NR 10
NR 10
NR 10
NR-
NR-10 Comentada
Norma Regulamentadora No 10
Segurana em instalaes e
servios em eletricidade
ISBN 978-85-910927-0-3
CDU - 34:331.823:621.3(81)(094)
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SUMRIO
Junho de 2010
Joo Gilberto Cunha
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10.1 - OBJETIVO E CAMPO DE APLICAO
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possa incrementar significativamente o risco eltrico ou outros
riscos adicionais.
Como as suas congneres estrangeiras, no caso das
instalaes eltricas, a NR-10 limita-se a estabelecer alguns prin-
cpios gerais de segurana ou complementares s normas tcni-
cas brasileiras (normas da ABNT) especficas, deixando para
norma tcnica as prescries especficas de instalaes eltri-
cas. As normas tcnicas de instalaes eltricas brasileiras so:
a) NBR 5410 - Instalaes eltricas de baixa tenso;
b) NBR 14039 - Instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 kV
a 36,2 kV;
c) NBR 5418 - Instalaes eltricas em atmosferas explosivas;
d) NBR 13534 - Instalaes eltricas em estabelecimentos assis-
tenciais de sade - Requisitos para segurana;
e) NBR 13570 - Instalaes eltricas em locais de afluncia de
pblico - Requisitos especficos;
f) NBR 14639 - Posto de servio - Instalaes eltricas.
No caso dos servios em eletricidade, tambm a exem-
plo de suas congneres estrangeiras, a Norma Regulamentadora
apresenta um maior volume de prescries e procedimentos,
como por exemplo:
a) segurana em instalaes eltricas desenergizadas;
b) segurana em instalaes eltricas energizadas;
c) trabalhos envolvendo alta tenso;
d) segurana na construo, montagem, operao e manuten-
o;
e) habilitao, qualificao, capacitao e autorizao dos traba-
lhadores.
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etapas de projeto, construo, montagem, opera-
o, manuteno das instalaes eltricas e
quaisquer trabalhos realizados nas suas proximi-
dades, observando-se as normas tcnicas oficiais
estabelecidas pelos rgos competentes e, na
ausncia ou omisso destas, as normas interna-
cionais cabveis.
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caso, a instalao estar com um grau de compatibilidade grande
com a norma brasileira elaborada.
No se pode dizer que a NR-10 obriga o uso da norma
tcnica, mas que a NR-10 considera a norma tcnica como o
critrio mais adequado para definir o dano que aceitvel e o
dano que no aceitvel, ou seja, os requisitos prescritos nas
normas tcnica devem ser usados como critrio de garantia da
segurana.
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10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE
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Na aplicao das medidas de controle do risco eltrico
deve se considerar que existe entre elas uma hierarquia e em
grande parte dos casos uma nica medida no suficiente, ou
seja, deve ser adotado um conjunto de medidas, que se comple-
mentam, para assegurar a segurana e sade do trabalhador.
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cuitos, etc. Para que seja assegurada a segurana dos trabalha-
dores na operao dos dispositivos de proteo contra curto-
circuito, a capacidade de interrupo deve ser superior ao valor
da corrente de curto-circuito presumido no ponto de instalao do
equipamento.
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O item 10.11.1 da NR-10 diz: os servios em instala-
es eltricas devem ser planejados e realizados em conformida-
de com procedimentos de trabalho especficos, padronizados,
com descrio detalhada de cada tarefa, passo a passo, assina-
dos por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8
desta NR. A estrutura mnima do documento definida no item
10.11.3: os procedimentos de trabalho devem conter, no mni-
mo, objetivo, campo de aplicao, base tcnica, competncias e
responsabilidades, disposies gerais, medidas de controle e
orientaes finais. Vale salientar que este documento deve ser
elaborado com a participao do SESMT ou CIPA, e assinado
por profissional habilitado. Outro aspecto importante que o pro-
cedimento tcnico no mais separado do procedimento de se-
gurana. Agora, um nico documento deve conter os dois aspec-
tos do trabalho.
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d) todas as construes acrescentadas posteriormente estrutu-
ra da instalao original devem ser integradas no volume a prote-
ger, mediante ligao ao SPDA ou ampliao deste;
e) a resistncia pode tambm ser calculada a partir da estratifica-
o do solo e com uso de um programa adequado. Neste caso
fica dispensada a medio da resistncia de aterramento.
A periodicidade das inspees nos SPDA's definido no
captulo 6 da norma tcnica NBR 5419 (Proteo de estruturas
contra descargas atmosfricas). O texto diz: Uma inspeo visu-
al do SPDA deve ser efetuada anualmente. Tambm prescrito
que, inspees completas devem ser efetuadas periodicamente,
em intervalos de:
1) cinco anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, co-
merciais, administrativos, agrcolas ou industriais, excetuando-se
reas classificadas com risco de incndio ou exploso;
2) trs anos, para estruturas destinadas a grandes concentraes
pblicas (por exemplo: hospitais, escolas, teatros, cinemas, est-
dios de esporte, centros comerciais e pavilhes), indstrias con-
tendo reas com risco de exploso conforme NBR 9518, e dep-
sitos de material inflamvel; e
3) um ano, para estruturas contendo munio ou explosivos, ou
em locais expostos corroso atmosfrica severa (regies litor-
neas, ambientes industriais com atmosfera agressiva etc.).
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atividade. Nas empresas desobrigadas de constituir Cipa, cabe
ao designado, mediante orientao de profissional tecnicamente
habilitado, recomendar o EPI adequado proteo do trabalha-
dor.
A NR-10 determina no item 10.2.9.1 que, quando as me-
didas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou insufi-
cientes para controlar os riscos nos trabalhos em instalaes
eltricas, devem ser adotados equipamentos de proteo indivi-
duais especficos e adequados s atividades desenvolvidas, a-
tendendo NR-6. Logo, deve-se fazer uma anlise de risco para
cada atividade, a fim de verificar se existe uma medida de prote-
o coletiva tecnicamente vivel, ou se a medida de proteo
coletiva, caso exista, suficiente para controlar os riscos. Se o
risco permanecer, deve-se especificar um EPI adequado. Os do-
cumentos relativos anlise de risco e especificao do EPI
devem fazer parte do pronturio.
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d) cpia do certificado de concluso, com aproveitamento satisfa-
trio, do(s) curso(s) de treinamento de segurana e tambm o
documento de autorizao para trabalhadores que executam ser-
vios nas instalaes eltricas da empresa.
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dos de conformidade emitidos por OCC Organismo de Certifi-
cao Credenciado.
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A inspeo deve ser a primeira atividade feita na empre-
sa no programa de adequao NR-10. Tambm deve ser reali-
zada periodicamente para garantir a manuteno da adequao.
A periodicidade da inspeo no est estabelecida na NR-10,
pois depende da complexidade das instalaes e dos servios
em eletricidade executados na empresa. A periodicidade deve
ser estabelecida para cada empresa pelo SESMT ou pela Cipa.
Na falta destes, pelo responsvel designado pela empresa para
organizar e manter o pronturio, mediante orientao de profis-
sional tecnicamente habilitado.
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de emergncias. Este procedimento deve ser revisto sempre que
houver introduo de novos equipamentos ou servios.
O procedimento de emergncia deve ser elaborado con-
forme as atividades e caractersticas de cada empresa, e deve
atender, quando aplicveis, aos seguintes objetivos:
a) garantir fornecimento da informao, meios de comunicao
interna e coordenao necessria a todas as pessoas em situa-
es de emergncia no local de trabalho;
b) assegurar a informao e a comunicao com as autoridades
competentes, vizinhana e servios de interveno em situaes
de emergncia;
c) oferecer servios de primeiros socorros e assistncia mdica,
de extino de incndios e de evacuao a todas as pessoas que
se encontrem no local de trabalho; e
d) oferecer informao e formao pertinente a todos os mem-
bros da empresa, em todos os nveis, incluindo exerccios peri-
dicos de preveno em situaes de emergncia, preparao e
mtodos de resposta.
Esses procedimentos devem ser integrados aos demais
sistemas de gesto da empresa, no mbito da preservao da
segurana, da sade e do meio ambiente do trabalho.
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Os EPIs e EPCs devem garantir perfeita funcionalidade
eltrica e mecnica, com isolao adequada para execuo das
tarefas sem riscos de choque eltrico. As empresas fabricantes
devem realizar testes de isolao nesses equipamentos.
Muitas vezes, devido s solicitaes dos servios e ao
manuseio e acondicionamento no-apropriados, os EPCs aca-
bam perdendo a segura funcionalidade. Por esse motivo, ne-
cessrio que as empresas submetam os equipamentos a testes
de integridade, sempre que suspeitarem de algum dano que pos-
sa comprometer o bom funcionamento. Periodicamente, as em-
presas devem documentar esses procedimentos por meio de
arquivo de certificados de integridade dos equipamentos, emiti-
dos pela empresa que realizou os testes.
A periodicidade dos ensaios executados nos EPIs e
EPCs deve obedecer, em primeiro lugar, s determinaes da
norma tcnica do equipamento; a seguir, da especificao do
fabricante ou do trabalhador legalmente habilitado e autorizado.
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A NR-10 determina ainda que este Pronturio deva per-
manecer disposio das autoridades competentes e dos traba-
lhadores envolvidos nas instalaes e servios em eletricidade.
Considerando ainda que o item 10.14.4 determina que documen-
tao prevista na NR-10, isto inclui o Pronturio, deve estar per-
manentemente disposio dos trabalhadores que atuam em
servios e instalaes eltricas, respeitadas as abrangncias,
limitaes e interferncias nas tarefas.
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va aplicveis, mediante procedimentos, s ativida-
des a serem desenvolvidas, de forma a garantir a
segurana e a sade dos trabalhadores.
