmicas foi o MC10.

97
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 5. 4 Resultados do Caso 1.


Permetro VRd,mx /
Reg. Pilar VRd,c / VEd Observaes
(m) VEd
1 1,60 0,40 0,65 Vrd,mx KO

2 1,92 0,48 0,77 Vrd,mx KO


REBAP
3 2,23 0,56 0,90 Vrd,mx KO

4 2,31 0,58 0,93 Vrd,mx KO

1 3,58 0,76 1,02 4p* de 8r* cada; sr=0,15

2 3,90 0,82 1,26 4p de 7r cada; sr=0,15


EC2
3 4,21 0,89 1,45 4p de 6r cada; sr=0,15

4 4,52 0,95 1,62 4p de 5r cada; sr=0,15

1 3,58 0,76 1,02 4p de 8r cada; sr=0,15


2 3,90 0,82 1,26 4p de 7r cada; sr=0,15
EHE
3 4,21 0,89 1,45 4p de 6r cada; sr=0,15
4 4,52 0,95 1,62 4p de 5r cada; sr=0,15

1 2,31 0,57 0,85 Vrd,mx KO

2 2,31 0,57 0,85 Vrd,mx KO


DIN
3 2,31 0,57 0,85 Vrd,mx KO

4 2,31 0,57 0,85 Vrd,mx KO

1 3,58 0,82 0,92 Vsd,0 > Vsd,2

2 3,90 0,89 1,23 4p de 22r cada; sr=0,15


NBR
3 4,21 0,96 1,54 4p de 22r cada; sr=0,15

4 4,52 1,03 1,84 -

1 2,04 0,61 1,23 Vs,min: 12r 4p sr=0,10

2 2,44 0,73 1,47 Vs,min: 12r 4p sr=0,10


ACI
3 2,84 0,85 1,72 Vs,min: 12r 4p sr=0,10

4 3,24 0,97 1,96 Vs,min: 12r 4p sr=0,10

1 3,87 0,61 3,74 4p de 16r cada; sr=0,15


2 4,32 0,65 3,44 4p de 12r cada; sr=0,15
BS
3 4,77 0,70 3,04 4p de 10r cada; sr=0,15
4 5,22 0,74 2,77 4p de 9r cada; sr=0,15

1 1,60 0,42 0,76 Vrd,mx KO

2 1,92 0,47 0,92 Vrd,mx KO


Sobreira
3 2,23 0,52 1,09 4p de 14r cada; sr=0,15

4 2,52 0,58 1,25 4p de 16r cada; sr=0,15

1 1,60 0,29 0,59 Vrd,mx KO

2 1,92 0,35 0,70 Vrd,mx KO


MC10
3 2,23 0,41 0,82 Vrd,mx KO

4 2,52 0,46 0,93 Vrd,mx KO

*p-permetros; r-ramos; sr- espaamento longitudinal entre permetros

98
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1,2
VRd,c / VEd
1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0,0
REBAP EC2 EHE DIN NBR ACI BS Sobreira MC10

1 2 3 4

Figura 5. 16 Comparao da resistncia VRd,c dos diversos cdigos no caso 1.

No caso 2 no foi possvel aplicar o REBAP, o MC10 e a DIN, para o pilar P1 tambm no aplicvel
o EC2, EHE e NBR sendo que esta ltima tambm no aplicvel em P2.

Quadro 5. 5 Resultados do Caso 2.


Permetro VRd,mx /
Reg. Pilar VRd,c / VEd Observaes
(m) VEd

1 2,07 0,36 0,58 Vrd,mx KO

2 2,39 0,42 0,67 Vrd,mx KO


REBAP
3 2,70 0,47 0,76 Vrd,mx KO

4 3,02 0,53 0,84 Vrd,mx KO

1 5,47 0,79 0,80 Ved,0 > Vrd,mx

2 5,78 0,84 1,06 4p de 13r cada; sr=0,25


EC2
3 6,09 0,88 1,33 4p de 12r cada; sr=0,25

4 6,41 0,93 1,60 4p de 11r cada; sr=0,25

1 5,47 0,79 0,80 Ved,0 > Vrd,mx


2 5,78 0,84 1,06 4p de 13r cada; sr=0,25
EHE
3 6,09 0,88 1,33 4p de 12r cada; sr=0,25
4 6,41 0,93 1,60 4p de 11r cada; sr=0,25

1 3,96 0,67 1,01 Vrd,mx KO

2 3,96 0,67 1,01 Vrd,mx KO


DIN
3 3,96 0,67 1,01 Vrd,mx KO

4 3,96 0,67 1,01 Vrd,mx KO

1 5,47 0,86 0,72 Vsd,0 > Vsd,2

2 5,78 0,91 0,96 Vsd,0 > Vsd,2


NBR
3 6,09 0,96 1,20 4p de 46r cada; sr=0,25

4 6,41 1,01 1,44 -

99
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1 2,64 0,61 1,24 4p de 20r cada; sr=0,15

2 3,04 0,71 1,43 4p de 18r cada; sr=0,15


ACI
3 3,44 0,80 1,62 Vs,min 17r 4p 0,10

4 3,84 0,89 1,81 Vs,min 17r 4p 0,10

1 5,67 0,50 4,27 4p de 71r cada; sr=0,25


2 6,12 0,53 4,60 4p de 61r cada; sr=0,25
BS
3 6,57 0,56 4,18 4p de 52r cada; sr=0,25
4 7,02 0,58 3,72 4p de 43r cada; sr=0,25

1 2,07 0,35 0,76 Vrd,mx KO

2 2,39 0,38 0,90 Vrd,mx KO


Sobreira
3 2,70 0,41 1,04 4p de 19r cada; sr=0,15

4 3,02 0,45 1,12 4p de 21r cada; sr=0,15

1 2,07 0,24 0,49 Vrd,mx KO

2 2,39 0,28 0,56 Vrd,mx KO


MC10
3 2,70 0,32 0,63 Vrd,mx KO

4 3,02 0,35 0,71 Vrd,mx KO

1,2
VRd,c / VEd

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0,0
REBAP EC2 EHE DIN NBR ACI BS Sobreira MC10

1 2 3 4

Figura 5. 17 Comparao da resistncia VRd,c dos diversos cdigos no caso 2.

Comentrios
A utilizao do REBAP, do MC10 e da DIN nestes casos permitiu concluir que estes regulamentos
impem limitaes que reduzem a sua aplicabilidade relativamente aos restantes cdigos.
A aplicao da NBR um pouco mais restritiva do que o EC2 enquanto a BS tem um limite superior
quase inatingvel.
A aplicao do EC2 e da EHE permite solues de armadura com um menor n de ramos enquanto que
a BS impe a utilizao de um n de ramos por permetro bastante mais elevado do que os restantes
mtodos.

100
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Nos casos estudados o dimensionamento de armadura pelo ACI foi condicionado por V s, min o que,
tendo em conta que os casos se tratam de lajes com carregamentos elevados, impe a utilizao de
Vs,min na maioria dos casos.
Neste exemplo havia casos em que se obteriam melhores solues de dimensionamento atravs de
capitis, no entanto optou-se por dimensionar armadura para facilitar a comparao entre cdigos.

5.3.4 AVALIAO DE ALTURAS MNIMAS EM SAPATAS


O objectivo deste caso foi apurar o regulamento que permite um dimensionamento de altura de sapatas
mais econmico tendo em conta que o punoamento seria condicionante.
Neste problema considerou-se uma sapata interior centrada com um esforo axial no pilar de 2000 kN
o que corresponde a um edifcio corrente de 5 pisos.
S foram comparados os regulamentos que fazem especificaes relativas a sapatas. As tenses do
solo consideradas foram de 200, 300 e 400 kPa e foram descontadas tenso no cone de
punoamento.

Resultados Obtidos
Os valores obtidos so muito similares com a excepo do REBAP que conduz a solues de sapata
com maior altura.

0,7
d (m)

0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
REBAP EC2 EHE DIN NBR ACI

400 300 200

Figura 5. 18 Comparao das alturas de sapata tendo em conta diferentes presses do terreno.

Comentrios
O aumento da presso do terreno nas sapatas fazem aumentar a resistncia ao punoamento e,
consequentemente, diminuir a sua altura pois provocam uma descompresso no elemento.

101
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

102
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

6
7. CONCLUSES

6.1. CONCLUSES GERAIS


No que diz respeito s disposies dos diferentes cdigos abordados pode-se afirmar que a aplicao
do EC2, da DIN, da EHE e da NBR so idnticas, no entanto as diferenas nas frmulas matemticas
embora sejam pequenas podem ter uma influncia significativa no clculo pelo que no devem ser
desprezadas. O ACI e a BS so cdigos mais tipificados, isto o seu algoritmo de clculo mais
uniforme composto por expresses empricas que permitem uma sistematizao dos casos a estudar e
diferentes graus de rigor no caso do ACI. A aplicao do MC2010 tanto para o esforo transverso
como para o punoamento diferente do MC1990, tendo sido introduzidos novos modelos,
nomeadamente o MCFT e o CSCT. Os modelos de Arajo Sobreira assumem pressupostos que no
so considerados na maioria dos regulamentos e a sua aplicao requer um estudo aprofundado.
A ferramenta de clculo desenvolvida permite fazer a verificao da segurana ao esforo transverso e
ao punoamento facilitando a aplicao dos cdigos estudados, no entanto no dispensa o estudo e
compreenso dos mesmos.

6.1.1. ESFORO TRANSVERSO


De uma forma geral, no que diz respeito ao esforo transverso a teoria de Arajo Sobreira apresenta
resultados menos conservativos do que a generalidade dos mtodos estudados. A diminuio da
contribuio do beto na resistncia com o aumento da taxa de armadura que nos regulamentos
justificada atravs de resultados empricos, nomeadamente atravs de uma parcela V cd constante ou
atravs da correco da inclinao das bielas, explicada pela teoria de Arajo Sobreira atravs da
diminuio da seco do tirante de beto devido ao aumento da quantidade de armadura. O aumento
de resistncia ao esforo transverso motivado pela diminuio da inclinao das escoras explicado
nesta teoria pela disponibilidade da armadura longitudinal de traco e pode ser determinada
analiticamente atravs do esforo actuante, da largura dos banzos, da altura da viga e da fora a
exercida pela armadura longitudinal.
No quadro 6.1 esto descritos alguns parmetros considerados pelos mtodos analisados, para alm
dos que todos tm em comum.

