Sabesp Nts 044 - Tubos Pré-Moldados de Concreto para Poços de Visi - Ta e de Inspeção PDF

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Norma Tcnica Sabesp

NTS 044

Tubos Pr-Moldados de Concreto para Poos de Visi-


ta e de Inspeo

Especificao

So Paulo
Reviso 02 - Maio - 2006
NTS 044: 2006 rev. 2 Norma Tcnica SABESP

SUMRIO

1 OBJETIVO .......................................................................................................................1
2 REFERNCIAS NORMATIVAS.......................................................................................1
3 DEFINIES....................................................................................................................1
4 MATERIAIS COMPONENTES DO CONCRETO.............................................................2
4.1 Cimentos......................................................................................................................................2
4.2 Agregados ...................................................................................................................................3
4.3 gua de amassamento...............................................................................................................3
4.4 Aditivos........................................................................................................................................3
4.5 Ao ...............................................................................................................................................3
5 CONCRETO .....................................................................................................................3
5.1 Dosagem do concreto ................................................................................................................3
5.2 Qualidade do concreto...............................................................................................................4
6 TUBOS DE CONCRETO .................................................................................................4
6.1 Dimenses...................................................................................................................................4
6.2 Acabamento da superfcie .........................................................................................................5
6.3 Cobrimento da armadura ...........................................................................................................5
6.4 Anel de borracha ........................................................................................................................5
6.5 Desfrma .....................................................................................................................................5
6.6 Cura..............................................................................................................................................6
6.7 Retoques......................................................................................................................................6
6.8 Identificao ................................................................................................................................6
6.9 Classe de resistncia .................................................................................................................6
6.10 Manuseio, Transporte e Armazenamento ..............................................................................7
6.11 Assentamento ...........................................................................................................................7
7 REQUISITOS MNIMOS...................................................................................................7
7.1 Exame visual ...............................................................................................................................7
7.2 Exame dimensional ....................................................................................................................7
7.3 Absoro de gua pelo concreto..............................................................................................7
7.4 Anel de borracha ........................................................................................................................7
7.5 Permeabilidade do concreto......................................................................................................8
7.6 Resistncia compresso diametral .......................................................................................8
7.7 Cobrimento da armadura ...........................................................................................................8
8 QUALIFICAO DO FABRICANTE ...............................................................................8
9 INSPEO DE RECEBIMENTO .....................................................................................9
9.1 Formao dos lotes....................................................................................................................9
9.2 Formao das amostras ..........................................................................................................10
9.3 Aceitao e rejeio .................................................................................................................10

08/05/2006
Norma Tcnica SABESP NTS 044: 2006 rev. 2

Tubos Pr-Moldados de Concreto para Poos de Visita e de Ins-


peo

1 OBJETIVO
Estabelecer as prescries e requisitos mnimos para a fabricao, controle da qualidade
e aceitao de tubos pr-moldados de concreto para aplicao em poos de visita e de
inspeo.
Esta norma tcnica transcrio do documento normativo 0100-450-S8 de mesmo ttulo,
substituindo-o para uso interno da companhia.
2 REFERNCIAS NORMATIVAS
As normas citadas constituem prescries para este texto.
NTS 025:2006 Projeto de redes coletoras de esgotos
NBR 5737:1992 Cimentos Portland resistentes a sulfatos.
NBR 7211:2005 Agregado para concreto.
NBR 7480:1996 Barras e fios de ao destinados a armaduras para concreto armado.
NBR 7481:1990 Tela de ao soldada Armadura para concreto.
NBR 8548:1984 Barras de ao destinadas a armaduras para concreto armado com
emenda mecnica ou por solda Determinao da resistncia
trao.
NBR 11768:1992 Aditivos para concreto de cimento Portland.
NBR 12654:1992 Controle tecnolgico de materiais componentes do concreto.
NBR 12655:1996 Concreto Preparo, controle e recebimento.
NM 137:1997 Argamassa e concreto gua para amassamento e cura de arga-
massa e concreto de cimento Portland.
ASTM C 1218:1999 Test Method for Water- Soluble Chloride in Mortar and Concrete.
3 DEFINIES
Para efeito desta norma, aplicam-se as seguintes definies:
ABSORO: Propriedade do material de incorporar e reter gua em seus poros e vazios
internos
ANEL DE BORRACHA PARA VEDAO: Acessrio circular de borracha flexvel, inte-
grado ao tubo ou aplicvel no momento da instalao do tubo no local de servio.
ARMADURA: Estrutura em barras soldadas ou amarradas com arame recozido ou tela
de ao prfabricada incorporada ao concreto na moldagem, destinada a aumentar a
resistncia do tubo aos esforos de trao.
CARGA DE FISSURA (TRINCA) NO ENSAIO DE COMPRESSO DIAMETRAL: Carga,
em quilonewtons por metro, apresentada pelo aparelho de medida, no instante em que
aparece (m) no tubo submetido ao ensaio de compresso diametral, fissura (s) com aber-
tura de 0,25 mm e comprimento de 300 mm ou mais. Para efeito de projeto, esta carga
que define a resistncia do tubo s solicitaes externas.