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Neste item a NR-10 definiu que dentre todas as medidas
de proteo coletivas duas so prioritrias, nesta ordem: a dese-
nergizao e a tenso de segurana.
Com isso a NR-10 estabeleceu que os servios em insta-
laes eltricas devem ser feitos prioritariamente com as instala-
es desenergizadas, isto , sempre que os servios puderem
ser realizados com as instalaes desenerzadas devem ser feitos
nesta condio. Evidentemente que em alguns caso os trabalhos
s podem ser realizados com as instalaes eltricas energiza-
das, por isso, a norma definiu que o servio em instalaes eltri-
cas desenergizada prioritrio e no obrigatrio.
Em segundo lugar, na escala das prioridades das medi-
das de proteo coletivas, est a tenso de segurana. Esta me-
dida s aplicvel quando as instalaes que estiverem sofrendo
a interveno forem alimentadas com tenso de segurana.
Quando a instalao no for alimentada em tenso de segurana
esta medida de proteo aplicvel para alimentao de equipa-
mentos e instrumentos que so utilizados para a realizao dos
trabalhos.
A desenergizao, estabelecida com prioritria pela NR-
10 no item 10.2.8.2, aquela com o procedimento estabelecido
no item 10.5.1, isto , somente sero consideradas desenergiza-
das as instalaes eltricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida a seqncia abaixo:
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergizao;
c) constatao da ausncia de tenso;
d) instalao de aterramento temporrio com eqipotencializao
dos condutores dos circuitos;
e) proteo dos elementos energizados existentes na zona con-
trolada (Anexo I); e
f) instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao.
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A tenso de segurana definida no glossrio como ex-
tra-baixa tenso originada em uma fonte de segurana. A extra-
baixa tenso, que est definida na NBR 5410 na seo 5.1.2.5,
a tenso que no provoca em uma pessoa um choque eltrico
perigoso, isto , que leva a pessoa fibrilao cardaca. A fonte
de segurana definida na NBR 5410 na seo 5.1.2.5.3.
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de at 1000 V em corrente alternada e 1500 V em corrente cont-
nua as prescries esto especificadas na NBR 5410 Instala-
es eltricas de baixa tenso. Para uma instalao com tenso
nominal superior a 1000 V at 36200 V, em corrente alternada,
as prescries esto especificadas na NBR 14039 Instalaes
eltricas de mdia tenso de 1,0 kV a 36,2 kV. A tabela 1 apre-
senta as medidas de proteo e os itens das normas que apre-
sentam as prescries.
Eqipotencializao e secciona-
5.1.2.2 5.1.2
mento automtico da alimentao
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sncia desta, deve atender s Normas Internacio-
nais vigentes.
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mente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conserva-
o e funcionamento, nas seguintes circunstncias:
a) sempre que as medidas de proteo coletiva forem tecnica-
mente inviveis ou no oferecerem completa proteo contra os
riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenas profissionais e
do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo
implantadas;
c) para atender a situaes de emergncia.
Pode-se concluir que em condies normais, fora das
situaes de emergncias, os EPI's so medidas complementa-
res ou adicionais s medidas de proteo coletiva, logo o EPI
nunca pode ser adotado como primeira opo de medida de se-
gurana. A filosofia de proteo dos trabalhadores e a legislao
priorizam a eliminao do risco e no a minimizao dos danos.
A especificao do EPI que o trabalhador deve usar em
cada atividade no apresentada em nenhuma norma regula-
mentadora, mas deve ser feita pelos responsveis definidos na
NR-6 e NR-10, necessariamente a partir de uma anlise dos peri-
gos e riscos envolvidos em cada atividade.
Compete ao Servio Especializado em Engenharia de
Segurana e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comisso
Interna de Preveno de Acidentes - CIPA, nas empresas deso-
brigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade. Nas em-
presas desobrigadas de constituir o SESMT ou a CIPA, cabe ao
designado, mediante orientao de profissional tecnicamente
habilitado, recomendar o EPI adequado proteo do trabalha-
dor.
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condutibilidade, inflamabilidade e influncias ele-
tromagnticas.
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crio tenha uma maior eficcia, a empresa deve definir, em pro-
cedimentos especficos, o que so considerados adornos e quais
so os adornos que esto proibidos.
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10.3 - SEGURANA EM PROJETOS
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Uma das medidas de proteo coletivas que foi introduzi-
da pela NR-10 como obrigatria nos projetos das instalaes
eltricas dos locais de trabalhos o uso de dispositivos de sec-
cionamento de circuitos que, na medida do possvel, devem ser
de ao simultnea, ou seja, multipolares, que possuam recursos
para impedimento de reenergizao. Esta medida tem o objetivo
facilitar a operao de desenergizao da instalao, conforme o
procedimento estabelecido no item 10.5.1. Esta prescrio deve
ser atendida tanto para instalaes de baixa tenso quanto para
as instalaes de alta tenso (acima de 1000 v).
Para as instalaes de baixa tenso a NBR 5410 apre-
senta na seo 6.3.7.2, que trata dos dispositivos de secciona-
mento, os requisitos necessrios para os dispositivos sejam con-
siderados adequados para realizar a funo de seccionamento.
Para as instalaes de alta tenso at 36,2 kV a NBR
14039 apresenta na seo 6.3.6.1, que trata dos dispositivos de
seccionamento, os requisitos necessrios para os dispositivos
sejam considerados adequados para realizar a funo de seccio-
namento.
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o e reparos.
O projeto de instalaes eltricas deve considerar o es-
pao seguro, dispondo os componentes da instalao eltrica de
modo a permitir espao suficiente tanto para a instalao inicial
quanto para a substituio posterior de partes, bem como acessi-
bilidade para fins de operao, verificao, manuteno e repa-
ros. Este espao deve considerar a dimenso e a localizao dos
componentes e ainda as influncias externas a que eles esto
submetidos, quando da operao e da realizao de servios de
construo e manuteno. A norma NBR 14039 prescreve para
as instalaes de mdia tenso dimenses mnimas para os lo-
cais onde h circulao de pessoas.
Devem ser considerados tambm os espaos seguros
para que sejam, ainda na fase de projetos, minizados os riscos
de choque eltrico e de queimadura por arco eltrico, que o tra-
balhador estar exposto nas tarefas de manuteno.
No caso dos riscos de choque eltrico, o projetista deve
considerar os espaos necessrios para que os trabalhadores
possam realizar as tarefas na zona livre, isto permite que os tra-
balhos possam ser executados com as instalaes desenergiza-
das.
No caso da queimadura por arco eltrico, o projeto deve
considerar espaos suficientes, quando possvel, para que os
trabalhadores possam realizar suas tarefas a uma distncia se-
gura, isto , a uma distncia onde o risco do arco eltrico esteja
controlado.
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senvolvimento tecnolgico permitir compartilha-
mento, respeitadas as definies de projetos.
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durante os trabalhos de manuteno e previne o uso de solues
improvisadas, que em muitas situaes podem ser inadequadas.
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as autorizadas pela empresa e deve ser mantido
atualizado.
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10.3.8 O projeto eltrico deve atender ao que dis-
pem as Normas Regulamentadoras de Sade e
Segurana no Trabalho, as regulamentaes tc-
nicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por
profissional legalmente habilitado.
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I - multa;
II - apreenso do produto;
Ill - inutilizao do produto;
IV - cassao do registro do produto junto ao rgo competente;
V - proibio de fabricao do produto;
VI - suspenso de fornecimento de produtos ou servios;
VII - suspenso temporria de atividade;
VIII - revogao de concesso ou permisso de uso;
IX - cassao de licena do estabelecimento ou de atividade;
X - interdio, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de
atividade;
XI - interveno administrativa;
XII - imposio de contrapropaganda.
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No projeto das instalaes eltricas devero ser conside-
radas as medidas de proteo para garantir a segurana estabe-
lecida no captulo 5 das normas de instalaes eltricas, tanto na
NBR 5410 quanto na NBR 14039.
No memorial devem conter uma descrio das solues
adotadas na proteo contra os riscos de choques eltricos, quei-
maduras e outros riscos adicionais. Por exemplo, no caso das
medidas de proteo contra choques eltricos necessrio que o
projetista descreva quais as medidas foram adotadas para prote-
o: contra contatos diretos e contra contatos indiretos, quais as
influncias externas foram usadas na seleo das medidas de
proteo (as influncias externas relevantes para a proteo con-
tra choques eltricos esto nas tabelas 18 e 19 da NBR 5410 e
nas tabelas 12 e 13 da NBR 14039) e como so aplicadas estas
medidas.
Estas informaes sero muito teis para os servios de
manuteno quando, durante a vida da instalao, algum par-
metro for alterado e com isto a medida relacionada a este par-
mentro perder a eficcia.
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vos de manobra, de controle, de proteo, de in-
tertravamento, dos condutores e os prprios equi-
pamentos e estruturas, definindo como tais indica-
es devem ser aplicadas fisicamente nos compo-
nentes das instalaes;
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zados de forma clara e visvel por meio de indicaes apropria-
das.
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a) a primeira letra indica a categoria geral da influncia externa:
A = meio ambiente;
B = utilizao;
C = construo das edificaes;
b) a segunda letra (A, B, C, ...) indica a natureza da influncia
externa;
c) o nmero (1, 2, 3, ...) indica a classe de cada influncia exter-
na.
