Cadeia Produtiva Da Música em Belo Horizonte
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
Cadeia Produtiva da
Economia da Msica em
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Fevereiro de 2010
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CDU: 008:33(815.11)
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Belo Horizonte
Fevereiro de 2010
FUNDAO JOO PINHEIRO
Alameda das Accias, 70
So Luiz
Belo Horizonte MG
CEP 31.275.150
Telefone: (31)3448.9400
Fax: (31)3448.9588
E-mail: [email protected]
Site: http://www.fjp.gov.br
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EQUIPE TCNICA
SUPERVISO E COORDENAO:
ELABORAO:
Ana Cristina Coutinho (Consultora)
Andra Lage
Diva Moreira (Consultora)
Graciela Teixeira Gonzalez
Marta Procpio de Oliveira
COLABORAO:
Estefnia Mesquita
Jussara Frana
Ludmila Lana
Maria das Graas Lemos
Reinaldo Morais
Thais Utsch
REVISO:
Heitor Vasconcelos
Luis Carlos Freitas Pereira
NORMATIZAO
Helena Schirm
iii
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Aluizer Malab, Clarisse Libnio, Berenice Menegali, Bernardo Machado, Celso Adolfo,
Chico Lobo, Cludia Elias, Cristiano da Silva (Cris do Morro), Daniela Sousa, Danusa
Carvalho, Da Trancoso, Diomar da Silveira, Eugnio Ribeiro, Marcelo Braga, Fabiano
Paladino, Fernando Brant, Fernando Sodr, Flvio dos Santos, Geovana Jardim,
Geraldo Vianna, Jos Tadeu, Juarez Moreira, Juliano Jubo, Kiko Ferreira, Maurlio
Lima (Kuru), Lucas Mortimer, Lucas Bretas, Luciana Salles, Luciano Alkmim, Lcio
Oliveira, Makely kA, Marcus Vianna, Marina Machado, Maurinho Rodrigues, Mnica
Cerqueira, Oscar Neves, Paulinho Pedra Azul, Paulo Ramos, Paulo Bastos, Rmulo
Avelar, Rose Pidner, Sandra Costa, Snia Veriane, Tadeu Franco, Tianastcia (Pod e
Maurinho Nastcia), Maurcio Tizumba, Tlio Mouro e Uakti (Arthur Andrs).
iv
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SUMRIO
v
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vi
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vii
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1 INTRODUO
Viver da arte um ofcio que exige muito no Brasil, pas marcado por
indefinies e descontinuidades na poltica cultural, por vises preconceituosas da arte e
da cultura, que ainda dissociam a cultura do trabalho e da economia.
1
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1
O IBGE publicou em 2006 o sistema de Informaes e Indicadores culturais e o atualizou em 2007 e o
Ministrio da Cultura o Anurio de estatsticas Culturais, em maro de 2009
2
Esta srie de estudos est disponvel para consulta no site da Fundao Joo Pinheiro- Centro de estudos
de polticas pblicas (CEPP)- site: www.fjp.mg.gov.br.
2
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retornos cada vez mais visveis. Dessa forma, acentua-se nos governos nacionais e
estaduais a idia de seu papel estratgico para a dinmica econmica3.
3
Estudos sobre a gerao de emprego e renda a partir da utilizao dos mecanismos de incentivo cultura
de Minas Gerais FJP-CEPP pg 21
3
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4
Os dados referentes a essa programao foram organizados pela Fundao Joo Pinheiro a partir da
publicao musical da Programao Mensal Programe BH para os anos deste estudo (2003 a 2007).
4
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5
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N 2
n= 2
d
( N 1) + 2
z / 2
onde:
n = tamanho da amostra
N = tamanho da populao
d = erro amostral
= desvio-padro da medida de interesse
z = nvel de confiana
5
MINGOTI, Sueli Aparecida, ANTUNCAR, Gregrio Saravia, NOGUEIRA, Maria Lourdes Granha,
SILVA, Rodrigo Carazolli. Mtodos de Amostragem com aplicaes na rea empresarial - pagina 10
6
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s 2 = p (1 p )
1200 * ( 0,25 )
n= 2
= 145 ,9 146
0,075
1199 + 0, 25
1,645
7
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6
A anlise da poltica cultural aqui apresentada alinha-se a do estudo feito pelo Instituto de Pesquisas
Econmicas Aplicadas IPEA Poltica Cultural no Brasil, 2002/2006. Acompanhamento e anlise.
Cadernos de Poltica Cultural volume 2.
7
Botelho. Isaura Dimenses da Cultura e Polticas Pblicas So Paulo em Perspectiva 2000.
8
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Mesmo com a garantia legal dos direitos culturais como um dos direitos
fundamentais e o reconhecimento constitucional da importncia da cultura em sua
natureza material e imaterial, o Estado mantm-se ainda omisso quanto aos
instrumentos e aes para alcanar estes objetivos na prtica.
8
Lei instituda em 1988, artigos 215 e 216 da constituio brasileira.
9
Aprovado pelo Congresso em setembro de 2009, atravs da Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
306-A.
9
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Com tanto limite para sua viabilizao, a poltica cultural reduz-se a uma
poltica de eventos e, em termos de financiamento, conta essencialmente com os
recursos incentivados, implementados no pas em 1991 lei Rouanet, seguida em 1993
pela lei de incentivo para o setor audiovisual. Os recursos provenientes deste
mecanismo foram responsveis pela maior parte do financiamento de projetos culturais
nos ltimos 20 anos11.
10
Em maro de 2009, finalmente foi publicado pela FUNARTE o Anurio de Estatsticas Culturais 2009
Cultura em Nmeros, primeiro passo em direo a criao de um Sistema Nacional de Informaes
Culturais visando subsidiar a gesto do setor.
11
Outras fontes de financiamento, menos importantes, foram o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e os
Fundos de Investimento Cultural e artstico. (FICART).
12
As primeiras leis de incentivos fiscais estabelecidas foram a Rouanet - Lei n 8.313 de 23/12/1991 e a
do Audiovisual - Lei n 8.685 de 20/7/1993, ambas foram ajustadas ao longo da dcada de 90.
10
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Diante deste quadro, h muito o que fazer para que o Plano Nacional de
Cultura possa atingir os objetivos de democracia cultural, democratizao e acesso
cultura e universalizao dos direitos culturais.
11
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12
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13
Em 2002, por exemplo, a BR Distribuidora e a Petrobrs investiram R$50 milhes e R$44,2 milhes na
rea cultural, respectivamente. Esses valores correspondem a um quarto dos recursos oramentrios do
Minc (IPEA, 2007).
13
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2.3 Principais efeitos das leis de incentivo e fundos estaduais e municipais para o
setor musical em Belo Horizonte
14
Para obter mais informaes sobre o programa consultar o site: www.musicaminas.com.br.
14
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...a se poderia fazer um projeto de trs anos, por exemplo, e no ficar perdendo
um tempo enorme elaborando e aprovando projetos. Tenho que usar o tempo
executando, realizando os projetos.O gestor cultural hoje um cara que
simplesmente a vida dele fazer um projeto atrs do outro. Infelizmente
insano.
A questo da instabilidade financeira do mecanismo das leis um trao
caracterstico da poltica de incentivo fiscal. O compromisso das empresas com a
cultura depende das oscilaes econmicas e de mercado. A crise econmica que teve
seu pice em 2008, por exemplo, exps artistas e produtores culturais a uma situao de
instabilidade que provocou o fechamento de algumas empresas e levou muitos artistas a
15
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Eu acho que est claro o papel fundamental que as leis de incentivo trouxeram
como um divisor de guas mesmo para que o mercado pudesse respirar. O que
nos preocupa muito a instabilidade das leis. E me preocupa especialmente
agora nesse momento que a gente est vivendo, que se percebe a fragilidade
desse modelo, tendo em vista que o principal instrumento de financiamento
baseado no lucro das empresas. Se existe uma crise o lucro reduz, e a primeira
coisa que cai o incentivo dentro do lucro. Alm disso, algumas empresas, por
uma postura at filosfica, se retraem enxergando que no o momento de
bancar a festa, entre aspas. Se a empresa est em crise, se est demitindo
funcionrios, se est fazendo uma srie de limitaes, no momento de estar
fazendo muito alarde em cima da marca dela. Voc tem o endomarketing, tem o
pblico interno da empresa que est enxergando aquilo. Poxa, o meu
companheiro est sendo demitido e os caras esto fazendo show de no sei
quem a! Quando se enxerga uma conjuntura de crise, a sem dvida a primeira
coisa que sai do leque de oportunidades de investimentos a cultura. Isso
muito duro para ns.