103
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 6. 1 Parmetros que influenciam a resistncia ao Esforo Transverso.

Inclinao das

Recobrimento
Comprimento

Dimetro dos
longitudinal
Extenses

Armadura
Momento
Actuante

estribos
da viga
bielas
Cdigo

REBAP

EC2

DIN

EHE

ACI

BS

NBR

Sobreira

MC10

A partir das comparaes efectuadas no Capitulo 5 foi possvel retirar as seguintes concluses gerais
especficas de cada mtodo:
REBAP
Utiliza o modelo de trelia de Mrsch corrigido com o termo corrector baseado na
resistncia traco do beto
Nos casos estudados o valor de VRd,max corresponde aplicao de uma taxa de armadura
transversal de cerca de 11 vezes a taxa mnima (0.86%)
O aumento da classe de beto permite aumentos significativos da resistncia
Para taxas de armadura transversal inferiores a 0.125% este regulamento conduz a
solues mais econmicas de armadura do que o EC2, no entanto tende a ser mais
conservativo para taxas de armadura mais elevadas
O aumento da quantidade de armadura transversal faz diminuir a percentagem do termo
corrector da trelia de Mrsch na resistncia global at cerca de 28%

104
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

O aumento da seco de beto a soluo que permite um maior ganho de resistncia ao


esforo transverso sendo que para seces com banzos superiores a 0.40 m torna-se
menos conservativo do que o EC2

EC2
Baseia-se no modelo de escoras com inclinao varivel sendo VRd,c uma referncia para
a aplicao da armadura mnima
O maior valor de VRd,max que foi obtido corresponde a 13 vezes a taxa de armadura
mnima (0.92%) no entanto este valor corresponde aos valores obtidos pela trelia de
Mrsch que so inferiores aos obtidos experimentalmente
O aumento da classe de beto de C20/25 para C30/37 permite incrementos de resistncia
de 13% em VRd.c
A aplicao deste cdigo em vigas com uma taxa de armadura transversal inferior a
0.125% revela-se mais conservativa do que a maioria dos mtodos estudados, para taxas
de armadura elevadas e seces finas mais econmico em relao aos restantes
A aplicao deste cdigo requer o ajuste do valor da inclinao da escora de forma a
obter solues mais econmicas de dimensionamento
O aumento da taxa de armadura longitudinal permite aumentar V Rd,c mas no tem
influncia no dimensionamento caso este valor seja inferior ao esforo actuante
Os valores de VEd,max apenas so condicionantes em situaes de vigas com seces
reduzidas
muito restritivo no que diz respeito ao esforo transverso em lajes

EHE
Prope um modelo de clculo que tenta conciliar o modelo de bielas com inclinao
varivel com o MCFT atravs da determinao da inclinao das bielas
O valor de VRd,max e a quantidade de armadura que lhe corresponde aumenta com o
incremento da rea da seco em estudo, que no caso estudado corresponde a valores de
13 a 14 vezes a armadura mnima
A aplicao deste regulamento permite obter solues mais econmicas de armadura
transversal para baixas taxas de armadura de esforo transverso e para taxas prximas de
0.5% em relao ao EC2, no entanto para taxas de armadura de esforo transverso
intermdias um mtodo mais conservativo
Para obter solues mais econmicas deve-se escolher valores de cot prximos de 1
para baixas taxas de armadura e 2 para taxas de armadura superiores a 0.125%
Tal como no EC2 os valores de VEd,max so condicionantes em seces de rea reduzida
O aumento da taxa de armadura longitudinal permite um melhoramento significativo da
resistncia da pea quando aplicado o MCFT, isto para valores de cot prximos de 1

105
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

DIN
Baseia-se no modelo de bielas com inclinao varivel
um regulamento idntico ao EC2 com a excepo de o limite da cot ser inferior, na
generalidade dos casos, em relao ao EC2 originando solues menos econmicas

NBR
Permite utilizar um modelo de escoras com inclinao varivel com a correco de Vc ou o
modelo de trelia de Mrsh corrigido da mesma forma que no REBAP
O valor de VRd,max corresponde a um a taxa de armadura transversal de 0.69% o que equivale
a cerca de 8 vezes a armadura mnima
A aplicao desta norma em elementos com baixas taxas de armadura transversal menos
conservativo do que o EC2, no entanto tende a diminuir com o aumento da taxa de armadura
A percentagem de Vc na resistncia global inferior do REBAP, pois o valor de V wd
influenciado por cot

ACI
Utiliza o modelo de Mrsch corrigido atravs de Vc
Este cdigo no impe um limite superior de resistncia global limitando por sua vez Vc e
Vs; o valor de Vc,max atingido em peas com elevadas taxas de armadura longitudinal e em
seces com alturas elevadas conjugando um nvel de esforo transverso elevado e um
momento flector reduzido
O valor de Vs,max corresponde a 12 vezes a armadura mnima (0.66%)
O aumento da classe de beto de C20/25 para C30/37 permite acrscimos de Vc na ordem do
18%
Quanto s solues de armadura o ACI um cdigo mais conservativo do que o EC2
A armadura longitudinal apenas tem influncia em elementos sujeitos flexo

BS
Baseia-se em mtodos empricos
Quanto aos limites superiores de resistncia o valor de VEd,max corresponde a taxas de
armadura crescentes com aumentos que variam entre 7 e 8 vezes a armadura mnima (0.83%
e 0.89%)
As solues de armadura calculadas neste regulamento so mais conservativas do que nos
restantes cdigos analisados

106
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

MC10
Este cdigo permite 4 nveis de aproximao em que o IV diz respeito aplicao de uma
anlise no linear preconizada pelo programa RESPONSE-2000, o nvel III consiste na
aplicao simplificada o MCFT, o nvel II ao modelo das bielas de inclinao varivel e o
nvel I trata-se de uma simplificao do nvel III
Apesar das equaes propostas sugerirem a possibilidade de no utilizar armadura
transversal, neste cdigo imposta uma armadura mnima que superior do EC2

MC10 I
O valor de VRd,max deste mtodo corresponde a uma percentagem de armadura transversal
de 0.56%
Quanto s solues de armadura este mtodo mais conservativo do que o EC2 no
entanto tem uma aplicao mais expedita

MC10 II
Este nvel de aproximao permite obter resultados mais econmicos de
dimensionamento do que o EC2 uma vez que permite maiores inclinaes das bielas, no
entanto com o aumento da seco e de armadura longitudinal este valor tende a aumentar
convergindo com os valores do EC2
MC10 III
Este nvel de aproximao permite obter solues de dimensionamento mais econmicas
do que o EC2 para baixas taxas de armadura e para seces com espessuras elevadas, no
entanto tende a ser mais conservativo com o aumento da taxa de armadura
A aplicao deste mtodo condicionada por diversas restries que dificultam a sua
aplicao

Arajo Sobreira
Este mtodo baseia-se na trelia de Mrsch corrigida a partir da resistncia do tirante vertical
de beto
A resistncia do beto condicionada pelo grau de fissurao do mesmo atravs da armadura
transversal e do recobrimento
A inclinao das bielas condicionada pela taxa de armadura longitudinal
Este mtodo origina solues mais econmicas de dimensionamento do que os restantes
analisados
No quadro 6.2 encontram-se resumidas os regulamentos que permitem solues menos conservativas
em cada caso.

107
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 6. 2 Resumo dos mtodos menos conservativos em cada caso.

Cdigos

Esmagamento das bielas a uma tenso mais elevada REBAP e EHE

Sobreira, NBR, MC10 II e


Baixas taxas de armadura
Solues mais econmicas MC10 III
de armadura transversal
Taxas elevadas de armadura Sobreira, EHE e MC10 II

Solues de Armadura mnima mais econmicas ACI, BS (se 2Vc>Vsd)

6.1.2. PUNOAMENTO
No que diz respeito ao punoamento a teoria de Arajo Sobreira apresenta resultados prximos do
REBAP com a vantagem de permitir calcular pilares com carregamentos excntricos nomeadamente
pilares de bordo e de canto. A teoria do Estado Limite ltimo de Punoamento consiste numa
adaptao do Corte em vigas para as lajes sendo revistas as condies da formao do cone de
punoamento em vez das bielas. No entanto os resultados apresentados sugerem que esta teoria tem
ficado mais conservativa quando comparada com os cdigos actuais.
No quadro 6.3 esto descritos alguns parmetros considerados pelos mtodos analisados, para alm
dos que todos tm em comum.
Quadro 6. 3 Parmetros que influenciam a resistncia ao Punoamento.
longitudinal

excntricos
superior no
de controlo
Permetro

da tenso
Armadura

Limitao

armadura

permetro
Momento

Efeito de
Actuante

Pilares
escala

Limite
na

Cdigo

REBAP 0.5d

EC2 2.0d

DIN 1.5d

EHE 2.0d

ACI 0.5d

BS 1.5d

NBR 2.0d

Sobreira 0.5d

MC10 0.5d

A partir das comparaes efectuadas no captulo 5 foi possvel retirar as seguintes concluses gerais:

108
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

REBAP
A resistncia do cone de punoamento sem armadura de esforo transverso aumenta
linearmente com o aumento da seco do pilar com incrementos de cerca de 18% para
diferenas de seco de 10 cm
O aumento da classe de beto permite ganhos de resistncia superiores ao aumento da
seco em 10 cm
A resistncia mxima do cone de punoamento implica uma percentagem da resistncia
do beto de 63%
A aplicao deste regulamento ao dimensionamento de sapatas conduz a alturas maiores
do que os restantes regulamentos estudados
O aumento da espessura da laje permite incrementos de resistncia de cerca de 25% por
cada 5cm, para espessuras elevadas de laje este valor tende a diminuir
A aplicao prtica deste regulamento conduz a valores de esforo actuante muito
elevados em carregamentos excntricos que na maioria dos casos condicionado por
vRd,max

