Apostila - Comunicacao Empresarial
Apostila - Comunicacao Empresarial
Apostila - Comunicacao Empresarial
Curso de Administrao
Disciplina: Comunicao Empresarial
Comunicao
Empresarial
Aluno:
Curso de Administrao
Comunicao Empresarial
UNIDADE 1
Entendendo a Comunicao
organizacional
Introduo
Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso
empresrio John D. Rockfeller.
Rockfeller era, na poca, o mais odiado de todos os empresrios dos Estados Unidos. Motivo:
assim como os mais destacados donos de empresas daquele pas, ele vinha sendo acusado de
combater impiedosamente as pequenas e mdias organizaes. At ento a opinio pblica no
tinha a menor importncia para eles.
O escritrio criado por Lee passou a fornecer imprensa "notcias empresariais para serem
divulgadas jornalisticamente e no como anncios ou como matria paga". Na opinio de Wey,
"eram informaes corretas, de interesse e de importncia para o pblico".
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Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era srio, honesto e
profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiana que tantas dores de cabea e
decepes, tantos prejuzos, enfim, geraram para todos os profissionais srios e honestos que h
dcadas vm tentando fazer Comunicao Empresarial no Brasil?
O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto imprensa e opinio
pblica, que Rockfeller passou de "patro sanguinrio" a "benfeitor da humanidade".
Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relaes Pblicas da
Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em
inmeras empresas e rgos pblicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte
e do prestgio de Yale, Harvard e Colmbia, que criaram cadeiras especficas e comearam a formar
especialistas em Relaes Pblicas.
Dos Estados Unidos, as Relaes Pblicas foram sucessivamente para o Canad (1940),
Frana (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itlia, Blgica, Sucia e Finlndia (1950) e Alemanha
(1958).
Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valena, que em 1960 comeou a
aprender a profisso na J. W. Thompson. Trs anos depois ele criou a primeira agncia de Relaes
Pblicas do pas, a AAB.
3. Conceitos bsicos
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Qual foi a principal atividade desenvolvida pelo jornalista Ivy Lee, assim que ele
estabeleceu o primeiro escritrio de Relaes Pblicas em Nova Iorque, em 1906?
Concluso: h mais de 90 anos os RPs faziam exatamente aquilo que mais comum entre os
assessores de imprensa: elaborao e distribuio de notcias.
Mas como Lee precisava de fatos para ter notcias, ele comeou a interferir no dia-a-dia do
seu cliente. E a primeira providncia que tomou foi derrubar barreiras entre Rockfeller e o pblico.
Imediatamente, o empresrio dispensou sua segurana e passou a circular sem os guarda-costas que
o acompanhavam 24 horas por dia. Depois, Lee fez com que Rockfeller cooperasse com o Congresso
nas investigaes a respeito das denncias de que ele havia mandado atirar nos seus funcionrios
em greve. Pelo seu ineditismo, essa atitude foi destacada positivamente pela imprensa. Por fim,
Lee fez com que Rockfeller criasse numerosas fundaes de interesse pblico. Entre elas a Fundao
Rockfeller para Pesquisa Mdica. Foi a partir da que o maior empresrio da poca acabou
reconhecido como "benfeitor da humanidade".
Foi assim que surgiram os eventos em que a Volkswagen, a Ford, a General Motors, a Fiat e
outras montadoras de veculos automotores instaladas ou no no Brasil apresentam suas
novidades para jornalistas dos mais diferentes jornais e revistas do Pas. No Brasil e at mesmo no
exterior. Tudo sob o comando de relaes pblicas e jornalistas. De profissionais de Comunicao
Empresarial, enfim.
Foi assim tambm que surgiram as entrevistas coletivas e os tradicionais almoos de fim de
ano, quando as empresas renem reprter, editores e diretores de redao para anunciar os
resultados do ano que termina, os planos para o ano novo e, de quebra, dar um bom brinde para
cada um. Como este relgio que eu estou usando e que me foi dado pela Nestl num final de ano
que j vai longe.