Da mesma forma, um artista revela a situao preocupante em que se v
inserido, como resultado da dependncia do patrocnio privado:
16
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...um pensamento mais fino de que a sociedade melhora, cresce, evolui, de que
as pessoas ficam melhores justamente por causa do refinamento cultural, seu
grau de educao, sua capacidade de criar, recriar, passar pra frente, melhorar os
nveis psicolgicos de tudo quanto coisa que acontece na nossa vida, so raros
os empresrios que tm essa noo de para que serve a cultura.
As crticas mais contundentes s leis de incentivo referem-se ao carter
excludente desta poltica, do ponto de vista espacial, j que historicamente o
financiamento tem-se concentrado nas grandes metrpoles em detrimento das cidades
do interior, por causa do baixo acesso ao mecanismo.
17
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Mas o que acontece com a lei de incentivo? Ela faz com que o curador da lei
no seja uma pessoa voltada para cultura e sim o diretor de marketing da
empresa. Ento, a empresa s vai patrocinar, por mais que seja por lei, por mais
que tenha iseno, s vai apoiar aquilo que tiver um retorno timo para a
empresa, vai querer os artistas que tragam o maior nmero possvel de pblico,
e tenham repercusso na mdia.
Um aspecto positivo atribudo ao uso das leis de incentivo no entanto
sua influncia sobre a profissionalizao do setor artstico-cultural. Para utilizar as leis,
empreendedores e artistas tiveram de adotar requisitos bsicos de profissionalizao,
melhorando assim a qualidade dos eventos e produtos culturais:
15
Prestando Contas aos Mineiros: Avaliao da Lei Estadual de Incentivo Cultura 2003
Estudos sobre a gerao de trabalho e renda a partir da utilizao dos mecanismos de incentivo cultura
de Minas Gerais - 2009.
18
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16
http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=9&cat=59, em 24 de abril de 2009.
17
Prestando Contas aos Mineiros: Avaliao da Lei Estadual de Incentivo Cultura op. cit. Pg.2
Centro de Estudos de Polticas Pblicas Fundao Joo Pinheiro.
19
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reforando seu papel como uma das manifestaes artsticas mais ricas de Minas e de
todo o pas. Dados obtidos em estudo realizado pela Fundao Joo Pinheiro
demonstram que, no perodo de 1998 a 2007, 59,9% dos projetos aprovados e 66,7%
manteve neste patamar ao longo de todos os anos avaliados, indicando serem estas as
18
Estudos sobre a gerao de trabalho e renda a partir da utilizao dos mecanismos de incentivo cultura
de Minas Gerais Fundao Joo Pinheiro Centro de Estudos Polticas Pblicas julho de 2009. pg.
53.
19
Idem nota 3, pg.51.
20
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872
850
731
702 684 694
677
661
528 515
479 485
223 224
179 176
166 149
141 123
124 111
95
44
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Projetos
Ano
Apresentados Aprovados Percentual Incentivados Percentual
2002 702 479 68 224 47
2003 872 141 16 95 67
2004 850 166 20 124 75
2005 677 149 22 111 74
2006 694 179 26 123 69
2007 661 176 27 44 25
Fonte: Dados Bsicos: Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro Centro de Estudos de Polticas Pblicas
22
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Realizaram-se 720 projetos musicais ao longo dos seis anos, 56% dos
projetos aprovados. O grfico 2 mostra a proporo entre projetos aprovados e
incentivados no perodo.
600
500
400
300
200
100
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Aprovados Incentivados
23
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20
So dois os motivos para no realizao da grande maioria dos projetos apresentados: no ser aprovado
pela Secretaria de Cultura, ou no ter xito em encontrar um patrocinador.
24
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21
A discusso sobre as consequncias para o desenvolvimento do setor da existncia apenas do
mecanismo de financiamento por meio da renncia fiscal so abordados no captulo referente cadeia
produtiva do setor.
22
Os valores mencionados foram atualizados a preos de dezembro de 2008, para permitir que sejam
feitas as comparaes entre os anos de estudo.
25
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30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2002 2003 2004 2005 2006
27
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3.1.2 Natureza jurdica dos empreendedores do setor musical pela lei estadual
23
A Orquestra Sinfnica parte da Fundao Clvis Salgado, mas pleiteia recursos individualmente.
28
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98
88 91
65
49
30 32
25 27
23
17
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3.1.3 Distribuio espacial dos projetos financiados pela lei estadual Belo Horizonte
e interior
30
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308
171
111 104
87 89 90 86
75
54 55 60
128
96
87
72 74
56
49
39 36 39
19 25
31
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24
A Secretaria de Estado da Cultura divulga online a lista das empresas incentivadoras.
32
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25
Trecho retirado de: http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=9&cat=67&con=1236, em
3/12/2008.
26
Trecho retirado de http://www.cultura.mg.gov.br/?task=interna&sec=9&cat=67&con=1236, em
3/12/2008.
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9
8
5
4
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Fundao Municipal de Cultura-Assessoria da lei municipal de incentivo cultura.
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
132 124
124
115 112
99
73
57
24
88 15 16 13 9
99 98 10
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Projetos
Ano ndice de
Aprovados Incentivados
Captao (%)
2003 8 8 100
2004 9 9 100
2005 9 8 89
2006 16 10 63
2007 13 9 69
Fonte: Dados Bsicos: Fundao Municipal de Cultura.
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro Centro de Estudos de
Polticas Pblicas
39
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artstica a preos populares; o projeto Coral Ars Cantorum, que tem como objetivo a
formao de pblico. Em 2005, foi realizado o 4 Festival de Corais de Belo Horizonte;
a manuteno do Grupo Tambolel; espetculos cnico-musicais; Festival de Jazz e
Lounge ao ar livre, projeto Museu Mineiro e as origens da Msica Colonial; Concertos
Instrumental/Acstico de Msica Erudita e Folclore Brasileiro. Em 2006. deu-se
continuidade ao Festival de Corais de Belo Horizonte; ao projeto Savassi Jazz Festival-
festival de jazz ao ar livre, realizado anualmente, em sua 4 edio; e ao projeto
Concertos Didticos. Destacaram-se tambm os espetculos do Grupo de Choro
Caixinha de Phsphoros e os Concertos Pedaggicos nas escolas da rede municipal. Em
2007, foi viabilizada a continuidade dos projetos Concertos Didticos; Domingo no
Museu; 2 edio do Festival Garimpo Msica Independente com artistas do meio
artstico mineiro e de outros estados; continuao do projeto Encontro Musical -
enfatizando o pblico infantil; 6 festejo do Tambor Mineiro; e o Festival de Msica
Instrumental em Belo Horizonte. Em todos os anos foram realizados projetos de
produo e lanamento de CDs de artistas mineiros.
3.3.2 Valores investidos em projetos musicais pela lei municipal de incentivo cultura
29
Refere-se apenas ao valor captado, sem adicionar o referente a contrapartida das empresas, j que esta
pode ser feita por meio de diversas modalidades de participao, como por exemplo fornecimento de
mercadorias, prestao de servios ou cesso de uso de imvel,entre outras.Op. it. Pag. 3 (descrito nas
pag. 33 e 34 do referido estudo).
40
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
917 907
701 666
559 548 531
435
362
309
41
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3.4 Natureza jurdica dos empreendedores do setor musical pela lei estadual de
incentivo cultura
7
6 6
5 5
3 3 3
42
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55 54
41 40
13 12 14 14 16
43
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44
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1.360
1.272
1.216
1.026 1.004
952 985
897
718 714
45
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
13 13
12 12
11
3
2 2
3.6 Investimento total realizado por meio das leis estadual e municipal de cultura
e respectivos fundos entre 2002 e 2007
46
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Apresentados 4.456
No aprovados 3.166
Aprovados 1.290
Incentivados 720
Fundo Estadual 43
Fonte: Dados Bsicos: Secretaria Estadual de Cultura
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro; Centro de
Estudos de Polticas Pblicas
Pleiteados R$297.831
Aprovados R$96.805
Incentivados R$52.831
Fundo Estadual R$ 1.310
Total Lei e Fundo Estadual R$ 54.141
Fonte: Dados Bsicos: Secretaria Estadual de Cultura
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro Centro de Estudos de Polticas
Pblicas
30
Em R$ 1.000,00 - a preos de dez. de 2008. No est sendo considerado o valor da contrapartida das
empresas.
47
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Apresentados 465
No aprovados 410
Aprovados 55
Incentivados 44
Fundo Municipal 69
Fonte: Dados Bsicos: Fundao Municipal de Cultura
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro; Centro de Estudos de
Polticas Pblicas
31
Em R$ 1.000,00 a preos de dez. de 2008. No est sendo considerado o valor da contrapartida das
empresas.