EC2
O aumento da seco do pilar permite atingir ganhos de resistncia na ordem dos 7% por
cada aumento de 10 cm o que leva a que o aumento da classe de beto permita
incrementos de resistncia superiores (cerca de 13%)
Este cdigo permite que a resistncia da armadura ultrapasse a resistncia do beto
chegando a valores de 85% da resistncia global, valor que diminui com o aumento da
classe de beto.
Os valores de altura de sapatas calculadas so idnticos maioria dos cdigos
comparados
O aumento da espessura da laje permite incrementos de resistncia de cerca de 22% valor
que diminui para espessuras elevadas
A aplicao prtica deste cdigo conduz a solues mais econmicas de armadura
O modelo deste cdigo permite avaliar todo o tipo de excentricidades e a respectiva
quantificao de esforo actuante

EHE
Este regulamento idntico ao EC2 sendo a excepo a considerao das excentricidades
que apenas so aplicveis em prticos com uma certa regularidade da malha de pilares
Neste cdigo o valor de Vmin que 30% maior do que o do EC2

109
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

DIN
O clculo da resistncia ao punoamento , na maioria dos casos, condicionado pelo
permetro crtico mximo a considerar o que dificulta o melhoramento do desempenho
atravs do aumento da seco do pilar
O valor de VRd,max permite uma percentagem de resistncia do reforo com armadura de
33%
O dimensionamento de alturas de sapatas conduz a resultados idnticos aos restantes
regulamentos
O aumento da espessura da laje conduz a valores de resistncia inferiores aos do EC2 na
ordem do 30%
A aplicao prtica deste regulamento conduz a valores maioritariamente condicionados
por VRd,max sendo apenas aplicvel em problemas com um esforo actuante reduzido
quando comparado com os restantes cdigos

NBR
O aumento da seco do pilar em intervalos de 10 cm permite ganhos de resistncia iguais
aos do EC2 sendo as diferenas entre estes superiores na NBR e VEd,max ser um pouco mais
restritivo e tambm as solues de armadura implicarem um maior n de ramos
O facto de o efeito de escala ser contabilizado de forma diferente leva a que a NBR conduza
a valores mais elevados de resistncia do que o EC2 para pequenas espessuras de laje e a
valores mais conservativos para espessuras superiores a 1 m.
A avaliao das excentricidades permite obter valores de esforo actuante mais reduzidos em
pilares de bordo e de canto com o bordo livre a uma distncia inferior a 6d.

ACI
A resistncia do cone de punoamento sem armadura transversal aumenta quase linearmente
com o aumento da seco do pilar com ganhos de cerca de 18% para diferenas de seco de
10 cm
O aumento da classe de resistncia do beto permite ganhos de resistncia superiores ao
aumento da seco em 10 cm
A resistncia mxima imposta neste cdigo conduz a uma igual repartio entre a resistncia
do beto e da armadura
A aplicao deste regulamento ao dimensionamento de sapatas conduz a alturas idnticas
generalidade dos regulamentos estudados
O aumento da espessura da laje permite obter valores de resistncia bastante superiores ao
EC2
A aplicao de armadura de punoamento por vezes condicionada por Vs,min o que torna
este regulamento mais conservativo nestes casos

110
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

No que diz respeito s excentricidades o ACI conduz a valores mais conservativos do que o
EC2 sendo VRd,max mais restritivo.

BS
Este mtodo permite um maior amplitude de aplicao em termos de resistncia sendo o
valor de VEd,max praticamente inatingvel
A utilizao de armadura de punoamento conduz a quantidades expressivamente superiores
quando comparada com os restantes cdigos
O aumento da espessura da laje permite ganhos de resistncia bastante inferiores ao EC2

MC10
O aumento da seco do pilar em incrementos de 10 cm permite ganhos de resistncia de
cerca de 18%, percentagem que diminui medida que aumenta a seco
O aumento da classe de beto permite ganhos de resistncia na mesma ordem de grandeza
que o aumento da seco do Pilar
O valor de VRd,max implica uma repartio entre VRd,c e VRd,s de 50%
O aumento da espessura permite aumentos de resistncia superiores ao EC2
A quantificao das excentricidades no MC10 pouco clara, submetendo para as tenses de
corte no cone de punoamento

Arajo Sobreira
Segundo este mtodo o aumento da seco do pilar em 10 cm permite ganhos de resistncia
na ordem dos 30% e o aumento da classe de beto de C20/25 para C30/37 na ordem dos 20%
O aumento da espessura de laje permite incrementos de resistncia superiores s do EC2
sendo este mtodo menos conservativo do que o EC2 para elevadas espessuras de laje.
A formulao deste mtodo facilita o clculo de distribuies assimtricas de pilares
A formulao deste modelo permite um clculo directo das excentricidades e da armadura
longitudinal

No quadro 6.4 encontram-se resumidas os regulamentos que permitem solues menos conservativas
em cada caso.

111
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Quadro 6. 4 Resumo dos mtodos menos conservativos em cada caso.

Cdigos

Esmagamento do cone de punoamento a uma tenso mais


EHE, EC2 e BS
elevada (VRd,mx)

Sem armadura ACI


Solues mais econmicas
de Dimensionamento
Com armadura EC2

Pilares excntricos EC2

6.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS


6.2.1. FERRAMENTA INFORMTICA
Na aplicao referente ao esforo transverso seria til criar uma folha que permita fazer a resoluo
simultnea de todos os mtodos considerados da mesma forma que feita no punoamento.
Em ambas as aplicaes poderiam estar presentes em forma de comentrio as clusulas de cada
regulamento referentes a cada passo do clculo.
De forma a interligar esta ferramenta com um programa de clculo poderia ser feito um workbook
que realizasse as combinaes de aces e seleccionasse as seces ou pilares para serem calculadas
no RIB.2011.
Na ferramenta de punoamento no possvel dimensionar perfis metlicos (Shearheads) e poderia
ser adicionada esta funcionalidade caso se justifique. Outras funcionalidades que podero ser
adicionadas so a incorporao de uma anlise ssmica (EC8) e um procedimento de clculo para o
corte em juntas de beto.
Os algoritmos do VB podem ser simplificados para tornar a execuo das Macros mais rpida.

6.2.2. ANLISE REGULAMENTAR


Ainda dentro do estudo do Corte podem ser analisados quatro assuntos que no foram abrangidos por
esta dissertao:
A toro
O corte em juntas de beto
O corte em vigas e lajes pr-esforadas
O corte na aco ssmica
O corte em fundaes

A aplicao da ferramenta desenvolvida na elaborao de bacos poder ser til na comparao dos
regulamentos e tambm na aplicao ao projecto nomeadamente no pr-dimensionamento.

112
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

6.2.3. INVESTIGAO
A comparao da teoria do esforo transverso corrigida de Arajo Sobreira com os resultados
experimentais seria interessante, principalmente para analisar a influncia da armadura longitudinal na
inclinao das bielas.
Poderiam ser realizados ensaios que permitam determinar a rea de beto fissurado resultante da
mobilizao dos estribos de forma a poder contabilizar de forma rigorosa a seco de beto existente
em elementos com armadura de esforo transverso.
Quanto teoria do estado limite ltimo de punoamento poderia ser revista incorporando os novos
princpios adicionados no esforo transverso, nomeadamente a influncia da armadura longitudinal na
inclinao do cone de punoamento e a influncia desta inclinao na resistncia global.

113
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

114
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
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[2] http://www.sheffield.ac.uk/ci/research/concrete/sb.html, 30/02/2011
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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ANEXOS

A.1. Exemplo Ferramenta de clculo, Esforo Transverso


A.2. Exemplo Ferramenta de clculo, Punoamento

B.1. Clculos Esforo Transverso


B.1.1 LIMITES DE RESISTNCIA
B.1.2. INFLUNCIA DA LARGURA DA ALMA NA RESISTNCIA

B.1.3. ARMADURA LONGITUDINAL

B.1.4. INFLUNCIA DA TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL

B.1.5. COMPARAO DA RESISTNCIA DO TIRANTE DE BETO COM OS RESTANTES REGULAMENTOS

B.1.6. CASO 6

B.1.7. CASO 7

B.1.8. CASO 8

B.1.9. Caso 9

B.2. Clculos Punoamento


B.2.1. ANLISE DOS LIMITES DE RESISTNCIA E DO CONE DE PUNOAMENTO

B.2.2. INFLUNCIA DA ESPESSURA DA LAJE NA RESISTNCIA SEM ARMADURA DE PUNOAMENTO

B.2.3. CASOS TERICO PRTICOS


B.2.4 AVALIAO DE ALTURAS MNIMAS EM SAPATAS

B.2.5. AVALIAO DE EXCENTRICIDADES

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Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

A.1. Exemplo Ferramenta de clculo, Esforo Transverso

REBAP
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EC2

DIN
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EHE
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ACI
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

BS

NBR
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

SOBREIRA
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

MC10

Folha de projecto
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
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Folha de impresso
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

A.2. Exemplo Ferramenta de clculo, Punoamento


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.1. Clculos Esforo Transverso


B.1.1 LIMITES DE RESISTNCIA

b/h

S1 0,20x0,50 0,4 Ved=VRd,mx


B25 C20/25
0,5
S2 0,25x0,50 S500

S3 0,30x0,50 0,6 Al 420

S4 0,35x0,50 0,7 Cot min


S5 0,40x0,50 0,8

REBAP
Seco S1 S2 S3 S4 S5

VRd,mx 360 450 540 630 720

Asw/s 17,12 21,40 25,68 29,96 34,24

Vcd 59 73 88 102 117

Vwd 302 377 452 528 603

As,min 1,60 2,00 2,40 2,80 3,20

0,86 0,86 0,86 0,86 0,86

,min 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08

Vcd(%) 16 16 16 16 16
Vwd(%) 84 84 84 84 84
/,min 10,70 10,70 10,70 10,70 10,70
EC2
Seco S1 S2 S3 S4 S5

VRd,mx 324 405 486 567 648

VEd,mx 331 414 497 580 662


Asw/s 18,40 23,00 27,60 32,20 36,80
VRd,c 53 61 69 77 84
As,min 1,43 1,79 2,15 2,50 2,86
0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
,min 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
VRd (%) 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98
VEd (%) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
/,min 12,86 12,86 12,86 12,86 12,86
DIN
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 324 405 486 567 648
Asw/s 18,40 23,00 27,60 32,20 36,80
VRd,c 44 51 58 64 70
As,min 1,43 1,79 2,15 2,50 2,86
0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
,min 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
/,min 12,86 12,86 12,86 12,86 12,86
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