Isso, entretanto, no tudo. Tem mais. Muito mais. Especialmente no livro O que
Comunicao Empresarial, escrito por Paulo Nassar e Rubens Figueiredo para a Coleo Primeiros
Passos da Editora Brasiliense. L esto relatados e detalhados inmeros eventos promovidos por
empresas que praticam polticas de bom relacionamento com suas comunidades e os usurios de
seus produtos e servios.
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Diante de tudo isso vemos que no Brasil os profissionais de Comunicao Empresarial atuam
nas diferentes frentes da Comunicao Social ou de Massa:
Geram fatos;
Elaboram notcias;
Fazem com que essas notcias sejam veiculadas por jornais, revistas, agncias noticiosas,
emissoras de rdio e televiso, nos fac-smiles como Jornalistas & Cia., na Internet e at em
painis eletrnicos (como o que temos na Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, na esquina das
Ruas da Mooca e Jos Antnio de Oliveira, na Mooca, em So Paulo);
Idealizam e produzem clippings impressos e eletrnicos; alguns com mais de uma edio por dia e
no raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e ano-novo
(como o que a Imprensa Oficial est fazendo para o Governador de So Paulo);
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UNIDADE 2
O Processo de Comunicao nas
Organizaes
O processo de comunicao em uma organizao pode ser analisado tanto no que diz
respeito ao fluxo de informao - isto , a direo da comunicao numa estrutura hierrquica -
quanto no que diz respeito rede de comunicao.
Uma rede constituda por canais e meios de comunicao estruturados e organizados de
modo a tornar os que esto agrupados no interior de um determinado meio acessveis uns aos
outros. De acordo com o grau de organizao de uma rede, seus membros tero conscincia mais ou
menos explcita dos caminhos que devem seguir para se comunicar com o outro.
As principais caractersticas das redes de comunicao so: a dimenso do lao, a natureza
do circuito, seu carter aberto ou fechado, a configurao da rede e o ajustamento entre o circuito
e funo sistmica. A dimenso do lao a quantidade de subsistemas alcanados por certo tipo de
informao. Os circuitos podem abranger um sistema inteiro ou cobrir apenas um subsistema
principal, ou ainda apenas uma unidade deste. A natureza do circuito diz respeito ao modo como
uma informao transmitida. Pode ser de forma repetitiva ou atravs de modificaes em cadeia.
O primeiro modo pode se d atravs do escoamento linha abaixo de uma informao, onde esta
passada de cada nvel para o que est abaixo, sem que haja qualquer modificao. No segundo
modo, o comando passa mensagens com translao apropriada para cada subsistema. A primeira
forma tem a vantagem de ser uniforme, mas serve apenas para problemas simples. O segundo
padro mais eficiente para fatos complexos, onde pode ser necessria traduo para as diferentes
unidades.
Todos os atos comunicativos possuem carter circular, pois h sempre uma reao
transmisso que pode fornecer feedback ao transmissor. Entretanto, alguns circuitos so mais
fechados ou abertos do que outros. Em alguns a resposta pode ser imediata e de aceitao da
mensagem original, e em outros pode vir em forma de relatrios e indicar tentativas de modificao
do que foi transmitido. Um lao fechado seria o que no permitiria a modificao do contedo da
transmisso. Quanto mais aberto for um lao, maior ser a possibilidade de desenvolvimento devido
s alteraes no sistema que ele vai permitir. A configurao da rede pode ser medida atravs do
nmero de ligaes de comunicao em uma determinada rede. Uma mensagem pode ser
transmitida dentro de vrias alternativas de canais de comunicao, que vo apresentar
caractersticas diferentes de rapidez, acuracidade e eficincia.