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O princpio de funcionamento dos dispositivos de prote-
o deve ser explicitado no memorial descritivo. Este aspecto
de fundamental importncia, porque explicita a soluo adotada
pelo projetista para implementar as medidas de proteo para
garantir a segurana dos trabalhadores. Um exemplo disto o
seccionamento automtico da alimentao. A NBR 5410 estabe-
lece no item 5.1.2.2.4.2 que trata da aplicao desta medida no
esquema TN e alnea e que podem ser usados os seguintes dis-
positivos de proteo:
a) dispositivos de proteo a sobrecorrente (disjuntores e fus-
veis) ou
b) dispositivos de proteo a corrente diferencial-residual
(dispositivos DR).
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10.3.10 Os projetos devem assegurar que as ins-
talaes proporcionem aos trabalhadores ilumina-
o adequada e uma posio de trabalho segura,
de acordo com a NR 17 - Ergonomia.
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10.4 - SEGURANA NA CONSTRUO, MONTAGEM,
OPERAO E MANUTENO
A NR-10 define na seo 10.5 os requisitos e condies
mnimas de segurana das instalaes e dos servios realizados
nas atividades de construo, montagem, operao, reformas,
ampliao, reparos e inspeo das instalaes eltricas.
A NR-10 apresentou requisitos de segurana genricos
para as instalaes, deixando para as normas tcnicas a defini-
o de requisitos mais especficos e detalhados, uma vez que a
NR-10 se aplica observando as normas tcnicas, como determi-
nado no item 10.1.2.
No caso dos servios, a NR-10 apresentou requisitos
para serem para serem usados como fundamentos nos procedi-
mentos de trabalho.
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eira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-
se a sinalizao de segurana.
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Finalmente a NR-10 determina que se deve sinalizar a
existncia do risco, adotando-se a sinalizao de segurana.
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A IEC-61010-1 classifica os instrumentos em quatro ca-
tegorias de sobretenso. Esta classificao est coerente com a
classificao estabelecida na seo 5.4 da NBR 5410, e basea-
da na localizao do componente da instalao onde est ocor-
rendo a interveno em relao fonte de energia eltrica. De
acordo com esta a classificao quanto mais prximo fonte de
alimentao mais exigente so as protees e maior o nvel. A
IEC 61010 classifica os instrumentos em categorias: I, II, III e IV.
Estas categorias podem ser assim compreendidas:
A Categoria IV para os instrumentos de uso na entrada
de energia eltrica da instalao. Nesta categoria os ins-
trumentos devem suportar os nveis de sobretenso espe-
rados nas redes pblicas areas ou subterrneas de distri-
buio de energia eltrica.
A Categoria III para os instrumentos usados nos circuitos
de distribuio e circuitos terminais, internos da instalao.
Nesta categoria os instrumentos devem suportar os nveis
de sobretenso esperados nos circuitos de distribuio,
quadros, painis e circuitos terminais das instalaes inter-
nas.
A Categoria II para os instrumentos usados nos traba-
lhos em equipamentos de utilizao. Nesta categoria os
instrumentos devem suportar os nveis de sobretenso
esperados nos equipamentos. De acordo com a NBR 5410
estes circuitos, em grande parte dos casos, esto inclusive
protegidos por dispositivos de proteo contra surtos
(DPS).
A Categoria I para os instrumentos usados na medio
de linhas de sinais, de telecomunicaes, em equipamen-
tos eletrnicos etc. Estes circuitos esto sempre protegi-
dos por dispositivos de proteo contra surtos (DPS).
Como pode ser visto, na escolha do instrumento adequa-
do para os servios em instalao eltrica de fundamental im-
portncia o conhecimento da instalao. Neste aspecto tambm
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a correta aplicao da NR-10 feita com base nas normas tcni-
cas, neste caso particular, a NBR 5410.
Tenso de
Tenso de Tenso
Classe Cor Perfurao
Uso (v) de Ensaio (v)
(v)
00 bege 500 2.500 5.000
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em particular o valor da tenso do circuito em que est sendo
realizado o trabalho ou que existe nas proximidades. Para isto as
luvas so fabricadas em vrios nveis de isolamento. O nvel de
isolamente adequado de extrema importncia para garantir a
segurana do trabalhador durante os trabalhos, como determina
a NR-10.
A luva por ser um EPI deve ser de uso individual, ou se-
ja, cada trabalhador deve ter a sua luva prpria, s assim alm
de se garantir a segurana do trabalhador pode se tambm ga-
rantir a sade, evitando a transmisso de doenas de pele pelo
uso compartilhado das luvas. Para permitir o seu uso correto e
confortvel, as luvas so fabricadas em vrios tamanhos.
Para permitir o seu uso as luvas devem estar em perfei-
tas condies e serem acondicionadas locais prprios. As luvas
devem ser submetidas a inspees peridicas para garantir a
suas caractersticas protetoras. Isto inclui uma vistoria para deter-
minar se est isenta de furos ou rasgos e periodicamente devem
ensaiadas quanto ao seu isolamento. A periodicidade dos ensai-
os deve ser determinada em procedimentos prprios da empre-
sa, considerando a legislao existente e a freqncia de uso
pelos trabalhadores. Por exemplo, uma luva de uso contnuo de-
veria ser vistoriada pelo trabalhador para garantir que no exis-
tem furos ou rasgos diariamente. Caso estejam furadas, mesmo
que sejam microfuros, ou rasgadas, com deformidades ou des-
gastes intensos, ou ainda, no passem no ensaio eltrico, devem
ser rejeitadas e substitudas. Para realizao dos ensaios so
disponveis no mercado aparelhos especficos que insuflam es-
sas luvas (infladores de luvas) e equipamentos que medem seu
isolamento.
No Brasil as luvas devem ser fabricadas e comercializa-
das segundo a norma brasileira NBR 10622. A tabela 2 apresen-
ta as caractersticas eltricas das luvas de acordo com a
NBR 10622. Estas luvas so fabricadas em seis classes: 00, 0, 1,
2, 3, 4 de acordo com a classe de isolamento.
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Na seleo da luva o usurio deve considerar a tenso
de uso, apresentada na tabela 2. As colunas referentes tenso
de ensaio e tenso de perfurao, devero ser consideradas pelo
fabricante da luva durante a realizao dos ensaios.
A luva adequada deve ser selecionada em funo da
tenso de uso, ou seja, a tenso de uso da luva deve ser maior
ou igual ao valor da tenso existente nos circuitos que o trabalha-
dor est executando ou servios ou existente nas suas proximi-
dades, isto , na zona controlada. Para baixa tenso, por exem-
plo, pode ser selecionado as luvas classe 0 ou 00, de acordo
com a tenso existente nas instalao.
As luvas isolantes quando usadas diretamente em conta-
to com as ferramentas e outros componentes das instalaes
eltricas podem perfurar ou cortar. Devido a isto recomendvel
o uso de luvas de cobertura sobreposta s luvas isolantes. As
luvas de cobertura tm a funo de proteger as luvas de isolan-
tes contra perfuraes e cortes originados de pontos perfurantes,
abrasivos e escoriantes e so fabricadas em pelica ou vaqueta.
Para concluir, preciso lembrar que o uso de luvas iso-
lantes para servios em instalaes energizadas, inclusive, de
baixa tenso a medida de controle adequada para garantir a
segurana e a sade do trabalhador, uma vez que, neste caso,
todas as medidas de proteo coletiva para evitar o choque el-
trico foram retiradas para permitir o trabalho.
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Manter as instalaes eltricas em condies seguras de
funcionamento uma condio fundamental para garantir a se-
gurana dos trabalhadores e usurios destas instalaes. Como
segurana a ausncia de risco inaceitvel de dano, quando
muda o critrio de aceitabilidade de dano, ou seja, os regulamen-
tos tcnicos e as normas tcnicas, as instalaes eltricas dei-
xam de ser consideradas como seguras. Logo, manter as instala-
es em condies seguras no se limita a manter o estado de
conservao destas instalaes, mas implica, inclusive, em atua-
lizar as condies de segurana sempre que as normas ou regu-
lamentos forem alterados. A forma de garantir que as instalaes
eltricas esto em condies seguras a avaliao de conformi-
dade com as normas e os regulamentos, logo para isto neces-
srio que os sistemas de proteo sejam inspecionados periodi-
camente, uma vez que a inspeo um mecanismo de avaliao
de conformidade.
A inspeo definida como um exame de um projeto de
produto, processo ou instalao e determinao de sua conformi-
dade com requisitos especficos ou, com base no julgamento
profissional, com requisitos gerais.
51
mitir que ele disponha dos membros superiores
livres para a realizao das tarefas.
52
NR-10 para esta atividade, como o curso complementar para os
trabalhos em alta tenso.
53
10.5 - SEGURANA EM INSTALAES ELTRICAS
DESENERGIZADAS
54
com dispositivos adequados, se os dispositivos de seccionamen-
to no tiverem a capacidade de interromper a corrente de carga.
Em qualquer situao, sempre, antes de iniciar os trabalhos de
desenergizao da instalao eltrica o responsvel pela tarefa
de desergizao deve identificar com preciso a zona de trabalho
e os elementos da instalao em que iro realizar os trabalhos e
deve transmitir esta informao com clareza ao supervisor dos
trabalhos (conforme determina o item 10.11.6 da NR-10) e a to-
dos os trabalhadores envolvidos na interveno da instalao
desenergizada.
Estas tarefas so muito importantes para garantir a se-
gurana de todos os envolvidos na operao e das pessoas que
esto no entorno da zona de trabalho e, ainda, faz parte do pla-
nejamento do trabalho determinado no item 10.11.7 da NR-10.