BS
Seco S1 S2 S3 S4 S5
Ved,mx 358 447 537 626 716
Asw/s 16,50 21,00 25,50 30,00 35,50
As,min 2,11 2,63 3,16 3,68 4,21
0,83 0,84 0,85 0,86 0,89
,min 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11
/,min 7,84 7,98 8,08 8,14 8,43

EHE
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 360 450 540 630 720
VEd,mx 331 414 497 580 662
Asw/s 17,53 22,18 27,36 32,11 36,89
VRd,c 53 61 69 77 87
As,min 1,35 1,69 2,02 2,36 2,70
0,88 0,89 0,91 0,92 0,92
,min 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
VRd (%) 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
VEd (%) 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
/,min 12,99 13,15 13,52 13,60 13,67
NBR
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 298 373 447 522 596
Vc 56 70 84 97 111
Asw/s 13,76 17,21 20,65 24,09 27,53
As,min 1,77 2,21 2,65 3,09 3,54
0,69 0,69 0,69 0,69 0,69
,min 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09
/,min 7,78 7,78 7,78 7,78 7,78
MC10 I
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 309 386 464 541 618
Asw/s 11,26 14,07 16,89 19,70 22,52
VRd,c 36 45 54 63 72
As,min 2,15 2,68 3,22 3,76 4,29
0,56 0,56 0,56 0,56 0,56
,min 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11
/,min 5,24 5,24 5,24 5,24 5,24
MC10 II
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 340 425 510 595 680
Asw/s 19,31 24,13 28,96 33,79 38,62
As,min 2,15 2,68 3,22 3,76 4,29
0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
,min 0,11 0,11 0,11 0,11 0,11
/,min 8,99 8,99 8,99 8,99 8,99
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ACI
Seco S1 S2 S3 S4 S5
Vs,mx 295 369 443 517 590
Asw/s 13,12 16,40 19,68 22,96 26,24
As,min 1,11 1,39 1,66 1,94 2,22
0,66 0,66 0,66 0,66 0,66
,min 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06
/,min 11,83 11,83 11,83 11,83 11,83

Sobreira
Seco S1 S2 S3 S4 S5
VRd,mx 458,2 572,8 687,3 801,9 916,4

B.1.2. INFLUNCIA DA LARGURA DA ALMA NA RESISTNCIA

h=0,60

al=const B35, C30/37

momento minimo

bw REBAP EC2 ACI DIN1 DIN2 BS EHE NBR

0,2 93,5 42,8 102,6 42,8 73,8 48,7 61,1 88,0

0,25 116,9 53,5 126,7 53,5 92,3 56,5 76,4 110,0

0,3 140,3 64,2 153,6 64,2 110,7 63,8 91,7 132,0

0,35 163,6 74,9 174,9 74,9 129,2 70,7 107,0 154,0

0,4 187,0 85,6 199,0 85,6 147,7 77,3 122,3 176,0

0,45 210,4 96,3 223,1 96,3 166,1 83,6 137,6 198,0

0,5 233,8 107,0 247,2 107,0 184,6 89,7 152,9 220,0

bw SOBR1 SOBR2 SOBR3 MC10 I MC10 III

0,2 262,5 123,2 59,9 54,2 42,0


0,25 328,1 154,0 88,7 67,8 52,6
0,3 393,7 184,8 117,6 81,3 81,9
0,35 459,3 215,6 146,5 94,9 95,6
0,4 524,9 246,4 175,4 108,4 109,3
0,45 590,5 277,2 204,2 122,0 122,9
0,5 656,1 308,0 233,1 135,6 136,6
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd,c / Vrdc,ref 1,35


EC2
1,25
1,15 DIN1

1,05 MC10 III

0,95 MC10 I
0,85
0,75
bw (m)
0,20 0,30 0,40 0,50

B.1.3. ARMADURA LONGITUDINAL

seco 0,30x0,60

C20/25

Asl Sobr EC2 ACI DIN BS EHE MC10 III


316 0,34 26,0 59,8 95,6 52,4 68,8 74,9 92,2
220 0,35 31,4 60,7 95,9 52,4 69,8 74,9 94,0
416 0,45 73,0 65,9 97,9 54,9 75,8 74,9 104,8
320 0,52 112,6 69,4 99,6 57,9 79,9 74,9 111,4
225 0,55 125,6 70,4 100,0 58,7 81,0 74,9 113,1
516 0,56 134,0 70,9 100,3 59,1 81,6 74,9 114,1
616 0,67 263,9 75,4 102,6 62,8 86,7 75,4 121,3
420 0,70 - 76,4 103,2 63,7 88,0 76,4 122,8
520 0,87 - 82,3 106,9 68,6 94,7 82,3 130,8
425 1,09 - 88,7 111,5 73,9 102,0 88,7 138,1
525 1,36 - 95,5 117,2 79,6 109,9 95,5 144,4
625 1,64 - 101,5 123,0 84,6 116,8 101,5 149,0
725 1,91 - 106,9 128,7 89,1 123,0 106,9 152,5
825 2,18 - 106,9 134,4 89,1 128,6 106,9 155,2
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.1.4. INFLUNCIA DA TAXA DE ARMADURA TRANSVERSAL

B30 C25/30 S500 VRd,ref = VRd, EC2


b/h 0,5 0,20x0,4 A=0,08 Rcio = VRd,ref/VRd

Al 416 - ro,l 1% Ro,w = Asw/(s*bw)


VRd,c VRd,mx VEd,mx ro asw/s ro/ro,min

REBAP 52,5 350 - 0,125 2,5 1,6

EC2 43,2 362 315 0,25 5 3,1

ACI* 68,0 102 - 0,5 10 6,3

DIN 36,0 362 -

BS 47,9 - 280

EHE 43,2 467 315

NBR* 89,2 246 -

MC10 I 31,5 279 - ro,min,EC2 0,08


MC10 II* 0,0 189 -

MC10 III 49,3 307 -

w=0,125 Perc. de VRd


VRd VRd,s Rcio VRd,c VRd,s cotan
REBAP 86,7 34,2 1,0 61 39 -
EC2 85,6 85,6 1,0 0 100 2,5
ACI 83,8 32,8 1,0 61 39 -
DIN 82,2 82,2 1,0 0 100 2,4
BS 81,2 33,3 0,9 59 41 -
EHE 111,7 34,2 1,3 69 31 1,0
NBR 98,1 59,3 1,1 40 60 1,7
Sobreira 110,0 44,0 1,3 60 40 1,4
MC10 I 78,6 47,1 0,9 40 60 1,4
MC10 II 105,4 105,4 1,2 0 100 3,0
MC10 III 103,5 54,2 1,2 48 52 1,6
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

w=0,25 Perc. de VRd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 121,0 68,5 0,7 43 57 -
EC2 171,2 171,2 1,0 0 100 2,5
ACI 116,6 65,6 0,7 44 56 -
DIN 123,3 123,3 0,7 0 100 1,8
BS 114,4 66,5 0,7 42 58 -
EHE 141,5 68,5 0,8 52 48 1,0
NBR 144,4 118,6 0,8 18 82 1,7
Sobreira 145,0 109,0 0,8 25 75 1,4
MC10 I 125,8 94,3 0,7 25 75 1,4
MC10 II 188,1 188,1 1,1 0 100 2,75
MC10 III 135,1 98,1 0,8 27 73 1,4

w=0,5 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 189,5 137,0 0,8 28 72 -
EC2 246,5 246,5 1,0 0 100 1,8
ACI 169,1 118,1 0,7 30 70 -
DIN 205,4 205,4 0,8 0 100 1,5
BS - - - - - -
EHE 273,9 273,9 1,1 0 100 2,0
NBR - - - - - -
Sobreira 219,0 219,0 0,9 0 100 1,4
MC10 I 220,0 188,5 0,9 14 86 1,4
MC10 II 247,1 247,1 1,0 0 100 1,8
MC10 III 205,2 176,6 0,8 14 86 1,3

3,0
cotan

2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

1,4
Vrd,ref / Vrd

1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5

100%
39 100 39 100 41 31 60 40 60 100 52
80%

60%

40%

20%
61 0 61 0 59 69 40 60 40 0 48
0%

Vrd,c Vrd,s

100%
57 100 56 100 58 48 82 75 75 100 73
80%

60%

40%

20%
43 0 44 0 42 52 18 25 25 0 27
0%

Vrd,c Vrd,s
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
72 100 70 100 100 100 86 86
80%

60%

40%

20%
28 0 30 0 0 0 0 0 14 0 14
0%

Vrd,c Vrd,s

B30 C25/30 S500 Rcio = Vrd,ec2/vrd


b/h 0,5 0,25x0,5 A=0,16

Al 620 - ro,l 1%

Cot max

Vrd,c Vrd,mx Ved,mx ro asw/s ro/ro,min

REBAP 84,4 563 - 0,125 3,125 1,6

EC2 75,4 405 506 0,25 6,25 3,1

ACI* 85,5 163 - 0,5 12,5 6,3

DIN 62,9 405 -

BS 82,0 - 450

EHE 75,4 450 506

NBR* 80,8 395 -

MC10 I* 50,6 448 -

MC10 II 0,0 343 -

MC10 III* 99,8 493 -


w=0,125 Perc. de Vrd
Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 139,4 55,0 1,0 61 39 -
EC2 137,6 137,6 1,0 0 100 2,5
ACI 138,5 52,7 1,0 62 38 -
DIN 134,8 134,8 1,0 0 100 2,45
BS 135,4 53,4 1,0 61 39 -
EHE 174,3 55,0 1,3 68 32 1,0
NBR 156,3 95,3 1,1 39 61 1,7
Sobreira 278,0 131,0 2,0 53 47 2,2
MC10 I 126,4 75,7 0,9 40 60 1,4
MC10 II 169,4 169,4 1,2 0 100 3,0
MC10 III 169,0 87,8 1,2 48 52 1,6
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

w=0,25 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 194,4 110,1 0,7 43 57 -
EC2 275,1 275,1 1,0 0 100 2,5
ACI 191,2 105,5 0,7 45 55 -
DIN 198,1 198,1 0,7 0 100 1,8
BS 188,9 106,9 0,7 43 57 -
EHE 221,6 110,1 0,8 50 50 1,0
NBR 232,1 190,6 0,8 18 82 1,7
Sobreira 342,0 249,0 1,2 27 73 2,2
MC10 I 202,1 151,5 0,7 25 75 1,4
MC10 II 302,4 302,4 1,1 0 100 2,75
MC10 III 221,7 159,9 0,8 28 72 1,5

w=0,5 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 304,5 220,1 0,8 28 72 -
EC2 396,2 396,2 1,0 0 100 1,8
ACI 296,7 210,9 0,7 29 71 -
DIN 330,2 330,2 0,8 0 100 1,5
BS 295,7 213,8 0,7 28 72 -
EHE 440,2 440,2 1,1 0 100 2,0
NBR - - - - - -
Sobreira 396,2 0,0 1,0 100 0 1,8
MC10 I 353,6 303,0 0,9 14 86 1,4
MC10 II 397,1 397,1 1,0 0 100 1,8
MC10 III 362,6 306,9 0,9 15 85 1,6

