Camões Lírico - Poemas

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ANO LETIVO 2016-2017 Reviso de contedos de 10.

ano Portugus Poesia de Lus de Cames

Texto A

Tanto de meu estado me acho incerto, Ao longo do poema, o sujeito lrico expressa um
Que em vivo ardor tremendo estou de frio; determinado estado de esprito.
Sem causa, juntamente choro e rio, 1. Descreva-o, conforme apresentado na
primeira estrofe.
O mundo todo abarco e nada aperto.
1.1. Refira o recurso estilstico usado para o
expressar.
tudo quanto sinto, um desconcerto; 2. Na 2quadra, o poeta refere ainda os
Da alma um fogo me sai, da vista um rio; mesmos sentimentos.
Agora espero, agora desconfio, 2.1. Transcreva a expresso que sintetiza a
Agora desvario, agora acerto. situao psicolgica em que se
encontra.
2.2. Destaque os recursos estilsticos
Estando em terra, chego ao Cu voando;
utilizados para dar a conhecer essa
Numa hora acho mil anos, e jeito situao.
Que em mil anos no posso achar uma hora. 3. Identifique a causa que provoca no
sujeito lrico os sentimentos descritos.
Se me pergunta algum por que assim ando, 3.1. Interprete o facto de s no ltimo verso
Respondo que no sei; porm suspeito da composio ela ser identificada.
Que s porque vos vi, minha Senhora.
Neste soneto, o sujeito potico traa um quadro
Texto B da sua vida passada cheia de erros e da sua vida
presente cheia de desgostos.
1. Na 1quadra identifique as causas que
Erros meus, m fortuna, amor ardente o levaram perdio.
Em minha perdio se conjuraram; 2. Na 2quadra, o sujeito mostra que tem
Os erros e a fortuna sobejaram, ainda bem presente as dores que
Que pera mim bastava amor somente. suportou.
2.1. Qual a consequncia do
Tudo passei; mas tenho to presente conhecimento da dor?
A grande dor das cousas que passaram, 2.2. Quem o verdadeiro culpado desta
Que as magoadas iras me ensinaram situao to dolorosa?
A no querer j nunca ser contente. 3. Refira a experincia do sujeito potico
em relao ao amor.
Errei todo o discurso de meus anos; 4. Os dois ltimos versos tm a
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse intensidade de um grito de revolta.
As minhas mal fundadas esperanas. 4.1. Indique o modo verbal utilizado, bem
como o seu valor.
De amor no vi seno breves enganos. 4.2. Identifique os recursos expressivos
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse utilizados para criar o efeito de intensa
Este meu duro Gnio de vinganas! emoo.

Texto C 1. Nas duas primeiras estrofes sucedem-


se pragas e maldies.
O dia em que nasci moura e perea, 1.1. Qual o destinatrio dessas pragas?
No o queira jamais o tempo dar; 1.2. Que emoes transparecem nesses
No torne mais ao Mundo, e, se tornar, versos?
Eclipse nesse passo o Sol padea. 2. A efetivao dessa maldio que efeitos
causaria nas pessoas, na gente
A luz lhe falte, o Sol se [lhe] escurea, temerosa?
Mostre o mundo sinais de se acabar, 2.1. Em que se distingue o sujeito potico
Nasam-lhe monstros, sangue chova o ar, dessa gente temerosa? O que faz dele
A me ao prprio filho no conhea. um ser nico e excecional?

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


As lgrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo j se destruiu.

gente temerosa, no te espantes,


Que este dia deitou ao mundo a vida
Mais desgraada que jamais se viu!
ANO LETIVO 2016-2017 Reviso de contedos de 10.ano Portugus Poesia de Lus de Cames

Texto D

Eu cantei j, e agora vou chorando


O tempo que cantei to confiado; 1. Demonstre como o percurso de vida
Parece que no canto j passado traado se constri em funo de
Se estavam minhas lgrimas criando. tempos opostamente caracterizados.
2. Justifique a autocaracterizaro do
Cantei: mas se me algum pergunta "quando": sujeito potico como enganado.
No sei, que tambm fui nisso enganado. 3. Explique a expressividade da expresso
to triste este meu presente estado som dos ferros.
Que o passado por ledo estou julgando. 4. Refira o elemento que o sujeito aponta
como o maior responsvel do seu
Fizeram-me cantar, manhosamente, presente estado, justificando a sua
Contentamentos no, mas confianas; resposta.
Cantava, mas j era ao som dos ferros. 5. Atente nos versos transcritos: to
triste este meu presente estado/ Que o
De quem me queixarei, se tudo mente? passado por ledo estou julgando.
Mas eu que culpa ponho s esperanas 5.1. Identifique o sujeito sinttico do
Onde a Fortuna injusta mais que os erros? primeiro verso.
5.2. Classifique o conetor sublinhado,
--------------------------------------------------------------- atendendo construo dos
versos.

Texto E
1. O sujeito potico enumera diferentes
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, exemplos de mudana.
Muda-se o ser, muda-se a confiana; 1.1. Demonstre os vrios domnios em
Todo o mundo composto de mudana, que a mudana observada.
Tomando sempre novas qualidades. 2. A segunda quadra relaciona situaes
de mudana e de permanncia.
Continuamente vemos novidades, Identifique o que muda e o que
Diferentes em tudo da esperana; permanece.
Do mal ficam as mgoas na lembrana, 3. Explicite o sentimento dominante do
E do bem, se algum houve, as saudades. eu, relativamente mudana,
presente nas trs primeiras estrofes.
O tempo cobre o cho de verde manto, 4. O ltimo terceto contm um elemento
Que j coberto foi de neve fria, novo o espanto do sujeito. Que motivo
E em mim converte em choro o doce canto. justifica este espanto?
5. O poeta recorre a diferentes recursos
E, afora este mudar-se cada dia, estilsticos.
Outra mudana faz de mor espanto: 5.1. Selecione exemplos de paralelismo
Que no se muda j como soa. e anttese.

Texto F

Amor fogo que arde sem se ver, 1. A definio de Amor parece


ferida que di, e no se sente; recomear constantemente ao longo do
um contentamento descontente, texto.
dor que desatina sem doer. 1.1. Assinale os elementos textuais que
expressam esse recomear
um no querer mais que bem querer; permanente.
um andar solitrio entre a gente; 1.2. Indique um recurso de estilo
nunca contentar-se de contente; presente nos segmentos de textos
um cuidar que ganha em se perder. identificados.
2. Mostre que o Amor suscita no sujeito
querer estar preso por vontade; potico sentimentos contraditrios.
servir a quem vence, o vencedor; 3. O ltimo verso pode ser lido como uma
ter com quem nos mata, lealdade. sntese do poema. Explique porqu.

Mas como causar pode seu favor


nos coraes humanos amizade,
se to contrrio a si o mesmo Amor?

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