Como a tarefa de desenergizao de uma instalao
energizada considerada pelo item 10.5.4 da NR-10 como um
trabalho em instalaes energizadas, por que h possibilidade de
energizao por qualquer meio ou razo, todos os trabalhadores
que executam a tarefa de desenergizar a instalao devem ser
autorizados a trabalhar com instalaes eltricas energizadas, de
acordo com o captulo 10.8 da NR-10. Portanto, enquanto no
forem executadas todas as medidas determinadas no item 10.5.1
a instalao no considerada desenergizada e sim desligada, e
tratada, para fins de segurana, como instalao energizada.
a) seccionamento;
55
to, que a distncia de isolamento entre os contatos abertos de
um dispositivo de manobra mecnico, que satisfaz os requisitos
de segurana especificados. A distncia de separao suficiente
para garantir eletricamente o isolamento necessrio depende do
meio em que se realiza o seccionamento que pode ser ar ou ou-
tro meio isolante.
As normas de instalaes eltricas especificam os requi-
sitos necessrios que um dispositivo seccionador deve atender
para garantir a segurana dos trabalhadores. Para as instalaes
de baixa tenso a NBR 5410 as prescries relativas ao dispositi-
vos de seccionamento esto na seo 6.3.7.2. No caso das insta-
laes de alta tenso at 36,2kV a NBR 14039 apresenta as
prescries na seo 6.3.6.1. Nos dois casos, instalaes de
baixa e alta tenso, as respectivas norma prescrevem que o sec-
cionamento de circuito eltrico deve ser realizado com o uso de
seccionadores, interruptores-seccionadores, disjuntores, remo-
o de fusveis ou extrao dos disjuntores.
b) impedimento de reenergizao;
56
a) O bloqueio mecnico consiste em imobilizar o comando do
equipamento por meio de cadeados, fechaduras, etc.
b) O bloqueio eltrico consiste em impedir o funcionamento do
equipamento por meio da abertura de um circuito de comando e
acionamento eltrico.
c) O bloqueio pneumtico consiste em impedir o acionamento do
equipamento atuando sobre a alimentao de ar comprimido.
d) O bloqueio fsico consiste em colocar entre os contatos do
equipamento um elemento isolante que impea fisicamente o
fechamento destes contatos. O elemento isolante deve ter carac-
tersticas adequadas: eltricas e dimensionais, devendo ser
construdo especificamente para este fim.
Tambm pode ser considerado bloqueio mecnico o ob-
tido por equipamentos extraveis quando, depois de extrados,
so retirados do seu cubculo e estes so fechados por um meio
seguro.
57
A verificao de ausncia de tenso deve ser realizada
imediatamente antes de se efetuar a instalao de aterramento
temporrio com eqipotencializao dos condutores dos circui-
tos, e no lugar onde se vo efetuar estas operaes, a fim de
reduzir ao mnimo a possibilidade de que uma fonte se conecte
acidentalmente instalao por erro ou acidente no intervalo de
tempo entre a verificao de tenso e a instalao de aterramen-
to temporrio com eqipotencializao dos condutores dos circui-
tos.
No caso de alta tenso, o correto funcionamento dos
dispositivos de verificao de tenso deve ser comprovado antes
e depois da verificao. Esta comprovao pode ser feita:
a) tocando o detector em uma parte da instalao, que
se tem certeza que est em tenso, onde o detector deve atuar,
b) empregando um dispositivo de comprovao que gera
uma mdia tenso. Ao tocar o detector, este deve atuar. Alguns
tipos de detectores, por exemplo, os pticos de duas lmpadas e
os ptico-acsticos levam j incorporado um dispositivo de com-
provao, so, pois autocomprovantes. Estes verificadores de
ausncia de tenso somente detectam tenses de carter alter-
nado. Por tanto, no detectam tenses de carter contnuo, que,
podem estar armazenada nos capacitores, cabos e linhas a-
reas. Os problemas de segurana devido energia, em carter
contnua, armazenada, so resolvidos pela instalao de aterra-
mento temporrio com eqipotencializao dos condutores dos
circuitos.
Durante os ensaios de verificao de ausncia de ten-
so, por razes de segurana, deve-se considerar que todo con-
dutor ou equipamento est com tenso, enquanto no se de-
monstre o contrrio. Portanto, devem ser tomadas as seguintes
precaues:
a) usar todos os equipamentos de protees adequados,
b) manter as distncias de segurana,
58
c) comprovar a ausncia de tenso em todos os condutores e
equipamentos.
Os equipamentos para comprovar a ausncia de tenso,
denominam-se detectores, ou verificadores de ausncia de ten-
so. Para escolher um detector devem-se considerar os seguin-
tes aspectos:
a) o detector pode ser de contato ou proximidade,
b) pode emitir um sinal luminoso, acstico ou ambos,
c) cada detector tem um campo de utilizao definida por uma
tenso inferior e uma superior (por exemplo, 6 kV a 25 kV, 25 kV
a 110 kV etc.) fora do qual no deve ser utilizado e
d) para uso interno ou externo.
59
c) eqipotencializado quando esto curtocircuitados e
aterrados.
Partes das instalaes eltricas onde se vai trabalhar
devem ser eqipotencializadas e aterradas, segundo o item
10.5.1 d) da NR-10, nas seguintes condies:
a) nas instalaes de alta tenso ou
b) nas instalaes de baixa tenso que, por induo ou por ou-
tras razes, podem ser colocados acidentalmente sob tenso.
Nas instalaes de alta tenso (tenso nominal superior
a 1000 V) o aterramento temporrio com eqipotencializao dos
condutores dos circuitos antes de se iniciar os trabalhos sem-
pre obrigatrio. Para facilitar esta tarefa o item 10.3.5 da NR-10
determina que sempre que for tecnicamente vivel e necessrio,
devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incor-
porem recursos fixos de eqipotencializao e aterramento do
circuito seccionado. Quando os dispositivos de seccionamento
no incorporarem os recursos fixos de eqipotencializao e a-
terramento do circuito seccionado deve-se instalar dispositivos de
aterramento temporrio com eqipotencializao dos condutores
dos circuitos.
Nas instalaes de baixa tenso quando existir risco de
que os condutores do circuito seccionado possam ser energiza-
dos acidentalmente durante os trabalhos tambm deve-se insta-
lar dispositivos de aterramento temporrio com eqipotencializa-
o dos condutores dos circuitos. Este risco deve ser previamen-
te avaliado em funo das caractersticas da instalao, em ge-
ral, deve-se fazer o aterramento temporrio e a eqipotencializa-
o quando ocorrer riscos nas instalaes de baixa tenso simi-
lares aos que podem ocorrer nas instalaes de alta tenso. Um
exemplo de instalaes eltricas de baixa tenso onde obriga-
tria a instalao de aterramento temporrio e eqipotencializa-
o dos condutores antes de se iniciar os trabalhos, o das re-
des areas de baixa tenso com condutores nus.
60
a) nas instalaes de alta tenso ou
b) nas instalaes de baixa tenso que, por induo ou por ou-
tras razes, podem ser colocados acidentalmente sob tenso.
Nas instalaes de alta tenso (tenso nominal superior
a 1000 V) o aterramento temporrio com eqipotencializao dos
condutores dos circuitos antes de se iniciar os trabalhos sem-
pre obrigatrio. Para facilitar esta tarefa o item 10.3.5 da NR-10
determina que sempre que for tecnicamente vivel e necessrio,
devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incor-
porem recursos fixos de eqipotencializao e aterramento do
circuito seccionado. Quando os dispositivos de seccionamento
no incorporarem os recursos fixos de eqipotencializao e a-
terramento do circuito seccionado deve-se instalar dispositivos de
aterramento temporrio com eqipotencializao dos condutores
dos circuitos.
Nas instalaes de baixa tenso quando existir risco de
que os condutores do circuito seccionado possam ser energiza-
dos acidentalmente durante os trabalhos tambm deve-se insta-
lar dispositivos de aterramento temporrio com eqipotencializa-
o dos condutores dos circuitos. Este risco deve ser previamen-
te avaliado em funo das caractersticas da instalao, em ge-
ral, deve-se fazer o aterramento temporrio e a eqipotencializa-
o quando ocorrer riscos nas instalaes de baixa tenso simi-
lares aos que podem ocorrer nas instalaes de alta tenso. Um
exemplo de instalaes eltricas de baixa tenso onde obriga-
tria a instalao de aterramento temporrio e eqipotencializa-
o dos condutores antes de se iniciar os trabalhos, o das re-
des areas de baixa tenso com condutores nus.
61
Esta etapa do processo de desenergizao consiste na
proteo dos elementos energizados existentes na zona controla-
da, localizando a zona de trabalho na zona livre. Os equipamen-
tos que fazem a proteo so obstculos isolantes e so consi-
derados como EPC.
A instalao das protees isolante realizada a distn-
cia, com o auxlio de bastes de manobra e por trabalhadores
autorizados a trabalhar com instalaes energizadas.
Os equipamentos isolantes que so usados como cober-
turas das partes vivas precisam ter propriedades dieltricas ade-
quadas e conseqentemente so definidas para uma tenso m-
xima de operao. Para que estas propriedades se mantenham
ao longo do tempo os equipamentos isolantes devem ser periodi-
camente submetidos a um processo de limpeza, de acordo com
as especificaes do fabricante.
Estes equipamentos devem ser certificados e, portanto
quando forem danificados devem ser sucateados.
62
definida em procedimento escrito. Alm disto, deve ser de conhe-
cimento de todos os trabalhadores envolvidos.
63
a) retirada das ferramentas, utenslios e equipa-
mentos;
64
trabalhadores, tambm importante para a segurana dos traba-
lhadores responsveis pela tarefa de reenegizao, pois a pre-
sena destes dos trabalhadores no envolvidos no processo de
reenergizao poder aumentar o risco de um acidente durante a
execuo desta tarefa.
65
e) destravamento, se houver, e religao dos dis-
positivos de seccionamento.