48
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Pleiteados R$5.264
Aprovados R$3.509
Incentivados R$2.416
Fundo Municipal R$4.266
Total Lei Municipal e Fundo R$6.682
Fonte: Dados Bsicos: Fundao Municipal de Cultura
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro; Centro de Estudos de Polticas
Pblicas
Investimento Participao na
Anos Receita Corrente
Leis e Fundos Receita
2002 27.820.176 13.366 0,048%
2003 18.031.601 6.777 0,038%
2004 29.729.943 9.332 0,031%
2005 32.885.459 11.204 0,034%
2006 36.337.962 13.030 0,036%
2007 39.661.658 7.114 0,018%
Fonte: Dados Bsicos: Secretaria Estadual e Fundao Municipal de Cultura
Elaborao: Fundao Joo Pinheiro; Centro de Estudos de Polticas
Pblicas
()
Atravs das Leis de incentivo estadual e municipal e fundos de cultura.
No inclui o valor da contrapartida das empresas.
49
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Luzia jamais poderia imaginar, no entanto, que essa forma de expresso viria
a se transformar em produto cultural, mercadoria, que gera emprego, renda e movimenta
fortemente a economia global.
Muitas eras se passaram, embaladas por sons que iam sendo reinventados e
ordenados, juntamente com a evoluo do ser humano e de nosso planeta.
51
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longo dos anos: Clube da Esquina (anos 70), bero do Pop e capital do Metal (anos 80 e
90), Capital do Violo, Capital da Viola, Meca da msica instrumental (a partir de 2005),
entre outros.
o artista;
32
Cadeia Produtiva da Economia da Msica Antonio Carlos Alkimin, Luis Carlos Prestes filho,
Liesel\m.\figueiras, Moacyr de Oliveira Arajo, Pedro Argemiro Rodrigues,Srgio Cidade de Rezende e
Sydney Sanches PUCRJ2005
53
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os direitos autorais;
os produtores e agentes;
a distribuio;
os espetculos;
a formao de plateias.
54
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55
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Samuel Rosa e Chico Amaral) bateu recorde de arrecadao de direitos autorais durante
dois anos seguidos, alcanando cifras acima de seis dgitos.
56
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Isto provocou a sada de alguns artistas das gravadoras, muitos deles cones
da msica brasileira. Muitos deles comearam a criar selos prprios e a administrar seus
direitos autorais. Esse gerenciamento, ainda que em escala reduzida, originou catlogos
menores e diferenciados com menores preos, gerando assim uma migrao do pblico
consumidor (fiel a esses artistas) para os novos produtos. Esse processo resultou tambm
numa abertura de possibilidades para outros nomes em ascenso. Ironicamente, estas novas
formas de produo e divulgao criada pelos artistas antes vinculados s gravadoras j era
a realidade do mercado de Belo Horizonte, uma vez que apenas uma minoria dos artistas da
cidade estava vinculada s Majors.
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autor utiliza-se dos meios de comercializao via internet para comprovar sua teoria,
explicando a fora dessa nova dinmica de marketing e vendas.
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Com exceo da ONG Terra Verde.
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de formao gerou centenas de escolas em Belo Horizonte, dentre elas, por exemplo, a
Babaya Escola de Canto, a Acorde Escola de Msica e a Promusic.
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[...] essa cadeia vem no s da parte da msica, vem de toda a produo mesmo,
desde o incio: planejar o show, fazer a divulgao. A gente tem web-teams, street-
teams, que saem divulgando, o marketing, o design. A gente produz camisas, ns
mesmos vamos l pintar as camisas, um fazendo a camisa do outro, trocando esse
trabalho, um ajuda o outro de forma que todo mundo consegue chegar quele
objetivo final que a estruturao de uma cena. Juntam-se, por exemplo, as bandas
que tm afinidade, pessoas que tenham alguma afinidade, porque o coletivo hoje
formado tambm por pessoas que no so msicos, ns temos dois cineastas, um
designer, relaes pblicas. A cena feita de vrias outras aes e essa cadeia vai
se expandindo. Ento, ele vai buscando parcerias com outros coletivos, com outras
aes, com outras pessoas, e a tendncia que isso cresa e que todos possam fazer
essa troca de forma diferente, mas a gente quer que as coisas sejam da forma que a
gente acredita. A gente no quer se voltar para o mercado, a gente gostaria que o
mercado se voltasse pra gente s vezes no o fato de ser comercial que vai
deixar de ser independente.
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O endereo eletrnico do Ecad para consultas www.ecad.org.br
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Em uma era com msica digital, iPods e todas as ferramentas para pirataria,
o modelo de negcios da indstria fonogrfica parece um dinossauro. A indstria musical
precisa se reinventar totalmente para sobreviver. Em contrapartida, este segmento exige
tambm mais dedicao, criatividade e aprimoramento do artista para ganhar a confiana e
aprovao do usurio, do contrrio ele no decola (NGELO, 2008)
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O nmero de unidades vendidas pelo setor caiu 64% nos ltimos 10 anos,
sendo de 71% a queda nas vendas de CDs. As vendas de DVDs apresentaram tendncia
oposta a de CDs, cresceram 1.833%, aumentando sua participao no total das vendas do
setor de 0,3% em 1999 para 18,5% em 2008. Neste ano, houve um pequeno crescimento
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nas vendas totais (0,3%) e nas vendas de CDs (0,4%), aps trs anos de queda nas vendas
totais e de CDs (tabela 2).
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891 878
726
706
677 661
639
615
601
526
511
461 454
215 220
180
155
132
90 97 96
65
38
13
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94 93
75
72 72
70
66
59
56
52 53
46
38
31 31 31
25 26
7 7 6 6 6
3 4
1 2
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1%
6%
9%
15%
25% 25%
29% 31% 30%
99% 94%
91%
85%
75% 75%
71% 69% 70%
CDs DVDs
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DVDs CDs
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internet e 127% por celular. Apesar de o crescimento das vendas por internet ser maior que
o de celular de 2006 para 2007, a participao das vendas via celular no total
representavam, em 2006, 94% e em 2008, 78%. Vale ressaltar que no ltimo ano as vendas
por internet cresceram 68,6% e as por celular 82,4% (Tabela 3 e Grfico 5).
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76% 78%
94%
24% 22%
4%
Internet Celular
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2%
7%
12%
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5.2 Divulgao/distribuio
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relacionamento orkut, blogs, que permitem s pessoas descobrirem novas msicas por
indicao de outros usurios.
A distribuio da obra musical feita pela internet por meio dos stios de
lojas on-line que disponibilizam arquivos de msicas dos artistas. Os canais utilizados pelo
usurio para a reproduo dos fonogramas so os computadores, os leitores portteis (MP3,
MP4, Ipod, entre outros) e a telefonia mvel, hoje responsvel pela maior parte do
faturamento do mercado digital da msica. Os aparelhos celulares esto cada vez mais
sofisticados, possibilitando carregar arquivos com msicas e vdeos em cartes de memria
de ampla capacidade, transformando-os em verdadeiros rdios pessoais portteis.
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esto a UOL Megastore, Terra, Sonora, I-Msica e MusiG, alm dos stios eletrnicos
vinculados a selo, como Biscoito Fino, que j se adaptam e geram a demanda por
legislaes especficas para normatizar o comrcio virtual de msicas.
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35
Por profissional, o presente estudo considera aqueles artistas ou grupos que recebem remunerao pelo
seu trabalho, independentemente do registro na Ordem dos Msicos do Brasil, j que as profisses de
msico, cantor e compositor tm uma regulamentao polmica.
36
As informaes contidas no cadastro da Fundao Municipal referem-se ao mapeamento realizado pela
ONG Favela Isso A. Este banco de dados foi consultado e utilizado pela equipe de pesquisa.
Fundao Joo Pinheiro, dezembro de 2008.
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78%
69%
63%
49%
42%
35%
18%
7%
Compositor
Instrumentista
Cantor
Produtor
Arranjador
Professor
Regente
Outros
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80%
60%
40%
22% 22%
A maior parte dos msicos de Belo Horizonte tem muito tempo de atuao no
mercado: 25% (de 7 a 15 anos), 27% (de 16 a 25 anos) e 25% (mais de 25 anos). A soma dos
profissionais com menos de 10 anos de atuao de 20%. S 1% dos respondentes tem
menos de um ano de atuao (grfico 9).
Alguns gneros musicais como rock, pagode, hip hop, rap e funk tm baixo
nvel de organizao ou de profissionalizao, o que reflete nos baixos ndices de resposta na
pesquisa.
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
27%
25%
24%
10% 10%
3%
1%
responderam
Menos de um
mais de 25
2 a 5 anos
6 a 10 anos
7 a 15 anos
16 a 25 anos
anos
No
ano
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atividades realizadas.
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80%
39%
37%
29%
15%
10%
7%
4% 3% 2% 1%
Rock e pop
Samba
Publicidade
Pagode, ax
Sertanejo
Outros
Regional
Infantil
Gospel
Os msicos que trabalham nos campos musicais ligados ao rap, hip hop,
funk, sertanejo, pagode e ax, embora muito importantes na cidade, no esto
organizados formalmente.