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CARGA DE RUPTURA NO ENSAIO DE COMPRESSO DIAMETRAL: Carga mxima,


em quilonewtons por metro, apresentada pelo aparelho de medida, cujo valor deixa de
sofrer acrscimo, mesmo com o prosseguimento do ensaio de compresso diametral.
COBRIMENTO MNIMO: Espessura da camada de concreto desde a superfcie (interna
ou externa) da parede do tudo at a face externa da armadura mais prxima daquela
superfcie em qualquer ponto do tubo.
COMPRESSO DIAMETRAL: Esforo vertical exercido, sem restries, por ao e rea-
o simultnea e uniformemente distribuda sobre duas geratrizes externas diametral-
mente opostas ao tubo.
PERMEABILIDADE: Propriedade do material de permitir a passagem de gua por seus
poros, caracterizando o vazamento da gua de um lado para o outro da barreira constitu-
da pelo material.
COMPRIMENTO TIL: Distncia, em milmetros, entre dois pontos extremos de uma
geratriz qualquer da superfcie cilndrica interna do tubo.
DIMETRO INTERNO (DI): Valor da distncia, em milmetros, entre dois pontos quais-
quer diametralmente opostos, da superfcie interna, de uma seo transversal do tubo.
DIMETRO INTERNO MDIO: Valor da mdia de quatro dimetros internos, medidos
segundo quatro direes de mesma seo transversal, defasados entre si em 45.
DIMETRO NOMINAL (DN): Nmero que serve para classificar o tubo quanto sua di-
menso e que corresponde aproximadamente ao seu dimetro interno, em milmetros.
ESPESSURA DA PAREDE: Medida, em milmetros, da distncia entre dois pontos de-
terminados pela interseo de uma geratriz interna e outra externa da parede do tubo,
com uma linha diametral pertencente a qualquer seo transversal.
JUNTA ELSTICA: Conjunto formado pela ponta de um tubo e a bolsa do tubo contguo,
unidos com auxlio de um anel de borracha para vedao na instalao dos tubos no lo-
cal de servio.
CLASSE: Designao dada aos tubos de acordo com as exigncias das cargas de fis-
sura e ruptura.
LOTE: Conjunto de tubos de mesmo dimetro nominal e classe ou acessrio, mesmos
materiais, produzidos nas mesmas condies, em um prazo mximo de 15 dias corridos.
AMOSTRA: Tubos ou acessrios que so parte integrante de um mesmo lote, retirado
deste com o objetivo de represent-lo, para fins de inspeo.
EXEMPLAR: Unidade (tubo, parte de tubo ou pea) submetida a certa verificao e que
compe uma amostra
INSPEO: Ato de verificar a qualidade dos tubos e seus acessrios mediante critrios
visuais e ensaios prescritos em norma.
4 MATERIAIS COMPONENTES DO CONCRETO
4.1 Cimentos
Todo cimento a ser utilizado deve atender especificao da NBR 5737.
So rejeitados, independentes de ensaios de laboratrio, todo e qualquer cimento que
indicarem sinais de hidratao, ou que esto acondicionados em sacos que estejam
manchados, midos ou avariados.
No deve ser utilizado cimento cuja temperatura exceda a 30C.

