Fig. de Ling. 8º Ano

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Data: _____ / _____ / 2017.

Professor(a): Liliane Barros.


Aluno(a): _________________________________________n: ______
Ano de escolaridade: 8 Turma: ___________

LINGUAGEM FIGURADA
Considere as palavras em destaque nestas duas frases:

I Diante do espelho do restaurante, as duas amigas, j meio bbadas de vinho, ensaiavam ridculas poses
sensuais.
II No espelho do crrego bailam borboletas bbadas de sol. (Carlos Drummond de Andrade)

As frases acima deixam claro que as palavras podem ser empregadas de maneiras diferentes.
Sentido denotativo literal, comum, usual, de dicionrio;
Sentido conotativo figurado, dependente de um contexto particular.

As diferentes possibilidades de emprego conotativo das palavras constituem um amplo conjunto de recursos
expressivos a que se d o nome de figuras de linguagem.

COMPARAO: consiste em estabelecer entre dois seres ou fatos, uma relao de semelhana, atribuindo a
um deles caracterstica(s) presente(s) no outro.
Minha dor intil / como uma gaiola numa terra onde no h pssaros. (Fernando Pessoa)
O dia voa como um pssaro / e os pssaros voam como os dias. (Ldo Ivo)

METFORA: emprego de uma palavra com sentido diferente do sentido usual, a partir de uma comparao
subentendida entre dois elementos.
O circo era um balo aceso com msica e pastis na entrada. (Oswald de Andrade)
A Histria um carro alegre / cheio de um povo contente. (Pablo Milans)

CATACRESE (metfora desgastada): consiste em denominar algo (um objeto, um ao...) usando
impropriamente uma determinada palavra, por no haver outra mais adequada.
Uma perna da velha mesa est cheia de cupins.
Para temperar a carne, o cozinheiro usou alguns dentes de alho.
Ao podar a roseira, o rapaz enterrou um espinho na mo.
Logo que os passageiros embarcaram, o avio decolou.

METONMIA (sindoque): substituio de uma palavra por outra, quando entre ambas existe uma
proximidade de sentidos que permite essa troca.
Devolva o Neruda que voc me tomou e nunca leu.
O estdio aplaudiu muito os dois times.
Tudo o que ele tem foi conquistado com o seu prprio suor.
Na torre da igrejinha, o velho bronze soava melancolicamente.
O rebanho tinha mil cabeas.

PERSONIFICAO (prosopopia) consiste em atribuir a seres inanimados (sem vida) caractersticas de


seres animados; ou em atribuir caractersticas humanas a seres irracionais.
rvores encalhadas pedem socorro (...) / o cu tapa o rosto / chove... chove...chove... (Raul Bopp)
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume (Machado de Assis)
ANTTESE consiste no uso de palavras (ou expresses) de significados opostos, com a inteno de realar
a fora expressiva de cada uma delas.
O amor poo onde se despejam / lixo e brilhantes (Tom Z)
Espia a barriga estufada dos meninos, / a barriga cheia de vazio, de Deus sabe o qu. (Carlos
Drummond de Andrade)

HIPRBOLE exagero intencional, com a finalidade de intensificar a expressividade e, assim, impressionar


o ouvinte (ou leitor).
A torcida explodiu de alegria quando o time marcou o gol.
Rios te correro dos olhos, se chorares (Olavo Bilac)

EUFEMISMO figura por meio da qual se procura suavizar, tornar menos chocantes palavras ou expresses
que so normalmente desagradveis, dolorosas ou constrangedoras.
A empresa no honrava seus compromissos financeiros.
O infeliz ps termo vida tragicamente.

IRONIA figura por meio da qual se enuncia algo, mas o contexto permite ao leitor (ou ouvinte) entender o
oposto do que se est afirmando.
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de ris... (Machado de Assis)
Minha prima linda: assusta at os postes.

ONOMATOPEIA recurso de expresso por meio do qual se procura reproduzir determinado som ou rudo.
A gente tirava a roupa inteirinha, trepava no barranco e tichbum baque gostoso do corpo na gua
(Joo Antnio)
Porque o tic-tic, o toc-toc, ou o puc-puc da mquina me picota a cuca. (Mrio Quintana)

SINESTESIA consiste no cruzamento de palavras que transmitem sensaes diferentes. Tais sensaes
podem ser fsicas ou psicolgicas.
Um doce abrao indicava que o pai o desculpara.
O cheiro quente do caf invadiu a sala de visitas.