3,0
cotan

2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd,ref / Vrd 2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5

100%
39 100 38 100 39 32 61 47 60 100 52
80%

60%

40%

20%
61 0 62 0 61 68 39 53 40 0 48
0%

Vrd,c Vrd,s

100%
57 100 55 100 57 50 82 73 75 100 72
80%

60%

40%

20%
43 0 45 0 43 50 18 27 25 0 28
0%

Vrd,c Vrd,s
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
72 100 71 100 72 100 0 86 85
80%

60%

40%

20%
28 0 29 0 28 0 0 100 14 0 15
0%

Vrd,c Vrd,s

B30 C25/30 S500 Rcio = Vrd,ec2/vrd


b/h 0,5 0,35x0,7 A=0,245

Al 525 - ro,l 1%

Cot max

Vrd,c Vrd,mx Ved,mx ro asw/s ro/ro,min

REBAP 170,6 1138 - 0,125 4,38 1,6

EC2 124,2 706 1024 0,25 8,75 3,1

ACI* 220,7 330 - 0,5 17,50 6,3

DIN 103,5 819 -

BS 130,6 - 910

EHE 124,2 910 1024

NBR* 163,4 798 -

MC10 I* 102,4 907 -

MC10 II 0,0 959 -

MC10 III* 168,8 997 -

w=0,125 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 282,0 111,4 1,0 60 40 -
EC2 278,5 278,5 1,0 0 100 2,5
ACI 272,3 106,8 1,0 61 39 -
DIN 272,9 272,9 1,0 0 100 2,45
BS 238,8 108,2 0,9 55 45 -
EHE 287,2 111,4 1,0 61 39 1,0
NBR 316,2 193,0 1,1 39 61 1,7
Sobreira 561,0 258,0 2,0 54 46 2,2
MC10 I 255,7 153,3 0,9 40 60 1,4
MC10 II 342,9 342,9 1,2 0 100 3,0
MC10 III 309,6 169,0 1,1 45 55 1,6
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

w=0,25 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 393,2 222,6 0,7 43 57 -
EC2 556,4 556,4 1,0 0 100 2,5
ACI 378,8 213,3 0,7 44 56 -
DIN 400,6 400,6 0,7 0 100 1,8
BS 346,7 216,1 0,6 38 62 -
EHE 445,1 445,1 0,8 0 100 2,0
NBR 469,3 385,5 0,8 18 82 1,7
Sobreira 698,0 512,0 1,3 27 73 2,2
MC10 I 408,7 306,3 0,7 25 75 1,4
MC10 II 477,3 477,3 0,9 0 100 2,1
MC10 III 434,3 316,3 0,8 27 73 1,6

w=0,5 Perc. de Vrd


Vrd Vrd,s Rcio Vrd,c Vrd,s cotan
REBAP 615,7 445,1 0,8 28 72 -
EC2 801,2 801,2 1,0 0 100 1,8
ACI 592,1 426,6 0,7 28 72 -
DIN 623,2 623,2 0,8 0 100 1,4
BS 562,9 432,3 0,7 23 77 -
EHE 890,2 890,2 1,1 0 100 2,0
NBR - - - - - -
Sobreira - - - - - -
MC10 I 715,0 612,6 0,9 14 86 1,4
MC10 II 590,7 590,7 0,7 0 100 1,3
MC10 III 655,5 564,1 0,8 14 86 1,6

3,0
cotan

2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

2,0
Vrd,ref / Vrd

1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0

w=0,125 w=0,25 w=0,5

100%
40 100 39 100 45 39 61 46 60 100 55
80%

60%

40%

20%
60 0 61 0 55 61 39 54 40 0 45
0%

Vrd,c Vrd,s

100%
57 100 56 100 62 100 82 73 75 100 73
80%

60%

40%

20%
43 0 44 0 38 0 18 27 25 0 27
0%

Vrd,c Vrd,s
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
72 100 72 100 77 100 86 86
80%

60%

40%

20%
28 0 28 0 23 0 0 0 14 0 14
0%
0

Vrd,c Vrd,s

B.1.5. COMPARAO DA RESISTNCIA DO TIRANTE DE BETO COM OS RESTANTES REGULAMENTOS

B30 C25/30
b/h 0,5 0,25x0,50

Al 1,50 %

L/d L Vcnrd Asl,min (%)

2,25 438,75 1,28


SOBREIRA

8 3,6 202,5 0,59

10 4,5 112,5 0,53

12,2 5,5 112,5 0,53

L/d Ved REBAP EC2 DIN EHE

5 438,75 2r12//0,10 2r10//0,10 2r12//0,125 2r10//0,125

8 202,5 2r8//0,10 2r8//0,20 2r8//0,15 2r8//0,15

10 112,5 As,min 2r6//0,20 2r6//0,25 2r6//0,25

12,2 112,5 As,min 2r6//0,20 2r6//0,25 2r6//0,25

L/d Ved ACI BS NBR MC10 I

5 438,75 2r10//0,125 4r10//0,125 2r12//0,10 Vrd,mx

8 202,5 2r8//0,15 2r10//0,175 2r8//0,20 2r8//0,15


10 112,5 As,min As,min As,min As,min
12,2 112,5 As,min As,min As,min As,min
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

L/d Ved MC10 II MC10 III

5 438,75 2r12//0,125 2r12//0,125

8 202,5 2r6//0,15 2r8//0,20

10 112,5 As,min As,min


12,2 112,5 As,min As,min

B.1.6. CASO 6

evoluo de vrd,c com pre esf fissurado


seco: 0,8x0,4
B35,
vsd=112,5 M=421,9 C30/37

al=12,57cm2

N MP M M0

0 0 422 0

100 25 397 13

200 50 372 27

300 75 347 40

400 100 322 53

500 125 297 67

600 150 272 80

700 175 247 93

800 200 222 107

900 225 197 120

1000 250 172 133

N REBAP EC2 ACI DIN BS EHE NBR No Fiss.


0 255 124 351 104 129 153 240 71
100 264 138 368 115 142 167 248 79
200 273 152 387 126 156 182 257 86
300 284 166 409 137 173 196 268 93
400 297 180 434 149 192 210 280 99
500 312 195 464 160 214 224 294 105
600 330 209 499 171 241 238 311 110
700 351 223 541 182 272 252 331 116
800 378 237 593 194 311 266 356 121
900 410 251 658 205 360 280 386 125
1000 452 265 741 217 423 294 426 130
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

800

700

600 REBAP
EC2
500
Vrd,c (KN)

ACI
400
DIN
300
BS
200 NBR
100 EHE

0 No Fiss.
0 200 400 600 800 1000
Esforo Axial (KN)

B.1.7. CASO 7

evoluo de vrd,c com N


h=0,60 bw=0,25
B35,
vsd=75 C30/37
Cotan:
al=4cm2 Max
N EC2 ACI DIN EHE MC10 I MC10 III

0 53 128 53 76 68 138

100 54 128 54 77 68 136

200 55 129 55 78 68 132

300 56 129 56 78 68 131

400 56 129 56 79 68 129

500 58 130 58 81 68 127

600 59 130 59 82 68 124

700 62 132 62 85 68 118

800 66 134 66 89 68 111


900 74 137 74 97 68 98
1000 94 146 95 118 68 76
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

160
EC2
140
ACI
120
DIN
100
Vrd,c (KN)

EHE
80
MC10 I
60
MC10 III
40
EC2
20
ACI
0 DIN
0 200 400 600 800 1000
EHE
Esforo Axial (KN)

B.1.8. CASO 8

B30 C25/30 S500 Rcio = Vrd,ec2/vrd


b/h 0,5 0,30x0,60

Al 320 Ro,l 0,5

Cot min Asw/s As,min

Percentagem de Vrd
As,min Vrd,c Vrd,c 2 Vrd,s Vrd rcio Vrd,c Vrd,s

REBAP 2,4 123,8 123,8 51,6 175,3 3,4 70,6 29,4

EC2 2,4 74,8 0,0 51,7 51,7 1,0 0,0 100,0

ACI 1,9 132,7 132,7 34,2 133,8 2,6 99,2 25,6

DIN 2,5 62,3 104,2 53,8 53,8 1,0 0,0 100,0

BS* 3,2 79,9 79,9 65,9 145,8 2,8 54,8 45,2

EHE 2,4 83,7 0,0 103,3 103,3 2,0 0,0 100,0

NBR* 3,1 118,5 118,5 114,8 233,3 4,5 50,8 49,2

Sobreira** 2,4 165,0 124,3 58,7 183,0 3,5 67,9 32,1

MC10 I 3,6 74,3 74,3 106,7 181,0 3,5 41,0 59,0

MC10 II 3,6 0,0 0,0 77,5 77,5 1,5 0,0 100,0

MC10 III 3,6 80,0 80,0 107,1 187,1 3,6 42,8 57,2
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Coef=ro,min/(Vrd/Vrd,s)