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4.2 Agregados
Os agregados devem atender especificao NBR 7211.
Os agregados devem ser estocados de forma a evitar a contaminao e mistura dos ma-
teriais diferentes, observando-se:
- estocar agregados na parte mais alta do terreno, para evitar empoamento de gua de
chuva;
- estocar agregados sobre solo firme e limpo, ou sobre uma base de concreto magro;
- manter a areia e agregados grados de dimenso mxima diferentes, separados por
divises de madeira, por blocos de concreto, ou por outro sistema que impea mistura do
material.
A dimenso caracterstica mxima do agregado utilizado no concreto deve ser inferior ao
cobrimento mnimo da armadura e ao menor espaamento entre as barras ou fios.

4.3 gua de amassamento


A gua a ser utilizada no preparo do concreto e em sua cura deve atender ao disposto na
norma NM 137.

4.4 Aditivos
O uso de aditivos est sujeito aprovao prvia pela fiscalizao e suas caractersticas
devem atender ao disposto na NBR 11768.
Os aditivos no devem apresentar teor de cloreto superior a 0,15%, determinado confor-
me ASTM C 1218.
Os aditivos devem ser armazenados em local abrigado das intempries, umidade e calor,
por perodo no superior a seis meses.

4.5 Ao
As barras de ao devem atender especificao NBR 7480 ou NBR 7481. Os lotes de-
vem ter homogeneidade quanto s suas caractersticas geomtricas e apresentarem-se
sem defeitos, tais como bolhas e fissuras.
So rejeitados os aos que se apresentarem em processo de corroso e oxidao, apre-
sentando reduo de seo.
Ao armazenar o ao deve-se proteg-lo do contato direto com o solo, apoiando-o sobre
uma camada de brita ou sobre vigas de madeira transversais aos feixes. Recomenda-se
cobrir com plstico ou lona, protegendo-o da umidade e de ataque de agentes agres-
sivos.
As emendas s sero permitidas se aprovadas pela fiscalizao e estiverem conforme as
NBR 8548 e NBR 6118.
O espaamento entre as barras ou fios de ao e seu dimetro devem estar de acordo
com o projeto estrutural do tubo apresentado pelo fabricante.
A disposio das armaduras dentro da frma deve ser tal que impea sua movimentao
durante os processos de lanamento e adensamento do concreto na frma.

5 CONCRETO
5.1 Dosagem do concreto
As propores dos materiais constituintes do concreto devem corresponder a um trao
aprovado pela fiscalizao e com as seguintes caractersticas:

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- Em funo dos equipamentos disponveis para mistura, transporte, lanamento, aden-


samento e cura, produza um concreto endurecido que atenda as exigncias desta norma.
- Apresente consumo mnimo de cimento de 350 kg/m3,
- Apresente relao mxima gua/cimento de 0,50 L/kg,
- Que atenda s exigncias mecnicas indicadas no projeto,
- Que atenda aos critrios de durabilidade face ao ataque de agentes agressivos.
Obs.: Sempre que houver alterao dos materiais constituintes do concreto deve ser es-
tudado um novo trao que atenda ao disposto neste item, devendo ser apresentado para
a aprovao da fiscalizao.

5.2 Qualidade do concreto


Para assegurar a qualidade do concreto endurecido, a mistura, transporte, lanamento e
cura do concreto fresco devem estar de acordo com o disposto na NBR 12655.
5.3 Frmas para o concreto
As frmas devem ser estanques e adaptar-se ao formato e dimenses das peas pr-
moldadas, respeitando-se as tolerncias especificadas no projeto.
As frmas podem ser fabricadas em ao, chapas metlicas, ou outro material, desde que
no se deformem quando submetidas aos esforos de lanamento e adensamento des-
forma do concreto sejam inertes ao contato com este e propiciem um acabamento liso,
homogneo e sem manchas no tubo.
O projeto e a execuo das frmas devem propiciar uma fcil desmoldagem, sem danifi-
car os elementos concretados, prevendo-se para tal, ngulos de sada e livre remoo
das laterais e dos cantos.
No caso em que as superfcies das frmas sejam tratadas com produtos antiaderentes,
destinados a facilitar a desmoldagem, esse tratamento deve ser feito antes da colocao
da armadura. Os produtos empregados no devem exercer nenhuma ao qumica sobre
o concreto fresco ou endurecido nem devem deixar resduos prejudiciais na superfcie.
As frmas devem ser cuidadosamente limpas antes de cada utilizao.
6 TUBOS DE CONCRETO
Os tubos de concreto devem ser produzidos na forma de tubos de seo circular do tipo
ponta e bolsa com junta elstica (figura 1 e tabela 1).