A concluso de que em uma organizao no existe uma maneira universal de se
comunicar, pois deve-se levar em considerao o propsito dos dados que so enviados. A anlise
das redes de comunicao apenas pode ser feita buscando-se identificar maneiras mais adequadas
para receber e enviar mensagens dentro de cada situao. A direo do fluxo de comunicao pode
movimentar-se de forma ascendente e descendente, seguindo um padro de hierarquia, ou pode
mover-se em um mesmo nvel, ocorrendo entre pessoas que ocupam uma mesma posio na
organizao.A comunicao ascendente ocorre quando a informao parte do subordinado para o
superior. A comunicao descendente o fluxo de comunicao que segue de superior para
subordinado.
A comunicao horizontal a comunicao entre pessoas do mesmo nvel hierrquico. Pode
ser nociva se assumir normas irrelevantes ou houver problemas de coordenao entre os indivduos.
Caso contrrio, pode suprir apoio emocional e social do indivduo atravs da compreenso mtua
dos pares. Este fluxo de informao tambm possibilita a organizao das pessoas em esforos
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2. Comunicao na organizao
Dentre os autores que discutem o assunto, Roger Cahen (1990) tem uma das mais claras definies.
Comunicao Empresarial uma atividade sistmica, de carter estratgico, ligada aos mais altos
escales da empresa e que tem por objetivos: criar onde ainda no existir ou for neutra manter
- onde j existir - ou ainda, mudar para favorvel - onde for negativa a imagem da empresa junto a
seus pblicos prioritrios(1990 : 32)
O ponto comum entre os diversos autores o fato de empregar o termo Comunicao Empresarial
como sendo o conjunto das prticas da construo da imagem de uma empresa frente ao seu pblico
interno e externo.
Um dos fenmenos mais caractersticos das modernas sociedades industriais o crescente
uso das funes de comunicao para sobrevivncia, desenvolvimento e prosperidade das
organizaes. Repartidas e esboadas de acordo com os diversos modelos organizacionais e
assumindo importncia cada vez maior, as funes comunicativas engajam-se definitivamente nos
desenhos de estruturas de pequenas, mdias e grandes empresas
O tema tomou propores animadoras e empresrios brasileiros j encaram a Comunicao
Empresarial como uma eficiente ferramenta estratgica, aceitando esta atividade como
investimento ao invs de despesa. Anteriormente a comunicao era percebida de forma errnea
como um custo que no produz um retorno mensurvel. Outra razo pela qual ela tem sido
negligenciada como prioridade administrativa ao longo dos anos que o seu impacto no tem estado
visvel nos resultados finais.
No ambiente atual, a organizao que no se comunica com um amplo nmero de
interessados acaba prejudicando suas perspectivas financeiras. A estratgia de comunicao
consiste no plano da empresa para transmitir as notcias para seus pblicos. A estratgia define
quem so esses pblicos, por que importante comunicar-se com eles, quando e onde a
comunicao deve acontecer, quem responsvel pelas comunicaes, o que deve ser dito e qual
o vnculo com as metas comerciais. Porm, a parte mais importante da estratgia de comunicao
o ambiente de comunicaes que a administrao superior cria. Para ser eficiente, a administrao
superior precisa liderar o planejamento das comunicaes.
As organizaes
preocupadas com misso, viso e
valores precisam desenvolver sua
estratgia baseada em plataformas
especficas derivadas dessas
misses, vises e valores. Essas
mensagens precisam ser
especificadas para cada pblico-
alvo e transmitidas continuamente.
O esforo de manter os
funcionrios sintonizados com a
empresa apresenta suas
caractersticas ideais, ainda que
por meio do contato direto, pessoal
e face-a-face. Estratgias
mercadolgicas, investimento em
treinamento e programa de motivao para atingirem as reais metas, dependem, dentre outras
coisas, da sintonia dos colaboradores com as metas da empresa. Funcionrios necessitam obter da
empresa a primeira fonte de informao, antes que esta seja divulgada no ambiente externo. As
informaes transparentes so fundamentais para determinar o comprometimento dos
colaboradores com os resultados. Empresas devem verificar a demanda do pblico a ser atingido,
para que as metas sejam realizadas. Comunicao interna e externa devem ser monitoradas e
vinculadas outras polticas da empresa. A utilizao de vrias ferramentas, na comunicao
interna, apresenta como objetivo nico, formar uma equipe voltada para estratgias comuns de
performance. Comunicao corporativa eficiente pode garantir o sucesso, uma vez que esclarece
como a empresa e o que pretende ser.