3,00
Vrd/ Vrd,ref

2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00

100%
0,29 1,00 0,26 1,00 0,45 1,00 0,49 0,32 0,59 1,00 0,57
80%

60%

40%

20%
0,71 0,00 0,99 1,94 0,55 0,00 0,51 0,68 0,41 0,00 0,43
0%

B.1.9. CASO 9

B30 C25/30

Asw/s 2r 8//0,20 d 0,95 m

b=0,20
Vrd,c Vrd,c,calc Vrd,s Vrd Notas

REBAP 142,5 142,5 186,9 329,4

EC2 83,2 0,0 467,1 467,1

ACI 121,1 121,1 179,1 300,2

A.Sobr. 196,8 203,6 306,1 509,7

MC10 III 152,7 152,7 307,3 459,9


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

b=0,30
Vrd,c Vrd,c,calc Vrd,s Vrd Notas

REBAP 213,8 213,8 186,9 400,6

EC2 123,0 0,0 467,1 467,1


ACI 181,7 181,7 179,1 360,8
A.Sobr. 295,2 366,4 306,1 672,5
MC10 III 257,3 257,3 316,8 574,1

b=0,40
Vrd,c Vrd,c,calc Vrd,s Vrd Notas
REBAP 285,0 285,0 186,9 471,9
EC2 166,3 0,0 467,1 467,1
ACI 242,3 242,3 179,1 421,4
A.Sobr. 393,6 442,7 306,1 748,9
MC10 III 365,7 365,7 321,7 687,4

b=0,50
Vrd,c Vrd,c,calc Vrd,s Vrd Notas
REBAP 356,3 356,3 186,9 543,1
EC2 205,1 0,0 467,1 467,1
ACI 302,8 302,8 179,1 481,9
valores altos - arco necessario reduzir inc da
A.Sobr. 492,0 449,0 306,0 755,0
biela
MC10 III 618,3 618,3 324,7 943,0

b=1,0; h=0,3
Vrd,c Vrd,c,calc Vrd,s Vrd Notas
REBAP 156,8 156,8 0,0 156,8
EC2 144,4 144,4 0,0 144,4
ACI 165,8 165,8 0,0 165,8
A.Sobr. 226,0 226,0 0,0 226,0
MC10 III 229,0 229,0 0,0 229,0
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.2. Clculos Punoamento


A.2.1. ANLISE DOS LIMITES DE RESISTNCIA E DO CONE DE PUNOAMENTO

Sem
P1 200 C20/25 1 excentricidade
P2 300 C25/30 2
P3 400 C30/37 3
P4 500
P5 600 d 0,26

REBAP

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 327 378 428 398 460 521 470 542 614 541 624 707 612 706 800

Vrd,mx 524 604 685 637 736 834 751 867 982 865 998 1131 979 1130 1280

Vrd/Vrd,mx 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63

Permetro 1,45 1,45 1,45 1,76 1,76 1,76 2,07 2,07 2,07 2,39 2,39 2,39 2,70 2,70 2,70

dif 196 227 257 239 276 313 282 325 368 324 374 424 367 424 480
ramos 10 4 5 5 5 6 6 6 6 7 6 7 8 7 8 9

1400
Vrd

1200

1000

800

600

400

200

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Vrd,mx
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd,c Vrd,mx

10
N de ramos

9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

ramos 10

EC2

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 504 543 577 544 586 623 585 630 670 626 674 716 666 718 763

Vrd,mx (KPa) 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280

Ved,mx 3727 4558 5348 4028 4925 5779 4328 5293 6210 4629 5661 6642 4930 6028 7073

Vrd,c/Ved,mx 0,14 0,12 0,11 0,14 0,12 0,11 0,14 0,12 0,11 0,14 0,12 0,11 0,14 0,12 0,11

Permetro 3,90 3,90 3,90 4,21 4,21 4,21 4,52 4,52 4,52 4,84 4,84 4,84 5,15 5,15 5,15

dif 3223 4015 4771 3483 4339 5156 3743 4663 5541 4003 4987 5925 4263 5310 6310
ramos 10 32 40 47 35 43 51 37 46 55 40 49 59 42 53 62
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd 9000
8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Ved,mx

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd,c Ved,mx

70
N de ramos

60

50

40

30

20

10

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

ramos 10
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EHE

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 582 651 713 629 704 771 676 756 828 723 809 886 770 861 943

Vrd,mx 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280 3680 4500 5280

Ved,mx 3727 4558 5348 4028 4925 5779 4328 5293 6210 4629 5661 6642 4930 6028 7073

Vrd,c/Ved,mx 0,16 0,14 0,13 0,16 0,14 0,13 0,16 0,14 0,13 0,16 0,14 0,13 0,16 0,14 0,13

Permetro 3,90 3,90 3,90 4,21 4,21 4,21 4,52 4,52 4,52 4,84 4,84 4,84 5,15 5,15 5,15

dif 3145 3907 4635 3398 4222 5008 3652 4537 5382 3906 4852 5756 4159 5167 6130

ramos 10 32 39 46 34 42 50 37 45 54 39 48 57 42 52 61

9000
Vrd

8000
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Ved,mx

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd,c Ved,mx
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

N de ramos 70

60

50

40

30

20

10

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

ramos 10

DIN

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431 431

Vrd,mx 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647 647

Vrd/Vrd,mx 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67

Permetro 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86

dif 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216 216

ramos 10 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16

700
Vrd

600

500

400

300

200

100

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Vrd,mx
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd,c Vrd,mx

18
N de ramos

16
14
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

ramos 10

NBR

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 546 588 625 590 635 675 634 683 726 678 730 776 722 778 826

Permetro 3,90 3,90 3,90 4,21 4,21 4,21 4,52 4,52 4,52 4,84 4,84 4,84 5,15 5,15 5,15
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd 900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Permetro

ACI

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd,c 530 592 649 645 721 790 760 849 930 875 978 1071 990 1107 1212

Vrd,mx 1070 1196 1310 1302 1456 1595 1535 1716 1880 1767 1976 2165 2000 2236 2449

Vrd/Vrd,mx 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50

Permetro 1,84 1,84 1,84 2,24 2,24 2,24 2,64 2,64 2,64 3,04 3,04 3,04 3,44 3,44 3,44

dif 540 604 662 658 735 805 775 867 949 893 998 1093 1010 1129 1237
ramos 10 11 12 13 13 14 16 15 17 19 18 20 21 20 22 24

3000
Vrd

2500

2000

1500

1000

500

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd,c Vrd,mx
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd,c Vrd,mx

30
N de ramos

25

20

15

10

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Permetro

BS

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd 376 376 400 404 404 429 431 431 458 457 457 485 482 482 512

Permetro 4,02 4,02 4,02 4,47 4,47 4,47 4,92 4,92 4,92 5,37 5,37 5,37 5,82 5,82 5,82
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd 600

500

400

300

200

100

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd

Sobreira

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vcnrd 490 545 610 550 611 685 610 678 759 670 744 834 730 811 908

Vrd,mx 696 874 1047 885 1112 1331 1026 1288 1543 1205 1513 1812 1385 1739 2082

Vrd/Vrd,mx 0,70 0,62 0,58 0,62 0,55 0,51 0,59 0,53 0,49 0,56 0,49 0,46 0,53 0,47 0,44

dif 206 329 437 335 500 647 416 611 784 535 769 978 655 928 1174
ramos 10 5 8 10 8 12 15 10 14 18 13 18 23 15 22 27

1000
Vrd

900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vcnrd
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vcnrd Vrd,mx

30
N de ramos

25

20

15

10

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Permetro

MC10

P1 P2 P3 P4 P5
Seco
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

Vrd 256 286 313 311 348 381 367 410 449 422 472 517 478 534 585

Vrd,mx 511 572 626 623 696 762 734 820 899 845 945 1035 956 1069 1171

Vrd/Vrd,mx 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50

Permetro 1,45 1,45 1,45 1,76 1,76 1,76 2,07 2,07 2,07 2,39 2,39 2,39 2,70 2,70 2,70

dif 256 286 313 311 348 381 367 410 449 422 472 517 478 534 585

ramos 10 5 6 6 6 7 8 7 8 9 8 9 10 10 11 12
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Vrd 1400

1200

1000

800

600

400

200

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

Vrd Vrd,mx

100%
Vrd

80%

60%

40%

20%

0%
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5
Vrd Vrd,mx

14
N de ramos

12

10

0
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

P1 P2 P3 P4 P5

ramos 10
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.2.2. INFLUNCIA DA EXPESSURA DA LAJE NA RESISTNCIA SEM ARMADURA DE PUNOAMENTO

pilar 400 C25/30

Avaliar a resistncia com a altura til


Sem armadura de corte

Asl 16,1
L' comprimento mximo
para no descontar
perimetro

REBAP

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1 1,88 396 0,8 2,4


0,25 1,25 2,04 517 0,8 2,9
0,3 1,5 2,20 643 0,8 3,4
0,4 2 2,51 905 0,8 4,4
0,6 3 3,14 1414 0,8 6,4
0,8 4 3,77 2262 0,8 8,4
1 5 4,40 3299 0,8 10,4
1,5 7,5 5,97 6715 0,8 15,4
2 10 7,54 11310 0,8 20,4

EC2

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1,2 3,77 492 1,0 2,8


0,25 1,5 4,40 631 1,0 3,4
0,3 1,8 5,03 781 1,0 4,0
0,4 2,4 6,28 1112 1,0 5,2
0,6 3,6 8,80 1884 1,0 7,6
0,8 4,8 11,31 2909 1,0 10,0
1 6 13,82 4212 1,0 12,4
1,5 9 20,11 8418 1,0 18,4
2 12 26,39 13947 1,0 24,4
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EHE

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1,2 3,77 533 1,1 2,8


0,25 1,5 4,40 717 1,1 3,4
0,3 1,8 5,03 923 1,2 4,0
0,4 2,4 6,28 1401 1,3 5,2
0,6 3,6 8,80 2614 1,4 7,6
0,8 4,8 11,31 4155 1,4 10,0
1 6 13,82 6016 1,4 12,4
1,5 9 20,11 12026 1,4 18,4
2 12 26,39 19925 1,4 24,4