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Samba 34 26 25 5 10
Pagode, ax 33 33 17 17
Rap, hip hop, funk 33 33 20 7 7
Gospel 50 50
Sertanejo 23 38 23 8 8
Regional 32 27 18 13 11
Outros37 34 25 17 12 12
37
Coordenador de grupos de Cmara, Engenheiro de som, Pesquisador de histria da MPB, Gestor
musical, Diretor musical, Agitador cultural, Apresentador de eventos culturais. Importantes canais de
distribuio, Cantor lrico, Coordenadora do Coral das Lavadeiras de Almenara, Cronista, DJ,
Formatador de projetos para leis de incentivo, Fotgrafo, Guitarrista, Importador de instrumentos
musicais, Masterizao, Mixagem, Preparador vocal, Produtor de jingles, Tcnico de gravao,
Violonista.
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Dou aulas, mecenato privado, trabalho em projetos de outras pessoas, venda de CD, formas
independentes, no obtenho, distribuo para captadores profissionais, apresentando os projetos
aprovados s empresas, bilheteria, canto em bares e casas noturnas, com a Nascimento Music, com meu
pai, com troca de servios, prmios diversos.
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39
Acho que no um formato correto, que existem favorecimentos, falta de pacincia para esperar
resultados, j fiz algumas tentativas em todas as leis e ainda consegui, mandei o primeiro este ano, no
sei como fazer um projeto, pela minha obra no ter referncias regionais, prefere trabalhar por conta
prpria, tentei poucas vezes, difcil me enquadrar nos padres praticados.
40
O detalhamento dos projetos realizados pelas leis e Fundos de Cultura pode ser visto no captulo 1.
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TABELA 13: Lojas que melhor atendem as necessidades dos msicos segundo
artistas Belo Horizonte 2003-2008
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41
Falta de conhecimento tcnico dos vendedores, As lojas dividem em poucas vezes os produtos nos
cartes de crdito, Escassez de produtos interessantes ao tipo de msica que desenvolvo, Falta de
qualidade.
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Belo Horizonte conta com a filial da UBC, com a editora Mais Msica e
com o escritrio regional do Ecad. Paralelamente, existem associaes e cooperativas de
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6.8 Produo
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7 Estdios
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7.3 Ps-produo
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7.6 Divulgao
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7.8 Shows
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73,0%
67,6%
28,8%
14,0%
9,0%
1,6% 3,0% 1,5% 1,0% 0,5%
Nenhum At 5 5 a 10 10 a 20 20 a 50
CD's DVD's
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28%
24%
20%
14% 14%
At 5 5 a 10 10 a 20 20 a 50 Mais de 50
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O detalhamento dos dados do Ecad pode ser visto no site do escritrio www.ecad.org.br.
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TABELA 17: Valores mdios de cachs estabelecidos pelos sindicatos dos msicos
profissionais de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro por servio 2008
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poltica cultural com base em recursos oramentrios de carter permanente o que tem
inviabilizado uma maior organizao dos msicos na defesa de seus direitos e de sua
sustentabilidade. Por fim, viabilizar alternativas eficazes de divulgao e, distribuio,
itens fundamentais para a garantia da sustentao da arte como profisso, apoiada pelas
polticas pblicas de cultura e pela organizao da classe artstica.
111
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43
Os dados relativos histria e funcionamento da Fundao de Educao Artstica foram obtidos em
entrevista concedida por Berenice Menegale a pesquisadoras da Fundao Joo Pinheiro em junho de
2009.
44
Dentre estes msicos encontrava-se a Berenice Menegale, uma das fundadoras da Fundao de
Educao Artstica. A professora tem dirigido essa escola desde a sua criao.Alm de sua atuao
como musicista, ocupou tambm os cargos de secretria municipal e de secretria estadual da Cultura e
atualmente diretora de Operaes Artsticas da Orquestra Filarmnica de Minas Gerais.
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era propcia a esse tipo de realizao, pois o governo Joo Goulart apoiava cursos dessa
natureza.
Vale lembrar que, alm de instalar esse ncleo, o seu grupo fundador fez
um contato informal com a professora Alade Lisboa, na poca diretora do Colgio
Aplicao45, que tambm deu apoio integral quela iniciativa inovadora. Como um
primeiro passo foram selecionadas 25 crianas com maior interesse musical. Desta
maneira as aulas de msica iniciaram-se naquela escola, de maneira bastante flexvel.
113
F UNDAO JOO PI NHEI RO
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Eu fui professora durante 25 anos na UFMG e sei que existem desejos dos
professores de implementar determinados projetos, mas difcil por causa da
burocracia que existe. Ento, uma comisso de professores tem uma ideia,
elabora um projeto, tem toda aquela burocracia, tem que passar por no sei
quantas instncias na universidade. Quando aquilo finalmente tem um retorno,
os professores j esto querendo outra coisa. Isso eu sei. E aqui ns no temos
esse problema, ns podemos experimentar a qualquer momento nossas ideias. A
gente modifica as coisas. Se elas no esto funcionando, o professor vem e a
gente conversa, e essas mudanas acontecem de um dia para o outro. Isso para
ns uma riqueza enorme, e isso que d essa cara. Eu acho que so essas duas
coisas: as populaes que se renovam com o tempo e essa autonomia que nos
permite modificar, renovar os mtodos e tudo mais. Normalmente os mtodos
que so utilizados na Fundao so todos criados aqui pelos professores, que os
pem em prtica e os experimentam. Ento, esse o lado bom desse
funcionamento geral.
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F UNDAO JOO PI NHEI RO
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Ainda com relao aos seus cursos e atividades, a escola apresenta uma
dimenso profissionalizante. Seu quadro de alunos inclui os executantes, aqueles que
querem ser instrumentistas e cantores, como tambm outros alunos que desejam
desenvolver suas aptides para o ensino da msica. Nesse sentido, a escola j se
constitui um campo profissional, porque os alunos que se destacam so colocados na
posio de comear a trabalhar como monitores e coordenadores. Como destaca a
professora, a maioria dos professores da musicalizao foram alunos da escola. Ainda
nessa condio, eles comearam a dar aulas e ento ocorreu uma continuidade. No
aquela fundamentada numa repetio, mas numa insero contnua nas prticas e ideias
que eles desenvolveram. Assim, esses professores j so profissionais, pois j esto
dando aula e sendo remunerados a partir de uma experincia dentro da Fundao. Como
ressalta a professora:
[...] como escola livre, ns no temos um diploma para dar aos alunos. Ento,
muitos deles vo fazer universidade. Eu at sempre falo com eles: se vocs
querem ser professores, se pretendem entrar para a universidade vocs precisam
de um diploma; alis, a nica instncia que exige um diploma do msico a
acadmica. Porque se voc quiser tocar na orquestra ningum vai pedir diploma.
Voc vai ter que tocar muito bem; mostrar que toca bem; o diploma no vai
adiantar nada.
Alis, com relao escolha dos professores para a escola a professora
ressalta:
Ns temos esses cursos livres aqui, e essa liberdade vai at a questo da escolha
dos professores. Quer dizer, ns no escolhemos professores para dar aulas aqui
baseando-nos em currculo ou ttulos. Ns escolhemos assim... digamos que
aumentaram os candidatos para um determinado instrumento. Ns ento vamos
convidar um professor que sabemos que competente e que tem afinidade com
a proposta da Fundao.
Outra particularidade da escola, que tambm a singulariza diante das
outras escolas de msica da cidade, o fato de ela receber um grande nmero de jovens
oriundos dos estratos mais pobres da populao. Atualmente, a Fundao de Educao
Artstica tem como maioria esses jovens, que a procuram em busca de seus
ensinamentos musicais. Procurando suprir essa demanda, a escola oferece cursos
profissionalizantes que permitem inserir esses jovens no mercado de trabalho. No
entanto, a escola no tem como meta principal a profissionalizao de seus alunos. A
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Tem muita gente que estudou aqui na Fundao e que est dando aula em
muitos lugares e at fora, porque eles tm essa oportunidade de comear a dar aula aqui.
Ultimamente, por causa do aumento desse nmero de jovens que vem de uma situao
econmica muito precria, a gente tem procurado ampliar essa questo dos contedos
que os auxiliem a fazer outras coisas. Ento, h vrios jovens que esto estudando aqui
e j esto tocando. Porque o instrumentista tem isso, quando ele tem mesmo aptido e
comea a tocar, ele comea a tocar profissionalmente. E toda hora a gente fica sabendo
que eles j esto tocando em casamento, na Orquestra Jovem do Palcio das Artes, e
que j esto ganhando um salariozinho. Tem muitos alunos aqui da Fundao que j
formaram a sua banda e que encontram espao na cidade para tocar. s vezes at no
interior. A gente est procurando sempre encontrar os caminhos para que eles possam se
desenvolver e conseguir a sua profissionalizao. Porque o que eles querem. Eles
querem ser msicos.