66
cidos nas alneas do item 10.5.1 o considerado pela NR-10, e
pelas normas e regulamentos de vrios pases, como o suficiente
para controlar o risco de reenergizao acidental, por qualquer
meio ou razo. A alterao de qualquer medida deste conjunto
de procedimentos e mesmo assim mantendo o nvel de seguran-
a s possvel nas seguintes situaes:
alterar a medida de controle - quando o risco for limitado;
substituir a medida de controle - quando o risco for diferente
do normal;
ampliar a medida de controle - quando o risco for maior que o
normal;
eliminar a medida de controle - quando o risco no existir;
Logo para o risco normal, que o que existe grande mai-
oria das instalaes e por isto mesmo foi normalizado estes pas-
sos, no h como alterar as medidas estabelecidas e manter o
nvel de segurana originalmente preconizado.
Um exemplo de aplicao deste item o apresentado
em vrias normas e regulamentos e pases europeus, a elimina-
o do aterramento temporrio em instalaes eltricas prediais
de baixa tenso. Como neste casos as instalaes so radiais e
os grupos geradores esto ligados no painel geral de baixa ten-
so, praticamente no h risco de reenergizao acidental.
No caso brasileiro a NR-10 exige que isto seja feito por
profissional legalmente habilitado e autorizado e mediante justifi-
cativa tcnica previamente formalizada, e isto s pode ser feito
com eficcia atravs de uma anlise de riscos.
67
devem atender ao que estabelece o disposto no
item 10.6.
68
10.6 - SEGURANA EM INSTALAES ELTRICAS
ENERGIZADAS
69
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item an-
terior devem receber treinamento de segurana
para trabalhos com instalaes eltricas energiza-
das, com currculo mnimo, carga horria e de-
mais determinaes estabelecidas no Anexo II
desta NR.
70
gurana destes trabalhadores assegurada pelo uso na instala-
o eltrica de componentes adequados operao de pessoas
no advertidas. So exemplos destes componentes os disjunto-
res de acordo com a norma NBR NM IEC 60898, as tomadas de
corrente de acordo com a norma NBR 14136 e os fusveis de
acordo com a NBR IEC 60269-3.
Mtodo ao potencial
Neste mtodo, o trabalhador fica em contato direto com
os elementos energizados. Portanto, necessrio que ele seja
colocado no mesmo potencial do elemento da instalao que
manipula. Para isto, so necessrias medidas de proteo que
71
garantam o mesmo potencial no corpo inteiro do trabalhador,
como vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas e capuzes)
ligadas atravs de um cabo eltrico e cinto parte condutora,
onde est sendo realizado o trabalho. Deve ser assegurado ain-
da o seu isolamento em relao terra e s outras fases da ins-
talao mediante uso de elementos isolantes adequados s dife-
renas de potencial existentes. Alm disso, os equipamentos e
dispositivos que sustentam o trabalhador (escadas e andaimes,
por exemplo) devem proporcionar um isolamento adequado ao
nvel de tenso existente.
Antes de comear o trabalho, dever ser comprovada a
corrente de fuga que circula pelo elemento do qual depende a
isolao do trabalhador. Tambm recomendado que a corrente
de fuga seja monitorada durante a execuo do trabalho. Isto
realizado por um micro-ampermetro.
Vale destacar que equipamentos e treinamento adequa-
dos so essenciais para a garantia da segurana do trabalhador
que executa tarefas usando o mtodo de trabalho ao potencial.
Mtodo distncia
O mtodo de trabalho distncia aquele em que o pro-
fissional interage com a parte energizada a uma distncia segura.
Neste mtodo, em nenhum momento o trabalhador entra na zona
de risco, seja com uma parte do seu corpo ou com uma extenso
condutora do seu corpo.
Na prtica, para garantir as distncias seguras pode ser
necessrio trabalhar com uma margem de segurana que depen-
de de uma avaliao do risco para cada situao. Para isto, deve
ser elaborado um procedimento adequado e feita uma correta
superviso dos trabalhadores que executam as tarefas.
Nesse mtodo, o trabalhador permanece no potencial de
terra, ou seja, do solo onde pisa, dos postes de uma rede area
ou de qualquer outra estrutura ou plataforma. Para o trabalho nas
partes energizadas, so utilizadas ferramentas acopladas ex-
72
tremidade de bastes isolados. Essas ferramentas devem ser
construdas especialmente para esse tipo de trabalho e submeti-
das a testes eltricos ou ensaios de laboratrio peridicos. Antes
de iniciar os trabalhos, importante verificar se as ferramentas e
os bastes esto em bom estado.
Neste mtodo de trabalho, podem ser utilizadas cobertu-
ras isolantes para proteger os trabalhadores de partes vivas da
instalao onde no sero realizados trabalhos, como conduto-
res, ferragens e isoladores. Tais coberturas devem ser especial-
mente fabricadas para essa finalidade e escolhidas com a isola-
o adequada para suportar com segurana as tenses da insta-
lao.
Mtodo ao contato
Neste mtodo de trabalho, o profissional tem contato
com a parte energizada da instalao, mas no fica no mesmo
potencial da rede eltrica. Permanece isolado desta por meio de
equipamentos de proteo individual (botas, luvas e mangas iso-
lantes) e coletiva (andaimes, coberturas e mantas isolantes) ade-
quados ao nvel de tenso da instalao.
As ferramentas manuais utilizadas devem dispor de co-
berturas isolantes adequadas, conforme as normas tcnicas apli-
cveis. No mtodo de trabalho ao contato, as coberturas isolan-
tes cumprem a mesma funo que no mtodo distncia: isola-
o de condutores e elementos vivos nos quais no esto sendo
realizados trabalhos e que podem ser acidentalmente tocados
pelo trabalhador.
73
Qualquer ocorrncia que possa apresentar um risco no
previsto na anlise de risco ou nos procedimentos de trabalho e,
portanto sem a adoo de medidas de controle destes riscos jus-
tifica a paralisao dos trabalhos at que o risco seja controlado,
em especial, em situaes onde esta a nica alternativa para
garantir a segurana e a sade dos trabalhadores.
O item 10.6.3 complementa e refora o que determina os
itens 10.6.5 e 10.14.1, na situao particular dos servios em
instalaes energizadas, onde o risco eltrico maior e por isto
as medidas de controle devem ser tambm mais rigorosas, para
que a segurana dos trabalhadores seja garantida.
74
10.6.5 O responsvel pela execuo do servio
deve suspender as atividades quando verificar
situao ou condio de risco no prevista, cuja
eliminao ou neutralizao imediata no seja
possvel.
75
10.7 - TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSO
(AT)
77
treinamento, a NR-10 determina no item 10.7.2 que estes traba-
lhadores devem receber treinamento de segurana, especfico
em segurana no Sistema Eltrico de Potncia (SEP) e em suas
proximidades.
Os programas de treinamento devero ser adequados a
cada rea especfica de cada empresa, visto que existem particu-
laridades em cada rea que devem ser consideradas. Para isto
as empresas podero realizar estes treinamentos nos seus pr-
prios centros de treinamento ou recorrer a especialistas no per-
tencentes ou empresa com reconhecida experincia no tema.
A empresa deve manter no seu pronturio os registros
dos treinamentos realizados pelos trabalhadores, neste caso es-
pecfico dos trabalhadores que realizaro servios em instala-
es energizadas de alta tenso o controle dos treinamentos
deve ser mais rigoroso. Para isto conveniente que os registros
do treinamento destes trabalhadores tenham informaes tais
como: o programa detalhado do treinamento, as atividades de-
senvolvidas, as duraes destas atividades, as aes de continu-
idade previstas.
No caso do treinamento de segurana a NR-10 exige
avaliao, deixando para a empresa a definio do critrio de
aprovao, mas muito importante, para que fique evidenciado o
aprendizado, que o treinamento de competncia (ou de capacita-
o para os trabalhadores no qualificados) tenha controle de
freqncia e avaliao. E os registros do controle de freqncia e
da avaliao devem fazer parte da evidencia do treinamento no
pronturio de instalaes eltricas da empresa.
Um a vez realizado o treinamento de competncia, que
pode ser o treinamento de capacitao para os trabalhadores
no qualificados, e o treinamento de segurana especfico exi-
gido pela NR-10 o trabalhador estar apto a ser autorizado a
realizar os trabalhos em instalaes energizadas em alta tenso.
78
10.7.3 Os servios em instalaes eltricas ener-
gizadas em AT, bem como aqueles executados
no Sistema Eltrico de Potncia -SEP, no podem
ser realizados individualmente.
80
item 10.7.1, o superior pode estar contrariando o artigo 132 do
Cdigo penal, quando por sua ao ou omisso, coloca os de-
mais membros da equipe e outras pessoas, que possa ser afeta-
da pelas aes deste trabalhador, a perigo direto e eminente.
81
to de execuo. Em particular, dever assegurar-se de que a
zona de trabalho est adequadamente sinalizada e/ou delimitada,
sempre que houver a possibilidade de que outro trabalhador ou
pessoa alheia aos trabalhos entre na referida zona e, conseqen-
temente, tenha acesso a partes energizadas. Tambm dever
assegurar-se de que nenhum trabalhador se coloque em condi-
es de poder transpor as distancias de segurana enquanto
realiza as operaes. Se a extenso da zona de trabalho no lhe
permitir realizar esta superviso de forma adequada, deve solici-
tar o auxilio de outro trabalhador autorizado.
82
com a segurana do trabalhador, foi feita uma anlise de risco
mais criteriosa para a determinao das medidas de controle,
tudo isto porque o risco em um trabalho em instalaes eltricas
energizada maior que o risco em instalaes eltricas desene-
gizadas.
83
condio de desativao, conforme procedimento
de trabalho especfico padronizado.