DIN

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1,2 2,20 335 0,7 2,8


0,25 1,5 2,75 460 0,7 3,4
0,3 1,8 3,30 598 0,8 4,0
0,4 2,4 4,40 908 0,8 5,2
0,6 3,6 6,60 1649 0,9 7,6
0,8 4,8 8,80 2532 0,9 10,0
1 6 10,68 3443 0,8 12,4
1,5 9 15,39 6132 0,7 18,4
2 12 20,11 9355 0,7 24,4

NBR

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1,6 3,77 533 1,1 3,6


0,25 2 4,40 684 1,1 4,4
0,3 2,4 5,03 846 1,1 5,2
0,4 3,2 6,28 1204 1,1 6,8
0,6 4,8 8,80 2041 1,1 10,0
0,8 6,4 11,31 3023 1,0 13,2
1 8 13,82 4137 1,0 16,4
1,5 12 20,11 7438 0,9 24,4
2 16 26,39 11402 0,8 32,4
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ACI

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 2 2,40 594 1,2 4,4


0,25 2,5 2,60 804 1,3 5,4
0,3 3 2,80 1040 1,3 6,4
0,4 4 3,20 1584 1,4 8,4
0,6 6 4,00 2970 1,6 12,4
0,8 8 4,80 4752 1,6 16,4
1 10 5,60 6930 1,6 20,4
1,5 15 7,60 14108 1,7 30,4
2 20 9,60 23760 1,7 40,4

BS

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2 L,sap

0,2 1,2 4,20 364 0,7 2,8


0,25 1,5 4,80 437 0,7 3,4
0,3 1,8 5,40 510 0,7 4,0
0,4 2,4 6,60 657 0,6 5,2
0,6 3,6 9,00 956 0,5 7,6
0,8 4,8 11,40 1262 0,4 10,0
1 6 13,80 1573 0,4 12,4
1,5 9 19,80 2369 0,3 18,4
2 12 25,80 3187 0,2 24,4

Sobreira

d L' u Vcnrd Vrd/Vrd,EC2

0,2 - 1,88 507 1,0


0,25 - 2,04 649 1,0
0,3 - 2,20 792 1,0
0,4 - 2,51 1064 1,0
0,6 - 3,14 2012 1,1
0,8 - 3,77 3342 1,1
1 - 4,40 5004 1,2
1,5 - 5,97 10614 1,3
2 - 7,54 18304 1,3
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

MC10

d L' u Vrd Vrd/Vrd,EC2

0,2 - 1,88 395 0,8


0,25 - 2,04 221 0,3
0,3 - 2,20 294 0,4
0,4 - 2,51 377 0,3
0,6 - 3,14 941 0,5
0,8 - 3,77 1568 0,5
1 - 4,40 2353 0,6
1,5 - 5,97 4999 0,6
2 - 7,54 17253 1,2

B.2.3. CASOS TERICO PRTICOS

Caso 1 C25/30
S500
p= 21 KN/m2

Pilar 1: 300 As- 54,02 cm2/m N1 756 laje 0,25


Pilar 2: 400 869 d 0,21
Pilar 3: 500 malha 6 m laje macia
Pilar 4: 600 utilizando 10

Caso 2

C25/30
S500
p= 26 KN/m2
Pilar 1: 300
Pilar 2: 400 1 As- 78,80 cm2/m N1 1664
Pilar 3: 500 1914
Pilar 4: 600
laje 40 cm
d 36 cm
malha 8 m
utilizando 10
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Tabela Caso 1

Reg. Pilar Perimetro Vrd,c Ved Ved,0 Vrd,mx Asl Observaes

1 1,60 351 869 - 561 - Vrd,mx KO

2 1,92 420 869 - 671 - Vrd,mx KO


REBAP
3 2,23 488 869 - 781 - Vrd,mx KO

4 2,31 506 869 - 809 - Vrd,mx KO

1 3,58 657 869 3302 3384 - 4p de 8r cada; sr=0,15

2 3,90 715 869 2694 3384 - 4p de 7r cada; sr=0,15


EC2
3 4,21 772 869 2329 3384 - 4p de 6r cada; sr=0,15

4 4,52 830 869 2086 3384 - 4p de 5r cada; sr=0,15

1 3,58 657 869 3302 3384 - 4p de 8r cada; sr=0,15


2 3,90 715 869 2694 3384 - 4p de 7r cada; sr=0,15
EHE
3 4,21 772 869 2329 3384 - 4p de 6r cada; sr=0,15
4 4,52 830 869 2086 3384 - 4p de 5r cada; sr=0,15

1 2,31 494 869 - 741 OK Vrd,mx KO

2 2,31 494 869 - 741 OK Vrd,mx KO


DIN
3 2,31 494 869 - 741 OK Vrd,mx KO

4 2,31 494 869 - 741 OK Vrd,mx KO

1 3,58 712 869 3302 3046 OK Vsd,0 > Vsd,2

2 3,90 774 869 2694 3313 OK 4p de 22r cada; sr=0,15


NBR
3 4,21 837 869 2329 3580 OK 4p de 22r cada; sr=0,15

4 4,52 899 869 2086 3848 OK -

1 2,04 530 869 - 1071 - Vs,min 12r 4p 0,10

2 2,44 634 869 - 1281 - Vs,min 12r 4p 0,10


ACI
3 2,84 738 869 - 1491 - Vs,min 12r 4p 0,10

4 3,24 842 869 - 1701 - Vs,min 12r 4p 0,10

1 3,87 527 869 - 3251 - 4p de 16r cada; sr=0,15


2 4,32 567 869 - 2987 - 4p de 12r cada; sr=0,15
BS
3 4,77 605 869 - 2639 - 4p de 10r cada; sr=0,15
4 5,22 643 869 - 2407 - 4p de 9r cada; sr=0,15

1 1,60 476 1134 - 860 OK Vrd,mx KO

2 1,92 535 1134 - 1047 OK Vrd,mx KO


Sobreira
3 2,23 594 1134 - 1234 OK 4p de 14r cada; sr=0,15

4 2,52 654 1134 - 1422 OK 4p de 16r cada; sr=0,15

1 1,60 256 869 - 512 OK Vrd,mx KO

2 1,92 306 869 - 612 OK Vrd,mx KO


MC10
3 2,23 356 869 - 713 OK Vrd,mx KO

4 2,52 403 869 - 805 OK Vrd,mx KO


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Tabela Caso 2

Reg. Pilar Perimetro Vrd,c Ved Ved,0 Vrd,mx Asl Observaes

1 2,07 694 1914 - 1111 - Vrd,mx KO

2 2,39 799 1914 - 1279 - Vrd,mx KO


REBAP
3 2,70 905 1914 - 1447 - Vrd,mx KO

4 3,02 1010 1914 - 1616 - Vrd,mx KO

1 5,47 1518 1914 11101 8856 - Ved,0 > Vrd,mx

2 5,78 1606 1914 8804 9364 - 4p de 13r cada; sr=0,25


EC2
3 6,09 1693 1914 7426 9873 - 4p de 12r cada; sr=0,25

4 6,41 1780 1914 6508 10382 - 4p de 11r cada; sr=0,25

1 5,47 1518 1914 11101 8856 - Ved,0 > Vrd,mx


2 5,78 1606 1914 8804 9364 - 4p de 13r cada; sr=0,25
EHE
3 6,09 1693 1914 7426 9873 - 4p de 12r cada; sr=0,25
4 6,41 1780 1914 6508 10382 - 4p de 11r cada; sr=0,25

1 3,96 1283 1914 - 1924 OK Vrd,mx KO

2 3,96 1283 1914 - 1924 OK Vrd,mx KO


DIN
3 3,96 1283 1914 - 1924 OK Vrd,mx KO

4 3,96 1283 1914 - 1924 OK Vrd,mx KO

1 5,47 1645 1914 11101 7970 OK Vsd,0 > Vsd,2

2 5,78 1739 1914 8804 8428 OK Vsd,0 > Vsd,2


NBR
3 6,09 1834 1914 7426 8886 OK 4p de 46r cada; sr=0,25

4 6,41 1929 1914 6508 9344 OK -

1 2,64 1176 1914 - 2376 - 4p de 20r cada; sr=0,15

2 3,04 1354 1914 - 2736 - 4p de 18r cada; sr=0,15


ACI
3 3,44 1533 1914 - 3096 - Vs,min 17r 4p 0,10

4 3,84 1711 1914 - 3456 - Vs,min 17r 4p 0,10

1 5,67 964 1914 - 8165 - 4p de 71r cada; sr=0,25


2 6,12 1015 1914 - 8813 - 4p de 61r cada; sr=0,25
BS
3 6,57 1064 1914 - 8005 - 4p de 52r cada; sr=0,25
4 7,02 1112 1914 - 7128 - 4p de 43r cada; sr=0,25

1 2,07 883 2496 - 1908 OK Vrd,mx KO

2 2,39 959 2496 - 2253 OK Vrd,mx KO


Sobreira
3 2,70 1035 2496 - 2598 OK 4p de 19r cada; sr=0,15

4 3,02 1111 2496 - 2803 OK 4p de 21r cada; sr=0,15

1 2,07 466 1914 - 932 OK Vrd,mx KO

2 2,39 536 1914 - 1073 OK Vrd,mx KO


MC10
3 2,70 607 1914 - 1214 OK Vrd,mx KO

4 3,02 678 1914 - 1355 OK Vrd,mx KO


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.2.4 AVALIAO DE ALTURAS MNIMAS EM SAPATAS

C25/30
Considerando Sapata centrada S500
pilar

Avaliar a altura til tendo em conta que o punoamento ser


condicionante
Sem armadura de corte

Asl 16,09 cm2/m Carregamento de 2000 KN

tenso do
terreno 300 KPA

u Vrd Vsd d L

REBAP 3,48 1568 1371 0,60 0,87


EC2 7,25 1377 1184 0,45 1,81
EHE 6,63 1478 1337 0,40 1,66
DIN 4,95 1316 1220 0,45 1,24
NBR 6,63 1291 1207 0,40 1,66
ACI 3,40 1893 1541 0,45 0,85

tenso do
terreno 200 KPA

u Vrd Vsd d L

REBAP 3,64 1775 1525 0,65 0,91


EC2 7,88 1573 1409 0,50 1,97
EHE 7,25 1756 1510 0,45 1,81
DIN 5,50 1536 1313 0,50 1,38
NBR 7,25 1492 1347 0,45 1,81
ACI 3,40 1893 1694 0,45 0,85

tenso do
terreno 400 KPA

u Vrd Vsd d L

REBAP 3,33 1441 1269 0,55 0,83


EC2 6,63 1191 1072 0,40 1,66
EHE 6,63 1478 1072 0,40 1,66
DIN 4,95 1316 998 0,45 1,24
NBR 6,63 1291 942 0,40 1,66
ACI 3,20 1584 1488 0,40 0,80
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