6.1 Dimenses
Os tubos devem apresentar as seguintes dimenses:
- Dimetro Nominal (DN): 600, 1000 e 1200.
- Comprimento til mnimo: 500.
As demais dimenses, como por exemplo, espessura da parede, comprimento e espes-
sura da ponta e bolsa, etc. devem, juntamente com o detalhamento da armadura, fazer
parte do projeto a ser apresentado pelo fabricante para aprovao da fiscalizao, por
ocasio da qualificao do tubo.
Todas as dimenses devem apresentar a uniformidade exigida nesta norma.

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Figura 1 - Dimenses dos tubos

Tabela 1 Dimenses dos tubos


Comprimento m- Espessura mni- Comprimento mnimo da
Dimetro Folga mxima (*)
nimo do tubo (A) ma da parede (D) bolsa (B) do tubo
Nominal (DN) (mm)
(mm) (mm) (mm)
600 60 75 20
1000 500 80 80 20
1200 96 90 25
(*) Distncia entre a superfcie externa da ponta do tubo e a superfcie interna da bolsa do
tubo contguo.

6.2 Acabamento da superfcie


As superfcies externa e interna dos tubos devem ser regulares e homogneas, no de-
vendo apresentar falhas e anomalias significativas.

6.3 Cobrimento da armadura


A armadura inserida no tubo deve apresentar cobrimento mnimo de 20 mm na face ex-
terna e 30 mm na face interna (em contato com o esgoto)

6.4 Anel de borracha


Deve ser fabricado com borracha flexvel com comprimento e espessura compatvel com
as dimenses dos tubos nos quais sero aplicados de forma a garantir a estanqueidade
do conjunto nas condies de ensaio e uso. Os anis devem estar identificados com o
nome do fabricante, dimetro nominal e informao que permita seu rastreamento.

6.5 Desfrma
Enquanto no atingir o endurecimento satisfatrio e resistncia mnima, o concreto deve
ser protegido contra agentes prejudiciais, tais como: mudanas bruscas de temperatura,
secagem prematura, chuva forte, agentes qumicos bem como choque e vibraes que
possam produzir fissurao (s vezes imperceptveis) ou prejudicar a sua aderncia
armadura.

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6.6 Cura
Para evitar o aparecimento de fissuras por secagem indevida e/ou acelerar o endureci-
mento e resistncia do concreto, deve-se adotar um dos tipos de cura relacionados a
seguir:
6.6.1 Cura normal
A proteo contra a secagem prematura deve ser feita, mantendo-se umedecida a super-
fcie ou protegendo-a com uma pelcula impermevel (aprovada pela fiscalizao) duran-
te o tempo necessrio hidratao adequada, levando-se em conta a natureza do cimen-
to e as condies do meio ao qual est exposto o tubo (umidade e temperatura).
6.6.2 Cura acelerada
O endurecimento do concreto pode ser antecipado por meio de tratamento trmico.
No tratamento trmico, a superfcie do concreto deve ser protegida contra a secagem,
mantendo-a umedecida ou protegendo-a com uma camada impermevel, de maneira a
minimizar a perda de gua do concreto em funo da alta temperatura.
O controle do tratamento trmico envolve o tempo de espera entre o fim da concretagem
e o incio da aplicao do calor, a velocidade mxima da elevao da temperatura, a
temperatura mxima, o tempo de aplicao do calor e o esfriamento.
As condies de cada uma dessas fases devem ser criteriosamente estabelecidas atra-
vs de ensaios experimentais, levando-se em conta os tipos de aglomerantes, agregados
e aditivos utilizados, as condies do ambiente externo, o fator gua/cimento, assim co-
mo a resistncia mecnica a ser atingida pelo concreto por ocasio da desmoldagem, do
manuseio e transporte, da montagem e em uso.
Outros processos de cura s devem ser utilizados aps aprovao da fiscalizao, que
para tanto deve basear-se em estudos e testes realizados que comprovem que o proces-
so no prejudicial qualidade final do concreto endurecido.
A utilizao de aditivos aceleradores de pega s deve ser aprovada pela fiscalizao se
atender a normas especficas e comprovadamente os aditivos no prejudicarem a durabi-
lidade do concreto e de sua armadura.