Flores Velhas
Fui ontem visitar os jardinzinho agreste,
Aonde tanta vez a lua me beijou,
E em tudo vi sorrir o amor que tu me deste,
Soberba como um sol, serena como um vo.
Em tudo cintilava o lmpido poema
Com sculos rimado s luzes dos planetas;
A abelha inda zumbia em torno da alfazema;
E ondulava o matiz das leves borboletas.[...]
Cesrio Verde. Obra completa de Cesrio Verde.
Lisboa: Portuglia, p.14

1) Identifique, copiando fragmento(s) do poema e classifique a(s) figura(s) de linguagem existente.


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2) Analise as sentenas a seguir e diga qual a figura de linguagem presente nelas.

a) Falar com Joo dar murro em ponta de faca.


b) O mico leo dourado chora a sua extino.
c) Ela tem os cabelos brilhantes como o luar
d) Adoro Djavan, principalmente o segundo disco.
e) Esse problema est me enlouquecendo e no chego a uma soluo.

3) Explique a metonmia destacadas nos versos e frases a seguir.

a) A mo que toca o violo se for preciso vai guerra.


b) Apaixonado pela msica popular brasileira, o rapaz conhecia Chico Buarque a fundo.
c) O Convidado saboreou apenas um dos pratos oferecidos.
d) A mulher ainda discriminada em muitos setores da sociedade.
e) O novo camisa dez do cruzeiro est causando sensao nos torcedores.

4 Leia este trecho do poema outro noturno, de Murilo Mendes.


A Baa de Guanabara, diferente das outras baas, camarada,
recebe na sala de visitas todos os navios do mundo
e no fecha a cara.
tudo perde o equilbrio desta noite.
as estrelas no so mais constelaes clebres,
so lamparinas com ares domingueiros.
1. Para se referir s guas da baa, qual a metfora empregada pelo poeta?
2. indique em que versos ocorrem as seguintes figuras:
personificao- metfora -

Identifique as figuras usadas nas frases abaixo:


1. O bonde passa cheio de pernas.
2. O gato preguioso como uma segunda-feira.
3. No fique pensando que o povo nada.
4. Uma coisa triste no fundo da sala./ me disseram que era Chopin.
5. Coitado do Durval: no foi feliz na prova.
6. Gastei rios de dinheiro no meu curso de computao.
7. Os carros no andam, voam.
8. O vento beija meus cabelos, as ondas lambem minhas pernas, o sol abraa o meu corpo, o meu
destino ser star.
9. O noivo da minha irm pediu a mo dela em casamento.
10. As pessoas vo e vm, entram e saem.
11. Quando a indesejada das gentes chegar, encontrar o campo livre.
12. A mim, no me convidaram para o torneio de vlei.
13. H males que vm para o bem.
14. H males que faz tempo esto grisalhos.
15. O rapaz saltou da ponte da vida.
16. Essas vs promessas, j as conheo de sobra.
17. Meu verso sangue ... Volpia ardente.
18. Estou esperando voc h sculos!
19. As pessoas aqueciam-se ao p das grandes fogueiras.
20. A vida um incndio.

1) metonmia
2) comparao
3) metonmia
4) metonmia
5) eufemismo
6) hiprbole
7) personificao e hiprbole
8) personificao
9) metonmia
10)anttese
11) eufemismo
12) pleonasmo
13) anttese
14) personificao
15) eufemismo
16) pleonasmo
17) metfora
18) hiprbole
19) catacrese
20) metfora

Explique a relao de semelhana sobre a qual se construram as metforas:


1. Os catadores de papel so triste paisagem.
2. Teu sorriso uma aurora.
3. O hipoptamo um bruto sapato afogado.
4. Esse vendedor de carros uma raposa.
5. Seu mau-humor chuva de ver0.
6. Meu novo apartamento uma caixa de fsforos.
7. Nosso relacionamento um mar de rosas.

.Explique a relao de semelhana sobre a qual se construram as metforas


:Os catadores de papel so triste paisagem
.Profisso sem prestgo

Teu sorriso uma aurora


.Alegre, lindo

O hipoptamo um bruto sapato afogado


.Cinza e grande

Esse vendedor de carros uma raposa


.Esperto

Seu mau-humor chuva de vero


.Passageiro

Meu novo apartamento uma caixa de fsforos


.Pequeno
Nosso relacionamento um mar de rosas
.timo

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