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a escola se mostrar como uma instituio viva, que os jovens procuram e gostam. Um
dos exemplos o do Festival de Inverno de Ouro Preto que foi criado dentro da
Fundao e que teve a rea de msica coordenada por ela.
Com relao ao que foi descrito sobre os jovens vinculados aos estratos
mais baixos da populao, a professora aponta que essa demanda se consolidou a partir
dos ltimos oito anos. Segundo ela, esse contingente de alunos pobres inseridos em seus
quadros bastante significativo tambm do ponto de vista financeiro, pois da que
decorre o dficit oramentrio da instituio. Como exemplo ela cita que em 2008 a
escola estava com 45% de gratuidade, percentual que ela considera alto para uma
instituio que no subvencionada e em que seus dirigentes tm que trabalhar
diariamente a fim de conseguir patrocnio para seu funcionamento.
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A professora Berenice Menegale refere-se aqui ao msico Marco Antnio Guimares, que traz em seu
vasto currculo a criao do grupo Uakti.
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que foram contornadas a duras penas pelos executores do projeto, o projeto foi
encerrado depois de perder o patrocnio da Telemig Celular, na ocasio em que essa
empresa foi vendida. Alm desse problema, ocorreu tambm a interferncia negativa do
projeto Vila Viva, que reurbanizava aquela rea do aglomerado. A desapropriao
trouxe uma mobilidade exagerada, que tambm contribuiu para esvaziar o projeto. Para
dar certa continuidade a suas atividades a soluo encontrada pela equipe foi transferir
parte do grupo de crianas para a prpria sede da Fundao de Educao Artstica.
Vocs estavam falando de polticas pblicas. Eu acho que poltica pblica essa
questo de identificar vocaes em todas as reas, mas na msica dar chance
para as pessoas se desenvolverem, porque uma rea que tem muito campo de
trabalho. Ns no termos aqui um curso especfico de engenharia de som. Agora
mesmo eu soube de algum que vai para a Europa fazer um curso de engenharia
de som, que uma necessidade com tanta gente fazendo CD por a. So
campos. H muito campo. A demanda se cria a partir da existncia de pessoas
competentes. Hoje em dia j existem muitas pessoas trabalhando com msica
ligada aos meios digitais. E a vo sendo criados outros ncleos de trabalho.
Hoje mais comum trilha sonora. Os diretores pegavam, eles prprios, um
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Mais detalhes no endereo eletrnico da EMUFMG http://www.musica.ufmg.br/bigband.html.
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objetivo era formar musicalmente crianas e jovens em idade escolar, assim como
preparar alunos para o curso de graduao da EMUFMG.
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Rdio UFMG, cujo formato contempla tanto a msica erudita quanto outros gneros
musicais.
Temos certa dificuldade com as leis, pois as empresas que tm recursos para
investir j tm suas fundaes. A Petrobras, por exemplo, destina os recursos
para as entidades com que trabalha. A Companhia Vale do Rio Doce a mesma
coisa. Ento ns temos que ser aprovados duplamente, na lei e depois nos
editais das empresas. Mas as leis permitem isso. Deveria haver uma regra que
impedisse as empresas de financiar as prprias fundaes atravs da lei de
incentivo. Deveria haver um Fundo de Cultura. Logo que eu assumi em 2002,
conseguimos a aprovao de um projeto no valor de 200 mil reais no Fundo
Nacional de Cultura do MINC, esperamos por vrios meses e nada de o dinheiro
aparecer. Aps algum tempo recebemos um telefonema dizendo que estvamos
inadimplentes, mesmo sem o recurso ter sido repassado.
Finalmente, ele ressalta a importncia da EMUFMG nos seus 80 anos de
existncia, formando msicos que esto atuando em grupos e orquestras no s na
cidade, mas em outros centros do pas.
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48
Este conjunto foi criado pelo professor Paulo Lacerda, j falecido.
49
Esses elementos foram incorporados na reforma curricular realizada em 2000, respeitando um modelo
de flexibilizao, pois 50% dos crditos que o aluno tinha que cumprir eram optativos. Foi assim que
passou a ter um curso de msica popular na escola ainda sem estar vinculado ao vestibular.
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50
Nesse aglomerado os grupos culturais ligados ao hip hop e a outros ritmos afrodescendentes so
bastante importantes para a populao local. A dana e a msica so as principais vocaes artsticas da
rea.
51
O levantamento das atividades culturais realizadas pela Fundao Municipal de Cultura na rea da
msica de 2003 a 2007 foi feito a partir da publicao mensal Programe BH, agenda cultural da
Prefeitura de Belo Horizonte distribuda, sobretudo, em bares e salas de cinema. Destacam-se tambm
as entrevistas com membros da Fundao Municipal de Cultura ligados aos projetos de divulgao
musical. A organizao dessas informaes foi feita pela equipe da Fundao Joo Pinheiro, que
relacionou detalhadamente os eventos musicais ocorridos em todos os locais administrados pela
Fundao Municipal: por ano, local, gnero e tipo de atividade.
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Vale destacar que o projeto Pra Ver a Banda Tocar teve como proposta
a valorizao e difuso da histria e da memria das bandas mineiras. Em suas
apresentaes participavam algumas bandas tradicionais da cidade, como a Corporao
Nossa Senhora da Conceio54, a Filarmnica 1 de Maio, a Corporao Musical Cosme
Ramos e a Sociedade Musical Carlos Gomes.
52
Como exemplo desses projetos pode ser citado o Projeto Msica e Linguagem em Concerto, que
apresentou os grupos Teatro Negro e Atitude, Maria Pretinha (rock dos anos 70), o grupo Duo Cordas e
Janelas e o Minadouro (MPB).
53
A cada edio aconteceram os seguintes shows: Tzhara (pop rock e MPB), Paulo Mouro (MPB) e
msica regional brasileira, Banda Tribal (pop rock) e Luciana Vieira (MPB), Tnia Braz (rock),
Ronaldinho Pio (MPB), Refgio Abstrato (pop) e SOS Periferia (rap), Efraim Maia, Marcos Ribeiro e
THC.
54
Destacam-se a Sociedade Musical Carlos Gomes e a Corporao Musical Nossa Senhora da Conceio
da Lagoinha, bandas que remontam aos primrdios de Belo Horizonte.
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55
Este projeto de carter mensal apresentou shows com os seguintes grupos musicais: Grupo
Urucumnacara, N-xau, Banda Nono Osso e Banda Quarta Progresso. Shows com Marcelo Camargo,
Dulu, Realistas, Nikole Ges, Tat Sympa, Nossart e interveno plstica da equipe de Grafite Uaiters
Crew. Grupos Bilora, Orquestra Viola Iluminada, Kartel Noroeste e Black Sonora (mescla de soul, hip
hop, samba-funk, reggae, Baio, rtmos latinos); Chica Feijo (pop rock) e Orquestra de Flautas. Forr
Calado e Grupos Tabebuia e Varandas.
56
Nesse projeto destacam-se o show com o pianista Gilberto Mauro e banda; o do saxofonista Maciel de
Brito e banda lanando o CD Bom dia, Vero, alm do show de lanamento do CD Enxadrio,
Orquestra de Enxadas, pelo msico Babilak Bah.
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Em 2007 o centro cultural manteve seus trs projetos fixos, alm de uma
diversificada programao ligada MPB, sobretudo com incurses no pop rock, entre
outros gneros57.
57
Integram essa programao os seguintes shows: Instinto Coletivo (rock); Rita Silva (MPB); Wolf Maia
(MPB); Bom de Cantar (MPB); Ultra Soul (Black Music); Dejavu (rap); Andr e Di Ribeiro (MPB);
Alarido (pop rock); Chvere (msica andina); Grupo de Choro Caixinha de Phsphoros; Mulheres
Cantando Autores, espetculo das cantoras Ktia Rabelo e Loslena; o compositor e intrprete Tom
Nascimento junto com o vocalista do Berimbrown interpretando composies prprias e releituras de
clssicos da MPB; grupo Tribo Jabuti-kba, formado por Airton Cruz (violo e voz), Adeilton
(cavaquinho e voz), Edlson Catatau (violo de sete cordas), Manjado (percusso) e Cida Reis (pandeiro
e voz), cujo repertrio inclui clssicos do cancioneiro popular, sambas-canes, boleros e serestas;
Legado Blues, em comemorao aos dez anos de carreira da banda, com participao especial da
Joseph K2, de Natal (RN); Baile da Roa, com a Famlia Guinga apresentando repertrio de choro
mineiro, composies prprias e releituras de clssicos da MPB; Pirocptero, cujo repertrio rene
sucessos infantis da dcada de 80, como Trem da Alegria, Balo Mgico, Abelhudos e canes de Raul
Seixas, Toquinho e Vincius, entre outros; Veredas do Amor, com apresentao da cantora e poeta
Rosa Helena e do violonista Glaysson Astoni (o repertrio dos dois rene canes da MPB e trechos do
livro Grande Serto Veredas, de Guimares Rosa); Coral dos Aposentados do Estado da Afaemg; Rock
na Lagoa; Dr. Madruga; Inco-Pex; Com Barulho; Rokzz; Geraldo Jesus (teclado), Karim Sherial
(violo) e Hugo Luiz (percusso); e, por ltimo, Trem Chic (forr, folclore brasileiro e cantigas de
roda).