6.7 Retoques
No permitido, em nenhuma fase do processo de fabricao, que os tubos recebam
qualquer tipo de retoque, independentemente de seu objetivo.
Reparos superficiais s sero admitidos nos casos descritos em 7.1

6.8 Identificao
Os tubos devem ser identificados com marcao indelvel que permita seu rastreamento
com as seguintes informaes mnimas:
Nome do fabricante
Dimetro Nominal
Data de fabricao
Numerao de identificao individual
Classe de Resistncia

6.9 Classe de resistncia


Os tubos devem ser fabricados com a classe de resistncia EA2, conforme NBR 8890.

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6.10 Manuseio, Transporte e Armazenamento


O manuseio, transporte e armazenamento de tubos devem ser conforme manual do fa-
bricante.

6.11 Assentamento
O fabricante deve fornecer os procedimentos de assentamento dos tubos. Deve ser tam-
bm consultada a NTS 025, anexos A1, A2, A3 e B.

7 REQUISITOS MNIMOS
Os tubos de concreto, quando de sua fabricao, devem apresentar os requisitos cons-
tantes dos itens abaixo:

7.1 Exame visual


Devem constar as identificaes previstas no item 6.8 desta norma
As superfcies dos tubos de concreto devem apresentar-se lisas e homogneas. So ad-
mitidas bolhas ou furos com dimetro inferior ou igual a 10 mm e com profundidade infe-
rior ou igual a 5 mm.
Somente aps liberao da fiscalizao devem ser reparadas as fissuras superficiais com
dimenses mximas de 10mm de profundidade e 200mm de comprimento, com metodo-
logia e materiais aprovados pela fiscalizao.
Qualquer outra falha no descrita anteriormente ocasionar na reprovao da pea.

7.2 Exame dimensional


Os tubos de concreto devem apresentar as seguintes especificaes:
a) Geometria: Tubo com eixo retilneo e perpendicular aos planos das extremidades.
b) Comprimento til: A diferena mxima em relao ao comprimento declarado de
10mm para menos e 25mm para mais
c) Dimetro interno: No deve diferir em mais que 1% do dimetro nominal.
d) Espessura da parede: No deve diferir em mais que 5% da espessura declarada e
nem ser inferior em mais de 5 mm do valor especificado na tabela 1 desta norma.
Para execuo destas verificaes, deve ser utilizado instrumento de medida confivel e
em bom estado de conservao.

7.3 Absoro de gua pelo concreto


O concreto utilizado na fabricao dos tubos deve apresentar um valor de absoro de
gua mxima de 6%.

7.4 Anel de borracha


O anel de borracha utilizado no tubo deve apresentar as seguintes caractersticas:
a) Resistncia trao: Deve ser superior ou igual a 10,5 MPa,
b) Alongamento de ruptura: Deve ser igual ou superior a 350%,
c) Dureza (Graus Shore A): Deve atender a trs faixas - (45 5); (55 5); (65 5),
d) Deformao permanente compresso: Deve ser igual ou inferior a 25%. Ensaio
realizado a 70C por 22 horas,

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e) Envelhecimento acelerado (em relao ao valor original da mesma amostra): Perda


mxima de tenso trao de ruptura de 15%. Mximo decrscimo no alongamento de
ruptura de 20%. Ensaio realizado a 70C por 70 horas,
f) Absoro de gua: Deve ser igual ou inferior a 10%.

7.5 Permeabilidade do concreto


No deve apresentar vazamentos de qualquer magnitude quando o conjunto for submeti-
do a uma presso de gua de 0,1 MPa durante 30 minutos. Manchas de umidade e gotas
aderentes so aceitas.
No necessria a aplicao de deflexo na realizao deste ensaio.

7.6 Resistncia compresso diametral


A amostra deve atender s resistncias mnimas de trinca e de ruptura estabelecidas na
Tabela A4 da NBR 8890 para tubos classe EA2.