84
10.7.9 Todo trabalhador em instalaes eltricas
energizadas em AT, bem como aqueles envolvi-
dos em atividades no SEP devem dispor de equi-
pamento que permita a comunicao permanente
com os demais membros da equipe ou com o
centro de operao durante a realizao do servi-
o.
85
10.8 - HABILITAO, QUALIFICAO, CAPACITA-
O E AUTORIZAO DOS TRABALHADORES.
A NR-10 estabeleceu, na seo 8, os critrios para defi-
nir o conhecimento, a competncia e a responsabilidade que so
necessrios aos trabalhadores que intervm nas instalaes el-
tricas, o conhecimento e a competncia no somente nos assun-
tos de carter tcnicos de suas reas de atuao, mas tambm o
treinamento mnimo de segurana do trabalho que estes profis-
sionais devem possuir para exercer as suas atividades.
A formalizao da responsabilidade da empresa para
com o trabalhador que intervm nas instalaes eltricas atravs
da autorizao formal outro aspecto importante e inovador da
seo 8 da NR-10.
86
No caso de profissionais que realizaram cursos do
SENAI duas situaes devem ser consideradas. A primeira a
do curso cuja concluso d ao estudante o grau de tcnico (este
curso equivalente ou tem como pr-requisito o segundo grau),
neste caso o curso reconhecido e o trabalhador qualificado. A
segunda situao a do curso cuja concluso no d ao estu-
dante o grau de tcnico, neste caso se o curso que o trabalhador
realizou for reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino o traba-
lhador qualificado, caso contrrio o trabalhador no qualifica-
do e dever ser capacitado pela empresa, nas condies estabe-
lecidas pelo item 10.8.3.
87
nico informal (em cursos sem reconhecimento do Sistema Oficial
de Ensino) realizada sob a responsabilidade da empresa. Nesta
condio o trabalhador pode ser considerado capacitado, desde
que, este treinamento tcnico seja feito nas condies estabeleci-
das pela alnea a do item 10.8.3 e o trabalhador realize suas tare-
fas em conformidade com a alnea b do mesmo item.
88
Esta norma tambm aborda os requisitos mnimos de
escolaridade e experincia profissional para os eletricistas de
manuteno. A escolaridade mnima exigida para o eletricista de
manuteno nvel I corresponde 4 srie do ensino fundamen-
tal. No caso do eletricista de manuteno nvel II a escolaridade
mnima corresponde ao ensino fundamental completo.
Embora os requisitos da norma ABNT NBR 15152 no
sejam obrigatrios eles podem ser de grande valor para as em-
presas, em especial na definio dos profissionais capacitados.
Com a adoo, de forma voluntria, desta norma a empresa evi-
dencia a preocupao com o nvel de qualificao profissional de
seus trabalhadores, uma vez que esta norma representa o con-
senso neste assunto. No caso dos trabalhadores considerados
pela NR-10 como qualificados o conhecimento j foi verificado
pelo Sistema Oficial de Ensino. Mas para os trabalhadores capa-
citados o critrio pode ser subjetivo, o que no o melhor dos
mundos. A adoo da norma, e mais ainda, a exigncia da certifi-
cao pessoal baseado nesta norma para todos os profissionais,
em especial para os profissionais capacitados, tira a subjetivida-
de da classificao, dando a empresa uma maior garantia da
qualificao profissional dos seus trabalhadores.
89
A exigncia que os trabalhadores capacitados traba-
lhem sob a responsabilidade e no sob a superviso de profissio-
nal habilitado e autorizado, portanto no exige a presena perma-
nente do profissional habilitado e autorizado na zona de trabalho.
Mas deixa claro que a responsabilidade da segurana do traba-
lhador capacitado do profissional habilitado e autorizado res-
ponsvel pelo seu trabalho.
93
10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar
em instalaes eltricas devem ter essa condio
consignada no sistema de registro de empregado
da empresa.
94
pessoas nas proximidades so maiores, como por exemplo, nos
trabalhos em instalaes eltricas energizadas de alta tenso.
96
Outro aspecto abordado por este item, que o critrio
para considerar que um trabalhador teve a avaliao e o aprovei-
tamento satisfatrio em um curso, definido pela empresa.
97
No caso da troca de empresa, a nova empresa pode
exigir um treinamento de reciclagem da NR-10 para o trabalhador
ou pode aceitar os treinamentos j realizados pelo trabalhador.
No caso do curso bsico, que tem se consagrado quase
que como um curso padro, a empresa pode ter restries quan-
to ao local ou a forma em que o trabalhador foi treinado e forne-
cer ao trabalhador um treinamento de reciclagem ou mesmo um
novo treinamento de 40 horas.
Mas no caso do curso complementar que tem tpicos
especificamente para as condies de trabalho caractersticas de
cada ramo, padro de operao, de nvel de tenso e de outras
peculiaridades especficas ao tipo ou condio especial de ativi-
dade, se o treinamento que o trabalhador realizou no estiver
adequado s atividades que ele ir desempenhar a empresa de-
ver fornecer ao trabalhador um treinamento de reciclagem ou
mesmo um novo treinamento de 40 horas.
A empresa deve estar atenta para o cumprimento do
item 10.11.5 que determina que a autorizao referida no item
10.8 deva estar em conformidade com o treinamento ministrado,
previsto no Anexo II da NR-10, portanto na contratao de um
trabalhador que j tem os cursos de segurana estabelecidos
pela NR-10 a empresa deve verificar a conformidade destes cur-
sos com a sua instalao para que seja dada a autorizao.
98
10.8.8.3 a NR-10 estabelece que o contedo e a carga horria
determinada pela empresa.
100
10.8.9 Os trabalhadores com atividades no rela-
cionadas s instalaes eltricas desenvolvidas
em zona livre e na vizinhana da zona controlada,
conforme define esta NR, devem ser instrudos
formalmente com conhecimentos que permitam
identificar e avaliar seus possveis riscos e adotar
as precaues cabveis.
101
relacionadas s instalaes eltricas deve ser formal. O termo
formal inclui uma evidncia que comprove que o trabalhador re-
cebeu a informao suficiente.
102
10.9 - PROTEO CONTRA INCNDIO E EXPLOSO
103
de 03 de abril de 2006 do Inmetro. Esta portaria apresenta os
requisitos para que o projeto, a aquisio de materiais, a constru-
o, a montagem e o condicionamento das instalaes e equipa-
mentos eltricos a serem utilizados em atmosferas potencialmen-
te explosivas, nas condies de gases e vapores inflamveis,
sejam realizados de modo a atingir o nvel de segurana adequa-
do preservao da vida, de bens e do meio ambiente.
A Portaria n. 83 revogou a Portaria n. 176, de 17 de
julho de 2000 do Inmetro, que estava em vigor na publicao da
NR-10.
104
A dissipao das cargas eletrostticas depende da con-
dutividade do caminho entre o corpo carregado e terra. Uma
boa condutividade deste caminho faz com que as cargas eletros-
tticas dissipem ao mesmo tempo em que so geradas, no che-
gando sequer a sua acumulao.
Se ocorrer de forma contnua a gerao e a acumulao
das cargas, chega-se a uma situao inevitvel - a descarga ele-
trosttica. A descarga ocorre quando o corpo carregado se apro-
xima de um elemento condutor ligado a terra, a uma distncia tal
que a intensidade do campo eltrico (v/m) existente ultrapassa a
rigidez dieltrica do ar, neste momento gerada uma fasca el-
trica.
Uma descarga eletrosttica pode provocar uma ignio
se ocorrer em uma atmosfera inflamvel, portanto no caso de
ambientes com atmosfera potencialmente explosivas necess-
rio a aplicao de medidas para prevenir o aparecimento destas
descargas. Vrias medidas podem ser adotadas, entre elas: ater-
ramento e conexo equipotencial de todas as superfcies condu-
toras, aumento da condutividade dos materiais, aumento da con-
dutividade superficial mediante elevao da umidade relativa
ou mediante tratamento superficial, aumento da condutividade do
ar por ionizao do mesmo, reduo das velocidades de passa-
gem dos materiais, escolha de materiais adequados em contato,
controle adequado da temperatura de contato das superfcies,
etc.
105
falhas de isolamento, aquecimentos ou outras
condies anormais de operao.
106
No item 10.9.5 a NR-10 reconhece o risco que existe nos
trabalhos em reas classificadas e estabeleceu que os trabalhos
nestes locais s pudessem ser realizados mediante permisso
para trabalho, exigindo que esta permisso seja formalizada
(documentada).
A Permisso para Trabalho (PT) uma autorizao, da-
da por escrito, segundo um procedimento padronizado na empre-
sa, para a execuo de certos tipos de trabalho que so identifi-
cados como potencialmente perigosos. Muitas empresas adotam
PT, por exemplo, para o trabalho em altura, para escavaes,
para o trabalho a quente, para o trabalho em espaos confina-
dos, para montagem de andaime.
O mesmo item determina tambm que os trabalhos nas
reas classificadas somente podero ser realizados com as ins-
talaes eltricas desenergizadas ou com a supresso do agente
de risco que determina a classificao da rea.
107
10.10- SINALIZAO DE SEGURANA
108
cabo multipolar utilizado como condutor de fase deve ser identifi-
cado de acordo com essa funo. Quando a identificao for rea-
lizada por cor, as normas tcnicas brasileiras estabelecem que:
a) a cor azul-clara na isolao do condutor isolado ou da veia do
cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar;
b) a dupla colorao verde-amarela ou a cor verde (cores exclusi-
vas da funo de proteo), na isolao do condutor isolado ou
da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.
c) a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos vis-
veis ou acessveis, na isolao do condutor isolado ou da veia do
cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.