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58
Este projeto foi criado em 1990 e alternou diversos gneros musicais, como jazz, msica popular e
msica erudita.
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59
Esse projeto foi criado em 1977, e se constituiu num dos mais importantes programas da Msica
Brasileira.
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Pereira (Amazonas), Paula Santoro (Minas Gerais) e Wilson Neves (RJ), Srgio Barros
(Roraima), Sueli Costa (Rio de Janeiro) e Sueli Mesquita (Rio de Janeiro).
Outro evento que se repetiu durante 2007 foi o Hip Hop in Concert,
projeto que, em sua segunda edio, fez interagir os quatro elementos constitutivos do
Hip Hop com apresentaes de rap, break, graffite e DJs. Mantendo o seu carter de
gratuidade, esse projeto teve seus ingressos distribudos uma hora antes do espetculo
na bilheteria do teatro.
60
A Prefeitura de Belo Horizonte e a Gerdau Aominas foram os patrocinadores deste evento.
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61
Apresentaes de espetculos de teatro, msica, literatura e dana.
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destaque foi a pea Cantautores, em que o prprio autor interpretava sua obra,
realando o valor do criador e da estrutura da obra/artista62.
62
Com os artistas Lus Fernando e Flvia Drumond convidando Ian e Isadora Rodrigues; Richard Bueno e
Bruno William convidando Rafael Cavinato e Rafael Martins; Ediran e Virglio convidando Ludmila
Hellena e Alisson Jorge; Berico, alm de Tom Nascimento convidando Marconi e Reginaldo Silva.
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63
Realizaram apresentaes neste programa artistas como: N Ozzetti, Tet Spndola, Cludio Nucci,
Nivaldo Ornelas e Juarez Moreira, Geraldo Vianna, Tavinho Moura, Telo Borges, Mnica Salmaso e o
violonista Paulo Bellinati, Renato Motha e Patrcia Lobato, o compositor e violeiro Pereira da Viola, o
violonista Rogrio Leonel. Rufo Herrera, Chico Pinheiro e Fbio Torres, Trio Amaranto, Roberto
Menescal, Bob Tostes e Suzana Tostes, Lgia Jacques, Elisa Paraso, Fernanda Cunha, Andr Mehmari,
Magno Alexandre, Marcos Ariel, Grupo Z da Guiomar, Celso Vifora, Rosana e Zlia Consuelo de
Paula, Vander Lee, Alade Costa, Isabella Ladeira e Rosana Brito, Wilson Lopes e Beto Lopes, a cantora
alagoana Dona Jandira, L Borges, Patrcia Amaral e Titane, entre outros.
64
Dados fornecidos pela Prefeitura de Belo Horizonte.
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f) Teatro Marlia
65
Inaugurado na dcada de 60, o ambiente adquiriu um lugar central na vida cultural da capital mineira,
recebendo com freqncia intelectuais e artistas que faziam shows na cidade.
142
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pblico para cantar, tocar, danar e contar histrias. Nesse centro, a oficina de capoeira
representa uma forte manifestao cultural naquele bairro.
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Entre 1980 e 2004, o msico viveu na Blgica e na Alemanha. Desde 2004, radicou-se nos Estados
Unidos, onde ensina composio na Universidade da Califrnia.
67
Nesse workshop, Paulo Chagas apresentou um panorama de sua trajetria musical e do seu processo de
criao. A palestra foi ilustrada com gravaes e vdeos de suas inmeras obras incluindo peras, bals,
peas para orquestra, msica de cmera, msica eletrnica e obras multimdia.
68
Neste evento Paulo Chagas analisou algumas de suas obras, abordando questes estticas e tcnicas da
composio para vozes, instrumentos, sons eletrnicos e multimdia.
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Alm de ter como base o material fornecido pelas diretorias da Fundao Clvis Salgado, o diagnstico
contou em grande parte com entrevistas realizadas na instituio, sobretudo com pessoas que ocupavam
cargos relativos sua gesto. O Diagnstico contou tambm com o material referente a toda
programao realizada pelo Palcio das Artes no perodo de 2003 a 2007.
70
A Orquestra Filarmnica, vinculada a uma Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico
(OSCIP), tem seus msicos empregados pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Os msicos da
Sinfnica integram o quadro dos servidores estveis da Fundao Clvis Salgado e tm sua folha paga
pelo governo estadual. Conforme informado em entrevista, no primeiro semestre de 2009 os integrantes
da Filarmnica tinham um piso salarial de 5.000 reais com complementaes de at 1.000 reais para os
responsveis por cada naipe de instrumento. O piso salarial somado com essa gratificao corresponde a
cerca de 3 vezes mais do que o salrio mdio dos msicos da OSMG.
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Tudo o que a gente faz aqui e muita coisa est ligado a um projeto, a um
patrocinador, a um recurso incentivado. E eu tenho quase certeza de que a
Fundao Clvis Salgado deve ser uma das nicas instituies no Brasil que
vive deste jeito. Uma instituio como esta uma das mais importantes desta
cidade, seno do estado. A cidade sem o Palcio das Artes no seria a mesma
coisa. O crescimento, o desenvolvimento passa pela cultura [....] e a Fundao
no tem nenhum recurso direto para a programao artstica. Isto faz com que
cada vez mais se avolume o nmero de projetos e de valores. Sem desmerecer
71
A Fundao Clvis Salgado administra tambm a Serraria Souza Pinto e o Centro Mineiro de Produo
que vem ministrando cursos especficos voltados para cenografia.
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Eu no acho problema o fato de ter que entrar todo ano com o mesmo projeto. O
que acontece que a Fundao Clvis Salgado sempre tem muito xito nessa
continuidade. Ns vivemos disso, ento temos que escrever todos os projetos,
tanto para a Lei Estadual, como para a Lei Federal e tambm j conseguimos
recursos da Lei Municipal. obvio que seria mais tranquilo e menos
preocupante se j tivssemos um oramento direto do governo, mas se assim
que o governo entende que pode viabilizar verbas para a cultura... A Lei de
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grupos musicais do Cefar . Assim, ao mesmo tempo estamos estimulando a
escola e estamos trazendo gente para poder assistir. Estamos fechando um
crculo.
Como rgo da Secretaria de Estado da Cultura, a atual gesto da
Fundao Clvis Salgado faz com que a Orquestra Sinfnica circule pelo interior do
estado apresentando-se em teatros, praas pblicas e igrejas. No que diz respeito a
outros eventos musicais realizados pela Fundao, afirma-se que a cada dia o mercado
demanda mais. Isto sobretudo com relao manuteno da qualidade de seus
espetculos. A questo garantir a existncia de palco, sonorizao, e iluminao
adequados, como tambm hotel, alimentao, transporte, entre outros fatores ligados
produo de eventos. A Fundao tenta ento viabilizar a formao desses profissionais
de produo por todo o estado. As palavras de um entrevistado enfatizam esse ponto.
Hoje ns temos timos produtores em Belo Horizonte, gente muito sria [...]
Isso eu me refiro aos profissionais de dentro e de fora da Fundao. Ns temos
empresas de produo cultural de excelente nvel e trabalhando de forma muita
eficaz. Isso no uma deficincia em Belo Horizonte.
Outras atividades ligadas divulgao da msica so os Concertos
Didticos, que recebem um nmero significativo de alunos, sobretudo da rede pblica
estadual. Nessas apresentaes o maestro prepara um repertrio especfico, focalizando
ora a formao da orquestra, ora a obra de um determinado compositor. Esses eventos
ampliam o mundo musical de crianas e jovens da cidade que dificilmente teriam
contato direto com uma orquestra sinfnica.
72
Aqui a entrevista refere-se ao Centro de Formao Artstica (Cefar).
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Rdio Inconfidncia e da Rede Minas no que diz respeito divulgao das msicas
apresentadas73.
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pagantes); 1.483 pessoas (1.321 pagantes); 1.429 pessoas (1.183 pagantes) e 1.106
pessoas (458 pagantes).