7.7 Cobrimento da armadura


Deve atender a um valor mnimo de 30mm para a face interna e 20mm para a face exter-
na do tubo. permitida uma variao mxima de 3mm para menos e 10mm para mais
em ambas as faces.
Esta verificao deve ser realizada nos trs tubos utilizados no ensaio de compresso
diametral, atravs de ensaios no destrutivos (por exemplo, pacmetro) ou atravs de
cuidadosa escarificao (marreta e ponteiro) at que se descubra a armadura e se possa
medir o cobrimento com trena ou aparelho de medida similar.
Obs. Os ensaios de qualificao e inspeo devem ser realizados com equipamen-
tos e aparelhos calibrados por rgo acreditado pelo INMETRO, sendo que o certi-
ficado de calibrao, com validade vigente, deve ser apresentado ao inspetor.
8 QUALIFICAO DO FABRICANTE
O fabricante do tubo de concreto deve ser qualificado de acordo com as prescries es-
pecificadas nesta Norma. A qualificao deve ser refeita perdendo a anterior sua valida-
de, sempre que ocorrer qualquer mudana de caracterstica da pea, seja de projeto, de
especificao, de dimenses ou quando a Sabesp julgar necessrio para assegurar a
constncia da sua qualidade.
O fabricante deve apresentar a Sabesp, na qualificao, o manual para o transporte, ma-
nuseio, armazenamento e assentamento dos tubos.
O fabricante obriga-se a comunicar Sabesp qualquer alterao no produto, sujeitando-
se a nova qualificao. O fabricante deve manter em arquivo e fornecer Sabesp os cer-
tificados de origem e dos ensaios dos materiais que compem o tubo, inclusive dos met-
licos e elastomricos, conforme normas da ABNT.
O fabricante deve produzir, para a qualificao, um lote composto por 6 tubos de um
mesmo dimetro e comprimento til. Deve ainda disponibilizar 3 anis de borracha de
cada dimetro.
Para a qualificao dos tubos devem ser aplicados os mtodos de ensaio e os requisitos
indicados nas tabelas 2 e 3.

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Tabela 2 Exames de qualificao de tubo pr-moldado de concreto


Partes do tubo N de amostras Critrio Mtodo de ensaio
Exame visual 6/dimetro Conforme 7.1 Conforme 7.1
Exame dimensional 3/dimetro Conforme 7.2 Conforme 7.2

Tabela 3 Mtodos de ensaios e requisitos de qualificao de tubo pr-moldado de concreto


Requisitos N de amostras Critrio Mtodo de ensaio
2/dimetro, extrados da Anexo D
Absoro ponta e bolsa do mesmo Conforme 7.3
tubo. NBR 8890
Resistncia trao 01 Conforme 7.4.a NBR 7462
Alongamento de
01 Conforme 7.4 b NBR 7462
ruptura
Dureza 01 Conforme 7.4.c NBR 7318
Anel de
Borracha Deformao perma-
01 Conforme 7.4.d
nente compresso
Envelhecimento
01 Conforme 7.4.e NBR 6565
acelerado
Absoro de gua 01 Conforme 7.4.f NBR 7531
um par de tubos com o Anexo C
Permeabilidade do concreto anel de borracha instala- Conforme 7.5
do para cada dimetro NBR 8890
Anexo B
Compresso diametral 3/dimetro Conforme 7.6
NBR 8890
3/dimetro (tubos utiliza-
Cobrimento da armadura dos no ensaio de com- Conforme 7.7 Conforme 7.7
presso diametral)

9 INSPEO DE RECEBIMENTO
Para efeito de aceitao tcnica para entrega do pedido de compra, o fornecedor deve
apresentar Sabesp ou a uma empresa que ela designe como sua representante, sua
produo dividida em lotes que sero submetidos a exames e ensaios.
O fabricante deve proporcionar condies que facilitem esta avaliao (iluminao, aces-
so, etc.) alm de manter o padro de qualidade de controle apresentado quando de sua
qualificao, como por exemplo, as boas condies de funcionamento e calibrao dos
equipamentos, aparelhos e ferramentas de avaliao de desempenho de seu produto.
O fabricante deve fazer o controle tecnolgico do concreto e demais materiais utilizados
na produo dos tubos do lote e apresent-los ao inspetor. Caso julgue conveniente, o
comprador pode acompanhar a produo do lote para averiguar a qualidade envolvida
neste processo.

9.1 Formao dos lotes


Para formao dos lotes sero utilizados os critrios abaixo:
a) Os lotes sero formados por at 100 peas de mesmo dimetro e comprimento til,
fabricados num perodo mximo de 15 dias corridos.