B.2.5. AVALIAO DE EXCENTRICIDADES

Pilar de canto
aumentar sucessivamente a consola

Inserido numa malha


p 18 KN/m2 Pilar 0,40 x 0,40 6,0
S
500 fi10
d 0,26

L rea N M Mt M (PE) Mt (PE) As As (%)

0,0 9,00 162 280 280 210 210 20,63 0,79


0,5 12,25 221 286 273 215 205 21,07 0,81
1,0 16,00 288 302 247 227 185 22,25 0,86
1,2 17,64 318 311 233 233 175 22,91 0,88
1,4 19,36 348 322 216 242 162 23,73 0,91
1,6 21,16 381 335 197 251 148 24,68 0,95
1,8 23,04 415 350 175 263 131 25,79 0,99
2,0 25,00 450 365 149 274 112 26,89 1,03
2,2 27,04 487 383 122 287 92 28,22 1,09
2,4 29,16 525 402 91 302 68 29,62 1,14
2,6 31,36 564 424 59 318 44 31,24 1,20
2,8 33,64 606 447 24 335 18 32,94 1,27
3,0 36,00 648 486 15 365 11 35,81 1,38
4,0 49,00 882 864 244 648 183 63,66 2,45
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

REBAP

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 - - - - - - - - - - - -
0,5 - - - - - - - - - - - -
1 - - - - - - - - - - - -
1,2 - - - - - - - - - - - -
1,4 2,64 2163 638 - 0,50 N.A. 20 6 0,29 1,55 3,16 120
1,6 2,64 2264 638 - 0,50 N.A. 20 6 0,28 3,52 0,78 120
1,8 2,64 2388 638 - 0,55 N.A. 27 7 0,27 3,69 0,77 189
2 2,64 2505 638 - 0,55 N.A. 27 7 0,25 3,87 0,76 189
2,2 2,64 2640 638 - 0,60 N.A. 31 7 0,24 4,06 0,74 217
2,4 2,64 2790 638 - 0,60 N.A. 31 7 0,23 4,32 0,73 217
2,6 2,64 2949 638 - 0,65 N.A. 33 8 0,22 4,60 0,72 264
2,8 2,64 3119 638 - 0,65 N.A. 33 8 0,20 4,89 0,71 264
3 2,64 3386 638 - 0,70 N.A. 40 8 0,19 5,07 0,69 320
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EC2

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c /


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,22 648 193 - - - 8 4 0,30 4,00 32,00


0,5 1,22 884 196 - - - 12 4 0,22 4,00 48,00
1 1,22 1152 198 - - - KO KO - 4,00 -
1,2 1,22 1272 200 - - - KO KO - 4,00 -
1,4 1,22 1392 202 - - - KO KO - 4,00 -
1,6 4,87 643 819 - - - - - 1,27 1,69 -
1,8 4,87 647 831 - - - - - 1,29 1,56 -
2 4,87 648 843 - - - - - 1,30 1,44 -
2,2 4,87 650 857 - - - - - 1,32 1,33 -
2,4 4,87 645 870 - - - - - 1,35 1,23 -
2,6 4,87 642 886 - - - - - 1,38 1,14 -
2,8 4,87 638 902 - - - - - 1,41 1,05 -
3 4,87 667 927 - - - - - 1,39 1,03 -

4 4,87 1206 1050 - 0,20 0,15 - - 0,87 1,37 -


Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

EHE

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,22 648 193 - - - 8 4 0,30 1,00 1,00 32


0,5 1,22 884 196 - - - 12 4 0,22 1,00 1,00 48
1 1,22 1152 KO - - - KO KO - 1,00 - -
1,2 1,22 1272 KO - - - KO KO - 1,00 - -
1,4 1,22 1392 KO - - - KO KO - 1,00 - -
1,6 4,87 643 819 - - - - - 1,27 1,00 1,00 -
1,8 4,87 647 831 - - - - - 1,29 1,00 1,00 -
2 4,87 648 843 - - - - - 1,30 1,00 1,00 -
2,2 4,87 650 857 - - - - - 1,32 1,00 1,00 -
2,4 4,87 645 870 - - - - - 1,35 1,00 1,00 -
2,6 4,87 642 886 - - - - - 1,38 1,00 1,00 -
2,8 4,87 638 902 - - - - - 1,41 1,00 1,00 -
3 4,87 667 927 - - - - - 1,39 1,00 1,00 -
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

DIN

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,01 KO KO - - - - - - - - -
0,5 2,01 KO KO - - - - - - - - -
1 2,86 KO KO - - - - - - - - -
1,2 2,86 KO KO - - - - - - - - -
1,4 2,86 KO KO - - - - - - - - -
1,6 2,86 644 570 18,76 - - 4 1 0,88 1,00 0,70 4
1,8 2,86 647 570 31,83 - - 4 1 0,88 1,00 0,69 4
2 2,86 648 570 31,83 - - 4 1 0,88 1,00 0,68 4
2,2 2,86 650 570 31,93 - - 4 1 0,88 1,00 0,67 4
2,4 2,86 645 570 31,73 - - 4 1 0,88 1,00 0,65 4
2,6 2,86 642 570 31,54 - - 4 1 0,89 1,00 0,64 4
2,8 2,86 638 570 31,34 - - 3 1 0,89 1,00 0,63 3
3 2,86 667 570 32,81 - - 5 1 0,85 1,00 0,61 5
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

NBR

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl Ved / Ved, EC2 N Ramos
Ved EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,22 290 209 6,68 - - 6 4 0,72 1,79 0,45 1 24


0,5 1,22 346 210 7,96 - - 7 4 0,61 1,57 0,39 1 28
1 1,22 401 214 9,22 - - 8 4 0,53 1,39 0,35 1 32
1,2 1,22 425 216 9,77 - - 9 4 0,51 1,34 0,33 1 36
1,4 1,22 447 219 10,28 - - 9 4 0,49 1,28 0,32 1 36
1,6 1,22 471 222 10,84 - - 10 4 0,47 1,24 0,73 0 40
1,8 1,22 495 225 11,38 - - 10 4 0,45 1,19 0,77 0 40
2 1,22 518 228 11,92 - - 11 4 0,44 1,15 0,80 0 44
2,2 4,87 712 928 16,37 - - - - 1,30 1,46 1,10 1 -
2,4 4,87 691 943 15,90 - - - - 1,36 1,32 1,07 1 -
2,6 4,87 671 960 15,44 - - - - 1,43 1,19 1,05 1 -
2,8 4,87 650 977 14,95 - - - - 1,50 1,07 1,02 1 -
3 4,87 675 1005 15,52 - - - - 1,49 1,04 1,01 1 -
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

ACI

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,06 KO KO - - - - - - - - -
0,5 1,06 KO KO - - - - - - - - -
1 1,06 KO KO - - - - - - - - -
1,2 1,06 KO KO - - - - - - - - -
1,4 1,06 KO KO - - - - - - - - -
1,6 1,06 KO KO - - - - - - - - -
1,8 1,06 KO KO - - - - - - - - -
2 1,06 KO KO - - - - - - - - -
2,2 1,06 KO KO - - - - - - - - -
2,4 1,06 KO KO - - - - - - - - -
2,6 2,64 1121 849 - - - 10 4 0,76 1,75 0,96 40
2,8 2,64 1192 849 - - - 10 4 0,71 1,87 0,94 40
3 2,64 1287 849 - - - 12 4 0,66 1,93 0,92 48
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

BS

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 1,18 KO KO - - - - - - - - -
0,5 1,18 KO KO - - - - - - - - -
1 1,18 KO KO - - - - - - - - -
1,2 1,18 KO KO - - - - - - - - -
1,4 1,18 KO KO - - - - - - - - -
1,6 4,72 664 506 - - - 6 4 0,76 1,03 0,62 24
1,8 4,72 685 514 - - - 7 4 0,75 1,06 0,62 28
2 4,72 705 521 - - - 7 4 0,74 1,09 0,62 28
2,2 4,72 726 529 - - - 7 4 0,73 1,12 0,62 28
2,4 4,72 743 538 - - - 8 4 0,72 1,15 0,62 32
2,6 4,72 761 547 - - - 9 4 0,72 1,19 0,62 36
2,8 4,72 780 557 - - - 9 4 0,71 1,22 0,62 36
3 4,72 824 573 - - - 10 4 0,70 1,23 0,62 40
Verificao da segurana ao Corte de Elementos de Beto Armado
Estudo e comparao da aplicao de diferentes regulamentos

Sobreira

Capitel Armadura de Pun. Vrd,c / Ved / Ved, Vrd,c / Vrd,c


L u Ved Vrd,c Asl N Ramos
Ved EC2 EC2
Lh Hh Ramos/p Permetros

0 439 605 6,42 - - - - 1,38 0,68 3,14 -


0,5 661 546 9,56 - - - - 0,83 0,75 2,79 -
1 921 512 13,21 0,10 - - - 0,56 0,80 2,59 -
1,2 1026 507 14,70 0,15 - - - 0,49 0,81 2,53 -
1,4 1127 507 16,14 0,15 - - - 0,45 0,81 2,51 -
1,6 1217 513 17,46 0,15 - - - 0,42 1,89 0,63 -
1,8 1291 526 18,57 0,15 - - - 0,41 2,00 0,63 -
2 1341 550 19,40 0,15 - - - 0,41 2,07 0,65 -
2,2 1360 586 19,83 0,15 - - - 0,43 2,09 0,68 -
2,4 1338 643 19,76 0,15 - - - 0,48 2,07 0,74 -
2,6 1265 731 17,80 0,10 - - - 0,58 1,97 0,82 -
2,8 1129 879 13,30 0,05 - - - 0,78 1,77 0,97 -
3 1111 955 11,77 0,05 - - - 0,86 1,67 1,03 -

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