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UNIDADE 3
A Comunicao Externa,
agregando valor imagem
da empresa
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Hoje cresce a tendncia por ouvir tambm o empregado. Um bom exemplo disso o Guia
Exame "As 100 melhores empresas para voc trabalhar", uma iniciativa que abre portas para as
empresas, d-lhes visibilidade, alm de fortalecer vnculos com seus funcionrios e clientes.
Na publicao foi feito um levantamento minucioso das empresas que so benchmarking em
prticas e polticas de recursos humanos.
Cerca de 900 empresas foram convidadas a participar e, aps de desistncias e eliminaes,
281 chegaram ao fim do processo de seleo. A mdia de satisfao das melhores ficou em 78, o
que significa 78% dos funcionrios das 100 melhores empresas se dizem satisfeitos.
Jos Tolovi Jr., diretor no Brasil do Great Place to Work Institute, consultoria Americana
que trabalha em parceria com a EXAME neste projeto, lembra que a comparao de resultados com
pesquisas realizadas em outros pases favorece o Brasil: a mdia americana deste ano de 82
pontos, seguidas da mdia brasileira, 78 pontos e das mdias sua e portuguesa que so de 74
pontos. Apesar da pequena diferena de quatro pontos e dada as devidas propores, o Brasil possui
hoje, segundo a pesquisa, 100 empresas exemplares.
Um fenmeno corporativo cada vez mais freqente a apropriao das organizaes por
funcionrios, fornecedores, clientes, entidades de classe e pela comunidade, os quais assumem
muitas vezes uma postura de quase scios do negcio, contribuindo para o crescimento das
corporaes e at compartilhando seus resultados.
Vrios fatores influem nesse comportamento, mas basicamente ele decorre da
conscientizao e a mobilizao crescentes da sociedade pela defesa de seus direitos de cidadania,
aumentando a cobrana muitas vezes direta - sobre bens, produtos, servios e sobre a prpria
atitude mercantil das empresas.
Isso impe cuidados especiais s organizaes, que precisam lanar mo de processos e
estratgicas claras para se relacionar com seus co associados. Boa parte desse esforo se
manifesta na comunicao empresarial, que deve ser revestida de cuidados por ser uma interface
vital no relacionamento da organizao com seus distintos pblicos de interesse.
A comunicao externa aquela que fala com a sociedade de forma geral, e com seus
grupamentos e organizaes de forma mais detalhada - uma ferramenta a ser utilizada para
oferecer ao pblico subsdios e informaes que contribuam para construir uma imagem positiva da
organizao, que obviamente precisa estar alicerada na realidade, representada por bons produtos
e servios, preo justo, atendimento digno, e assim por diante.
O trabalho de comunicao externa est entre as ferramentas mais indicadas para estreitar
as relaes empresa-pblico. Ela contribui para a eficcia organizacional e corporativa quando
ajuda a conciliar os objetivos da empresa com as expectativas de seus pblicos estratgicos, como
diz Miguel Jorge, jornalista que se tornou referncia na rea ao dirigir a comunicao corporativa
de diversas empresas, como Volkswagen e, atualmente, o Banco Santander.
Tem se mostrado um erro estratgico enviar uma mesma publicao para os pblicos interno
e externo. Apesar da aparente otimizao de recursos, esta prtica representa, na verdade, um
gasto com uma publicao que no estar surtindo o efeito desejado, pelo menos para uma de suas
categorias de leitores.
Ao se avaliar as diferenas de contedo, enfoque, periodicidade, linguagem e diagramao
exigidas por cada um destes pblicos, fica clara a necessidade de peridicos distintos para cada um
deles.
