Companhias Majistaticas
Companhias Majistaticas
Companhias Majistaticas
1. Introduo
Neste presente trabalho iremos falar sobre o surgimento das Companhias em Moambique
suas origens, os tipos de Companhias que existiram e abordaremos concretamente a
Companhia da Zambzia.
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
O trabalho foi realizado com base em pesquisa bibliogrfica para a familiarizao com o tema
e a sua sistematizao. Foi tambm usada uma pesquisa exploratria, com base em dados
secundrios complementados com a reviso bibliogrfica, uso de informaes e dados
documentais em artigos de revistas, alguns deles encontrados nos sites de internet.
O trabalho foi realizado recorrendo a abordagem qualitativa porque alguns dados no so
passveis de serem quantificados.
4
2. Reviso da literatura
Como Portugal tinha sido obrigado a proscrever o comrcio de escravos em 1842 (apesar de
fechar os olhos ao comrcio clandestino) nas suas colnias e no tinha condies para
administrar todo o seu territrio ultramarino, deu a algumas companhias poderes para instituir
e cobrar impostos. Em Moambique, em finais do sculo XIX, Portugal concedeu grandes
fatias de terra a empresas privadas, como a Companhia de Moambique e a Companhia do
Niassa.
No centro do pas, Quelimane era a nica regio onde Portugal exercia alguma autoridade,
tentando impor a sua administrao directa e a cobrana do Mossoco. Em 1832, na tentativa
de tornar mais efectivo o seu domnio, Portugal deu inicio s tentativas de extinguir o sistema
de prazos. Neste ano, este sistema foi interdito por um decreto, cujo contedo di reafirmado
numa portaria rgia e num novo decreto publicado em 1838.
Em 1854, novo decreto aparece a extinguir os prazos, mandando reverter para o estado as
terras, ficando os habitantes dessas terras apenas sujeitos s leis do Estado Colonial. Todas as
anteriores obrigaes sobre os camponeses seriam substitudas pelo Imposto de Palhota, pago
ao Estado Colonial anualmente, no mesmo ano; Portugal emancipou os escravos criando a
categoria de libertos. Em 1875 foi publicado o cdigo do trabalho indgena, que veio
substituir a categoria de libertos pela de serviais e que, tinha como principio que os africanos
devem "civilizados".
2.3.Tipos de companhias
As aces para a sua formao comeam em 1878, por Paiva de Andrade com a Socit des
Fundateurs de la Compagnie Gnral du Zambeze (1888); falida esta, em 1893, cria a
Companhia de Ophir em 1884, que tambm viria a cair. Da que em 1888-1889 forma a
Primeira Companhia de Moambique.
7
de salientar que a ocupao de Manica e Sofala pela Comp. Majesttica de Mo. marca, na
histria da regio, a transio do perodo mercantil para o perodo de dominao imperialista;
comea, desde ento, a produo capitalista no territrio, especialmente do capitalismo
colonial.
2.5.2. Deveres
Pagar 10% dos dividendos distribudos em 7,5% dos lucros lquidos totais; tinha o dever de
manter a sua sede em Lisboa e dever de a manter-se Companhia. Portuguesa no estatuto
(formalmente a Companhia tinha de ser portuguesa); entregar os territrios ocupados aps
expirado o contrato.
Lago Niassa (oeste). Portanto, a Companhia do Niassa ocupava vrias reas deixadas pelo
Estado portugus; todavia, sem capitais para investir e gerir toda essa extenso de terras, a
companhia comeou com uma mquina assente nas baionetas, sipaios e administradores. A
resistncia maconde foi uma das ltimas da Companhia e de Moambique.
A Comp. foi comprada por capitais franceses e ingleses. No tinha muita capacidade
financeira, razo pela qual passava de um accionista para outro: 1897-1913 - Ibo Syndicate;
1899 - Ibo Investiment Trust; 1909-1913 - Niassa Consolidated onde o consrcio bancrio
alemo adquiriu a maioria das aces da Niassa Consolidated para apoiar o projecto alemo
de aquisio do Norte de Mo. (projecto no bem visto por Portugal); da que durante a I
Guerra Mundial os ingleses (a pedido de Portugal) confiscaram as aces alemes. Em 1929,
a Comp. do Niassa extinguiu-se a sua actividade.
2.6.1. Direitos
Cobrana de imposto de palhota;
Exportao de mo-de-obra para as minas da frica do (Sul at 1912);
Utilizao do trabalho forado para as machambas;
Monoplio das taxas aduaneiras de importao e exportao de produtos e comrcio
das armas.
Explorava parte dos territrios da Zambzia e Tete; foi uma dais extensas companhias.
Subjugou as companhias j existentes em Quelimane. Ela foi uma mquina de conquista de
9
Nos seus primeiros 10-15 anos, a Comp. teve actividades repressivas e predatrias. Com o
progresso da pacificao, as terras altas de Quelimane e Angnia, depressa se revelaram
como reservatrios de mo-de-obra importada para a frica do Sul e depois para S. Tom.
Quelimane ia conhecer, pelo menos, 5 a 6 novas companhias que iriam desempenhar um
papel determinante no plano econmico (Compa. de Boror, Luabo, Compa. De Acar de
Mo., Maganja Sociedade do Madal, etc.). de salientar que a Compa. da Zambzia no
tinha privilgios pois era concessionria.
10
3. Concluso
Moambique, segundo grande territrio colonial em importncia do espao continental
africano subsaariano de influncia portuguesa, apresenta, como Angola, um rico conjunto de
patrimnio arquitetnico e urbanstico, correspondendo a trs pocas precisas. Os vestgios
de origem portuguesa dos sculos XVI a XVIII concentram-se na costa a norte e centro do
territrio (Ilha, Ibo, Quelimane, com influncia islmica e ndica), e em algumas marcas da
penetrao ao longo do Rio Zambeze. No final do sculo XIX e princpio do seguinte, as
edificaes comearam a concentrar-se nos novos ncleos urbanos mais importantes das
reas central e meridional e a estender-se s zonas intercalares estruturadas pela construo
das primeiras linhas de caminho-de-ferro. A partir de 1875, e ao longo da primeira metade do
sculo XX, verificou-se igualmente a urbanizao e a edificao arquite- tnica de outras
cidades e a estruturao de regies do interior, como o vale do Rio Limpopo, Vila
Pery/Chimoio, Manica e Sofala, Vila Cabral/Lichinga, Niassa e Nampula, ao mesmo tempo
que se desenvolvia a rede ferroviria; mais tarde, nos anos de 1950-1960, criavam-se de raiz
os aeroportos que asseguravam o trfego areo e aperfeioava-se o crescente sistema
rodovirio.
11
4. Referencias Bibliogrficas
Direito Pblico: a formao histrica do territrio brasileiro, por Andr Rubens Didone.
Revista Imes Direito, ano VII, n 12, jan.- dez. 2006, p. 196.
ndice
1. Introduo ......................................................................................................................... 2
1.1. Objectivos................................................................................................................... 3
1.2. Metodologia................................................................................................................ 3
3. Concluso ....................................................................................................................... 10