75
Este show contou com 591 pessoas (486 pagantes).
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concerto da Orquestra Jovem das Amricas, que se apresentou com o msico Paquito
Rivera76 atraindo um pblico de 603 pessoas (535 pagantes)77.
76
A Orquestra Jovem das Amricas (OJA), sob a regncia de Chistopher Wilkins e Carlos Miguel Prieto,
foi a segunda atrao da temporada da Srie Tim Dell`Arte Estado de Minas de Concertos
Internacionais. O concerto acontece nesta tera-feira, no Grande Teatro do Palcio das Artes, e conta
com a participao especial de Paquito Riviera. A OJA composta por 110 msicos jovens de 19 pases
americanos. Segundo seus mantenedores, ela oportunidade nica para jovens msicos ensaiarem e se
apresentarem com alguns dos mais importantes regentes do mundo e de serem preparados por uma
faculdade integrada por ilustres msicos de todas as Amricas. Todos os anos, aps intensivo perodo de
ensaios, a OJA faz turn pelas mais famosas salas de concerto e festivais das Amricas. Considerado
regente revelao, Carlos Miguel Prieto diretor musical da Orquestra Sinfnica de Xalapa, a mais
antiga do Mxico, com 110 msicos. Foi recentemente nomeado Regente Associado da Sinfnica de
Houston. Nos cinco ltimos anos, Prieto regeu cerca de 70 concertos anuais. Aclamado pela imprensa,
foi eleito Regente do Ano de 2002 pela Associao Mexicana de Crticos de Msica e Teatro. Rege
regularmente todas as principais orquestras do Mxico, atuando com frequncia como convidado de
orquestras dos Estados Unidos (Agncia Minas notcias do Governo do Estado de Minas Gerais. Data
publicao 28/7/2003).
77
Nesse ms o pblico maior referiu-se ao Concerto da OSMG que contou com 892 pessoas.
78
Premiado em mais de 20 concursos internacionais, Aliksey Vianna um dos mais expressivos
violonistas brasileiros da atualidade. O msico atua com desenvoltura tanto no campo erudito quanto no
popular. Aliksey j tocou como solista convidado frente Orquestra Sinfnica de Campinas, Orquestra
Sinfnica da UFMG, Orquestra Filarmonia das Beiras (Portugal), Aukso Tychy Chamber Orquestra
(Polnia), Orquestra Filarmnica de Turku (Finlndia), Quarteto de Cordas da Cidade de So Paulo,
Quarteto Mineiro de Cordas e o grupo Knifkvarteten (Sucia).Como camerista tem colaborado com o
violoncelista Dimos Goudaroulis, o flautista Antonio Carlos Carrasqueira, o violonista Dusan
Bogdanovic e o Quarteto Brasileiro de Violes. Juntamente com Fernando Arajo e Juarez Moreira,
Aliksey um dos diretores fundadores do Festival Internacional de Violo de Belo Horizonte, que teve
em Outubro do ano passado sua segunda edio. Em 2005 Aliksey lanou seu primeiro CD. O lbum
inteiramente dedicado s composies para violo solo de Srgio Assad. Em Maro de 2006 o disco foi
lanado no Brasil com um concerto no Palcio das Artes. O espetculo foi muito elogiado pela crtica e
contou com um pblico de 1 400 pessoas. Juntamente com Fernando Arajo e Juarez Moreira, Aliksey
um dos diretores fundadores do Festival Internacional de Violo de Belo Horizonte, que teve em
Outubro do ano passado sua segunda edio.
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Cmara de Sttutgart, patrocinada pela Srie Tim Dell`art, cujo pblico foi de 756
pessoas (427 pagantes).
2004
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Lara Tanaka bacharel em Regncia pela Escola de Msica da UFMG. Estudou com maestros
renomados, entre eles Srgio Magnani, Roberto Tibiri, Claudio Ribeiro, Per Brevig (EUA), Mogens
Dahl (Dinamarca) e Nelson Niremberg (EUA). Em 2000, foi vencedora do concurso Jovens
Regentes/Banda Sinfnica da Escola de Msica da UFMG. Tem atuado tambm como cravista
continusta em diversos grupos de msica antiga e com as orquestras da Musicoop, da Universidade
Federal de Ouro Preto (UFOP) e Sinfnica de Minas Gerias. Participou da gravao do CD Hino
Nacional Brasileiro regendo a Banda Sinfnica da Escola de Msica da UFMG.
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do Palcio das Artes, sendo classificado como finalista no Prmio Tim da Msica 2004,
na categoria de melhor CD infantil. Esse evento reuniu 1.430 pessoas (477 pagantes).
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de discos e fotografias que marcaram a histria do jazz no saguo do Palcio das Artes.
No que diz respeito s trs apresentaes do Jazz Gerais no Grande Teatro, observa-se
um pblico de 1 245 pessoas (967 pagantes).
2005
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2006
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2007
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No que diz respeito msica popular, houve uma srie de shows com
artistas como: Marisa Monte com quatro apresentaes e pblico de 4.511 pessoas
(2.912 pagantes), Cauby Peixoto, com trs apresentaes e pblico de 4.525 pessoas
(2.746 pagantes);Vander Lee com uma apresentao para 1.547 pessoas (1.398
pagantes); Maria Bethnia com duas apresentaes e pblico de 3.211 (2.771
pagantes); Sandy com uma apresentao e pblico de 1.313 pessoas (790 pagantes);
Grupo Uakti (show de lanamento do DVD do grupo) com duas apresentaes e pblico
de 2.186 pessoas (1.472 pagantes); Joo Bosco com duas apresentaes e pblico de
3.031 pessoas (2.585 pagantes); Ana Carolina com trs apresentaes e pblico de
3.784 pessoas (3.120 pagantes); Grupo Amaranto com uma apresentao gratuita e
pblico de 1.359 pessoas; Leila Pinheiro com uma apresentao e pblico de 1.431
pessoas (1.195 pagantes); Osvaldo Montenegro, com uma apresentao e pblico de
833 pessoas (692 pagantes); Grupo Ponto de Partida (show e lanamento do CD Pra
Nh Terra) com duas apresentaes e pblico de 1.986 pessoas (912 pagantes); Emlio
Santiago com uma apresentao e pblico de 1.464 pessoas (1.255 pagantes), Marina
Lima, com uma apresentao e pblico de 1.173 pessoas (962 pagantes); Geraldo
Azevedo com duas apresentaes, pblico de 2.441 pessoas (2.031 pagantes); Joo
Arajo, show Viola Urbana, com uma apresentao e pblico de 522 pessoas (241
pagantes).
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8.5 Concluso
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testadas no dia a dia. Alm desses cursos livres que do escola uma feio prpria,
outro ponto que a singulariza diante das outras escolas de msica da cidade so seus
cursos profissionalizantes para jovens oriundos das camadas mais pobres da populao.
Para cumprir metas mantendo seus custos em dia, torna-se preciso obter fontes de
recursos que minimizem suas dificuldades financeiras, uma situao constante desde
que a escola foi criada.
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pblicos mantm contato com eles? H interao entre seus pblicos? Existe circulao
desses gneros musicais atravs de todo o espao urbano, ou estes gneros restringem-
se apenas a determinadas reas da cidade? Existe fluidez dessas msicas no mbito de
toda a cadeia produtiva?
a) O gospel
81
As informaes foram repassadas pela Fundao Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte, segundo as
Regionais Administrativas Oeste, Venda Nova, Pampulha, Norte, Leste, Barreiro e Centro-Sul.
82
Cita-se apenas uma estimativa da preferncia que o gospel representa nesse universo, dadas as
especificidades que o estudo deste gnero musical apresenta.
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b) O rap
83
Sua origem remonta msica americana da dcada de 60 e mais precisamente ao soul, um gnero de
msica originrio da juno do rhythm and blues, de carter profano, com o que no contexto norte-
americano est vinculado msica protestante negra. Integrando a chamada cultura hip hop, o rap se
articulou ao break, modalidade de dana marcada por performances corporais quebradas, com
movimentos acrobticos de pulos e saltos de efeitos harmoniosos e virtuossticos. Alm dessas
dimenses sonoras e corporalmente performticas, o rap tambm se juntou a outro elemento bastante
importante representado pelo grafite. Originando-se no contexto cultural americano da dcada de 70,
tambm ligado chamada arte das ruas, o grafite iniciou-se com as tags - assinaturas feitas com sprays
nos muros e prdios de Nova York, sobretudo, com as letras dos raps e as performances corporais do
break. Observamos, ento, que no contexto norte-americano da dcada de 70 as linguagens do rap, do
break e do grafite tornaram-se os pilares da cultura hip hop (DAYRELL, 2005, p.47).