Um funcionrio, por exemplo, acharia montono ler matrias de assuntos que j so de seu
conhecimento elementar, mas que para o cliente seriam de muita utilidade. Por outro lado, o
cliente tambm ficaria desinteressado em ler matrias que deveriam ser de repercusso exclusiva
junto aos funcionrios, como nomeaes, promoes, mudanas e segurana.
As diferenas entre um veculo e outro so vrias. Alm das diferenas de temas a serem
abordados, a linguagem do jornal de comunicao interna precisa ser mais descontrada e simples,
com uma programao visual criativa. Um jornal voltado para o cliente utiliza a linguagem
jornalstica para abordar os diversos temas e normalmente possui uma qualidade grfica mais
sofisticada.
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A internet transfere o poder para as mos do usurio ou consumidor, que tem uma
infinidade de opes para obter, selecionar e editar, ele mesmo, as informaes de seu interesse.
Isso exige maior objetividade e ainda mais transparncia nas informaes ao consumidor, em
particular, e sociedade, em geral, e aumenta a vigilncia da sociedade sobre as empresas. Alm
de mais transparncia, a Internet tambm exige mais agilidade das empresas na comunicao com
seus diversos pblicos.
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6. Outros produtos
Alm dos jornais, revistas e internet, que tm uma caracterstica mais constante e
peridica, so inmeras as possibilidades de produtos espordicos que cumprem o papel de
comunicao externa de informar, sensibilizar e influenciar pessoas, que devem ser escolhidos de
acordo com o objetivo da empresa. E nem sempre o melhor caminho o material impresso
convencional. A escolha de meios alternativos para disseminar uma determinada mensagem pode
significar uma boa relao custo e benefcio, alm de atrair pela originalidade.
Muitos destes produtos, porm, no so desenvolvidos especificamente pela rea de
Comunicao da cooperativa. A rea de Marketing muitas vezes fica responsvel por alguns
trabalhos, que podem tambm ser terceirizados.
Alguns destes produtos so de carter pessoal e presencial, usados para falar a indivduos ou
grupos, como apresentaes de transparncias para reunies ou seminrios, cartas e e-mails,
camisetas, broches ou bottons, jogos, peas de teatro e outras manifestaes culturais.
Outros produtos so impessoais, massificados, mais adequados a informar amplos segmentos
do pblico. H os que enfatizam o texto (folhetos, brochuras, cartilhas, jornais, jornais murais,
faixas, adesivos, boletins, encartes, relatrios anuais, revistas e livros), o som (programas ou spots
de rdio, transmitidos diretamente ou distribudos em fita cassete, CDs ou alto-falantes em locais
pblicos) ou a imagem (cartazes, mapas, grficos, outdoors, banners, vdeos, fotos, slides, filmes,
cartes-postais). Existem ainda produtos interativos, multimdia (CD-Rom), e conjuntos de produtos
que utilizam todas essas linguagens (campanhas publicitrias).
H ainda ferramentas de comunicao como painis eletrnicos, ambulncias, exposies,
bales de ar quente, entre outros. Uma ambulncia postada numa competio esportiva ou num
evento da cidade sinaliza um planto no qual se passa a impresso de que a prpria marca est
ali, em pessoa, atenta sade dos participantes ou do pblico.
Tambm existem publicaes empresariais de objetivo cultural. Raras, elas costumam ter o
formato de revista e distinguir-se pela qualidade grfica e editorial. Alm de discutir com seriedade
aspectos culturais da vida brasileira, este tipo de veculo tambm tem por finalidade vincular o
nome da empresa a um produto de excelncia. Segundo Lorenzon e Mawakdiey, no livro Manual de
Assessoria de Imprensa, esta uma operao de marketing indireto que proporciona alto retorno
em termos de imagem corporativa.
Merece destaque o papel da propaganda, que desempenha excelente papel no pr-
lanamento; na venda de planos; na divulgao da marca; no suporte e outras aes de
comunicao. Alm disso, o simples fato de a Unimed estar sempre se comunicando j positivo:
sinaliza profissionalismo, atualizao e integrao sociedade e ao mercado; proporciona
visibilidade e, assim, favorece parcerias etc.