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b) Para lotes com quantidade de tubos inferior ou igual a 50, as amostras sero compos-
tas pela metade de exemplares previstos nas tabelas 4 e 5, excetuando o exame visual
que deve abranger 100% do lote. Neste caso a amostra do anel de borracha deve ser
composta por um exemplar.
c) Para lotes com quantidade de tubos de 51 a 99, seguir o mesmo critrio de amostra-
gem do lote de 100 tubos.

9.2 Formao das amostras


As amostras sero compostas pela quantidade de exemplares determinadas nas tabelas
4 e 5. Sempre que possvel devese tomar exemplares de datas de fabricao diferentes
para tornar a amostra mais representativa do lote.

Tabela 4 Exames de Inspeo de tubo pr-moldado de concreto


Partes do tubo N de amostras Critrio Mtodo de ensaio
Exame visual 100% do lote Conforme 7.1 Conforme 7.1
Exame dimensional 4/lote Conforme 7.2 Conforme 7.2

Tabela 5 Mtodos de ensaios e requisitos de Inspeo de tubo pr-moldado de concreto


Requisitos N de amostras Critrio Mtodo de ensaio
4/lote, extradas da ponta Anexo D
Absoro de gua pelo concreto Conforme 7.3
e bolsa de cada tubo NBR 8890
Resistncia trao 01/lote Conforme 7.4.a NBR 7462
Alongamento de
01/lote Conforme 7.4.b NBR 7462
ruptura
Dureza 01/lote Conforme 7.4.c NBR 7318
Anel de
Borracha Deformao perma-
01/lote Conforme 7.4.d
nente compresso
Envelhecimento
01/lote Conforme 7.4.e NBR 6565
acelerado
Absoro de gua 01/lote Conforme 7.4.f NBR 7531
um par de tubos com o Anexo C
Permeabilidade do concreto anel de borracha instala- Conforme 7.5
do/lote NBR 8890
Anexo B
Compresso diametral 2/lote Conforme 7.6
NBR 8890
2/lote (tubos utilizados no
Cobrimento da armadura ensaio de compresso Conforme 7.7 Conforme 7.7.
diametral)

9.3 Aceitao e rejeio


- A qualificao ser fornecida automaticamente caso todos os exemplares atendam ao
especificado nas tabelas 2 e 3 desta norma
- A inspeo de recebimento ser aprovada caso todos os exemplares atendam ao es-
pecificado nas tabelas 4 e 5 desta norma.
- Tanto para a qualificao como para a inspeo de recebimento o lote ser aceito de
maneira no automtica quando:
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- No exame visual, se houver exemplares rejeitados em no mximo 20% do lote, este


poder ser aceito desde que seja aprovado em todos os demais requisitos e os exempla-
res rejeitados sejam retiradas do lote. Caso o nmero de exemplares rejeitados seja su-
perior a 20%, o lote ser reprovado.
- Para todos os outros requisitos, caso qualquer exemplar no atenda ao especificado
nesta norma, devese repetir aquele ensaio (exame) com uma nova amostra composta
pelo dobro de exemplares. Neste caso o lote s ser aprovado, ou a empresa qualificada,
se todos os exemplares atenderem aos valores especificados.

Tubos Pr-Moldados de Concreto para Poos de Visita e de Inspeo

Consideraes finais:

1) Esta norma tcnica, como qualquer outra, um documento dinmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessrio. Sugestes e comentrios devem ser
enviados Assessoria para Desenvolvimento Tecnolgico - TVV.
2) Tomaram parte na elaborao da reviso desta Norma:

REA UNIDADE DE NOME


TRABALHO
C CSQ Alfredo de Figueiredo
M MEE Giovanni Bloise
R RSE Luiz Ricardo Negri
T TJJ Isabel Cristina Nrio Manfr
T TVV Marco Aurlio Lima Barbosa
T TVV Reinaldo Putvinskis

08/05/2006 11
NTS 044: 2006 rev. 2 Norma Tcnica SABESP

Sabesp - Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So Paulo


Diretoria de Tecnologia e Planejamento T
Departamento para Desenvolvimento Tecnolgico - TVV

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900


So Paulo - SP - Brasil
Telefone: (011) 3388-8091 / FAX: (011) 3814-6323
E-MAIL : [email protected]

- Palavras-chave: Tubos, pr-moldados, poos de visita, concreto

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