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mdia exerce um papel bastante significativo, pois mesmo estigmatizando o rap e o funk
lhes d visibilidade s vezes at glamourizando grupos que ela mesma demoniza.
9.1.2 Dificuldades e solues encontradas pelos msicos das vilas e favelas de Belo
Horizonte
Os cara falou que ia levar ns pro Raul Gil, cara, pro programa do Raul Gil.
Se fosse um pagode eles tinha levado, mas como Rap eles no levaram. No
levaram por qu? Porque rap, mano, msica de marginal... eles falam assim,
que msica de marginal. No msica de marginal no, mano. que eles,
eles no gostam de ouvir a verdade, cara. Porque se voc fala a verdade... que
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eles gostam ali de t a tela ali s mostrando iluso pro povo, s iluso pro povo,
s iluso. meu, o povo, cara, a maioria deles s quer viver de iluso, meu, o
povo pra mim, a periferia t cansada de viver de iluso, cara. Iluso, iluso... S
promessas, promessas, cara? Isso da no vira no, mano! No vira no! (Aqui
favela, o rap representa, 2003).
Alguns estudos realizados sobre a produo da msica em vilas e favelas
de Belo Horizonte demonstram, no entanto, que os artistas dessas reas marginalizadas
tm encontrado solues para vencer a barreira da invisibilidade e mostrar a msica que
vm produzindo. Trata-se da utilizao de alguns estdios improvisados dentro de suas
prprias casas, como tambm do uso de estdios populares que, entretanto, no oferece
aos CDs uma boa qualidade tcnica.
Um ponto a ser destacado que estes msicos das vilas e favelas de Belo
Horizonte bancam seus trabalhos com recursos prprios na medida em que no tm
condio de se beneficiar com as leis de incentivo. Vale citar algumas ponderaes de
profissionais que acompanham de perto esse tipo de dificuldade. Referindo-se aos
pontos complexos no acesso dos grupos culturais da periferia s leis de incentivo
LIBNIO (2007, p.125-126) esclarece:
A falta de informao um deles. As pessoas no tm a menor ideia do que
sejam as leis, falta conhecimento de como elaborar projeto, prazo de inscries,
um universo restrito de pessoas que acompanham. Elaborar um projeto exige
conhecimento tcnico. tudo muito complexo, justificativa, objetivo,
linguagem, depende de uma elaborao aprofundada de narrativa de texto, de
conceitos. A questo de montar documentao, currculo, portiflio, para quem
nunca teve contato, gera dificuldades e dvidas. A captao de recursos outra
coisa complexa. Ainda que seja aprovado, o contato com patrocinadores
difcil, e sem patrocnio o projeto fica inviabilizado, (LIBNIO, 2007, p.125-
126).
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Entrevista realizada com Clarice Libnio em maio de 2009.
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Ribeiro das Neves e Santa Luzia, municpios com mais de 100 mil habitantes e ndice
de Desenvolvimento Humano (IDH)-renda inferior a 0.65
85
Estes msicos e bandas pertencem respectivamente s seguintes localidades: Santa Luzia (Bairro Duqueza);
Ribeiro das Neves (Bairro Botafogo); Belo Horizonte (Vila Estrela); Belo Horizonte (Aglomerado da Serra); Belo
Horizonte (Vila So Tomaz); Belo Horizonte (Alto Vera Cruz); Belo Horizonte (Jardim Taquaril ); Santa Luzia
(Conjunto Cristina C); Belo Horizonte (Vila Biquinha); Belo Horizonte (Aglomerado da Serra); Belo Horizonte
(Morro das Pedras); Belo Horizonte (Morro do Papagaio); Belo Horizonte (Vila Ventosa).
86
Todas as citaes que se seguem foram retiradas da entrevista realizada com Cris do Morro em maio de
2009.
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moda [...] Sabe essa lei brincadeira. Porque tinha que ter um espao. Ah, voc
no entende no, o edital est aqui, difcil de voc fazer, vamos fazer. Vamos
fazer por regio, por gnero, voc v ali o jeito do cara escrever, o cara est ali
escrevendo. Imagina o Cartola, se ningum tivesse ouvido a msica dele. Ou
ser que o Cartola conseguiria. Vamos pensar o Cartola hoje fazendo a lei de
incentivo para ele gravar o primeiro disco dele. Ns perderamos um grande
artista por causa da burocracia de uma lei de incentivo cultura.
O Vozes do Morro compreendido por seu coordenador como um passo
que ningum tinha dado ainda [...], porque se trata de abrir um espao para um msico
que ainda est em formao, que ainda tem muita coisa para aprender inclusive em
termos de mercado. O Vozes do Morro [...] uma porta para trabalhar este msico [...]
e mostrar o seu talento num contexto em que ele no tinha chances de aparecer.Esses
artistas no esto ligados a nenhuma associao de msica, no tm carteira de msico,
no so registrados em nenhuma entidade que cuida dos seus direitos autorais. Os
msicos no sabem nem como funciona essa questo da arrecadao da msica dele.
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projeto que ela atende mulheres que tm gravidez precoce. E o Mente Fria fazia
parte do Fica Vivo no Morro do Papagaio. Ento, a gente tentou atender pelo
menos grupos que tivessem sensibilidade social dentro da sua comunidade.
Porque no era s colocar o cara na TV...
Os grupos que foram contemplados em 2008 receberam, cada um deles,
cem cpias do CD e do DVD gravados a partir de um show ao vivo entregue aos
msicos para se transformar num material de release.
Esse ano [2009] j tem artistas nossos que vo tocar no Comida de Boteco, ns
j temos artistas que vo participar da Festa da Msica em BH, aquele evento
que tem nas praas de BH. O Tom Nascimento j tem um show na Europa.
Assim a galera manda o release dele. Um cara do Vozes do Morro conseguiu
um recurso com a Prefeitura de Santa Luzia para gravar o disco dele. Por ser do
Vozes do Morro. Se no fosse o projeto, ele no apareceria; ele no conseguiria
provar que ele msico. Mas pelo projeto tem foto dele aqui, tem foto dele no
jornal, tem disco, tem DVD.
Continuando a fala, este msico aponta o canal mais importante pra
divulgao do projeto:
Deu movimento, deu barulho porque todo mundo assustou. Todo mundo: que
isso, Vozes do Morro? Voc imagina uma televiso que nunca abriu espao
para isso, de repente voc est l assistindo e aparece. A d barulho mesmo. E
a o espao, por ser poucos grupos at mesmo pela grade que ns temos cedida
pela rdio e pela TV. Porque a gente usa espaos cedidos por eles. Ento, a ideia
nossa era de ter 100 grupos, e no porque eu estou no governo que eu estou
falando, a ideia, a vontade era que tivesse 100, 200 grupos. Mas pelo espao que
a gente tem emprestado, s cabem dois grupos por ms. E mesmo porque no
d para colocar tambm muitos grupos, porque seno no d nem tempo de
divulgar realmente o trabalho do cara [...]. Porque um projeto que tem dado
visibilidade no s para os msicos, mas para o prprio governo. Tem dado
visibilidade para a sociedade entender o que outro tipo de cultura do morro.
Para voc ver, aqui ns no temos nenhum grupo que tambor. Ns temos uma
variedade de msicas aqui. Realmente no morro tem tudo, no sabia que um
cara do morro tocava um violo to bem...
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F UNDAO JOO PI NHEI RO
GOVERN O D E M I N AS GERAI S
REFERNCIAS
ANGELO, Mauricio. 2003 2008:o novo mercado da msica. Belo Horizonte, 2008.
Disponvel em: <http://www.overmundo.com.br/overblog/2003-2008-o-novo-mercado-
da-musica>. Acesso em: 05/06/2009.
AQUI favela. O rap representa. Direo de Junia Torres e Rodrigues Siqueira.Direo
Juliana Torres e Rodrigo Siqueira - 2003.
AVELAR, Rmulo. O avesso da cena: nota sobre a produo e gesto cultural. Belo
Horizonte: DUO Editorial, 2006
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
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GOVERN O D E M I N AS GERAI S
O RAP invade a cena cultural de Belo Horizonte: In: LIBNIO, Clarice (org.)
Pensando as favelas de Belo Horizonte: ensaios. Belo Horizonte: Favela Isso A,
2007. p. 135-138 (Coleo Prosa e Poesia no Morro, v.4).
PRESTES FILHO, Luiz Carlos (org.). Cadeia produtiva da economia da msica. Rio
de Janeiro: PUCRJ, 2005.
STEELE, C.M.; ARONSON, J. Stereotypes threat and the intellectual test performance
of African Americans. Journal of Personality and Social Psychology, Washington,
DC, v. 69, n. 5, p. 797-811, nov. 1995.
Sites consultados:
http://www.ecad.org.br.
http://www.musicademinas.com.br.
http://www.vozesdomorro.mg.gov.br.
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