O telemarketing tanto uma preciosa arma de vendas (o ativo, principalmente), quanto um
mecanismo de avaliao de satisfao do cliente (o reativo). O telemarketing reativo, conduzido por
um script interativo e inteligente, tambm pode e deve render benefcios imagem. assessoria de
imprensa cabe construir e manter nos veculos de comunicao a imagem posicionada da empresa,
visando os pblicos do seu interesse.
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UNIDADE 4
A Comunicao Interna
2. Endomarketing
Marketing pode ser definido como um processo social e gerencial pelo qual indivduos e
grupos obtm o que necessitam e desejam atravs da criao, oferta e troca de produtos de valor
com outros. Ainda em Administrao de Marketing, Kotler, faz breves referncias a diferenciao
entre o Marketing Interno e o Marketing Externo. Segundo ele, o Marketing Interno deve proceder o
Externo. Na verdade, no faz sentido promover servio excelente antes de preparar os funcionrios
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da empresa para fornec-lo. Define Marketing Interno como a tarefa de contrataes acertadas,
treinamento e motivao de funcionrios hbeis que desejam atender bem os clientes .
Bekin lana as bases de uma tendncia de marketing voltado para o seio da organizao,
formulando a seguinte definio de Endomarketing: realizar aes de Marketing voltadas para o
pblico interno da empresa, com o fim de promover entre os seus funcionrios e departamentos
aqueles valores destinados a servir o cliente .
O Endomarketing possui uma importncia estratgica e, neste sentido, no pode ser
separado do Marketing. Do ponto de vista estratgico, o Endomarketing um processo para adequar
a empresa a um mercado orientado para o cliente. Deste modo, a relao da empresa com o
mercado, passa a ser um servio feito por clientes internos para clientes externos. assim que o
Endomarketing estimula toda a organizao a manter-se voltada para o atendimento do mercado.
O Endomarketing o Marketing dentro da empresa, um processo cujo o foco sintonizar e
sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura de Marketing da empresa ou
organizao que visa ao para o mercado. Objetiva facilitar e realizar trocas construindo
relacionamentos com o publico interno, compartilhando os objetivos da empresa ou organizao,
harmonizando e fortalecendo estas relaes. Sua funo integrar a noo de cliente nos
processos internos da estrutura organizacional propiciando melhoria da qualidade de produtos e
servios com produtividade pessoal e de processos.
Ainda fundamentado em Bekin, para se criar um processo de Endomarketing, este deve
partir de trs premissas bsicas:
A) Estamos num mercado orientado para o cliente. Clientes s podem ser conquistados e retidos
com um servio excelente.
B) Funcionrios tm expectativas e constituem o primeiro mercado para a organizao. Assim,
funcionrios devem ser tratados como clientes e valorizados como pessoas.
C) Excelncia de servios para os clientes e gerenciamento de recursos humanos significam
envolver e comprometer os funcionrios com os objetivos e decises da empresa.
Na Pratica...
Programa que agrega todas as aes direcionadas melhoria constante da qualidade de vida de
nossos colaboradores.
Educao
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A sul Amrica estampa seus cartes de Natal com desenhos de filhos de funcionrios
inspirados em projetos social.
Sul Amrica inovou na hora de criar seus cartes de Natal. A Companhia pediu a colaborao
dos filhos de funcionrios para elaborar a sua mensagem de Natal, ao promover um concurso de
desenhos com o tema de um mundo melhor, inspirado no projeto Sul Amrica de Sade Ocular.
Crianas de todo o Brasil participaram imaginando colocar um culos mgico e ver um mundo mel
Os vencedores do concurso de desenho da Sul Amrica foram convidados a participar do almoo de
diretoria que acontece anualmente no Jockey Club, no Rio de Janeiro. No dia 5 de Dezembro eles
receberam das mos de D. Beatriz Larragoiti os presentes pelo primeiro lugar conquistado.