Placas, etiquetas e outros meios adequados de identifi-
cao devem permitir identificar a finalidade dos dispositivos de
comando, manobra e/ou proteo, a menos que no exista ne-
nhuma possibilidade de confuso. Se a atuao de um dispositi-
vo de comando, manobra e/ou proteo no puder ser observada
pelo operador e disso puder resultar perigo, deve ser provida
alguma sinalizao vista do operador.
109
c) restries e impedimentos de acesso;
d) delimitaes de reas;
110
as pessoas com permisso para realizar os trabalhos em instala-
es eltricas.
112
10.11 - PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
113
rncias aos procedimentos de trabalho a serem
adotados.
114
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem
conter, no mnimo, objetivo, campo de aplicao,
base tcnica, competncias e responsabilidades,
disposies gerais, medidas de controle e orienta-
es finais.
115
A obrigatoriedade e a composio do SESMT so defini-
das pela NR-4, as empresas que esto desobrigadas do SESMT,
devem envolver pessoal com conhecimento de segurana para
estas atividades, em especial para a elaborao dos procedimen-
tos de trabalho. Convm lembrar que de acordo com o item
10.11.3 o procedimento deve conter as medidas de controle que
sero usadas na atividade abrangida pelo procedimento, e estas
medidas de controle devem ser determinadas a partir de uma
anlise de risco.
116
10.11.6 Toda equipe dever ter um de seus traba-
lhadores indicado e em condies de exercer a
superviso e conduo dos trabalhos.
117
a adequao da competncia dos trabalhadores, com a
estabelecida no procedimento;
a adoo das medidas de controle previstas no procedi-
mento.
A responsabilidade pela verificao destes itens do
responsvel pela execuo do servio e deve ser feito juntamen-
te com o responsvel da rea onde o servio ser executado,
mas tem que ter a participao e a cincia de todos os trabalha-
dores que formam a equipe de trabalho.
118
10.12 - SITUAO DE EMERGNCIA
119
No segundo passo, para a implantao do plano de e-
mergncia, deve-se adquirir e equipar a empresa com todos mei-
os de preveno e controle determinado no plano para atendi-
mento de emergncias.
O terceiro passo implantao propriamente dita do pla-
no de emergncia na empresa.
120
uma parte prtica. Para manter esta aptido o treinamento de
reciclagem tambm deve ter um mdulo de proteo contra in-
cndios e neste mdulo deve ter parte prtica.
121
dores estejam estar aptos a manusear e operar equipamentos de
preveno e combate a incndio existentes nas instalaes eltri-
cas.
Como no caso do item 10.12.2, para garantir o mnimo
de aptido no uso dos equipamentos de preveno e combate a
incndios, a NR-10 estabeleceu que no Curso bsico - Seguran-
a em instalaes e servios com eletricidade, o mdulo de pro-
teo contra incndios deve ter uma parte prtica. Para manter
esta aptido o treinamento de reciclagem tambm deve ter um
mdulo de proteo contra incndios e neste mdulo deve ter
parte prtica. Uma prtica muito interessante tambm a de que
os trabalhadores que entrevem em instalaes eltricas partici-
pem da brigada de incndio da empresa, isto faz com que o trei-
namento seja mais contnuo e a aptido seja maior.
122
10.13 - RESPONSABILIDADES
123
aos procedimentos e medidas de controle contra
os riscos eltricos a serem adotados.
124
sa analisar as causas do acidente e propor medidas para reduzir
a chance que a ocorrncia no se repita.
Analisar e propor medidas preventivas no uma obriga-
o exclusiva da rea de eletricidade, a NR-5 estabelece que
uma das atribuies da CIPA participar, em conjunto com o
SESMT, onde houver, ou com o empregador, da anlise das cau-
sas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de
soluo dos problemas identificados.
O dever da empresa nasce com o direito do trabalhador,
que por sua vez est estabelecido no Art. 7o inc. XXII da Consti-
tuio da Repblica que estabelece que seja direito dos trabalha-
dores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de
sua condio social a reduo dos riscos inerentes ao trabalho,
por meio de normas de sade, higiene e segurana. Um aspecto
importante do ponto de vista terminolgico o uso do termo
norma, que no direito no tem o sentido restrito que tem na en-
genharia. No direito o sentido do termo mais abrangente, por
exemplo, normas de sade, higiene e segurana no texto consti-
tucional abrange tanto os regulamentos tcnicos (as normas re-
gulamentadoras do MTE), quanto as normas tcnicas (da ABNT),
quanto os procedimentos de trabalho (da empresa).
125
I - observar as normas de segurana e medicina do tra-
balho, inclusive as instrues de que trata o item II do artigo ante-
rior;
II - colaborar com a empresa na aplicao dos dispositi-
vos deste Captulo.
Pargrafo nico. Constitui ato faltoso do empregado a
recusa injustificada:
a) observncia das instrues expedidas pelo empre-
gador na forma do item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteo individual for-
necidos pela empresa.
O artigo II citado a obrigao que a empresa tem de
instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s
precaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou
doenas ocupacionais;
126
tares, inclusive quanto aos procedimentos inter-
nos de segurana e sade; e
127
10.14 - DISPOSIES FINAIS
128
situao, isto , no s os riscos originados no interior da prpria
empresa, mas tambm os originados por outras pessoas (fsicas
ou jurdicas) nas instalaes da empresa. Juntamente com a o-
brigao de controlar os riscos est a obrigao de oferecer de-
nncia aos rgos competentes, em situaes em que o risco foi
provocado por culpa ou dolo.
130
GLOSSRIO
1. Alta Tenso (AT): tenso superior a 1000 volts em corrente
alternada ou 1500 volts em corrente contnua, entre fases ou en-
tre fase e terra.
2. rea Classificada: local com potencialidade de ocorrncia de
atmosfera explosiva.
3. Aterramento Eltrico Temporrio: ligao eltrica efetiva confi-
vel e adequada intencional terra, destinada a garantir a equi-
potencialidade e mantida continuamente durante a interveno
na instalao eltrica.
4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condies atmos-
fricas, de substncias inflamveis na forma de gs, vapor, n-
voa, poeira ou fibras, na qual aps a ignio a combusto se pro-
paga.
5. Baixa Tenso (BT): tenso superior a 50 volts em corrente
alternada ou 120 volts em corrente contnua e igual ou inferior a
1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente con-
tnua, entre fases ou entre fase e terra.
6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes
energizadas das instalaes eltricas.
7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a
interrupo de uma atividade de trabalho por considerar que ela
envolve grave e iminente risco para sua segurana e sade ou
de outras pessoas.
8. Equipamento de Proteo Coletiva (EPC): dispositivo, sistema,
ou meio, fixo ou mvel de abrangncia coletiva, destinado a pre-
servar a integridade fsica e a sade dos trabalhadores, usurios
e terceiros.
9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessvel por
meio de invlucro ou barreira.
131
10. Extra-Baixa Tenso (EBT): tenso no superior a 50 volts em
corrente alternada ou 120 volts em corrente contnua, entre fases
ou entre fase e terra.
11. Influncias Externas: variveis que devem ser consideradas
na definio e seleo de medidas de proteo para segurana
das pessoas e desempenho dos componentes da instalao.
12. Instalao Eltrica: conjunto das partes eltricas e no eltri-
cas associadas e com caractersticas coordenadas entre si, que
so necessrias ao funcionamento de uma parte determinada de
um sistema eltrico.
13. Instalao Liberada para Servios (BT/AT): aquela que ga-
ranta as condies de segurana ao trabalhador por meio de pro-
cedimentos e equipamentos adequados desde o incio at o final
dos trabalhos e liberao para uso.
14. Impedimento de Reenergizao: condio que garante a no
energizao do circuito atravs de recursos e procedimentos a-
propriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos servi-
os.
15. Invlucro: envoltrio de partes energizadas destinado a impe-
dir qualquer contato com partes internas.
16. Isolamento Eltrico: processo destinado a impedir a passa-
gem de corrente eltrica, por interposio de materiais isolantes.
17. Obstculo: elemento que impede o contato acidental, mas
no impede o contato direto por ao deliberada.
18. Perigo: situao ou condio de risco com probabilidade de
causar leso fsica ou dano sade das pessoas por ausncia
de medidas de controle.
19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento
suficiente para evitar os perigos da eletricidade.
132
20. Procedimento: seqncia de operaes a serem desenvolvi-
das para realizao de um determinado trabalho, com a incluso
dos meios materiais e humanos, medidas de segurana e cir-
cunstncias que impossibilitem sua realizao.
21. Pronturio: sistema organizado de forma a conter uma me-
mria dinmica de informaes pertinentes s instalaes e aos
trabalhadores.
22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para cau-
sar leses ou danos sade das pessoas.
23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de ris-
co, alm dos eltricos, especficos de cada ambiente ou proces-
sos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurana e a sade no trabalho.
24. Sinalizao: procedimento padronizado destinado a orientar,
alertar, avisar e advertir.
25. Sistema Eltrico: circuito ou circuitos eltricos inter-
relacionados destinados a atingir um determinado objetivo.
26. Sistema Eltrico de Potncia (SEP): conjunto das instalaes
e equipamentos destinados gerao, transmisso e distribuio
de energia eltrica at a medio, inclusive.
27. Tenso de Segurana: extra baixa tenso originada em uma
fonte de segurana.
28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalha-
dor pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma
parte do seu corpo ou com extenses condutoras, representadas
por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.
29. Travamento: ao destinada a manter, por meios mecnicos,
um dispositivo de manobra fixo numa determinada posio, de
forma a impedir uma operao no autorizada.
133
30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, no
segregada, acessvel inclusive acidentalmente, de dimenses
estabelecidas de acordo com o nvel de tenso, cuja aproxima-
o s permitida a profissionais autorizados e com a adoo de
tcnicas e instrumentos apropriados de trabalho.