Alm de ganhar os presentes que escolheram, concurso receberam um diploma de
reconhecimento assinado pela Vice-Presidente de Recursos Humanos, um Kit de pintura, e ingressos
para parques de diverso. Todos os participantes do concurso ganharam camisas com seu prprio
desenho estampados.
Os desenhos vencedores do concurso, estampam nos trs cartes as idias das crian sobre o
tema de um mundo melhor.
3. Exomarketing
Agregar valor ao negcio tambm isso, pessoas felizes produzindo, pessoas felizes
lucrando e pessoas felizes consumindo. Exomarketing , portanto, uma estratgia de comunicao
externa que se utiliza das aes e instrumentos de endomarketing como contedo Este novo
conceito nasceu dos excelentes resultados obtidos com a comunicao interna. Se antes ver
funcionrios trabalhando felizes e ter a produo garantida era motivo de alvio aos executivos, por
que no aproveitar do sucesso e mostrar ao pblico externo quo boa a sua empresa? Em outras
palavras, mais este recurso vem para reforar as estratgias de marketing externo, to perfeitas e
eficazes foram as aes de endomarketing.
A autora cita a Azalia, uma empresa gacha de calados, que publicou na Veja revista de
maior circulao do pas - um anncio de pgina inteira para falar da creche que mantm para os
filhos de seus funcionrios.
Essa empresa pratica h muitos anos o exomarketing. Alm de desenvolver um trabalho
vitorioso junto ao pblico interno, faz com que toda a sociedade empresarial e a comunidade na
qual est inserida acompanhem o seu esforo e sintam orgulho de suas aes
Aes em endomarketing podem ser simples, como apresentar painis frente s prprias
empresas com resultados obtidos pelos funcionrios, resultados de jogos internos, vdeos
institucionais exibidos nas recepes, locais por onde passam fornecedores, clientes e outros
visitantes.
Esse modelo pode ser encontrado tambm em um grande nmero de anncios grficos,
publicados em jornais e revistas com chamadas de abordagem interna, mas que vem causando muita
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simpatia do pblico externo. Como exemplo podem ser citados o do BankBoston Para conquistar
clientes, primeiro conquistamos nossos funcionrios, o da Nestl Poucas empresas so sinnimos
daquilo que fazem ou ainda o da Brasmotor Uma organizao formada por pessoas jurdicas,
pessoas fsicas e, sobretudo, pessoas felizes. Cada qual com seu apelo grfico, estes anncios
geralmente se apresentam com a figura de um funcionrio devidamente fardado, sorridente e cheio
de disposio.
A receita do exomarketing simples e foi concebida no prprio dia-a-dia das empresas que
quiseram expor o que possuem de melhor em sua estrutura interna. O exomarketing serve
exatamente para que os empresrios possam mostrar a evoluo das suas relaes com o pblico
interno
4. Desafios da comunicao
A imagem institucional de uma empresa um ser vivo, dinmico. Hoje, pode estar saudvel, bem
vista, aceita, festejada. Amanh? Vai depender da histria de hoje. Uma boa Comunicao
Empresarial condio primria para uma boa imagem institucional da empresa.
As empresas esto aprendendo que, to importante quanto aparecer bem, saber escutar e
interpretar o que os consumidores esto tentando lhes falar. Ainda que eles estejam beira de
um ataque de nervos.
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A imagem de uma empresa formulada a partir das informaes que a comunidade recebe a
esse respeito. Sem uma comunicao eficiente, a imagem ser difusa ou ruim, pois ser formada
com base em informaes incompletas ou incorretas, em presunes e boatos.
Comunicao no se limita ao release, pea jornalstica que ganhou fora com o autoritarismo e
comeou a morrer com ele. O release est cada vez mais desacreditado e deve, sempre que
possvel, ser substitudo por entrevistas.
O primeiro e principal pblico de uma empresa o seu efetivo, sem o qual todo esforo de
comunicao redundar nulo.
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Bibliografia
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Prof Cristiane de Sousa Florncio
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