31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, no
segregada, acessvel, de dimenses estabelecidas de acordo
com o nvel de tenso, cuja aproximao s permitida a profis-
sionais autorizados.
134
ANEXO II - ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA
Tabela de raios de delimitao de zonas de risco, controlada e
livre.
135
Figura 1 - Distncias no ar que delimitam radial-
mente as zonas de risco, controlada e livre
136
ZL = Zona livre
137
sobre o trabalhador. O critrio ergonmico considera o espao
necessrio para que o trabalhador possa executar sua tarefa com
segurana e conforto, considerando os movimentos involuntrios
que este trabalhador possa realizar na sua posio de trabalho.
Zona de risco
A Zona de Risco definida pela NR-10 como o entorno
de parte condutora energizada, no segregada, acessvel inclusi-
ve acidentalmente, de dimenses estabelecidas de acordo com o
nvel de tenso, cuja aproximao s permitida a profissionais
autorizados e com a adoo de tcnicas e instrumentos apropria-
dos de trabalho. Na zona de risco a presena de um trabalhador
desprotegido supe um risco grave e eminente de que se produ-
za um arco eltrico ou contato direto com a parte energizada,
tendo em conta os gestos e movimentos normais que podem
realizar um trabalhador sem se deslocar.
Qualquer interveno nas instalaes eltricas, em uma
parte viva ou em uma parte desenergizada, dentro da zona de
risco considerada um trabalho em instalaes energizadas.
Este trabalho s pode ser realizado por trabalhadores treinados e
ainda, com mtodos e procedimentos especficos para este tipo
de trabalho.
Zona controlada
A Zona Controlada definida na NR-10 com o entorno
de parte condutora energizada, no segregada, acessvel, de
dimenses estabelecidas de acordo com o nvel de tenso, cuja
aproximao s permitida a profissionais autorizados. Na zona
controlada embora no exista um risco grave e eminente de que
se produza um arco eltrico ou contato direto com a parte energi-
zada, existe o risco de que se entre na zona de risco, tendo em
conta os gestos e movimentos normais que podem realizar um
trabalhador sem se deslocar.
138
A NR-10 considera trabalho em proximidade todo traba-
lho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada,
ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extenses
condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipa-
mentos que manipule.
Embora o trabalho realizado na zona controlada apre-
sente um risco inferior ao trabalho realizado na zona de risco,
tambm neste caso necessrio que estes trabalhos sejam reali-
zados por trabalhadores especialmente treinados e com mtodos
e procedimentos especficos para este tipo de trabalho.
A zona controlada definida a partir de critrios ergom-
tricos, ou seja, da distncia necessria devida amplitude dos
movimentos involuntrios que um trabalhador pode realizar a
partir de sua posio de trabalho.
139
ANEXO III - TREINAMENTO
140
m) separao eltrica.
5. Normas Tcnicas Brasileiras - NBR da ABNT: NBR-5410, NBR
14039 e outras;
6) Regulamentaes do MTE:
a) NRs;
b) NR-10 (Segurana em Instalaes e Servios com Eletricida-
de);
c) qualificao; habilitao; capacitao e autorizao.
7. Equipamentos de proteo coletiva.
8. Equipamentos de proteo individual.
9. Rotinas de trabalho - Procedimentos.
a) instalaes desenergizadas;
b) liberao para servios;
c) sinalizao;
d) inspees de reas, servios, ferramental e equipamento;
10. Documentao de instalaes eltricas.
11. Riscos adicionais:
a) altura;
b) ambientes confinados;
c) reas classificadas;
d) umidade;
e) condies atmosfricas.
12. Proteo e combate a incndios:
a) noes bsicas;
b) medidas preventivas;
141
c) mtodos de extino;
d) prtica;
13. Acidentes de origem eltrica:
a) causas diretas e indiretas;
b) discusso de casos;
14. Primeiros socorros:
a) noes sobre leses;
b) priorizao do atendimento;
c) aplicao de respirao artificial;
d) massagem cardaca;
e) tcnicas para remoo e transporte de acidentados;
f) prticas.
15. Responsabilidades.
2. Curso complementar - Segurana no sistema eltrico de po-
tncia (SEP) e em suas proximidades.
pr-requisito para freqentar este curso complementar, ter par-
ticipado, com aproveitamento satisfatrio, do curso bsico defini-
do anteriormente.
Carga horria mnima - 40h
(*) Estes tpicos devero ser desenvolvidos e dirigidos especifi-
camente para as condies de trabalho caractersticas de cada
ramo, padro de operao, de nvel de tenso e de outras peculi-
aridades especficas ao tipo ou condio especial de atividade,
sendo obedecida a hierarquia no aperfeioamento tcnico do
trabalhador.
I - Programao Mnima:
1 - Organizao do Sistema Eltrico de Potencia - SEP.
142
2 - Organizao do trabalho:
a) programao e planejamento dos servios;
b) trabalho em equipe;
c) pronturio e cadastro das instalaes;
d) mtodos de trabalho; e
e) comunicao.
3. Aspectos comportamentais.
4. Condies impeditivas para servios.
5. Riscos tpicos no SEP e sua preveno (*):
a) proximidade e contatos com partes energizadas;
b) induo;
c) descargas atmosfricas;
d) esttica;
e) campos eltricos e magnticos;
f) comunicao e identificao; e
g) trabalhos em altura, mquinas e equipamentos especiais.
6. Tcnicas de anlise de Risco no S E P (*)
7. Procedimentos de trabalho - anlise e discusso. (*)
8. Tcnicas de trabalho sob tenso: (*)
a) em linha viva;
b) ao potencial;
c) em reas internas;
d) trabalho a distncia;
d) trabalhos noturnos; e
143
e) ambientes subterrneos.
144
Siglas e Abreviaturas
145
DRTE - Delegacia regional do trabalho e emprego
EPC - Equipamento de proteo coletiva
EPI - Equipamento de proteo individual
FISPQ - Ficha de informao de segurana de produto qumico
FUNDACENTRO - Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e
Med. do trabalho
GT - Grupo tcnico
GT - 10 - Grupo tcnico para reviso da NR-10
GT/SST - Grupo tripartite de sade e segurana do trabalho
GTT - Grupo tcnico tripartite
HACCP - Hazard analysis and critical control point
HAZOP - Hazard and operability
IEC - Comisso Internacional de Eletrotcnica
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e
Qualidade Industrial
ISO - International Organization for Standardization
MTE - Ministrio do Trabalho e Emprego
NBR - Norma brasileira
NFPA - National Fire Protection Association
NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health
NR - Norma regulamentadora
NRR - Norma regulamentadora rural
OHSAS - Ocupational Health Safety Assessment Series
OIT - Organizao Internacional do Trabalho ( em Ingls, ILO)
OMS - Organizao Mundial da Sade
146
Lista de Normas Regulamentadores existentes no site do
Ministrio do Trabalho e Emprego em junho de 2010:
147
Norma Regulamentadora N 16 - Atividades e Operaes
Perigosas
Norma Regulamentadora N 17 - Ergonomia
Norma Regulamentadora N 18 -Condies e Meio Ambiente de
Trabalho na Indstria da Construo
Norma Regulamentadora N 19 - Explosivos
Norma Regulamentadora N 20 - Lquidos Combustveis e
Inflamveis
Norma Regulamentadora N 21 - Trabalho a Cu Aberto
Norma Regulamentadora N 22 - Segurana e Sade
Ocupacional na Minerao
Norma Regulamentadora N 23 - Proteo Contra Incndios
Norma Regulamentadora N 24 - Condies Sanitrias e de
Conforto nos Locais de Trabalho
Norma Regulamentadora N 25 - Resduos Industriais
Norma Regulamentadora N 26 - Sinalizao de Segurana
Norma Regulamentadora N 28 - Fiscalizao e Penalidades
Norma Regulamentadora N 29 - Norma Regulamentadora de
Segurana e Sade no Trabalho Porturio
Norma Regulamentadora N 30 - Norma Regulamentadora de
Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio
Norma Regulamentadora N 31 - Norma Regulamentadora de
Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria
Silvicultura, Explorao Florestal e Aquicultura
Norma Regulamentadora N 32 - Segurana e Sade no
Trabalho em Estabelecimentos de Sade
Norma Regulamentadora N 33 - Segurana e Sade no
Trabalho em Espaos Confinados
148
Sobre o autor:
Engenheiro Eletricista (UFU - 1981);
Mestre em Engenharia Eletrnica (ITA -1988);
Diretor da Mi Omega Engenharia;
Coordenador da Comisso da ABNT responsvel pela norma
NBR 14039 "Instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 a
36,2 kV";
Coordenador da Comisso da ABNT responsvel pela elabo-
rao da norma de subestaes pr-fabricada de alta tenso;
Membro e coordenador de grupos de trabalho da Comisso
da ABNT responsvel pela norma NBR 5410 "Instalaes el-
tricas de baixa tenso";
Membro da Subcomisso Tcnica de Instalaes Eltricas de
Baixa Tenso do Comit Brasileiro de Avaliao da conformi-
dade, na elaborao da Regra especfica da certificao das
instalaes eltricas no Brasil;
Professor da matria de Legislao e Normas Tcnicas do
curso de Especializao em Instalaes Eltricas Prediais da
UFG;
Palestrante da ABNT para divulgao da norma de instala-
es eltricas de baixa tenso NBR 5410;
Elaborou os comentrios das Normas Brasileiras de instala-
es eltricas de baixa e mdia tenso, respectivamente: a
NBR 14039: 2003 e a NBR 5410:2004;
Colaborador e colunista da Revista Eletricidade Moderna;
Autor de diversos trabalhos tcnicos na rea de instalaes
eltricas de baixa e media tenso.
149
Este livro foi impresso
pelo editor.